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FRANCA
2018
RESUMO
Volantes de inércia são elementos de máquinas utilizados em conjunto com máquinas rotativas.
Sua função é suavizar a variação de velocidade no eixo devido à oscilação do torque. No
presente trabalho foi exposta a teoria por trás de volantes além dos cálculos para
dimensionamento do mesmo utilizando de exemplo prático.
2
ABSTRACT
Inertia flywheels are elements of machines used in conjunction with rotary machines. Its
function is to smooth the speed variation in the shaft due to the oscillation of the torque. In the
present work the theory behind flyers beyond the calculations for the sizing of the same one
using the practical example was exposed.
3
LISTA DE FIGURAS
4
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 6
1. DIMENSIONAMENTO DE VOLANTES DE INÉRCIA .............................................. 6
1.1. VARIAÇÃO DE ENERGIA DE UM SISTEMA DE ROTAÇÃO .............................. 8
1.2. DETERMINAÇÃO DA INÉRCIA DO VOLANTE ................................................... 10
1.3. TENSÃO NOS VOLANTES ........................................................................................ 11
2. ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 12
2.1. MEMORIAL DE CÁLCULO ....................................................................................... 15
3. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 20
5
INTRODUÇÃO
7
A energia cinética (Ek) em um sistema de rotação é descrito pela equação 1
abaixo.
1
𝐸𝑘 = 2 × 𝐼𝑚 × 𝜔² (1)
1 1
𝐸𝑐 = 2 × 𝑚 × 𝑣 2 + 2 × 𝐼 × 𝜔² (2)
𝑚
𝐼𝑚 = × (𝑟22 + 𝑟12 ) (3)
2
𝜋 𝛾
𝐼𝑚 = 2 × 𝑔 × (𝑟24 − 𝑟14 ) × 𝑡 (4)
8
FIGURA 3. Volante e eixo de transmissão
∑ 𝑇 = 𝐼𝑚 × 𝛼 → 𝑇𝑙 − 𝑇𝑚 = 𝐼𝑚 × 𝛼 (5)
𝑇𝑚 = 𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑜 → 𝑇𝑙 − 𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 𝐼𝑚 × 𝛼 (6)
𝑑𝜔 𝑑𝜔 𝑑𝜃 𝑑𝜔
𝛼= = (𝑑𝜃 ) = 𝜔 × 𝑑𝜃 (7)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝜔
𝑇𝑙 − 𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 𝐼𝑚 × 𝜔 × 𝑑𝜃 → (𝑇𝑙 − 𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑜 )𝑑𝜃 = 𝐼𝑚 × 𝜔 × 𝑑𝜔 (8)
𝜃→𝜔 𝜔
Integrando → ∫𝜃→𝜔 𝑚𝑎𝑥 (𝑇𝑙 − 𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑜 )𝑑𝜃 = ∫𝜔 𝑚𝑎𝑥 𝐼𝑚 × 𝜔 × 𝑑𝜔 (9)
𝑚𝑖𝑛 𝑚𝑖𝑛
𝜃→𝜔𝑚𝑎𝑥 12 2
∫𝜃→𝜔 (𝑇𝑙 − 𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑜 )𝑑𝜃 = 𝐼𝑚 (𝜔𝑚𝑎𝑥 − 𝜔𝑚𝑖𝑛 ) (10)
𝑚𝑖𝑛 2
9
FIGURA 4. Diagrama de torque no tempo
(𝜔𝑚𝑎𝑥 −𝜔min )
𝐶𝑓 = (12)
𝜔𝑚é𝑑𝑖𝑜
10
definido por quem o está projetando, dessa forma deve haver um balanço entre o tamanho
do volante, consequentemente seu custo, e a suavidade de operação desejada.
Com a integração da função torque-tempo mostrada na seção acima é
possível se resolver o lado direito da equação 10. Antes disso uma hipótese normalmente é
feita onde considerasse que a função de torque é uma função harmônica pura o que faz com
o ꞷmédio seja expresso pela equação 13. Sabendo que uma função torque-tempo dificilmente
será uma função harmônica pura, essa hipótese pode ser utilizada pois o erro introduzido
pelo seu uso na aproximação para a média é bem aceitável.
