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º 29, 8/8/2016
Propriedade
Ministério do Trabalho, Solidariedade
e Segurança Social
Edição
N.º Vol. Pág. 2016 Gabinete de Estratégia
e Planeamento
29 83 2295-2492 8 ago
Direção de Serviços de Apoio Técnico
e Documentação
ÍNDICE
Regulamentação do trabalho:
Despachos/portarias:
Portarias de extensão:
...
Convenções coletivas:
- Contrato coletivo entre a FNS - Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde e a Federação dos Sindicatos
da Indústria e Serviços - FETESE .................................................................................................................................................. 2300
- Contrato coletivo entre a Associação Industrial e Comercial do Café - AICC e a FESAHT - Federação dos Sindicatos da
Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal - Alteração salarial e outra ................................................ 2315
- Contrato coletivo entre a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica - APIFARMA e o Sindicato dos Trabalhadores
e Técnicos de Serviços - SITESE - Alteração salarial e outras/texto consolidado ....................................................................... 2316
- Contrato coletivo entre a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e o Sindicato dos Tra-
balhadores e Técnicos de Serviços - SITESE - Alteração salarial e outras .................................................................................. 2334
- Contrato coletivo entre a APIMPRENSA - Associação Portuguesa de Imprensa e a Federação dos Sindicatos da Indústria
e Serviços - FETESE - Alteração salarial e outras ....................................................................................................................... 2338
- Acordo coletivo entre várias instituições de crédito e a Federação do Sector Financeiro - FEBASE - Revisão global .............. 2339
- Acordo coletivo entre várias instituições de crédito e a Federação dos Sindicatos Independentes da Banca - FSIB - Revisão
global .............................................................................................................................................................................................. 2378
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- Acordo de empresa entre a Europa&c Embalagem, SA e a Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes -
COFESINT e outra - Revisão global .............................................................................................................................................. 2418
- Acordo de empresa entre a Europa&c Embalagem, SA e a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas,
Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - FIEQUIMETAL e outros - Revisão global .... 2439
- Acordo de adesão entre a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e o Sindicato dos Trabalhadores
da Actividade Seguradora (STAS) e outro ao acordo coletivo entre a Açoreana Seguros, SA e outras e as mesmas associações
sindicais .......................................................................................................................................................................................... 2461
Decisões arbitrais:
...
Jurisprudência:
...
Organizações do trabalho:
Associações sindicais:
I – Estatutos:
- Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho - STTS - Constituição ... 2462
II – Direção:
- FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal - Retificação ... 2474
Associações de empregadores:
I – Estatutos:
- ACIM - Associação dos Comerciantes e Industriais do Concelho de Moncorvo - Alteração ...................................................... 2474
- GROQUIFAR - Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos - Alteração ................................................. 2475
- Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal - AGAP - Alteração ................................................................. 2481
- Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros - ANTROP - Alteração ............................... 2481
- Associação Nacional do Sector de Comércio e Serviços de Cuidados Corporais que passa a denominar-se por Associação
Nacional do Corpo e do Cabelo - Alteração ................................................................................................................................... 2481
- Associação de Comércio, Indústria e Serviços de Elvas - Cancelamento .................................................................................... 2481
- Associação do Norte dos Armadores de Pesca Artesanal (ANAPA) - Cancelamento ................................................................. 2482
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II – Direção:
Comissões de trabalhadores:
I – Estatutos:
II – Eleições:
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Aviso: Alteração do endereço eletrónico para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego
O endereço eletrónico da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho para entrega de documentos a publicar
no Boletim do Trabalho e Emprego passou a ser o seguinte: dsrcot@dgert.msess.pt
De acordo com o Código do Trabalho e a Portaria n.º 1172/2009, de 6 de outubro, a entrega em documento electrónico
respeita aos seguintes documentos:
a) Estatutos de comissões de trabalhadores, de comissões coordenadoras, de associações sindicais e de associações de
empregadores;
b) Identidade dos membros das direcções de associações sindicais e de associações de empregadores;
c) Convenções colectivas e correspondentes textos consolidados, acordos de adesão e decisões arbitrais;
d) Deliberações de comissões paritárias tomadas por unanimidade;
e) Acordos sobre prorrogação da vigência de convenções coletivas, sobre os efeitos decorrentes das mesmas em caso de
caducidade, e de revogação de convenções.
Nota:
- A data de edição transita para o 1.º dia útil seguinte quando coincida com sábados, domingos e feriados.
- O texto do cabeçalho, a ficha técnica e o índice estão escritos conforme o Acordo Ortográfico. O conteúdo dos textos é
da inteira responsabilidade das entidades autoras.
SIGLAS
CC - Contrato coletivo.
AC - Acordo coletivo.
PCT - Portaria de condições de trabalho.
PE - Portaria de extensão.
CT - Comissão técnica.
DA - Decisão arbitral.
AE - Acordo de empresa.
Execução gráfica: Gabinete de Estratégia e Planeamento/Direção de Serviços de Apoio Técnico e Documentação - Depósito legal n.º 8820/85.
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REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO
DESPACHOS/PORTARIAS
Conesa Portugal, SA - Autorização de laboração ticados na Europa comunitária, tornando-a mais competitiva
contínua face à concorrência interna e externa e permitindo, ainda,
continuar a apostar no reforço dos próprios padrões de qua-
A empresa «Conesa Portugal, SA», NIF 500259160, lidade.
com sede em Montinho de Baixo, 7490-909 Mora, fregue- No que concerne aos trabalhadores envolvidos no regi-
sia e concelho de Mora, distrito de Portalegre, requereu, nos me de laboração requerido, uns, que fazem parte do quadro
termos e para os efeitos do disposto no número 3 do artigo de pessoal da empresa, foram consultados, não levantando
16.º da Lei n.º 105/2009, de 14 de setembro, autorização para obstáculos ao processo em curso, enquanto que outros serão
laborar continuamente no seu estabelecimento industrial sito contratados para o efeito. Assim, e considerando que:
no local da sede, no período compreendido entre 20 de julho 1- Não se conhece a existência de conflitualidade na em-
e 20 de outubro de 2016, no âmbito da Campanha do Tomate. presa;
A atividade que prossegue está subordinada, do ponto de 2- A c omissão de t rabalhadores na empresa, instada a
vista laboral, à disciplina do Código do Trabalho, aprovado pronunciar-se, por escrito, emitiu parecer favorável à imple-
pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, sendo aplicável o mentação do regime ora pretendido;
contrato coletivo de trabalho para a indústria do tomate, pu- 3- A situação respeitante aos trabalhadores abrangidos
blicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 27, pelo regime de laboração requerido encontra-se acima ex-
de 22 de julho de 2006, e subsequentes alterações. pressa;
A requerente fundamenta o pedido em razões, essencial- 4- Se encontra autorizada a laboração no estabelecimento,
mente, de ordem técnica e económica, porquanto, por um por decisão da Direção Regional da Agricultura do Alentejo,
lado, no decorrer da referida campanha, a requerente desen- do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e
volve diversas atividades que têm que ser exercidas ininter- das Pescas;
ruptamente. Na verdade, sendo o tomate um produto alta- 5- O processo foi regularmente instruído e se comprovam
mente perecível, terá de ser, diariamente, colhido e entregue os fundamentos aduzidos pela empresa.
na indústria, a fim de se evitar a respetiva deterioração, com Determinam os membros do Governo responsáveis pela
a inerente perda do valor económico e subsequentes graves área laboral e pelo sector de atividade em causa, ao abrigo
prejuízos para os agricultores e a indústria. Por outro lado, número 3 do artigo 16.º da Lei n.º 105/2009, de 14 de setem-
para que as máquinas estejam em plena capacidade de trans- bro, o seguinte:
formação da matéria-prima é necessária uma preparação de, É autorizada a empresa «Conesa Portugal, SA», a labo-
pelo menos, oito horas, situação esta, como a anterior, só rar continuamente no seu estabelecimento industrial, sito em
passíveis de concretização mediante o recurso ao regime de Montinho de Baixo, 7490-909 Mora, freguesia e concelho de
laboração solicitado. Por fim, tratando-se de uma empresa Mora, distrito de Portalegre, no período compreendido entre
que exporta cerca de 90 % dos respetivos produtos, este re- 20 de julho e 20 de outubro de 2016, no âmbito da Campanha
gime contribuirá para nivelar os custos de produção aos pra- do Tomate.
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Lisboa, 21 de julho de 2016 - O Secretário de Estado da de fevereiro) - O Secretário de Estado do Emprego, Miguel
Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira. (Compe- Filipe Pardal Cabrita (Competência delegada pelo Senhor
tência delegada pelo Senhor Ministro da Agricultura, Flo- Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social nos
restas e Desenvolvimento Rural nos termos a alínea d) do termos da alínea a) do n.º 1.6, do Despacho n.º 1300/2016,
número 3 do Despacho n.º 2243/2016, de 1 de fevereiro, de 13 de janeiro, publicado no Diário da República, 2.ª série,
publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 30, de 12 n.º 18, de 27 de janeiro).
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PORTARIAS DE EXTENSÃO
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CONVENÇÕES COLETIVAS
2300
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comissão de serviço, no âmbito do qual será convencionada k) Facultar a consulta do processo individual, sempre que
a respetiva retribuição. o trabalhador o solicite;
3- Os cargos de gestão podem também ser instituídos por l) Prestar aos sindicatos, aos delegados sindicais e à co-
disposição originária ou subsequente do contrato de traba- missão de trabalhadores todas as informações e esclareci-
lho, a qual estipula as condições do seu exercício, bem como mentos que solicitem, com vista ao exercício das suas atri-
a categoria profissional a que o trabalhador será reconduzido buições, de acordo com o previsto na lei e neste CCT;
quando ocorrer a cessação das funções de gestão. m) Proporcionar ao trabalhador condições de trabalho que
favoreçam a conciliação da atividade profissional com a vida
CAPÍTULO III familiar e pessoal.
Cláusula 13.ª
Direitos, deveres e garantias das partes
Deveres do trabalhador
Cláusula 11.ª 1- Sem prejuízo de outras obrigações, o trabalhador deve:
a) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade a entida-
Princípio geral
de empregadora, os superiores hierárquicos, os companhei-
1- A entidade empregadora e o trabalhador devem, no ros de trabalho e as demais pessoas que estejam ou entrem
cumprimento das respetivas obrigações, assim como no em relação com a empresa;
exercício dos correspondentes direitos, proceder de boa fé. b) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;
2- Na execução do contrato de trabalho devem as partes c) Realizar o trabalho com zelo e diligência;
colaborar na obtenção da maior produtividade e qualidade, d) Participar de modo diligente em ações de formação pro-
bem como na promoção humana, profissional e social do tra- fissional que lhe sejam proporcionadas pela empresa;
balhador. e) Cumprir as ordens e instruções da entidade empregado-
Cláusula 12.ª ra em tudo o que respeite à execução e disciplina do trabalho,
bem como à segurança e saúde no trabalho, salvo as que se
Deveres da entidade empregadora mostrem contrárias aos seus direitos e garantias;
1- Sem prejuízo de outras obrigações, a entidade empre- f) Guardar lealdade à entidade empregadora, nomeada-
gadora deve: mente não negociando por conta própria ou alheia em con-
a) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o traba- corrência com ela, nem divulgando informações referentes à
lhador; sua organização, métodos de produção ou negócios;
b) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser justa e g) Velar pela conservação e boa utilização dos bens rela-
adequada ao trabalho; cionados com o seu trabalho que lhe forem confiados pela
c) Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do pon- entidade empregadora;
to de vista físico como moral; h) Promover ou executar todos os atos tendentes à melho-
d) Contribuir para a elevação do nível de produtividade e ria da produtividade da empresa;
empregabilidade do trabalhador, nomeadamente proporcio- i) Cooperar para a melhoria do sistema de segurança e
nando-lhe formação profissional adequada a desenvolver a saúde no trabalho, nomeadamente por intermédio dos repre-
sua qualificação; sentantes dos trabalhadores eleitos para esse fim;
e) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que exer- j) Cumprir as prescrições de segurança e saúde no traba-
ça atividades cuja regulamentação ou deontologia profissio- lho estabelecidas nas disposições legais ou convencionais
nal a exija; aplicáveis;
f) Possibilitar o exercício de cargos em organizações re- k) Promover o bem-estar dos clientes;
presentativas dos trabalhadores; l) Respeitar a intimidade do doente mantendo sigilo sobre
g) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em con- as informações, elementos clínicos ou da vida privada de que
ta a proteção da segurança e saúde do trabalhador, devendo tome conhecimento;
indemnizá-lo dos prejuízos resultantes de acidentes de tra- m) Manter confidencialidade sobre a identidade dos doen-
balho; tes, em especial fora do local de trabalho;
h) Adotar, no que se refere à segurança e saúde no traba- n) Assegurar em qualquer circunstância a assistência aos
lho, as medidas que decorram da aplicação das prescrições doentes, não se ausentando nem abandonando o seu posto
legais e convencionais vigentes; trabalho sem que seja substituído.
i) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação ade- 2- O dever de obediência respeita tanto às ordens e instru-
quadas à prevenção de riscos de acidente e doença; ções dadas diretamente pela entidade empregadora como às
j) Manter permanentemente atualizado o registo do pes- emanadas dos superiores hierárquicos do trabalhador, dentro
soal em cada um dos seus estabelecimentos, com indicação dos poderes que por aquela lhes forem atribuídos.
dos nomes, datas de nascimento e admissão, modalidades Cláusula 14.ª
dos contratos, categorias, promoções, retribuições, datas de
início e termo das férias e faltas que impliquem perda da Garantias do trabalhador
retribuição ou diminuição dos dias de férias; 1- É proibido ao empregador:
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Cláusula 19.ª responsável pela área laboral, poderão ser reduzidos ou ex-
cluídos os intervalos para descanso previstos nos números
Tipos de horários 2 e 3.
