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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO DE MEDICINA VETERINARIA

SISTEMA ENDÓCRINO

IMPERATRIZ-MA
2018
KARLA THAYANE RODRIGUES MACHADO
LARYSSA COSTA MIRANDA
MILLENA BARBOSA DA SILVA
PABLO THAYNAN BARROS DE SOUSA
PAULO VINICIUS COSTA RIBEIRO

SISTEMA ENDÓCRINO

Trabalho para obtenção de nota da


disciplina de Histologia Veterinária.
Discente: Bárbara Conceição Braga
Novaes.

IMPERATRIZ-MA
2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3
2. HIPOTÁLAMO ................................................................................................................ 5
2.1 FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO ...................................................................................... 5
2.3 HORMÔNIOS .................................................................................................................. 5
3. HIPÓFISE ......................................................................................................................... 6
3.1 HISTOLOGIA DA ADENO-HIPÓFISE E NEURO-HIPÓFISE ..................................... 7
3.2 ADENO-HIPÓFISE .......................................................................................................... 7
3.3 NEURO-HIPÓFISE .......................................................................................................... 9
3.4 IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA DA HIPÓFISE ................................................................... 9
4. GLÂNDULA PINEAL ..................................................................................................... 10
4.1 Histologia da glândula pineal ........................................................................................... 10
4.2 Inervação .......................................................................................................................... 11
4.3 Melatonina ........................................................................................................................ 11
5. GLÂNDULA DA TIREÓIDE .......................................................................................... 12
5.1 FISIOLOGIA DA TIREÓIDE ..........................................................................................13
5.2 HISTOLOGIA DA TIREOIDE ....................................................................................... 14
6. GLÂNDULA PARATIREOIDE...................................................................................... 15
7. GLÂNDULAS ADRENAIS ............................................................................................. 16
7.1 CÓRTEX ADRENAL ...................................................................................................... 17
7.1.1 CONTROLE DE SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS DO CÓRTEX ........................... 18
7.2 MEDULA ADRENAL ..................................................................................................... 18
7.3 GLÂNDULAS ADRENAIS DE GALINHAS ................................................................. 19
8 ILHOTAS DE LANGERHANS ....................................................................................... 19
9. OVÁRIOS ......................................................................................................................... 20
9.1 HISTOLOGIA .................................................................................................................. 21
10. TESTÍCULO ................................................................................................................... 21
10.1 HISTOLOGIA ................................................................................................................. 22
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 24
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1. INTRODUÇÃO

O sistema endócrino é constituído pelo conjunto de glândulas endócrinas, que são


responsáveis pela produção de secreções denominadas hormônios.
O sistema endócrino forma mecanismos reguladores precisos, comunicando com o
sistema nervoso, este por sua vez proporciona ao sistema endócrino informações a respeito do
meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta
informação. O sistema endócrino tem como função regular e controlar todas as funções de nosso
organismo.
As principais glândulas endócrinas humanas são: a pineal, a hipófise, a tireoide, as
paratireoides, as suprarrenais, o pâncreas, os ovários (nas fêmeas) e os testículos (nos machos).
Os hormônios são substâncias químicas que afetam a atividade de outra parte do corpo (local-
alvo). Em essência, os hormônios atuam como mensageiros que controlam e coordenam,
estimulando ou inibindo as atividades em todo o corpo.
Ao atingirem o seu local-alvo, os hormônios se ligam ao receptor, assim que o hormônio
se une ao seu receptor, ele transmite uma mensagem que faz com que o local-alvo execute uma
ação específica. Os receptores hormonais podem estar no núcleo ou na superfície da célula.
Diferentemente das informações enviadas pelo sistema nervoso, que são transmitidas via
impulsos elétricos, se deslocam rapidamente, têm um efeito quase imediato e de curto prazo, os
hormônios são mais vagarosos e seus efeitos mantêm-se por um período mais longo de tempo.
Também chamados de "mensageiros químicos do corpo", os hormônios controlam a função de
todos os órgãos e afetam diferentes processos, tais como o crescimento e desenvolvimento, a
reprodução e as características sexuais. Os hormônios também influenciam a forma como o
corpo utiliza e armazena a energia e como ele controla o volume de líquidos e os níveis de sais
e açúcar (glicose) no sangue. Volumes muito pequenos de hormônios podem desencadear
respostas bem longas no corpo.
Apesar de os hormônios circularem em todo o corpo, cada tipo de hormônio afeta apenas
determinados órgãos e tecidos. Alguns hormônios afetam apenas um ou dois órgãos, ao passo
que outros afetam todo o corpo. Por exemplo, o hormônio estimulante da tireoide, produzido
na hipófise, afeta apenas a glândula tireoide. Por outro lado, o hormônio da tireoide, produzido
na glândula tireoide, afeta células em todo o corpo e está envolvido em funções importantes.
Normalmente os hormônios são classificados em dois tipos principais, com base na sua
composição química. Quase todos os hormônios são peptídeos, ou derivados de aminoácidos,
que incluem os hormônios produzidos pela parte anterior da hipófise, pela tireóide,
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paratireoides, placenta e pâncreas. Os hormônios peptídicos são normalmente produzidos na


forma de proteínas maiores. Quando seu trabalho é exigido, esses peptídios são decompostos
em hormônios biologicamente ativos e secretados no sangue, para que circulem em todo o
organismo.
O segundo tipo de hormônio é o dos esteroides (sexuais), que incluem os hormônios
secretados pelas glândulas suprarrenais, ovários e testículos. Os hormônios esteroides são
sintetizados a partir do colesterol e modificados por uma série de reações químicas, até que um
hormônio fique pronto para ser posto em ação imediatamente.
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2. HIPOTÁLAMO

O hipotálamo é uma região do encéfalo dos mamíferos, localizado abaixo do tálamo e


acima da hipófise (no interior central dos dois hemisférios cerebrais). Ele é uma pequena parte
do diencéfalo, sendo considerado uma das mais importantes estruturas do sistema nervoso
central.
 Possui dimensão pequena (pouco maior do que um grão de feijão).
 Formado por células de matéria cinzenta.
 Está conectado com outras estruturas do corpo humano como, por exemplo, sistema
límbico, tálamo, hipófise e área pré-frontal.

