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4° ENCONTRO NACIONAL ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RELAÇÕES

INTERNACIONAIS

MULTILATERALISMO, PLURILATERALISMO E A CONSTRUÇÃO DE UMA


ORDEM MUNDIAL
23 a 26 de Julho de 2013
PUC Minas-Belo Horizonte

PAINEL AVULSO
ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL

A RELAÇÃO ECONÔMICA SINO-AFRICANA E A MANUTENÇÃO DE


REGIMES AUTORITÁRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA

Bárbara Ferreira Lopes1


(Puc-Minas)

1
Mestranda do Programa de Pós Graduação stricto sensu em Relações Internacionais da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais. Bacharel no mesmo curso. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa sobre Potências
Médias. Bolsista CAPES. Belo Horizonte-MG, Brasil. Email: flopes.barbara@gmail.com.

1
Resumo

A expansão chinesa no sistema internacional é um dos pontos cruciais para o entendimento


acerca das questões político-econômicas do século XXI. A busca pelo controle dos recursos
naturais, principalmente petróleo, norteia o comportamento da China nas suas relações
internacionais. Neste contexto, o continente africano, responsável por 12% da produção
petrolífera mundial, tornou-se uma área relevante para o desenvolvimento econômico
chinês.Contudo, percebe-se o impacto e as consequências dessa aproximação chinesa na
estrutura governamental de alguns países africanos. Deste modo, o artigo busca analisar a
estratégia econômica chinesa para com a África desde o I Fórum de Cooperação China-
África (FOCAC), no intuito de compreender a influência chinesa na manutenção de regimes
autoritários na África Subsaariana. Especificamente, o trabalho preocupou-se em apresentar
um estudo de caso sobre a relação China-Sudão, demonstrando a conduta chinesa diante
dos conflitos domésticos sudaneses e a sua relação com o governo autoritário do país
africano. O trabalho foi realizado sob o referencial da abordagem sistema-mundo,
apresentando o caráter periférico dos países africanos e a ascensão da China como centro
no Moderno Sistema Mundial.

Palavras-Chave: China; África; África Subsaariana; Recursos naturais; Conflitos domésticos;


Regimes autoritários; Sistema-Mundo Moderno.

2
Introdução

A criação do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC)2, em 2000, marcou o


início do processo de revitalização e fortalecimento da relação sino-africana (RYSDYK,
2010). A primeira reunião pautou-se nos esforços para a formação de um novo tipo e nível
de parceria, caracterizando o FOCAC como a principal plataforma ao diálogo e coordenação
China-África (QUIANG, 2010). A medida representou a base para o desenvolvimento de
uma aliança estratégica Sul-Sul fundamentada na igualdade política, confiança recíproca,
cooperação econômica win-win e intercâmbio cultural (KONINGS, 2007).
Acompanhando a elevação da África na agenda internacional chinesa, o processo de
reaproximação refletiu-se, igualmente, em aumentos da corrente comercial, no volume de
investimentos e na provisão de recursos por parte da China (FONSECA, 2012, p. 3). Deste
modo, com os ganhos econômicos, as oportunidades oferecidas e o tratamento diplomático
não intervencionista, a parceria com a China tornou-se cada vez mais relevante para muitos
países africanos (RIBEIRO, 2010).
Vale ressaltar, contudo, que a estratégia de aproximação chinesa na África está
estritamente vinculada a busca e acúmulo de recursos naturais, essenciais para sustentar o
contínuo crescimento econômico do país (OURIQUES; LUI, 2012). Neste contexto,
destacam-se as companhias petrolíferas chinesas que se mantêm influentes na
concretização de acordos com novos parceiros africanos, no intuito de “assegurar à China
as demandas de recursos naturais no futuro” (YEROS, 2008, p. 4).
No entanto, em alguns países a atuação chinesa se desdobra em outras atividades
que não são necessariamente voltadas para o comércio de commodities (JAKOBSON,
2009). Consolidou-se uma cooperação militar sino-africana, em que o mercado
armamentista/militar tornou-se lucrativo à China devido aos constantes conflitos domésticos
na África Subsaariana. Assim, além do interesse no setor petrolífero, a China passa a
vender armas e auxilia no desenvolvimento da produção armamentista na mesma região
(OLIVEIRA, 2009).
Assim, o trabalho tem como objetivo analisar a influência da China na manutenção
dos regimes autoritários na África Subsaariana. Primeiramente, será feita uma breve revisão
sobre a perspectiva teórica do Sistema-Mundo Moderno. Em seguida, será apresentado o
interesse da China nos recursos naturais disponíveis no continente africano e a,
consequente, expansão das atividades comerciais sino-africanas. E, para fins de melhor
análise, será abordado um estudo específico da relação entre China e Sudão,

