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A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NO

PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Enilse Couto Martins


Prof. Orientador: Aline Bitencourt Domingos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED 1168) – Trabalho de Graduação
12/06/2018

RESUMO

O presente trabalho de natureza teórico-metodológica é fruto de um estudo bibliográfico seguindo


da prática e vivencia dos estágios I, II e III, desenvolvida em três etapas em unidades escolar
concedentes, aplicado através de uma observação, de uma entrevista semiestruturadas e
finalizando com intervenções realizadas em sala de aula, referentes ao tema gerador: A
importância da brincadeira no processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa tem por proposito
apontar a importância do uso das brincadeiras no processo de ensino aprendizagem, com o intuito
de mostrar que crianças são seres em processo de aquisição de conhecimento, no qual o lúdico
seria a forma mais prazerosa para esse desenvolvimento. O caráter gratuito presente na atividade
lúdica é a características que mais a deixa desacreditada diante da sociedade moderna. Entretanto,
enfatizar que é graças a essas características que o sujeito se entrega à atividade. Lembrando
sempre que a família e a escola devem trabalhar em conjunto, pois se estão pareadas o
desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem ocorre de forma mais eficaz. Ao ser
trabalhado de forma lúdica o profissional ainda encontra algumas barreiras, pois para muitos o
ato de brincar deve ser separado do ato de aprender, afirmativa essa que não deve ser considerada,
pois no processo de aprendizagem, brincar é fundamental. O estágio é de sempre de grande valia,
pois compreende e busca o melhor aprendizado durante a sua formação, para que futuramente
saiba lidar com a vida em sala de aula e busque ser um bom profissional em atuação.

Palavras-chave: Brincar; Lúdico; Ensino-Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem por proposito a importância da brincadeira no processo de ensino


aprendizagem, seguindo a área de concentração metodologia de ensino, onde a prática pedagógica é
seguida em uma perspectiva lúdica, auxiliando desenvolvimento de alunos da Educação Infantil,
Séries Iniciais, e demais níveis, motivando-os no processo de ensino aprendizagem.

Para tanto, este trabalho pode-se dividir em três estágios subdividindo-se em temas distintos
elencando também observações da pratica do estágio, apresentação da prática docente vivenciadas
em sala de aula (regências) e entrevistas ao corpo gestor e pedagógico de instituições concedentes.
Na primeira parte apresentou-se a prática da primeira intervenção do estágio I na Educação
Infantil sendo o mesmo aplicado na escola Centro de Educação Pequeno Príncipe, num segundo
momento prosseguiu-se com o estágio II nos anos iniciais, desenvolvido através de intervenção na
Escola de Educação Básica Saul Ulysséa. E por fim de caráter pedagógico será feita a analise
levantada sobre uma entrevista semiestruturada aplicada ao gestor e parte pedagógica da Escola de
Educação Básica Iracy Virgínia Rodrigues.

O estágio possibilita o conhecimento da realidade, podendo experimentar a realidade


observada, aprendendo sobre o que está sendo visto e o modo como as ações são realizadas. Esse
conhecimento torna-se imprescindível para que o futuro profissional tenha condições de pensar
sobre a prática e atuar de modo mais reflexivo futuramente.

O objetivo do estágio é proporcionar momentos de interação, trabalhando as relações entre


sujeito e instituição, além do contato com o campo de atuação profissional, articulação dos
conhecimentos adquiridos no curso com a realidade, e a oportunidade de assimilar experiência,
planejamento e desenvolvimento das atividades necessárias, contribuindo para a construção da
identidade docente.

Ao frequentar o ambiente escolar na educação infantil quanta coisa boa é possível sentir. A
magia das crianças, suas alegrias, seus risos, constituem uma agradável recepção. É satisfatório
perceber a singularidade de cada uma, o modo como querem nos agradar e chamar atenção, notando
respeito do educador quanto a isso.

As músicas, a alimentação, a realização das atividades e as brincadeiras, são situações,


contempladas nessa modalidade de ensino, que muito contribuem na constituição da identidade e
formação das crianças, portanto participar disso é realmente gratificante.

No entanto, existem alguns momentos frustrantes a exemplo de quando observamos ótimas


propostas de trabalho sendo boicotadas por descaso ou mesmo cansaço de alguns educadores. Neste
presente trabalho descreverei minha vivência na educação infantil, utilizando o tema: jogos e
brincadeiras na educação infantil.

De acordo com o tema escolhido, entendemos que o brincar está associado à criança há
séculos. Mas foi através de uma ruptura de pensamento que a brincadeira passou a ser percebida e
valorizada no espaço educacional das crianças menores. No passado, o que se via era o brincar
apenas como forma de fuga ou distração, não lhe sendo conferido o caráter educativo.
O brincar tem a função socializadora e integradora. A sociedade moderna cada vez mais tem
sofrido transformações em relação ao brincar e ao espaço que se tem para brincar, os pais e os filhos
têm pouco tempo para ficarem juntos e brincar.