Poderão ser praticados os seguintes tipos de horários:
Cláusula 21.ª
a) Horário fixo - aquele em que existe um único horário e
cujas horas de início e termo, bem como o início e a duração Banco de horas
do intervalo para refeição ou descanso, são fixas, nos termos
1- O período normal de trabalho pode ser aumentado até
da cláusula 20.ª;
quatro horas diárias e pode atingir sessenta horas semanais,
b) Horário desfasado - aquele em que, para o mesmo posto
tendo o acréscimo por limite 200 horas por ano.
de trabalho, existem dois ou mais horários de trabalho com
2- A compensação do trabalho prestado em acréscimo
início e termo diferentes e com sobreposição parcial entre
pode ser feita por qualquer uma, em singelo ou em conjunto,
todos eles, não inferior a duas horas;
das seguintes modalidades:
c) Horário concentrado - aquele em que o horário de tra-
a) Redução equivalente no tempo de trabalho;
balho pode ser aumentado até quatro horas diárias para con-
b) Aumento do período de férias.
centrar o período normal de trabalho semanal no máximo de
3- Quando, por motivo imputável à entidade empregadora,
quatro dias de trabalho ou para estabelecer um horário que
o trabalhador não consiga gozar o descanso compensatório
contenha, no máximo, três dias de trabalho consecutivos, se-
em qualquer das modalidades previstas no número anterior,
guidos no mínimo de dois dias de descanso, devendo, nesse
o trabalho prestado em acréscimo será pago como trabalho
caso, a duração do período normal de trabalho semanal ser
suplementar.
respeitada, em média, num período de referência de 45 dias;
4- O empregador deve comunicar ao trabalhador a necessi-
d) Horário por turnos - aquele em que existem para o mes-
dade de prestar trabalho em acréscimo ao abrigo do banco de
mo posto de trabalho dois ou mais horários de trabalho que
horas, com a antecedência mínima de 48 horas sobre o início
se sucedem e em que os trabalhadores mudam periódica e
do período de trabalho em acréscimo.
regularmente de um horário de trabalho para o subsequente,
5- O período em que a redução do tempo de trabalho para
de harmonia com uma escala preestabelecida, nos termos da
compensar trabalho em acréscimo deve ter lugar, deve ser
cláusula 24.ª. O horário de turnos será em regime de jornada
fixado por acordo entre o trabalhador e o empregador. Na
contínua quando praticado em postos de trabalho de estabe-
falta de acordo, deve o trabalhador indicar tal período com
lecimentos em relação aos quais está dispensado o encerra-
a antecedência mínima de uma semana. Na falta de indica-
mento.
ção por parte do trabalhador, deve o empregador informar o
Cláusula 20.ª trabalhador, igualmente com a antecedência mínima de uma
semana, do período em que a redução do tempo de trabalho
Horário fixo terá lugar.
1- Horário fixo é aquele em que as horas de entrada e saí-
Cláusula 22.ª
da, bem como os intervalos de descanso são constantes.
2- A jornada de trabalho diária será, em regra, interrom- Trabalho a tempo parcial
pida por intervalo para refeição ou descanso de duração não
1- Considera-se trabalho a tempo parcial o que correspon-
inferior a uma hora nem superior a duas horas, não podendo
da a um período normal de trabalho semanal inferior a 80 %
os trabalhadores prestar mais de seis horas consecutivas de
do praticado a tempo completo numa situação comparável,
trabalho.
designadamente em relação a idêntico tipo de trabalho.
3- Quando sejam prestadas mais de cinco horas consecu-
2- Do contrato de trabalho a tempo parcial deve constar o
tivas de trabalho, o trabalhador tem direito a um intervalo
número de horas correspondente ao período normal de traba-
suplementar de quinze minutos, o qual é considerado como
lho diário e semanal acordado, com referência comparativa
tempo de trabalho efetivo.
ao trabalho a tempo completo.
4- Quando a organização do trabalho de serviços de presta-
3- A duração do trabalho convencionada e o horário da sua
ção de cuidados permanentes de saúde e a especificidade das
prestação só podem ser modificados por acordo entre as par-
funções aconselhe um horário fixo com prestação contínua
tes.
de trabalho pelo mesmo trabalhador por período superior a
4- A retribuição do trabalho a tempo parcial será estabele-
seis horas, o intervalo de descanso pode ser reduzido para
cida em base proporcional, em função do número de horas de
trinta minutos, os quais se consideram incluídos no período
trabalho prestado e em referência ao nível salarial praticado
de trabalho desde que o trabalhador continue adstrito à ati-
na empresa para a respetiva categoria profissional numa si-
vidade.
tuação comparável.
5- Excecionalmente, nos serviços de cozinha e limpeza,
5- O trabalhador a tempo parcial tem ainda direito a todas
desde que haja o acordo do trabalhador, o intervalo previsto
as outras prestações, previstas neste CCT ou, se mais favorá-
no número 2 da presente cláusula pode ter a duração de qua-
veis, auferidas pelos trabalhadores a tempo completo numa
tro horas.
situação comparável, com exceção do subsídio de refeição,
6- Por acordo entre trabalhador e empregador e após auto-
que será pago por inteiro sempre que a prestação de trabalho
rização do serviço com competência inspetiva do ministério
for igual ou superior a cinco horas diárias.
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6- À prestação de trabalho a tempo parcial aplicam-se to- prestação ocorra fora do horário de trabalho, sem prejuízo
das as demais normas constantes neste CCT que não pressu- de situações particulares previstas na lei ou no presente CCT.
ponham a prestação de trabalho a tempo completo. 2- O trabalhador é obrigado a realizar a prestação de traba-
lho suplementar, salvo quando, havendo motivos atendíveis,
Cláusula 23.ª
expressamente solicite a sua dispensa.
Trabalho noturno e trabalhador noturno 3- O trabalho suplementar só poderá ser prestado para fa-
zer face a acréscimos eventuais e transitórios de trabalho que
1- Considera-se noturno o trabalho prestado no período
não justifiquem a admissão de trabalhador, ou havendo moti-
compreendido entre as 22 horas de um dia e as 7 horas do
vos de força maior devidamente justificados ou ainda quan-
dia seguinte.
do se torne indispensável para prevenir ou reparar prejuízos
2- Os trabalhadores noturnos a exercer funções de trata-
graves para a empresa ou para a sua viabilidade.
mentos e cuidados a doentes, assegurados em regime de con-
4- A prestação de trabalho suplementar é retribuída nos
tinuidade, não estão sujeitos aos limites diários na prestação
termos da cláusula 47.ª («Retribuição do trabalho suplemen-
de trabalho noturno.
tar»).
3- O trabalho noturno será retribuído nos termos da cláu-
sula 45.ª («Retribuição do trabalho noturno»). Cláusula 27.ª
Cláusula 24.ª Limites da duração do trabalho suplementar
Horário por turnos 1- O trabalho suplementar prestado para fazer face a acrés-
cimos eventuais e transitórios de trabalho fica sujeito, por
1- Considera-se trabalho por turnos qualquer organização
trabalhador, ao limite máximo de 2 horas diárias por dia nor-
do trabalho em equipa em que os trabalhadores ocupam su-
mal de trabalho e 8 horas diárias em dia de descanso semanal
cessivamente os mesmos postos de trabalho, a um determi-
ou feriado, não podendo ultrapassar as 200 horas por ano.
nado ritmo, incluindo o rotativo, contínuo ou descontínuo,
2- O limite estabelecido no número anterior da presente
podendo executar o trabalho a horas diferentes num dado
cláusula é aplicável aos trabalhadores a tempo parcial, com
período de dias ou semanas.
redução em função do seu valor percentual por comparação
2- A mudança do regime de turno só pode ocorrer após o
com os horários a tempo completo em vigor, para a mesma
descanso semanal.
função e categoria, na entidade empregadora.
3- Os trabalhadores em regime de turno não podem aban-
donar o seu posto de trabalho sem que tenha sido assegura- Cláusula 28.ª
do o seu provimento pelo trabalhador que lhes vai suceder,
devendo nele permanecer enquanto tal não aconteça, acio- Trabalho suplementar - Descanso compensatório
nando de imediato as medidas fixadas para a situação pela 1- O trabalhador que presta trabalho suplementar impedi-
entidade empregadora. tivo do gozo do descanso diário tem direito a descanso com-
4- A permanência no posto de trabalho para a execução pensatório remunerado equivalente às horas de descanso em
total ou parcial de um novo turno será contada como trabalho falta, a gozar num dos três dias úteis seguintes.
suplementar. 2- O trabalhador que presta trabalho em dia de descanso
5- Na organização do trabalho em regime de turnos deve semanal obrigatório tem direito a um dia de descanso com-
ser tido em conta que a duração de trabalho de cada turno pensatório remunerado, a gozar num dos três dias úteis se-
não pode ultrapassar os limites máximos dos períodos nor- guintes.
mais de trabalho. 3- O descanso compensatório é marcado por acordo entre
trabalhador e empregador ou, na sua falta, pelo empregador.
Cláusula 25.ª
Cláusula 29.ª
Descanso semanal
Funções compreendidas no objeto do contrato de trabalho
1- Os trabalhadores têm direito a, pelo menos, um dia de
descanso semanal. 1- O trabalhador deve, em princípio, exercer funções cor-
2- O dia de descanso semanal obrigatório é o domingo, ex- respondentes à atividade para que se encontra contratado,
ceto para os trabalhadores em regime de turnos ou que pres- devendo o empregador atribuir-lhe, no âmbito da referida
tam serviço em estabelecimentos autorizados a laborar ao atividade, as funções mais adequadas às suas aptidões e qua-
domingo, para os quais será o que por escala lhes competir. lificação profissional.
3- Nas situações referidas na segunda parte do número 2- A atividade contratada, ainda que descrita por remissão
anterior, o horário deve ser organizado de forma que, pelo para uma ou mais categorias profissionais constantes do ane-
menos seis vezes por ano, os dias de descanso semanal coin- xo I deste contrato, compreende as funções que lhe sejam
cidam com o domingo. afins ou funcionalmente ligadas, para as quais o trabalhador
detenha a qualificação profissional adequada e que não im-
Cláusula 26.ª pliquem desvalorização profissional.
3- Para efeitos do número anterior, consideram-se afins ou
Noção e natureza do trabalho suplementar
funcionalmente ligadas, designadamente, as atividades com-
1- Considera-se trabalho suplementar todo aquele cuja preendidas no mesmo grupo ou carreira profissional.
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empregador recusar a aceitação da prestação durante parte o empregador com a antecedência mínima de 30 dias, se o
ou todo o período normal de trabalho, respetivamente. contrato tiver duração igual ou superior a seis meses, ou de
15 dias, se for de duração inferior.
CAPÍTULO VII 3- Se o trabalhador não cumprir, total ou parcialmente, o
prazo de aviso prévio estabelecido nos números anteriores,
Cessação do contrato de trabalho o empregador pode exigir uma indemnização de valor igual
à retribuição mensal efetiva correspondente ao período de
Cláusula 62.ª antecedência em falta, sem prejuízo de indemnização por da-
nos causados pela inobservância do prazo de aviso prévio ou
Modalidades de cessação do contrato de trabalho de obrigação assumida em pacto de permanência.
1- O contrato de trabalho pode cessar por:
a) Denúncia por qualquer das partes durante o período ex- CAPÍTULO VIII
perimental;
b) Caducidade; Interpretação, integração e resolução dos conflitos
c) Revogação por acordo das partes;
d) Despedimento por facto imputável ao trabalhador; Cláusula 65.ª
e) Despedimento coletivo;
f) Despedimento por extinção do posto de trabalho; Comissão paritária
g) Despedimento por inadaptação; 1- A FNS e a FETESE constituirão uma comissão paritária
h) Resolução com justa causa, promovido pelo trabalha- formada por dois elementos, sendo um em representação da
dor; FNS e outro em representação dos sindicatos, com compe-
i) Denúncia por iniciativa do trabalhador. tência para interpretar e integrar as disposições deste CCT.
2- Cessando o contrato de trabalho, por qualquer forma, o 2- A comissão pode ainda assumir, por deliberação unâ-
trabalhador tem direito a receber: nime dos seus membros, competência para dirimir conflitos
a) O subsídio de Natal proporcional aos meses de trabalho de trabalho emergentes da aplicação deste CCT ou questões
prestado no ano da cessação; emergentes dos contratos individuais de trabalho celebrados
b) A retribuição correspondente às férias vencidas e não ao abrigo dela.
gozadas, bem como o respetivo subsídio; 3- A comissão paritária funciona mediante convocação por
c) A retribuição correspondente a um período de férias escrito de qualquer das partes contratantes, devendo as reu-
proporcional ao tempo de serviço prestado no ano da cessa- niões ser marcadas com oito dias seguidos de antecedência
ção, bem como o respetivo subsídio. mínima, com indicação da agenda de trabalhos e do local,
dia e hora da reunião.
Cláusula 63.ª
4- Não é permitido, salvo unanimidade dos seus represen-
Valor da indemnização em certos casos de cessação do contrato de tantes presentes, tratar nas reuniões assuntos de que a outra
trabalho parte não tenha sido notificada com um mínimo de oito dias
1- O trabalhador tem direito à indemnização correspon- seguidos de antecedência.
dente a pelo menos 1 mês de retribuição mensal base por 5- As deliberações tomadas por unanimidade, respeitan-
cada ano, ou fração, de antiguidade, não podendo ser inferior tes à interpretação e integração do presente CCT, serão de-
a 3 meses, nos seguintes casos: positadas e publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego,
a) Caducidade do contrato por motivo de morte do empre- considerando-se, a partir desta e para todos os efeitos, parte
gador, extinção ou encerramento da empresa; integrante deste CCT.
b) Resolução com justa causa, por iniciativa do trabalha- 7- As partes comunicarão uma à outra, dentro de 20 dias
dor. seguidos a contar da publicação deste CCT, a identificação
2- Nos casos de despedimento promovido pela empresa dos respetivos representantes.
em que o tribunal declare a sua ilicitude e o trabalhador quei- 8- A substituição de representantes é lícita a todo o tempo,
ra optar pela indemnização em lugar da reintegração, o valor mas só produz efeitos 15 dias seguidos após as comunica-
daquela será o previsto no número anterior. ções referidas no número anterior.