2.1 FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO

 Controla o sistema nervoso autônomo dos seres humanos;


 Atua no controle da temperatura do corpo humano;
 Controla e regula os processos de sede e fome;
 Atua no controle das emoções e comportamentos (funções exercidas em conjunto com
o sistema límbico);
 Atua no processo de contração muscular (cardíaco e liso);
 Atua na regulação de secreção de diversas glândulas que produzem hormônios;
 Age no controle de vários hormônios pela hipófise;
 Age nos processos relacionados ao desejo sexual;
 Regula os estados de consciência e ritmos circadianos (horários de vigília e sono).

2.2 HORMÔNIOS

Os principais hormônios liberados pelo hipotálamo que interferem na secreção


hipofisária são: Hormônio liberador de tireotrofina (TRH); Hormônio liberador de
gonadotrofina (GnRH); Somatostatina ou hormônio inibidor do hormônio do crescimento
(GHIRH); Hormônio liberador de hormônio do crescimento (GHRH); Hormônio liberador de
corticotrofina (CRH); Hormônio liberador de prolactina (PrlRH).
O hipotálamo também libera a ocitocina (OC) e a arginina-vasopressina (AVP) na
neuro-hipófise.
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3. HIPÓFISE

A hipófise ou glândula pituitária, é algumas vezes descrita como a glândula mestre


porque produz determinados hormônios que influenciam diretamente as atividades de outras
glândulas endócrinas. Sua localização como um apêndice do cérebro também aponta sua
importância como mediadores entre os mecanismos nervosos e humorais que conjuntamente
controlam determinas funções (K.M,2010)
A hipófise é um corpo elipsoidal escuro medindo cerca de 1 x 0,75 x 0,5 cm em um cão
de tamanho médio. Está suspensa abaixo do hipotálamo por uma estreita haste frágil e
localizada dentro de uma depressão (fossa hipofisária ou sela túrcica) do assoalho craniano, que
é definida pelas cristas rostrais e caudais do osso. Uma cobertura da dura-máter envolve
diretamente a glândula e também o teto da depressão, estendendo-se a partir de suas margens
para abranger e confinar a haste hipofisária de todos os lados; esse arranjo (diafragma da sela)
torna extremamente difícil de remover o cérebro na necropsia com a hipófise anexada.
(K.M,2010)
Embora a hipófIse pareça ser um órgão solido unitário, compreende partes com origens
e funções muito diferentes e inclui certos espaços. Uma parte, a neuro-hipófise (lobo-posterior)
que tem origem de um prolongamento do hipotálamo, sendo constituída por tecido nervoso e a
outra parte, a adeno-hipófise (lobo anterior) se origina de tecido epitelial (MAGALHÃES,
2011).
Produz hormônios tróficos (que atuam em outras glândulas) são elas:
- Somatotrófina (hormônio somatotrófico / SH): promove o crescimento do organismo;
- Prolactina: determina a formação e secreção do leite pelas glândulas mamárias;
- Corticotrofina (hormônio adrenocorticotrófico / ACTH): coordena o metabolismo das células
que formam a glândula da região cortical da suprarrenal, efetuando o controle hídrico;
- Tireoideotrófico (hormônio tireotrófico / TSH): opera sobre a glândula da tireoide;
- Hormônio folículo estimulante (FSH): incide sobre o desenvolvimento dos gametas, seja no
organismo feminino (proporcionando o crescimento dos folículos ovarianos) ou no organismo;
- Hormônio luteinizante (LH): propicia a ocorrência da liberação do óvulo (ovulação) e
formação do corpo lúteo (corpo amarelo) pelo ovário, bem como produção de testosterona nos
testículos.
A produção de todos eles é controlada por hormônios hipofisiotróficos ou fatores
inibitórios e estimulatórios reguladores, como o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH,
a somatostatina (SS), o hormônio liberador do hormônio do crescimento (GRH), o hormônio
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liberador de corticotrofina (CRH), para citar os mais importantes. Eles são produzidos por
células neurossecretoras em vários núcleos hipotalâmicos, particularmente o núcleo
paraventricular, a área pré-ótica, o núcleo arqueado e o núcleo periventricular (VAN DE
GRAAFF,2003)
A neuro-hipófise é considerada uma expansão do hipotálamo. Ela armazena e secreta
dois hormônios: ocitocina e vasopressina. A primeira atua nas contrações do útero durante o
parto, estimulando a expulsão do bebê. Em alguns casos, os médicos veterinários aplicam esse
soro contendo ocitocina na mãe para estimular o parto. Esse hormônio também promove a
liberação de leite durante a amamentação. Já a vasopressina atua no controle da eliminação de
água pelos rins, portanto tem efeito antidiurético, ou seja, é liberado quando a quantidade de
água no sangue diminui, provocando uma maior absorção de água no túbulo renal e diminuindo
a urina. Quando o nível desse hormônio está acima do normal, ocorre a contração das arteríolas,
provocando um aumento da pressão arterial, por isso o nome vasopressina.
Essas substâncias são produzidas por neurônios neurosecretores magnocelulares, dentro
do núcleo supra ótico e para ventricular do hipotálamo e são conduzidas ao longo dos axônios
para liberação direta via leito capilar neuro-hipofisário até a circulação principal (K.M,2010).

3.1 HISTOLOGIA DA ADENO-HIPÓFISE E NEURO-HIPÓFISE

A hipófise está localizada na sela túrcica, uma cavidade no osso esfenoide. Acima, a
dura-máter se estende sobre a sela e forma o diafragma da sela, que apresenta um orifício na
parte média pelo qual passa o talo hipofisário. A sela túrcica é revestida por periósteo, enquanto
uma delgada cápsula de tecido conjuntivo recobre a hipófise. No periósteo e na cápsula
encontra-se uma camada de tecido conjuntivo frouxo que contém um denso plexo de veias de
paredes delgadas e que rodeia toda a hipófise como uma rede.
A adeno-hipófise, constituída por um parênquima glandular avermelhado de
consistência mole, e uma parte menor branca e mais firme (nervosa), denominada de neuro-
hipófise.