A escola acaba sendo a única fonte transmissora de cultura, onde ainda existem espaços para
as crianças brincarem, tendo os profissionais de educação a incumbência de ensinar e resgatar as
brincadeiras populares, mas não só isso, como também o jogo deve fazer parte do cotidiano das
crianças, e seria usado como uma nova forma de transmitir conhecimento, pois a atividade lúdica é
benéfica ao aprendizado.

De acordo com Almeida (2005, p. 5):

A brincadeira se caracteriza por alguma estruturação e pela utilização de regras. A


brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto individual. Na brincadeira a
existência das regras não limita a ação lúdica, a criança pode modificá-la, ausentar-se
quando desejar, incluir novos membros, modificar as próprias regras, enfim existe maior
liberdade de ação para as crianças.

A prática da brincadeira na escola promove aspectos diversos na criança que serão de suma
importância para o seu desenvolvimento, sendo imprescindível para uma formação sólida e
completa.

O homem é um ser que desde o momento de seu nascimento, está sempre em constante
processo de aprendizagem, fazendo sempre novas descobertas, buscando se situar e impor seu lugar
ao ambiente em que está inserido.

Nós nascemos para aprendermos a lidar com o mundo, apropriarmos de conhecimentos,


conhecimentos simples, como por exemplo, se alimentar sozinho, como conhecimentos mais
complexos, no qual devemos nos impor e mostrar a sociedade e a nós mesmos a nossa função
perante a mesma. Segundo PIAGET (1978), o desenvolvimento da criança acontece através do
lúdico, ela precisa brincar para crescer. Reforçando a ideia de Piaget, Kishimoto diz:

[...] é importante valorizar os jogos na educação, ou seja, brinquedos e brincadeiras como


formas privilegiadas de desenvolvimento e apropriação do conhecimento pela criança e,
portanto, instrumentos indispensáveis da prática pedagógica e componente relevante de
propostas curriculares (KISHIMOTO, 2011, p.12).

Qualquer atividade lúdica desenvolvida na instituição escolar deve ter intencionalidade


pedagógica direcionada ao desenvolvimento da criança. Ou seja, quando o professor planeja suas
aulas, precisa estar atento aos objetivos que deseja atingir com sua ação pedagógica. Nesse sentido,
vale lembrar que, mesmo nos momentos de brincadeiras no parque, nas canções antes das refeições,
nas cantigas de roda, nas histórias etc., a ação pedagógica está, ao mesmo tempo, divertindo e
educando.

Por isso, é necessário conhecer quais os efeitos que tais atividades geram no
desenvolvimento da criança. A fase da infância é o momento em que a criança começa as suas
descobertas, está curiosa com o mundo e com tudo que a cerca.

A brincadeira, o faz de conta, os jogos, o lúdico de maneira geral, fazem parte desse
aprendizado, usando as brincadeiras para expressar suas vontades, interesses, o que lhe incomoda e
o que lhe faz bem.

A infância é a idade das brincadeiras. Acreditamos que por meio delas, acriança satisfaz,
em grande parte, seus interesses, necessidades e desejos particulares, sendo um meio
privilegiado de inserção na realidade pois expressa a maneira como a criança reflete,
ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo. Destacamos o lúdico como uma das
maneiras mais eficazes de envolver o aluno nas atividades, pois a brincadeira é algo
inerente na criança, é sua forma de trabalhar, refletir e descobrir o mundo que a cerca
(DALLABONA; MENDES, [200-], p. 2).

Seu objetivo maior é esclarecer que o uso de jogos no contexto escolar não é apenas uma
simples brincadeira, mas sim um processo importante de aprendizagem, alertando aos educadores
sobre os desafios que atividades lúdicas encontram na realidade das escolas e mostrando que o ato
de brincar é o momento no qual a criança é capaz de expressar suas vontades, medos, desejos,
frustações, entre outros, e como educadores ter a capacidade de saber lidar com tais desafios.

2 JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Para Didonet (1994) o brincar antecede a humanidade. No mundo das crianças o brincar e o
faz de conta é uma atividade natural de seu cotidiano. Esta brincadeira se dá por volta dos dois aos
quatro anos, é uma fase marcante em suas vidas, assume papéis da vida adulta através do brincar.

No brincar a criança está tendo a oportunidade de escolha e desenvolvimento intelectual,


pois exercita sua inteligência, imaginação e a invenção. De acordo com o Estatuto da Criança e do
Adolescente de 1990, o brincar é um direito da criança.

