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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB

CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS E APLICADAS – CCSA


DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
Docente: Terçalia Componente curricular: S.Social e Processo de Trabalho I
Discente: Mayara Macedo Bandeira Matricula: 132245191

ANTUNES, Ricardo(org.). A Dialética do Trabalho. São Paulo: Expressão


Popular, 2013. (p. 59 -100)

SÁLARIO, PREÇO E LUCRO

1. Valor e Trabalho

“À primeira vista, parecerá que o valor de uma mercadoria é algo completamente relativo, que
não se pode determinar sem considerar uma mercadoria em relação a todas as outras
mercadorias. Quando falamos do valor, do valor de troca [value in Exchange] de uma
mercadoria, temos em vista as quantidades proporcionais em que se troca por todas as demais
mercadorias.” (p.59-60)

“Sabemos por experiência que essas proporções variam ao infinito. Tomemos uma única
mercadoria, por exemplo o trigo, e veremos que um quarter de trigo é trocado, numa série
quase infinita de proporções, por diferentes mercadorias.” (p. 60)

“Como valores de troca [exchangeable values] das mercadorias não passam de funções sociais
das mesmas, nada tendo a ver com suas propriedades naturais, devemos, antes de mais nada,
perguntar: qual é a substancia social comum a todas as mercadorias? É o trabalho. Para produzir
uma mercadoria, deve-se investir nela ou a ela incorporar uma determinada quantidade de
trabalho. E não simplesmente trabalho, mas trabalho social.” (p.61)
“Quando consideramos as mercadorias como valores, estamos considerando-as somente sob o
aspecto de trabalho social realizado, fixado, ou, se assim quiserem, cristalizado. Consideradas
desse modo, só podem ser diferenciadas umas das outras enquanto representarem quantidades
maiores ou menores de trabalho; assim, por exemplo, um lenço de seda pode incorporar uma
quantidade maior de trabalho do que um tijolo.” (p. 61)

“Uma mercadoria tem um valor porque é uma cristalização de trabalho social. A grandeza de
seu valor, ou seu valor relativo, depende da maior ou menor quantidade dessa substancia social
que ela encerra, quer dizer, da quantidade relativa de trabalho necessária à sua produção.”
(p.62)

“Para calcular o valor de troca de uma mercadoria, temos de acrescentar, à quantidade de


trabalho empregado, em último lugar, a quantidade de trabalho previamente aplicado nas
matérias-primas como se produz a mercadoria, e o trabalho incorporado nos meios de trabalho-
ferramentas, maquinaria e edifícios que serviram para esse trabalho.” (p.64)

“Poderia parecer que, se o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho
posta na sua produção, quanto mais preguiçoso ou inábil seja o operário, mais valiosa será a
mercadoria por ele produzida, pois o tempo de trabalho necessário para produzi-la será
proporcionalmente maior. Mas aquele que assim pensa incorre num lamentável erro.” (p. 64)

“Quando dizemos que o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho
aplicado ou cristalizado nela, queremos nos referir à quantidade de trabalho necessário para
produzir essa mercadoria numa dada situação social e sob determinadas condições sociais
médias de produção, com uma determinada intensidade social média e com uma destreza
média do trabalho utilizado.” ( p.65)

“A quantidade de trabalho necessária para produzir uma mercadoria varia constantemente ao


variarem as forças produtivas do trabalho aplicado. Quanto maiores são as forças produtivas do
trabalho, mais produtos serão produzidos num dado tempo de trabalho; e, quanto menores são,
menos se produz na mesma unidade de tempo.” (p. 65)
“O preço não é outra coisa senão a expressão monetária do valor. Os valores de todas as
mercadorias deste pais são representados, por exemplo, em preços-ouro, enquanto no
continente o são quase sempre em preços-prata. O valor do ouro, ou da prata, é determinado,
como o de qualquer mercadoria, pela quantidade de trabalho necessária à sua extração.” (p. 67)

“Até agora, o preço de mercado de uma mercadoria coincide com o seu valor. Por outro lado, as
oscilações dos preços de mercado – que algumas vezes excedem o valor, ou preço natural, e
outras vezes ficam abaixo dele – dependem das variações da oferta e da procura.” (p.68)

“De um modo geral e considerando períodos de tempo bastante longos, se todas as espécies de
mercadorias são vendidas pelos seus respectivos valores, é absurdo supor que o lucro – não em
casos isolados, mas o lucro constante e normal das diversas industrias – seja resultado de uma
majoração dos preços das mercadorias, ou da ua venda por um preço consideravelmente
superior ao seu valor.” (p.69)

“Para explicar a natureza geral dos lucros, devemos partir do teorema segundo o qual as
mercadorias são vendidas, em média, pelo seu valor real, e que os lucros são obtidos vendendo-
se as mercadorias pelos seus valores, ou seja, proporcionalmente à quantidade de trabalho
nelas incorporadas.” (p.69)

2. Força de Trabalho

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