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Não é de hoje que o homem percebeu que o vapor podia fazer as coisas se
movimentarem. No primeiro século da era cristã, portanto há mais de 1900 anos, um
estudioso chamado Heron de Alexandria, construiu uma espécie de turbina a vapor,
chamada eolípila.
Nesse engenho, enchia-se uma esfera de metal com água que produzia vapor que
se expandia e fazia a esfera girar quando saía através de dois bicos, colocados em
posições diametralmente opostas. Todavia, embora isso movimentasse a esfera,
nenhum trabalho útil era produzido por esse movimento e o sábio não conseguiu ver
nenhuma utilidade prática para seu invento.
Muitos séculos mais tarde, a máquina a vapor foi a primeira maneira eficiente de
produzir energia independentemente da força muscular do homem e do animal, e da
força do vento e das águas correntes. Sua invenção e uso foi uma das bases
tecnológicas da Revolução Industrial. Em sua forma mais simples, as máquinas a
vapor usam o facto de que a água, quando convertida em vapor se expande e ocupa
um volume de até 1.600 vezes maior do que o original, quando sob pressão
atmosférica.
Foi somente no século XVII, mais precisamente em 1690, que o físico francês Denis
Papin usou esse princípio para bombear água.
Nessa máquina, o vapor gerado em uma caldeira era enviado para um cilindro
localizado em cima da caldeira. Um pistão era puxado para cima por um contrapeso.
Depois que o cilindro ficava cheio de vapor, injetava-se água nele, fazendo o vapor
condensar.
Isso reduzia a pressão dentro do cilindro e fazia o ar externo empurrar o pistão para
baixo. Um balanceiro era ligado a uma haste que levantava o êmbolo quando o
pistão se movia para baixo. O vácuo resultante retirava a água de poços de mina
inundados.
Mesmo assim, o vapor ainda hoje tem extensa aplicação industrial, nas mais diversas formas,
dependendo do tipo de indústria e da região onde está instalada.
2- CONSIDERAÇÕES GERAIS
Além da indústria, outras empresas, utilizam, cada vez mais vapor gerado pelas caldeiras,
como por exemplo: restaurantes, hotéis, hospitais, frigoríficos.
Caldeira é um trocador de calor que, trabalhando com pressão superior à pressão atmosférica,
produz vapor, a partir da energia térmica fornecida por uma fonte qualquer. É constituída por
diversos equipamentos integrados, para permitir a obtenção do maior rendimento térmico
possível e maior segurança.
Esta definição abrange todos os tipos de caldeiras, sejam as que vaporizam água, mercúrio ou
outros fluídos e que utilizam qualquer tipo de energia, inclusive a elétrica.
Algumas vezes, o fluído permanece no estado líquido, apenas com temperatura elevada para
ser aproveitado nos processos de aquecimento (calefação), formando, deste modo, a linha de
caldeiras de água quente.
A produção de vapor pode ser conseguida, também, pela absorção da energia térmica
desprendida pela fissão do urânio.
O material contido neste trabalho, se refere, principalmente, às caldeiras que produzem vapor
d’água, a partir de combustíveis sólidos ou líquidos.
Quanto mais alta a viscosidade do combustível, mais difícil será a sua nebulização, ou seja,
mais difícil será a sua divisão em gotículas. O preaquecimento do óleo combustível é
fundamental para atingir os limites adequados de viscosidade necessários para uma boa
pulverização.
SUPERFÍCIE DE AQUECIMENTO
É a área de tubulação (placa metálica) que recebe o calor dos gases quentes
responsável por vaporizar a água (m2).
CALOR ÚTIL
EFICIÊNCIA TÉRMICA
T m c PCI
m V ,m C = vazão em massa de vapor fornecido, vazão em massa de combustível
(kg/h).
Existem diversas formas para se classificar as caldeiras. Por exemplo, elas podem ser
classificadas sob os seguintes aspectos:
*0 Quanto à Localização Água-Gases:
A) Flamotubulares
Verticais
Horizontais
Fornalhas corrugadas
Traseira seca
Traseira molhada
B) Aquotubulares
Tubos retos
Tubos curvos
Perfil A
Perfil D
Perfil O
Lâmina, cortina ou parede de água
C) Mistas
A) Combustíveis
Sólidos
Líquidos
Gases
B) Elétricas
Jatos-de-água
Eletrodos submersos
Resistores
C) Caldeiras de Recuperação
Gases de outros processos
Produção de soda ou licor negro
D) Nuclear
*2 Quanto à Montagem:
*3 Quanto à Sustentação:
A) Caldeiras auto-sustentadas
B) Caldeiras suspensas
C) Sustentação mista
A) Circulação natural
B) Circulação forçada
C) Combinada
A) Tiragem natural
B) Tiragem forçada
HORIZONTAIS E VERTICAIS.