9- Os elementos da comissão podem ser assistidos por as-
Cláusula 64.ª sessores técnicos, sem direito a voto, até ao máximo de dois
por cada parte.
Denúncia por iniciativa do trabalhador
1- O trabalhador pode a todo o tempo denunciar o contra- Cláusula 66.ª
to, independentemente de justa causa, mediante comunica-
Conciliação, mediação e arbitragem
ção escrita enviada ao empregador com a antecedência mí-
nima de 30 ou 60 dias, conforme tenha, respetivamente, até 1- As partes contratantes comprometem-se a tentar dirimir
dois anos ou mais de dois anos de antiguidade. os conflitos emergentes da celebração, aplicação e revisão do
2- Sendo o contrato a termo, o trabalhador que se pretenda presente CCT pelo recurso à conciliação ou mediação.
desvincular antes do decurso do prazo acordado deve avisar 2- Não encontrando resolução para os eventuais conflitos
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pelas vias previstas no número anterior, as partes contratan- Tempo máximo de permanência na categoria: um ano.
tes desde já se comprometem a submetê-los a arbitragem, 2- Serviços gerais
nos termos da lei aplicável. Auxiliar de serviços gerais - É o trabalhador que executa
tarefas gerais simples, não ligadas à ação médica, nomeada-
CAPÍTULO IX mente, limpeza das instalações e equipamentos, preparação
de pequenas refeições, vigilância e apoio a utentes, enqua-
Disposições gerais e transitórias dradas por normas e procedimentos conhecidos.
Motorista - É o trabalhador que conduz veículos automó-
Cláusula 67.ª veis, zela pela sua conservação e pela carga que transporta,
orientando e colaborando na respetiva carga e descarga.
Manutenção de direitos e regalias adquiridos Técnico auxiliar de saúde - É o trabalhador que sob a
1- Da aplicação do presente CCT não poderão resultar orientação de um médico, enfermeiro ou técnico de saú-
quaisquer prejuízos para os trabalhadores, designadamente de, auxilia na participação de cuidados de saúde aos uten-
baixa de categoria ou classe ou diminuição de retribuição. tes, participa na vigilância e apoios aos doentes em todas
2- Não poderá igualmente resultar a redução ou suspensão as vertentes que lhe forem indicadas, designadamente nos
de qualquer outra regalia não económica atribuída pelo em- cuidados especiais a alguns doentes e ainda nos cuidados de
pregador ou acordada entre as partes, que de modo regular e higiene, conforto e ambiente; assegura a limpeza do equipa-
permanente os trabalhadores estejam a usufruir. mento técnico e efetua o transporte de doentes, produtos ou
mensagens entre os diversos serviços.
Cláusula 68.ª 3- Técnicos de gestão
Reclassificação profissional
Agrupa funções de direção e funções técnicas de diversos
domínios e áreas de conhecimento não médicas nem paramé-
Com efeitos à data da entrada em vigor do presente CCT, dicas (finanças, contabilidade, recursos humanos, etc.).
os trabalhadores são reclassificados e integrados nas catego- Diretor-geral (ou coordenador) - É o trabalhador que di-
rias profissionais constantes do anexo I. rige e coordena as várias direções da empresa, contribuindo
e participando na definição das políticas e estratégias empre-
ANEXO I sariais; reporta diretamente à administração e é responsável
pela definição de políticas e pelo controlo do negócio dentro
Definição de funções e carreira profissional dos objetivos estratégicos delimitados.
1- Serviços administrativos - ADM 4- Direção técnica
Agrupa todas as funções administrativas, independen- Nos termos dos regimes legais das respetivas carreiras,
temente das áreas de atividade (finanças, contabilidade, re- agrupa funções de direção e funções técnicas nos ramos e
cursos humanos, secretariado, receção, call-center, hotelaria, profissões de saúde e diagnóstico e terapêutica (farmácia,
etc.). laboratório, dietista, radiologista, fisioterapeuta, etc.). Para
Assistente administrativo (nível I, II e III) - É o traba- as funções de técnico de saúde é requerida licenciatura, nos
lhador que executa tarefas relacionadas com o expediente termos dos regimes legais das respetivas carreiras.
geral da empresa, de acordo com procedimentos estabele- Diretor técnico - É o trabalhador que dirige e coordena as
cidos; procede ao tratamento adequado de correspondência atividades de planificação, gestão e controlo operacional na
e documentação, registando e atualizando a informação e os área da saúde e diagnóstico e terapêutica, definindo a política
dados necessários à gestão de uma ou mais áreas da empre- de saúde a prestar nos diversos serviços à sua responsabi-
sa; faz processamento de texto, nomeadamente, de relatórios lidade; emite pareceres técnicos, articula a atuação da sua
de exames de diagnóstico; atende, informa ou encaminha o direção com outras áreas da saúde e realiza cuidados/atos
público interno ou externo à empresa, faz gestão de agendas, diretos de saúde sempre que necessário.
marcas consultas e exames e recebe pagamentos dos utentes. 5- Técnicos de saúde
O acesso aos níveis II e III nas categorias da área ad- Técnico superior de saúde especialista - TSS4 - É o tra-
ministrativa ocorre, respetivamente, após três e seis anos de balhador que, para além da realização de cuidados diretos
experiência profissional. de saúde da sua especialidade, em articulação com outros
Assistente de consultório - Auxilia o médico, executando profissionais de saúde, colabora com o diretor ou gestor no
trabalhos que não exijam preparação especifica de determi- desenvolvimento de projetos de investigação e formação, na
nadas técnicas, recebe os doentes, a quem transmite instru- monitorização e validação de indicadores de atividade, bem
ções, atende o telefone, marca consultas, preenche fichas e como na elaboração de pareceres técnico-científicos em ma-
procede ao seu arquivo, faz processamento de texto, nome- térias da sua profissão.
adamente, de relatórios de exames de diagnóstico, arruma e Técnico superior de saúde - TSS1/2/3 - É o trabalhador
esteriliza os instrumentos médicos e recebe o preço. que assegura, através dos de métodos e técnicas apropriados
Estagiário - É o trabalhador que inicia a sua integração à sua especialidade, o diagnóstico, tratamento e ou reabi-
na empresa e a aprendizagem da atividade, sempre sob a su- litação do doente; planeia, seleciona e aplica os elementos
pervisão próxima. necessários ao desenvolvimento normal da sua atividade,
assegurando a gestão e manutenção dos materiais e equipa-
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mentos com que trabalha; efetua o registo e atualização dos ou reabilitar indivíduos com disfunções de natureza física,
ficheiros de clientes; pode participar em projetos multidis- mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a dor, com
ciplinares de pesquisa e investigação; apoia e acompanha a o objetivo de os ajudar a atingir a máxima funcionalidade e
integração e desenvolvimento profissional dos técnicos de qualidade de vida.
saúde. Higienista oral - Realização de atividades de promoção
Ramos e profissões abrangidas: da saúde oral dos indivíduos e das comunidades, visando
Técnico superior de engenharia sanitária - O engenheiro métodos epidemiológicos e ações de educação para a saúde;
sanitarista é um profissional habilitado para aplicar os prin- prestação de cuidados individuais que visem prevenir e tratar
cípios da engenharia à prevenção, ao controlo e à gestão dos as doenças orais.
fatores ambientais que afetam a saúde e o bem-estar físico, Técnico de prótese dentária - Realização de atividades
mental e social do homem, bem como aos trabalhos e proces- no domínio do desenho, preparação, fabrico, modificação
sos de qualidade do ambiente. e reparação de próteses dentárias, mediante a utilização de
Nutricionista - O nutricionista é o profissional que desen- produtos, técnicas e procedimentos adequados.
volve funções técnico-científicas e técnicas de planeamento, Técnico de medicina nuclear - Desenvolvimento de
controlo e avaliação da alimentação racional. ações nas áreas de laboratório clínico, de medicina nuclear
Técnico de análises clínicas e de saúde pública - De- e de técnica fotográfica com manuseamento de aparelhagem
senvolvimento de atividades ao nível da patologia clínica, e produtos radioativos, bem como execução de exames mor-
imunologia, hematologia clínica, genética e saúde pública, fológicos associados ao emprego de agentes radioativos e
através do estudo, aplicação e avaliação das técnicas e méto- estudos dinâmicos e cinéticos com os mesmos agentes e com
dos analíticos próprios, com fins de diagnóstico e de rastreio. testagem de produtos radioativos, utilizando técnicas e nor-
Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatoló- mas de proteção e segurança radiológica no manuseamento
gica - Profissional responsável pelo tratamento de tecidos de radiações ionizantes.
biológicos colhidos no organismo vivo ou morto com obser- Técnico de neurofisiologia - Realização de registos da
vação macroscópica e microscópica, ótica eletrónica, com atividade bioelétrica do sistema nervoso central e periférico,
vista ao diagnóstico anatomopatológico, realização de mon- como meio de diagnóstico na área da neurofisiologia, com
tagens de peças anatómicas para fins de ensino e formação, particular incidência nas patologias do foro neurológico e
execução e controlo de diversas fases da técnica citológica. neurocirúrgico, recorrendo a técnicas convencionais ou com-
Técnico de audiologia - Profissional responsável pelo putorizadas.
desenvolvimento de atividades no âmbito da prevenção e Ortoptista - Desenvolvimento de atividades no campo
conservação da audição, do diagnóstico e da reabilitação au- de diagnóstico e tratamento dos distúrbios da mobilidade
ditiva, bem como no domínio da funcionalidade vestibular. ocular, visão binocular e anomalias associadas, realização de
Técnico de cardiopneumologia - Centra-se no desenvol- exames para correção refrativa e adaptação de lentes de con-
vimento de atividades técnicas para o estudo funcional e de tacto, bem como para análise da função visual e avaliação
capacidade anatomofisipatológica do coração, vasos e pul- da condução nervosa do estímulo visual e das deficiências
mões e de atividades ao nível da programação, aplicação de do campo visual, programação e utilização de terapêuticas
meios de diagnóstico e sua avaliação, bem como no desen- específicas de recuperação e reeducação das perturbações
volvimento de ações terapêuticas específicas, no âmbito da da visão binocular e da subvisão, ações de sensibilização,
cardiologia, pneumologia e cirurgia cardiotorácica. programas de rastreio e prevenção no âmbito da promoção e
Dietista - Profissional responsável pela aplicação de co- educação da saúde.
nhecimentos de nutrição e dietética na saúde em geral e na Técnico ortoprotésico - Avaliação de indivíduos com
educação de grupos e indivíduos, quer em situação de bem- problemas motores ou posturais, com a finalidade de con-
-estar quer na doença, designadamente no domínio da pro- ceber, desenhar e aplicar os dispositivos necessários e mais
moção e tratamento e da gestão de recursos alimentares. adequados à correção do aparelho locomotor, ou à sua subs-
Técnico de farmácia - Profissional responsável pelo de- tituição no caso de amputações e, de desenvolvimento de
senvolvimento de atividades no circuito do medicamento, ações visando assegurar a colocação de dispositivos fabrica-
tais como análises e ensaios farmacológicos, interpretação dos e respetivo ajustamento quando necessário.
da prescrição terapêutica e de fórmulas farmacêuticas, sua Técnico de radiologia - Realização de todos os exames
preparação, identificação e distribuição, controlo da conser- da área da radiologia de diagnóstico médico, programação,
vação, distribuição e stocks de medicamento e outros pro- execução e avaliação de todas as técnicas radiológicas que
dutos, informação e aconselhamento sobre o uso do medi- intervêm e na promoção da saúde, utilização de técnicas e
camento. normas de proteção e segurança radiológica no manusea-
Fisioterapeuta - Centra-se na análise e avaliação do mo- mento com radiações ionizantes.
vimento e da postura, baseadas na estrutura e função do cor- Terapeuta da fala - Desenvolvimento de atividades no
po, utilizando modalidades educativas e terapêuticas especí- âmbito da prevenção, avaliação e tratamento das perturba-
ficas com base, essencialmente no movimento, nas terapias ções da comunicação humana, englobando não só todas as
manipulativas e em meios físicos e naturais, com a finalidade funções associadas à compreensão e expressão da linguagem
de promoção da saúde e prevenção da doença, da deficiên- oral e escrita, mas também outras formas de comunicação
cia, de incapacidade e da inadaptação e de tratar, habilitar não verbal.
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Dina Teresa da Conceição Botelho Ferreira Carvalho, prestado, sem prejuízo de subsídio ou condições mais favo-
mandatária. ráveis já praticados pelas empresas.
FNS - Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados
de Saúde, são representadas da FNS as seguintes associações ANEXO II
de empregadores:
Retribuição certa mínima
ANACARD - Associação Nacional de Cardiologistas.
ANADIAL - Associação Nacional dos Centros de Diá- Grupo Categorias profissionais
Remunerações mínimas
lise. mensais (€)
ANAUDI - Associação Nacional de Unidades de Diag- 1 Encarregado geral 670
nóstico por Imagem. Encarregado de secção
APMFR - Associação Portuguesa de Medicina Física e 2 Provador de café 590
Fiel de armazém
de Reabilitação.
ANL - Associação Nacional de Laboratórios Clínicos. 3 Torrefactor 580
ASSOMED - Associação Nacional dos Médicos de En- Operador
4 565
Operador de linha de embalagem
doscopia Digestiva.
