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Nº 7, Fevereiro de 2018

Guia Prático de Atualização


Departamento Científico
de Adolescência

Anticoncepção na Adolescência

Departamento Científico de Adolescência


Presidente: Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo
Secretária: Evelyn Eisenstein
Conselho Científico: Beatriz Elizabeth Bagatin Veleda Bermudez, Elizabeth Cordeiro Fernandes,
Halley Ferraro Oliveira, Lilian Day Hagel, Patrícia Regina Guimarães,
Tamara Beres Lederer Goldberg
Colaboradores: Cesar Fernandes (FEBRASGO), Darci Vieira da Silva Bonetto,
Iolanda Maria Novadzki, Jaqueline Pedroso de Abreu,
Karine Ferreira dos Santos, Marta Francis Benevides Rehme,
Rogerio Bonassi (FEBRASGO)

requerem medidas urgentes de planejamento e


Introdução
ações. As taxas de gravidez na adolescência são
maiores nos estados do Norte do Brasil. Dessas
O uso de contraceptivos hormonais, existen- mães adolescentes, sete de cada 10 eram afro-
tes há mais de 50 anos, continua tema de estudos descendentes ou pardas, e seis de cada 10 não
e controvérsias, em especial quando se trata de estudavam nem trabalhavam, indicando que tal-
adolescentes1. Por um lado, a fecundidade decli- vez a maternidade fosse seu único projeto de
nou em todos os grupos etários nos últimos dez vida ou que tenham ocorrido por falta de infor-
anos, sendo que as jovens de 15 a 19 anos repre- mação adequada. Estima-se que no Brasil uma
sentaram pela primeira vez uma exceção, com um em cada cinco mulheres será mãe antes de fina-
crescimento de 25% entre 1991 e 2000. Tal au- lizar a adolescência, fato bastante preocupante3.
mento verificou-se entre as adolescentes menos Faltam programas eficientes no nosso país espe-
escolarizadas, mais pobres e naquelas morando cíficos e voltados para adolescentes.
em áreas urbanas, além do que as gestações não
Embora as estratégias de prevenção à gravi-
planejadas ocorreram mais precocemente2.
dez na adolescência tenham evoluído, ainda per-
Embora entre 2000 e 2015 tenha ocorrido manecem dúvidas e preconceitos mesmo entre
um decréscimo de 4% nas gestações dessas profissionais de saúde. Os que negam contracep-
adolescentes entre 15 e 19 anos, os dados do ção aos adolescentes o fazem, não só por desco-
Ministério da Saúde revelam que em 2014 nas- nhecimento técnico, mas com frequência por de-
ceram 28.244 crianças filhos de meninas entre saprovação pessoal à atividade sexual nessa fase
10 e 14 anos e 534.364 crianças de mães com de vida4. No entanto, o desenvolvimento sexual
idades entre 15 e 19 anos, dados alarmantes que ocorre nesta fase da vida e é indispensável que o

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Anticoncepção na Adolescência

pediatra esteja preparado para orientar adequa- ser realizada com o conhecimento do adoles-
damente de modo individualizado. Conforme o cente, mesmo que sem a sua anuência.
Centers for Disease Control and Prevention (CDC),
3) O adolescente tem direito à educação sexual,
um número maior de adolescentes usaria os mé-
ao acesso à informação sobre contracepção,
todos mais indicados se os médicos fossem bem
à confidencialidade e ao sigilo de sua ativi-
informados sobre sua efetividade e segurança5.
dade sexual, e ainda direito à prescrição de
Além disso, a Academia Americana de Pedia- métodos anticoncepcionais, respeitadas as
tria destaca o papel dos pediatras como de grande ressalvas do Art. 74, Código de Ética Médica.
importância na prevenção da gestação inoportuna O profissional que assim se conduz não fere
na adolescência6. Tal importância advém da rela- nenhum preceito ético, não devendo temer
ção em longo prazo com seus pacientes e familia- nenhuma penalidade legal.
res, o que facilita a abordagem de temas delicados 4) Em relação à prescrição de anticoncepcionais
dentre os quais a sexualidade e a contracepção. para menores de 14 anos, a presunção de estu-
pro deixa de existir quando o profissional pos-
Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Pe-
sui informação de sua não-ocorrência. Nesse
diatria elaborou este documento de atualização
caso, devem ser consideradas todas as medi-
em conjunto com a Federação Brasileira de Gi-
das cabíveis para melhor proteção à saúde da
necologia e Obstetricia. Deve-se sempre nesta
paciente, conforme a Lei nº 8069-90-Estatuto
faixa etária enfatizar a dupla proteção, isto é,
da Criança e do Adolescente (ECA), o que retira
mesmo usando métodos contraceptivos, o uso
qualquer possibilidade de penalidade legal.
concomitante do preservativo é indispensável.
5) O avanço do suporte legal na proposta ética
é dado pelo ECA, 1990, e pela revisão da ONU
Aspectos éticos na prescrição de na Conferência Mundial de População e De-
anticoncepcionais para adolescentes senvolvimento8.

O Conselho Federal de Medicina emitiu pa-


Em novembro de 2002, médicos brasileiros recer favorável à anticoncepção de emergência
e outros profissionais de saúde com experiência na RESOLUÇÃO Nº 1.811, DE 14 DE DEZEMBRO
no atendimento de adolescentes reuniram-se DE 2006:
para discutir aspectos polêmicos que envolvem
“Aceitar a Anticoncepção de Emergência como
o descompasso entre a proposta ética e o res-
método alternativo para a prevenção da gravi-
paldo legal da contracepção na adolescência. As
dez, por não provocar danos nem interrupção
conclusões desse fórum seguem-se abaixo7:
da mesma. Cabe ao médico a responsabilidade
1) O espaço privado de consulta é direito do pela prescrição da Anticoncepção de Emergên-
adolescente, independentemente da idade, cia como medida de prevenção, visando inter-
de ser atendido sozinho ou acompanhado ferir no impacto negativo da gravidez não pla-
por adulto, inclusive durante o exame físico. nejada e suas consequências na Saúde Pública,
Essa postura vem do reconhecimento de sua particularmente na saúde reprodutiva. Para a
autonomia e individualidade. prática da Anticoncepção de Emergência pode-
2) A confidencialidade é outro direito do ado- rão ser utilizados os métodos atualmente em
lescente, reconhecida no artigo 74 do Código uso ou que porventura venham a ser desen-
de Ética Médica. A quebra do sigilo também é volvidos, aceitos pela comunidade científica e
prevista no mesmo artigo, sendo necessária que obedeçam à legislação brasileira, ou seja,
nos casos de suspeita ou certeza de violência que não sejam abortivos. A Anticoncepção de
sexual, no diagnóstico firmado de HIV/Aids e Emergência pode ser utilizada em todas as eta-
de gravidez em menores de idade, devendo pas da vida reprodutiva”.

