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PPGEP
PONTA GROSSA
OUTUBRO - 2008
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VIVIANE LEÃO SAAD
PONTA GROSSA
OUTUBRO - 2008
S111 Saad, Viviane Leão
Análise ergonômica do trabalho do pedreiro: o assentamento de tijolos. / Viviane
Leão Saad. -- Ponta Grossa: [s.n.], 2008.
124 f. : il. ; 30 cm.
CDD 620.82
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Antonio Augusto de Paula Xavier pelo apoio, ensinamentos, orientações
e ajuda durante todo o desenvolvimento desta pesquisa.
Ao Prof. Ms. Ariel Orlei Michaloski por toda a dedicação na co-orientação deste
trabalho.
Aos colegas com os quais tive o prazer de conviver durante este período de
aprendizagem e aos meus amigos mais fiéis pelo incentivo diário e auxílio constante.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 Introdução ......................................................................................................... 12
1.1 Objetivos...........................................................................................................................................13
1.2 Hipótese ...........................................................................................................................................14
1.3 Limitações da pesquisa....................................................................................................................14
1.4 Importância do tema........................................................................................................................14
1.5 Justificativa......................................................................................................................................15
1.6 Estrutura..........................................................................................................................................16
2 Referencial teórico ........................................................................................... 17
2.1 A indústria da construção civil..........................................................................................................17
2.2 O sistema produtivo .........................................................................................................................18
2.3 A busca pela produtividade ..............................................................................................................19
2.4 As doenças ocupacionais.................................................................................................................21
2.5 A dor e os distúrbios osteomusculares ............................................................................................24
2.6 Motivação dos DORT na tarefa do levantamento de paredes.........................................................27
2.7 Biomecânica ocupacional e ergonomia ...........................................................................................28
2.7.1 Trabalho muscular.........................................................................................................................30
2.7.2 Posturas do corpo .........................................................................................................................33
2.7.3 Posições de trabalho.....................................................................................................................35
2.7.4 O projeto do posto de trabalho......................................................................................................37
2.7.5 A antropometria.............................................................................................................................38
2.7.6 Dimensionamento do posto de trabalho .......................................................................................41
2.7.7 Posturas dos membros superiores ...............................................................................................44
2.8 Ergonomia na construção civil .........................................................................................................46
3 Metodologia ...................................................................................................... 50
3.1 Instrumentos de pesquisa ................................................................................................................52
3.2 Estudo piloto.....................................................................................................................................56
3.3 Definição amostra ............................................................................................................................58
3.4 Variáveis...........................................................................................................................................60
3.4.1 Variáveis independentes ...............................................................................................................60
3.4.2 Variável dependente .....................................................................................................................60
4 Resultados e discussão................................................................................... 61
4.1 A atividade do trabalhador durante o levantamento de paredes.....................................................61
4.2 O tempo das atividades...................................................................................................................66
4.3 O risco ergonômico..........................................................................................................................71
4.4 Relatos de dor.................................................................................................................................77
4.5 Distribuição espacial do posto de trabalho......................................................................................81
4.6 Antropometria dos trabalhadores da construção civil......................................................................87
4.7 Avaliação da adaptação dos postos de trabalho.............................................................................91
4.7.1 Pedreiro ao nível do solo (zonas 1 e 2 do levantamento)............................................................94
4.7.2 Pedreiro posicionado no andaime (zonas 3 e 4 do levantamento)...............................................98
4.8 Sugestões de adaptações dos postos de trabalho aos pedreiros da Construção Civil.................101
5 Conclusão ........................................................................................................ 101
5.1 Sugestões para trabalhos futuros..................................................................................................104
Referências .........................................................................................................................................106
Apêndice A – Fotos dos trabalhadores e canteiros de obras estudados......................................111
Apêndice B – Termo de consentimento livre e esclarecido ................................................ 118
Apêndice C – Formulário para coleta de dados ............................................................... 120
Anexo A – Diagrama de Corlett .................................................................................... 124
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS33
RESUMO
ABSTRACT
The Industry of the civil engineering requires a great amount of workforce for the
accomplishment of diverse tasks. The tasks developed in the civil engineering are in
great majority carried out manually and require diverse degrees of effort. The effort
when applied in a continuous, repetitive way, with inadequate materials and not
adapted work position, generates the Work-related osteomuscular disturbances
(WRMD). This study has as its general objective to point ergonomic adaptations
concerning the work position of the walls constructing task of the civil engineering.