3.2 ADENO-HIPÓFISE

Representa a maior parte da hipófise (cerca de 75%) e está dividida em pars tuberalis,
pars intermedia e pars distalis.
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A pars distalis é constituída por células glandulares se dispõem em cordões ou


acúmulos, localizada numa rede capilar com grandes luzes irregulares, e em estreito contato
com a rede. É de praxe denominar sinusóides a estes capilares, embora tenha sido demonstrado
que são capilares fenestrados. O escasso tecido conjuntivo da pars distalis constitui-se,
sobretudo, de uma fina rede de fibras reticulares que conferem rigidez às células glandulares e
às paredes dos sinusóides. Também há células de sustentação epiteliais, as células foliculares
estreladas (FS) que constituem a parede dos pequenos cistos ou folículos que são detectados na
zona próxima da neuro-hipófise, possíveis restos de bolsa de Rathke (histogênese).
Ainda pode subdividir as células glandulares em: células cromófilas e cromófobas. As
cromófilas subdivididas em células acidófilas (eosinófilas) e basófilas, resumidamente elas
produzem seis hormônios diferentes
As células acidófilas, são células arredondadas, e um tanto menores que as basófilas. As
células acidófilas se diferenciam em dois tipos: as células somatotróficas e as células
lactotróficas. As células somatotróficas são cerca de 50% das células da adeno-hipófise, e elas
sintetizam o hormônio do crescimento (GH) ou somatotrofina (STH) cuja função é estimular o
crescimento do organismo, mas que exerce outras funções adicionais.
As células lactotróficas representam cerca de 15%, mas seu número mostra grande
aumento durante a gravidez e o começo do período de lactação. Estas células secretam
prolactina (PRL) cuja função é estimular as glândulas mamárias para a síntese e a secreção do
leite.
As células basófilas são arredondadas e maiores que as acidófilas.Atualmennte
considera-se que há três tipos de células basófilas: as células tireotróficas, as gonadotróficas e
as corticotróficas. As células tireotróficas secretam hormônio estimulante da tireóide
(tireotrofina, TSH) que estimula a síntese e a secreção dos hormônios tireoidianos
triiodotironina e tiroxina. As células gonadotróficas representam cerca de 15% e secretam
hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). As células corticotróficas
representam cerca de 15 a 20% e secretam o hormônio adrenocorticotrófico (corticotrofina,
ACTH) que estimula as zonas fasciculada e reticulada do córtex a suprarrenal para a produção
de corticosteroides.
A pars intermedia de forma reduzida só é encontrado na vida fetal e num curto período
pós-natal, isso no humano e em certas espécies animais ela é bem desenvolvida e a pars
tuberalis é uma parte mais delgada de células na superfície do talo neural sua função endócrina
não é bem conhecida.
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3.3 NEURO-HIPÓFISE

Compreende o talo neural e a pars nervosa, é constituída por células, os pituicitos, e


fibras nervosas amielínicas que provêm dos neurônios neurossecretores do hipotálamo, onde
chega grande quantidade de capilares.
As fibras representam o feixe hipotalâmico hipofisário, uma vez que, mediante cortes
do talo hipofisário, foi demonstrado que os axônios provêm de corpos de células nervosas dos
núcleos supra-óptico e para ventricular do hipotálamo. O feixe hipotalâmico hipofisário passa
pelo talo neural, onde algumas fibras terminam na porção superior, próximo do plexo capilar
primário, enquanto a maior parte continua até a pars nervosa.
No talo neural e, sobretudo, na pars nervosa podem ser vistos pequenos corpos
irregulares, os corpúsculos de Herring, constituídos por acúmulos de material de secreção no
axoplasma das fibras nervosas, o que pode ser demonstrado ao longo do feixe de fibras.
Os pituicitos aparecem dispersos entre as fibras nervosas, e a pars nervosa armazena e secreta
dois hormônios: oxitocina e hormônio antidiurético (ADH)

3.4 IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA DA HIPÓFISE

A irrigação da hipófise vai nutrir e regular a função da hipofisária. A hipófise recebe


irrigação sanguínea das artérias hipofisárias superiores e inferiores, que provem da artéria
carótida interna. A artéria inferior irriga a pars nervosa e as superiores a porção superior do talo
hipofisário, de onde partem ramos até o talo neural e que formam uma rede capilar, o plexo
primário. A partir daí a adeno-hipófise recebe a maior parte de sua irrigação, através das veias
portais que se formam a partir dos capilares do plexo primário no talo neural, sob a forma de
grande quantidade de vênulas de paredes finas que descem pela pars tuberalis para terminar
numa nova rede capilar na pars distalis.
As veias portais são denominas de sistema porta hipofisário, cuja a importância é
significativa na regulação hipotalâmica da adeno-hipófise. A secreção pela adeno-hipófise de
hormônios tróficos até as demais glândulas endócrinas é regulada por feedback negativo,
motivo pelo qual uma diminuição da concentração sanguínea do hormônio trófico e vice-versa.
Em parte, este mecanismo de feedback funciona através do hipotálamo, por intermédio dos
neurônios mencionados, que são estimulados para a liberação de maior ou menor quantidade
da substância reguladora para o sangue portal.
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4. GLÂNDULA PINEAL

A glândula pineal ou epífise, possui esse nome devido à semelhança da estrutura humana
a uma pinha, é uma evaginação pequena e de pigmentação escura, oriunda da região dorsal do
cérebro na extremidade caudal do teto do terceiro ventrículo e imediatamente ostral está
relacionada a uma grande cavidade (recesso pineal) formada pelo epêndima da pia-máter que
recobre o teto do ventrículo. Está oculta entre os hemisférios cerebrais e o cerebelo no cérebro
intacto.
A epífise é sólida, mas nem sempre homogênea, uma vez que focos de calcificação
(“areia cerebral”) se desenvolvem frequentemente com o avançar da idade. Suas funções foram
obscuras por muito tempo. Ela produz melatonina, uma indolamina derivada da serotonina, que
possui um efeito circadiano antigonadotrófico. A existência desse hormônio foi primeiramente
postulada a partir da observação de que os tumores que destroem o tecido secretor são
frequentemente associados com a puberdade precoce.
A condução do relógio circadiano endógeno está localizada no núcleo supraquiasmático
hipotalâmico (NSC), e seu ritmo controla o ritmo da secreção de melatonina pela glândula
pineal por uma via polissináptica. A inervação autônoma da glândula pineal é feita por meio do
gânglio cervical cranial. A melatonina é secretada como hormônios do sono durante a noite e
atua em várias áreas do cérebro, incluindo o NSC e a pituitária. O cérebro conhece que é noite
devido á secreção de melatonina. A ação da melatonina sobre o sistema nervoso central é
importante para as flutuações hormonais sazonais. O ajuste fino do relógio biológico no NSC
pode ser alcançado por mudanças graduais na luz do dia, que regulam a variação na atividade
gonadal tanto em longo prazo (sazonal) quanto em curto prazo (diário) (K.M,2010).