Para Piaget (1978) os jogos são classificados por três etapas que correspondem às três fases
do desenvolvimento infantil.
 Fase sensório-motora (do nascimento até os 2 anos aproximadamente): a criança brinca
sozinha, sem utilização da noção de regras.
 Fase pré-operatória (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente): As crianças adquirem a noção
da existência de regras e começam a jogar com outras crianças jogos de faz-de-conta.
 Fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente): as crianças aprendem
as regras dos jogos e jogam em grupos. Esta é a fase dos jogos de regras como futebol,
damas, etc.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, no jogo e nas brincadeiras, ocorre um


processo interessante de troca, as crianças aprendem a partilhar e em situações de confronto a
negociar, dessa forma deparam com momentos de desequilíbrio e equilíbrio, surgindo então as
conquistas individuais e coletivas. Constata-se, então, que a ação de brincar é fonte de prazer e ao
mesmo tempo, de conhecimento. Neles as lideranças são desenvolvidas, e aí ela aprende a obedecer
e respeitar regras e normas.

Através do jogo a criança se esforça para alcançar o que lhe é proposto, desenvolve sua
coordenação motora, se posiciona no espaço, aprofunda relações afetivas, se insere com o meio
social, aperfeiçoa sua cognição e sua concentração. Segundo Wittizorecki (2009, p. 73- 74), esses
são alguns valores que como pais e educadores conseguimos obter com os jogos:

 VALOR FÍSICO: nessa perspectiva, o jogo representaria a possibilidade de trabalhar as


propriedades motoras, como a força, a resistência, a velocidade, a flexibilidade, o equilíbrio
e a coordenação, além das habilidades motoras básicas, como correr, saltar, lançar, balançar-
se.

 VALOR PSÍQUICO: nessa perspectiva, o jogo representaria a possibilidade de externar


tensões emocionais, possibilitando um efeito catártico nas vivências, além de experimentar
diferentes papéis e lugares: liderar ou ser liderado, foco na individualidade ou na
coletividade, o fato de vencer ou perder, de ter êxito ou fracasso, de exercer a tolerância
consigo e com o outro.

 VALOR INTELECTUAL: nessa perspectiva, o jogo representaria a possibilidade de analisar


e enfrentar desafios e problemas de diferentes complexidades que exijam a construção de
variadas respostas e alternativas, estimulando, assim, as funções cognitivas do indivíduo.
 VALOR SOCIAL: nessa perspectiva, o jogo representaria a possibilidade de ampliação do
espaço social da criança, em função da interação, convivência e dos laços estabelecidos com
outros sujeitos que com ela brincam, incorporando e reconstruindo pautas sociais de
relacionamento;

 VALOR EDUCACIONAL: nessa perspectiva, o jogo, por meio do planejamento do adulto,


representaria a possibilidade de organizar intencionalmente a aprendizagem de normas,
valores e conteúdo. Nesse caso, não estamos nos referindo ao jogo como sinônimo de
brincar. Ao vislumbrá-lo intencionalmente com seus valores educativos, o enquadramos em
outra classe como jogo pedagógico.

A criança brinca pela necessidade de agir em relação ao mundo mais amplo dos adultos e
não apenas ao universo dos objetos que ela tem acesso. (Vygotsky 2001.) Através da brincadeira a
criança obtém um aprendizado que vai refletir por toda sua vida, exemplo: fazer comidinha, limpar
a casa, cuidar de filhos, entre outros.

Quando a criança se envolve em atividade que lhe dá prazer, e que é bem orientada, ela está
desenvolvendo seu espírito crítico, ajudando buscar a verdade em função da realidade observada.
Kishimoto (2011, p.41) afirma que:

Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a
estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as
condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para o brincar, o
educador está potencializado as situações de aprendizagem.

Faria Júnior (1996, p.59) afirma: “Jogos populares infantis, parlendas e brinquedos contados
foram sendo perdidos (ou transformados) nos últimos cinquenta anos possivelmente como
consequência dos processos de urbanização e de industrialização”.

Ensinar de maneira lúdica pode transformar-se em uma prática agradável e prazerosa, com a
participação ativa das crianças, sempre mediadas pelo educador, no qual deve ser respeitado os
limites de cada criança e suas vivencias passadas, para que assim ela possa estar pronta para
aprendizados futuros. Com tal pratica podemos perceber a vivência dentro do grupo e isso irá
definir os níveis de aprendizagens, reforçando o que a criança pode assimilar na construção dos
saberes necessários para sua vida.

Muitas instituições não levam a sério as brincadeiras, separam o brincar e o estudar. Faz –se
necessário reeducar a própria escola e a família para que entendam que há tempo para tudo. Deixar
de brincar acarreta no amadurecimento precoce ou seja: apressa os passos. A infância tem como
marca o brincar para aprender e também ser. E neste contexto ela vê a escola como seu mundo a
explorar e fazer descobertas em busca de conhecimento.

Não só as brincadeiras, mas também os jogos, segundo Piaget, são valiosos para a
aprendizagem, pois levam ao desenvolvimento do conhecer e o viver. Mas, para isto é necessário o
direcionamento das atividades pelo professor. É nesta metodologia de ensino que surge novas
maneiras de ensinar exigindo capacitação profissional dos docentes e ambiente adequado, para
suprir os interesses das crianças.