Auxiliar de laboração
5 Empacotador ou embalador 535
Depositado em 26 de julho de 2016, a fl. 197 do livro Estagiário
n.º 11, com o n.º 116/2016, nos termos do artigo 494.º do Empregado de limpeza
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de 6 530
Aprendiz
fevereiro.
A tabela salarial e as cláusulas de expressão pecuniária
produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2016.
O pagamento dos retroactivos será realizado em duas
tranches, diferidas de 60 dias, sendo que o primeiro será
Contrato coletivo entre a Associação Industrial e efectuado no mês da publicação do presente acordo no Bole-
Comercial do Café - AICC e a FESAHT - Federação tim do Trabalho e Emprego.
dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas,
Hotelaria e Turismo de Portugal - Alteração salarial Lisboa, 4 de Julho de 2016.
e outra Pela Associação Industrial e Comercial do Café - AICC:
Dr.ª Maria José Pereira de Vasconcelos Barbosa e Vilas
O CCT para a indústria de torrefacção publicado no Bole-
Boas Miranda, mandatária.
tim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 13, de 8 de Setem-
Carlos Manuel Diniz Pina, mandatário.
bro de 2011, com alteração no n.º 14, de 15 de Abril de 2014,
é revisto da forma seguinte: Pela FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura,
Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal:
Cláusula 1.ª
Manuel Lopes Furtado, mandatário.
(Área e âmbito)
Sindicato filiado na federação:
1- O presente CCT aplica-se a todo o território continen-
tal e obriga, por um lado, as empresas de torrefacção (CAE SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores de Agricultura e
10830) representadas pela associação patronal outorgante e, das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portu-
por outro, os trabalhadores ao seu serviço com as categorias gal.
profissionais nele previstas representados pelas associações STIANOR - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias
sindicais outorgantes. de Alimentação do Norte.
2- O presente CCT abrange um universo de 34 empresas, STIAC - Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Ali-
num total de 1920 trabalhadores. mentar do Centro, Sul e Ilhas.
Cláusula 79.ª
Depositado em 26 de julho de 2016, a fl. 196 do livro
(Subsídio de refeição) n.º 11, com o n.º 113/2016, nos termos do artigo 494.º do
Os trabalhadores abrangidos por este contrato têm direito Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
a um subsídio de refeição de 2,65 € por cada dia de trabalho fevereiro.
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d) Diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos na lei b) O período normal de trabalho semanal não pode ultra-
e neste CCT; passar as 50 horas;
e) Baixar a categoria do trabalhador, salvo nos casos pre- c) Nas semanas em que, por força da definição da duração
vistos neste CCT; do trabalho em termos médios, haja uma redução da jornada
f) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, diária, esta não poderá ultrapassar as duas horas;
salvo nos casos previstos neste CCT, ou quando haja acordo; d) Por acordo entre o empregador e os trabalhadores, a re-
g) Ceder trabalhadores do quadro de pessoal próprio para dução do tempo de trabalho diário e semanal para efeitos do
utilização de terceiros que sobre esses trabalhadores exer- cálculo, em termos médios, pode ser compensada pela redu-
çam os poderes de autoridade e direção próprios do empre- ção da semana de trabalho em dias ou meios-dias de descan-
gador ou por pessoa por ele indicada, salvo nos casos espe- so ou pela junção ao período de férias;
cialmente previstos; e) As alterações ao horário de trabalho decorrentes da apli-
h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar servi- cação desta cláusula têm de ser comunicadas aos trabalhado-
ços fornecidos pela empresa ou por pessoa por ela indicada; res envolvidos com a antecedência mínima de 21 dias, po-
i) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei- dendo esta antecedência ser diminuída com o acordo escrito
tórios, economatos ou outros estabelecimentos diretamente dos trabalhadores;
relacionados com o trabalho para fornecimento de bens ou f) As alterações que comprovadamente impliquem acrés-
prestação de serviços aos trabalhadores; cimo de despesas para o trabalhador conferem o direito à
j) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mes- correspondente compensação económica.
mo com o seu acordo, havendo o propósito de o prejudicar 2- Entre dois períodos diários consecutivos de trabalho
em direitos ou garantias decorrentes da antiguidade; normal é garantido aos trabalhadores um período de descan-
k) Obrigar o trabalhador a trabalhar com máquinas ou so de onze horas consecutivas.
veículos, relativamente aos quais se comprove, através da 3- Nos dias em que por força da modelação do horário de
entidade oficial competente, não possuírem condições de se- trabalho o período normal de trabalho seja superior a oito
gurança. horas, é aplicável o disposto no número 5 da cláusula 22.ª,
2- A prática, por parte da entidade empregadora, de qual- «Trabalho suplementar».
quer ato em contravenção das garantias dos trabalhadores dá
Cláusula 17.ª
ao trabalhador a faculdade de rescindir o contrato, com direi-
to a ser indemnizado nos termos da lei. Descanso semanal e complementar
Os dias de descanso semanal obrigatório e complementar
CAPÍTULO V são, respetivamente, o domingo e o sábado ou os períodos
previstos nas escalas de turnos rotativos dos regimes de la-
Tempo de trabalho
boração contínua ou semicontínua.
Cláusula 15.ª Cláusula 18.ª
Duração do trabalho Horário de trabalho - Definição e princípio geral
1- O período normal de trabalho semanal não poderá ser 1- Entende-se por horário de trabalho a determinação das
superior a 40 horas, sem prejuízo dos períodos de menor du- horas do início e do termo do período normal de trabalho
ração já acordados entre entidades patronais e trabalhadores. diário ou, no caso da cláusula 19.ª, «Horário flexível», dos
2- O período de trabalho diário deverá ser interrompido respetivos limites, bem como dos intervalos de descanso.
por um período para refeição e descanso não inferior a trinta 2- Compete às entidades patronais estabelecer o horário de
minutos nem superior a duas horas, não sendo exigível em trabalho do pessoal ao seu serviço, dentro dos condicionalis-
nenhum caso a prestação de mais de seis horas de trabalho mos legais.
consecutivas. 3- A fixação dos horários de trabalho e todas as suas alte-
3- Para além do intervalo de descanso previsto no número rações devem ser sempre precedidas de consulta aos traba-
anterior, sempre que a prestação de trabalho seja superior a lhadores afetados e seus representantes, nos termos legais.
cinco horas consecutivas, deve convencionar-se outro com a
frequência e a duração que as partes acordarem, mas não in- Cláusula 19.ª
ferior a quinze minutos, sendo o mesmo considerado tempo
Horário flexível
de trabalho efetivo.
1- Poderão ser praticados, em certas atividades definidas
Cláusula 16.ª pelo empregador, horários flexíveis, desde que sejam obser-
vados os seguintes princípios:
Adaptabilidade na organização da duração do trabalho
a) Definição de um período fixo, durante o qual é obriga-
1- Os períodos de trabalho diário e semanal podem ser tória a presença do trabalhador que pratique o regime de ho-
modelados dentro de um período de referência com o limite rário flexível;
máximo de seis meses, no respeito pelas seguintes regras: b) Definição de uma flexibilidade no horário que pode
a) O período normal de trabalho diário não pode ultrapas- abranger o início do período normal de trabalho diário, o
sar as 10 horas;
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intervalo de descanso e ou o termo do período normal de rior a 75 % do praticado a tempo completo numa situação
trabalho diário; comparável, designadamente em relação a idêntico tipo de
c) O limite máximo de prestação consecutiva do trabalho trabalho.
em cada período diário de trabalho não poderá ultrapassar 2- O contrato de trabalho a tempo parcial está sujeito à
seis horas consecutivas; forma escrita, dele devendo constar, para além de outros
d) O intervalo de descanso não pode ser inferior a trinta elementos, o número de horas correspondente ao período
minutos, sem prejuízo do disposto na alínea a); normal de trabalho diário e semanal acordado, com referên-
e) O trabalhador deverá completar o número de horas de cia comparativa ao trabalho a tempo completo, o horário de
trabalho correspondente à soma do período normal de traba- trabalho e as diversas componentes da retribuição mensal.
lho diário, durante o período de referência fixado, que pode 3- O trabalho a tempo parcial pode, salvo estipulação em
ser a do dia, semana ou mês, não podendo exceder esse li- contrário, ser prestado em todos ou alguns dias da semana,
mite, salvo se correspondendo a trabalho suplementar que sem prejuízo do descanso semanal, devendo o número de
expressamente lhe seja solicitado pelo empregador, o qual dias de trabalho ser fixado por acordo.
será objeto de registo nos termos legais. 4- O trabalhador a tempo parcial tem direito à retribuição
2- A prática de regime previsto na presente cláusula não de base e às demais prestações pecuniárias com ou sem ca-
isenta o trabalhador da obrigação de presença quando tal lhe ráter retributivo previstas na presente convenção coletiva de
seja determinado pela entidade empregadora ou, nos termos trabalho, ou, caso seja mais favorável, e nos termos da lei,
definidos por aquela, quando tal se torne necessário, a fim de às auferidas por trabalhadores a tempo completo numa situ-
que seja assegurado o normal funcionamento dos serviços. ação comparável, em proporção do respetivo período normal
de trabalho semanal, sem prejuízo do disposto no número
Cláusula 20.ª
seguinte.
Isenção de horário de trabalho 5- O subsídio de refeição será pago por inteiro sempre que
a prestação de trabalho for superior a cinco horas diárias.
1- Por acordo escrito pode ser isento de horário de trabalho
6- O trabalhador a tempo parcial pode passar a trabalhar
o trabalhador que se encontre numa das seguintes situações:
a tempo inteiro, ou o inverso, a título definitivo ou por pe-
a) Exercício de cargos de administração, de direção, de
ríodo determinado, mediante acordo escrito com a entidade
chefia, de confiança, de fiscalização ou de apoio direto aos
empregadora.
titulares desses cargos;
b) Execução de trabalhos preparatórios ou complementa- Cláusula 22.ª
res que, pela sua natureza, só possam ser efetuados fora dos
limites dos horários normais de trabalho; Trabalho suplementar
c) Exercício regular da atividade fora do estabelecimento, 1- Considera-se trabalho suplementar todo aquele que é
sem controlo imediato da hierarquia; prestado fora do horário de trabalho, sem prejuízo das exce-
d) Os trabalhadores que desempenham as funções de mo- ções previstas na lei.
nitores de ensaios clínicos. 2- O trabalhador deve ser dispensado de prestar trabalho
2- Nos termos do que for acordado, a isenção de horário suplementar quando, havendo motivos atendíveis, expressa-
pode compreender as seguintes modalidades: mente o solicite.
a) Não sujeição aos limites máximos dos períodos normais 3- O trabalho suplementar só pode ser prestado:
de trabalho; a) Quando a empresa tenha de fazer face a acréscimos
b) Possibilidade de alargamento da prestação a um deter- eventuais e transitórios de trabalho que não justifiquem a ad-
minado número de horas, por dia ou por semana; missão de trabalhador;
c) Observância dos períodos normais de trabalho acorda- b) Quando se torne indispensável para prevenir ou reparar
dos. prejuízos graves para a empresa ou para a sua viabilidade ou
3- A isenção não prejudica o direito do trabalhador aos se verifiquem casos de força maior.
dias de descanso semanal e aos feriados previstos neste CCT, 4- Quando o trabalhador prestar trabalho suplementar não
bem como ao período mínimo de descanso diário, nos ter- poderá entrar novamente ao serviço sem que antes tenham
mos da lei. decorrido onze horas, salvo, tratando-se de trabalho suple-
4- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho têm mentar em antecipação do período normal ou por razões de
direito ao subsídio previsto na cláusula 56.ª, «Subsídio de força maior ou ainda para reparar prejuízos graves para a
IHT». empresa ou para a sua viabilidade devidos a acidente ou ris-
5- Os trabalhadores que exercem funções de administra- co de acidente eminente.
ção ou de direção podem renunciar à retribuição referida no 5- A empresa fica obrigada a assegurar o transporte no re-
número anterior. gresso do trabalhador à sua residência após a execução de
trabalho suplementar, desde que não haja transportes públi-
Cláusula 21.ª
cos para o efeito, nos trinta minutos seguintes ao termo do
Trabalho a tempo parcial trabalho.
6- Sempre que a prestação de trabalho suplementar em
1- Considera-se trabalho a tempo parcial o que correspon-
continuação do período normal de trabalho diário se prolon-
da a um período normal de trabalho semanal igual ou infe-
2320
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gue, pelo menos, até às 20 horas e tenha a duração mínima plementar realizado, o qual se vencerá logo que perfizer um
de duas horas, a empresa terá de assegurar ou pagar o jantar número de horas igual ao período normal de trabalho diário,
ao trabalhador. devendo ser gozado nos 90 dias seguintes.
7- A empresa deve possuir um registo de trabalho suple- 2- Na falta de acordo, o dia de descanso compensatório
mentar onde são diariamente anotadas as horas do seu início será fixado pela empresa.
e termo, devidamente visado pelo trabalhador, do qual deve 3- Por acordo entre a empresa e o trabalhador, o descanso
ainda sempre constar a indicação expressa do fundamento da compensatório devido por trabalho suplementar não presta-
prestação de trabalho suplementar, além dos outros elemen- do em dias de descanso semanal obrigatório, pode ser substi-
tos fixados na lei. tuído por prestação de trabalho retribuído com um acréscimo
8- A violação do disposto no número anterior confere ao não inferior a 100 %.
trabalhador, por cada dia em que tenha desempenhado a sua
Cláusula 26.ª
atividade fora do horário de trabalho, o direito à retribuição
correspondente ao valor de duas horas de trabalho suplemen- Trabalho noturno
tar.