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Na versão atualizada em 2009, o Código de No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde do


Ética Médica no capítulo IX, Art. 74, preserva o Adolescente (PeNSE), nas versões de 2009 e de
princípio de que: 2012, observou que respectivamente 20,5% e
“É vedado ao médico revelar sigilo profissio- 28,7% dos estudantes do nono ano do ensino
nal relacionado a paciente menor de idade, fundamental (13-15 anos) já tinham iniciado a
inclusive a seus pais ou representantes legais, vida sexual12.
desde que o menor tenha capacidade de discer- A versão da PeNSE, 2015, apontou que 27,5%
nimento, salvo quando a não revelação possa dos escolares dessa mesma faixa já haviam vi-
acarretar dano ao paciente”. venciado a primeira relação sexual, sendo que
Respaldo importante à anticoncepção para 19,5% desse percentual eram de meninas13.
adolescentes foi a estruturação do documen- Além de variar de acordo com o gênero, a ida-
to Marco Teórico e Referencial - Saúde Sexual de da primeira relação foi distinta nas diversas
e Reprodutiva de Adolescentes e Jovens pelo regiões do país, sendo a idade menor no Norte
Ministério da Saúde (MS) em 2006, que reforça (36,1%) e maior no Sudeste (25%)13. Também
direitos anteriormente determinados pelo ECA, houve diferenças de acordo o tipo de escola pú-
1990, e pela ONU em 1991 e 19958. Mais uma blica (31,5%) ou escola privada (15,5%)16.
vez, os principais direitos são a privacidade e a
O início da vida sexual insere os adolescentes
confidencialidade no atendimento, além do di-
em contextos de vulnerabilidades às IST e HIV/
reito ao sigilo profissional, educação sexual e à
Aids, gestação não planejada e aborto, além de
prescrição de métodos anticoncepcionais9.
transtornos depressivos14. Assim, o uso de méto-
No âmbito internacional, diversas organiza- dos contraceptivos de barreira, principalmente o
ções de saúde também recomendam a confiden- preservativo masculino, é desejável e fortemente
cialidade nas consultas médicas durante a abor- recomendável. Estudos realizados com adoles-
dagem de temas referentes à contracepção e às centes brasileiros revelam que o uso de métodos
Infecções sexualmente transmissíveis (IST) em contraceptivos na última relação sexual varia en-
adolescentes6. tre 75,0% e 86,0%, sendo o preservativo mascu-
lino e a pílula oral os mais utilizados15.
Portanto, o reconhecimento dos adolescen-
tes como sujeitos de direitos sexuais e reprodu- Também há de se considerar a puberdade
tivos é essencial para a construção e efetivação antecipada pela tendência secular da menar-
de políticas e programas, na busca mais saudável ca, cada vez mais precoce, os estímulos sexu-
para a vida adulta. ais intensos e constantes dirigidos aos jovens,
bem como as características próprias da fase: a
busca do novo, a sensação de onipotência e in-
Início da atividade sexual vulnerabilidade, a vivência temporal singular, a
separação progressiva dos pais, a tendência e
influência grupal, a necessidade de autoafirma-
A iniciação sexual é um evento que tende a ção, o pensamento mágico, a curiosidade entre
ocorrer majoritariamente durante a adolescên- outros fatores que impulsionam novas experiên-
cia10, gerando necessidades específicas de edu- cias, incluindo a prática da sexualidade16,17.
cação para a sexualidade e contracepção nessa
fase11, além de esclarecimentos detalhados so- Vários são os fatores associados à adoção
bre as infecções sexualmente transmissíveis e a de comportamentos sexuais desprotegidos, se-
necessidade de sexo seguro. É muito importante jam intrínsecos ou extrínsecos ao próprio ado-
nesta fase, reforçar e ampliar o autocuidado, a lescente, devendo ser sempre consideradas as
resiliência, e as informações adequadas sobre a questões socioculturais. Dentre esses fatores,
saúde e a sexualidade. destacam-se4,14,18-21:

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Anticoncepção na Adolescência

• Falta de acesso aos métodos contraceptivos, (UNFPA) aproximadamente metade dos nasci-
falta de orientação sobre o uso correto dos mentos ocorridos no país não foram planejados
mesmos, ou até desconhecimento sobre os as- e, dentre estes, 18% não foram desejados24. O
pectos do próprio corpo; pediatra deve estimular a informação de que a
• Negativa dos profissionais de saúde em pres- gestação deve ser sempre planejada e desejada.
crever, ou recusa de pais e educadores em in- Este atendimento deve ser individualizado e fei-
formar; to de forma adequada e completa.

