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História da Cultura e das Artes

Módulo 6
A Cultura do Palco
Muitos palcos, um espetáculo
O Tempo

1618-1715
O Tempo

O tempo que vai de


1618-1715 é designado
de Antigo Regime.
Foi o período do
Barroco e do
absolutismo
monárquico.
O Tempo
Contudo, alguns historiadores consideram-no uma época de crise generalizada a
vários domínios:

• Conflitos armados por motivos religiosos,


económicos e políticos,. Ex. Guerra dos
Trinta Anos.
• Dissidências religiosas na Europa e no
interior dos próprios estados (resultantes da
Reforma e da Contrarreforma).
• Os Países Baixos conquistam a
independência em relação à Espanha e
tornam-se importantes repúblicas marítimas
e comerciais.
• Instauração do Absolutismo Régio
(Espanha, Portugal, Rússia e França, a
par do triunfo do Parlamentarismo
(Inglaterra).
O Tempo
O Tempo

D. João V Pedro, o Grande Catarina II da Rússia Luís XIV


O Tempo

Economia
• Mercantilismo

Sociedade
• Sociedade de ordens – estratificada e hierarquizada.

Cultura
• A convivência de opostos, entre a liberdade e a proibição na produção
cultural, artística, cientifica e técnica e na vida da corte versus misticismo.
Retrato de Luís XIV Jean François de TROY, Um almoço de caça, 1737
Antoine le Nain, Família de camponeses, óleo sobre tela,113 x 159 cm (1640)
Loius le Nain, A carroça, óleo sobre tela. 56 x 72 cm (1641)
Auto de fé – Terreiro do Paço, Lisboa
Os Palcos
CORTE
IGREJA
ACADEMIA
ÓPERA
O Espaço
 Corte – círculo de pessoas que rodeavam um grande
senhor: príncipe, bispo, aristocrata (também designa a
casa/palácio)
 Era habitada pela família do dignitário e sua
criadagem.
 No caso dos reis e príncipes a corte era frequentada
por outros nobres, diplomatas, embaixadores, artistas
e literatos.
 Os habitantes ou frequentadores da corte eram os
cortesãos.
O Espaço
 A corte – o modelo de Versalhes
 Corte-Estado de Luís XIV:
• Tinha por finalidade regulamentar as dependências sociais da
aristocracia através de um código de comportamentos e
etiqueta que orientavam os cortesãos para a obediência e
culto à pessoa do Rei.
• Tudo isto através de cerimónias e rituais específicos.
A
 corte de Luís XIV, símbolo do poder real exibiu luxo e
pompa, um ambiente requintado de aparência sedutora
que alimentava uma nobreza acrítica, fútil e sem profissão,
ocupada por uma vertigem de diversões: festas e bailes
galantes, sessões de leitura, representações teatrais com
ballet de cour, cerimónias e jogos esplendorosos, paradas,
caçadas e torneios.
Charles Le Brun, Chancellor Séguier at the Entry of Louis XIV into Paris,1655-1661, óleo
sobre tela, 295 cm x 351 cm.
Claude Guy Hallé, Réparation faite à Louis XIV par le doge de Gênes
Francesco Maria Lercari Imperiale, 15 mai 1685, óleo sobre tela,1715
O Espaço
 A corte – o modelo de Versalhes
 Palácio de Versalhes – cenário do modelo do modelo
político e social de Luís XIV
 Em 1744, albergava 10 mil habitantes.
O Espaço
 A corte – o modelo de Versalhes O Palácio passou de 700
habitantes em 1664, para
10.000 em 1744.
Representou a monarquia
absoluta de 1682 a 1789.
Embora dentro do espírito
barroco, nas fachadas,
nos jardins e espelhos de
água, é também um
exemplo do classicismo
pela simetria, harmonia e
regularidade.
Versalhes é um
espetáculo posto num
palco onde tudo converge
para a glória do Rei:
arquitetura, pintura,
escultura, ornamentação,
Palácio de Versalhes mobiliário e jardins.
tecto do salão da paz
O Espaço
Outros Palcos
 A igreja:
 Palco da luta contra o Protestantismo e a favor da Contrarreforma;
 Igreja empenhada em seduzir os crentes, tinha as artes ao seu serviço;
 Utilização da imagem plástica, visual e auditiva como meio de
propaganda e de doutrinação.
O Espaço
Outros Palcos
 A Academia:
 Sociedades de escritores, artistas e cientistas formadas com o objetivo
de aprofundar as suas áreas do saber (Ex. Academia Francesa, criada
em 1634, Academia Real da Pintura e Escultura, 1648, Academia Real
da Dança, 1661)
O teatro e a ópera:
 O teatro e mais tarde a ópera foram usados como meios de
exaltação do Rei e da ocupação da corte;
 As representações ocupavam, nos palácios locais ao ar livre ou salas
próprias;
 As salas foram evoluindo ao estilo do teatro italiano.
Sala da Ópera do Palácio de Versalhes
A revolução científica
 O século XVII foi um tempo de revolução científica e de
racionalismo.
• A ciência tornou-se uma atividade profissional.