From the point of view of its nature this research will be applied, being predominantly
quantitative in the approach of its results. In relation to its objectives it is descriptive,
therefore it aims to describe the characteristics of the work and the workers from the
civil engineering, being presented according to its procedures in survey form. It was
carried out simple and direct observation of the worker during the walls constructing
task associated to photos and filmings. The WinOWAS method was used to classify
the used positions and evaluate the ergonomic risk. The Corlett Diagram was applied
and anthropometric measurements of 91 workers from the civil engineering were
carried out. It was evidenced that the ergonomic risks of the worker from the civil
engineering during the construction of masonry walls are high, varying according to
the studied anatomical region and the height of the wall. It was verified that 68.13%
of the workers presented pain reports. Precariousness of the work positions in
relation to adaptations to the workers was perceived. Many of the measures of the
work positions were not adapted to the corporal measures of the workers. From the
biomechanic and anthropometric evaluations it can be suggested adaptations of the
bricklayers wall constructing work positions from the Civil Engineering.
1 INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil é uma das atividades que gera maior número
de empregos no Brasil, impulsionando grande parte de sua economia e gerando
empregos. Devido às características sócio-culturais brasileiras, a grande maioria da
população apresenta baixo nível de escolaridade tendo que empregar-se em setores
onde não existam muitas cobranças de qualificação profissional. Segundo Iida
(2005, p.21),
1.1 Objetivos
1.2 Hipótese
1.5 Justificativa
1.6 Estrutura
2 REFERENCIAL TEÓRICO
melhorar sua qualidade de vida no trabalho. Deve-se, explicar, treinar, orientar, para
que estes paradigmas possam ser realmente transformados.
A oferta de mão de obra para a construção civil é abundante, pois, como já foi
citado, normalmente não requerer elevado grau de escolaridade. Os trabalhadores
que não conseguem se adaptar a este modelo de produção são substituídos.
Sabendo deste fato, os obreiros acabam realizando as tarefas recebidas sem
grandes questionamentos ou exigências. Eles sofrem a pressão constante do
desemprego, da substituição rápida, sem garantias, e acabam por aceitar esta forma
de realização do trabalho e suas exigências produtivas.
Couto (2006) relata cinco motivos pelos quais os DORT têm aumentado em
todo mundo nas últimas décadas:
- pela complexidade cada vez maior do trabalho a ser feito pelas pessoas;
- pela realidade social favorecedora das lesões, principalmente pelo fracasso dos
mecanismos da própria empresa;
Skare (1999) relatou como fatores de risco para os DORT a repetição, o alto
grau de força, a vibração, a pressão direta, a postura articular inadequada, e a
postura inalterada por tempo prolongado. Estas patologias, independente de sua
origem anatômica, apresentam como sintomatologia comum à dor.
superiores e pescoço. Larroyd (1997) citou que em sua pesquisa com pedreiros de
reboco que a carga física de trabalho do operário que reboca paredes internas na
construção civil, pelo método utilizado para avaliação, demonstrou ser uma carga
física moderada para um dia de trabalho, porém relata que deve-se considerar que
essas posturas são assumidas todos os dias de trabalho, durante anos. Isso fa-
talmente vai acarretar algum prejuízo para a saúde do trabalhador. Santana e
Oliveira (2004) estudaram as condições de saúde e trabalho de 1947 trabalhadores
da construção civil, onde relata ter encontrado uma alta prevalência de sintomas
músculo-esqueléticos nesta indústria.
Couto (2006) relata que não pode ser considerada normal a incidência de
queixas ou afastamentos em um grande número de trabalhadores e apresenta
fatores que podem estar levando a estes acontecimentos:
O mesmo autor ressalta que se este último fator não estiver presente não há o que
pensar que uma queixa tenha sua origem no trabalho.
Onde:
Luttmann, Jäger e Laurig (1991) em estudos com esta tarefa verificaram que
para paredes baixas os pedreiros gastam até 75% da duração total da atividade em
uma postura inclinada, esta porcentagem diminui com a altura da parede de 20 a
25% . Onde os níveis da parede estão abaixo de 100 cm a carga (tijolo) é prendida
em uma mão por 30% do tempo e a carga é prendida em ambas as mãos (tijolo,
colher e argamassa) por 13% do tempo. Segundo os mesmos autores as
porcentagens aumentam para paredes elevadas a 45 e 30% do tempo
respectivamente. Neste estudo o número de tijolos colocados por unidade de tempo
teve uma diminuição com a altura da parede, aproximadamente 2,7 tijolos por minuto
para uma altura de 20 cm e 2,0 tijolos por minuto para uma parede de 160 cm.
