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A variável que será abordada nesse trabalho é o da vazão, que dentre as variáveis mais
medidas, requer recursos tecnológicos mais diversos para realizar a medição e transmissão.
além disso, em outras áreas de aplicações, como nas residências (hidrômetro, medidor de gás) e
medidores de combustível nas bombas de gasolina, as medidas de vazão fazem parte do cotidiano
do consumidor.
A vazão é definida como a quantidade de fluido que passa pela seção reta de um duto, por
unidade de tempo. Esse fluido pode ser líquido, gasoso ou vapor. A maioria dos medidores de
vazão foram feitos para fluidos homogêneos, ou seja, de apenas uma fase, porém, existem alguns
medidores que podem ser utilizados para fluidos de múltiplas fases, sob forma de suspensões
A vazão pode ser mássica (massa por unidade de tempo) ou volumétrica (volume por
unidade de tempo).
A vazão mássica é usualmente medida em kg/h, porém, existem diversas variações que
utilizam diferentes valores de massa e de tempo, como gramas por segundo (g/s).
Se a medição ocorrer nas condições de base, é recomendável que se coloque um “n” após
a unidade, por exemplo m³/min(n), onde esse “n” indica que o fluido estava sob as condições de
referência, que são usualmente usadas para gases. Dessas condições, a mais conhecida é a de 0°C
A seguinte tabela foi criada para agrupar os medidores de acordo com o princípio de
medição:
Medidores de vazão
Geradores de Δp Medidores lineares Volumétricos Em canais abertos
-Lóbulo G
Especiais Medidores especiais -Engrenagem L
-Centrífugos Λ -Semi-imerso G
-Laminares G Força Λ
Correlação E
Laser G
situações onde eles podem ser empregados. Além disso, eles auxiliam na escolha para empregar o
melhor medidor para um sistema, visto que é necessário considerar a perda de carga introduzida
Portanto, conhecer cada tipo de medidores de vazão e suas características permitem uma escolha
O conhecimento das principais características dos fluidos é indispensável para abordar todo
o estudo sobre medidores de vazão, seja para entender seu principio de funcionamento, seja para
justificar os limites de suas aplicações. Associadas à medição da vazão, outras variáveis, chamadas
temperatura são as principais responsáveis pelas alterações nas características dos fluidos. Uma
vez conhecidas e quantificadas as alterações provocadas pela pressão e pela temperatura nas
propriedades dos fluidos que interagem com o medidor de vazão, os efeitos podem ser corrigidos
provocadas pela pressão e pela temperatura nas propriedades dos fluidos que interagem com os
vapor. Normalmente, os fluidos no estado líquido são pouco compressíveis. Uma exceção são os
condições de pressão e temperatura, um volume pode conter maior ou menor massa. Sua densidade
absoluta pode ser expressa em kg/m3. Atentando-se a notação do estado vapor, pode-se inferir as
substâncias que não a água se específica seu nome após a palavra “vapor” (Exemplo: “vapor de
GLP”).
A temperatura crítica de um fluido Tc é aquela acima da qual um gás não pode ser
liquefeito por simples compressão. Quando a temperatura do fluido está muito maior que a
temperatura crítica do mesmo, dizemos que este encontra-se na fase gasosa. Nos casos em que a
temperatura está abaixo da temperatura crítica, enquanto a pressão é baixa, a diminuição de volume
determinado valor, diminuições subsequentes não aumentam mais a pressão, havendo formação
As propriedades dos fluidos líquidos que devem ser conhecidas pois apresentam influência
nos medidores de pressão são: Densidade; Viscosidade; Composição (em caso de misturas); Teor
viscosidade são propriedades que em todos os tipos de líquidos interagem com os medidores de
utilizado.
podem ser compressíveis, dependendo de sua pressão e temperatura. Quanto mais abaixo da sua
A viscosidade de um líquido pode ser definida como a resistência que o fluido oferece ao
experimental em que o fluido estaria preenchendo um espaço entre duas placas, uma fixa e uma
com superfície S movendo-se com velocidade V e força F [Pa.s = 1000 cP]. A fórmula para a
Composição (em caso de mistura); Teor de Impurezas. Já as propriedades dos vapores que causam
A propriedade da densidade dos gases pode ser dividida, assim como a dos líquidos em
absoluta e relativa, e esta última ainda pode ser subdividida em real e ideal.
No caso da densidade de gases úmidos leva-se em conta o valor da umidade relativa, cada
constante e a volume constante). É uma propriedade que deve ser conhecida em casos de medição
MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS
Introdução
particular, placas de orifício, é a mais antiga e a mais utilizada em todo o mundo. Isso se dá pelo
fato de se utilizar medidores extremamente versáteis, que podem ser usados na maioria das
aplicações industriais.
O elemento primário é o que possui contato direto com o fluido em análise, sendo, portanto,
o primeiro elo de uma malha de medição. O restante da malha é preenchido por um transmissor de
pressão diferencial e um instrumento receptor, que pode ser um indicador, registrador, ou alguma
Teoria
preenchidas, cuja seção varia de S1 para S2. Nesse caso, a vazão Q é igual ao produto da velocidade
V pela seção S.
𝑆1 ∗ 𝑉1 = 𝑆2 ∗ 𝑉2 = 𝑄
A equação de continuidade simplesmente quer dizer, que para esse caso específico, a vazão
Equação de Bernoulli
Foi desenvolvida para relacionar as velocidades do fluido e as pressões entre uma seção 1
e outra seção 2.
𝑉12 𝑃1 𝑉22 𝑃2
+ = +
2 𝜌 2 𝜌
Onde:
P: pressão;
V: velocidade do fluido;
2
𝑉1 = 𝐸 ∗ 𝛽 2 ∗ √( ) ∗ (𝑃1 − 𝑃2 )
𝜌
Onde:
𝑑
𝛽=
𝐷
2
𝐸 = ( ) ∗ (𝑃1 − 𝑃2 )
𝜌
𝐷 = Diâmetro da seção 1
𝑑 = Diâmetro da seção 2
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝐶=
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎
precisas das dimensões dos elementos, da massa específica do fluido e da pressão diferencial. A
vazão real é medida por um tempo necessário para preencher um volume conhecido, ou para
completar um peso definido de líquido. Tais análises são realizadas em institutos de pesquisas,
Além disso, os coeficientes de descarga são função do tipo de elemento primário TEP
(plana, bocal, Venturi...), da posição das Tomadas PosT(flange taps, radius taps...), do diâmetro
2
𝑄𝑣 = 𝐶 ∗ 𝐸 ∗ 𝛽 2 ∗ 𝑆1 √( ) ∗ (𝑃1 − 𝑃2 )
𝜌
Substuindo valores de S1 e π:
(𝑃1 − 𝑃2 )
𝑄𝑣 = 1,1707 ∗ 𝐶 ∗ 𝐸 ∗ 𝛽 2 ∗ 𝐷2 √
𝜌
Número de Reynolds
fluido.
𝑉∗𝐷
𝑅𝑒 =
𝑣
Onde:
𝑅𝑒 = Número de Reynolds;
𝑉 = Velocidade;
𝐷 = Diâmetro;
𝑣 = Viscosidade;
Admite-se que para um escoamento é laminar se possui Re com valores abaixo de 2000.
quando o fluido passa pelo elemento primário. Com isso, é necessária a introdução de um fator
(𝑃1 − 𝑃2 )
𝑄𝑣 = 𝜀 ∗ 1,1707 ∗ 𝐶 ∗ 𝐸 ∗ 𝛽 2 ∗ 𝐷2 √
𝜌
O fator 𝜀 é chamado fator de expansão isentrópica, e pode ser representado por uma
equação simples, nos casos de placas de orifício com tomadas Flange taps, Corner taps ou Radius
taps.
∆𝑝
𝜀 = 1[(0,41 + 0,35 ∗ 𝛽 4 ) ∗ 𝑃
]
𝑘
𝐶𝑝
Onde P é a pressão absoluta; ∆𝑝 = 𝑝1 − 𝑝2 e 𝑘 = 𝐶𝑣 (expoente isentrópico).
Placas de Orifício
De todos os medidores que são inseridos em uma tubulação com o intuito de se gerar uma
pressão diferencial e dessa forma efetuar a medição da vazão (medidores deprimogênios) a placa
O material a ser usado na construção de placas de orifício deve ser compatível com o fluido
a ser medido, sendo que o aço inox é o mais usado. Podem ser empregados também o Hastelloy
(para fluidos corrosivos), o Monel (para oxigênio), o titânio, o tântalo e o teflon, em certos casos.
É importante calcular o diâmetro do orifício com a máxima precisão possível, suas
dimensões devem ser suficientes para produzir à máxima vazão uma pressão diferencial máxima
adequada. As bordas do orifício devem estar sempre perfeitas, já que, se ficarem gastas, corroídas
Engenharia Química. Seu princípio básico de funcionamento está relacionado à mudança de área
disponível ao escoamento de um fluido, fazendo com que haja continuamente transferência entre
energias de pressão e cinética. Graças às conversões de uma forma de energia em outra é possível
juntamente com as propriedades físicas do sistema, obter uma expressão para a vazão de fluido
que escoa em determinado duto. Logo, considere o esquema representado na Figura 1 em que um
cujas tomadas estão conectadas nos pontos 1 (na tubulação e antes da placa de orifício) e 2 (logo
𝐷
Onde 𝛽 = 𝐷0 .
𝑇
considerando as perdas provocadas por atrito. Portanto, há um fator de correção conhecido como
𝜋𝐷𝑇 2 𝜌𝑚 − 𝜌 𝛽 4
𝑄 = 𝐶𝐷 √2𝑔 ℎ
4 𝜌 1 − 𝛽4
Caso o escoamento seja de um fluido compressível (gases, por exemplo), devem ser
não for tão baixa e a pressão não for muito alta, uma boa aproximação é considerar os gases se
𝑚
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 = 𝑅𝑇
𝑀
𝑚 𝑃𝑀
𝜌= =
𝑉 𝑅𝑇
Tipos de orifícios
a) Concêntrico
Utilizado para líquido, gases e vapor que não contenham sólidos em suspensão. A face de entrada
deverá ser polida. O ângulo de entrada do orifício deverá ser de 90° com aresta viva e totalmente
placa deve ter um orifício na parte superior para permitir o arraste do vapor. Para medição de gases
com possibilidade de formação de condensado o furo deve ser feito na parte inferior para permitir
o dreno.
b) Excêntrico
É utilizado em fluido contendo sólidos em suspensão, os quais podem ser retidos e acumulados
na base da placa. Nesse caso, o orifício é posicionado na parte inferior do tubo, permitindo a
passagem dos sólidos. O orifício deverá ser tangente inteiramente ao tubo, porém admite-se
que o orifício fique ligeiramente afastado do círculo inteiro do tubo sendo que este afastamento
c) Segmental
É destinada para uso em fluidos em regime laminar e com alta porcentagem de sólidos em
suspensão. Este tipo de placa de orifício tem a abertura para passagem do fluido disposta em
Sua superfície interna forma um ângulo de 90º com ambas as faces da placa. É empregado em
tubulações maiores que 6” e não é utilizada para medições de vazão de fluidos com baixo
número de Reynolds.
A presença do chanfro (corte na aresta) na face jusante serve para diminuir a turbulência e seu
ângulo pode variar a 30° a 45°. Apresenta utilização geral, podendo ser aplicado a várias situações.
É usado quando se requer uma grande precisão em uma tubulação menor que 4”.
a) Tomadas de Flange
É o tipo de tomada mais utilizado. Os flanges para placas de orifício, já são feitos com os
1. Podem ser facilmente inspecionadas, dada sua localização próxima à face do flange.
2. Os flanges podem ser adquiridos prontos, dentro de normas com grande precisão.
3. As tomadas são simétricas, podendo ser utilizadas para fluxo nos dois sentidos.
Desvantagens
2. Não se recomenda o uso desse tipo de tomada para casos em que a relação entre o diâmetro
do orifício e o diâmetro da tubulação é grande e em tubulações menores que 2”, devido ao fato
de que a tomada de baixa pressão se situa numa região altamente instável da curva de
recuperação de pressão.
Nesse caso, as tomadas de pressão estão localizadas em lugares específicos, uma à montante
da placa e o outro em um ponto no qual a velocidade, devido à restrição, seja máxima. Este
ponto não é próprio orifício porque, devido à inércia do fluido, a área de sua secção transversal
continua a diminuir após passar através do orifício, de forma que sua velocidade máxima está
à jusante do orifício, na vena contracta. É neste ponto que a pressão é mais baixa e a diferença
Uma das vantagens deste tipo de tomada é o fato de não necessitarmos de flanges especiais, já
que são normalmente acopladas diretamente na tubulação, podendo ser também soldadas ao
tubo, o que permite o uso de flanges comuns. O centro da tomada de baixa pressão estará
colocado no ponto em que a pressão é mínima, ou seja, na “Vena Contracta”. Essa distância
permitem a medição direta da perda de carga permanente atual sem a necessidade de flanges
especiais.
As tomadas de canto são constituídas nas flanges de placa e são usadas principalmente para tubos
É similar à Vena Contracta, exceto pelo fato de que a tomada de baixa pressão é situada a meio
diâmetro da face montante da placa de orifício. Existem diferenças quanto à precisão e também
limites referentes ao número de Reynolds entre elas. Seu uso não é frequente, embora apresente a
vantagem de ter sua distância da tomada de baixa pressão independente da relação entre os
diâmetros (β).
Os bocais de Vazão são utilizados na medição de vazão de vapor, onde a velocidade é igual
orifício que foi discutido anteriormente. Apesar dos bocais permite uma perda de carga menor, a
forma aerodinâmica do perfil de entrada do fluido não é tão sujeita a desgaste prematuro.
Os tipos mais comuns de bocais são: Bocal ISA (ou ISA-1932), definido atualmente pela
norma ISO 5167; e Bocal ASME (American Society of Mechanical Engineers), atualmente
ASME/NIST.
Venturis
Os Venturis são utilizados quando é necessário um elemento primário que provoca pouca
perda de carga com pressão diferencial apreciável. Os tubos Venturi possuem formas
características, por exemplo, uma parte cilíndrica (onde fica localizada a tomada de alta pressão),
o cone convergente (ângulo de 21º), cone divergente (ângulo de 7º a 15º), garganta (cilíndrica,
com comprimento igual ao diâmetro, e as tomadas de baixa pressão). O cone convergente faz com
estática.
Há dois tipos de tubo de Venturi, o Clássico, que é subdividido entre curto e longo, e o
Retangular.
A utilização do tubo de Venturi tem como vantagem uma boa precisão, consegue medir
grande escoamento em grandes tubulações, permite medir uma vazão de 60% maior que a placa
de orifício. Porém o custo é bem elevado, as dimensões são grandes e possui grande dificuldade
do Tubo de Venturi). Uma vez que a vazão é constante, a velocidade no ponto 2 aumenta, dessa
forma a pressão diminui. Logo a vazão será calculada a partir dessa diferença de pressão.
𝐴1 𝑉1 = 𝐴2 𝑉2
relacionando as duas equações é possível definir que a equação para calcular a velocidade no ponto
2é
2(𝑃1 − 𝑃2 )
𝑉2 =
√ 𝐴2
𝜌(1 − 22 )
𝐴1
Tubo de Pitot
O primeiro tubo de Pitot foi criado para medir a velocidade dos rios, depois foi
aperfeiçoado por Prandtl para que pudesse ser utilizado em tubulações. Depois foi adaptado para
O tubo de pitot é usado para encontrar uma pressão dinâmica e dessa forma encontramos a
𝑃𝐷 2𝑔
𝑉2 =
𝛿
Sendo
PD a pressão dinâmica;
V a velocidade do fluido;
G a aceleração da gravidade;
diâmetro para calcular a velocidade média e concluir a vazão. Ou então, há outra relação
encontrada por alguns pesquisadores, onde a velocidade média é igual a 0,8 da velocidade máxima
dentro do duto.
0,25D e 0,29D em relação a parede do duto, pois é a posição onde a velocidade do fluido é igual à
velocidade média do fluido. Também precisa-se ter algumas atenções para que se utilize o tubo de
Pitot de forma correta, por exemplo, o eixo axial do tubo de Pitot deve ser paralelo ao eixo axial e
não ter vibrações. O fluido deve ter apenas uma fase, caso seja gás a velocidade pode variar entre
3 m/s e 30 m/s e para líquidos essa variação é entre 0,1 m/s e 2,4 m/s.
Medidores centrífugos
São utilizados quando não é necessário de precisão. A equação que é utilizada para esses
medidores é
𝑄 = 1,1107√𝑟⁄2𝐷. 𝐷2 . √∆𝑝. 𝜌. 𝐹𝑟
Sendo que
Q = a vazão mássica;
Δp = a pressão diferencial;
Medidores capilares
Pela Lei de Poiseuille, os medidores capilares provocam uma pressão diferencial em função
𝑄𝜇𝐿
∆𝑝 =
𝐷4 𝜌
Isolando a vazão (Q) da equação, é possível então obter a vazão através da diferença de
pressão que foi encontrada a partir do medidor capilar, porém para medir essa diferença de pressão
MEDIDORES LINEARES
Os medidores lineares são divididos em: medidores de área variável, medidores a efeito
medidores de vórtices.
Medidores Térmicos
Seu funcionamento é baseado no desequilíbrio térmico causado pela vazão do fluido a ser
medido. Ele detecta a taxa de fluxo através da medição do calor transferido a partir da superfície
do sensor para a massa fluente. Os sensores, muitas vezes, geram calor utilizando uma fonte
externa de eletricidade.
entre elas;
aquecimento.
Δ𝑡 = 𝐶. 𝜌. 𝐶𝑝. 𝑄𝑣
𝐶: constante do instrumento;
Os instrumentos têm suas escalas previstas para medir o ar atmosférico, para medir outros
Turbinas
O medidor de vazão tipo turbina consiste de um corpo e um rotor, montado em seu interior,
executando a medição. A vazão é obtida a partir da contagem da rotação que pode ser feita
facilmente por um sensor magnético e um imã colocado na ponta de uma das pás da turbina. São
distâncias mínimas com relação a esses dispositivos, e que normalmente estão disponíveis no
São projetadas de modo que o Fator K seja independente das variáveis de influência, a
Podem ser utilizadas em situações adversas, com pressões de até 200 bar e temperaturas
Possui boa precisão, e com isso, é utilizada na indústria para totalização de volume, visando
a instalação de um filtro a montante do equipamento, para evitar que as partículas sólidas possam
Frequentemente é necessário colocar um separador de gás antes da turbina, para evitar erros
As turbinas têm sua rotação definida pelo fluido, nas condições (pressão, temperatura,
Medidores Ultrassônicos
São medidores de vazão que usam a velocidade do som como meio auxiliar de medição,
pois eles utilizam o tempo de percurso das ondas ultrassônicas dentro de uma tubulação para
Podem ser divididos em dois tipos principais: medidores a efeito doppler e medidores de
tempo de trânsito.
o Efeito Doppler
pressupõe a presença de partículas ou bolhas sobre as quais o feixe ultrassônico irá refletir.
o Tempo de trânsito
direção do feixe, irá se somar ou se subtrair da velocidade do som, com uma diferença de trânsito
maior precisão.
𝐿2 1 1
𝑉= (𝑇𝑎𝑏- 𝑇𝑏𝑎)
2
Medidores de Vórtices:
média do escoamento.
Quando a velocidade for baixa as linhas fluidas acompanharam o objeto, não havendo
vórtices.
A relação entre a frequência dos vórtices e a velocidade média é dada pelo número de
Strouhal (S)
𝑓. 𝐷
𝑆=
𝑉
D: dimensão do anteparo
V: velocidade do fluido.
A passagem dos vórtices é registrada por sensores de pressão do tipo piezoelétrico ou por
MEDIDORES ESPECIAIS
primários precisam ser submersos no fluxo a ser controlado, estas características tem a
Medidores de Força
do fluido
Quando o fluido passa pela área anular reduzida entre o disco e o corpo do medidor, o disco
é submetido à força produzida pela pressão diferencial sobre sua área. O disco é suportado
por um braço que, passando por uma vedação apropriada, transmite a força a um sensor
pneumático ou eletrônico.
A força é criada por uma diferença de pressão sobre a área do disco e pode ser representada
𝑄2
por 𝐹 = 𝑆 ∗ ∆𝑝. Como a diferença de pressão é proporcional a vazão Q, tem-se que 𝐹 = 𝑆 ∗ .
𝐾
Os medidores de força são empregados pra medir líquidos ou gases que contém impurezas,
e têm uma aplicação interessante para óleos combustíveis para fornos e caldeiras industriais.
