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Breve Tratado da Formação do Motto pela Fórmula Trina

Por K.G.Gomes

Em síntese, o motto é o juramento mágico do magista. É a declaração de intento


espiritual para o Universo. Corresponde, neste aspecto, as aspirações mais elevadas de
si, de seu trabalho pessoal e de sua jornada.
A função secundária do motto é ser uma proteção encarnada ao nome social do
magista. Se assemelha ao “nome de guerra”, que protege sua personalidade e ego
(isolando-o das influências externas e contendo seus rompantes internos) do mundo
comum. Desse modo atua como uma “máscara”, “escafandro” ou “manto” que cobre
simbolicamente o magista com esta ou aquela energia em específico.
Pensando nesse aspecto, elaborei uma fórmula adequada para a formação
consciente do motto que atenda esses dois princípios, como uma alternativa a outras
vias de aquisição, como a do recebimento do nome de aspiração por inspiração ou
mensagem divina.
Outro motivo pelo qual essa alternativa é mais salutar é a de que os mais
inexperientes não sabem escolher ou elaborar para si um motto, valendo-se de forma
equivocada de nomes de divindades ou fórmulas cabalísticas complexas sem entender
seus reais significados, funcionalidades e consequências.
Alguns exemplos que me vem sempre à memória e faço por bem citá-los: já
conheci uma estudante que, mesmo sob meus conselhos, os ignorou e escolheu como
motto “soror Shu”. Ela sabia que “Shu” se tratava de uma divindade egípcia ligada ao
elemento “Ar”, mas o escolheu muito mais pela similaridade da pronúncia da palavra
com seu nome social “Suelem” que pela “força” em si.
Quais, então, foram as implicações de tal equivocada escolha? Problemas de
concentração, dispersão, puerilidade em particular e toda sorte de qualidades
características do elemento ar. Entre os neopagãos é praticamente um padrão
nomearem-se com nomes de divindades sem atentar às consequências positivas e
negativas do que esses nomes se fundamentam. Os deuses possuem mitologias e lendas
dos quais as forças impregnadas aos nomes contextualizam os dramas particulares de
cada divindade.
Então, vemos neopagãos se dizendo “filhos de” ou “abençoados por” algum
deus particular de algum panteão popular, achando erroneamente que as implicações
são iguais as das religiões de matriz africana, das quais seus filhos de santo ou demais
adeptos possuem “pais” e “mães” de “cabeça”, como regentes. Não que não possam
existir semelhanças, mas a diferença está no fato de que no segundo caso esses adeptos
estão cobertos pela egrégora e corrente espiritual que delimita as energias inerentes ao
praticante, plenamente adaptados ao trabalho de aperfeiçoamento dos mesmos.
O mesmo sentido pode ser dado aos nomes iniciáticos dados pelos gurus
indianos aos seus discípulos, como uma forma de proteção e reconhecimento por
iniciação em uma tradição. Mas é deveras temerário se chamar “Odin”, sem saber que a
maioria de seus adeptos possui um certo “azar” pelo fato de “Odin” não somente ser um
“pai protetor”, como também um “trickster” mais cruel que “Loki”.
Me pondo na berlinda, mesmo eu reconheço que já cometi esse tipo de erro,
escolhendo para mim em determinados momentos de minha jornada iniciática nomes
como “Harpócrates”, e sofrer episódios de “silêncio” forçado ou “Abraxas” e não ter
obtido idéias mais “claras” em meus estudos.
Entretanto, quando são de natureza revelada, seja por sonho ou inspiração
consciente, são apropriados. Uma grande amiga já obteve por revelação em sonho lúcido
o nome “Isis de Vênus” o seu juramento, como uma combinação de duas divindades
com um resultado-fim mais benéfico. Eu mesmo já recebi de forma semelhante, do qual
no sonho eu recitava um trecho do Evangelho de Lucas (cap. 12, vers. 34), do qual
formei “Cordis Solis” o nome.
Posso citar o caso de um antigo instrutor que me relatou ter escolhido de forma
comum o nome de um espírito da goécia como nome. Em relato, ele mesmo já tinha
tencionado mudar de nome, sabendo do padrão de fracasso sofrido por outros adeptos,
ao que foi aconselhado a não fazê-lo...pelo próprio daemon. Nesse caso há uma relação
de proteção conferido pela entidade que conscientemente se afeiçoou a algum aspecto
do caráter particular do magista. Outros casos na literatura mágica e esotérica são bem
populares, como o dos astrólogos Raphael e Sepharial.
Eu meu caso, a revelação do nome foi provocada mediante ritual. À época eu
não tinha em mente nenhum nome, quando um instrutor da época em que era
probacionista da A.’.A.’. me instou a perguntar ao Tarot uma forma de achar meu nome.
A carta que retirei era o Arcano Maior “Hierofante”. Feito o ritual apropriado, não
demorou muitos dias até recebê-lo por breve cochilo durante a tarde.
Quanto a elaboração cabalística, nem todos saberão tirar real proveito. Além
disso, qual a funcionalidade de ser necessariamente em hebraico? Saber apenas sua
guematria? Decerto é importante para quem SABE usar com o CONHECIMENTO
correto, mas em sua maioria são magistas imbecis que adoram especular com mottos
complicados como “Aiwass418”, “LAM555”, “Lilith-Babalon”, achando que a jornada
espiritual e a Grande Obra estão tabeladas na “Árvore das Vidas” ou no “Liber 777”.