2
As Conferências Ministeriais do Fórum se realizarão a cada três anos (2000; 2003; 2006; 2009; 2012),
alterando-se as sedes entre a China e a África (PAUTASSO, 2009).
3
demonstrando a conduta chinesa diante dos conflitos domésticos sudaneses e a sua relação
com o governo autoritário de Omar Al-Bashir.

Análise do Sistema- Mundo Moderno

A Teoria do Sistema-Mundo preocupa-se em analisar a formação e a evolução do


modo capitalista de produção como um sistema de relações econômico, social, político e
cultural que surge no fim da Idade Média européia e que evolui como um sistema que se
confunde com a economia mundial. Esta abordagem “destaca a existência de um centro,
uma periferia e uma semi-periferia, além de distinguir entre as economias centrais uma
economia hegemônica que articula o conjunto do sistema” (ALMEIDA FILHO, 2005, p. 7).
Segundo Immanuel Wallerstein (2000), o Sistema-Mundo Moderno caracteriza-se
pela organização política-econômica capitalista. O capitalismo tornou possível a constante
expansão econômica do sistema mundial, mas, ao mesmo tempo, foi responsável por uma
distribuição desigual de seus frutos – uma distribuição desproporcional do produto entre as
nações que compunham o sistema-mundo. De modo geral, entende-se que:
As assimetrias na distribuição de excedentes se refletiriam na dinâmica da
circulação de capitais, concentrados nas regiões centrais do sistema-mundo
capitalista. Por consequência, os Estados Nacionais captariam não apenas o
excedente gerado pelos seus trabalhadores, mas também uma parcela daquilo que
foi produzido em outras regiões, identificadas como periféricas. Tal dinâmica
manifestar-se-ia no âmbito das cadeias mercantis que compõem o comércio em
longas distâncias, cujo eixo se estenderia desde as etapas de extração de matérias-
primas – feita nas regiões periféricas – até as fases finais de transformação de alto
valor agregado – normalmente concluídas nas regiões centrais do sistema. O
controle do processo produtivo por grupos capitalistas possibilitaria a introdução de
meios diversos (monopólios setoriais, vantagens de caráter tecnológico ou
organizacional, restrições políticas à concorrência, acordos preferenciais) para a
absorção do valor gerado em outras fases (PEREIRA, 2011, p. 18).

Assim, é perceptível uma estrutura hierárquica referente às tarefas ocupacionais,


sendo que aquelas demandantes de maiores níveis de qualificação e capitalização estão
direcionadas às áreas de maior destaque. A compreensão sobre centro e periferia não se
limita apenas a regiões geográficas, mas correspondem a conceitos de interação sistêmica.
A divisão mundial do trabalho e a distribuição desproporcional do excedente de produção
determinariam as atividades centrais e periféricas, levando em consideração a capacidade
de aliança entre capital e Estado. Esta dinâmica permite ainda a presença das chamadas
semiperiferias, isto é, regiões que acolheriam tanto as atividades centrais quanto as
atividades periféricas. Estas seriam capazes de concentrar valor de atividades periféricas e
transferir valor para atividades centrais (PEREIRA, 2011).
Outra característica relevante que Wallerstein (2000) aborda sobre o sistema-mundo
moderno é que este sempre esteve sujeito a “forças poderosas” que buscavam controlar de
maneira total o espaço do sistema. Em outras palavras, o Sistema-Mundo Moderno possui