• Receio de prejuízo à fecundidade e dos efeitos Contudo, deve-se lembrar que, apesar de sua
colaterais em longo prazo. Crenças religiosas correlação com indicadores de saúde negativos,
também podem exercer influência; tanto em sua causa como em suas consequên-
• Falta de projeto de vida, mau desempenho es- cias, nem sempre a gestação na adolescência é
colar e/ou profissional, pressão social para ca- indesejada ou ocorre sem planejamento. Não
sar ou para engravidar, dentre outras questões raro, vêm-se casais com menos de 18 anos nos
de gênero; ambulatórios específicos para essa população,
• Instabilidade e/ou falta de vínculo familiar, manifestando o desejo de ter filhos em breve ou
baixa autoestima; buscando ajuda porque não conseguem engravi-
dar, apesar da atividade sexual sem contracep-
• Dificuldade em assumir a própria sexualidade;
ção. Todos esses fatores devem ser levados em
• Uso de álcool, tabagismo e outras drogas;
conta no atendimento a essa população, não se
• Passado de abuso sexual, iniciação sexual preco- esquecendo de levá-los a refletir sobre as res-
ce, múltiplos parceiros ou monogamia seriada; ponsabilidades e possibilidades de criar um filho.
• Ter mãe, irmãs ou amigas que gestaram quando
adolescentes;
• Falta de dialogo, informação adequada e comu- Métodos anticonceptivos
nicação não eficiente dos profissionais de saú- na adolescência
de, professores e familiares.

O pediatra deve lembrar que, uma vez avalia-


da a necessidade ou demanda de contracepção, é
Gravidez na adolescência de grande importância não se adiar o seu início.
Caso o método considerado ideal não esteja pron-
A gravidez inoportuna entre adolescentes, en- tamente disponível, por exemplo, no caso dos
tendida como a que ocorre nas meninas entre 10 dispositivos intrauterinos (DIU) ou do implante,
e 19 anos, de maneira geral pode estar associada por depender de outro profissional, a prescrição
a diversas consequências negativas não só para a de algum método em caráter inicial é preferível e
saúde da mãe e do bebê, mas também para seu pode evitar a perda da oportunidade preciosa em
futuro. Segundo a OMS (2012) mães adolescentes promover um comportamento seguro.
têm maior risco de eclâmpsia, infecções puerpe-
rais, de terem filhos com baixo peso ao nascer, par- Além da atenção à saúde integral da adoles-
to pré-termo, morte neonatal, além de diminuírem cente, a contracepção deve incluir:
suas chances para oportunidades educação e tra- A. Apresentação de todos os métodos, mesmo
balho no futuro e insegurança pessoal22,23. que indisponíveis;
B. Avaliação da existência ou não de contraindi-
No entanto, ao pensar na saúde reprodutiva,
cações ao uso de algum deles;
deve-se ainda considerar que engravidar predo-
minantemente de maneira não planejada não é C. Ajuda na escolha do método - lembrando sem-
exclusividade de adolescentes. Segundo o Fun- pre que tal escolha é da adolescente ou do casal;
do de População das Nações Unidas no Brasil D. Confirmação dessa escolha;

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E. Enfatizar a dupla proteção – preservativos panha a escolha de alguns métodos, dificultando


sempre associados a outros métodos. sua adesão. Outros receios frequentes, para os
quais as adolescentes devem receber orientação
A FEBRASGO reforça o documento Medical
correta e individualizada, são a alteração de peso
Eligibility Criteria for Contraceptive Use da OMS,
corporal, ação sobre a pele, associação com infer-
em sua última versão, 2015, a qual aponta que
tilidade futura, dismenorreia, mudanças de humor
somente a idade não é razão para atrasar o uso
e possibilidade de episódios tromboembólicos,
de qualquer método reversível, e que questões
assim como enfatizar a importância do uso regular
sociais e comportamentais devem ser considera-
e constante9 e a avalição clínica periódica.
das de modo individualizado9.
Ressalte-se que qualquer método anticon-
Apesar da possibilidade do uso de vários mé-
cepcional apresenta algum risco, em maior ou
todos, a realidade demonstra que adolescentes
menor grau, sendo os principais a falha na con-
continuam engravidando em situações não pro-
tracepção e efeitos colaterais em curto e médio
gramadas, mesmo em países com grande preocu-
prazo. Fundamental é a recomendação de uso
pação para com essa faixa etária. A tendência dos
de preservativos sempre, mesmo em associação
especialistas é estimular a indicação e o uso dos
com outros métodos, para evitar as infecções se-
métodos reversíveis de ação prolongada, também
xualmente transmissíveis, além da gravidez.
conhecidos como Long-acting reversible contra-
ception (LARC), visando a maior efetividade an-
ticonceptiva9. Importante lembrar que nem todo
adolescente é atendido por especialista, mas to- Tipos de anticeptivos
dos necessitam de orientação e prescrição. Por-
tanto, o melhor anticonceptivo, é aquele de mais Os contraceptivos podem ser divididos em
facil acesso, menor custo, baixa dosagem, eficácia, hormonais e não hormonais. Entre os não hormo-
tempo de atuação, e possibilidade de reversão. nais encontram-se os métodos comportamentais,
Merece consideração especial a abordagem ao os mecânicos e os de barreira. Os índices de falha
sangramento irregular que com frequência acom- de cada método são observados na Figura 1.

Figura 1. Eficácia dos métodos contraceptivos

FONTE: 28.

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Anticoncepção na Adolescência

Contracepção não hormonal Métodos hormonais

a) Métodos comportamentais a) Anticonceptivos hormonais combinados:


