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1) A cosmovisão cristã vê Deus como o criador de tudo e todas as esferas de conhecimento como procedentes de Deus.
2) O pecado trouxe sofrimento ao mundo, mas Jesus Cristo oferece a redenção.
3) A cosmovisão cristã responde às principais perguntas sobre a origem e propósito da vida de forma simples e verdadeira.
1) A cosmovisão cristã vê Deus como o criador de tudo e todas as esferas de conhecimento como procedentes de Deus.
2) O pecado trouxe sofrimento ao mundo, mas Jesus Cristo oferece a redenção.
3) A cosmovisão cristã responde às principais perguntas sobre a origem e propósito da vida de forma simples e verdadeira.
1) A cosmovisão cristã vê Deus como o criador de tudo e todas as esferas de conhecimento como procedentes de Deus.
2) O pecado trouxe sofrimento ao mundo, mas Jesus Cristo oferece a redenção.
3) A cosmovisão cristã responde às principais perguntas sobre a origem e propósito da vida de forma simples e verdadeira.
Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.
O termo cosmovisão, quer dizer o modo
pelo qual uma pessoa vê ou interpreta uma realidade. A palavra alemã é Weltanschau-ung, que significa um “mundo e uma visão de vida”, ou “um paradigma”. É a estrutura por meio da qual a pessoa entende os dados da vida.
Uma cosmovisão influencia muito a
maneira em que a pessoa vê Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destino. Francis Schaeffer disse que a comosvisão:”é o filtro através do qual uma pessoa enxerga o mundo ( Livro: Como Viveremos). Há sete visões principais de mundo. Cada uma é singular. Vejamos algumas delas:
Teísmo - Um Deus Infinito e pessoal
existe além do e no universo. O teísmo diz que o universo físico não é tudo que existe. Há um Deus infinito e pessoal além do universo, que o criou, que o sustenta e que age nele de forma sobrenatural. É a visão representada pelo judaísmo tradicional, o cristianismo e o islamismo.
Deísmo – Deus está além do universo,
mas não nele. O deísmo é o teísmo sem milagre. Deus fez o mundo, mas não age nele. Ele “deu corda” na criação e a deixa funcionar sozinha. Alguns exemplos de pensadores teístas: Voltaire, Thomas Jefferson e Tomas Paine.
Ateísmo – Não existe nenhum Deus além
do ou no universo. O ateísmo afirma que o universo físico é tudo que existe. Não existe nenhum Deus em lugar algum, nem no universo ou além dele. O universo é auto-suficiente. Alguns dos ateus mais famosos foram: Karl Marx, Friedrich Nietzschee Jean-Paul Sartre.
Panteísmo – Deus é o Todo/Universo.
Tudo é Deus. O criador e a criação são duas maneiras de denotar uma realidade. Deus é o universo ou Todo, e o universo é Deus. O panteísmo é representado por certas formas de hinduísmo: zen- budismo e Ciência Crstã. Politeísmo – Muitos deuses existem além do mundo e nele. É a crença em muito deuses finitos, que influenciam o mundo. Quando um deus finito é considerado chefe sobre outros, a religião é chamada de henoteísmo. Os principais representantes do politeísmo: os gregos antigos, o mórmons e os neopagãos (adeptos da Wicca - É uma religião fundamentada nos cultos da fertilidade que se originaram na Europa. Freqüentemente, Wicca inclui a prática de várias formas de Alta Magia)
Desenvolver uma cosmovisão cristã
Para o cristão, a cosmovisão cristã vai
colocar o entendimento do universo como criação de Deus, e todas as esferas de conhecimento, possíveis de estarem presentes na humanidade, como procedentes do Deus único e verdadeiro, Senhor do universo, comunicadas a nós por Cristo “...no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Cl 2.3)”.
