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Cada processo industrial tem suas particularidades, entretanto existem muitas semelhanças
na maneira pela qual as matérias-primas e insumos entram nas indústrias e são transformadas ou
processadas até a obtenção do produto final. Diferentes processos químicos, físicos ou biológicos
são compostos por várias etapas de processamento, chamadas OPERAÇÕES UNITÁRIAS. São
comuns a diversos processos, independentemente do tipo de indústria, produto ou matéria-prima, e
constituem a base da Engenharia Química.
Observando os processos mostrados nas figuras abaixo, podemos identificar algumas
operações em comum, tais como a filtração, que no processo Phillips para obtenção de polietileno
de alta densidade (PEAD), tem por objetivo recuperar o catalisador, no processo de tratamento de
água é utilizada para retirar impurezas que ainda estão em suspensão após a etapa de decantação.
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PROCESSO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
DESTILAÇÃO DE PETRÓLEO
Outros exemplos podem ser citados, tais como: a secagem de grãos e outros alimentos é
similar à secagem de precipitados filtrados; a absorção do oxigênio do ar num processo
fermentativo, ou numa planta de tratamento de resíduos ou na absorção do gás hidrogênio num
processo para hidrogenação líquida de óleo. A evaporação de soluções salinas na indústria química
é similar à evaporação de soluções de açúcares na indústria de alimentos. São similares a deposição
e a sedimentação de sólidos suspensos na indústria de resíduos e mineração. O escoamento de
hidrocarbonetos líquidos numa refinaria de petróleo e o escoamento de leite numa planta de
laticínios são fundamentados no mesmo conceito.
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solventes), ponto de ebulição (destilação), etc. Também estão inseridas nessa classificação as
operações de transferência de calor, tais como resfriamento e aquecimento de fluidos.
Uma operação contínua é aquela na qual as condições operacionais não variam com o
tempo. Diz-se que um sistema contínuo está em regime permanente ou em estado estacionário. É
utilizada para operações em grande escala.
As operações descontínuas são operações geralmente feitas em menor escala, ou quando o
processo corrosivo é muito acentuado. Neste regime, agora chamado transiente, o equipamento é
carregado com toda carga (matéria-prima) e ao final do processo é totalmente esvaziado. Essas
operações também são chamadas operações em batelada.
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CAPÍTULO 2 – SISTEMAS DE UNIDADES E ANÁLISE DIMENSIONAL
A) UNICIDADE – existe uma e apenas uma unidade para cada quantidade física (ex: o
metro para comprimento, o quilograma para massa, o segundo para tempo, e assim por diante). É a
partir destas unidades, chamadas fundamentais, que todas as outras são derivadas.
UNIDADES DE BASE DO SI
GRANDEZA E SÍMBOLO DIMENSÃO UNIDADE UNIDADE
(por extenso) (Símbolo)
Comprimento (L) L metro m
Massa (M) M quilograma kg
Tempo (t) T segundo s
Corrente elétrica I ampere A
Temperatura (T) - kelvin K
Quantidade de matéria - mole mol
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UNIDADES DERIVADAS DO SI
GRANDEZA E DIMENSÃO UNIDADE UNIDADE
SÍMBOLO (por extenso) (símbolo)
Área (A ou S) L² metro quadrado m²
Volume (V) L³ metro cúbico m³
Freqüência (f ou ν) T-1 hertz Hz
-1
Velocidade (v) LT metro por segundo m/s
-2
*Aceleração (a) LT metro por segundo ao quadrado m/s²
-3
Massa específica (ρ) ML quilograma por metro cúbico kg/m³
-1
Vazão (Q) L³T metro cúbico por segundo m³/s
-2
Força (F) LMT Newton (kg m/s²) N
**Pressão (p) L-1MT-2 Pascal (N/m²) Pa
-2
Trabalho, Energia (W) L²MT joule (kgm²/s²) J
Potência (P) L²MT-3 Watt (joule/segundo) W
Carga elétrica (Q) TI coulomb C
-3 -1
Tensão elétrica, ddp, L²MT I volt V
f.e.m. (V)
Resistência elétrica (R) L²MT-3I-1 ohm Ω
Viscosidade (μ) L-1MT-1 quilograma por metro . segundo Kg/(m s)
*A aceleração padrão da gravidade é definida como g = 9,80665 m/s2.