1- Considera-se noturno o trabalho prestado no período
Cláusula 23.ª que decorre entre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia
imediato.
Limites de trabalho suplementar 2- Considera-se também como noturno o trabalho presta-
1- A prestação de trabalho suplementar fica sujeita, por do em antecipação ou em prolongamento de um período de,
trabalhador, ao limite máximo de duas horas diárias por dia pelo menos, sete horas de trabalho noturno.
normal de trabalho de oito horas diárias em dia de descan- 3- O trabalho noturno será pago nos termos da cláusula
so semanal ou feriado, não podendo ultrapassar as duzentas 55.ª, «Retribuição do trabalho noturno».
horas anuais.
2- O limite previsto no número anterior não se aplica nos CAPÍTULO VI
casos previstos na alínea b) do número 3 da cláusula 22.ª,
«Trabalho suplementar». Local de trabalho e deslocações
Cláusula 24.ª
Cláusula 27.ª
Trabalho suplementar prestado em dias de descanso semanal ou
feriados Local habitual de trabalho - Princípio geral
1- O trabalho prestado em dia de descanso semanal obriga- 1- O local habitual de trabalho deverá ser definido pela en-
tório dá ao trabalhador direito a descansar um dia completo tidade empregadora no ato de admissão de cada trabalhador,
nos sete dias seguintes, sem prejuízo da retribuição normal, entendendo-se para o efeito como o local onde o trabalhador
salvo o disposto no número seguinte. irá exercer a sua atividade e para o qual foi contratado.
2- No caso da prestação de trabalho em dia de descanso se- 2- Salvo a ocorrência de motivos ponderosos devidamen-
manal obrigatório decorrer de prolongamento motivado por te fundamentados, nenhum trabalhador pode ser obrigado a
falta imprevista do trabalhador que deveria ocupar o posto de realizar deslocações que não lhe permitam o regresso diário
trabalho do turno seguinte, e a sua duração não ultrapassar à sua residência.
duas horas, o trabalhador tem direito a um descanso compen- 3- O disposto no número anterior não abrange os traba-
satório de duração igual ao período de trabalho suplementar lhadores que por inerência das funções tenham de realizar
prestado naquele dia, que deve ser gozado nos sete dias se- deslocações, nem as deslocações indispensáveis à formação
guintes. profissional do trabalhador.
3- O trabalho suplementar em dias de descanso semanal Cláusula 28.ª
ou feriados só pode ser prestado nas condições previstas no
número 3 da cláusula 22.ª, «Trabalho suplementar». Deslocações em serviço
4- O trabalhador deve ser dispensado de prestar trabalho 1- A entidade empregadora assegurará ao trabalhador,
suplementar em dias de descanso semanal ou feriado quan- sempre que este se desloque em serviço, o meio de transporte
do, havendo motivos atendíveis, expressamente o solicite. e o pagamento das despesas inerentes à deslocação.
5- Quando o trabalhador prestar trabalho suplementar em 2- A viatura do trabalhador poderá ser por este utilizada na
dias de descanso semanal ou feriados, a entidade emprega- deslocação em serviço, desde que a entidade empregadora e
dora é obrigada a custear o transporte. o trabalhador nisso hajam acordado.
Cláusula 25.ª 3- Quando o trabalhador utilizar viatura própria ao serviço
da empresa, de forma esporádica ou regular, será reembol-
Trabalho suplementar - Descanso compensatório sado por cada quilómetro percorrido pelo valor que em cada
1- A prestação de trabalho suplementar em dia útil, em dia ano é estabelecido para a Administração Pública e pelo valor
de descanso semanal complementar e em dia feriado con- das portagens efetivamente pagas.
fere ao trabalhador o direito a um descanso compensatório 4- No caso específico dos trabalhadores em regime total ou
retribuído, correspondente a 25 % das horas de trabalho su- predominantemente externo, quando utilizem, com o acordo
2321
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da entidade empregadora, a sua viatura própria, ser-lhes-á pagamento da viagem de regresso, se esta for prescrita pelo
garantido o custeio do trajeto normal da deslocação, contan- médico que o assistiu.
do este a partir de e até à sua casa. 3- O trabalhador deslocado, sempre que não possa compa-
5- Quando os trabalhadores referidos no número anterior recer ao serviço por motivo de doença, deverá avisar no mais
habitem fora da área concelhia da sua cidade base e esta for curto espaço de tempo possível a empresa, sem o que a falta
uma das cidades de Lisboa, Porto ou Coimbra não serão con- será considerada injustificada.
sideradas em serviço as deslocações entre a casa do trabalha- 4- Em caso de morte do trabalhador em deslocação, a en-
dor e os limites concelhios daquela cidade. tidade empregadora pagará todas as despesas de transporte e
6- O início e o termo da deslocação em serviço deverão ter trâmites legais para o local de residência.
lugar dentro do período normal de trabalho.
Cláusula 33.ª
7- As obrigações da empresa para com o pessoal desloca-
do em serviço subsistem durante os períodos de inatividade Local de férias dos trabalhadores deslocados
decorrente de factos ou situações imputáveis à entidade em- 1- Para efeitos de férias a entidade empregadora assegu-
pregadora. rará aos trabalhadores deslocados o custo da viagem de ida
Cláusula 29.ª e volta, pela via mais rápida, para e do local de onde foi
deslocado se, relativamente ao gozo de férias imediatamente
Refeições anteriores, houverem decorrido pelo menos:
Quando, devido a deslocação em serviço, o trabalhador a) Seis meses, para os deslocados em território nacional;
ficar impossibilitado de tomar a refeição nas condições em b) Um ano, para os trabalhadores deslocados no estran-
que normalmente o faz, a entidade empregadora abonar-lhe- geiro, sendo neste caso o período referido às últimas férias
-á uma importância no montante previsto no anexo III. gozadas.
2- Durante as férias os trabalhadores terão apenas direito à
Cláusula 30.ª sua remuneração como se não estivessem deslocados.
3- Não será contado como férias o tempo necessário ao
Viagem em serviço
trabalhador para o regresso, pela via mais rápida, ao local de
1- Quando em viagem de serviço, em território nacional, onde foi deslocado, e subsequente retorno, pela mesma via,
que, pelo seu raio de ação, a acordar entre a empresa e o tra- ao local de deslocação.
balhador, não permita o regresso diário deste, o trabalhador
terá direito ao pagamento do montante previsto no anexo III,
CAPÍTULO VII
para as despesas de alojamento e alimentação.
2- A viagem em serviço referida no número anterior não Férias, feriados, faltas e licenças
deverá ser superior a 21 dias seguidos, sem prejuízo dos ca-
sos especiais a acordar, por escrito, entre o trabalhador e a
empresa. SECÇÃO I
3- As viagens em serviço ao estrangeiro não poderão estar
Férias
sujeitas a condições inferiores às estipuladas neste CCT.
Cláusula 31.ª Cláusula 34.ª
O disposto nas cláusulas anteriores entende-se sem preju- 1- O direito a férias reporta-se ao trabalho prestado no ano
ízo de encontro de contas com eventual subsídio de alimen- civil anterior e vence-se no dia 1 de janeiro de cada ano, sal-
tação que o trabalhador aufira. vo o disposto no número seguinte.
2- No ano da contratação, o trabalhador tem direito, após
Cláusula 32.ª
seis meses completos de execução do contrato, a gozar 2 dias
Cobertura dos riscos de doença úteis de férias por cada mês de duração do contrato, até ao
máximo de 20 dias úteis.
1- Durante o período de deslocação, os encargos com a
3- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor-
assistência médica, medicamentosa e hospitalar que, em ra-
rido o prazo referido no número anterior ou antes de gozado
zão do local em que o trabalho seja prestado, deixa eventu-
o direito a férias, pode o trabalhador usufrui-lo até 30 de ju-
almente de ser assegurado aos trabalhadores pela segurança
nho do ano civil subsequente.
social ou não lhes sejam igualmente garantidos por qualquer
4- Da aplicação do regime previsto nos números 2 e 3 não
entidade seguradora deverão ser cobertos pelas empresas,
pode resultar para o trabalhador o direito ao gozo de um pe-
que, para tanto, assumirão as obrigações que competiriam
ríodo de férias, no mesmo ano civil, superior a 30 dias úteis
à segurança social se os trabalhadores não estivessem des-
de férias.
locados, a menos que tal se deva à inércia do trabalhador,
5- O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo efetivo
nomeadamente a falta de credencial adequada.
não pode ser substituído, fora dos casos expressamente pre-
2- Durante os períodos de doença comprovados por ates-
vistos na lei, por qualquer compensação económica ou outra,
tado médico, o trabalhador deslocado terá ainda direito ao
ainda que com o acordo do trabalhador.
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2324
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5- Durante o período de licença sem retribuição mantêm- porcional aos meses que medeiam entre a data da sua admis-
-se os direitos, deveres e garantias da empresa e do trabalha- são e 31 de dezembro, considerando-se como mês completo
dor, na medida em que não pressuponham a efetiva prestação qualquer fração igual ou superior a 15 dias.
de trabalho. 3- Cessando o contrato de trabalho, a entidade empregado-
ra pagará ao trabalhador a parte do subsídio de Natal propor-
CAPÍTULO VIII cional ao número de meses completos de serviço prestado no
ano da cessação.
Retribuição e outras prestações pecuniárias 4- Suspendendo-se o contrato de trabalho por impedimen-
to prolongado do trabalhador, este terá direito:
Cláusula 46.ª a) No ano da suspensão, a um subsídio de Natal de mon-
tante proporcional ao número de meses completos de serviço
Retribuição prestado nesse ano;
1- Só se considera retribuição aquilo a que, nos termos do b) No ano do regresso à prestação do trabalho, a um subsí-
contrato, das normas que o regem ou dos usos, o trabalhador dio de Natal de montante proporcional ao número de meses
tem direito como contrapartida do seu trabalho. completos de serviço até 31 de dezembro, a contar da data
2- A retribuição compreende a retribuição de base e todas do regresso.
as outras prestações regulares e periódicas feitas, direta ou 5- Este subsídio será pago até ao dia 30 de novembro.
indiretamente, em dinheiro ou em espécie. 6- O disposto nos números anteriores não se aplica aos
3- Quando um trabalhador aufira uma retribuição mista, contratos de trabalho em que a retribuição é calculada de
esta será sempre considerada para todos os efeitos previstos modo a incluir um valor igual ao subsídio de Natal na retri-
neste contrato. buição anual.
4- Para todos os efeitos, o valor da retribuição horária será Cláusula 49.ª
calculado segundo a seguinte fórmula:
Rm × 12 Subsídio de férias
Rh= Hs × 52 1- A entidade empregadora pagará a todos os trabalhado-
res, antes do início das férias, e, se possível, com a antece-
sendo: dência de 15 dias, um subsídio igual à retribuição corres-
Rh - retribuição horária; pondente ao período de férias, sem prejuízo da retribuição
Rm - retribuição mensal; normal.
Hs - período normal de trabalho semanal. 2- Este subsídio beneficiará sempre de qualquer aumento
5- A todos os trabalhadores são asseguradas as retribuições de retribuição que se efetue até ao início das férias.
mínimas da tabela constante do anexo II, nos termos previs- 3- O aumento de férias previsto no número 2 da cláusula
tos na cláusula 80.ª, «Tabela de retribuições mínimas». 35.ª, «Duração do período de férias», não tem consequências
Cláusula 47.ª no montante de subsídio de férias.
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3- O trabalhador pode utilizar o crédito de horas estabele- ajustável à frequência das aulas e à inerente deslocação para
cido no número anterior se a formação não for assegurada os respetivos estabelecimentos de ensino.
pela empresa ao longo de três anos por motivo que lhe seja 5- Quando não seja possível a aplicação do regime previs-
imputável, mediante comunicação prévia mínima de 10 dias. to no número anterior, o trabalhador-estudante será dispensa-
4- O conteúdo da formação referida no número 3 é escolhi- do até seis horas por semana, de harmonia com a duração do
do pelo trabalhador, devendo ter correspondência com a sua seu período normal de trabalho e as necessidades do horário,
atividade ou respeitar a qualificações básicas em tecnologia para frequência das aulas e sem perda de quaisquer direitos,
de informação e comunicação, segurança, higiene e saúde no contando esse tempo como prestação efetiva de trabalho.
trabalho ou em línguas estrangeiras. 6- O trabalhador-estudante tem direito a faltar justificada-
5- O tempo despendido pelos trabalhadores nas ações de mente ao trabalho para prestação de provas de avaliação nos
formação atrás referidas será, para todos os efeitos, consi- seguintes termos:
derado como tempo de trabalho e submetido às disposições a) Até dois dias por cada prova de avaliação, sendo um o
deste CCT sobre a retribuição. da realização da prova e o outro o imediatamente anterior, aí
6- Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem di- se incluindo sábados, domingos e feriados;
reito a receber a retribuição correspondente ao crédito de ho- b) No caso de provas em dias consecutivos ou de mais de
ras para a formação que não tenha utilizado. uma prova no mesmo dia, os dias anteriores são tantos quan-
tas as provas de avaliação a efetuar, aí se incluindo sábados,
Cláusula 59.ª
domingos e feriados;
Formação por iniciativa dos trabalhadores c) Os dias de ausência referidos nas alíneas anteriores não
podem exceder um máximo de quatro por disciplina em cada
1- Os trabalhadores que, por sua iniciativa, frequentem
ano letivo.
cursos ou ações de formação profissional certificada infe-
7- O direito a faltar nos termos referidos no número ante-
riores a seis meses, que não se incluam no plano anual de
rior só pode ser exercido em dois anos letivos relativamente
formação da empresa, podem beneficiar de licenças sem re-
a cada disciplina.
tribuição, nos termos da lei.