Luttmann, Jäger e Laurig (1991) concluem relatando que investigações
eletromiográficas revelaram que com a altura crescente da parede as atividades
mioelétricas das musculaturas da coluna e do bíceps esquerdo multiplicam-se em
comparação com as atividades das paredes baixas.
- Intensidade do esforço;
- velocidade do esforço;
Fonte: Adaptado de Iida (2005 p. 148 -167) e Kroemer e Grandjean (2005, p. 60).
Fase 2 – descrição das ações: devem se descritas em um nível mais detalhado que
a tarefa, concentrando-se mais nas características que influem no projeto da
interface homem-máquina e se classificam em informações e controles.
2.7.5 A antropometria
para atender as características de cada trabalhador, porém isto seria inviável tanto
na prática como economicamente. Os mesmos autores relatam que os
levantamentos antropométricos são realizados para atender às faixas da população,
podendo ser realizados para o tipo médio, indivíduos extremos e um indivíduo
especificamente.
Expondo sobre este assunto Iida (2005, p. 109) descreve “que sempre que for
possível e economicamente justificável, as medições antropométricas devem ser
realizadas diretamente, tomando-se uma amostra significativa dos sujeitos que serão
usuários ou consumidores do objeto a ser projetado”.
a) O trabalho sentado
- a altura do assento deve ser considerada boa quando a coxa está bem apoiada no
assento, sem esmagamento em sua parte inferior (em contato com as bordas do
assento) e os pés apóiam no chão;
- o encosto deve proporcionar apoio para a região lombar (na altura do abdômen),
devendo-se deixar um vão livre de 10 a 20 cm entre o assento e o encosto e o
encosto deve ter uma altura de 30 cm;
- a parte inferior do encosto deve ser convexa para acomodar a curvatura das
nádegas ou ser vazada.
Outra questão a abordada quanto ao assento é que este para ser ajustado ao
trabalhador poderá obedecer aos parâmetros antropométricos da população a qual
irá servir e segundo Iida (2005, p. 151) “a dimensão antropométrica crítica é a altura
poplítea (da parte inferior da coxa a sola do pé), que determina a altura do assento”.
- introduzir o trabalho com posturas alternadas: se uma tarefa tiver longa duração o
posto de trabalho pode ser projetado para que as atividades possam ser exercidas
tanto na posição sentada como na posição em pé. Para isso, a superfície de
- Evite trabalhar com as mãos para trás: deve-se evitar o trabalho com as
mãos para trás do corpo.
parede é terminada. O trabalhador tem, então, que deslocar-se para o local onde irá
ser elevada a próxima parede, e assim decorrendo sucessivamente até que a fase
da alvenaria seja terminada. Luttmann, Jäger e Laurig (1991) relatam que para o
posto de trabalho durante o assentamento de tijolos o andaime deve ser
constantemente adaptado a altura da parede, excluindo os níveis mais baixos e
elevados da parede. O tijolo e a argamassa devem ser arrumados de modo que os
pedreiros agarrem-nos sem dobrar-se para baixo.
3 METODOLOGIA
Pa
“X” cm
T Pe A
“Y” cm “Z” cm
Figura 1 Exemplo de marcação dos componentes do posto, onde lê-se “Pe” para pedreiro,
“Pa” para parede, “A” para argamassa e “T” para tijolos.
Zona 4
( 65 cm)
Zona 3
(70 cm)
2,70 m
Zona 2
(65 cm)
Zona 1
(70 cm)
Figura 3 Divisão das zonas da parede para análise das posturas utilizadas.
Para a medição das partes anatômicas, utilizou-se fita métrica e trena, a partir
das marcas anatômicas adequadas para cada uma das variáveis. Utilizou-se
também “kits” de pega retangular de tamanhos variados para a medição da variável
de número 151 descrita no quadro 4. Para a variável de número 148 (quadro 4)
utilizou-se um objeto em forma de cone, o qual possibilita pegas em diferentes
medidas de circunferências.
antropométricas que foram analisados são descritas pelos autores citados acima
pelos números 2, 30, 119, 131, 60, 90, 146, 108, 151, 148 e estão apresentados na
tabela 4.