Fig.5.1
A) Caldeira Cornuália:
B) Caldeira Lancaster:
Sua construção é idêntica à Cornuália, podendo apresentar de dois a quatro tubos
internos.(figura 5.2)
Este tipo de caldeira teve largo emprego na Marinha, por ser construída de forma
que todos os equipamentos colocados formam uma única peça. Seu diâmetro é
bastante reduzido, sendo de fácil transporte e pode ser operada de imediato. Os
gases produzidos na fornalha circulam várias vezes pela tubulação, sendo
impulsionados por ventiladores. O combustível usado é unicamente óleo ou gás,
podendo seu rendimento atingir a 83%. A figura 3.6 da um exemplo de caldeira
escocesas com 3 voltas de chama.
Fig. 5.7
4.1.2 CALDEIRAS VERTICAIS
Esta caldeira é usada em locais onde o espaço é reduzido e não requer grande
quantidade de vapor, mas alta pressão.
Os gases resultantes da queima na fornalha sobem pelos tubos e aquecem a água que
se encontra por fora dos mesmos.
Fig. 5.8
Vapor
nível de água
tubulão de vapor
tubulão de lama
descarga
Fig.5.9
A água é vaporizada nos tubos que constituem a parede mais interna. Recebendo
calor primeiro, vaporiza e sobe até o tambor superior, dando lugar à nova quantidade
de água fria que será vaporizada e assim sucessivamente. Esse tipo de circulação de
água, provocada apenas pela diferença de peso específico entre a água ascendente e
descendente, é característica das chamadas caldeiras com circulação natural.
A medida que a caldeira aquotubular aumenta sua capacidade, aumenta também seu
tamanho, quantidade de tubos e por conseqüência as perdas de cargas no circuito
hidráulico tornando a circulação por meio de bombas necessária, são as chamadas
caldeiras de circulação forçada.
A produção de vapor nestes tipos de caldeiras pode atingir capacidades de 600 até
750 tv/h com pressões de 150 a 200 kgt/cm2, temperaturas de 450 - 500 oC existindo
unidades com pressões críticas (226 atm) e supercríticas (350 kgf/cm2).
A flexibilidade permitida pelo arranjo dos tubos que constituem os feixes ou parede
d’água possibilitam um vasta variedade de tipos construtivos conforme veremos na
classificação a seguir:
B. Fornalha
Local onde se instala o início do processo de queima, seja para a queima de
combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos.
C. Câmara de combustão
Volume onde se deve extinguir toda a matéria combustível antes dos produtos de
combustão atingirem e penetrarem no feixe de absorção do calor por convecção. Esta
câmara por vezes se confunde com a própria fornalha dela fazendo parte, Outras vezes
separa-se completamente. A câmara de combustão pode ser constituída pela própria
alvenaria refratária, ou revestida de tubos (parede de água), ou integralmente irradiada.
D. Caldeira de vapor
Corresponde ao vaso fechado, à pressão, com tubos, contendo a água no seu interior,
que ao receber calor se transforma em vapor
E. Superaquecedor
Responsável pela elevação da temperatura do vapor saturado gerado na caldeira. Todo o
vapor ao passar por este aparelho se superaquece.
F. Economizador
Onde a temperatura da água de alimentação sofre elevação, aproveitando o calor
sensível residual dos gases da combustão, antes de serem eliminados pela chaminé.
G. Aquecedor de ar
Também conhecido como pré-aquecedor de ar, cuja função é aquecer o ar de combustão
para a seguir introduzi-lo na fornalha, graças ao aproveitamento do calor sensível dos
gases da combustão.
H. Canais de gases
São trechos intermediários ou finais de circulação dos gases de combustão até a
chaminé. Estes canais podem ser de alvenaria ou de chapas de aço conforme a
temperatura dos gases que neles circulam.
I. Chaminé
É a parte que garante a circulação dos gases quentes da combustão através de todo o
sistema pelo chamado efeito de tiragem. Quando a tiragem, porém, é promovida por
ventilador exaustor, sua função se resume no dirigir os gases da combustão para a
atmosfera. Neste caso se diz que a tiragem é induzida. A circulação dos gases também
poderá ser assegurada por um ventilador soprador de ar de combustão com pressão
suficiente para vencer toda a perda de carga do circuito. Neste exemplo, a tiragem se
diz forçada.