**Pressão em atmosfera (atm) não é um padrão SI mas está sendo usada durante o período de transição.
Algumas unidades são usuais para certas grandezas e são utilizadas independentemente do
sistema de unidades adotado:
Volume === Litros (l ou L)
Massa === tonelada (t) [ton não é correto]
Tempo === minuto (min), hora (h) e dia
Pressão === atmosfera (atm)
Energia === caloria (cal)
ATENÇÃO!!!
- Os nomes das unidades só vão para o plural quando são escritos
por extenso e quando a quantidade expressa é maior do que 2.
Exemplos: 0,3 metro ou 0,3 m; 1,3 ampere ou 1,3 A; 2,3 metros
ou 2,3 m.
- Os símbolos que são formados por produtos devem ter apenas um
espaço entre os símbolos. Quando esse espaço não existe, indica que o
prefixo é um submúltiplo.
Exemplos: 17 N m (newton por metro) ≠ 17 nm (nanômetros).
Alguns dos prefixos padrão para múltiplos e submúltiplos das
unidades básicas são os seguintes: giga (G) = 10 9, mega (M) = 106, kilo
(k) = 103, centi (c) = 10-2, mili (m) = 10-3, micro (μ) = 10-6 e nano (n) = 10-9.
Há duas escalas de temperatura em uso comum nas indústrias químicas e biológicas. Estas
são os graus Fahrenheit (abreviado ºF) e Celsius (abreviado ºC). Freqüentemente é necessário fazer
a conversão de uma escala para a outra. Ambas utilizam como pontos base o ponto de fusão e o
ponto de ebulição da água a pressão de 1 atmosfera. Usualmente, as temperaturas são expressas
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como graus absolutos K (padrão SI) ou graus Rankine (ºR) ao invés de ºC ou ºF. A tabela a seguir
mostra as equivalências das quatro escalas de temperatura.
A diferença entre o ponto de ebulição da água e o ponto de fusão do gelo a 1 atm é de 100ºC
ou 180ºF. Então, uma alteração de 1,8ºF é igual a uma de 1ºC. Comumente, o valor de -273,15ºC é
arredondado para -273,2ºC e o de -459,7ºF para -460ºF. As seguintes equações podem ser usadas
para realizar a conversão de uma escala para a outra.
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ºF = 32 + 1,8(ºC) ºC º F 32 ºR = ºF + 460 K = ºC + 273,15
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A – SISTEMA CGS X SI
B – SISTEMA INGLÊS X SI
O sistema inglês é relacionado ao sistema SI como se segue:
1 lb de massa (lbm) = 0,45359 kg
1 ft = 0,30480 m
1 lb força (lbf) = 4,4482 newtons (N)
1 ft · lbf = 1,35582 newton · m (N · m) = 1,35582 joules (J)
1 psia = 6,89476 x 103 newton/m2 (N/m2)
1,8ºF = 1 K = 1ºC (centígrado ou Celsius)
A aceleração padrão da gravidade é g = 32,174 ft/s2
2.1.5 – INTERPOLAÇÃO
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Quando se deseja usar um valor tabelado correspondente a um outro que não está na tabela
(e sim entre outros dois valores), deve-se utilizar o recurso da interpolação para aumentar a exatidão
do resultado.
Por exemplo, analise a tabela que se segue:
ATENÇÃO!!!
Não se esqueça que em textos e tabelas em inglês a vírgula e o ponto são usados
da forma oposta em relação ao português. Ou seja, a divisão entre a parte inteira e a
decimal do número é feita com ponto em inglês e com vírgula em português. Por
exemplo, dez e meio escreve-se 10.5 em inglês e 10,5 em português.
Não custa nada relembrar!
A razão entre essas quantidades vale 1, pois representam o mesmo comprimento. Assim,
podemos representar os fatores unitários como:
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1in 2,54cm
ou
2,54cm 1in
1in 53,4in
Exemplo: 53,4 cm equivalem a quantas polegadas? 53,4cm 21in
2,54cm 2,54
Observe que cm/cm desaparece na equação, ficando somente a polegada como unidade.
Uma equação não pode ser verdadeira se não for dimensionalmente homogênea. Deve-se
entender que as dimensões de um membro da equação devem ser iguais às dimensões do outro
membro.
Obs.: o princípio da homogeneidade é só uma das condições para que uma equação seja
considerada verdadeira.
Da matemática sabemos que só podemos somar quantidades que representem a mesma
dimensão, ou seja: metro com metro, cm com cm, erg com erg, e assim sucessivamente.