(𝜔𝑚á𝑥 +𝜔𝑚𝑖𝑛 )
𝜔𝑚é𝑑𝑖𝑜 = (13)
2
1 2 2 1
𝐸𝑘 = 2 𝐼𝑚 (𝜔𝑚𝑎𝑥 − 𝜔𝑚𝑖𝑛 ) → 𝐸𝑘 = 𝐼𝑚 (𝜔𝑚𝑎𝑥 + 𝜔𝑚𝑖𝑛 )(𝜔𝑚𝑎𝑥 − 𝜔min) (10*)
2
1 𝐸𝑘
𝐸𝑘 = 2 𝐼𝑠 (2𝜔𝑚é𝑑𝑖𝑜 )(𝐶𝑓 × 𝜔𝑚é𝑑𝑖𝑜 ) → 𝐼𝑠 = 𝐶 (14)
𝑓 𝜔𝑚é𝑑𝑖𝑜
11
Com o girar do volante há uma ação da força centrífuga sobre a massa
distribuída no sentido de separa-la. Dessa forma a tensão tangencial e radial de um disco de
volante sólido é em função do seu raio, r, como mostrado na equação 15 e 16. Onde temos
γ como o peso específico do material, ꞷ a velocidade angular, ν o coeficiente de Poisson, r
o raio do ponto de interesse e ri e ro o raio do ponto interno e externo do volante de disco
sólido.
𝛾 3+𝜈 𝑟 ²𝑟 ² 1+3𝜈
𝜎𝑡 = 𝑔 𝜔2 ( )(𝑟𝑖2 + 𝑟𝑜2 + 𝑖𝑟²𝑜 − 3+𝜈 𝑟² (15)
8
𝛾 2 3+𝜈 𝑟 ²𝑟 ²
𝜎𝑟 = 𝜔 ( 8 )(𝑟𝑖2 + 𝑟𝑜2 − 𝑖𝑟²𝑜 − 𝑟² (16)
𝑔
𝜔
𝑁𝑜𝑠 = 𝜔 (17)
𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
2. ESTUDO DE CASO
12
(admissão, compressão, explosão e escape) percebe-se que o torque e a potência são variáveis
(ROSSINI, 2010).
Para o caso do dimensionamento dos volantes de inércia, é necessário saber
sobre o torque em um ciclo de rotação do motor, isso devido à influência de cada biela no
funcionamento do motor como um todo. Sabendo que o torque utilizado pelos fabricantes em
seus catálogos trata-se de um torque médio, seguiu-se então para uma busca de algum ensaio já
realizado em dinamômetro, que nos mostrasse a curva de variação do torque em um ciclo. Além
disso, procurou-se por motores estacionários, para que pudéssemos contextualizar o projeto do
volante à uma determinada tarefa, como o bombeamento de água em uma residência a qual não
tem disponibilidade de luz, ou até mesmo um gerador elétrico. De modo a fixarmos um uso, o
projeto final consistirá no dimensionamento de um volante de motor para um gerador elétrico,
o que nos dará parâmetros de funcionamento de modo geral.
Após uma busca virtual de base científica, encontrou-se a avaliação
dinamométrica realizada por alunos da Universidade Federal da Bahia (TORRES; SANTOS;
SOUZA; PEIXOTO; FRANÇA, 2015). A análise consistiu em realizar as medições em um
motor monocilíndrico de ciclo Diesel fazendo o uso de biodiesel. O motor escolhido como
motivador e objeto de estudo do presente trabalho foi o motor monocilíndrico estacionário
Agrale M85, Figura 6, de 85cm3 de cilindrada com ciclo Diesel, a seguir, Figura 7, é dada uma
representação de tabela com especificações técnicas do motor.