contêm estrogênio e progestagênio, podendo
Incluem a lactação/amamentação (ou ame-
ser o anel vaginal, adesivo contraceptivo e
norreia lactacional), curva de temperatura basal,
anticonceptivo hormonal combinado oral
avaliação do muco cervical, a tabela de Ogino-
(ACHO). Aproximadamente nove em cada 100
-Knauss, o método sinto-térmico e o coito in-
mulheres engravidam no primeiro ano de uso
terrompido. Estes métodos requerem determi-
correto.
nação do período fértil, o que não é simples na
adolescente, pela disciplina e o conhecimento As adolescentes podem utilizá-los desde a
das mudanças físicas puberais, resultando em menarca, reconhecendo e utilizando seus be-
eficácia de média a baixa. Ressalta-se, que nos nefícios além da anticoncepção, como ação ad-
três primeiros anos pós-menarca, a ocorrência juvante no tratamento da tensão pré-menstrual,
de ciclos anovulatórios é frequente, causando regularização de ciclos em casos de anovulação
irregularidade menstrual, que pode compro- crônica e demais irregularidades menstruais; re-
meter mais ainda o uso dos métodos comporta- dução da dismenorreia, controle da endometrio-
mentais. Porém, no início da vida sexual podem se e dos sinais do hiperandrogenismo28.
ser os únicos recursos disponíveis: educam a
Apesar de não ser ideal na adolescência, a via
adolescente sobre seu ciclo reprodutor, aten-
oral é a mais utilizada para anticonceptivos com-
dem aquelas que por motivos religiosos ou filo-
binados. Pode-se optar por outras vias como a de
sóficos não se permitem usar outros métodos e
depósito, a transdérmica e a vaginal, que evitam
não têm custo, mas idealmente sempre deve ser
a primeira passagem hepática e interferência da
alertada a necessidade sistemática e concomi-
absorção gastrointestinal, permitindo níveis sé-
tante do preservativo.
ricos mais constantes e dosagens mais reduzidas
além de dispensar a tomada diária de pílula28.
b) Métodos de barreira
Entretanto, apesar de indicarem que os ní-
São representados pelos preservativos, dia-
veis de etinil estradiol (EE) se apresentariam re-
fragma e espermicida.
duzidos, a exposição ao estrogênio é 60% maior
O uso do preservativo é recomendado in- do que aquela observada quando são utilizados
dependentemente da indicação anticoncepti- anticoncepcionais orais contendo 35 micro-
va devido à sua ação preventiva em relação às gramas de EE. Dessa forma, o FDA tem alertado
IST e ao HIV. O preservativo masculino (maio- para uma possível associação ao incremento de
ria de látex) e feminino (poliuretano) são os efeitos tromboembólicos entre as usuárias dos
métodos que oferecem comprovadamente “patchs”28.
dupla proteção. Sua eficácia depende da téc-
Na avaliação prévia para sua prescrição, de-
nica e constância de uso, com índices de falha
ve-se observar a data da última menstruação,
do preservativo masculino em 15% na popu-
padrão menstrual, presença ou não de tensão
lação adulta sendo que, segundo Dayananda
pré-menstrual e ou dismenorreia primária28.
et al26, a falha é dez vezes maior entre adoles-
centes, quando comparados aos casais adultos. É fundamental avaliar contraindicações abso-
Por outro lado, o preservativo feminino tem fa- lutas dos estrogênios como hepatopatias graves,
lha entre 5% e 21%, é mais caro e de distribui- tireoideopatias descompensadas, doenças trom-
ção limitada, mas protege a genitália externa. boembólicas, gestação confirmada ou suspeita
Fundamental a informação correta sobre seu e avaliar o histórico de cefaleia com aura. Como
uso. rotina, realizar exame físico geral com verifica-

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ção de mucosas e escleróticas, pressão arterial, gênico é o etinilestradiol, em doses de 15μg a


peso corporal, palpação da tireoide e do abdome 30μg, associados a diferentes progestagênios,
(visceromegalias, principalmente hepática)28. em regimes de 21/7, 24/4 ou 28 dias, com maior
eficácia dos regimes sem intervalo31. Dois ACHO
contém estrogênios naturais em sua compo-
b) Anel vaginal: Anel flexível do polímero
sição - o valerato de estradiol e o 17 beta es-
evatane que libera dose diária de EE e de
tradiol. Têm ganhado o mercado as pílulas com
etonorgestrel, suprimindo a ovulação. É
estrogênio natural em sua apresentação, como o
inserido e retirado pela própria adolescente,
valerato de estradiol e o 17 beta estradiol. Elas
devendo permanecer em contato com a mucosa
foram desenvolvidas com o intuito de minimi-
vaginal por três semanas seguidas por uma de
zar os efeitos colaterais dos estrogênios sinté-
intervalo. Não interfere com a flora vaginal e
ticos28.
nem altera lesões intraepiteliais escamosas de
baixo grau cervicovaginais. Sua falha real é de
As apresentações podem ainda ser unifásicas
8%; é discreto e com bom controle de ciclo. O
ou multifásicas.
manuseio da genitália para sua colocação pode
dificultar o uso no início da vida sexual. Pode 1) Nas unifásicas todos os comprimidos pos-
ocorrer expulsão espontânea em 2% a 3% das suem a mesma dosagem hormonal,
pacientes28.
2) Nas multifásicas, as dosagens são variadas,
uso é um pouco mais complicado, uma vez
c) Adesivo transdérmico: libera dose diária que a ordem dos comprimidos deve ser se-
de EE e de norelgestromina suprimindo a guida estritamente, mas tem menor probabi-
ovulação. Deve ser trocado semanalmente por lidade de sangramentos irregulares durante a
três semanas, seguidas de uma de intervalo. cartela28.
A presença do adesivo pode dificultar, ou não,
sua aceitação entre adolescentes. Pode ocorrer Os progestagênios variam sua ação androgê-
desconforto mamário como nos demais métodos nica sobre pele, pelos e perfil lipídico: acetato de
hormonais. Além disso, podem ocorrer reações ciproterona, acetato de clormadinona; levonor-
dermatológicas locais. Sugere-se que a eficácia gestrel, desogestrel, gestodeno; drospirenona
declina em pacientes com peso igual ou maior (também com atividade antimineralocorticóide)
que 90 kg28. e dienogeste. Os produtos compostos de cipro-
terona apresentam indicação nos distúrbios an-
drógeno-dependentes que não responderam a
d) Anticonceptivo hormonal combinado oral: outras medicações28.
o consenso para OMS é a prescrição de ACHO
de baixa dose, considerando adesão, falha Fármacos e drogas podem interagir com os
pelo esquecimento, abandono do método e contraceptivos orais por meio de alteração na
benefícios além da anticoncepção. O índice de ligação a proteínas séricas e aumento do meta-
falha real é de 8%28. bolismo hepático pela indução das enzimas do
citocromo P-450, podendo diminuir a eficácia do
Ao prescrever os ACHO, deve-se orientar às
outro e vice-versa, como barbitúricos (fenobar-
pacientes que sangramentos irregulares podem
bital e primidona, carbamazepina, oxcarbazepi-
ocorrer, sobretudo no decorrer da primeira car-
na, felbamate, fenitoína, topiramato e vigaba-
tela; se a paciente apresentar cefaleia com aura
trina), o que não ocorre com o ácido valproico,
é contraindicado o uso de ACHO. Tais orienta-
levetiracetam e zonisamida. Sobre a interação
ções evitam o abandono do método28.
com agentes anti-infecciosos, a rifampicina di-
Na maioria dos anticonceptivos hormonais minui o nível de esteroides em mulheres que
combinados de uso oral, o componente estro- usam ACHO28.