• Rompeu com misticismos e justificações teológicas e mágicas,


sem pôr em causa a existência de Deus.
• A física, a astronomia, a biologia e a química
demarcaram-se da metafísica do conhecimento empírico,
tornaram-se ciências autónomas.
Bases do método experimental Bacon e Galileu
Confirmação da teoria heliocêntrica Galileu
Lei da Gravitação Universal Newton
Para-Raios Benjamin Franklin
Pilha elétrica Volta e Galvani
Química moderna Lavoisier
Sistema de circulação do sangue Harvey

Passarola Voadora P. Bartolomeu de Gusmão

Balões de ar aquecido Exploração das ilhas do


Máquina a vapor oceano Pacífico
Microscópio
Exploração do oceano Ártico
Navegação pelo círculo polar antártico
Irmãos Montgolfier James
Watt Leeuwenhoek Bering
James Cook
La Pérouse
Arte e retórica – a arquitetura
O espírito do Barroco correspondeu a um tempo em que os
homens e mulheres, movendo-se como atores, representaram
a sua própria vida no palco que era o mundo.
Sendo mais que um estilo, o Barroco traduziu as convulsões do
seu tempo, um mundo abalado por conflitos sociais e
religiosos e todo o tipo de guerras.
Todas as formas de arte tinham uma dupla função – fascinar
os sentidos e transmitir uma forte mensagem ideológica.
Nas cerimónias religiosas, à pompa e ao esplendor
contrapôs-se um profundo sentido de fé e crença religiosa, e
ao prazer dos sentidos a consciência objetiva da morte.
Barroco

Renascimento Barroco

 Equilíbrio, medida,  Movimento, ânsia de


sobriedade, racionalismo novidade, amor pelo
e lógica.
infinito, pelos contrastes
e pela misturas de
todas as artes.
 Sereno, comedido  Dramático, teatral,
exuberante;
 Apela à razão  Apela ao instinto, aos
sentidos, à fantasia
Barroco
 A arte barroca destina-se a persuadir, a estimular as
emoções pelo movimento curvilíneo, real ou aparente, pelos
jogos de luz e sombra, pela busca do infinito, do teatral, do
fantástico e do cenográfico.
 Mais do que antes, consolida-se a associação entre a
Arte e o Poder.
Arquitetura Barroca

Arquitetura religiosa
O barroco arquitetónico nasceu da fantástica reconstrução que os papas da
Contrarreforma executaram em Roma, seguindo as diretrizes saídas do
Concílio de Trento.
Arquitetura Barroca

Arquitetura religiosa
Características:
Plantas de múltiplas formas: curvas,
elípticas, trapezoidais e até estreladas.
Nave única retangular alongada ou elíptica.

Planta da Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza Planta da Basílica de S. Pedro, 1656-57, Roma
Arquitetura Barroca

Arquitetura religiosa
Características:
Paredes ondulantes, cobertas de estuques, pinturas
ou talha dourada (em Portugal também de azulejos)
Coberturas: cúpulas e abóbadas de tamanho colossal
sustentadas, no exterior, por contrafortes decorados
e disfarçados por volutas ou orelhões.

Basílica de S. Pedro, 1656-57, Roma


Interior e cúpula
Arquitetura Barroca

Arquitetura religiosa
Características:
Fachada principal com uma acumulação de
decoração vertical (esculturas, cartelas,
frontões, colunas)
Linhas curvas, não só nos elementos
decorativos como também nas fachadas dos
edifícios (cujas formas são, por vezes,
onduladas), introduzindo-se, assim, contraste
e movimento na sua estrutura;
Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza
Arquitetura Barroca

Arquitetura religiosa
Características (interior):
A decoração no interior da igreja era feita para dilatar o espaço e
aumentar a noção de movimento.
1. As paredes cobrem-se de pinturas a fresco segundo linhas ondulantes,
com figuras voadoras e anjos que ascendem ao infinito, rodeados por uma
luz celestial na procura de Deus.
2. Pintadas em trompe-l’oeil, são valorizadas pela luz vinda dos janelões.
3. As composições reescrevem a história da religião, mostram o virtuosismo
dos pintores do Barroco.
Apoteose de Santo Inácio, Igreja de Santo Inácio de Loyola-Roma, Andrea Pozzo O trompe-l’oeil
Bernini, Praça de S. Pedro
Borromini ,Interior e exterior da Igreja de San Carlos alle Quattro Fontane (1638-1667).
Cúpula da Igreja da Santa Inês de Roma.
Cúpula da Igreja de Sant’Andrea della Valle, em Roma
Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza
Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza
Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza
Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza
Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza
Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza
Igreja do Senhor da Cruz em Barcelos, Portugal (1710) Torre dos Clérigos, Porto, Portugal (1754- 1763 )
Talha dourada no interior da igreja de S. Francisco no Porto
Interior da Igreja da Misericórdia (Viana do Castelo)
Fachada do Obradoiro (fachada principal, orientada a ocidente), da Catedral de Santiago de
Compostela.
Igreja de Santa Prisca, Taxco México
Igreja do Convento de San Francisco, Lima, Peru
Arquitetura Barroca