Numeração Descrição
2 Altura total dos trabalhadores
30 Altura dos olhos a base com o trabalhador em pé
119 Altura do cotovelo a base com o trabalhador em pé
131 Altura do punho a base com o trabalhador em pé
60 Altura do meio do ombro a base com o trabalhador em pé
90 Altura do trocanter maior a base com o trabalhador em pé
146 Altura da articulação dos dedos (metacarpofalangeana) a base com o trabalhador em
pé
108 Ombro (acrômio) a mão em posição de agarrar (“princh-grip”), com o membro superior
na horizontal anteriorizado
151 Pega máxima (garra), polegar indicador, medida com bloco
148 Circunferência da pega cilíndrica
Fonte: adaptado de Peebles e Norris (1998)
ser iguais. Pensando nesta possibilidade, realizou-se a coleta dos dados em quatro
empresas da construção civil.
N σ ²[ Z α/2]²
n= _____________________ (1)
(N-1) E² + σ ² [ Z α/2]²
Onde:
n= tamanho da amostra
N (tamanho da população)= 900 trabalhadores
σ= desvio padrão (próprio de cada variável em cm)
Z α/2 (confiança de 95%) = 1,96
E (margem de erro)= 0,01 cm
3.4 Variáveis
4 Resultados e discussão
- verifica o prumo;
Seqüência de passos do
Exigência Ergonômica Partes do Corpo
trabalho
inferiores
Mão punho, cotovelo e ombro
Colocar o tijolo no local Movimentos repetitivos
não dominantes e dominantes.
Postura em tripla flexão de
Movimentos estáticos
membros inferiores
Músculos dos membros
Semi-ajoelhado
inferiores
Mão, punho, cotovelo,
Bater em cima do tijolo Movimentos repetitivos
dominantes.
Mão punho, cotovelo e ombro
não dominantes e ombro
Movimentos estáticos dominante.
Postura em tripla flexão de
membros inferiores
Músculos dos membros
Semi-ajoelhado
inferiores
Mão, punho, cotovelo,
Bater na extremidade de tijolo Movimentos repetitivos
dominantes.
Mão punho, cotovelo e ombro
não dominantes e ombro
Movimentos estáticos dominante.
Postura em tripla flexão de
membros inferiores.
Músculos dos membros
Semi-ajoelhado
inferiores
Mão, punho, cotovelo, ombro
Retirar excessos de massa Movimentos repetitivos
dominantes.
Músculos dos membros
Semi-ajoelhado
inferiores
Postura em tripla flexão de
Movimentos estáticos
membros inferiores.
Conferir visualmente Flexão de cervical Coluna cervical
Músculos dos membros
Semi-ajoelhado
inferiores
Postura em tripla flexão de
Movimentos estáticos
membros inferiores.
Seqüência de passos do
Exigência Ergonômica Partes do Corpo
trabalho
Tabela 9 Média do tempo gasto em atividades laborais com pausas disfarçadas associadas.
Medir com a 1 7 7
trena
Verificar o prumo 5 4 20
Colocar linha de 15 6 90
nível
Transporte de 4 6 24
tijolos
146
Total de tempo
gasto
Tomar água 3 8 24
Conversar 2 5 10
Total do tempo 50
gasto
17%
Pausas prescritas
Tabela 11 Distribuição do tempo das atividades com relação ao tempo efetivo de produção.
a
Figura 7 Colher de pedreiro e tijolos
a
b
Onde a postura 2161 diz respeito a atividade de bater no tijolo e a postura 4161
e relativa as atividades de pegar massa, pegar e colocar tijolos e retirar o excesso
de massa.
Tabela 12 Categoria de risco obtida através do software WinOWAS das atividades do obreiro
durante as zonas 1 e 3 do levantamento de paredes
Onde a postura 1121 diz respeito a atividade de bater no tijolo, a postura 2121
é relativa a retirar o excesso de massa, e a postura 4121 diz respeito as atividades
de pegar massa e pegar e colocar os tijolos.
Tabela 13 Categoria de risco obtida através do software WinOWAS das atividades do obreiro
durante as zonas 2 e 4 do levantamento de paredes.
A figura 14 apresenta a divisão dos riscos gerais para coluna, braços e pernas,
seus enquadramentos dentro das categorias de risco e sugestões para ações.