O professor, pode e deve incluir em seu método de ensino jogos com regras e brincadeiras
para maior crescimento cognitivo, aumento da autonomia e da segurança da criança. A escola, a
família, bem como a sociedade, tem o papel fundamental ao ensino e aprendizagem, desta nova
geração. Busca-se então, retornar a valores antigos, incluindo as brincadeiras que fizeram parte das
gerações passadas

3 JOGOS E BRINCADEIRAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança pode
reproduzir o seu cotidiano, num mundo de fantasia e imaginação. O ato de brincar possibilita o
processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da
criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem.

Rizzi e Haydt (2007) afirmam que:

O jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco... Mas além desse valor
educacional, que lhe é inerente o jogo tem sido utilizado como recurso pedagógico. Várias
são as razões que levam os educadores a recorrer ao jogo e a utilizá-lo como recurso no
processo ensino-aprendizagem: o jogo corresponde a um impulso natural da criança, e neste
sentido, satisfaz uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência
lúdica. A atividade de jogo apresenta dois elementos que a caracterizam: o prazer e o
esforço espontâneo (RIZZI E HAYDT 2007. p 13,14).

O brincar faz parte do mundo da criança, assim elas aprendem melhor e se socializam com
facilidade, apreendem o espírito de grupo, aprendem a tomar decisões e percebem melhor o mundo
dos adultos.

Através dos jogos lúdicos, do brinquedo e da brincadeira, desenvolve-se a criatividade, a


capacidade de tomar decisões e ajuda no desenvolvimento motor da criança, além destas razões,
tornam as aulas mais atraentes para os alunos, são a partir de situações de descontração que o
professor poderá desenvolver diversos conteúdos, gerando uma integração entre as matérias
curriculares.

Para Lopes, (2005, p. 35) “o jogo para a criança é o exercício, e a preparação para a vida
adulta”. De acordo com as ideias da autora, a criança aprende brincando, ela afirma que o jogo para
criança é o exercício que a faz desenvolver suas potencialidades. A autora ainda nos diz que
enquanto a criança está simplesmente brincando incorpora valores, conceitos e conteúdo.

É possível uma aprendizagem com características lúdicas, com o objetivo de dinamizar a


aprendizagem, pela iniciativa do aluno e pela motivação gerada pelo trabalho grupal. Nessa
medida, a participação do professor no jogo e na brincadeira dos alunos tem a finalidade de
ajudá-lo a perceber como podem participar da aprendizagem e da convivência em geral. [...]
(TEIXEIRA, apud MOREIRA, 2010, p.71).

Ainda em relação ao jogo e aprendizagem Kishimoto (2011, p.41) afirma que: Quando as
situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de
aprendizagem, surge a dimensão educativa.

Desde que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da
criança para o brincar, o educador está potencializado as situações de aprendizagem. Atualmente em
nossa sociedade, extremamente capitalista, que influencia todos, inclusive as crianças, exercendo
poder e controle através dos meios de comunicação, principalmente a televisão.

Uma das alternativas para se burlar essa influência está no lúdico, nas brincadeiras de uma
forma geral, onde as crianças trabalhariam além do corpo a interação com o outro. A criança tem a
característica de entrar no mundo dos sonhos das fábulas e normalmente utiliza como ponte às
brincadeiras. Quando está brincando se expressa mostrando seu íntimo, seus sentimentos e sua
afetividade.

Brincar é um direito fundamental de todas as crianças no mundo inteiro, cada criança deve
estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas
necessidades básicas de aprendizagem. A escola deve oferecer oportunidades para a
construção do conhecimento através da descoberta e da invenção, elementos estes
indispensáveis para a participação ativa da criança no seu meio. (NEGRINE, 1994)

Os espaços lúdicos são ambientes férteis também para a aprendizagem e o desenvolvimento,


principalmente da socialização. Isso não é assunto novo, pois Fröebel, que ocupa também uma
posição relevante na história do pensamento pedagógico sobre a primeira infância e pertence à
corrente cultural filosófica do idealismo alemão, sempre defendeu que o jogo constitui o mais alto
grau de desenvolvimento da criança, já que é a expressão livre e espontânea do interior.
A ludicidade como ciência se fundamenta sobre quatro pilares de natureza diferentes: o
sociológico, porque a atividade lúdica engloba demanda social e cultural; o psicológico,
pois se relaciona com o desenvolvimento e a aprendizagem; o pedagógico, porque se serve
da fundamentação teórica existente e das experiências da prática docente; e o
epistemológico porque busca o conhecimento científico que trata o jogo como fator de
desenvolvimento (NEGRINE, 1994)

A importância da brincadeira na vida da criança fica explicita nas palavras da Teixeira


(2010, p.49) quando afirmar que: Por meio da brincadeira, a criança aprende a seguir regras,
experimentar formas de comportamento e se socializar, descobrindo o mundo ao seu redor.
Brincando com outras crianças, encontra seus pares e interage socialmente, descobrindo, dessa
forma, que não é o único sujeito da ação, e que, para alcançar seus próprios objetivos, precisa
considerar o fator de que outros também têm objetivos próprios.