4
diversas unidades políticas, os Estados, que disputam a hegemonia do sistema (VOIGT,
2007).
Giovanni Arrighi (2003) também apresentou uma análise acerca dos processos de
formação e expansão do capitalismo histórico, seguindo os passos de Wallerstein. Para o
autor, a ampliação do Sistema-Mundo Moderno corresponde a um processo de
reorganização sistêmica, ou seja, mudanças sistêmicas que alteram a natureza dos seus
atores, a sua relação com as outras unidades e o modo como o próprio sistema funciona e
se reproduz. Portanto, a expansão do sistema-mundo moderno até a sua configuração atual
envolve uma série de reorganizações que o colocaram em diferentes etapas de
desenvolvimento, sendo que cada uma destas etapas esteve “marcada pela hegemonia3 de
um determinado bloco geográfico de atores governamentais ou empresariais” (PEREIRA,
2011, p. 22).
O desenvolvimento do capitalismo moderno apresentado por Arrighi (2003)
fundamenta-se em uma interpretação da economia capitalista alicerçada em ciclos de
acumulação. Ciclos que representam a ascensão e queda das hegemonias e dos seus
respectivos regimes de acumulação de capital e poder, intermediados por períodos de
transição sistêmica.
Os ciclos sistêmicos de acumulação são divididos em duas fases: i) uma fase inicial,
correspondente a expansão material e ii) uma fase final, de expansão financeira. Há o
esgotamento das bases materiais do ciclo de acumulação vigente (não proporcionam mais
expectativas de lucratividade nas suas estruturas produtivas), um consequente período de
crise hegemônica, mas também de surgimento de novos regimes de acumulação. Tal novo
regime contribuiria na reorganização do sistema-mundo sob novos comandos e permitiria o
lançamento de bases materiais para o início de outro ciclo de acumulação de capital
(ARRIGHI, 2003).
Em síntese, a teoria do Sistema-Mundo busca o entendimento acerca da dinâmica
existente na relação entre os países no contexto internacional capitalista. Neste sentido, a
partir do arcabouço teórico delineado, é possível compreender a relação e a conduta
chinesa no continente africano.

3
O conceito de hegemonia adotado pelo autor refere-se à “capacidade de um Estado exercer funções de liderança e governo
sobre um sistema de nações soberanas. Em principio, esse poder pode implicar apenas a gestão corriqueira desse sistema, tal
como constituído num dado momento. Historicamente, entretanto, o governo de um sistema de Estados soberanos sempre
implicou algum tipo de ação transformadora, que alterou fundamentalmente o modo de funcionamento do sistema”
(ARRIGHI, 2003).
5
O controle dos recursos naturais africanos

O contexto doméstico da China é o principal fator responsável pela sua expansão no