 Arquitetura civil
Características:
1. Expressão de um poder absolutista e capitalista: só os nobres, pontífices, alta
burguesia e reis construíam os seus palácios e villas.
2. Planta em U ou duplo U: permite uma maior articulação com o exterior, praças ou
jardins.
3. Fachada era a parte mais importante do palácio.
a) Pilastras colossais ligavam o rés-do-chão aos outros pisos (1º andar ou piano
nobile).
b) O corpo central e a porta eram as superfícies com mais decoração.
4. Interiormente o piano nobile tinha ao centro um grande salão de festas.
5. A ligar os diferentes andares existiam escadas com dois lanços simétricos.
6. A arte do jardim foi aqui desenvolvida e enriquecida com bosques, grutas,
labirintos:
a) Eram organizados segundo um eixo que seguia o eixo central do palácio.
b) Este eixo era dividido segundo um esquema de linhas transversais e radiais.
c) Este esquema criado em França passou a ser conhecido por Jardim à
Francesa.
Borromini, Oratorio dei Filippini (1667)
Guarini, Palácio Carignano (1679)
Palácio de Caça Stupinigi, 1729-1733, Itália, de Filipo Juvara
Palácio de Caça Stupinigi, 1729-1733, Itália, de Filipo Juvara (interior)
Louis le Vau e Jules Hardouin-Mansart , Palácio de Versalhes (1668-1690).
Nasoni, Palácio do Freixo, no Porto (meados do século XVIII).
Nasoni , Solar de Mateus, em Vila Real (princípios do século XVIII).
Ludovice, Palácio Nacional–Convento de Mafra (1717-1730).
Schloss Augustusburg Bruehl (Alemanha)
Wilanow Palace (Varsóvia)
Greenwich Hospital from Thames (Londres)
Koninlijk Paleis (Amesterdão)
Seaton Delaval Hall. Inglaterra
Chateau Vaux le Vicomte
Chateau de Maison Lafitte
Chateau de Dampierre en Yvelines
Copenhagen Amalienborg
Palácio de Barberini
Principais características
• Aparece muitas vezes associada à
arquitetura
• Gestos teatrais, repletos de dramatismo.
• Preferência por cenas ou posições em
movimento, de equilíbrio instável e por
formas serpentinadas de sentido
ascendente.
• Faces expressivas e roupas esvoaçantes,
criando efeitos de luz e movimento.
• Exuberância das formas.
• Realismo.

Principais escultores
Bernini Bernini, Apolo e Dafne (1622-1624)
 Materiais usados
 Mármore, bronze, ouro, prata, marfim, estuques, madeira policromada.
 Temas:
 Vidas de santos e mártires, temas marianos (os que dizem respeito à Sagrada
Família e à Imaculada Conceição), temas ligados à vida de Cristo (a Paixão e
o Calvário), à eucaristia, às virtudes cristãs e à figura papal. Os temas
tratados tinham funções didáticas e de autoafirmação da Fé e do poder da
Igreja Católica

Bernini, Ludovica,1674
Bernini, O Rapto de Perséfone (1622)
Bernini, David (1623-24)
Bernini, David (1623-24)
Bernini, David (1623-24)
Bernini, Apolo e Dafne (1622-1624)
Bernini, Baldaquino da Basílica de S. Pedro (1624-1633; bronze dourado com quase 30 m de altura).
Bernini, O Êxtase de Santa Teresa (1647-1652).
Bernini, O Êxtase de Santa Teresa (1647-1652).
Bernini, Ludovica,1674
Bernini, Ludovica (pormenor),1674
Bernini, Túmulo do Papa Alexandre VII
(1671-78). Mármores policromos, bronze e outras pedras. Basílica de S. Pedro, Roma.
Bernini, Túmulo do Papa Alexandre VII
(Pormenor)
Martino Longhi, Fachada da Igreja de S. Vicenzo de Atanazo (1646-1650)
Machado de Castro, Estátua de D. José I, na Praça do Comércio em Lisboa (1775).
Machado de Castro, Presépio da Madre de Deus, Lisboa

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