8- Consideram-se ainda justificadas as faltas dadas pelo
2- Por acordo com a entidade empregadora, o trabalhador
trabalhador-estudante na estrita medida das necessidades
pode beneficiar de licença de curta duração para formação
impostas pelas deslocações para prestar provas de avaliação,
profissional certificada, sem prejuízo da retribuição e demais
não sendo neste caso retribuídas, independentemente do nú-
regalias, que abranja parte ou a totalidade do período diário
mero de disciplinas, mais de 10 faltas.
ou semanal de trabalho, cuja duração será imputada em 50 %
9- Em cada ano civil, o trabalhador estudante pode utili-
no número mínimo de horas de formação previsto na cláu-
zar, seguida ou interpoladamente, até 10 dias úteis de licença
sula anterior.
sem retribuição, mas sem perda de qualquer outra regalia,
3- A frequência dos cursos ou ações previstos nesta cláu-
desde que o requeira nos termos seguintes:
sula deve ser comunicada à entidade empregadora com a an-
a) Com quarenta e oito horas de antecedência, ou sendo
tecedência possível ou logo que o trabalhador tenha conheci-
inviável, logo que possível, no caso de se pretender um dia
mento da sua admissão no curso ou ação.
de licença;
b) Com oito dias de antecedência, no caso de pretender
SECÇÃO II dois a cinco dias de licença;
c) Com 15 dias de antecedência, caso pretenda mais de
Trabalhadores-estudantes
cinco dias de licença.
Cláusula 60.ª
CAPÍTULO X
Trabalhadores-estudantes
1- Considera-se trabalhador-estudante aquele que presta Segurança, higiene, prevenção e saúde no trabalho
uma atividade sob autoridade e direção de outrem e que fre-
quenta qualquer nível de educação escolar, incluindo cursos Cláusula 61.ª
de pós-graduação em instituição de ensino. Segurança, higiene e saúde no trabalho
2- Os trabalhadores que frequentam cursos de formação
profissional de duração igual ou superior a seis meses são 1- As empresas assegurarão as condições mais adequadas
equiparados a trabalhadores estudantes e beneficiarão de em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho, garan-
igual tratamento, com as necessárias adaptações. tindo a necessária formação, informação e consulta aos tra-
3- Os direitos dos trabalhadores estudantes ou equiparados balhadores e seus representantes, no rigoroso cumprimento
são os previstos na lei e nos números seguintes desta cláu- das normas legais aplicáveis.
sula, mas a sua manutenção está condicionada à obtenção de 2- A organização da segurança, higiene e saúde no traba-
aproveitamento escolar, a comprovar nos termos legais. lho é da responsabilidade das empresas e visa a prevenção
4- As empresas devem elaborar horários de trabalho es- dos riscos profissionais e a promoção da saúde, devendo as
pecíficos para os trabalhadores-estudantes, com flexibilidade respetivas atividades ter como objetivo proporcionar condi-
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
ções de trabalho que assegurem a integridade física e psíqui- as suas férias anuais imediatamente antes ou após a licença
ca de todos os trabalhadores. de maternidade ou paternidade se daí não resultar inconve-
3- Os representantes dos trabalhadores nos domínios da niente para o funcionamento normal da empresa.
segurança, higiene e saúde no trabalho são eleitos nos termos
Cláusula 66.ª
previstos na lei.
Cláusula 62.ª Dispensas para consultas e assistência aos filhos
1- As trabalhadoras grávidas têm direito a dispensa do tra-
Medicina no trabalho balho para se deslocarem a consultas pré-natais, pelo tempo
1- As empresas assegurarão, diretamente ou por contrato e número de vezes necessários e justificados, embora estas
externo, um serviço de medicina no trabalho que respeite o devam, sempre que possível, ser obtidas fora das horas de
legalmente estabelecido sobre a matéria e esteja dotado de funcionamento normal da empresa.
meios técnicos e humanos necessários para a execução das 2- Quando a consulta só for possível dentro do horário de
tarefas que lhe incumbem. funcionamento normal da empresa, a trabalhadora deverá
2- O serviço de medicina no trabalho, de caráter essencial- apresentar documento comprovativo dessa circunstância e
mente preventivo, tem por finalidade a defesa da saúde dos da realização da consulta.
trabalhadores e a vigilância das condições higiénicas do seu 3- A mãe que comprovadamente amamenta o filho tem
trabalho. direito a ser dispensada em cada dia de trabalho por dois
3- Os trabalhadores ficam obrigados a submeter-se aos períodos distintos de duração máxima de uma hora para
exames médicos periódicos previstos na lei, bem como aos cumprimento dessa missão durante todo o tempo que durar a
de caráter preventivo que venham a ser determinados pelos amamentação, sem perda de retribuição.
serviços de medicina do trabalho. 4- No caso de não haver lugar a amamentação, a mãe ou o
pai têm direito, por decisão conjunta, a dois períodos diários
Cláusula 63.ª
de uma hora, sem perda da retribuição, para assistência aos
Trabalhadores com capacidade de trabalho reduzida filhos, até 12 meses após o parto. Poderão optar por reduzir
em duas horas o seu horário de trabalho, no início ou no ter-
1- Aos trabalhadores com capacidade de trabalho reduzida
mo do período de trabalho diário.
deverão ser proporcionadas condições de trabalho adequadas
às suas possibilidades e os meios necessários para a sua recu-
peração e reconversão. CAPÍTULO XII
2- Em caso de incapacidade permanente parcial provenien-
te de doença profissional ou acidente de trabalho ao serviço Disciplina
da empresa, será esta obrigada a proceder, de acordo com as
entidades oficiais, à reconversão do trabalhador afetado para Cláusula 67.ª
função compatível com as diminuições verificadas.
Poder disciplinar
3- O trabalhador deficiente reconvertido não poderá pres-
tar serviços que prejudiquem a sua recuperação, de acordo 1- A empresa tem poder disciplinar sobre os trabalhadores
com as entidades competentes, mantendo sempre o direito ao seu serviço relativamente às infrações por estes praticadas
à retribuição que auferia anteriormente se esta for superior à e exerce-o de acordo com as normas estabelecidas na lei e
que corresponde às novas funções. neste CCT.
2- O poder disciplinar é exercido pela entidade emprega-
dora ou pelo superior hierárquico do trabalhador, nos termos
CAPÍTULO XI
previamente estabelecidos por aquela.
Maternidade e paternidade Cláusula 68.ª
2328
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
4- Para efeitos de graduação das sanções disciplinares, de- qual esteve ao serviço e o cargo ou os cargos que desempe-
verá atender-se à natureza e gravidade da infração, ao grau nhou.
de culpa, ao comportamento do trabalhador, à sua personali- 2- O certificado não pode conter quaisquer outras referên-
dade e às condições particulares de serviço em que possa ter- cias, salvo pedido escrito do trabalhador nesse sentido.
-se encontrado no momento da infração, à prática disciplinar 3- Além do certificado de trabalho, o empregador é obriga-
da empresa e demais circunstâncias relevantes. do a entregar ao trabalhador outros documentos destinados
5- A sanção disciplinar não prejudica o direito de a em- a fins oficiais que por aquele devam ser emitidos e que este
presa exigir indemnização por prejuízos ou de promover a solicite, designadamente os previstos na legislação de segu-
aplicação de sanção penal a que a infração eventualmente rança social.
dê lugar.
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XIII
Direitos sindicais
Cessação do contrato de trabalho
Cláusula 71.ª
Cláusula 69.ª
Direito à atividade sindical
Cessação do contrato de trabalho 1- Os trabalhadores e as associações sindicais têm direito
1- O regime de cessação do contrato de trabalho é aquele a desenvolver atividade sindical no interior das empresas,
que consta da legislação em vigor e no disposto nas cláusulas nomeadamente através de delegados sindicais, comissões
deste capítulo. sindicais e comissões intersindicais, nos termos previstos na
2- O contrato de trabalho pode cessar por: lei e neste CCT.
a) Rescisão por qualquer das partes durante o período ex- 2- Os delegados sindicais têm direito a afixar no interior
perimental; das instalações das empresas, em local apropriado, para o
b) Caducidade; efeito reservado pela entidade empregadora, textos, convo-
c) Revogação por acordo das partes; catórias, comunicações ou informações relativos à vida sin-
d) Despedimento por facto imputável ao trabalhador; dical e aos interesses sócio-profissionais dos trabalhadores,
e) Despedimento coletivo; bem como proceder à sua distribuição, circulando livremente
f) Despedimento por extinção do posto de trabalho; em todas as secções e dependências das empresas, sem pre-
g) Despedimento por inadaptação; juízo, em qualquer dos casos, da normal laboração.
h) Resolução com justa causa, promovida pelo trabalha- 3- As empresas são obrigadas a pôr à disposição dos dele-
dor; gados sindicais, desde que estes o requeiram, um local situ-
i) Denúncia por iniciativa do trabalhador. ado no interior das mesmas que seja apropriado ao exercício
3- Cessando o contrato de trabalho, por qualquer forma, o das suas funções.
trabalhador tem direito a receber: 4- Nas instalações com mais de 150 trabalhadores tal lo-
a) O subsídio de Natal proporcional aos meses de trabalho cal será cedido a título permanente e naquelas onde presta
prestado no ano da cessação; serviço número inferior de trabalhadores, sempre que seja
b) A retribuição correspondente às férias vencidas e não necessário.
gozadas, bem como o respetivo subsídio;
Cláusula 72.ª
c) A retribuição correspondente a um período de férias
proporcional aos meses de trabalho prestado no ano da ces- Tempo para exercício das funções sindicais
sação, bem como o respetivo subsídio.
1- Os membros das direções das associações sindicais be-
4- Da aplicação do disposto nas alíneas b) e c) do número
neficiam de um crédito de 48 dias anuais para o exercício
anterior ao contrato cuja duração não atinja, por qualquer
das suas funções, sem prejuízo da retribuição, só podendo
causa, 12 meses não pode resultar um período de férias
usufruir deste direito o número de dirigentes previsto na lei.
superior ao proporcional à duração do vínculo, sendo esse
2- Os delegados sindicais dispõem para o exercício das
período considerado para efeitos de retribuição, subsídio e
suas funções de um crédito individual de sessenta ou noventa
antiguidade.
e seis horas anuais retribuídas, consoante o delegado inte-
5- O período de férias não gozadas por motivo de cessa-
gre a comissão sindical ou intersindical, só podendo usufruir
ção do contrato de trabalho conta-se sempre para efeitos de
deste direito os delegados sindicais que sejam eleitos dentro
antiguidade.
dos limites e no cumprimento das formalidades previstas na
Cláusula 70.ª lei.
3- Sempre que pretendam exercer o direito previsto no
Certificado de trabalho número anterior, os trabalhadores deverão avisar a empresa,
1- Em qualquer caso de cessação do contrato de trabalho, por escrito, logo que possível e com a antecedência mínima
a entidade empregadora deverá entregar ao trabalhador um de trinta e seis horas, salvo motivo atendível.
certificado de trabalho donde constem o tempo durante o 4- Nos casos previstos no número 1, sempre que a ausên-
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cia prevista for superior a 15 dias, a antecedência mínima 2- O valor da quota sindical é o que a cada momento for
prevista no número anterior deve ser de 10 dias, salvo moti- estabelecido pelos estatutos dos sindicatos, cabendo a estes
vo atendível. informar a empresa da percentagem estatuída e respetiva
base de incidência.
Cláusula 73.ª
Cláusula 76.ª
Direito de reunião
1- Os trabalhadores têm o direito de se reunir durante o ho- Proteção especial dos representantes dos trabalhadores
rário normal de trabalho até um período máximo de quinze 1- Os trabalhadores eleitos para as estruturas de represen-
horas por ano, que contarão, para todos os efeitos, como tem- tação coletiva não podem ser transferidos de local de traba-
po de serviço efetivo, desde que assegurem o funcionamento lho sem o seu acordo, salvo quando a transferência resultar
dos serviços de natureza urgente. na mudança total ou parcial do estabelecimento onde aqueles
2- Os trabalhadores poderão ainda reunir-se fora do ho- prestam serviço.
rário normal de trabalho, sem prejuízo da normalidade da 2- A transferência dos trabalhadores referidos no número
laboração em caso de trabalho por turnos ou de trabalho su- anterior carece, ainda, de prévia comunicação à estrutura sin-
plementar. dical a que pertencem.
3- As reuniões referidas nos números anteriores só podem
ser convocadas pela comissão sindical ou pela comissão in-
CAPÍTULO XV
tersindical, na hipótese prevista no número 1, e pelas referi-
das comissões ou por um terço ou 50 dos trabalhadores do
Relações entre os outorgantes
respetivo estabelecimento, na hipótese prevista no número 2.
