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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Trabalho final: Cooperações Internacionais de desenvolvimento

Trabalho final apresentado como exigência total para obtenção de

nota na disciplina optativa de Cooperações internacionais para o

desenvolvimento, ministrado pela professora Luiza Mateo.

Maria Ignacia Yañez Nagel RA00160225

São Paulo
Junho 2018
A transferência de recursos entre as países sempre foi uma característica do sistema internacional.
A ajuda externa até então, tinha um foco estritamente militar e econômico, porém a partir da década
de 40, com um foco de expansão e reorganização é possível notar que esse conceito de ajuda
externa começa a mudar. O Plano Marshall marca o início da cooperação internacional, onde os
EUA destinou recursos para reconstruir a Europa pós II Guerra mundial. Predominava a teoria da
modernização que consistia na ideia de que o Estado deveria intervir no desenvolvimento de países
criando condições para o que o capital produzido no país contribua no futuro para o
desenvolvimento.

Após esse primeiro passo para um regime de ajuda internacional, na década de 60 consolida-se
essa ideia de sistema de ajuda, onde há uma consolidação de práticas de cooperação internacional
para o desenvolvimento.

O conceito de desenvolvimento ganha destaque, principalmente por estar no contexto de Guerra


fria onde potências lutavam pela ascenção de suas ideologias. Os Estados Unidos pressiona países
Europeus já recuperados do período pós guerra para retomar a ajuda externa, assim, países
europeus sentiram a necessidade de sua inserção no processo de cooperação para elevar seu
sentimento de dever e reputação, outro ponto que estimulou a inserção foram as descolonizações
e o papel da Europa no dever de estar presente em suas ex-colonias. O Japão também toma frente
do processo de cooperação por interesses propriamente comerciais e políticos, e assim, esses países
que vão se inserindo nesse regime tornam-se países doadores tão importantes quanto Estados
Unidos.

A partir da importância que a cooperação toma mundialmente, as políticas de ajuda ao


desenvolvimento tornaram-se mais sofisticadas, às agências de ajuda foram cada vez mais
profissionalizadas, e houve uma proporção maior da ajuda global que foi canalizada através de
agências multilaterais de ajuda, como a OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico).

No âmbito da OCDE, é acordada a Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD), que é um


mecanismo norte-sul de auxílio de países desenvolvidos aos países menos desenvolvidos. A
organização é criada para administrar à ajuda para Europa, a fim de harmonizar boas práticas,
estabelecer regras de políticas macroeconômicas e organizar toda a assistência de investimento aos
países menos desenvolvidos.
Desde o início desse novo regime de ajuda externa, é possível entender que à ajuda externa foi um
instrumento de influência e poder na Guerra Fria, onde o mundo estava divido entre os blocos
ocidentais, e a maior motivação dos países doadores sempre esteve ligada a defender os interesses.
porém, na década de 70, devido aos projetos de modernização de infraestrutura, muitos países em
desenvolvimento tornam-se dependentes do petróleo e devido a crise do petróleo, que desencadeou
uma série de consequências como, aumento do preço do petróleo, recessão nos EUA e Europa,
aumento da taxa de juros e de preços de importações, diminuindo as importações das matérias
primas dos países em desenvolvimento, os países em desenvolvimento entraram em crise e viu-se
que esse modelo de desenvolvimento era falho, pois os Estados criam condições de
desenvolvimento, mas eram extremamente dependentes de fatores externos, logo, é possível
afirmar que os países se tornam interdependentes uns dos outros e a ajuda externa fornece uma
cooperação política e econômica entre países doadores e receptores.

Logo, com o início da década de 80, as ideias neoliberais se fortalecem e criam-se condições
necessárias para que países menos desenvolvidos se adaptem aos acontecimentos internacionais e
assim, práticas de desenvolvimento são postas de lado em favor da estabilidade macro econômica
dos países que haviam sido afetados pela crise. Ocorre uma aproximação da estrutura econômica
dos países subdesenvolvidos aos países desenvolvidos chamado de ajustamento estrutural. Até
esse ponto, o desenvolvimento era entendido como capacidade de resiliência, ajuda como
mantedora de desenvolvimento garantindo estabilidade, ou seja, o desenvolvimento tinha um
caráter mais determinante, no sentido de estruturar reformas macro econômicas em países
subdesenvolvidos.

Já na década de 90, com um mundo cada vez mais globalizado e interconectado, o fim da Guerra
Fria, surgimento de uma nova ordem mundial onde se falava em desenvolvimento de países de
terceiro mundo, perda de interesse militar, e preocupações com novos temas como: clima, gênero
e direitos humanos, assiste-se um novo período para a cooperação internacional onde promover o
desenvolvimento com outras perspectivas. Os objetivos da cooperação passam a ser muito mais
que apenas interesses, mas mesmo assim nem toda a ajuda ainda poderia ser avaliada como apenas
contribuição para a questão humanitária. Uma porção considerável dela serve ainda para os
mesmos propósitos – Interesses diplomáticos e comerciais.
Outro tema que entra em pauta é a questão da segurança, que até o início do século XX, haviam
duas agendas que andavam em paralelo que eram segurança e desenvolvimento. Com um mundo
cada vez mais globalizado, novas pautas começam a se centrar na questão de segurança, como o
terrorismo, novas guerras (Intra-estatais) e assiste-se um movimento para promover o
desenvolvimento para ser uma ferramenta de segurança internacional, surge um aumento em
orçamentos de ajuda externa e é proclamada Boa Governança como fator determinante para
parceiros da cooperação de desenvolvimento seguindo as diretrizes acordadas – Estabilidade
política, liberdade de expressão, cumprimento da lei e capacidade reguladora do governo nacional.

Com a chegada do século XXI, como uma forma de inserir objetivos humanitários para
desenvolvimento nas estratégias de ajuda externa e sintetizar acordos internacionais que surgem
durante cúpulas mundiais ao longo da década de 90, os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio surgiram da declaração do milênio.

Dessa forma, a cooperação internacional no século XXI se transforma em um componente


essencial para as relações internacionais e muito mais desenvolvido do que quando foi aderido
pelas nações do sistema internacional. Com Multiplicidade de atores – Governos, ONGS, Setor
privado, tem um forte impacto na economia internacional e o seu desenvolvimento– IED e
Comércio, tem tido crescente interação entre políticas nacionais de desenvolvimento e agendas
internacionais e as formas de cooperação internacional entre países em desenvolvimento hoje são
diversificadas e inúmeras.

Considerações finais

Dessa forma, a partir desta breve analise histórica da cooperação internacional ao


desenvolvimento, é possível ver os diversos estágios em que o desenvolvimento se encontra desde
a metade do século XX, que é quando essa palavra realmente passa a ter um papel importante no
sistema internacional. Além disso, a cooperação internacional representou um grande papel na
estruturação do sistema internacional, tornando-os interdependentes uns dos outros e mantendo-os
interconectados, favorecendo países doadores que, a partir de uma boa estratégia de ajuda externa,
são avantajados com um bom relacionamento comercial, diplomático e econômico, como é o caso
do Japão, um arquipélago que depende de outros países para manter sua economia e favorecendo
países receptores dos investimentos externos para o desenvolvimento de sua nação.

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