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São Paulo
Junho 2018
A transferência de recursos entre as países sempre foi uma característica do sistema internacional.
A ajuda externa até então, tinha um foco estritamente militar e econômico, porém a partir da década
de 40, com um foco de expansão e reorganização é possível notar que esse conceito de ajuda
externa começa a mudar. O Plano Marshall marca o início da cooperação internacional, onde os
EUA destinou recursos para reconstruir a Europa pós II Guerra mundial. Predominava a teoria da
modernização que consistia na ideia de que o Estado deveria intervir no desenvolvimento de países
criando condições para o que o capital produzido no país contribua no futuro para o
desenvolvimento.
Após esse primeiro passo para um regime de ajuda internacional, na década de 60 consolida-se
essa ideia de sistema de ajuda, onde há uma consolidação de práticas de cooperação internacional
para o desenvolvimento.
Logo, com o início da década de 80, as ideias neoliberais se fortalecem e criam-se condições
necessárias para que países menos desenvolvidos se adaptem aos acontecimentos internacionais e
assim, práticas de desenvolvimento são postas de lado em favor da estabilidade macro econômica
dos países que haviam sido afetados pela crise. Ocorre uma aproximação da estrutura econômica
dos países subdesenvolvidos aos países desenvolvidos chamado de ajustamento estrutural. Até
esse ponto, o desenvolvimento era entendido como capacidade de resiliência, ajuda como
mantedora de desenvolvimento garantindo estabilidade, ou seja, o desenvolvimento tinha um
caráter mais determinante, no sentido de estruturar reformas macro econômicas em países
subdesenvolvidos.
Já na década de 90, com um mundo cada vez mais globalizado e interconectado, o fim da Guerra
Fria, surgimento de uma nova ordem mundial onde se falava em desenvolvimento de países de
terceiro mundo, perda de interesse militar, e preocupações com novos temas como: clima, gênero
e direitos humanos, assiste-se um novo período para a cooperação internacional onde promover o
desenvolvimento com outras perspectivas. Os objetivos da cooperação passam a ser muito mais
que apenas interesses, mas mesmo assim nem toda a ajuda ainda poderia ser avaliada como apenas
contribuição para a questão humanitária. Uma porção considerável dela serve ainda para os
mesmos propósitos – Interesses diplomáticos e comerciais.
Outro tema que entra em pauta é a questão da segurança, que até o início do século XX, haviam
duas agendas que andavam em paralelo que eram segurança e desenvolvimento. Com um mundo
cada vez mais globalizado, novas pautas começam a se centrar na questão de segurança, como o
terrorismo, novas guerras (Intra-estatais) e assiste-se um movimento para promover o
desenvolvimento para ser uma ferramenta de segurança internacional, surge um aumento em
orçamentos de ajuda externa e é proclamada Boa Governança como fator determinante para
parceiros da cooperação de desenvolvimento seguindo as diretrizes acordadas – Estabilidade
política, liberdade de expressão, cumprimento da lei e capacidade reguladora do governo nacional.
Com a chegada do século XXI, como uma forma de inserir objetivos humanitários para
desenvolvimento nas estratégias de ajuda externa e sintetizar acordos internacionais que surgem
durante cúpulas mundiais ao longo da década de 90, os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio surgiram da declaração do milênio.
Considerações finais