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O acidente é, por definição, um evento negativo, não planejado e indesejado do qual resulta
uma lesão pessoal ou dano material. Essa lesão pode ser imediata (lesão traumática) ou mediata
(doença profissional). Assim, caracteriza-se a lesão quando a integridade física ou a saúde são
atingidas. O acidente, entretanto, caracteriza-se pela existência do risco. Muitas vezes o acidente
parece ocorrer sem ocasionar lesão ou danos e alguns chamam esses acidentes de incidentes ou de
quase acidentes. Outros, preservando a definição, os chamam de acidentes sem lesão ou danos
visíveis. Nesse caso o prejuízo ou dano material pode ser até mesmo a perda de tempo associada ao
acidente.
Como exemplos de diferença, pode-se citar a exposição do trabalhador a ruído excessivo, que
é causada por ausência de isolamento acústico e/ou não utilização de protetor auricular. Como
consequência, há a perda auditiva ou uma doença profissional. Já a queda de um trabalhador de um
andaime, causada por ausência da proteção lateral do andaime e/ou não utilização de cinto de
segurança, acarreta fraturas diversas ou lesões traumáticas e/ou morte.
“Um programa eficaz de gestão de segurança não pode ter apenas como base os indicadores
atualmente praticados e controlados. Por essa razão, os coordenadores e a alta direção buscam algo
além dos métodos tradicionais de gestão de segurança, que tratam de temas básicos como a
cobrança pelo uso dos EPIs, aplicação dos procedimentos operacionais e o preparo no atendimento
às emergências. Uma gestão baseada apenas nesses indicadores, e que não considera o fator
humano e sua influência, consiste basicamente em acreditar na sorte. Foi justamente pensando em
mudar esse cenário, considerando questões culturais e comportamentais, que surgiu o conceito de
segurança comportamental. Conhecido na Europa e Estados Unidos, o BBS tem sido utilizado há
algum tempo por multinacionais que buscam reduzir seus índices de acidentes.
Tais empresas já verificaram, por meio de metodologias apropriadas de análise de causa raiz,
que esses acidentes, em sua maioria, estavam sendo causados por comportamentos inseguros, ou
seja, o fator humano estava sendo determinante”, informa. Acrescenta que, levando em conta esse
fator, a segurança comportamental trata de uma forma mais abrangente a gestão da segurança e
dos colaboradores, identificando neles estados e erros críticos que possam contribuir para um
acidente.
Para alcançar tal objetivo, sendo uma sistemática de prevenção, o conceito baseia-se em um
conjunto de práticas que incluem até o uso de psicologia para difundir nas empresas uma cultura de
segurança. “Entretanto, para a eficácia do programa, o mesmo deve focar sua atenção, dentre outras
práticas, em três pontos fundamentais: treinamento e acompanhamento constante; conscientização
e participação eficaz das lideranças; e formação e manutenção de uma equipe motivada de
observadores de segurança. Entre os benefícios que podem ser alcançados com a aplicação de um
programa de segurança comportamental bem implementado podemos destacar: maior aceitação do
sistema de gestão pelas pessoas envolvidas; índices reduzidos de incidentes e acidentes; maior
frequência de comportamentos seguros; acompanhamento regular e rápido para implementação de
melhorias; e aumento das habilidades de gerenciamento positivo”.
Enfim, a abordagem tradicional acaba focando no erro, nos desvios e no comportamento que
não é o desejado. As auditorias de segurança muitas vezes assumem caráter fiscalizador e punitivo.
Os incidentes e os acidentes não são reportados para não comprometer os indicadores. Assim, em
um processo de segurança comportamental utiliza-se a tecnologia comportamental ou a abordagem
científica sobre o comportamento para aumentar significativamente a frequência dos
comportamentos seguros. O foco é no acerto, no comportamento requerido, por meio de
observação treinada e feedbacks positivos.