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Anticoncepção na Adolescência

massa óssea naquelas que ainda não atingiram


Anticonceptivos orais
seu o pico de ganho ósseo. Ainda não há con-
apenas com progestagênio
clusão definitiva sobre os efeitos sobre o futuro
ósseo: para pacientes maiores de 18 anos, não
Não estão associados ao estrogênio e são há restrição para sua prescrição; para pacientes
utilizados de maneira ininterrupta. Nove entre entre a menarca e 18 anos, seu uso continuado
100 mulheres engravidam no primeiro ano de depende de avaliação individual de riscos e be-
uso correto desse medicamento. Não interferem nefícios.
na densidade mineral óssea, apresentam pou-
cos efeitos adversos e poucas contraindicações. c) Mensal: inibe a ovulação e torna o muco
Produtos com acetato de noretindrona ou levo- cervical espesso. Por utilizarem estrogênio
norgestrel têm em comum a inibição inconstan- natural e não sintético, apresentam poucos
te da ovulação, efeitos androgênicos variáveis e efeitos comuns aos orais, como aqueles sobre
sangramento uterino imprevisível. Os produtos a pressão arterial, homeostase e coagulação,
com desogestrel podem ser utilizados além do metabolismo lipídico e função hepática. É uma
período de aleitamento, promovem uma inibição boa opção para adolescentes que não tenham
da ovulação eficiente, baixa ação androgênica, a disciplina da tomada diária da pílula ou
com tendência a amenorreia/sangramentos in- apresentem intolerância gástrica com a via oral28.
frequentes e melhora da dismenorreia28.

a) Anticonceptivos hormonais injetáveis Anticoncepção de emergência (AE)


(de uso trimestral ou mensal)

A primeira injeção deve ser feita a qualquer Tem indicação de uso após uma relação sexu-
tempo desde que a paciente não esteja grávida, al sem proteção, falha potencial de um método já
nos sete primeiros dias de início do sangramen- utilizado ou às vítimas de violência sexual. Deve
to, ou após, se houve abstinência sexual ou uso ser usada até 72 horas, reduz a possibilidade de
de outro método contraceptivo, pós-parto ou gravidez em 75%28. Mas pode ser utilizada até o
uso imediato trimestral para permitir aleitamen- quinto dia após a relação sexual desprotegida.
to materno e imediato após aborto28.
Sugere-se que tanto o levonorgestrel (pre-
ferencialmente), como comprimidos contendo
b) Trimestral: mais comum é o acetato de
EE acrescido de levonorgestrel (Método Yuzpe)
medroxiprogesterona que provoca espessamento
sejam oferecidos tão logo ocorra a relação des-
do muco cervical, altera o endométrio e inibe
protegida. Uso precoce maior eficácia.
a ovulação. Aproximadamente seis mulheres
entre 100 engravidam no primeiro ano de uso O uso isolado de levonorgestrel (dose única
típico desse medicamento. De baixo custo e de 1,5mg) é mais efetivo, sem os efeitos adver-
disponível pelo SUS, é indicada para usuárias sos do estrogênio. O mecanismo de ação varia:
de drogas antiepilépticas e em diabéticas sem se utilizada na primeira fase do ciclo menstru-
doença vascular. Pode causar aumento de peso al, impede a ovulação; se o uso é na segunda
(de 2kg a 3 kg), mastalgia, depressão, alterações fase, atua principalmente pelo espessamento do
no fluxo menstrual, amenorreia e atraso no muco cervical. Atualmente não há registros de
retorno da fertilidade em até um ano após sua que tenha efeitos teratogênicos, de que interfira
descontinuidade28. na implantação ou de que altere o endométrio28.

Há evidências de diminuição da densida- O levonorgestrel pode ser encontrado em


de mineral óssea ao longo do tempo de uso em dose única de 1,5mg ou de 0,75mg a cada
adolescentes, além de prejudicar a aquisição de 12 horas. Alguns autores sugerem que utilizando

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a apresentação em duas doses, os dois compri- Implante subdérmico de etonorgestrel (ISE)