4.1 HISTOLOGIA DA GLÂNDULA PINEAL

A glândula pineal é envolta pela pia-máter e uma extensão dela que é a cápsula, da qual
partem tabiques de tecido conjuntivo até o interior da glândula dividindo-a em lóbulos bem
diferenciados. Pelos tabiques chegavam vasos e fibras nervosas à glândula.
Na glândula pineal predominam dois tipos de células: os pinealócitos e as células
intersticiais.
A maior parte das células parenquimatosas da glândula pineal constitui-se de
pinealócitos que, nos cortes comuns, são observados como grandes células claras com núcleo
arredondado, observa-se grandes prolongamentos que, frequentemente, terminam com
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dilatações em forma de clava, em estreito contato o endotélio capilar. O citoplasma é


ligeiramente basófilo e contem grânulos, que também são encontrados nos prolongamentos.
Com a microscopia eletrônica verificou-se que o aparelho de Golgi não é muito definido
e não foram encontrados grânulos de secreção, mas sim vesículas de natureza inespecífica.
Também há o aparecimento de uma organela especial, denominada de borda sináptica.
Ainda há também as células de glia encontradas dispersas entre os pinealócitos ou formando
uma cápsula internamente à cápsula de tecido conjuntivo glial.
Os acérvulos cerebrais são concreções ricas em cálcio que aparecem na glândula pineal
e aumentam com a idade

4.2 INERVAÇÃO

A principal inervação é proveniente de fibras simpáticas pós-ganglionares, cujos corpos


celulares se encontram no gânglio cervical superior. As fibras seguem a artéria carótida interna
e chega à glândula para formar, de ambos os lados, o nervo coronário, que penetra na parte
posterior da glândula pineal e se ramifica

4.3 MELATONINA

A melatonina (MEL) ou N-acetil-5-metoxitriptamina, é o principal hormônio


sintetizado pela glândula pineal dos vertebrados.
A MEL é sintetizada a partir da serotonina na seguinte sequência de reações: conversão
do triptofano em serotonina; conversão da serotonina em N-acetilserotonina (mediada pela aril-
alcil-amina-Nacetiltransferase); conversão da N-acetilserotonina em MEL (mediada pela
hidroxi-indol-O-metiltransferase).
Depois de secretada, se distribui por vários tecidos corporais e não é estocada. Ela
apresenta alta solubilidade em lipídeos, o que facilita sua passagem através das membranas
celulares, atravessando, inclusive a barreira hematoencefálica. Até 70% da MEL no sangue se
encontra ligada à albumina. As taxas noturnas variam entre 10-80 g, sendo estes os menores
valores já detectados para a secreção de um hormônio
A luz é o fator ambiental mais importante para a regulação da síntese de MEL e
responsável pelo ritmo circadiano de sua secreção. Tal ritmo é gerado no núcleo
supraquiasmático do hipotálamo que atua como um oscilador circadiano endógeno, pois
estudos demonstraram que, quando isolado de outras estruturas do encéfalo, seus neurônios
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mantêm o ritmo circadiano. A luz tem ação inibitória sobre a pineal, realizada pela seguinte via:
impulsos luminosos excitam os neurônios da retina que fazem conexão com o núcleo
supraquiasmático através do trato retino hipotalâmico, cujas fibras são glutamatérgicas

5. GLÂNDULA TIREOIDE

A tireoide (glândula em forma das letras “H” ou “U” situada no plano mediano do
pescoço), é tida como a primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião. Sua formação
se inicia cerca de 24 dias após a fertilização, a partir de um espessamento endodérmico mediano
no assoalho da faringe primitiva. Esse espessamento forma uma pequena saliência, o divertículo
tireoidiano.
Com o crescimento do embrião e da língua, a tireoide desce pelo pescoço, passando
ventralmente ao osso hioide e às cartilagens laríngeas em desenvolvimento. Por um curto
período de tempo, a tireoide permanece ligada à língua através do ducto tireoglosso. A
princípio, o divertículo tireoidiano, que era oco, passa a ser maciço e se divide em dois lobos,
direito e esquerdo. Na sétima semana, a tireoide já assume sua forma definitiva, e geralmente
já atingiu o seu sítio definitivo no pescoço.
Na vida intrauterina, a tireoide fetal sintetiza quantidades mínimas de T4
(tetraiodotironina ou tiroxina) até a 16a semana de idade gestacional, quando passa a produzir
quantidades crescentes desse hormônio. No final do primeiro trimestre de gestação, a glândula
tireoide é capaz de concentrar iodo e sintetizar hormônios. Quantidades significantes dos
hormônios da tireoide são produzidas a partir da 20a semana de gestação. Até o final do
primeiro trimestre da gestação, há falta de hormônios tireoidianos de origem fetal, porém a
passagem de T4 proveniente da mãe, através da placenta, propicia hormônios para uma
adequada embriogênese e organogênese fetal.
O desenvolvimento do sistema nervoso central no segundo trimestre da gestação ocorre
no período em que o suprimento de hormônio ainda é predominantemente de origem materna;
assim, a redução dos níveis hormonais maternos nessa fase poderá implicar em um dano
neurológico irreversível. No terceiro trimestre da gestação, a passagem transplacentária de T4
é pequena, devido a uma redução na permeabilidade da placenta, sendo o suprimento hormonal
quase exclusivamente de origem fetal. Nessa fase, transtornos tireoidianos maternos têm pouca
influência no feto. Existem evidências crescentes de que os hormônios da tireoide são
necessários em fase precoce da embriogênese na maturação normal do cérebro, do ouvido
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interno, dos pulmões, do coração e do sistema digestivo, apesar dos baixos níveis dos
hormônios da tireoide no início da vida intrauterina.