Exemplo:
F=m.a
Força = massa . aceleração
m
N kg 2
s
F
p
A
Pressão = Força / área
N kg
Pa ou Pa
m 2
m s2
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3.1 – DEFINIÇÃO DE FLUIDO
É uma substância que não apresenta forma própria e estando em repouso não resiste a
esforços tangenciais, por menores que estes se apresentem, o que equivale a dizer que se deforma
continuamente.
Os estados possíveis de um fluido são: o estado líquido, o estado gasoso e o estado vapor.
Entretanto, alguns sólidos finamente divididos (na forma de pó) podem se comportar de maneira
análoga a um fluido.
O estado gasoso é aquele no qual o fluido encontra-se acima de sua temperatura crítica, e
suas propriedades são intermediárias entre as do líquido e do vapor. Os fluidos que se encontram
acima de sua temperatura crítica são também chamados de fluidos supercríticos.
De um modo geral, a nossa atenção estará voltada para obtenção de propriedades físicas dos
fluidos. Assim, poderemos manipular o fluido da maneira que nos for mais conveniente.
3.1.1 – Reologia
Reologia é a ciência que estuda a deformação e o escoamento da matéria. A preocupação
com o aspecto da fluência da matéria remonta um passado distante da história quando se utilizavam
conceitos primários através da percepção das diferenças de textura e viscosidade de materiais, uns
resistindo mais à fluência que outros.
Atualmente é um conceito primordial na indústria de petróleo, na qual o escoamento de
fluidos em dutos é importantíssimo para o transporte de produtos, bem como na indústria de
alimentos, onde o conceito de textura e as propriedades reológicas devem ser determinados para
cada alimento e com isso pode-se então melhorar as características do mesmo.
Reômetro – é um aparelho capaz de medir os níveis de tensão e de deformação dos diversos
materiais. É utilizado para concreto, borracha, etc., visando à determinação da resistência mecânica.
Para um corpo deslizar sobre outro, deve-se vencer uma força adversa denominada: força de
atrito. Apesar de o atrito apresentar uma série de aspectos positivos, já que sem o mesmo seria
impossível andar, ou até mesmo frear um automóvel, em muitas outras aplicações ele é indesejável,
pois se gasta certa quantidade de energia para vencê-lo, o que implica em perda, tanto da potência
como do rendimento do sistema. Além disto, sabemos que o atrito pode acarretar em aumento da
temperatura das partes que se encontram em contato, podendo até mesmo originar uma fusão das
mesmas.
É preciso controlar o atrito, aumentá-lo onde o mesmo é necessário e reduzi-lo onde for
inconveniente. Desejando reduzi-lo, recorremos à lubrificação, que consiste em introduzir uma
película fluida com a finalidade de transformar o atrito sólido x sólido em sólido x fluido.
Lubrificar é aplicar uma substância (lubrificante) entre duas superfícies em movimento
relativo, formando uma película, que evita o contato direto entre as superfícies, promovendo
diminuição do atrito, e conseqüentemente do desgaste e da geração de calor.
Todos os fluidos, de certo modo, são lubrificantes, sendo que alguns apresentam melhor
desempenho do que outros. A escolha adequada de um fluido lubrificante é responsável por uma
boa eficiência ou não do funcionamento do sistema.
Certos derivados do petróleo mostraram ser excelentes fluidos lubrificantes, já que:
• apresentam elevada capacidade de umectação;
• apresentam capacidade de aderência, o que permite a formação de um filme deslizante
protetor das partes móveis;
• resistem às constantes tentativas do calor e do oxigênio de alterarem suas propriedades;
• removem calor dos componentes internos do equipamento.
3.2 – VISCOSIDADE DE FLUIDOS
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A viscosidade é a propriedade que determina o grau da resistência do fluido a uma força
cisalhante.
Experimento de Newton
A tensão cisalhante (razão entre a força F e a área S em que ela se aplica) numa interface
tangente à direção do escoamento é proporcional à variação de velocidade v na direção y normal à
interface. Matematicamente:
F d
S dy
F d
A V
Onde: d = distância entre duas placas
V = velocidade
S = área da placa
F = Força aplicada
A unidade de viscosidade dinâmica no SI, como já foi dito no capítulo anterior, é o Pa.s. O
poise (P) corresponde a 0,1 Pa.s.