Tomando por base a unidade mais complexa, a figura 2.1 permite identificar os
componentes clássicos e o princípio de funcionamento da instalação.
Princípio de funcionamento de uma unidade complexa com fornalha para queima de
lenhas em toras
4.2.1CALDEIRAS AQUOTUBULARES DE TUBOS RETOS
Fig.5.11
A figura 5.12 apresenta uma das formas de fixação dos tubos mais usadas na
fabricação de caldeiras.
Feixe de tubos expandidos nas câmaras onduladas (coletores ondulados)
Fig.5.12
A principal característica deste tipo, são os tubos curvos que se unem aos tambores
por solda ou madrilamento, o que representa grande economia na fabricação e
facilidade na manutenção. Além de serem bastantes práticas para limpar, possibilitam
a produção de grande quantidade de vapor.
A figura 5.14 representa uma caldeira com dois tambores transversais e parede de
água, enquanto a figura 5.15 mostra uma caldeira com três tambores transversais.
Fig.5.14
Fig.5.15
Dentro da categoria de tubos curvos cabe analizar em separado, uma versão que
mantém grande projeção no mercado consumidor: a caldeira aquotubular compacta
de operação totalmente automatizada, conforme esquema da figura 5.16.
Com produções até 100 toneladas de vapor por hora e obtenção de eficiência térmica
elevada (até 80%), estas unidades são oferecidas para pronto funcionamento,
dispensado a montagem no campo, fazendo apenas as interligações e instalações
elétricas-eletrônicas e hidráulicas.
Unidades não transportáveis num único pacote são fornecidas ou em blocos semi-
compactos ou em componentes unitários desmontados, de tal maneira que no local de
instalação estes componentes são unidos para completar a unidade.
Os aços aplicados na construção das caldeiras expostas aos gases quentes precisam
ser continuamente resfriados por água ou mistura água-vapor para conservarem suas
qualidades de resistência, pois até a temperatura limite de 450ºC para os aços
carbonos comuns, 590ºC para os aços martensíticos e 650ºC para outras ligas
martensíticas, estes materiais conservam suas propriedades mecânicas.
Ultrapassando estes limites as propriedades destes materiais utilizados na construção
de caldeiras começam a diminuir sua resistência mecânica.
Sabe-se que a circulação natural da água fica mais comprometida a medida que a
pressão se eleva. Constata-se que o vapor a pressão de 35 kgf/cm 2 pesa por unidade
de volume 45 vezes menos que a água; à 140 kgf/cm 2 7,5 vezes menos e a 210
kgf/cm2 apenas 2,5 vezes. Dai concluí-se que a circulação controlada por meios
forçados é fundamental nas caldeiras e altíssimas pressões, normalmente acima de
160 kgf/cm2.
Circulação Natural de água no interior dos tubos, diferentes concepções.
Fig.5.17
A primeira concepção de caldeira de circulação forçada foi dada por Benson, a qual
se caracteriza pela construção monotubular, através da qual circula a água
unidirecionalmente, desde a entrada até a saída, já no estado de vapor, conforme
esquema da figura 5.18
Fig.3.18
Existe também a caldeira Belser ou Sulzer, que é a mesma caldeira Benson acrescida
de um tambor separador intermediário entre a seção geradora de vapor e o super
aquecedor conforme figura 5.19. Este coleta cerca de 4% da água evaporada para
aquecimento da água de alimentação.
- condutividade da água;
- nível da água;
- distância entre os eletrodos.
5.3.TIPOS DE CALDEIRAS ELÉTRICAS
1 - Corpo da Caldeira
2 - Eletrodo
3 - Câmara de Vapor
4 - Bomba de Circulação
6 - Eliminador de Água
7 - Válvula de Segurança
Caldeira Elétrica tipo eletrodo jateado
Legenda:
1- Válvula de Descarga de Fundo 8 – Eletrodo
2 - Bomba de Circulação 9-Cilindro com Injetores
3 - Válvula Controle de Vazão 10- Injetores
4 -Válvula de Segurança 11- Contra eletrodos
5 -Haste do Condutor 12- Aquecedor de Partida
6 - Isoladores 13- Entrada de Água de Alimentação
7 - Válvula de Saída de vapor