Em nossos dias está em andamento uma
movimentação muito intensa, no meio evangélico, para estabelecimento de escolas evangélicas, que ensinem todas as matérias a partir da perspectiva cristã da vida. Para isso, há a necessidade de que se ensine e se dissemine uma cosmovisão cristã. A fé cristã deixa de ser uma “questão religiosa” para o domingo, mas volta a assumir o seu posto original, e que havia sido resgatado pela reforma do século 16. Esse movimento por escolas cristãs, tem características interdenominacionais. A fé reformada sempre enfatizou a questão da cosmovisão cristã. Agora, esse tesouro está sendo procurado por segmentos que até pouco tempo rejeitavam qualquer coisa que tivesse o mais remoto relacionamento com o calvinismo. O que pregadores e autores, durante anos, não conseguiram, Deus, em sua soberania, está fazendo – com a absorção, pela necessidade, dos conceitos transmitidos na ideia de uma cosmovisão cristã. Nesse sentido, Deus tem sido pregado como soberano real do universo em comunidades teologicamente arminianas. Escolas de igrejas que “fogem” da teologia reformada, não piscam quando livros tais como: Calvinismo (de Abraham Kuyper) e E Agora, Como Viveremos (que tem como co-autora Nancy Pearcey – que estudou com o filósofo e teólogo calvinista, Francis Schaeffer), são recomendados, apresentados e suas idéias ensinadas. Tais círculos têm compreendido que é impossível se praticar a verdadeira educação das esferas de conhecimento, sem a coesão proporcionada por uma cosmovisão cristã reformada, na qual Deus é verdadeiramente regente do universo, e não um mero espectador, que reage às circunstâncias, procurando “consertar” as coisas.
Por isso é necessário que o pastor e líder
cristão, e até nós, leigos, tenhamos uma boa compreensão deste tema. Porque precisamos também orientar os irmãos e familiares nesse entendimento. Cosmovisão cristã, também, tem tudo a ver com o estudo de Governo e Economia, e outras áreas de conhecimento e de atividades humanas que, para serem adequadamente compreendidas e exercitadas, não podem ser divorciadas dos princípios contidos nas Escrituras. A Cosmovisão cristã oferece à humanidade as respostas mais contundentes para as suas maiores indagações. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual o propósito da vida? Por que o mal existe?
Criação – De onde viemos, e quem somos?
– Enquanto várias teorias acerca da criação do universo e da origem do homem são inventadas e estudadas pela ciência, Deus revela em sua Palavra que todo o universo foi Criado por Ele (No principio criou Deus o céu e a terra Gn 1.1).
Queda – O que aconteceu de errado com o
mundo? O pecado trouxe a morte ao mundo, a morte física e, pior ainda, a morte espiritual. Ainda, o solo se tornou menos fértil e a comida mais escassa. O homem começou a trabalhar mais para obter menos. A humanidade também perceberia logo o efeito que o pecado tem nas relações humanas: crueldade, assassinato, lascívia e desarmonia. Paulo disse da seguinte forma: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”, Rm 6.23. Portanto, o que aconteceu de errado, e o motivo do sofrimento no mundo é exatamente o pecado original cometido pelo homem.
Redenção – O que podemos fazer para
consertar isso? Jesus Cristo é o único Caminho através do qual o homem pode ser perdoado e viver eternamente com Deus. O interessante da cosmovisão cristã reside no fato dela ser simples, como disse C. S Lewis, como tema de seu livro, “Cristianismo puro e simples”. No entanto, simplicidade não é sinônimo de inverdade ou erro. Pelo contrário, as maiores verdades são simples. Tanto que o pensamento cristão vem ao longo de toda a sua história superando todos os desafios que lhe foram propostos, desde a Igreja primitiva, onde os cristão foram perseguidos, passando pelo período do iluminismo racionalista, o tempo do comunismo, e, atualmente, o pós-modernismo relativista. Em todos estes contextos, a cosmovisão cristã, guardada por próprio Deus, não sucumbiu. Afinal, como disse Jesus: “As portas do inferno não prevalecerão!” Mt. 16.18.
Somos chamados a conhecer teologia e
ética, a tratar o texto bíblico com reverência, mas também ter uma mente inquiridora que medita, reflete, constrói o pensamento, que se move em direção a uma cosmovisão cristã da realidade humana.
Estamos realmente usando as
Escrituras como texto, ou como pretexto? Nossas pregações surgem a partir de uma experiência do coração e de uma mente inteligente e geram transformação? Todas essas pregações e estudos bíblicos têm gerado homens e mulheres mais parecidos com Jesus Cristo? SENHOR: “…tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.”(1Cr 29.12)- “…em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz.”(Sl 36.9).