Viscosidade Cinemática () – é definida como a relação entre a viscosidade absoluta () e
a massa específica do fluido (ρ), ambas a mesma temperatura e pressão. Ela foi criada para
determinação da viscosidade cinemática, de fluidos newtonianos, com maior simplicidade.
ML1T 1 L2
v dimensionalmente representada como: L2 1
T
ML3 T
A) Gases
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Nos gases a resistência à deformação se dá devido à transferência de quantidade de
movimento molecular. Como o movimento molecular aleatório dos gases aumenta com a
temperatura, a viscosidade também aumenta.
Entretanto, Maxwell desenvolveu o conceito de viscosidade para fluidos reais e verificou
que a viscosidade dos gases é independente da pressão.
B) Líquidos
No caso dos líquidos, onde as moléculas estão mais unidas umas às outras, a resistência à
deformação é controlada pelas forças coesivas entre as moléculas, que decrescem com o aumento
de temperatura fazendo com que a viscosidade diminua.
Em relação à pressão, os líquidos só têm sua viscosidade alterada a pressões elevadas. Ex.:
H 2O 1 cP a 1 atm e H 2O 2 cP a 1000 atm.
3.2.3 – Viscosímetros
Os viscosímetros são aparelhos que permitem a determinação da viscosidade dos fluidos.
Tais aparelhos podem ser baseados nos seguintes princípios:
O tempo de passagem de um determinado volume do fluido
através de tubos capilares; (Figura ao lado)
Velocidade de queda de uma esfera, cuja massa e diâmetro
são conhecidos, através de um líquido;
O decréscimo das oscilações amortecidas de um pêndulo de
torção submerso no fluido em estudo.
Durante um processo, muitos fluidos são transportados (pós e pequenas partículas são
manuseados como fluidos). Os gases seguem as mesmas leis dos líquidos e, para fim de cálculos,
eles são tratados como fluidos compressíveis. O estudo dos fluidos é de grande importância nas
indústrias de processos. É dividido em estática de fluidos (fluidos estacionários) e dinâmica de
fluidos (fluidos em movimento).
Uma propriedade dos líquidos estáticos é a pressão que eles exercem sobre o tanque ou
recipiente. A pressão é relacionada à densidade do líquido e à altura de líquido dentro do recipiente.
Os líquidos na base do tanque estão sob maior pressão do que na superfície. Isto é importante
quando se projeta um tanque de armazenamento ou de processamento. Uma grande pressão
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hidrostática também afeta o ponto de ebulição dos líquidos, o que é importante no projeto de
equipamentos de evaporação.
Quando um fluido escoa através de um equipamento de processamento há perdas por fricção
e mudanças nas energias potencial e cinética e na pressão. A energia é adicionada por bombas, com
intuito de compensar essas perdas ou de movimenta-los a níveis mais elevados, ou pelo
aquecimento do fluido, que causa uma maior agitação das moléculas e muitas vezes facilita o
escoamento de fluidos muito viscosos.
“As partículas fluidas em contato com uma superfície sólida apresentam a velocidade da
superfície”. Ou seja, formam uma película que fica aderida às paredes da tubulação, e esta camada é
chamada camada limite, ou camada estacionária.
Camadas
estacionárias
Escoamento
Laminar
Escoamento
Turbulento
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Intuitivamente, a turbulência pode ser entendida como o movimento caótico dos fluidos -
seja ele a poeira cósmica interestrelar em galáxias espirais, atmosferas gasosas planetárias, ou água
fluindo através de uma torneira.
A existência dos escoamentos laminar e turbulento pode ser mais facilmente visualizada
pelos experimentos de Reynolds, mostrados na figura abaixo. Usou-se um tubo transparente onde
um fluxo de água controlado passava por uma válvula. Um corante foi introduzido no fluxo através
de um “fio” fino. Em baixas vazões de água o perfil do corante era regular e formava uma linha fina
(figura a). Não havia mistura lateral do fluido. Porém notou-se que o perfil se tornava errático
quando a velocidade era aumentada (figura b).
Experimentos de Reynolds
corante
água laminar
água turbulento
Para que se pudesse determinar o tipo de escoamento realizado por um fluido, sem precisar
repetir os experimentos de Reynolds, foi criado um grupo adimensional denominado número de
Reynolds (Re).
Dv
Re
Onde: D é o diâmetro da tubulação em metros;
v é a velocidade média em m/s;
é a densidade do fluido em kg m-3;
e é a viscosidade do fluido kg m-1 s-1.