midos sejam ingeridos ao mesmo tempo, uma
O Implanon® é uma haste flexível com 4cm de
vez que os efeitos colaterais não são mais inten-
extensão, de etileno vinil com acetato de etonor-
sos. Caso ocorram vômitos no período de até três
gestrel, um progestágeno, que deve ser implan-
horas após tomada, deve se oferecer um anti-
tado sob anestesia local na camada subdérmica
-emético e então repetir a dosagem.
da porção medial do braço, por profissional trei-
No caso de EE acrescido de levonorgestrel, nado. Como não é biodegradável, deve ser reti-
repetir dose se houver vômitos após uma hora rado após três anos de uso ou quando a paciente
de sua tomada, oferecendo anti-emético antes. desejar sua interrupção, sendo necessária uma
pequena incisão local. Sua ação contraceptiva se
Todos estes métodos devem ser utilizados
dá pela inibição da ovulação, espessamento do
em conjunto com os preservativos para evitar as
muco cervical e atrofia endometrial26.
infecções sexualmente transmissíveis.
Aproximadamente 40% das pacientes com
tal implante evoluem com amenorreia. Contu-
do, sangramentos irregulares não são raros. Com
Métodos mecânicos
alta eficácia, sua taxa de continuação entre ado-
lescentes que já são mães é maior quando com-
Dispositivo intrauterino (DIU) parada à das pílulas26.
No Brasil, há dois tipos principais de DIU, um
hormonal e outro não. O não hormonal, também Sistema intrauterino liberador de
conhecido como T de cobre ou T380A, está dis- levonorgestrel (SIU-LNG)
ponível na rede pública e pode ser utilizado por
O Mirena® é um dispositivo intrauterino com
adolescentes, independente de paridade. Junta-
levonorgestrel, cuja forma assemelha-se à do
mente com o DIU hormonal (sistema intrauteri-
DIU de cobre. A contracepção ocorre pela rea-
no de levonorgestrel, SIU-LNG) e com o implante
ção intrauterina tipo corpo estranho, além do
subdérmico de etonorgestrel, compõem hoje o
espessamento do muco cervical e atrofia endo-
grupo dos LARC, métodos de alta eficácia contra-
metrial. Justamente por esse espessamento do
ceptiva.
muco acredita-se que diminui a possibilidade de
Dois mitos são frequentes em relação aos infecções ascendentes por Chlamydia e Neysse-
DIUs: suposta ação abortiva e aumento da in- ria. Sua duração é de cinco anos. Entre os efeitos
cidência de doença inflamatória pélvica (DIP). colaterais estão o sangramento uterino irregular,
Contudo, o mecanismo de ação do DIU de cobre alterações de humor e acne26.
ocorre pela promoção de resposta inflamatória
endometrial, gerando um ambiente hostil à fun-
Long Acting Reversible Contraception (LARC)
ção dos espermatozoides26.
O DIU, o implante subdérmico e o SIU-LNG
Com relação ao aumento da incidência de
compõem o grupo dos LARC. Estes métodos têm
DIP e utilização de DIU, essa associação é rara
alta eficácia por não dependerem da adesão e
e, quando ocorre, está predominantemente re-
observância da usuária e independem do fator
lacionada ao período de inserção. Segundo re-
“esquecimento”. Menos de uma mulher dentre
comendação da OMS, 201027 mesmo nos casos
100 engravidam no primeiro ano de uso.
de diagnóstico de DIP após a inserção de DIU,
inicialmente não se faz necessária a retirada do No caso da contracepção em adolescentes,
mesmo, sendo o tratamento apenas medicamen- deve-se sempre ter em mente: o uso de méto-
toso29. Deve-se também orientar o uso concomi- dos que não exijam um regime diário pode ser o
tante de preservativos. ideal; adolescentes casadas são menos toleran-

9
Anticoncepção na Adolescência

tes em relação aos efeitos adversos, com índices • LARC são considerados o melhor custo-be-
maiores de abandono do método escolhido; a es- nefício para a ação contraceptiva em popula-
colha do método pode ser influenciada por fato- ções especiais tais como adolescentes, usu-
res como relações sexuais esporádicas e necessi- árias de drogas ilícitas e mulheres vivendo
dade de esconder a atividade sexual ou o uso de com HIV;
anticoncepção, e deve-se evitar que o custo do
• Mesmo para população feminina geral, a taxa
serviço e do método limite sua utilização28.
de eficácia dos LARC é superior à dos méto-
O documento Faculty of Sexual & Reproducti- dos de curta duração, o que torna os primeiros
ve Health Care (FSRH) apoia e reforça os benefí- uma excelente escolha contraceptiva;
cios dos métodos anticonceptivos reversíveis de • LARC são métodos nem sempre bem aceitos
ação prolongada e apoia a importância de acom- entre as adolescentes, mas apresentam maio-
panhamento médico próximo, principalmente res taxas de continuidade do que os anticon-
no primeiro ano de uso, período de altas taxas cepcionais hormonais de uso oral, principal-
de descontinuidade do método inicialmente es- mente em mulher adulta;
colhido9.
• LARC podem ser inseridos em qualquer mo-
Os LARC são apropriados para adolescentes mento, desde que haja segurança de que a
obesas, nulíparas, primíparas, diabéticas, hiper- adolescente não está grávida e em até cinco
tensas, com mutações trombogênicas, com HIV, dias após a relação desprotegida, mesmo que
doença hepática, doença cardiovascular ou imu- tenha sido a primeira relação; pós-parto e
nossuprimidas. Não afetam o ganho de massa ós- pós-aborto imediatos, na troca de outro méto-
sea, mas podem associar-se a acne. Atentar para do contraceptivo. Para certeza que não esteja
o fato de que DIU e Mirena® não são aconselha- grávida, deve-se prover outro método contra-
dos no caso de mulheres ou adolescentes com ceptivo imediatamente antes da inserção do
malformações uterinas. Além disso, é contraindi- DIU.
cado o uso de DIU se existe DIP no momento da
Todos estes métodos devem ser utilizados
inserção. Em adolescentes com anemia falcifor-
em conjunto com os preservativos para evitar as
me é recomendado anticonceptivo oral somente
infecções sexualmente transmissíveis.
com progestagênios ou DIU com levonorgestrel
ou o implante subdérmico28. As demais anemias
são tratadas com anticonceptivo hormonal com- Métodos cirúrgicos permanentes
binado continuo. (vasectomia e laqueadura tubária)

Portanto: São de uso excepcional na adolescência. Só


estariam justificados em condições clínicas ou
• Seguros e práticos, os LARC possuem altos
genéticas nas quais seja imperativo evitar a gra-
índices de satisfação principalmente por não
videz permanentemente. A lei do Planejamen-
necessitar que a mulher lembre de tomar um
to Familiar nº 9.263 de 12 de janeiro de 1996
medicamento todos os dias, na mesma hora,
restringe métodos cirúrgicos em menores de 25
para garantir a ação contraceptiva. Por esse
anos com menos de dois filhos9.
motivo, pode ser uma boa opção para jovens
no início da vida sexual, que costumam falhar
na utilização correta de medicação oral;
Considerações finais
• A contracepção de longo prazo evoluiu a par-
tir do conhecimento tecnológico da fisiologia
reprodutiva e seus efeitos colaterais são mí- Os adolescentes estão suscetíveis aos
nimos comparáveis com outros anticoncepcio- mais diversos riscos de saúde, sendo a ini-
nais; ciação sexual precoce um deles. A prevenção