As brincadeiras são importantes por fazerem parte do mundo das crianças e por
proporcionarem momentos agradáveis dando espaço à criatividade. Todos devemos buscar o bem-
estar dos pequenos durante o processo de ensino e aprendizagem, resgatando assim o lúdico como
instrumento de construção do conhecimento.

As brincadeiras têm grande significado no período da infância, onde de forma segura e bem
estruturada pode estar presente nas aulas de dentro da sala de aula. Com uma conduta mais
alegre e prazerosa, poderemos ver traços marcantes do lúdico como ferramenta de grande
importância e com um imenso fundamento no aprendizado da criança sem descaracterizar a
linha desenvolvimentista do âmbito escolar. (FREIRE, 2002)

Sobre o tema abordado, Maluf (2009) nos diz que o educador antes de aplicar uma atividade
lúdica, deve saber criar, organizar, agir, mostrar, ajudar e avaliar a atividade proposta. Nesse
sentido, observamos a necessidade do professor planejar as atividades lúdicas para trabalhar em
suas aulas, e fazer o seu planejamento de acordo com essas atividades.

4 LÚDICO

Para que esse processo ocorra, o lúdico é um excelente aliado. De acordo com o Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p. 28):

As brincadeiras de faz de conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras,


como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais,
didáticos, corporais etc. propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da
atividade lúdica. É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil,
ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele
que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias,
brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Por
meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos
de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas
capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos
afetivos e emocionais de que dispõem.

A escola deve ser um lugar com que alunos e funcionários encontrem prazer de frequentar e
estar, e para que isso ocorra o gestor deve participar do cotidiano da escola, não só na parte
administrativa, mas também no campo pedagógico, pois é essa parte o coração de uma instituição
escolar.

5 O PLANEJAMENTO DO PROFESSOR

O educador deve ser líder democrático que coordena e mantém um clima de liberdade para a
ação do aluno, atuando em sintonia com a criança para conseguir a cooperação mútua. A partir
dessa ação, constrói-se a autonomia intelectual e a segurança afetiva da criança, aliando teoria e
prática, valorizando seu conhecimento prévio, planejando as atividades conforme as necessidades
dos sujeitos envolvidos na ação lúdica.

Para Kishimoto (1999) as práticas lúdicas proporcionam subsídios para a compreensão da


brincadeira como ação livre da criança e uso dos dons; objetos, sendo valiosos suportes da ação
docente, que enriquecem o trabalho pedagógico permitindo a aquisição de habilidades e
conhecimentos, justificando, assim, os jogos educativos.

Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a
estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantida as
condições para expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para brincar, o
educador esta potencializando as situações de aprendizagem. Utilizar o jogo na educação
infantil significa transportar para o campo do ensino-aprendizagem condições para
maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do
prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. (KISHIMOTO, 1999, p. 36 –
37).

6 OS DESAFIOS DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO CONTEXTO ESCOLAR

É por intermédio das brincadeiras que as crianças começam a descobrir e interagir com a
realidade ao seu redor. Ela faz descobertas, vive experiências, expressa o que sente, demonstrando
os mais variados tipos de emoções, aprendendo a lidar com seus conflitos e assimilando a sua
realidade através das brincadeiras.

A brincadeira é uma concessão natural de todas as crianças no mundo inteiro, mesmo que
em muitos lugares esse direito não seja respeitado. Cada criança deve estar em condições de
aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de
aprendizagem.

Dentre os mais variados tipos de brincadeiras, o jogo é um eficaz, mecanismo para despertar
a inteligência de crianças e adultos. É importante que possamos perceber que os jogos em sala de
aula vêm como grande auxilio para promover o desenvolvimento de cada criança, pois é através
dele que podemos fazer com que a criança desenvolva seu raciocínio, novas descobertas, consiga
sua autonomia, e aprenda a cooperação entre si.

Os maiores problemas ainda encontrados em usar brincadeiras e jogos em sala de aula, é que
muitas escolas ainda veem esse recurso apenas como uma mera brincadeira, e não onde é o
momento em que a criança busca, mesmo que de forma de descontraída, mostrar o seu espaço e
importância perante o mundo.

Para muitos a escola é um lugar que serve apenas para aprender de forma tradicional, que as
crianças muitas vezes veem como algo ruim e maçante, querendo apenas que chegue ao fim de
semana. Dessa forma, esse meio vem para que essa ideia seja refutada e torne a escola algo
prazeroso.

Nesse contexto busca-se contribuir para que possamos perceber a importância de


brincadeiras e jogos, uma vez que no contexto ensino aprendizagem nos tempos atuais deve estar
sempre atento e a procura de estratégias capazes de garantir o cuidar e o educar da infância, faz-se
necessário a intervenção da ação lúdica tendo em vista atender as necessidades do corpo e mediar
o desenvolvimento sociocultural das crianças, assegurando o tripé da educação infantil nessa etapa
que é o direito de brincar, cuidar e educar.