4- A convocatória das reuniões e a presença de represen- Cláusula 77.ª
tantes sindicais estranhos à empresa terão de obedecer aos
formalismos legais. Comissão paritária
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
orçamentação e execução final dos trabalhos, observando e Avalia os resultados monitorizados e elabora os respetivos
indicando, se necessário, normas e especificações a serem relatórios e documentação científica. Assegura o recruta-
cumpridas. mento dos médicos participantes nos estudos e todos os de-
Diretor - Estuda, organiza, dirige e coordena, nos limites mais contactos necessários.
dos poderes de que está investido, as atividades da empresa Motorista (ligeiros/pesados) - Conduz veículos automó-
ou de um ou vários dos seus departamentos. veis; zela pela boa conservação e limpeza dos mesmos e pela
Distribuidor - Executa serviços externos, distribuindo carga que transporta, procedendo à sua carga e descarga. Po-
as mercadorias por clientes ou setores de vendas, podendo derá exercer acessória e ou temporariamente as funções de
acompanhar o motorista. Pode, complementarmente, arru- auxiliar de serviços gerais.
mar, acondicionar e ou desembalar os produtos, com vista à Preparador técnico - Organiza e executa tarefas de pe-
sua expedição ou armazenamento. sagem e ou conferência de pesos das matérias-primas com-
Embalador - Acondiciona, desembala e movimenta os ponentes da fórmula farmacêutica ou equiparada a fabricar;
produtos, com vista à sua expedição ou armazenamento; mistura-as e manipula-as segundo especificações técnicas
aplica rótulos ou etiquetas nas embalagens para a sua conve- até à obtenção das várias formas farmacêuticas; acompanha
niente identificação; utiliza métodos manuais ou mecânicos as várias operações de fabrico.
no exercício das suas funções. Secretário(a) de direção - Ocupa-se do secretariado espe-
Embalador de produção - Procede a operações de rotula- cífico da administração ou direção da empresa. Entre outras,
gem, de acondicionamento e embalagem das especialidades competem-lhe normalmente as seguintes funções: redigir
farmacêuticas. Pode proceder à higienização do material ne- atas das reuniões de trabalho; assegurar, por sua própria ini-
cessário a todas as fases da produção. ciativa, o trabalho de rotina diário do gabinete; providenciar
Encarregado - Orienta um grupo de trabalhadores segun- pela realização de assembleias gerais, reuniões de trabalho,
do diretrizes fixadas superiormente, exigindo conhecimentos contratos, escrituras e manter atualizada a agenda de traba-
dos processos de atuação. lho dos profissionais que secretaria.
Encarregado geral - Desempenha, sob a orientação do Servente - Executa, no estabelecimento ou armazém, ta-
seu superior hierárquico, funções de chefia, coordenação e refas indiferenciadas.
supervisão e ou controlo da execução do trabalho efetuado Técnico especialista - Executa tarefas de natureza técni-
e de toda a atividade da unidade funcional, assumindo a res- ca no âmbito da sua qualificação profissional e que exigem
ponsabilidade pelo seu bom funcionamento. especiais conhecimentos e uma formação académica de ní-
Especialista de aplicações - Faz demonstrações e insta- vel superior, adequada à função a que está adstrito, segundo
lações de sistemas de diagnóstico; seleciona e prepara todo o as diretrizes definidas pelos superiores hierárquicos. Pode
material necessário para as demonstrações e ou instalações; orientar, sob o ponto de vista técnico, outros trabalhadores.
resolve problemas dos clientes decorrentes da utilização dos Curso superior adequado. Estágio de um ano como técnico
reagentes e ou equipamentos; colabora com o serviço de as- especialista estagiário.
sistência técnica na resolução de problemas, na definição de Técnico especialista estagiário - Executa tarefas, sob
regras de manutenção e na sua implementação, dá formação orientação de um técnico especialista ou de outro trabalhador
sobre equipamentos e reagentes quer aos elementos da equi- de categoria superior à sua, de natureza técnica no âmbito da
pa de vendas quer aos da assistência técnica; dá formação a sua qualificação profissional e que exigem especiais conhe-
clientes; mantém atualizadas as informações sobre clientes. cimentos e uma formação académica de nível superior, ade-
Pode ter responsabilidade comercial relativa a alguns produ- quada à função a que está adstrito. Curso superior adequado.
tos e ou clientes. Após um ano de permanência nesta categoria, ascende a téc-
Fogueiro - Alimenta e conduz os geradores de vapor nico especialista.
(caldeiras), competindo-lhe, além do estabelecido pelo re- Técnico - Executa tarefas que exigem conhecimentos
gulamento da profissão de fogueiro, fazer reparações de con- adequados à função a que está adstrito, segundo as diretrizes
servação e manutenção nos geradores de vapor (caldeiras) e definidas pelos superiores hierárquicos. Pode orientar, sob o
providenciar o bom funcionamento de todos os auxiliares e ponto de vista técnico, outros trabalhadores.
acessórios na central de vapor. Técnico administrativo - Organiza e executa atividades
Gestor de produto - Compete-lhe, sob a responsabilida- técnicas-administrativas diversificadas no âmbito de uma ou
de do seu superior hierárquico, desenvolver as estratégias mais áreas funcionais da empresa. Elabora estudos e execu-
e os planos promocionais para estimular o conhecimento e ta funções que requerem conhecimentos técnicos de maior
as necessidades dos produtos que lhe estão confiados, asse- complexidade e tomada de decisões correntes. Pode coor-
gurando que tais estratégias são continuadas pelas forças de denar funcionalmente, se necessário, a atividade de outros
venda e materializadas nas atividades que os seus agentes profissionais administrativos. Habilitações mínimas para ad-
desenvolvem no mercado. Pode controlar ou ser responsável missão: 12.º ano de escolaridade.
pela execução de orçamentos promocionais. Participa nas Técnico de análise química - Organiza e executa tarefas
atividades de formação. de recolha das amostras de produtos a analisar, efetua análi-
Monitor de ensaios clínicos - Compete-lhe a responsabi- ses de matérias-primas, dos produtos nas suas diversas fases
lidade pela implementação, gestão, monitorização e acom- de fabricação e dos produtos acabados, incluindo os ensaios
panhamento dos ensaios clínicos realizados pela empresa. de toxicidade, de pirogénio e os de estabilidade, a efetuar du-
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1- Para cumprimento do disposto na alínea g) do número 1- A presente CCT entra em vigor a partir do 5.º dia poste-
1 do artigo 492.º, conjugado com o artigo 496.º do Código rior ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego
do Trabalho, declara-se que serão potencialmente abrangi- e tem um período mínimo de vigência de três anos.
dos pela presente convenção coletiva de trabalho duzentas e 2- As tabelas salariais e demais cláusulas de expressão pe-
oitenta empresas e cinco mil trabalhadores. cuniária terão uma vigência de 12 meses, contados a partir
2- Esta convenção é considerada pelas partes contratantes, de 1 de janeiro de 2016.
em todas as suas cláusulas, como globalmente mais favo- 3- A denúncia desta CCT na parte do clausulado geral será
rável e substitui todos os instrumentos de regulamentação feita decorridos 32 meses contados da data da sua publicação
colectiva anteriormente aplicáveis. no Boletim do Trabalho e Emprego.
4- A denúncia das tabelas salariais e demais cláusulas de
expressão pecuniária será feita decorridos 10 meses sobre a
Lisboa, 21 junho de 2016.
data referida no número 2 desta cláusula.
Pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica - 5- As denúncias far-se-ão com o envio às demais partes
APIFARMA: contratantes da proposta de revisão, através de carta regista-
da com aviso de receção, e com uma antecedência de, pelo
Pedro Miguel Martins Gonçalves Caridade de Freitas,
menos, três meses relativamente ao termo do prazo de vi-
na qualidade de mandatário.
gência.
Pelo Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços 6- As contrapartes deverão enviar às partes denunciantes
- SITESE: uma contraproposta até 30 dias após a receção das propostas
de revisão.
Carlos Manuel Dias Pereira, na qualidade de mandatá-
7- As partes denunciantes poderão dispor de 10 dias para
rio.
examinar as contrapropostas.
8- As negociações iniciar-se-ão, sem qualquer dilação, nos
Depositado em 26 de julho de 2016, a fl. 196 do livro primeiros 10 dias úteis após o termo dos prazos referidos nos
n.º 11, com o n.º 112/2016, nos termos do artigo 494.º do números anteriores.
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de 9- As negociações durarão 20 dias, com possibilidade de
fevereiro. prorrogação por 10 dias, mediante acordo das partes.
10- Presume-se, sem possibilidade de prova em contrário,
que as contrapartes que não apresentem contrapropostas
aceitem o proposto; porém, haver-se-á como contraproposta
Contrato coletivo entre a Associação da Hotelaria, a declaração expressa da vontade de negociar.
Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e o 11- Da proposta e contraproposta serão enviadas cópias ao
ministério do trabalho, solidariedade e segurança social.
Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços
12- Sempre que se proceda a três revisões ou alterações
- SITESE - Alteração salarial e outras em mais de 10 cláusulas numa só vez, a revisão do texto será
integralmente republicada.
Alteração ao CCT publicado no Boletim do Trabalho e
Emprego, n.º 3, de 22 de janeiro de 2011. Cláusula 42.ª
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Pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de 1- O presente CCT entra em vigor no 5.º dia posterior ao
Portugal (AHRESP): da distribuição do Boletim do Trabalho e Emprego em que
for publicada, vigorará pelo prazo de um ano e renova-se su-
Mário Pereira Gonçalves, na qualidade de presidente da cessivamente por igual período, podendo ser revista parcial
direção. ou globalmente, nos termos da lei e de protocolo negocial.
Ernesto Martins dos Santos, na qualidade de vice-presi- 2- Decorrido o prazo de vigência referido no número ante-
dente da direção. rior, pode também aplicar-se o seguinte regime:
Pelo Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços a) Decorrido o prazo inicial de um ano, a denúncia pode
- SITESE: ser feita por qualquer da partes, a todo o tempo, mediante
comunicação escrita dirigida à outra parte, acompanhada de
Luís Azinheira, presidente da direção na qualidade de proposta negocial global;
mandatário. b) Havendo denúncia, a convenção mantém-se em regime
de sobrevigência nos termos e pelo prazo previstos na lei.
Depositado em 27 de julho de 2016, a fl. 197 do livro 3- A tabela salarial e as cláusulas de expressão pecuniária
n.º 11, com o n.º 119/2016, nos termos do artigo 494.º do entram em vigor na data da publicação e vigoram até 31 de
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de dezembro de 2016.
fevereiro.
Cláusula 37.ª
Subsídio de refeição
1- O trabalhador tem direito a um subsídio diário de refei-
Contrato coletivo entre a APIMPRENSA - Associação ção equivalente a 5,23 euros.
Portuguesa de Imprensa e a Federação dos Sindicatos 2 e 3- (Mantém a redação em vigor.)
da Indústria e Serviços - FETESE - Alteração
salarial e outras ANEXO I
Tabelas de remunerações
Alteração salarial e outras do CCT publicado no Boletim
do Trabalho e Emprego, n.º 20, de 29 de maio de 2015. 1- As retribuições de base dos trabalhadores abrangidos
por este CCT resultam da aplicação da seguinte tabela de
remunerações mínimas:
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Categorias Escalão 1 Escalão 2 Escalão 3 de crédito, sociedades financeiras e outras entidades públicas
Técnico superior 710 740 790
ou privadas, do sector bancário, que o subscrevam (adiante
genericamente designadas por instituições de crédito ou ins-
Técnico especialista 650 660 675
tituições) e aos trabalhadores ao seu serviço filiados nos Sin-
Técnico assistente 580 610 640
dicatos dos Bancários do Norte, do Centro e do Sul e Ilhas,
Administrativo/operacional 545 550 560 aqui representados pela FEBASE e doravante designados
Trabalhador serviços gerais 530 535 540 por sindicatos.
2- Os estagiários auferirão uma retribuição de base mensal 2- Para efeitos do disposto na lei, estima-se que sejam
equivalente a 80 % do vencimento da categoria e escalão de abrangidos por este acordo cerca de 23 empregadores e
entrada. 15 000 trabalhadores, os quais se integram nas categorias e
3- Os cargos de direção e coordenação referidos no anexo profissões constantes do anexo I.
III, auferem remuneração que não pode ser inferior a quinze 3- Aos trabalhadores que tenham passado à situação de
por cento acima da remuneração prevista para o técnico su- reforma por invalidez ou invalidez presumível, quando se
perior indicado no número 1 do presente anexo. encontravam ao serviço das instituições, aplicam-se as cláu-
sulas deste acordo que expressamente o consignem.
4- São também abrangidos por este acordo, beneficiando
Lisboa, 4 de julho de 2016.
das condições de trabalho nele estabelecidas que sejam mais
Pela APIMPRENSA - Associação Portuguesa de Impren- favoráveis do que as vigentes no país em causa, os trabalha-
sa: dores referidos nos números anteriores que, tendo sido con-
tratados em Portugal, tivessem sido ou sejam colocados no
Joana Ramada Curto, na qualidade de mandatária.
estrangeiro ao serviço de uma instituição de crédito ou numa
Pela Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - agência, filial, sucursal ou delegação.
FETESE, em representação dos seguintes sindicatos filiados:
Cláusula 3.ª
Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços -
SITESE; Vigência, denúncia e revisão
SINDETELCO - Sindicato Democrático dos Trabalhado- 1- O presente acordo entra em vigor, em todo o território
res das Comunicações e dos Media: português, nos termos previstos no número 1 da clásula 123.ª
2- O período de vigência deste acordo é de 24 meses e o
Carlos Manuel Dias Pereira, na qualidade de mandatá-
da tabela salarial de 12 meses, renovando-se sucessivamente
rio.
por igual período.
3- A denúncia deve ser feita com a antecedência mínima
Depositado em 26 de julho de 2016, a fl. 197 do livro de três meses sobre o termo do prazo de vigência do acor-
n.º 11, com o n.º 114/2016, nos termos do artigo 494.º do do e acompanhada de uma proposta negocial global escrita
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de e fundamentada, devendo a outra parte responder, também
fevereiro. fundamentadamente e por escrito, nos trinta dias imediatos,
contados da data da sua recepção.
4- As negociações iniciam-se nos quinze dias seguintes à
recepção da resposta à proposta, salvo se as partes acordarem
Acordo coletivo entre várias instituições de crédito prazo diferente.
e a Federação do Sector Financeiro - FEBASE - 5- Se o processo negocial for interrompido por falta de
acordo quanto à revisão total ou parcial do presente acordo,
Revisão global
a respectiva vigência e a resolução deste conflito seguem os
termos da lei.
6- A tabela salarial, bem como as suas revisões e, em con-
TÍTULO I sequência, as actualizações das mensalidades por doença,
invalidez, invalidez presumível e sobrevivência e das diu-
Área, âmbito e vigência turnidades e demais valores e subsídios previstos nas cláu-
sulas com expressão pecuniária neste acordo com excepção
Cláusula 1.ª do cálculo das remunerações do trabalho suplementar e das
ajudas de custo, terão eficácia sempre a partir de 1 de janeiro
Âmbito geográfico de cada ano.