10
Departamento Científico de Adolescência • Sociedade Brasileira de Pediatria

de danos à saúde deve incluir a promoção da


Recomendações
saúde sexual e reprodutiva com orientações
sobre práticas sexuais com reponsabilidade e
autonomia. • Todos os adolescentes têm direito de obter
informações adequadas sobre o uso de con-
Todos os esforços merecem ser realizados no
traceptivos e preservativos e a escolherem o
sentido de promover a contracepção adequada
método que lhes é mais adequado;
na adolescência e a informação sobre as infec-
ções de transmissão sexual. Assim, o profissional • A proteção contra IST é obtida pelo uso de pre-
também deve utilizar os benefícios da tecnolo- servativos, que também evitam gestação não
gia. Atualmente, existem lembretes digitais que planejada. Os demais métodos apenas evitam
minimizam o esquecimento dos anticonceptivos gravidez. Portanto, a orientação na adolescên-
orais, e pode-se sugerir o uso de aplicativos, cia, em todas as consultas, deve ser a DUPLA
como os que auxiliam no controle do ciclo mens- PROTEÇÃO;
trual e do período fértil, aumentando a adesão • A anticoncepção de emergência DEVE ser usa-
da jovem. da somente após relação sexual desprotegida,
O conceito de dupla proteção, porém, jamais como método exclusivo nas situações emer-
deve ser esquecido, em virtude da grande inci- genciais, incluindo violência sexual e falha no
dência de IST/Aids. Portanto, os adolescentes de- uso de preservativos;
vem ser lembrados de que, mesmo usando um • Cabe aos parceiros sexuais a decisão e a res-
método de alta eficácia, não pode dispensar o ponsabilidade sobre o uso dos contraceptivos
uso do preservativo, seja o masculino e/ou femi- e preservativos em todas relações sexuais;
nino.
• O médico pediatra ou o especialista em Medi-
De igual importância são os esforços para cina do Adolescente deve ser consultado em
o funcionamento e os custos de serviços pre- caso de quaisquer dúvidas e riscos sobre o uso
ventivos e dos métodos, para que não sejam de contraceptivos e questões da vida sexual e
fator limitador das opções, respeitando os reprodutiva de seus clientes;
critérios de elegibilidade médica. Outro as- • Além da recomendação sobre o uso de preser-
pecto fundamental será a orientação da ava- vativo, o profissional deve orientar sobre as
lição ginecológica conjunta para a melhor es- formas de acesso ao mesmo e como proceder
colha da anticoncepção e acompanhamento em caso de acidentes, como ruptura.
periódico.
• As adolescentes devem ser acompanhadas por
A adesão ao uso do anticonceptivo está na ginecologista de modo periódico após a inicia-
dependência da conscientização da adolescente ção da vida sexual. Compete ao pediatra refor-
sobre os riscos da relação sem proteção. çar a importância do preventivo.

11
Anticoncepção na Adolescência

MATERIAL COMPLEMENTAR (Editado pelos autores)

CONTRACEPÇÃO HORMONAL - Métodos somente com Progestagênios

Nome comercial® Progestagênio

Micronor, Norestin 0,35 mg N

Cerazette, Nactali 0,075 DG

Postinor 2 / Pozato/ Minipil post/ Pilem


0,75 mg LN
(Contracepção de emergência)

Pozato Uni/ Neodia 1,5 mg LN

CONTRACEPTIVOS COMBINADOS ORAIS - Exemplos

Nome comercial ® Estrogênio Progesterona

Mirelle; Minesse/ Siblima/


15 mcg EE 0,60 mg G
Adoless, Minima, Alexa, Tantin

Femiane/ Harmonet/ Diminut/ Micropil/


20 mcg EE 0,75 mg G
Ginesse, Tamisa 20, Allestra 20

Gynera, Minulet, Tamisa 30, Micropil 30 mcg EE 0,75 mg G

Mercilon / Femina / Primera 20 /


20 mcg EE 0,15 mg DG
Minian / Malú / Kelly

Microdiol/Primera 30; Desodiol 30 mcg EE 0,15 mg DG

20 mcg EE (21) + placebo (2)


Mercilonconti 0,15 mg DG
+ 10 mcg EE (5)

DG 0,025 (7) +
Gracial EE 40 mcg
DG 0,125 (15)

Level 20 mcg EE 0.10 LN

Microvlar / Nordette /Gestrelam/Ciclo 21 30 mcg EE 0,15 mg LN

Diane / Selene/ Ferane 35 mcg EE 2 mg Ac C

Yaz,Iumi, Niki 20 mcg EE 3 mg Drospirenona

Yasmin, Elani ciclo; Liara, Molière, Dalyne 30 mcg EE 3 mg Drospirenona

Belara, Aixa 30 mcg EE Clormadinona 2 mg

Stezza 1,5 mg E2 Ac Nomeg 2,5 mg

VE 3mg (2 cp) + VE 2mg + DNG 2mg (5cp) + VE 2 mg +


Qlaira2 DNG 3 mg (17 cp) + VE 1 mg (2 cp) + placebo (2 cp) –
Caixa 28 comp

EE 30 mcg + LN 0,05mg (6 cp) + EE 40 mcg+


Trinordiol / Levordiol
LN 0,075 mg (5cp) + EE 30 mcg + LN 0,125 mg (10 cp)

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Departamento Científico de Adolescência • Sociedade Brasileira de Pediatria