5.1 FISIOLOGIA DA TIREOIDE

Fisiologia da Tireoide A tireoide é uma das maiores glândulas endócrinas, normalmente


pesando de 15 a 20 gramas em adultos. Essa glândula secreta dois hormônios principais, a
triiodotironina e a tiroxina, habitualmente conhecidos como T3 e T4, ambos responsáveis por
aumentar a taxa metabólica do organismo. As funções desses hormônios são qualitativamente
iguais, mas diferem na velocidade e intensidade de ação. A secreção tireoidiana é controlada
principalmente pelo hormônio estimulante da Tireóide (TSH), secretado pela hipófise anterior.
A ausência completa dessa secreção tireoidiana geralmente faz com que a taxa metabólica caia
para 40% a 50% do normal.
Essa ausência ou diminuição podem ser causadas pelo hipotireoidismo, patologia
associada à tireóide, bem como seu aumento pode estar associado à outra patologia, o
hipertireoidismo. Ambas têm, provavelmente, origem no mesmo mecanismo: a autoimunidade
contra a tireóide. No caso do hipotireoidismo, essa “tireoidite” autoimune destrói a glândula,
causando deterioração progressiva e, por fim, fibrose.2 Histologicamente, essa glândula é
composta por um grande número de folículos fechados, no interior dos quais há o coloide
(substância secretora gelatinosa), constituído principalmente pela proteína tireoglobulina,
grande glicoproteína que possui cerca de 70 aminoácidos tirosina, que são os principais
substratos a se combinarem com o iodo para formar os hormônios tireoidianos. 2,8 Os
hormônios T3 e T4 formam parte da molécula de tireoglobulina durante a síntese dos hormônios
tireoidianos até mesmo enquanto estão armazenados no coloide folicular.2
É sabido que o iodo é o elemento indispensável para a síntese dos hormônios
tireoidianos, únicas substâncias do nosso organismo que contêm esse íon na sua configuração.
Para formar uma quantidade normal de tiroxina, é necessária a ingestão de cerca de 50
miligramas de iodo na forma de iodeto por ano, ou cerca de 1 mg/semana2 , e, para tanto, as
fontes de iodo na alimentação são o pão, o sal iodado e os laticínios.9 O iodo inorgânico
presente na circulação é seletivamente removido do sangue circulante pelas células da tireóide
e é levado para o interior do folículo tireoidiano (a taxa de captação do iodeto pela glândula
tireóide é influenciada por diversos fatores, dos quais o mais importante é o TSH), onde será
organificado, mediante transporte dependente de TSH e de um carreador, o sodium iodide
symporter (NIS), presente na membrana da célula tireoidiana.
14

Esse transporte de iodo inorgânico para o interior do folículo é influenciado pelas


concentrações de iodo orgânico intrafolicular, cujo aumento diminui o transporte de iodeto.
Além disso, alguns ânions como o perclorato e tiocianato podem inibir esse transporte. A
proteína pendrina, cujo gene é o PDS, também exerce ação no transporte do iodeto para dentro
da célula. No interior celular, o iodeto é previamente oxidado por peroxidases acompanhadas
de peróxido de hidrogênio (reação de iodinação), podendo essa reação ser inibida por
tiocarbamidas e cianetos.
Esse iodeto oxidado, então, liga-se aos aminoácidos tirosina da tireoglobulina num
processo denominado organificação da tireoglobulina. Após a organificação, a tirosina
permitirá a formação, primeiramente, das monoiodotirosinas (MIT), e, então, diiodotirosinas
(DIT), já incorporadas à tireoglobulina (proteína presente na luz do folículo coloide). Esses
hormônios vão agora se acoplar para dar lugar à formação dos dois principais hormônios
tireoideanos: triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
A tiroxina (T4) é o principal produto hormonal do acoplamento dos resíduos de
iodotirosina. Já a triiodotironina (T3) é o resultado do acoplamento de uma molécula de MIT
com uma de DIT. Em cada molécula de tireoglobulina é formada de três a quatro moléculas de
T4, e, normalmente, a glândula tireóide sintetiza muito mais T4 do que T3, sendo a relação de
15:1 na tireoglobulina normal. Em casos de hipotireoidismo, podem existir anormalidades no
sistema enzimático necessário para a formação dos hormônios, como deficiências nos
mecanismos de captação de iodeto, no sistema de peroxidases e na conjugação de tirosinas
isoladas na molécula de tireoglobulina, culminando para a não formação do produto hormonal
tireoidiano.
Os hormônios tireoidianos (HT) são liberados da tireoglobulina mediante a ação de
proteases lisossomais intrafoliculares. A tireoglobulina é primeiramente clivada, formando T3
e T4, e esses hormônios livres, então, difundem-se através da base da célula tireoidiana para os
capilares adjacentes. Em decorrência de um estímulo desencadeado pelo TSH, gotas de coloide
são formadas na superfície apical da célula folicular por mecanismo de endocitose, quando
então os lisossomos liberam enzimas proteolíticas que vão liberar os HT. Apenas quando a
célula tireoidiana estiver lesada, haverá uma quantidade apreciável de tireoglobulina na
circulação. O excesso de iodeto inibe a liberação dos HT.

5.2 HISTOLOGIA DA TIREOIDE

A classificação do epitélio da tireóide é epitélio glandular endócrino folicular.


15

A glândula tireóide é envolta por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia
septos para o parênquima. Esses septos se tornam gradualmente mais delgados ao alcançarem
os folículos que são separados entre si por fibras reticulares. Os septos dividem o parênquima
em lóbulos que são constituídos pelos folículos. O estroma é rico em vasos sanguíneos que
cercam os folículos. As células endoteliais desses vasos capilares são fenestradas, essa
configuração facilita o transporte de substâncias entre as células endócrinas e o sangue.
Os folículos tireoidianos representam as unidades anátomo-funcional da glândula. São
formados por epitélio simples (células cuboides) e sua cavidade contém uma substância
gelatinosa chamada coloide que apresenta reserva de secreção rica em nucleoproteínas,
tireoglobulina e enzimas. O aspecto dos folículos varia com a região e com sua atividade
funcional. Quando a altura média do epitélio é baixa, a glândula é considerada hipoativa. Em
contraposição, quando há muito hormônio tireotrópico circulante, ocorre um aumento
acentuado na altura do epitélio folicular e hiperatividade da glândula.
As células epiteliais dos folículos se apoiam sobre uma lâmina basal e realizam síntese,
secreção, absorção e digestão de proteínas. A porção basal das células é rica em retículo
endoplasmático granuloso e mitocôndrias. O núcleo é geralmente esférico e situado no centro
da célula. Na porção supra nuclear há uma zona de Golgi e grânulos de secreção cujo conteúdo
é similar ao coloide. A membrana da região apical contém microvilosidades.
Outro tipo de célula é a para folicular ou célula C. Pode fazer parte do epitélio folicular
ou ficar isolada entre os folículos. Possui pequena quantidade de reticulo endoplasmático
granuloso, mitocôndrias alongadas, um grande complexo de Golgi e numerosos grânulos que
contém o hormônio calcitonina.

6. GLÂNDULA PARATIREOIDE

A paratireoide se apresenta sob a forma de quatro nódulos originários dos terceiros e


quartos arcos branquiais, dois no ápice dos lobos direito e esquerdo da tireóide e os demais nos
polos inferiores. São comuns as variações de topografia, pois às vezes situam-se junto à laringe
sem relação com a tireóide, podendo ser encontradas até no mediastino, junto do timo.1 Cada
glândula têm crescimento progressivo até a terceira década da vida, atingindo peso médio de
0,45g no sexo masculino e 0.5g no feminino, com maior eixo de 5mm. Microscopicamente são
constituídas por células principais, células claras e células oxífilas.
As “principais” são arredondadas com citoplasma homogêneo levemente acidófilo,
produtoras de paratormônio. Quando é menor a secreção ou quando estão em estádio de
16

“repouso”, acumulam-se grânulos citoplasmáticos de lipídios e de glicogênio, assumindo


caracteres das chamadas “células claras”. As células “oxífilas” são maiores com citoplasma
acidófilo por sua afinidade pela eosina e aparecem na puberdade, aumentando
progressivamente em número com o avançar da idade, não secretam paratormônio e têm função
ainda obscura. Todas as células dispõem-se em arranjo cordonal, entremeadas por lóbulos de
tecido gorduroso.
O paratormônio é uma proteína com 8500 D de peso molecular4, constituída por cadeia
simples de polipeptídio com 84 aminoácidos. É antagônico da calcitonina produzida pelas
células C, para foliculares, da tireóide. Age diretamente nas células dos túbulos renais inibindo
a reabsorção de fosfatos e regulando a fosfatúria. Nos ossos age nos osteoclastos que, por ação
enzimática, reabsorvem a matriz e solubilizam o cálcio.
O paratormônio, portanto, tem função primordial no “turnover” ósseo, isto é, no
equilíbrio entre aposição e reabsorção, na manutenção do cálcio sérico em tomo de 8,9 a 10
mg/% e na absorção de cálcio no intestino. O cálcio e o fósforo mantêm proporção de 2:1, desde
os cristais de hidroxiapatita (fosfato tricálcico), até a fórmula sanguínea que, em valores
normais, corresponde a 9mg/% de cálcio e 4mg/% de fósforo, cujo produto em condições
normais é de 36 no adulto e 40 na criança.
Perante alterações dos níveis séricos de cálcio ou fósforo, sob ação do paratormônio,
haverá retirada de variável quantidade de minerais dos ossos, a fim de adequada manutenção
do balanço Ca/P. As alterações decorrentes da falta ou excesso de cada um dos fatores que agem
na aposição e na reabsorção óssea determinam as chamadas doenças metabólicas dos ossos que
são a osteoporose, o raquitismo na infância e a osteomalácia no adulto e o hiperparatireoidismo.

7. GLÂNDULAS ADRENAIS

As adrenais são duas glândulas achatadas em forma de meia-lua, situadas, cada uma,
sobre o polo superior de cada rim. O tamanho das adrenais variam conforme a idade e as
condições fisiológicas do animal.
As glândulas são revestidas por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. Quando
cortadas ao meio apresentam duas camadas: uma periférica espessa e amarelada, denominada
córtex adrenal ou camada cortical, e outra central menos volumosa e acinzentada, a medula
adrenal ou camada medular. O estroma consiste de uma rede de fibras reticulares, responsáveis
pela sustentação do parênquima adrenal. Recebem suprimento sanguíneo de várias artérias que
se ramificam, formando um plexo subcapilar.
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As duas camadas das glândulas adrenais possuem funções e morfologia diferentes, pois
são de origens embriológicas distintas. A camada cortical tem origem mesodérmica, enquanto
a medula possui origem neura ectodérmica (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013).

7.1 CÓRTEX ADRENAL

As células do córtex adrenal apresentam predominância de retículo endoplasmático liso.