continente africano. O tamanho da população e a necessidade de suprir a oferta de matéria-
prima e recursos energéticos constituíram-se como desafios à continuidade do
desenvolvimento econômico chinês (RIBEIRO, 2010). Dessa forma, com o gradual
crescimento no mercado interno e lucrativo em termos de relações comerciais, além da
abundância em recursos naturais, os países da África tornaram-se cada vez mais relevantes
ao governo chinês (JAKOBSON, 2009).
De modo geral, a China estabeleceu cinco princípios norteadores para o seu
relacionamento com os países do continente africano. São eles: respeito mútuo à soberania
e integridade territorial, não agressão mútua, igualdade e vantagens recíprocas, não
ingerência em assuntos domésticos e coexistência pacífica. O país ainda reforça o
reconhecimento diplomático de uma só China, em detrimento de Taiwan como nação
independente (OLIVEIRA, 2009). De fato, o apoio a política de uma China unificada tornou-
se pré-requisito essencial para o desenvolvimento das relações chinesas com os países e
organizações regionais africanas (FERREIRA, 2010).
Assim, ao longo dos anos, a China foi consolidando uma estratégia de cooperação
sino-africana pautada em elementos como a solidariedade, a paz, o benefício e o
desenvolvimento mútuos (ANING, 2010). O país buscava expandir a sua influência, sem
interferir nos assuntos domésticos do continente africano e, em consequência, garantir a
segurança dos recursos naturais, novos mercados e oportunidades de investimentos
(KONINGS, 2007).
A África caracteriza-se por possuir um número elevado de países ricos em recursos
naturais, sendo a África Subsaariana a região no continente que abriga as principais
reservas mundiais (YEROS, 2008). Devido a sua importância estratégica na produção
industrial, o petróleo tornou-se a principal commodity africana exportada para a China
(RIBEIRO, 2010). Por conseguinte, a presença chinesa na África cresceu expressivamente
e os números confirmam a intensidade e o desenvolvimento dessa relação na última
década. O comércio total sino-africano passou de US$ 10, 8 bilhões em 2001 para US$ 166,
2 bilhões em 2011 (OURIQUES; LUI, 2012). Os investimentos atingiram mais de US$ 13
bilhões também no ano de 2011 (CENTER FOR CHINESE STUDIES, 2012).
Conjugada a estratégia chinesa de going global4, o aumento nas necessidades
domésticas por recursos primários e energéticos incentivou a expansão da China

4
A essência da estratégia “going global” está na promoção das operações internacionais das mais hábeis
empresas chinesas, no intuito de melhorar a alocação de recursos e a sua competitividade em âmbito
internacional (SALIDJANOVA, 2011). Foi uma iniciativa do governo chinês, em 1999, em que ocorreram
6
mundialmente, por meio da instalação de filiais de empresas ligadas, principalmente, ao
setor extrativista (RIBEIRO, 2010). Mais de 2 mil corporações chinesas (estatais, joint
ventures e privadas) estabeleceram negócios na África (CENTER FOR CHINESE STUDIES,
2012).
Pode-se observar pelo Gráfico 1, o salto nos valores do Investimento Externo Direto
(IED) chinês para os países africanos a partir de 2000, atingindo no ano de 2008 US$ 72
bilhões. Essa expansão no IED teve como base a alta dos preços das matérias-primas,
possibilitando o crescimento nos investimentos, especialmente, para os países africanos
produtores de petróleo. Com a crise financeira global, há uma queda no fluxo de IED nos
anos de 2009 e 2010, reduzindo o “investimento de capital nos setores e países onde
historicamente se concentra a recepção de fluxos de investimento externo, como, por
exemplo, no setor petrolífero”. Contudo, desde 2009, novos investimentos foram
implementados no Leste da África (OURIQUES; LUI, 2012, p.22).

Gráfico 1: Fluxo de IED da China na África

Fonte: OURIQUES; LUI, 2012.

Na relação entre os 10 países africanos que mais receberam tais Investimentos


Externos destacam-se: Argélia, Zâmbia, Nigéria, Sudão, África do Sul, República
Democrática do Congo, Etiópia, Angola, Mauritânia e Congo (RIBEIRO, 2010). No Quadro 4
abaixo, há uma síntese demonstrando em quais países africanos há a presença das
principais companhias energéticas e/ou petrolíferas chinesas.

mudanças na legislação do país, simplificando o processo de “aprovação de projetos, estímulo ao investimento


exterior, gestão cambial e avaliação estatística”. De fato, a política going global facilitou a internacionalização
de várias empresas chinesas, a partir de meados de 2000 (OURIQUES; LUI, 2012, p.21).
7
QUADRO 4: Principais companhias petrolíferas chinesas com atividades em África

COMPANHIA CHINESA PAÍS AFRICANO

CNPC-Petrochina Angola, Chade, Sudão, Níger, Mauritânia, Argélia,


Líbia e Tunísia

CNOOC Angola, Nigéria, Gabão, Guiné Equatorial, Etiópia,


Mali, Mauritânia e Níger

Sinopec Angola, Nigéria, Sudão e Argélia

CITIC Chade

Fonte: OLIVEIRA, 2007.