CONTRACEPTIVOS NÃO ORAIS

Tipo Estrogênio Progesterona Nome comercial®

VE 5 mg EnNoretist 50 mg Mesigyna/ Noregyna

Injetável mensal EnE 10 mg AcAlg 150 mg Perlutan / Preg-Less

CipE 5 mg AMP 25 mg Cyclofemina/ Depomês

Injetável trimestral — AMP 150 mg Depoprovera /Contracep

Implante — Etonogestrel 68 mg Implanon

Transdérmico (adesivo) EE 20 mcg/dia Norelgestromina 6 mg Evra

Anel Vaginal EE 15 mcg ENG 120 mcg Nuvaring

Legendas

PROGESTERONAS ESTROGÊNIOS
Ac Alg Acetofenido de Algestona CipE Cipionato de Estradiol
Ac Nomeg Acetato de nomegestrol E Estradiol
AcC Acetato de ciproterona EE Etinilestradiol
AMP Acetato de medroxiprogesterona EnE Enatanto de Estradiol
DG Desogestrel VE Valerato de estradiol
DNG Dienogeste
EnNoretist Enantato de Noretisterona
ENG Etonogestrel
EM Etonorgestrel
G Gestodene
LN Levonorgestrel
N Noretisterona

13
Anticoncepção na Adolescência

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15
Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: Carmen Lúcia Bonnet (PR) Altacílio Aparecido Nunes (SP)


Luciana Rodrigues Silva (BA) Adriana Seber (SP) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)
1º VICE-PRESIDENTE: Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Flávio Diniz Capanema (MG)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Fabiana Carlese (SP) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA
2º VICE-PRESIDENTE: Renato Procianoy (RS)
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA E COORDENAÇÕES:
EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
SECRETÁRIO GERAL: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ) Maria Marluce dos Santos Vilela (SP)
EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
1º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
Cláudio Hoineff (RJ) Hélcio Villaça Simões (RJ)
CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Gil Simões Batista (RJ)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Mauro Batista de Morais (SP) Sidnei Ferreira (RJ)
3º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Isabel Rey Madeira (RJ)
José Hugo de Lins Pessoa (SP) Sandra Mara Amaral (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
DIRETORIA FINANCEIRA: Maria de Fátima B. Pombo March (RJ)
Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Sílvio Rocha Carvalho (RJ)
REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Consortium) Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Ricardo do Rego Barros (RJ) COORDENAÇÃO DO PRONAP
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Francisco José Penna (MG) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros: Fábio Ancona Lopez (SP)
DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA
Hans Walter Ferreira Greve (BA) Marun David Cury (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
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Alberto Jorge Félix Costa (MS) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL
Sidnei Ferreira (RJ) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Analíria Moraes Pimentel (PE) Cláudio Leone (SP)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Cláudio Barsanti (SP)
Paulo Tadeu Falanghe (SP) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
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COORDENADORES REGIONAIS: Mário Roberto Hirschheimer (SP) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Norte: João Cândido de Souza Borges (CE) Rosana Fiorini Puccini (SP)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) COORDENAÇÃO VIGILASUS COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Nordeste: Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Rosana Alves (ES)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Suzy Santana Cavalcante (BA)
Sudeste: Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Luciano Amedée Péret Filho (MG) Edson Ferreira Liberal (RJ) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Sul: Célia Maria Stolze Silvany ((BA) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Kátia Galeão Brandt (PE) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Centro-oeste: Elizete Aparecida Lomazi (SP) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Regina Maria Santos Marques (GO) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Isabel Rey Madeira (RJ) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: Jocileide Sales Campos (CE) Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Marun David Cury (SP) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Assessoria de Relações Institucionais: Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Álvaro Machado Neto (AL) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria de Políticas Públicas: Cecim El Achkar (SC)
Mário Roberto Hirschheimer (SP) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Tânia Denise Resener (RS)
Rubens Feferbaum (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Normeide Pedreira dos Santos (BA) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Sérgio Luís Amantéa (RS)
Adolescentes com Deficiência: DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
Dirceu Solé (SP) Gil Simões Batista (RJ)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Aurimery Gomes Chermont (PA)
Assessoria de Acompanhamento da Licença Lícia Maria Oliveira Moreira (BA)
COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Maternidade e Paternidade: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Luciana Rodrigues Silva (BA)
João Coriolano Rego Barros (SP) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Lopes Miralha (AM) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Assessoria para Campanhas: Paulo César Guimarães (RJ) Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) Cléa Rodrigues Leone (SP)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
GRUPOS DE TRABALHO: COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Drogas e Violência na Adolescência: Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Evelyn Eisenstein (RJ) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL: Herberto José Chong Neto (PR)
Doenças Raras: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ruth Guinsburg (SP) DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Cláudio Barsanti (SP)
Atividade Física COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Coordenadores: Gilberto Pascolat (PR)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ) Kátia Laureano dos Santos (PB)
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA Isabel Rey Madeira (RJ)
Membros: Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA Valmin Ramos da Silva (ES)
Patrícia Guedes de Souza (BA) PEDIÁTRICA (CANP) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Virgínia Resende S. Weffort (MG) Tânia Denise Resener (RS)
Profissionais de Educação Física:
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS João Coriolano Rego Barros (SP)
Alex Pinheiro Gordia (BA) Victor Horácio da Costa Júnior (PR) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Isabel Guimarães (BA) PORTAL SBP Marisa Lopes Miranda (SP)
Jorge Mota (Portugal) Flávio Diniz Capanema (MG) CONSELHO FISCAL
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA Titulares:
Colaborador: José Maria Lopes (RJ) Núbia Mendonça (SE)
Dirceu Solé (SP) Nélson Grisard (SC)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Metodologia Científica: Altacílio Aparecido Nunes (SP) Suplentes:
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Cláudio Leone (SP) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS João de Melo Régis Filho (PE)
Pediatria e Humanidade: Luciana Rodrigues Silva (BA) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Dirceu Solé (SP) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Presidente:
Christian Muller (DF) Joel Alves Lamounier (MG) José Martins Filho (SP)
João de Melo Régis Filho (PE) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Vice-presidente:
Transplante em Pediatria: Fábio Ancona Lopez (SP) Álvaro de Lima Machado (ES)
Themis Reverbel da Silveira (RS) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Secretário Geral:
Irene Kazue Miura (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Reinaldo de Menezes Martins (RJ)

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