13
FIGURA 7. Especificações do motor M85
14
FIGURA 9. Gráfico de Torque X Angulo do eixo da manivela
1 𝐿
𝑇̅ = 𝐿 . ∫0 𝑡. 𝑑𝑥 (18)
Desta forma através o gráfico de torque por ângulo de manivela com o torque
médio ficou da seguinte forma, Figura 10, com o valor médio calculado de 46,761 N.m.
15
3
4 5
1 2
𝐸 27258,6744
𝐼𝑠 = 𝐶 2
= = 1,1126 [𝑙𝑏 − 𝑖𝑛. 𝑠 2 ] (19)
𝑓 .ω𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 0,05.7002
16
O volante precisaria suprir uma parte dessa quantidade se outras massas em
rotação estivessem presentes. Porém, nesse caso consideramos que o volante irá suprir toda
a inércia requerida, ou seja, Im = Is.
Adotando o material do volante como aço 1020, e, utilizando de uma
montagem por interferência de raio interno de 25mm ou 0,984 polegadas temos: ρ=7750,37
[kg/m3] (0.28 lb/in3). Assim temos que ri = 0,984 in. Utilizando da equação 4 para cálculo
do momento de inércia através das dimensões do volante encontrou-se um valor para r0
combinado com a espessura t para o Im requerido, equação 20.
π 0,28
1,1126 = 2 . 386 . (𝑟40 − 0,9844 ) ∗ t → 976,44558 = (𝑟04 − 0,9844 ) ∗ t (20)
17
Espessura Diametro r/t Tensão Peso Coeficiente Coeficiente
(in) (in) (psi) (lb) de de excesso
Segurança de
velocidade
0,13 18,75 75 24051, 9,6 1,29 1,5
5
0,25 15,77 32 14070, 13,5 2,20 1,65
3
0,38 14,25 19 9661,4 16,4 3,21 1,8
0,50 13,26 13 7134,3 18,9 4,35 1,95
0,63 12,54 10 5505,5 21,1 5,63 2,1
0,75 11,98 8 4380,6 23,1 7,08 2,25
0,83 11,70 7 3672,1 24,1 8,44 2,4
1,00 11,15 6 2956,6 26,5 10,48 2,55
1,13 10,83 5 2487,6 28,1 12,46 2,7
1,25 10,55 4 2119,0 29,5 14,63 2,85
A escolha final de projeto é t = 0,50 in e ro = 6,63 in, porque esse valor tem
uma mistura razoável de valores de parâmetros (tamanho, peso) e provê um coeficiente de
segurança 1,95 contra excesso de velocidade. Em outras palavras, o volante poderia
alcançar uma velocidade de até quase 2 vezes sua velocidade de projeto antes que houvesse
o escoamento. O coeficiente de segurança contra escoamento a baixas velocidades de
projeto será então sempre mais alto e agora é 4,35.
3. CONCLUSÃO
18
19
REFERÊNCIAS
- BOLUND, B., BERNHOFF, H., LEIJON, M., FLY WHEEL ENERGY AND
POWER STORAGE SYSTEMS. RENEW SUSTAIN ENERGY REV 2007:235–58.
- MOTA, SARA P. VOLANTE DO MOTOR: TIPOS E FUNCIONALIDADES.
Disponível em: <http://www.e-konomista.pt/artigo/volante-do-motor/> . Acesso em:
10/05/2018.
- MUNHOZ, R., ENTENDA COMO FUNCIONA O KERS, Disponível em:
<http://racing.terra.com.br/index.asp?codc=1343>, Acesso em: 12 de maio de 2018.
- NORTON, Robert L., PROJETO DE MÁQUINAS: UMA ABORDAGEM
INTEGRADA. 4 ed. Bookman. 2013.
- ROSSINI, RODRIGO T., O ENSINO DE TORQUE E POTÊNCIA USANDO
EXEMPLO DE MÁQUINAS ROTATIVAS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO. Dezembro de 2010.
- TORRES, E. A., SANTOS, D. C., SOUZA, D. V., PEIXOTO, L. B., &
FRANÇA, T. (2015). ENSAIO DE MOTORES ESTACIONÁRIOS DO CICLO
DIESEL.
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