80,00% 68,13%
60,00%
31,86% Com dor
40,00%
Sem dor
20,00%
0,00%
100,00%
Tempo de serviço Total de trabalhadores Obreiros sem dor Obreiros com dor
Pescoço
Nº de relatos de dor cervical
40 Costas sup.
Costas méd.
35 costas inf.
Bacia
30 Ombro E
Ombro D
25
Braço E
Braço D
20
Cotovelo E
15 Cotovelo D
Antebraço E
10 Antebraço D
Punho E
5 Punhpo D
Mão E
0 Mão D
Coxa E
Regiões corporais Coxa D
Perna E
Perna D
4,054 foi a das costas inferior. Esta região mais uma vez apresenta-se com grande
relevância para as queixas musculares, pois além da intensidade álgica alta,
apresentou-se com o maior número dos relatos de dor. A figura 18 apresenta as
localizações anatômicas e suas respectivas intensidades álgicas médias.
80 62
nº de relatos
60 43 Coluna
36
40
20 Membros
0 inferiores
1 Membros
superiores
regiões anatômicas
Fases 1 e 2 em cm
1 55 50 60 55 35 35
8 45 50 55 75 36 25
21 50 60 55 50 9 25
26 45 50 60 65 10 45
27 60 55 55 60 35 35
29 45 40 55 65 35 30
47 50 50 50 60 9 35
61 45 50 50 60 40 30
79 40 50 54 58 38 20
83 50 50 60 70 10 39
*Os números utilizados nesta coluna dizem respeito a numeração utilizada para
denominação dos trabalhadores durante a coleta de dados
Pa
Pe – pedreiro
Pa – parede
48,50 cm 61,80 cm
A – argamassa
T – tijolo
T Pe
48,75cm 55,4 cm A
A
Figura 20 Medidas médias da disposição espacial do posto nas zonas 1 e 2
Fases 3 e 4 em cm
10 45 60 55 45 10 20 140
15 45 40 50 45 9 20 130
16 55 50 50 55 15 35 140
17 50 60 60 50 10 30 140
18 45 50 60 55 14 25 140
19 50 40 55 50 16 30 140
48 45 60 55 45 9 20 130
70 40 50 40 80 16 50 74
62 50 45 40 50 14 15 74
73 40 43 45 66 15 13 74
83 50 60 60 50 17 23 140
84 50 60 60 50 10 20 140
*Os números utilizados nesta coluna dizem respeito a numeração utilizada para denominação dos
trabalhadores durante a coleta de dados
Legenda: Trab. - trabalhador
Ped/par. - distância entre o pedreiro e a parede
Ped/Tij. - distância entre o pedreiro e os tijolos
Ped/arg. - distância entre o pedreiro e a argamassa
Par/arg. - distância entre a parede e a argamassa
Altura tij. - altura dos tijolos
Altura Arg. - altura da argamassa
Altura And. - altura do andaime
Pa Pe – pedreiro
Pa – parede
T – tijolo
T 51,50 cm Pe 52,50 cm A
Probability Plot of C1
Normal
99,9
Mean 63,44
StDev 3,811
99 N 89
AD 0,504
95 P-Value 0,199
90
80
70
Percent
60
50
40
30
20
10
5
0,1
50 55 60 65 70 75
C1
Normalidade 151
Normal
99,9
Mean 13,88
StDev 1,200
99
N 91
AD 6,863
95 P-Value <0,005
90
80
70
Percent
60
50
40
30
20
10
5
0,1
10 11 12 13 14 15 16 17 18
151
60
50
40
30
20
10
5
0,1
9 10 11 12 13 14 15 16 17
148
60
50
40
30
20
10
5
0,1
5,0 7,5 10,0 12,5 15,0
pega conf.
“2” “30” “119” “131” “60” “90” “146” “108” “151” “148” “pega
de maior
conforto”
Média (em 170,17 158,72 108,99 84,154 138,51 88,382 75,300 63,438 13,879 13,077 10,593
cm)
Desvio 6,89 6,96 5,81 4,521 6,51 4,435 4,004 3,811 1,200 1,231 1,414
padrão
Coeficiente 4,05 4,38 5,33 5,37 4,70 5,02 5,32 6,01 8,65 9,42 13,35
de
variação
Legenda:
distância para a realização da atividade com menor risco ao trabalhador seria inferior
a 54,51 cm, enquadrando o valor que encontrou-se de 48,5 cm como aceitável.