Medidor de correlação
ultrassônicos são separados por uma pequena distância conhecida. Em condições de fluxo
laminar ou nenhum fluxo, os dois sinais recebidos são idênticos àqueles transmitidos. Quando se
feixe ultra-sônico, provoca uma mudança no sinal conhecida. O redemoinho irá causar uma
mudança no segundo feixe igual àquela causada no primeiro. Um processador de sinais eletrônico
é usado para comparar os dois sinais recebidos. Quando dois sinais idênticos são encontrados, as
informações do tempo e da distância (entre os transmissores acústicos) são usadas para calcular a
velocidade do fluido.
redemoinhos (ou partículas) que cruzam o diâmetro do tubo. Se não há redemoinhos no fluido, o
Medidor a laser
O medidor óptico mais antigo, e ainda usado, é o anemômetro a laser. Esse medidor pode
ser usado de diversas maneiras. A mais simples consiste em medir o tempo que uma partícula leva
para atravessar dois feixes de laser separados por uma distância fixa L.
Outra maneira é fazer dois feixes de laser com comprimento de onda de λ, oriundos da
sucessivamente pelas franjas de interferência, e sua velocidade pode ser medida a partir do número
são emitidas), uma vez que a distância entre as franjas i é constante e conhecida.
Θ
𝑖 = λ ∗ l ∗ (2 ∗ n ∗ sen ( ))
2
Partículas formando com as franjas um ângulo diferente de 90º, também podem ser
identificadas pelo sistema. Com isso o medidor pode identificar a velocidade e a direção de uma
partícula no fluxo.
ar ou gases aquecidos. Eles podem ter uma resolução espacial elevada, sendo capazes de medir a
velocidade em diferentes pontos da seção do fluxo, em lugar de apresentar uma média dos valores
MEDIDORES VOLUMÉTRICOS
de volumes de fluidos deslocados pela vazão. A vazão pode ser calculada por meio de acessórios
O seu princípio geral de funcionamento consiste em forçar o fluido a ser medido a passar
1) A fase de admissão, em que o fluido passa por uma abertura e preenche a câmara de
medição;
2) A fase de isolamento da câmara de medição;
seu funcionamento. Segundo Arquimedes, qualquer objeto submerso em um fluido desloca seu
volume de fluido. Para esse tipo de medidores o volume de fluido desloca um corpo sólido. Vamos
rotativo ou oscilante produz um fluxo, nos medidores volumétricos o fluxo produz um movimento.
Vantagens:
Desvantagens:
b) O fluido a ser medido deve ser limpo, para não danificar as peças internas dos medidores;
Medidores de diafragma
Os medidores com diagramas são usados para medição de gases a baixa pressão, como por
exemplo, o gás doméstico. Por este motivo, o seu custo de fabricação é baixo.
a direção do gás para encher e esvaziar as câmaras. O fluido é forçado a entrar numa câmara cujo
volume é conhecido, através de uma válvula de distribuição. Nesse instante, a câmara tem a saída
bloqueada, por isso o gás que ingressa a infla. Quando a câmara se enche, a válvula de distribuição
se move e direciona o fluxo para outra câmara vazia, ao mesmo tempo que a saída da primeira
câmara se abre. Esta segunda câmara, ao receber o gás, infla e pressiona as laterais da primeira
câmara, fazendo com que o ar no interior desta seja expelido para o exterior e assim,
sucessivamente. O arranjo mecânico faz com que o conjunto gire com a entrada de fluido, e assim
é responsável pelo movimento das válvulas de distribuição e de fechamento das câmaras. No fim
A precisão desses medidores é da ordem de 0,5% e sua capacidade mais comum é de 5m3/h.
O movimento de nutação é que uma moeda adquire quando, depois de caírem de certa
altura, já estão no chão, mas não completamente parados. O movimento oscilatório faz com que,
de forma continua, todos os pontos da periferia do disco estejam, sucessivamente, em contato com
o chão.
água residencial. Tem como peça móvel um disco com um rasgo radial que tem no seu centro uma
esfera e um pino axial. Esse conjunto móvel é alojado dentro do corpo do medidor, de forma que
uma placa divisória se ajuste ao rasgo. Quando o fluido entra no medidor, a diferença de pressão
entre a entrada e a saída faz o disco exercer o movimento de nutação e o pino que prende a esfera
gira. Cada rotação completa é exatamente igual ao volume da câmara útil de medição.
no líquido medido e devido a simplicidade de sua construção, tem um custo de produção baixo.