A família é a base da educação de cada criança, onde apoiados pela escola, conseguem dar
um norte a vida e a educação de seus filhos. A escola faz com que a criança seja inserida desde cedo
a vida em sociedade, saindo do que antes era apenas o convívio com os familiares da criança em
questão para o convívio com outras pessoas diferentes do que estava acostumada em família.

No momento em que deixa de ser apenas um filho e se torna também um aluno, a criança
começa a interagir com seus professores, com os funcionários da instituição escolar e com seus
novos colegas de sala de aula, onde um aprende com o outro, aprendendo também a lidar com as
diferenças que se encontram ali mesmo, dentro da própria sala de aula, e futuramente na sua vida
adulta.
Os jogos como auxílio pedagógico, refere-se a uma dimensão humana que os sentimentos de
liberdade de ação abrangem atividades despretensiosas, descontraídas e desobrigadas de toda e
qualquer espécie de intencionalidade alheia, é livre de pressões e avaliações.

O caráter gratuito presente nos jogos e brincadeiras é a característica que mais a deixa
desacreditada diante da sociedade moderna. Entretanto, enfatizar que é graças a essas características
que o sujeito se entrega à atividade. Para Kishimoto (2008, p. 36),

Ao permitir a ação intencional (afetividade), a construção de representações mentais


(cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sensório-motoras (físico) e
as trocas nas interações (social), o jogo contempla várias formas de representação da
criança ou suas múltiplas inteligências contribuindo para a aprendizagem e o
desenvolvimento infantil. Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo
adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa.
Desde que mantidas as condições para expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da
criança para o brincar, o educador está potencializando as situações de aprendizagem.

Trabalhar usando atividades lúdicas nem sempre é uma tarefa fácil, pois muitos educadores
ainda dividem as atividades de aprendizado do cotidiano das brincadeiras, sem perceber que as
crianças, em sua grande maioria, aprendem brincado, simulam o que vivem através do brincar,
fazem suas projeções de futuro no momento lúdico.

Não só os educadores, alguns país também acreditam que o brincar não faz parte do
processo de ensino aprendizagem, sem percebem o quão frustrante pode ser para uma criança ter a
privação desse habito.

Como educadores devemos sempre conciliar a aprendizagem com a brincadeira, fazendo


com que as crianças possam ter a liberdade que aprender e se divertir ao mesmo tempo, tornando
assim o processo de alfabetização, crescimento e aprendizado algo que chame a sua atenção e
vontade de aprender cada vez mais.

7 MATERIAL E MÉTODOS

A presente pesquisa foi efetuada via pesquisa bibliográfica, no qual sua finalidade foi obter
maior compreensão e informações do tema interpelado, por intermédio de sites, livros e leis.
Para tratar do tema “A importância da brincadeira no processo de ensino-aprendizagem”, os
principais livros pesquisados foram:

 Educação de Corpo Inteiro, de João Batista Freire professor aposentado pela Universidade
Estadual de Campinas. Coordena o grupo de estudos Oficinas do Jogo em Florianópolis. Em
seu livro, busca ressaltar que não só a cabeça do aluno deve ser matriculada na escola e
receber educação, mas também seu corpo. Ela estabelece um elo entre o movimento e o
desenvolvimento mental da criança.

 Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação de Tizuko Morchida Kishimoto, atuante no


campo da educação infantil focalizando estudos sobre formação de professores, propostas
pedagógicas, história e políticas públicas, museu e brinquedoteca, letramento e o brincar.
Produz materiais pedagógicos destinados a professores e a comunidade em geral, para
educação de crianças cegas (braile virtual, lupa), organiza e mantém curso à distância para
formar profissionais para atuar em brinquedotecas e disponibiliza, gratuitamente, materiais
digitais para os interessados na ludicidade. Em seu livro mostra como o brincar surge ao
longo da história da humanidade relacionado à criança e à educação, assumido diversos
significados como recreação, excesso de energia, atividade inútil, expressão de qualidades
espontâneas, recriação. Entretanto, psicólogos, antropólogos, sociólogos e linguistas
contemporâneos criaram referenciais teóricos para explicitar o brincar como uma ação
metafórica, que contribui para o desenvolvimento integral da criança e propicia a construção
do conhecimento. Por tais razões, o brincar passa a fazer parte de programas de formação de
professores. São tais dimensões que podem ser analisadas nesta obra.
 Jogos na Educação. Criar Fazer Jogar de Maria Glória Lopes. Em seu livro bus mostrar os
modelos de jogos são apresentados com objetivos, faixa etária, material e estratégia para que
o educador possa organizar seu trabalho, integrando conteúdos ao aperfeiçoamento das áreas
cognitiva e motora do desenvolvimento infantil.

 Atividades Lúdicas para Educação Infantil - Conceitos, Orientações e Práticas de Angela


Cristina Munhoz Maluf, Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal de Mato
Grosso, graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Faculdade Politecnica Sumare
e mestrado em Ciências da Educação - Universidad Autonoma de Asuncion. Em seu livro
mostra que as atividades lúdicas são instrumentos de motivação para a criança - ela constrói
o conhecimento e exercita suas habilidades de forma descontraída, desenvolvendo sua
motricidade, seu raciocínio e sua criatividade. Sem ser pressionada, aprende interagindo
com objetos, com amigos, de forma prazerosa e interessada em aprender coisas novas.

 Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil, de Airton Negrine, Professor titular aposentado


da UFRGS, com atuação no Curso de Graduação em Educação Física e na Pós-Graduação
(Mestrado e Doutorado) como professor, orientador e coordenador do Programa em
Ciências do Movimento Humano. Professor de vários Cursos de Especialização em
Psicomotricidade, Medicina e Ciências do Desporto, Psicologia e Ciências do Desporto,
Psicopedagogia Clínica e Institucional entre outros.

 A formação do símbolo na criança: Imitação, jogo e sonho, imagem representação, escrito


por Jean William Fritz Piaget, que foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço,
considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Defendeu uma abordagem
interdisciplinar para a investigação epistemológica e fundou a Epistemologia Genética,
teoria do conhecimento com base no estudo da gênese psicológica do pensamento humano.
Nesse livro ele busca mostrar que como em nenhum outro lugar, a comunicação infantil é
estudada em paridade com as suas grandes realidades espontâneas; os dados da afirmação da
personalidade infantil se liberam de todas as peias e caminham livremente em busca de
satisfação e sentido.

8 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na prática do estágio I, foram desenvolvidas as intervenções na educação infantil como
forma de agregar teoria e prática. O mesmo foi consolidado em 05 regências totalizando 20 horas
semanais.

O processo de desenvolvimento do projeto de intervenção deu-se de modo que as crianças


do maternal II do Centro de Educação Pequeno Príncipe pudessem desfrutar dos momentos de jogos
e brincadeiras no seu cotidiano escolar. Os momentos de intervenção ocorreram em cinco dias da
semana.

O projeto ocorreu de forma dinâmica, e lúdica. Acreditando que o “brincar” é fundamental


para a criança, por ser uma das linguagens mais naturais, foi através da brincadeira que as crianças
expressaram suas ideias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos colegas como é o seu
mundo e o seu dia a dia. Assim, as atividades com jogos e brincadeiras visaram melhorar a
socialização, fazendo com que as crianças vivenciassem situações de colaboração.

O jogo é uma necessidade para a criança, pois é através dele que a criança tem a
oportunidade de se expressar, socializar e extravasar os seus mais íntimos desejos,
sensações, sentimentos e emoções. Por isso, para os adultos, além da utilização do jogo
infantil como ferramenta para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, a sua
observação surge como uma oportunidade de analisar as dimensões afetivas, cognitivas,
sociais, morais, culturais e linguísticas do comportamento infantil e ainda, diagnosticar
necessidades e interesses da criança. (VELASCO, 1996)

Os materiais na brincadeira sejam eles brinquedos ou objetos, exercem um papel importante


para o desenrolar das interações e trama lúdica. Para isto, no primeiro momento, de acordo com o
nosso cronograma, fiz uma observação de 3 horas.

Em um segundo momento, foi conversado com as crianças, onde (eu) estagiária me


apresentei. Nesse momento foram levantados os temas de interesse das crianças sobre o que eles
gostavam de brincar para introduzir o faz de conta com a ajuda das professoras. Logo após, em uma
semana foi aplicado uma sequência de planos de aula exercendo brincadeiras.

A creche e a escola da infância podem e devem ser o melhor lugar para a educação das
crianças pequenas – crianças até os 6 anos –, pois aí se pode intencionalmente organizar as
condições adequadas de vida e educação para garantir a máxima apropriação das qualidades
humanas – que são externas ao sujeito no nascimento e precisam ser apropriadas pelas
novas gerações por meio de sua atividade nas situações vividas coletivamente. O conjunto
dos estudos desenvolvidos sob a ótica histórico cultural aponta como condição essencial
para essa máxima apropriação das qualidades humanas pelas crianças pequenas o respeito
às suas formas típicas de atividade: o tateio, a atividade com objetos, a comunicação entre
as crianças, e entre elas e os adultos, o brincar (MELLO, 2007, p.85).

Segundo Steuck (2013, p.220).


As crianças em geral, sentem necessidade do toque, do olhar carinhoso, do ouvido atento e
do sorriso acolhedor do professor, pois, devido às tecnologias e à correria da atualidade, as
relações estão cada vez mais distantes, as famílias cada vez menores, os pais cada vez mais
envolvidos om seus compromissos profissionais e, muitas vezes, ausentes no lar, o que leva
muitas famílias a comporem um cenário contraditório, em que as crianças têm tudo em
termos materiais, mais são carentes de afeto.

Desenvolveram-se atividades relacionadas a higiene pessoal, oficina de brinquedos,


identidade, números, cores e por fim contação de história. Desde as quantidades, até interpretações
envolvendo a ludicidade.