Cegos guiando cegos.

O Método.

O método trabalha sob a ótica semântica e simbólica das palavras, trabalhando


sob quatro camadas de interpretação, que mais se aproximam da essência do misticismo
e da Cabalá sem a necessidade do idioma hebraico, podendo ser construído em
português vernacular.

As camadas são:

● O sentido literal;
● O sentido alegórico;
● O sentido comparativo;
● O sentido místico;
A fórmula consiste em combinar “Virtude” + “Objeto” + “Elemento”, para a
formação final do motto.

A “Virtude” é o aspecto mais elevado a que o magista aspira. Imaginemos que a


um buscador que esteja agora aspirando à Iniciação a virtude mais elevada que ele
aspire seja o “Conhecimento”, como o conhecimento das coisas sagradas.
Em seu sentido literal, o “Conhecimento” a ser trabalhado decorre da busca por
apreensão e absorção de conhecimento cognitivo, enquanto no sentido alegórico o
conhecimento passa a ser daquilo que está oculto da realidade aparente das coisas, e em
seu sentido mais místico, o conhecimento inato das coisas, que o aproxime do patamar
divino, que culmina com o píncaro da Grande Obra: o “Conhecimento & Conversação
com o Santo Anjo Guardião”.

O “Objeto” é o elo protetor do nome, que visa utilizar ao modo dos xamãs as
melhores qualidades a serem incorporadas na personalidade do magista, funcionando
como um “familiar” ou “guardião” simbólico de seu caráter.
Nesse sentido, o magista desse hipotético exemplo escolhe para si o nome
“Serpente”, um animal de sangue frio, associado em algumas culturas ao veneno e ao
mal. Na bíblia a sua associação está ligada ao aspecto cognitivo em si, de “inteligência”,
reforçado pelo caráter simbólico de sua imagem e mistério, servindo de ícone para as
ciências médicas e a Alquimia.
Para a Cabalá a serpente acaba sendo o aspecto de ascenção do magista,
também vinculando-a a mística força inerente a “kundalini”, que percorre da base
espinhal e culmina com a abertura de poder em todos os chacras para a iluminação do
homem em todas as suas facetas. Em seu aspecto mais destrutivo, a serpente pode estar
vinculada ao mitológico Tifón, detruindo a natureza representada por Osíris para
provocar a sua regeneração simbolizada por Ísis. A troca de peles representa constante
transformação também.
Por fim, a escolha do “Elemento” atua como um aspecto de energia a ser
trabalhada pelo magista, podendo ser um fenômeno natural, um mineral, uma direção
cardeal, um dos quatro elementos, uma raiz, etc.
O magista do exemplo adota a “Luz” como o elemento trabalhado,
representando o desejo de trabalhar com o melhor e mais luminoso aspecto de seu
caráter pessoal, ligando com a parte mais elevada do “ruach”, como o “Espírito Santo”.

Nesse sentido, em síntese, assim formamos o seguinte juramento:

“O Conhecimento da Serpente de Luz”

Decompondo o nomes:

“CONHECIMENTO SERPENTE LUZ”

“CONHEIMT SRP LUZ”

“CONHEIMTSRPLUZ”

Reorganizando o nome:

“SOL-TUR ZHEMPIN”

O nome não precisa ser organizado para ter uma lógica literal óbvia, mas ao
magista caberá o conforto e a liberdade de tentar retirar a melhor associação simbólica
possível para a construção do motto como resultado das três energias simbólicas
trabalhadas. “Sol-Tur” na mente de um magista criativo atua tanto como assemelhado
ao “Sol” (representando a Grande Obra solar, bem como ao Santo Anjo”, e “soltur” a
“Sultur”, demônio do fogo da mitologia nórdica.
O segundo nome “Zhempin” não precisa ter significado aparente, mas atua
como a segunda parte do nome principal, que deverá estar oculta do conhecimento do
público, dando confiança ao magista de trabalhar publicamente com seu primeiro nome
sem medo de ser usado facilmente por terceiros mal-intencionados.

Forjando a Força Divina ao Nome

O último passo é acrescentar a força do verbo divino para conferir proteção e


autoridade divina ao motto, se assemelhando a algo como “motto, protegido por Deus”.
Na obra “Os Três Livros de Filosofia Oculta”, Cornélius Agrippa sugere o acréscimo das
dos sufixos “El”, “Iah”, “Jah” ou “On”.

Com isso, o magista forja ao fim o seu motto como o seguinte:

“Sol-Tur Zhempin-On”

Além da proteção pela “força”, obtém-se também proteção por “ocultamento”,


do qual Deus tanto se “revela” quanto se “esconde” na força do juramento, de modo que
afasta o motto do profano e dos inimigos do magista ao nome consagrado a Deus.

Síntese do esquema simbólico:

● 1ª Camada: O Juramento como Intento;


● 2ª Camada: A Decomposição dos Nomes para a formação de um novo (01º
Ocultamento);
● 3ª Camada: A Formação de um novo Nome (02º Ocultamento);
● 4ª Camada: Acrescentando o nome de “Deus” (02ª Força, 03º
Ocultamento);
● 5ª Camada: Síntese, significados externos simbólicos do nome, uma nova
força;

Formando o Sigilo a partir da RC Hermética:

“Sol-Tur”

“Zhempin”
“On”
Sigilo Final (seu uso será explanado em outro tratado):

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