Nota: quadro adaptado pela autora.

Percebe-se uma predominância dessas companhias energéticas e/ou petrolíferas


chinesas na região da África Subsaariana (Angola, Sudão, Nigéria, Chade, Mauritânia,
Níger, Gabão, Guiné Equatorial, Etiópia, Mali), com investimentos e contratos milionários
sendo realizados e renovados anualmente. De fato, consolidou-se a estratégia oil for
infrastructure entre a China e os países supracitados. Amplos investimentos em
infraestrutura, cancelamento de dívidas, crédito de longo prazo e ajuda humanitária fazem
parte do “pacote” oferecida pela China aos países africanos ricos em recursos energéticos e
outras fontes de matérias-primas (RYSDIK, 2010).
No entanto, destaca-se o fato de que dentre estes países supracitados sete passam
ou passaram por guerras civis e/ou tentativas ou golpe de Estado nos últimos 10 anos. São
eles: Chade, Sudão, Nigéria, Angola, Etiópia, Mali e Gabão (OLVEIRA, 2007). Assim, para
uma melhor compreensão sobre o impacto e a influência da inserção chinesa na
estabilidade política dos países africanos, a próxima seção abordará um estudo específico
sobre a relação sino-sudanesa.

A controversa conduta econômica chinesa no Sudão

A relação entre o Sudão e a China envolve, ao mesmo tempo, os interesses


conflitantes entre as companhias petrolíferas chinesas, os grupos rebeldes e os diplomatas
da China (JAKOBSON, 2009). O primeiro contato entre os dois países ocorreu em 1959 –
apenas três anos após a independência do Sudão. Ao longo dos anos, a China iniciou a sua
escalada a uma proeminente posição no país africano (VÖRÖS, 2011).
O grande interesse das empresas chinesas nas reservas de petróleo localizadas na
região sudanesa se transcreve pelo fato dos maiores Investimentos Externos no Sudão
serem realizados pelos chineses (US$ 4 bilhões) (JAKOBSON, 2009). No entanto, essa
8
busca chinesa por recursos naturais e a exploração petrolífera também influenciaram e
desempenharam um papel significativo no conflito civil no Sudão5 (LEE; SHALMON, 2008).
O monopólio dos recursos naturais está intrínseco à insurgência de guerras civis no
continente africano. As riquezas naturais na África tornaram-se a causa para as disputas,
mas também objetos estratégicos para custear as despesas das mesmas (HUGON, 2009).
Além disso, os conflitos de captação de recursos envolvem uma pluralidade de atores, não
apenas os rebeldes e os governantes. As grandes empresas internacionais que contribuem
na escalada da violência em alguns países, em nome dos seus interesses nas atividades de
exploração dos recursos naturais no continente africano (OLIVEIRA, 2007). Na verdade, há
uma:

(...) sobreposição (straddling) dos interesses econômicos, seja das empresas e das
redes que controlam as rendas de maneira oficial ou não, seja das forças políticas e
militares, oficiais ou paralelas. Para manterem suas posições de renda diante dos
concorrentes, as firmas petroleiras ou mineradoras adotam estratégias de
financiamento dos poderes locais ou de rebeldes que possam tomar o poder. Elas
buscam diversificar os riscos e dão certa probabilidade subjetiva à sustentação do
governo e dos rebeldes (FRANCO, 2010, p.87-88).

