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OBSERVAÇÕES

DOS ARTIGOS DO DR. SCOTT HORRELL


E DO LIVRO “IGREJA: UM RELATO TEOLÓGICO E HISTÓRICO” DE GERALD BRAY


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Trabalho
Apresentado ao
Dr. Scott Horrell
Dallas Theological Seminary



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Em Cumprimento Parcial
Aos Requerimentos do Curso
DM705 Selected Topics of Theological Issues in Today’s Ministry


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Por
Marcelo Dias
Novembro 2017
OBSERVAÇÕES

1. Bray faz um apanhado histórico excelente e bem claro em seu livro. E, apesar de depois da
reforma abordar com mais profundidade as igrejas europeias (o que era de se esperar), o
autor dispõe a eclesiologia da igreja do império, da Reforma e pós reforma demonstrando o
caminho que a igreja trilhou para se tornar o que é hoje. Parece-me, no entanto, que Bray é
mais aberto a certos conceitos de modo a desejar uma unificação maior da igreja universal,
contanto que o critério da salvação (crer em Jesus para perdão dos pecados) e uma vida
dedicada a piedade sejam suas marcas distintivas para que a igreja tenha um testemunho
exemplar na sociedade onde vive.
2. A eclesiologia de Bray é claramente mais aberta, sugerindo que o Novo Testamento não tem
critérios específicos para certas áreas como por exemplo até onde pode chegar a relação da
igreja com o Estado e o tipo de governo que a igreja deve ter. Destaco aqui, todavia, o
apanhado histórico que Bray faz sobre como a igreja foi governada ao longo das eras até
hoje. Ele demonstrou seus diversos tipos de governo e o estado da liderança nas diversas
fases. Além disso, observo que o autor tem uma tendência em diminuir distinções entre
Israel e Igreja parecendo, em alguns momentos, uma continuidade entre as duas entidades.
Uma importante observação que Bray destaca é que a ordenação feminina só foi uma área
discutida e controversa na igreja mais recente, o que sugere a influência de um movimento
feminista incipiente no desenvolvimento do assunto. Sua percepção ao baixo valor que o
homem contemporâneo dá ao Corpo de Cristo é precisa, uma vez que afiliar-se a ou deixar
uma igreja local da atualidade é comum e depende de valores antropocêntricos, o que
parece não ter havido anteriormente ao período moderno.
3. De acordo com sua apresentação da igreja desde sua origem até os dias de hoje observa-se
uma grande variedade de caminhos que a igreja se enveredou. Muitos destes caminhos,
apesar de um desvio aqui e ali, mantiveram ou retornaram ao propósito primário de Jesus
por meio dos apóstolos. A ênfase nas Escrituras desde o início e o retorno a elas está em
destaque aqui. Embora tenha havido muitos desvios nesta área durante toda a história da
igreja e em alguns momentos tenha parecido que não haveria um retorno, o povo de Deus
foi sensível à Sua voz e, por diversas vezes, retomou sua ênfase nas Escrituras. Tenho visto
no Brasil um movimento de exposição bíblica acontecendo tanto entre os protestantes, quer
sejam eles calvinistas ou não. Isto tem acontecido apesar da grande influência liberal nas
décadas passadas, que influenciou negativamente diversos seguimentos da igreja brasileira,
sobretudo denominações conservadoras como Batista e Presbiteriana do Brasil. Minha
aplicação pessoal é continuar meu envolvimento na Igreja Batista em Atibaia, no Seminário
Bíblico Palavra da Vida e sobretudo ajudar o Seminário da Assembleia de Deus em Guarulhos
motivando membros da igreja e alunos ao estudo da Palavra como ênfase para suas vidas e
ministérios.
4. Ao estudar sobre a Trindade vi a mim mesmo no capítulo introdutório das notas de Horrell,
ou seja, meus estudos sobre este assunto foram, até hoje, superficiais e se preocupou em
defender a divindade do Pai, Filho e Espírito Santo separadamente, pois assim entendia que
teria uma compreensão profunda da Trindade. No entanto, ao tratar do assunto numa
perspectiva unificada da Trindade surgiram aplicações práticas antes impensadas por mim.
5. Percebi como uma cosmovisão trinitariana tem influências em todas as áreas da vida. Ela se
aplica à maneira como o indivíduo e a igreja devem lidar com o mundo de forma a se
aproximar dos descrentes para evangelizá-los. E essa aproximação não é apenas fruto de
uma obediência às ordens do Senhor, pelo contrário, ela é motivada e modelada pelo amor
transbordante entre as três Pessoas da Trindade demonstrado na criação, salvação e
cuidado com Suas criaturas. Tal perspectiva também orienta os relacionamentos em todas
as esferas cristãs, nas quais todos os cristãos são chamados a refletir a Trindade no cuidado
de uns para com os outros. Assim, os ensinos de viver uma vida “outrocêntrica” tem sua
razão no fundamento maior, que é a Trindade. Este aspecto também deve mudar a maneira
interna que a liderança de uma igreja vive entre si e em relação aos irmãos que pastoreia.
Seus objetivos tanto para o desenvolvimento e trabalho dentro da liderança como para as
ovelhas precisam refletir sempre o bem maior de Deus na vida deles. O desenvolvimento do
senso de pertencer mutuamente e de buscar o crescimento na intimidade com Deus são
motivados também pelo modelo da Trindade. Outro aspecto importante aqui foi a
observação de Horrell ao demonstrar o cerne da igreja neotestamentária ao afirmar que ela
está centrada em “refletir o Senhor através das suas funções de adoração, ensino/formação
de discípulos, comunhão e evangelismo/missão”1 e não na estrutura geográfica como
acontecia no judaísmo.
6. Uma pergunta que me veio a mente foi: Apesar da Trindade indicar todas as áreas da vida
por razão da Imago Dei no homem, qual seriam os limites destas implicações para a vida ao
constatar-se que a grandeza e as diferenças de Deus em comparação ao homem são
enormes? Até que ponto, então, a Trindade pode ser usada para indicar a vida dos cristãos?
Só consegui pensar numa resposta. Uma vez que as Escrituras são determinam o que se
pode saber sobre a Trindade, elas devem ser usadas como critério para balizar até onde é
possível chegar de modo a não extrapolar implicações e aplicações incorretas. Não é uma
tarefa fácil. E, com certeza a ajuda mútua no estudo das Escrituras será de grande valor.
Mas, usá-las nesse processo é um critério tangível, razoavelmente mensurável. Todavia,
lançar mão de outros critérios como a “filosofia, sociologia, ciência política, antropologia e
estudos culturais”2 para esta tarefa seria perigoso, pois uma compreensão correta e precisa
sobre o Pai, Filho e Espírito Santo pode ser encontrada apenas nas Escrituras Sagradas.

1
Horrell, J. Scott. “Freeing Cross-Cultural Church Planting with New Testament Essentials.” Bibliotheca Sacra 161: 2 (Apr-June 2017)
p. 212
2
Uma breve, mas relevante análise sobre o método de fazer teologia é encontrada em J. Scott Horrell “A tarefa internacional de se
fazer teologia” http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=77.

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