Para uma tubulação reta e de seção circular, um número de Reynolds menor que 2100
descreve o escoamento laminar e um número de Reynolds maior que 4000 descreve o escoamento
turbulento. Para números de Reynolds entre 2100 e 4000 o fluido tem um escoamento transitório,
que pode ser laminar ou turbulento em tempos distintos. Estas diferentes características de
escoamento têm importantes implicações para as operações de transferência de calor e de mistura; o
escoamento turbulento produz camadas estacionárias mais finas, as quais permitem maiores taxas
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de transferência de calor. O número de Reynolds pode ser usado para determinar a potência
necessária para bombas e misturadores.
No escoamento turbulento as partículas do fluido movem-se em todas as direções e os
sólidos são mais retidos em suspensão. Isto reduz a formação de depósitos nos trocadores de calor.
Sob turbulência o fluido ganha energia cinética desordenada, que causa maiores perdas por
fricção do que o escoamento laminar e, portanto, requer maior potência das bombas. A perda de
pressão em tubulações é determinada por uma série de fatores incluindo a densidade e a viscosidade
do fluido, e o comprimento e o diâmetro da tubulação.
Exercício 1:
Dois fluidos, leite e óleo, são escoados através de tubos de mesmo diâmetro (5 cm) a 20ºC e
a mesma velocidade de 3 m s-1. Determine se o fluxo é laminar ou turbulento em cada fluido.
(Dados: leite = 2,10 x 10-3 Pa.s e leite = 1030 kg m-3; óleo = 118 x 10-3 Pa.s e óleo = 900 kg m-3.)
Exercício 2:
Água a 303 K é escoada a uma velocidade de 0,957 ft/s em um tubo que possui diâmetro
interno de 2,067 in. Calcule o número de Reynolds usando o sistema inglês. (Dados: 7,481 gal = 1
ft3; 1ft = 12 in; água a 303 K = 62,2 lbm/ft3; água a 303 K = 5,38 x 10-4 lbm/ft · s.)
A densidade absoluta ou massa específica (ρ) é uma grandeza com a qual nós químicos
estamos habituados a trabalhar. É a massa por unidade de volume (dimensão = ML-3).
Usa-se a densidade relativa (δ) em alternativa à massa específica ρ do fluido à pressão p e
temperatura T de operação. Para gases e líquidos ela assume expressões diferentes.
Para líquidos
( p ,T ) dolíquido
Tref daágua
Na literatura americana onde existem muitas referências para produtos de petróleo, o valor
de ρ da água é 999,08 kg/m³, medido a 60°F (15,56°C). Assim, a partir dessas referências, a massa
específica de um líquido pode ser calculada conhecendo sua densidade relativa:
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Valores de Massa Específica de Algumas Substâncias
Onde 60 representa a densidade relativa medida a 60°F e referenciada pela água também a 60°F.
60 F
Para gases
Volume molar é uma grandeza com a qual já estamos habituados a lidar. Representa a razão
entre o volume ocupado por 1 mol de determinado fluido. Entretanto determinar o mol de
determinadas misturas complexas pode dar um pouco de trabalho, por isso às vezes se utiliza a
grandeza volume específico para facilitar os cálculos.
Volume específico é o contrário da massa específica. Representa a razão entre o volume
ocupado por um fluido por unidade de massa, que no SI é 1 kg.
Vocupado
kg
3.5.3 – Peso Específico (γ)
O peso específico é dado pelo produto da massa específica do fluido pela aceleração da
gravidade.
γ=ρ.g
3.5.4 – Pressão
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Pressão Relativa ou manométrica: é a medida de pressão em relação à pressão
atmosférica, tomada como referência. É a medida que usamos em manômetros etc.
Pressão Negativa ou Vácuo: é quando um sistema tem pressão relativa menor que a
atmosférica.
Muitas vezes no nosso dia-a-dia utilizamos as unidades erradas para expressar determinadas
grandezas. Um bom exemplo é ilustrado na tirinha abaixo. Nela, a pressão de ar que é colocado
num pneu, é expressa em libras. Qual deve ser a unidade correta para este caso?
(http://www.cbpf.br/~caruso/tirinhas/index.htm)
p hidrostática = ρ.g.h
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3.6 - ESTÁTICA DOS FLUIDOS APLICADA
p = . g . h ou p = γ . h
Assim, todos os pontos situados na mesma altura que A neste recipiente, estão submetidos a
uma pressão igual. Tem-se então, planos paralelos no líquido, onde os pontos estão submetidos a
mesma pressão.