Como sequência, no estágio II foram desenvolvidas as intervenções nos anos iniciais, no


qual o mesmo foi consolidado em 05 regências totalizando 20 horas semanais.

Para finalizar as práticas, no ultimo estagio foram desenvolvidas as entrevistas com o gestor
escolar e a parte pedagógica. O mesmo foi consolidado em 05 horas para cada profissional
totalizando 15 horas semanais.

O referido estágio de cunho obrigatório ocorrido na Escola de Educação Básica Iracy


Virgínia Rodrigues teve em sua metodologia uma observação da instituição concedente de cunho
qualitativo diagnóstico e da rotina dos profissionais da parte administrativa e pedagógica da mesma,
de acordo com a proposta de trabalho da instituição de ensino e legislação vigente no momento
inicial do estágio foram feitas investigações in loco da escola.

É tarefa do estágio conhecer a realidade escolar e elaborar um diagnóstico das problemáticas


vivenciadas, por meio da caracterização de informações referentes aos aspectos físicos, legais,
administrativos e pedagógicos.

Na identificação institucional, a caracterização da mesma, as instalações físicas, os recursos


humanos, a secretária escolar, a gestão escolar e os aspectos pedagógicos são fatores relevantes à
formação e atuação do futuro pedagogo. Seguindo como sequência de uma entrevista dedicada aos
mesmos profissionais sendo a mesma aplicada com carga horaria de 5 horas para cada.

9 CONCLUSÃO

O papel do professor durante o processo didático-pedagógico é provocar participação


coletiva e desafiar o aluno a buscar soluções através do jogo para que possa despertar na criança um
espírito de companheirismo, cooperação e autonomia.
A criança precisa interagir de forma coletiva, ou seja, precisa apresentar seu ponto de vista,
discordar, apresentar suas soluções é necessário também criar ambiente propício e incentivar as
crianças a terem pensamento crítico e participativo, fazendo parte das decisões do grupo.

Diante da pesquisa e do embasamento teórico utilizado, pode-se concluir que o jogo é uma
ferramenta de trabalho muito proveitosa para o educador, pois através dele o professor pode
introduzir os conteúdos de forma diferenciada e bastante ativa. Com um simples jogo o professor
poderá proporcionar apreensão de conteúdos de maneira agradável e o aluno nem perceberá que
está aprendendo.

É preciso despertar no aluno o interesse pelo estudo, pelo querer aprender. Não deve limitar-
se em apenas escutar o que o professor fala, muito pelo contrário, a interação entre o professor e o
aluno contribui bastante para o desenvolvimento significativo da criança.

Conhecer o que o aluno já traz consigo e trabalhar a partir de seus conhecimentos prévios
torna-se a aula mais produtiva, inserir o lúdico, é fundamental, deve-se lembrar de fato, que estamos
trabalhando com um ser humano ainda criança, que precisa do momento da brincadeira, que o lápis
e o papel não são apenas recursos didáticos que devem ser utilizados para obter aprendizagem.

É bastante interessante deixar que eles produzam de acordo com sua própria criatividade,
com desenhos, músicas, pinturas, se deve deixar claro que eles não estão na escola para reproduzir o
que professor diz, ou fazer cópias de atividades, imitação a alguma escrita produzida por alguém,
mas sim, para construir conhecimentos, elaborarem ideias próprias a respeito dos sinais escritos.

É através da ludicidade que o educador pode desenvolver atividades que não sejam apenas
divertidas, mas que, sobretudo, ensine os alunos a discernir valores éticos e morais, formando
cidadãos conscientes dos seus deveres e de suas responsabilidades, além de propiciar situações em
que haja uma interação maior entre os alunos e o professor em uma aula diferente e criativa, sem ser
rotineira.

O jogo é a atividade lúdica mais trabalhada pelos professores atualmente, pois ele estimula
as várias inteligências, permitindo que o aluno se envolva em tudo que esteja realizando de forma
significativa, facilitando a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal.
O primeiro ponto que podemos destacar como bem-sucedido no estágio supervisionado na
modalidade de educação infantil foi a interação positiva com as crianças. Relação essa que
conquistei e construí através do meu empenho em proporcionar para as crianças novas sensações e
experiências. Ainda no que diz respeito à pontos positivos, é importante ressaltar que a boa
interação com as crianças me possibilitou uma rica e prazerosa experiência.

Como foi apresentado nesta pesquisa o jogo e a brincadeira são considerados uma
ferramenta muito importante no que se refere à aquisição do conhecimento no âmbito escolar. Senso
assim é fundamental que educador utilize desses recursos como proposta pedagógica em sala de
aula.

Foi através desse estudo que compreendemos que o jogo e a brincadeira para o
desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e
cognitivo. O brincar para as crianças é importante, pois através dessa atividade, a criança
desenvolve suas habilidades motoras, intelectual, cognitiva, entre outras.

REFERÊNCIAS

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volume 03- número 01- maio, 2005.

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