A altura dos tijolos que estavam sendo utilizados para realizar o levantamento
resultou em uma média de 25,7 cm. Se os dedos estão a 75,3 cm do solo (variável
“146”, altura das articulações metacarpofalangeanas a base com o trabalhador em
pé) e os tijolos a 25,7 cm, existe uma diferença de 49,6 cm em média, diferença esta
que o trabalhador deve compensar com uma flexão de tronco para conseguir
alcançar os tijolos. Ainda com relação a altura dos tijolos, segundo Dul e
Weerdmeester (2004), a altura da superfície de trabalho para este tipo de atividade
deve variar de 0 a 30 cm abaixo da altura dos cotovelos. Porém subtraindo-se a
altura dos cotovelos a base com o trabalhador em pé (variável “119”), equivalente a
108,99 cm, da altura média dos tijolos equivalente a 25,70 cm, encontra-se um
resultado de 83,29 cm. Este valor indica que no mínimo a superfície dos tijolos
utilizados está a 53,29 cm abaixo do que deveria, incrementando enormemente as
flexões de coluna utilizadas para esta atividade em determinados momentos.
A altura dos tijolos que estavam sendo utilizados para realizar o levantamento
resultou em uma média de 12,916 cm. Se os dedos estão a 75,3 cm do solo
(variável “146”, altura das articulações metacarpofalangeanas a base com o
trabalhador em pé) e os tijolos a 12,916 cm, existe uma diferença de 62,384 cm em
média, diferença esta que o trabalhador deve compensar com uma flexão de coluna
para conseguir alcançar os tijolos. Ainda com relação a altura dos tijolos, segundo
Dul e Weerdmeester (2004), a altura da superfície de trabalho para este tipo de
atividade deve variar de 0 a 30 cm abaixo da altura dos cotovelos. Porém
subtraindo-se a altura dos cotovelos a base com o trabalhador em pé (variável “119”)
da altura média dos tijolos, encontra-se um resultado de 95,574 cm , indicando que
no mínimo a superfície dos tijolos utilizados está a 65,574 cm abaixo do que deveria,
flexão de ombro acima de 90° para compensar 57,49 c m acima da altura do meio de
seu ombro.
Verificou-se que 50% das medidas dos postos de trabalho apresentam-se não
adaptadas ou pouco adaptadas aos obreiros. Avaliou-se que das 14 medidas que
verificou-se nos postos de trabalho ao nível do solo e acima do andaime, 7 foram
insatisfatórias, quando comparadas a antropometria dos trabalhadores da
construção civil. Sendo a construção civil um grande pólo empregador e a tarefa do
levantamento de paredes indispensável em grande parte das edificações realizadas,
os postos de trabalho do levantamento de paredes devem ser revistos, para enfim,
torná-los mais seguros e adaptados a grande massa de trabalhadores ocupantes
desta função.
ao punho. Este posicionamento permitirá que o trabalhador realize sua tarefa com
flexão de cotovelo e sem flexões de coluna.
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ENTZEL, P.; ALBERS, J.; WELCH, L. Best practices for preventing musculoskeletal
disorders in masonry: stakeholder perspectives. Applied Ergonomics, 2006.
IIDA, I. Ergonomia, projeto e produção. São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 1990.
LUTTMANN, A.; JAGËR, M.; LAURIG, W. Task analysis and electromyography for
bricklaying at different wall heights. International Journal of Industrial
Ergonomics, v. 8, p. 237-245, 1991.
MOORE, J. S.; GARG, A. The Strain Index: a proposed method to analyse jobs for
risk of distal upper extremity disorders. American Industrial Hygiene Journal, v.56,
p. 443 – 458, 1995.
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Nome do Participante da Pesquisa
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Assinatura do Participante da Pesquisa
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Assinatura do Pesquisador (telefone: 9104-4849)
Empresa:
Pe – pedreiro
Pa – parede
A – argamassa
T – tijolo
c) altura da argamassa:
Pe – pedreiro
Pa – parede
A – argamassa
T – tijolo
c) altura da argamassa:
d) altura do andaime:
b) comprimento do cabo:
ergonômico ( )
reto ( )
e) peso do tijolo:
3. ANTROPOMETRIA
4. FOTOS E FILMAGEM
5. CRONOMETRO:
6 . ATIVIDADE DESENVOLVIDA:
7. RISCO WinOWAS
a)Fases 1 e 3:
b) Fases 2 e 4: