Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
1. Valor e Trabalho
“À primeira vista, parecerá que o valor de uma mercadoria é algo completamente relativo, que
não se pode determinar sem considerar uma mercadoria em relação a todas as outras
mercadorias. Quando falamos do valor, do valor de troca [value in Exchange] de uma
mercadoria, temos em vista as quantidades proporcionais em que se troca por todas as demais
mercadorias.” (p.59-60)
“Sabemos por experiência que essas proporções variam ao infinito. Tomemos uma única
mercadoria, por exemplo o trigo, e veremos que um quarter de trigo é trocado, numa série
quase infinita de proporções, por diferentes mercadorias.” (p. 60)
“Como valores de troca [exchangeable values] das mercadorias não passam de funções sociais
das mesmas, nada tendo a ver com suas propriedades naturais, devemos, antes de mais nada,
perguntar: qual é a substancia social comum a todas as mercadorias? É o trabalho. Para produzir
uma mercadoria, deve-se investir nela ou a ela incorporar uma determinada quantidade de
trabalho. E não simplesmente trabalho, mas trabalho social.” (p.61)
“Quando consideramos as mercadorias como valores, estamos considerando-as somente sob o
aspecto de trabalho social realizado, fixado, ou, se assim quiserem, cristalizado. Consideradas
desse modo, só podem ser diferenciadas umas das outras enquanto representarem quantidades
maiores ou menores de trabalho; assim, por exemplo, um lenço de seda pode incorporar uma
quantidade maior de trabalho do que um tijolo.” (p. 61)
“Uma mercadoria tem um valor porque é uma cristalização de trabalho social. A grandeza de
seu valor, ou seu valor relativo, depende da maior ou menor quantidade dessa substancia social
que ela encerra, quer dizer, da quantidade relativa de trabalho necessária à sua produção.”
(p.62)
“Poderia parecer que, se o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho
posta na sua produção, quanto mais preguiçoso ou inábil seja o operário, mais valiosa será a
mercadoria por ele produzida, pois o tempo de trabalho necessário para produzi-la será
proporcionalmente maior. Mas aquele que assim pensa incorre num lamentável erro.” (p. 64)
“Quando dizemos que o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho
aplicado ou cristalizado nela, queremos nos referir à quantidade de trabalho necessário para
produzir essa mercadoria numa dada situação social e sob determinadas condições sociais
médias de produção, com uma determinada intensidade social média e com uma destreza
média do trabalho utilizado.” ( p.65)
“Até agora, o preço de mercado de uma mercadoria coincide com o seu valor. Por outro lado, as
oscilações dos preços de mercado – que algumas vezes excedem o valor, ou preço natural, e
outras vezes ficam abaixo dele – dependem das variações da oferta e da procura.” (p.68)
“De um modo geral e considerando períodos de tempo bastante longos, se todas as espécies de
mercadorias são vendidas pelos seus respectivos valores, é absurdo supor que o lucro – não em
casos isolados, mas o lucro constante e normal das diversas industrias – seja resultado de uma
majoração dos preços das mercadorias, ou da ua venda por um preço consideravelmente
superior ao seu valor.” (p.69)
“Para explicar a natureza geral dos lucros, devemos partir do teorema segundo o qual as
mercadorias são vendidas, em média, pelo seu valor real, e que os lucros são obtidos vendendo-
se as mercadorias pelos seus valores, ou seja, proporcionalmente à quantidade de trabalho
nelas incorporadas.” (p.69)
2. Força de Trabalho