Suas células não armazenam os hormônios em grânulos, secretando-os logo após o estímulo. O
córtex secreta hormônios esteroides, formados a partir do colesterol. A síntese desses
hormônios é realizada por várias enzimas presentes nas organelas celulares. Os esteroides
secretados pelo córtex são classificados de acordo com suas ações fisiológicas principais:
glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos. É dividido em quatro camadas: zona
glomerulosa, zona intermediária, zona fasciculada e zona reticular (JUNQUEIRA &
CARNEIRO, 2013; BACHA, JR. & BACHA, 2003).
A zona glomerulosa (zona multiforme) é a mais externa e encontra-se logo abaixo da
cápsula de tecido conjuntivo. Em equinos, suínos e carnívoros as células dessa camada são
colunares e dispõem-se em forma de arcos. Em ruminantes as células são poliédricas que
formam cordões irregulares. A zona glomerulosa secreta aldosterona, o principal
mineralocorticoide. Esse hormônio age mantendo o equilíbrio de sódio e potássio e água no
organismo, e consequentemente os níveis de pressão arterial. Ele atua estimulando as células
dos túbulos contorcidos distais dos rins, da mucosa gástrica, das glândulas salivares e
sudoríparas a absorverem sódio (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013; BACHA, JR. &
BACHA, 2003).
A zona intermediária é mais observada em equinos e carnívoros. Está situada entre as
zonas glomerulosa e fasciculada, e consiste de pequenas células proximamente agrupadas
(BACHA, JR. & BACHA, 2003).
A zona fasciculada é a mais larga do córtex adrenal e possui células poliédricas
organizadas em cordões, como feixes paralelos entre si, dispostos perpendicularmente à
cápsula. Os cordões têm espessura de uma ou duas células e são separados por capilares
sanguíneos. Suas células contém gotículas de lipídios que, nas preparações histológicas,
dissolvem-se, dando um aspecto vacuolizado. Por conta desses vácuos, essas células também
são chamadas de espongiócitos. A zona fasciculada secreta glicocorticoides, sendo o cortisol
um dos mais importantes. Os glicocorticoides regulam o metabolismo de carboidratos, lipídios
18

e proteínas e modulam a resposta imune (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013; BACHA, JR. &
BACHA, 2003).
A zona reticular está situada na parte mais interna do córtex adrenal, entre a zona
fasciculada e a medula. Suas células são menores que as das outras camadas e estão dispostas
em cordões irregulares, que formam uma rede anastomosada circundada por capilares
sanguíneos. A zona reticular produz andrógenos (principalmente deidroepiandrosterona) e, em
menor grau, mineralocorticoides (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013; BACHA, JR. &
BACHA, 2003).

7.1.1 CONTROLE DE SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS DO CÓRTEX

O hipotálamo libera o hormônio liberador de corticotropina (CRH) na eminência


mediana da hipófise. Devido a existência de um sistema vascular altamente especializado
(sistema porta hipotálamo-hipofisário), o CRH é transportado para a adeno-hipófise, sendo
estimulada a liberar o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Também chamado de
corticotropina, o ACTH é levado pela corrente sanguínea até o córtex adrenal, estimulando-o a
produzir e secretar hormônios.
Os glicocorticoides, secretados pelo córtex adrenal, inibem a secreção de ACTH por
feedback negativo, tanto a nível do hipotálamo como da hipófise. A aldosterona é secretada por
influência de outros fatores, primariamente da angiotensina do sistema renina-angiotensina
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013).

7.2 MEDULA ADRENAL

A medula adrenal é composta predominantemente de células cromafins colunares ou


poliédricas, organizadas em cordões anastomosados separados por capilares sanguíneos. Em
mamíferos, a zona medular externa é formada por células maiores coradas mais escuramente; a
zona medular interna apresenta células menores coradas mais claramente. Além das células do
parênquima, há células ganglionares parassimpáticas, individuais e agrupadas, espalhadas por
toda a medula. Todas as células da medula adrenal são inervadas por terminações colinérgicas
de neurônios simpáticos pré-ganglionares. Projeções da zona reticular do córtex podem ser
encontradas dentro da medula, devido a junção entre elas (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013;
BACHA, JR. & BACHA, 2003).
19

As células do parênquima medular se originam da crista neural, durante a formação do


tubo neural na vida embrionária. Essas células migram para o interior da adrenal, formando a
camada medular (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013).
O citoplasma das células da medula contém grânulos de secreção de catecolaminas,
principalmente epinefrina ou norepinefrina; diferente do córtex que não armazenam esteroides
em grânulos. A secreção de epinefrina e norepinefrina é mediada pelas fibras pré-ganglionares
que inervam as células da medula, e ocorre em resposta a intensas reações emocionais como o
susto e o pânico. Os efeitos da secreção de catecolaminas no organismo incluem vasoconstrição,
hipertensão, alterações da frequência cardíaca e efeitos metabólicos, como elevação da taxa de
glicose no sangue. A epinefrina e norepinefrina circulante não regulam a síntese e secreção
desses hormônios na medula adrenal (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013).

7.3 GLÂNDULAS ADRENAIS DE GALINHAS

As glândulas adrenais de galinhas são histologicamente diferentes das adrenais dos


mamíferos. O parênquima não é organizado em córtex e medula distintos, sendo interpostos.
As células corticais são colunares no corte longitudinal, apresentam núcleos escuros e estão
organizadas como cordões irregulares. As células medulares são maiores que as corticais,
poligonais, com núcleos redondos grandes e citoplasma basofílico. Ocorrem células
ganglionares entre as células medulares (BACHA, JR. & BACHA, 2003).

8. ILHOTAS DE LANGERHANS

As ilhotas de Langerhans são micro-órgãos endócrinos localizados no pâncreas e estão


organizados como grupos arredondados de células incrustados no tecido pancreático exócrino.
Elas apresentam coloração mais clara e são constituídas por células poligonais, dispostas em
cordões (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013).
Em volta das ilhotas de Langerhans há uma abundante rede de capilares sanguíneos com
células endoteliais fenestradas e uma fina camada de tecido conjuntivo que envolve a ilhota.
Cinco tipos de células podem ser vistas nas ilhotas de Langerhans: alfa, beta, delta, PP
e épsilon.
As células alfa correspondem a cerca de 20% das ilhotas e produzem o glucacon,
hormônio responsável por tomar a energia estocada em vários tecidos sob forma de glicogênio
e gordura, e pelo aumento de glicose no sangue. As células beta correspondem a 70% e
20

produzem a insulina, que atua promovendo a entrada de glicose nas células de vários tecidos,
diminuindo a taxa de glicose no sangue. As células delta produzem somatostatina e
correspondem a 5% das ilhotas. A somatostatina regula a liberação de hormônios de outras
células das ilhotas. As células PP correspondem a 3% e produzem o polipeptídio pancreático,
cuja função não está bem estabelecida mas sabe-se que provoca a diminuição do apetite e
aumenta a secreção de suco gástrico. As células épsilon produzem o hormônio ghrelina e
correspondem a somente 0,5 a 1% das ilhotas. A ghrelina estimula o apetite por ação no
hipotálamo e a produção de hormônio de crescimento na adeno-hipófise (JUNQUEIRA &
CARNEIRO, 2013).
As células das ilhotas de Langerhans apresentam terminações de fibras nervosas.
Existem junções comunicantes entre as células das ilhotas que servem para transferir, entre as
células, sinais originados dos impulsos da inervação autonômica. As células também se
comunicam por controle parácrino de secreção, através de substâncias solúveis que agem a
curta distância (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013).