Esse é o caso das companhias petrolíferas chinesas atuantes no Sudão. No final dos
anos de 1990 – anteriormente a expansão petrolífera do país – as Forças Armadas
Sudanesas criticavam a falta de recursos financeiros e materiais para combater o SPLM/A 6.
Mas, somente entre 1999 e 2001 a receita de petróleo do governo aumentou cerca de 875%
– passando de US$ 61 milhões para aproximadamente US$ 596 milhões – sendo que quase
80% destinou-se a aquisição e produção armamentista (SMALL ARMS SURVEY, 2007).
Além da estratégia comercial entre os dois países, as áreas militares e de defesa do
Sudão também tornaram-se mercados atrativos para os chineses devido ao conflito que
perdurava na região. As primeiras vendas de armas chinesas para o Sudão registradas
datam o período entre 1986 à 1989. No decorrer da década de 1990, vários aviões militares

5
A primeira guerra civil sudanesa ocorreu ainda no ano de sua independência, 1956, sendo que os períodos
seguintes foram marcados pelos violentos conflitos entre o governo pró-árabe do norte e a população negra do
sul (IROANYA, 2008). Após um ano desde o início do conflito, as estimativas eram de 30 mil mortos, 1 milhão de
pessoas desalojadas – 200 mil se refugiaram no Chade – e 350 mil já haviam morrido de fome ou doenças
(MOTHCI, 2005). Desde 2005 o Tribunal Penal Internacional das Nações Unidas emite mandados de prisão
contra Omar al-Bashir, presidente do Sudão, “sob acusações de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a
humanidade, tornando-o o primeiro Chefe de Estado em exercício a ser punido pelo Tribunal” (ORGANIZAÇÃO
DAS NAÇÕES UNIDAS, 2011).
6
A luta contra a pretensão de islamização do norte fez com que se formasse o Movimento Armado de Libertação
dos Povos do Sudão (em inglês, Southern Sudan People's Liberation Movement/Army) (SPLM/A), liderado por
John Garang de Mabior e oficiais militares do sul do Sudão (IROANYA, 2008). Os objetivos do Movimento eram:
(...) um Sudão unido e democrático, reconhecedor da diversidade étnica, cultural, social e política do país, cuja
unidade deve, então, fundar-se no direito à autodeterminação (...). A religião e a política devem permanecer nos
domínios privado e público respectivamente (...). O movimento se opõe a utilização de algumas tribos árabes
pelo governo de Cartum (...) a fim de alcançar alguns objetivos hegemônicos nefastos, tanto para os árabes,
quanto para os não árabes (...). A opressão brutal, a limpeza étnica e o genocídio praticados pelo governo de
Cartum não deixam outra alternativa ao povo de Darfur, senão a resistência popular, militar e política,a fim de
garantir a sua sobrevivência (MOTHCI, 2005, p.23 apud COLLINS, 2004, p.6).
9
e armamentos leves foram importados da China, além do envio de uma equipe para treinar
os pilotos para bombardeios em alta atitude (SMALL ARMS SURVEY, 2007).
No período de 2002 a 2005, a venda de armas da China para o Sudão aumentou 20
vezes e, entre 2004 e 2006, 90% das compras de armamentos leves das empresas
chinesas direcionaram-se ao governo de Cartum. Em 2005, a China vendeu ao Sudão
aproximadamente, US$ 57 milhões em equipamentos de aeronaves e, no ano de 2007,
armas e munições equivalentes ao valor de US$ 24 milhões (JAKOBSON, 2009). Contudo,
foi somente a partir de 2002 que a ONU e organizações públicas apresentaram evidências
do aumento das vendas de armas por parte da China. Ao mesmo tempo, a China financia
junto ao governo do Sudão o desenvolvimento de indústrias armamentistas no país
africano7. Neste cenário, a China atua tanto como vendedor de armas para o Sudão quanto
um importante ator para o desenvolvimento da produção armamentista doméstica via
transferência tecnológica e assistência técnica (SMALL ARMS SURVEY, 2007).
É importante ressaltar que, para garantir o contínuo acesso nas reservas de petróleo
no sul do Sudão após o processo de independência da região8, a China, desde 2005,
buscou alterar a sua imagem diante da população e autoridades do SPLM/A, mesmo
mantendo fortes alianças com o governo autoritário de Omar al-Bashir. Neste sentido, o
maior importador de petróleo sudanês abriu um consulado em Juba no ano de 2008 para
incentivar a promoção de uma relação amistosa com o governo sulista. Além disso, uma das
principais companhias chinesas de exploração de petróleo iniciou o investimento na
modernização das instituições públicas na região (OLIVEIRA; SILVA, 2011).
Consequentemente, a China tem sido fortemente criticada por várias Organizações
Internacionais sob a justificativa de fornecimento de equipamentos militares a países onde
tais armas são utilizadas de maneira a infringir os Direitos Humanos. Como mencionado, no
caso do Sudão, os questionamentos voltam-se também ao fato de que o governo de Cartum
usa as divisas geradas pelos investimentos chineses nas áreas petrolíferas para financiar a
continuação de ações violentas contra a população não-mulçumana do sul do país
(TAYLOR, 2007).
Em contrapartida, os porta-vozes chineses afirmam que as verdadeiras causas para
o conflito no Sudão e, particularmente, em Darfur são a pobreza e o baixo desenvolvimento