Medidores de Palhetas
Os medidores de palhetas rotativas e deslizantes são usados para líquidos e podem ser
construídos de várias formas. Na versão mais simples, possuem um motor excêntrico, provido de
quatro palhetas externas radiais igualmente espaçadas inserido no caminho do fluxo. As palhetas
são submetidas à pressão diferencial do fluido a ser medido, entre a entrada e a saída do medidor,
provocando sua rotação. Mas essa construção, não permite que as câmaras mantenham o volume
alcançando uma excelente precisão. Neste sistema, o rotor é concêntrico ao cilindro do corpo de
Esse medidor pode medir vazão de líquidos com pressões e temperaturas elevadas, graças
externa ao instrumento para equilibrar a pressão interna, por isso são largamente utilizados na
indústria petrolífera.
compensação do efeito da pressão sobre o volume da câmara, com aplicação da pressão na parede
O medidor de pistão oscilante é usado para líquidos e consiste em um cilindro móvel, com
um rasgo que se adapta à uma placa divisória, separando a entrada da saída. O fluxo circula ao
redor do cilindro fixo, inserido dentro do compartimento. Diferentemente dos casos anteriores, o
A pressão diferencial do fluido entre a entrada e a saída faz o pistão se movimentar com
Este medidor pode ser usado com líquidos limpos viscosos ou corrosivos com uma precisão
O arranjo do medidor possui quatro cilindros com quatro canais de comunicação. Esses canais
interligam a câmara superior com o orifício lateral do pistão seguinte. O movimento dos pistões é
provocado pela diferença de pressão entre a entrada e a saída do medidor. O fluido entra no
medidor e preenche a cada volta completa as quatro câmaras de medição. Como é conhecido o
Os medidores com rotores podem ser realizados com engrenagens ou com lóbulos. A
preocupação dos fabricantes é compatibilizar o máximo caminho de fuga com o mínimo de atritos,
o que aumentaria a necessidade de pressão diferencial para fazer rodar o medidor, e que aumentaria
o Medidores de Lóbulos
um compartimento com duas engrenagens (conjunto girante) que fazem rodar os lóbulos,
mantendo sempre uma parte dos seus perfis com um espaço mínimo. Esse conjunto girante possui
uma geometria tal que, a qualquer momento, os lóbulos possuem um volume fixo. A pressão
A precisão desses medidores é de ordem de 0,2% e podem ser usados sob pressões de até 80
bar e temperaturas elevadas. Os diâmetros variam entre DN50 (2”) a DN600 (24”). Atualmente,
existem medidores de lóbulos com servocomando da rotação que fazem rodar os lóbulos assim
que uma pressão diferencial muito pequena aparece entre a montante a jusante, minimizando,
o Medidores de Engrenagem
Os medidores de engrenagem são usados para líquidos. As câmaras de medição são formadas
pelo espaço entre os dentes de uma engrenagem inserida no fluxo. As engrenagens podem ser
axiais ou helicoidais. Medidores de engrenagens helicoidais são o modelo mais usado em postos
de gasolina.
Além de existirem vários tipos de medidores de engrenagens em que os espaços entre os dentes
dos mesmos são aproveitados no volume da medição, temos o medidor de rodas ovais que mantem
as rodas engatadas e determina volumes de medição da mesma forma que o medidor de lóbulos.
Estes são muito usados para medição de óleo combustível em fornos e caldeiras industriais.
contrários, como elas giram muito próximas a parede da câmara, elas isolam determinados
volumes de fluido, a cada giro completo um determinado volume, conhecido, é isolado e pode ser
determinado.
Figuras: Medidor de engrenagens ovais
Medidores Semi-imersos
Os medidores de campânula semi-imersa são usados para gases em laboratórios e não são
usadas válvulas. Tem como peça principal um rotor horizontal, parcialmente imerso na água
formando quatro câmaras de medição. O rotor é posto a girar pela diferença de pressão entre na
entrada e na saída. O gás penetra pelo centro, numa câmara formada por uma divisória do rotor e
da água. Com a entrada do gás, o volume confinado aumenta, fazendo o rotor girar lentamente, a
extremidade esquerda da divisória sai da água e o gás é liberado para a saída. A saída é geralmente
A continuidade do movimento é assegurada pelo fato de que pouco antes de o passo anterior
A precisão destes medidores é da ordem de 0,1%. Esses medidores são disponíveis para
BIBLIOGRAFIA
ES, 1999.