Exercício 1:
Temos um mergulhador estacionado a 10 m de profundidade. No mesmo nível em que se
encontra existe uma gruta que encerra ar. Calcule a pressão a que se acha submetido o mergulhador.
Considere: ρágua = 1.000 kg/m3 ; g = 9,8 m/s2 e patm = 105 N/m2 .
Exercício 2:
A figura acima representa um balão contendo gás, conectado a um tubo aberto com
mercúrio. Se a pressão atmosférica local é a normal (760 mm Hg) e a altura h = 24cm, determine a
pressão do gás, em Pa. (Hg = 13.600 kg/m³)
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Observação: Quando medimos a pressão através de um tubo em U aberto, estamos medindo
a pressão absoluta, e quando a extremidade do tubo é fechada medimos a pressão relativa ou
manométrica.
3.7 – HIDRODINÂMICA
Na figura abaixo mostramos o fluxo de massa (ou vazão) que passa por uma seção
transversal de um tubo. Ele é dado por m/ t, onde m é a quantidade de massa que passa pela
seção transversal A, por unidade de tempo t.
m
Q vazão mássica
t
m
A quantidade de volume de fluido que passa pela área A é, V = A.L . Mas, como L =
v.t, temos que m = .V = A.v .t. Logo,
m
Q Av Qv = vazão volumétrica = A.v
t
m
Mas, e se a área A muda de uma seção para a outra? A figura abaixo mostra os novos
parâmetros entram em nosso cálculo.
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Temos que no ponto 1 , m1= 1 A 1 v1 t , e no ponto 2, m2= 2 A 2 v2 t . Não estamos
criando nem destruindo massa. Logo, a massa m1 que flui para uma região deve ser igual à massa
m2 que sai da região. Isto é, m1= m2 . Ou seja, 1 A 1v1 t = 2 A 2 v2 t , ou 1 A 1v1 = 2 A 2
v2 , ou
A v = constante .
A v = constante
Exercício 1:
Uma mangueira de diâmetro de 2 cm é usada para encher um balde de 20 litros.
a) Se leva 1 minuto para encher o balde. Qual é a velocidade com que a água passa pela
mangueira?
b) Um brincalhão aperta a saída da mangueira até ela ficar com um diâmetro de 5 mm, e
acerta o vizinho com água. Qual é a velocidade com que a água sai da mangueira?
A energia potencial da água muda enquanto ela se move. Enquanto que a água se move, a
mudança na energia potencial é a mesma que aquela de um volume V que se movimentou da
posição 1 para a posição 2. Logo, temos que:
Para o escoamento sem atrito de um fluido ideal, vale a equação desenvolvida por Daniel
Bernoulli:
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p1 + g h1+ ½ v12 = p2 + g h2 + ½ v22
Esta igualdade é a lei da conservação da energia aplicada ao escoamento. Desde que este
ocorre sem atrito, não há troca de energia com o meio e a energia total do fluido permanece
constante.
As parcelas têm dimensão de comprimento e podem ser entendidas como alturas, em relação
a um plano de referência, representativas das formas de energia presentes no escoamento:
.g.h = energia potencial da massa do fluido.
v2 / (2 g) energia cinética devido à velocidade adquirida.
Exercício 1:
A água escoa dentro de um tubo, como mostra a figura abaixo, com uma taxa de escoamento
de 0,10 m 3 /s . O diâmetro no ponto 1 é 0,4 m. No ponto 2, que está 3,0 m acima do ponto 1, o
diâmetro é 0,20 m. Se o ponto 2 está aberto para a atmosfera, determine a diferença de pressão
entre o ponto 1 e o ponto 2.
Aviões: A asa de um avião é mais curva na parte de cima. Isto faz com que o ar passe mais
rápido na parte de cima do que na de baixo. De acordo com a equação de Bernoulli, a pressão do ar
em cima da asa será menor do que na parte de baixo, criando uma força de empuxo que sustenta o
avião no ar.
Chaminé: O movimento de ar do lado de fora de uma casa ajuda a criar uma diferença de
pressão que expulsa o ar quente da lareira para cima, através da chaminé.
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CAPÍTULO 4 – CALOR
Todos os corpos possuem energia interna. Esta energia interna está de certa maneira
armazenada nos corpos e se origina do movimento vibracional dos átomos e moléculas que formam
a matéria. Nos sólidos as moléculas não se locomovem de um lado para outro do material, somente
vibram. No caso dos líquidos e gases, as moléculas conseguem se deslocar com maior facilidade,
além de vibrarem também. Quanto maior a vibração, maior será a sua temperatura.