7
Por exemplo, há o Complexo de Produção Militar na estrada de Cartum-Medani especializada em armas leves,
metralhadoras e munições. Em outro complexo industrial, denominado GIAD, lança-granadas, tanques, veículos
militares, metralhadoras e anti-tanques PG-9 foram montadas sob a supervisão de engenheiros chineses. Em
2002, o governo do Sudão preparou um desfile com a presença do Presidente al-Bashir e todos os seus oficiais
para apresentar a sua variedade de equipamentos militares (SMALL ARMS SURVEY, 2007).
8
A SPLM/A e o governo de Cartum assinaram o Acordo de Paz Abrangente (em inglês, Comprehensive Peace
Agreement – CPA) em 2005, no qual firmaram o direito de separação da região sul do Sudão da parte norte do
país, a ser intermediado por meio de um referendo. Realizado em janeiro de 2011, o resultado do referendo deu
vitória à população sulista que buscava a independência da região e, em 9 de julho do mesmo ano, uma
cerimônia na nova capital Juba oficializou o nascimento do novo país, a República do Sul do Sudão (OLIVEIRA;
SILVA, 2011).
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na região – na verdade, encobertos pelos reflexos da guerra civil entre o governo sudanês
junto a milícia janjaweed contra a população. Assim, a justificativa chinesa para o
estreitamento dos laços econômicos com o Sudão parte do pressuposto de que tal relação é
a chave para o “desenvolvimento do país africano para toda a população”.
Ademais, o governo chinês utiliza o seu principio de não-interferência para justificar
a sua posição contrária às propostas de sanções do Conselho de Segurança das Nações
Unidas contra o Sudão (KONINGS, 2007). Na perspectiva de Linda Jakobson (2009), a
China não reconhece ou finge não reconhecer que os seus investimentos petrolíferos na
região africana e a comercialização de armas junto ao governo de Omar al-Bashir possuem
fortes impactos nos assuntos domésticos do Sudão, podendo levar o governo a apoiar
outros conflitos armados. Além disso, a China é o único país exportador que não entrou em
nenhum acordo multilateral que estabelecesse os critérios de respeito aos Direitos Humanos
para orientar as negociações e decisões de licenças de exportação de armas.
Em 2005, após a aprovação no Conselho de Segurança de um embargo de armas à
região de Darfur, a China continuou a vendê-las ao governo do Sudão violando a resolução
da ONU. O embaixador chinês no Sudão, Deng Shao Zin, declarou abertamente que a
China se opôs a qualquer intervenção das Nações Unidas nos assuntos internos da região
(TAYLOR, 2006). Os diplomatas chineses afirmam que assim como qualquer outro país
membro das Nações Unidas, o Sudão tem todo o direito de comprar armas (JAKOBSON,
2009).
O contínuo apoio chinês ao Sudão no Conselho de Segurança demonstra “um claro
testemunho da importância que a China atribui às relações dos dois países”. Em suma,
percebe-se que o petróleo “constitui uma importante variável interveniente nas relações
exteriores sino-sudanesas” (ADAR, 2010, p. 17).