9. OVÁRIOS

O ovário tem origem na eminência germinativa naregião sublombar caudalmente aos


rins onde as células primordiais (mesenquimais) do saco vitelino vão formar um aglomerado
de ovócitos. (KEFFER,2012).
Os ovários são órgãos pares e situam-se e permanecem na cadela e na gata na região
sublombar caudalmente aos rins, essa localização há uma variação nas diferentes espécies
devido a um deslocamento desses órgãos, como por exemplo, na égua os ovários se deslocam
cerca de 8 a 10 cm da parede dorsal. Na porca os ovários encontram-se no terço médio
do abdômen e na vaca os ovários vão estar localizado no terço ventral do abdômen cranial ao
púbis. Os ovários possuem um formato elíptico e reniforme. (KEFFER,2012).
A constituição dessa parte do sistema genital feminino se dá através da observação de
um corte transversal no qual encontra-se internamente uma Zona medular, uma parte de tecido
conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos, estroma, uma estrutura densa e uma zona
parenquimatosa externa. A camada externa é recoberta por uma Túnica albugínea,
essa túnica recobre a camada simples de células da gônada. (KEFFER,2012).
Na égua o estroma é rico em vasos sanguíneos e envolve em forma de cúpula a zona
parenquimatosa alcançando a superfície ovárica somente na margem da fossa da ovulação.
(KEFFER,2012).
21

As glândulas sexuais produzem os seguintes hormônios: estrogênio: promove


desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas. Progesterona: promove o
desenvolvimento do endométrio preparação do útero para gravidez e das mamas para lactação.

9.1 HISTOLOGIA

Revestido externamente por epitélio cúbico simples na camada cortical, logo abaixo do
revestimento epitelial está a túnica albugínea de tecido conjuntivo denso não vascularizado.
Folículo primordial: ovócito com uma camada de células foliculares planas. Folículo primário:
ovócito com uma camada de células foliculares cúbicas. Folículo secundário: ovócito com
várias camadas de células foliculares (granulosa) e aparecimento das tecas interna e externa
provenientes da diferenciação das células do estroma. Se caracteriza pela presença do antro
folicular e ocorre também a presença de folículos atrésicos que variam seu estágio de
degeneração, caracterizados de uma forma geral pela autólise do ovócito. Na camada medular
tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado. (Atlas de histologia médica, 2009).

10. TESTÍCULOS

Os testículos são revestidos assim como as gônadas femininas por uma cápsula de tecido
conjuntivo chamado de túnica albugínea. São recobertos por uma lâmina visceralinternamente
e uma lâmina parietal externamente, entre essas duas lâminas encontra-se a cavidade vaginal e
as duas formam a lâmina visceral vaginal. Ainda são separados por septos conjuntivos que
penetram o parênquima testicular dividindo-os em pequenos lobos com um formato de pirâmide
cuja ponta direciona-se ao eixo dos testículos formando o mediastino testicular.
(KEFFER,2012).
Após a lamina parietal segue recobrindo o testículo uma fáscia espermática, sob a fáscia
espermática encontra-se o músculo cremaster, esse músculo é uma expansão do músculo
interno do abdome e possui função de suspensão dos testículos para o canal inguinal, esse
músculo está recoberto ainda por uma fáscia cremastérica. Após a fáscia cremastérica encontra-
se a fáscia espermática externa, que sob ela encontra-se a túnica dartos. (KEFFER,2012).
A túnica dartos possui uma importante função na contração ou expansão da pele do
escroto para regular a temperatura dos testículos está localizada abaixo da pele do escroto.
(KEFFER,2012).
22

Os testículos dos touros possuem uma disposição pendular, enquanto dos equinos estão
dispostos horizontalmente, o cachaço assim como no cão os testículos não estão nem na vertical
nem na horizontal e os felinos possuem os testículos mais caudalmente. (KEFFER,2012).
O parênquima testicular é formado por milhares de túbulos seminíferos sendo
penetrado pelo tecido vaginal que forma lobos com formas triangulares que seguem formando
o mediastino testicular, nessa região mediastínica encontra-se túbulos seminíferos que vão dar
origem a rede testicular. (KEFFER,2012).
Hormônio produzido é testosterona: promove o desenvolvimento das características
sexuais secundárias e promove a espermatogênese (produção de espermatozoides).

10.1 HISTOLOGIA

Túnica vaginal não presente no corte. Túnica Albugínia: camada situada logo abaixo da
serosa, composta por tecido conjuntivo denso e divide o testículo em lóbulos. Túbulos
Seminíferos: túbulos com epitélio germinativo estratificado contendo as células de linhagem
espermatogênica e as células sustentaculares de Sertoli. No conjuntivo peritubular encontram-
se as Células de Leydig produtoras de testosterona. (Atlas de histologia médica, 2009).
23

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema endócrino é constituído pelo conjunto de glândulas endócrinas, que são


responsáveis pela produção de secreções denominadas hormônios. O sistema endócrino tem
como função regular e controlar todas as funções de nosso organismo.
Os hormônios são substâncias químicas que afetam a atividade de outra parte do corpo
(local-alvo). Em essência, os hormônios atuam como mensageiros que controlam e coordenam,
estimulando ou inibindo as atividades em todo o corpo.
As principais glândulas endócrinas humanas são: a pineal, a hipófise, a tireoide, as
paratireoides, as suprarrenais, o pâncreas, os ovários (nas fêmeas) e os testículos (nos machos).
24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://medicina.ucpel.edu.br/atlas/sistemas/reprodutor-masculino/, acesso em: 04/05/2018.

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