TEMPERATURA – é uma grandeza física que mede o nível de agitação das partículas
(átomos e moléculas), ou seja, a energia térmica associada a esse movimento.
CALOR – é a energia térmica que flui espontaneamente de um corpo mais quente para um
corpo mais frio. Essa energia é quantificada através de medições de temperatura. É importante
notar, que nenhum corpo pode armazenar calor. O que pode acontecer é um corpo ceder e outro
receber certa quantidade de calor. A figura abaixo mostra as mudanças de fase da água em termos
de temperatura e calor.
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A todo momento em volta de nós, ocorrem trocas térmicas. O sol aquece a Terra, queimamos
nossas mãos ao encostá-las numa superfície quente, e um balão sobre por que o ar dentro dele é
mais quente que no exterior. Na indústria, muitas operações unitárias envolvem transferência de
calor, e em alguns casos precisamos evitá-la. O arrefecimento (resfriamento), o congelamento,
cozimento, branqueamento são algumas operações na indústria de alimentos que envolvem
transferência de calor. Em reatores industriais muitas vezes é necessário utilizar um material
isolante para evitar trocas térmicas com o ambiente e com isso evitar perdas com maiores
suprimentos de energia, e o transporte de fluidos aquecidos também deve ser feitos em tubulações
revestidas pela mesma razão.
Quando colocamos corpos em diferentes temperaturas em contato, eles trocam calor até que
suas temperaturas se igualem. Como já foi dito acima, o calor flui do corpo mais quente para o
corpo mais frio, ou seja, do de maior temperatura para o de menor temperatura. Quando isso
acontece, dizemos que os corpos estão em EQUILÍBRIO TÉRMICO.
A transferência de calor em estado permanente acontece quando há uma diferença de
temperatura constante entre os dois materiais. A quantidade de calor que entre em um material é
igual à quantidade de calor que sai e assim, não há mudança na sua temperatura. Isto ocorre, por
exemplo, quando calor é transferido através da parede de uma câmara refrigerada caso a
temperatura da câmara e do ambiente sejam constantes. Também ocorre em processos contínuos
desde que as condições operacionais tenham sido atingidas. Entretanto, na maioria das aplicações
de processamento a temperatura do material e/ou do meio aquecedor ou refrigerante está mudando
constantemente. Isto se chama transferência de calor em estado transiente.
São três as maneiras pelas quais os corpos podem trocar calor: condução; convecção e
irradiação (ou radiação).
4.1.1 – Condução
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= k A (T)
x
No SI, as unidades são: [] = J/s; [A] = m²; [T] = K; [x] = m e [k] = J. s-1.m-1.K-1 ou W. m-1.K-
1
. A diferença de temperatura dividida pela espessura do material é também conhecida como
gradiente de temperatura.
A condutividade térmica da maioria dos materiais é função da temperatura, aumentando
suavemente com a mesma, mas a variação é pequena e freqüentemente poder ser desprezada.
Alguns valores numéricos de k, a temperatura ambiente, são dados na tabela a seguir.
Cobre 385
Chumbo 34,7
Mercúrio 8,3
Prata 406
Aço 50,2
Tijolo refratário 0,15
Tijolo comum 0,6
Concreto 0,8
SÓLIDOS
Cortiça 0,04
Feltro 0,04
Vidro 0,8
Gelo 1,6
Lã de vidro 0,04
Madeira 0,12 – 0,04
Ar 0,024
Argônio 0,016
GASES
Hélio 0,14
Hidrogênio 0,14
Oxigênio 0,023
4.1.2 – Convecção
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= h . A . T
Onde continua sendo a taxa de troca térmica (J/s), h é o coeficiente de transferência de
calor na superfície (W.m-2.K-1), A é a área de troca térmica (m²) e T é a diferença de temperatura
entre os corpos (K).
O coeficiente h de transferência de calor da superfície (do filme, de película ou de uma
camada) é uma medida da resistência ao fluxo de calor que é causada pela camada estacionária.
Com isso, este coeficiente é maior em escoamentos turbulentos que em escoamentos laminares. A
fim de facilitar nossa nomenclatura, chamaremos h de coeficiente de película daqui por diante.