A relação sino-africana no Sistema-Mundo Moderno

A Teoria do Sistema-Mundo busca o entendimento acerca da dinâmica existente na


relação entre os países no contexto internacional capitalista. Javier Vadell (2011, p. 58)
argumenta que a China “com a sua imensa população, seu poder militar e seu arsenal
nuclear, sua crescente necessidade de recursos energéticos e de diversas commodities”
(responsáveis por seu elevado desenvolvimento econômico e transformação social) cria
condições que favorece a sua expansão em âmbito internacional. Deste modo, a visão
tradicional de interdependência vertical (Norte-Sul) que configura a relação da China com as
potências ocidentais está se alterando. Nos dias de hoje, a importância dada a China nas
questões de segurança e economia global permite que o país assuma a posição de potência

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global e não mais potência emergente. O país, portanto, comporta-se dentro da estrutura
hierárquica do Moderno Sistema Mundial como centro capitalista.
Dada a sua importância ao fornecimento de matérias-primas aos grandes centros do
Moderno Sistema Mundial e a China, o continente africano rapidamente se inseriu na
dinâmica do comércio internacional da economia-mundo capitalista (PEREIRA, 2011). A
exploração dos recursos naturais africanos visa a atender a diferentes etapas de expansão
da economia-mundo capitalista, principalmente no contexto de ascensão chinesa como
potência mundial. O continente africano caracteriza-se pela concentração da oferta,
sobretudo, de petróleo disponível à exploração das companhias chinesas e fundamentais ao
desenvolvimento econômico da China. Nas relações comerciais sino-africanas, portanto,
evidencia-se assimetrias na distribuição de excedente e uma troca desigual em termos de
agregação de valor entre as regiões, configurando o continente africano à posição de
periferia dentro da dinâmica hierárquica do Moderno Sistema Mundial (NOGUEIRA, 2008)

Considerações Finais

O artigo teve como objetivo fazer uma análise sobre a inserção chinesa no
continente africano, particularmente, pautando-se no estudo sobre a relação sino-sudanesa.
A China consolidou-se como um dos principais parceiros político-econômico dos países
africanos. Nenhum outro país conseguiu se expandir na África como fazem os chineses, no
qual grandes companhias energéticas/petrolíferas chinesas se estabeleceram,
principalmente, na região da África Subsaariana. A China, então, passa a utilizar a
estratégia oil for infrastructure, no qual se compromete com grandes investimentos e outros
benefícios aos países africanos em troca da concessão na exploração do petróleo e outras
matérias-primas. Os governos e as elites africanas percebem a crescente relação com a
China como um caminho para que o comércio, os investimentos, as políticas de cooperação
e a quitação de dívidas tragam novas oportunidades e benefícios econômicos aos seus
países.
Observa-se que a motivação para o primeiro contato entre China e Sudão foi e ainda
é estritamente econômica, de comércio petrolífero e de outras commodities no mercado
internacional. A China buscou no país africano garantir a segurança dos recursos naturais,
novos mercados e oportunidades de investimentos. Todavia, com o contexto histórico da
região marcado por constantes guerras civis, o setor militar tornou-se lucrativo aos chineses,
passando a vender armas e também auxiliando no desenvolvimento da produção
armamentista no próprio Sudão.
Deste modo, a partir dos dados apresentados ao longo deste trabalho e com base na
análise sistema-mundo, é possível assegurar que os princípios orientadores da política
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externa chinesa para com a África não representam obstáculos à soberania dos líderes
autoritários africanos. O modelo de cooperação da China não inclui condicionalidades a
estes países, isto decorre do fato de que a China preocupa-se primordialmente com o
âmbito econômico. Assim, a influência da China configura-se na sua aproximação e, até
mesmo, apoio às elites governamentais autoritárias africanas, sendo que por meio deste
apoio, a China garante a segurança do abastecimento energético e recursos naturais – os
seus interesses primordiais na África e elementos fundamentais para o seu desenvolvimento
econômico e ascensão como potência mundial.

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