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CURITIBA
2018
“POR QUE OS ALUNOS NÃO GOSTAM DA ESCOLA?”
O presente trabalho tem como objeto discorrer sobre o livro “Por que os
alunos não gostam da escola?”, de Daniel T. Willingham. A seguinte obra traz
como tema principal a aceitação da escola pelas crianças, assim como os
métodos possíveis para a aprendizagem das mesmas. No decorrer da obra, o
autor traz uma abordagem sobre o pensamento e os processos envolvidos em
sua construção. Outra temática presente na obra, diz respeito a memoria e sua
relação com a construção do conhecimento, trazendo então, exemplos e
estratégias que podem ser utilizadas em sala de aula. No desenvolvimento do
seguinte trabalho, serão analisados o primeiro, o quarto e o quinto capítulo da
obra.
No primeiro capítulo do livro o autor busca introduzir a ideia de
pensamento e o funcionamento cerebral em relação a este mecanismo,
vinculando com a relação entre os alunos e a escola. Segundo Willingham, a
mente humana não é programada para pensar. O cérebro é responsável por
diversas funções fundamentais, as quais deve realizar com êxito, e o pensar não
está entre as principais funções cerebrais. O cérebro humano é responsável por
funções vitais para a vida do indivíduo, entre elas a visão, audição, movimento,
que são executadas com mais eficiência do que o pensamento. Para explicar a
capacidade visual humana, o autor utiliza da comparação com um sistema de
computador, usando uma linguagem simples e de fácil entendimento. O exemplo
auxilia na compreensão do porque o pensar exige menos do que outras
atividades do corpo humano. O computador, assim como o cérebro humano,
realizam atividades logicas e solucionam problemas, mas quando o assunto é
movimentação e capacidade visual, o computador não consegue executar tais
funções. Isso ocorre pois o cérebro humano possui funções únicas, que exigem
energia e eficácia, para garantir o funcionamento do sistema corporal como um
todo. As múltiplas funções cerebrais garantes aos indivíduos a capacidade de se
adaptar a situações distintas, sem muito esforço.
O pensar não esta inserido nas funções que demandam pouca energia,
ou seja, não é executado de forma automática. Para a melhor compreensão do
leitor, o autor utilizou de recursos ilustrativos e exemplos. Um dos exemplos
utilizados, foi uma situação problema, que mostra ao leitor a dificuldade do
pensamento, diferenciando o pensar do fato de ver o problema. O ver é uma
tarefa automática, enquanto o pensar requer esforço. É possível realizar mais
de uma tarefa por vez, mas não é possível pensar em duas coisas ao mesmo
tempo.
O texto aponta que diferentemente do pensamento, a memória não
demanda tanto esforço, pois exige também da capacidade visual. A partir do
momento em que o individuo entra em contato com algo, as informações são
captadas, codificadas e armazenadas, para que possam ser utilizadas
posteriormente. Sendo a assim a memória torna-se mais confiável do que o
raciocínio, pois acontece de forma automática, fornecendo respostas
rapidamente sem exigência do pensamento. A memória não exige atenção, ao
contrário do pensamento. Muitas vezes o indivíduo acaba utilizando da memória
para guiar suas ações, no lugar de pensar sobre as mesmas. O autor utiliza a
repetição de informações, para que o conteúdo seja transmitido de forma clara,
utilizando diferentes exemplos para o mesmo conceito. Tal mecanismo auxilia
na compreensão, no entanto a repetição excessiva de explicações acaba
tornando a leitura cansativa.