Os valores de h não são constantes, dependem da diferença de temperatura a qual estão
submetidos os materiais, mas existem tabelas e gráficos com coeficientes de película adequados a
situações específicas. Alguns valores constam na tabela abaixo.
Esses dados indicam que a transferência de calor por convecção através do ar é menor que
através de líquidos. Portanto, são necessários trocadores de calor maiores quando se utiliza ar para
aquecimento ou resfriamento e as taxas de transferência de calor são maiores com ar em
movimento. Vapor produz melhores taxas de transferência de calor que a água quente na mesma
temperatura e a presença de ar no vapor reduz a mesma.
4.1.3 – Irradiação
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tungstênio (lâmpada incandescente), a energia radiante contém uma proporção suficiente de
comprimentos de onda mais curtos para parecer aos nossos olhos próximos à luz branca.
Lei de Stefan-Boltzmann
A taxa de radiação de energia por uma superfície é proporcional à área da superfície e à
quarta potência da temperatura absoluta (em kelvin). Depende também da natureza da superfície,
descrita pelo número adimensional , que está entre 0 e 1.
= A...T4
Onde: é a emissividade; é a constante de Boltzmann = 5,67 x 10-8 W.m-2.K-4.
Podemos ter um corpo a uma temperatura T1 envolvido por paredes cuja temperatura é T2, a
taxa efetiva de perda (ou ganho) de energia por radiação, por unidade de área é dada pela equação
abaixo:
= A...(T41 – T42)
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ambientais. O principal mecanismo interno é a convecção forçada, com o coração servindo de
bomba e o sangue como fluido circulante. As trocas de calor com o ambiente envolvem condução,
convecção e irradiação, em proporções que dependem das circunstâncias.
Com bastante freqüência num processo químico, a temperatura de uma corrente de fluido
deve ser alterada. Isto pode ser feito através da passagem do fluido através de um trocador de calor,
no qual entre em contato térmico (mas normalmente não em contato físico direto) com algum outro
fluido com temperatura diferente. O arranjo mais comum, através do qual isso é conseguido,
consiste em fazer passar um dos fluidos por um tubo de metal imerso no outro fluido.
Devido às dificuldades mecânicas de se manter dois tubos concêntricos, um arranjo físico
mais comum é utilizado, sendo conhecido por trocador de calor de carcaça e tubos (ou casco e
tubos), onde um fluido passa através de um grande número de tubos paralelos mantidos no interior
de um grande recipiente cilíndrico. Este sistema é mostrado na figura abaixo, por dentro dos tubos
passa um fluido e por fora deles passa o outro fluido. Os fluidos trocam calor sem entrarem em
contato um com o outro.
Trocador de calor do tipo caso e tubo (uma passagem no casco e uma nos tubos)
h.D
Número de Nusselt (Nu) Nu
k
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Representa gradiente de temperatura numa fronteira sobre difusividade molecular do calor.
Onde o h = coeficiente de película (W.m-2.K-1); D = diâmetro do tubo (m) e k = condutividade
térmica do fluido (W. m-1.K-1).
c
Pr p
O termo “trocador de calor a placas” e a sigla PHE (plate heat exchanger) é normalmente
usado para representar o tipo mais comum de trocador a placas: o “trocador de calor a placas com
gaxetas” (gasketed plate heat exchanger ou plate and frame heat exchanger). Entretanto, existem
ainda outros tipos menos comuns de trocadores a placas, como o espiral ou o de lamela. Em todos
eles, os fluidos escoam por estreitos canais e trocam calor através de finas chapas metálicas.
Os PHEs foram introduzidos comercialmente na década de 30 para atender às exigências de
higiene e limpeza das industrias alimentícias e farmacêuticas, pois eles podem ser facilmente
desmontados, limpos e inspecionados. Entretanto, contínuos aperfeiçoamentos tecnológicos
tornaram o PHE um forte concorrente aos tradicionais trocadores de casco e tubos ou duplo tubo em
várias outras aplicações industriais. Atualmente os PHEs são extensamente empregados em diversos
processos de troca térmica entre líquidos com pressões e temperaturas moderadas (até 1,5 MPa e
150 oC) quando se deseja alta eficiência térmica.
Uma das aplicações deste tipo de trocador é na pasteurização de leite.
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Tubos com superfície ampliada
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Esquema de escoamento dos fluidos num trocador de calor e perfis de temperatura
4.3 – CALDEIRAS
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Esquema de funcionamento de uma caldeira
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