Soberania das Esferas?
Algumas pessoas têm me perguntado:
"Afinal, o que é Soberania das Esferas e onde posso aprender sobre isso"? O interesse redespertado pela teologia reformada tem trazido esse termo e conceitos à tona, junto com "cosmovisão", "neo-calvinismo" e vários outros. Soberania das Esferas é uma expressão encontrada na obra do filósofo holandês Herman Dooyeweerd (1894-1977). Seu tratado, extenso e muito técnico, não disponível em português, é chamado “Uma Nova Crítica do Pensamento Teórico” (A New Critique of Theoretical Thought, em 4 espessos volumes, tradução do original holandês publicada originalmente em inglês por H. J. Paris, em 1957).
O pensamento expresso por Dooyeweerd
é complexo, mas, simplificadamente podemos dizer que ele os construiu sobre os conceitos já apresentados anteriormente por João Calvino (1509- 1564) e, com bastante intensidade, na terminologia e e escritos de Abraão Kuyper (1837-1920). Em resumo, ele ensina que cada instituição criada por Deus (a família, a escola, o estado), possui uma área específica de autoridade e regência, ou seja, são esferas bem delimitadas e específicas.
Isso não significa que tais esferas sejam
autônomas. Ainda que independentes, cada uma deve responder a Deus, o doador desta autoridade. A soberania de cada uma quer dizer que elas não devem usurpar ou interferir na autoridade da outra esfera. Cada uma dessas esferas, autoridades em si, é responsável por sua missão e pelas suas ações, na providência divina, perante Deus.
Por exemplo, no caso de uma escola
cristã, ela deve entender que não usurpa a autoridade da família, nem da igreja. Muito menos substitui essas outras esferas, mas deve trabalhar conjuntamente, em colaboração e respeito. A esfera da escola, e nisso ela tem autoridade, é ministrar conhecimento, sendo responsável, perante Deus, de transmitir esse conhecimento reconhecendo o Criador em todas as áreas do saber.
Outro exemplo, ao estado não cabe
legislar moralidade, mas sim trabalhar com base em princípios universais (que procedem de Deus), reprimindo as atividades criminosas, protegendo os indivíduos de uma sociedade - essa é a sua esfera legítima. No momento em que se imiscui na esfera da família, ou da igreja (postulando o que é certo ou errado), ultrapassa a sua "soberania". O estado não tem poder ilimitado, mas deve se reger sob uma estrutura específica, que emana da Graça Comum derramada por Deus sobre todos os homens.
Essa ação abrangente da Graça Comum
de Deus, além de possibilitar a existência da sociedade, é que restringe, também, o pecado na humanidade e faz com que cultura de mérito e qualidade possa surgir nos mais diversos lugares e situações. Sobre isso, Dooyeweerd diz: “Deus, em Cristo mantém a estrutura de sua criação pela graça temporal preservadora”. Demonstrando um preciso entendimento bíblico, Dooyeweerd especifica que a Graça Comum de Deus é que “retém a completa demonização do mundo” e, como resultado, podemos observar em todas as partes “centelhas da glória de Deus, de sua bondade, verdade, justiça e beleza”, até nas “culturas idólatras” (Vernieuwing en Bezinning. Zutphen: J.B. Van Den Brink & Co., 1963, pgs. 36 e 39).
O trabalho de Dooyeweerd já foi abordado
por várias obras. Uma das melhores é o resumo do seu pensamento escrito por J. M. Spier no livro, An Introduction to Christian Philosophy (Philadelphia: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1954), 155. Em português temos o seu excelente livro, No Crepúsculo do Pensamento Ocidental (The Twilight of Western Thought), traduzido e publicado pela editora HAGNOS, em 2010, com 304 pgs. e acabo de saber que a Edições Vida Nova publicou, agora em 2014, "Estado e soberania: escritos sobre cristianismo e política", do mesmo autor. Esses livros também podem servir para uma introdução ao pensamento desse grande filósofo cristão, que nos demonstra como a doutrina cristã é para ser testemunhada, vivenciada e experimentada em todas as áreas de nossa vida - incluindo o intelecto.