O presente acordo colectivo de trabalho, adiante designa- 7- Em caso de caducidade do presente acordo e até entrada
do por acordo, aplica-se em todo o território português. em vigor de novo instrumento de regulamentação colectiva
Cláusula 2.ª de trabalho e sem prejuízo do disposto na lei, apenas se man-
terão em vigor as cláusulas relativas às seguintes matérias:
Âmbito pessoal a) Retribuição mensal efectiva;
1- O presente acordo é vertical e aplica-se às instituições b) Actualização das pensões de reforma e sobrevivência
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trabalhadores que, com referência a um dos dois anos civis 5- As anomalias eventualmente detectadas nos mapas ou
imediatamente anteriores ao ano da tomada de posse para os suportes informáticos, referidos no número 4, devem ser rec-
cargos indicados no número 1, tenham auferido as presta- tificadas nos mapas ou suportes informáticos corresponden-
ções referidas naquele número. tes ao segundo mês em que forem verificadas.
9- Aos trabalhadores a tempo inteiro referidos no número
1 da presente cláusula e que estejam integrados nos níveis 5 TÍTULO III
a 9, são aplicáveis as seguintes regras:
a) Progressão ao nível imediatamente seguinte após 7 anos Regras aplicáveis aos contratos de trabalho
completos de exercício de funções a tempo inteiro, seguido
ou interpolado, apurado desde a data de início de funções a
tempo inteiro ou da data da última promoção, se posterior; CAPÍTULO I
b) Cada trabalhador só poderá ser promovido até um máxi-
mo de 3 níveis ao abrigo deste número. Disposições gerais
10- No exercício dos direitos de actividade sindical nas
Instituições, devem ser observadas as regras seguintes:
a) Poder eleger um delegado sindical em cada agência, SECÇÃO I
balcão ou dependência e nos serviços centrais dentro dos li-
mites previstos na lei; Admissão e processo individual
b) Dispor para a atividade de delegados sindicais de um
Cláusula 9.ª
local apropriado ao exercício das suas funções, o qual é dis-
ponibilizado a título permanente nas instituições com 150 ou Condições e critérios de admissão
mais trabalhadores, ou posto à sua disposição sempre que o
Compete às instituições contratar os trabalhadores dentro
requeiram nas instituições com menos de 150 trabalhadores;
dos limites da lei e do presente acordo.
c) Realizar reuniões, fora do horário de trabalho, nas ins-
talações da instituição, desde que convocadas nos termos da Cláusula 10.ª
lei e observadas as normas de segurança adoptadas pela ins-
tituição; Determinação da antiguidade
d) A realização de reuniões nos locais de trabalho, durante 1- Para efeitos da aplicação do disposto nas cláusulas 70.ª,
o horário normal, até ao máximo de quinze horas por ano, 95.ª e 96.ª, a antiguidade do trabalhador é determinada pela
não deve prejudicar o regular funcionamento dos serviços contagem do tempo de serviço prestado noutras instituições
que não possam ser interrompidos e os de contacto com o subscritoras do presente acordo e do acordo colectivo de tra-
público. balho do sector bancário ora revogado e referido no número
11- O número máximo de delegados sindicais que benefi- 1 da cláusula 123.ª, nos seguintes termos:
ciam do regime de proteção é o previsto na lei. a) Todos os anos de serviço, prestado em Portugal, nas ins-
12- O delegado sindical tem direito a informação e consul- tituições de crédito com actividade em território português;
ta sobre as matérias previstas na lei. b) Todos os anos de serviço prestado em países estrangei-
ros às instituições de crédito portuguesas;
Cláusula 8.ª
c) Todos os anos de serviço prestados em sociedades fi-
Quotização sindical nanceiras ou nas antes designadas instituições parabancárias.
2- Para os trabalhadores admitidos antes de 1 de Janeiro de
1- As instituições descontam na retribuição dos trabalha-
1997 à antiguidade apurada nos termos do número anterior
dores sindicalizados, que o autorizem, o montante das quotas
acrescem ainda:
por estes devidas ao sindicato e remetem-no ao mesmo até
a) Todos os anos de serviço, prestado nas ex-colónias, nas
ao dia dez do mês imediatamente seguinte.
instituições de crédito portuguesas com actividade nesses
2- A autorização referida no número anterior pode ser dada
territórios e nas antigas inspecções de crédito e seguros;
a todo o tempo, em documento escrito, contendo o nome e
b) Todos os anos de serviço prestado às entidades donde
assinatura do trabalhador, a identificação do sindicato e o va-
provieram, no caso de trabalhadores integrados em institui-
lor da quota estatutariamente estabelecido.
ções de crédito por força de disposição administrativa e em
3- A declaração de autorização, bem como a respectiva re-
resultado da extinção de empresas e associações ou de trans-
vogação, produzem efeitos a partir do primeiro dia do mês
ferência para aquelas de serviços públicos.
seguinte ao da sua entrega à instituição.
4- Até ao dia dez do mês seguinte a que respeitam, as ins- Cláusula 11.ª
tituições devem enviar, em suporte informático, ao sindica-
Mudança de grupo
to respectivo os mapas de quotização sindical, preenchidos
com a informação que permita proceder à verificação e con- 1- Os trabalhadores podem mudar de grupo desde que
ferência dos valores processados em cada mês, de acordo exista necessidade de recrutamento para o grupo em causa
com os impressos ou desenho do suporte estabelecidos para e reúnam os requisitos necessários para o exercício das no-
o efeito entre o sindicato e a instituição. vas funções, nomeadamente habilitações literárias e perfil de
competências.
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2- No caso de mudança de grupo, o trabalhador será in- emprego ou de desempregados de longa duração ou noutras
tegrado no nível mínimo da respectiva categoria, salvo se situações previstas em legislação especial de política de em-
possuir já nível superior, caso em que se manterá nesse nível. prego.
3- Nos casos previstos no número 1, o contrato a termo
Cláusula 12.ª
pode ser celebrado por prazo inferior a 6 meses.
Período experimental 4- A instituição deve comunicar aos sindicatos, no prazo
máximo de cinco dias úteis, a celebração, com indicação do
O período experimental é regulado pelas disposições le-
respectivo fundamento legal, e a cessação dos contratos de
gais.
trabalho a termo que tenha celebrado.
Cláusula 13.ª
Cláusula 16.ª
Processo individual
Comissão de serviço
1- A cada trabalhador, corresponde um processo individu-
1- O exercício de funções em regime de comissão de ser-
al, donde constam os actos relativos à contratação, grupo,
viço pode ocorrer por acordo escrito entre o trabalhador e as
nível de retribuição de base e demais prestações, funções de-
instituições, nos termos e condições previstos neste acordo
sempenhadas, comissões de serviço e tarefas especiais reali-
e na lei.
zadas, licenças, sanções disciplinares e demais informações
2- Para além das funções previstas na lei, podem ser exer-
profissionais relevantes.
cidas em regime de comissão de serviço, mediante acordo
2- O processo do trabalhador pode ser, a todo o momento,
escrito entre o trabalhador e a instituição, as funções de
consultado pelo próprio e, mediante autorização escrita des-
gestão, de coordenação, e respectivo secretariado pessoal e
te, pelo seu advogado ou pelas estruturas representativas dos
ainda as de elevada qualificação técnica, assessoria ou acon-
trabalhadores.
selhamento pessoal dos titulares dos cargos de administração
3- O direito de consulta previsto no número anterior vigora
e de gestão directamente dependentes destes.
durante dois anos após a cessação do contrato de trabalho,
3- O período de comissão de serviço conta para a antigui-
sem prejuízo da possibilidade de acesso a dados pessoais
dade na categoria de origem.
cuja guarda seja imposta por lei, independentemente do res-
4- Durante o período de comissão de serviço, o trabalha-
pectivo suporte.
dor tem direito a auferir as remunerações correspondentes às
funções que exerce.
SECÇÃO II 5- Cessando, por qualquer motivo, a comissão de serviço
sem reclassificação nas funções ou na categoria que exerceu,
Modalidades de contrato
o trabalhador retomará a categoria ou as funções que detinha
ou que entretanto tenha adquirido, tendo direito a receber
Cláusula 14.ª
apenas a retribuição e benefícios que auferiria se nesta se
Regime geral de prestação de trabalho e trabalho a tempo parcial tivesse mantido durante o período de comissão de serviço.
6- Quando a comissão de serviço se realize fora da locali-
1- Os trabalhadores ficam sujeitos à prestação de trabalho
dade em que se situa o seu local de trabalho, pode ser con-
em regime de tempo inteiro.
vencionado, por acordo entre a instituição e o trabalhador,
2- O estabelecido no número anterior não prejudica os re-
um regime de despesas com deslocações diferente do pre-
gimes especiais de trabalho previstos no presente acordo e
visto na cláusula 73.ª que atenda à especificidade da situação
na lei.
em que o trabalhador se encontra.
3- Considera-se trabalho a tempo parcial o que correspon-
de a um período normal de trabalho semanal igual ou infe-
rior a 90 % do efectuado a tempo completo numa situação SECÇÃO III
comparável.
Deveres gerais do empregador e dos trabalhadores
Cláusula 15.ª
Cláusula 17.ª
Contrato de trabalho a termo
1- Para além das situações previstas na lei, podem ser ce- Deveres das instituições
lebrados contratos a termo para a satisfação de necessidades 1- Para além dos deveres previstos na lei, são deveres es-
intermitentes de mão-de-obra, nomeadamente em balcões e pecíficos das instituições:
centros de atendimento, bem como no âmbito da promoção a) Fornecer gratuitamente aos trabalhadores vestuário ou
de produtos e serviços. equipamento adequado para exercício das suas funções,
2- Pode ainda ser celebrado contrato a termo nos seguintes quando estas, pela sua especial natureza e localização, o jus-
casos: tifiquem;
a) Lançamento de uma nova actividade de duração incerta, b) Prestar aos sindicatos, em tempo útil, mas não podendo
bem como início de laboração de um estabelecimento; exceder 60 dias, todos os esclarecimentos de natureza pro-
b) Contratação de trabalhadores à procura de primeiro fissional que lhe sejam pedidos sobre trabalhadores ao seu
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serviço, neles inscritos, e sobre quaisquer outros factos que 2- A violação do disposto no número anterior constitui a
se relacionem com o cumprimento do presente acordo; Instituição na obrigação de indemnizar o trabalhador por to-
c) Adoptar gradualmente as novas tecnologias com o ob- dos os prejuízos causados pela infração.
jectivo de melhorar a produtividade e eficiência dos serviços,
adequar as condições de trabalho a essas tecnologias e pro- CAPÍTULO II
mover a formação tecnológica dos trabalhadores.
2- A prestação de informação ao trabalhador pelas Institui- Prestação do trabalho
ções no cumprimento das suas obrigações legais ou contratu-
ais, pode ser feita através de correio electrónico profissional
do trabalhador, desde que esteja assegurada a confidencia- SECÇÃO I
lidade e segurança na transmissão e entrega da informação,
sem prejuízo da entrega de documento a pedido do traba- Estatuto profissional
lhador.
Cláusula 20.ª
Cláusula 18.ª
Enquadramento nos grupos
Deveres dos trabalhadores
1- Os trabalhadores são enquadrados em três grupos:
1- Para além dos deveres previstos na lei, constituem deve- a) Grupo A - integra os trabalhadores com funções direc-
res específicos dos trabalhadores: tivas;
a) Estar no seu local de trabalho, de modo a iniciar este b) Grupo B - integra os trabalhadores com funções comer-
último à hora fixada e atender o público à hora de abertura ciais, técnicas e operacionais que exerçam as actividades
do estabelecimento, sem prejuízo do disposto no número 3 próprias das instituições de crédito;
da cláusula 30.ª; c) Grupo C - integra os trabalhadores que exerçam profis-
b) Quando colocados em funções de direcção ou chefia, sões e funções de apoio às actividades próprias das institui-
e sempre que lhes for solicitado pela respectiva hierarquia, ções de crédito.
informar dos méritos e qualidades profissionais dos traba- 2- Os grupos referidos no número anterior compreendem
lhadores sob sua orientação, observando sempre escrupulosa as categorias e respectivos níveis mínimos constantes do
independência e isenção; anexo I.
c) Cumprir todas as demais obrigações decorrentes do pre- 3- Aos níveis mínimos de retribuição de base a atribuir aos
sente acordo. trabalhadores abrangidos pelo presente acordo correspon-
2- O trabalhador pode requerer que as ordens e instruções dem os valores fixados na tabela constante do anexo II.
que lhe são dadas sejam confirmadas por escrito, nos casos
em que o seu cumprimento o possa colocar em responsabi- Cláusula 21.ª
lidade disciplinar perante a empresa ou quando tais ordens
Progressões de nível salarial
possam constituir violação dos seus direitos e garantias.
1- Sem prejuízo de outras promoções que entenda efectu-
Cláusula 19.ª ar, cada instituição deve proceder, anualmente, a promoções
ao nível imediatamente superior, com efeitos desde 1 de Ja-
Garantias dos trabalhadores
neiro do ano respetivo, de acordo com as seguintes regras:
1- É proibido às instituições: a) Grupo B:
a) Opor-se por qualquer forma, a que o trabalhador exerça O número total de promoções de nível a efetuar é de
os seus direitos ou aplicar-lhe sanções por causa desse exer- 16 % de todos os trabalhadores que, em 31 de Dezembro do
cício ou pelo cumprimento dos seus deveres sindicais; ano anterior, integravam os níveis 5 a 9.
b) Exercer qualquer tipo de pressão sobre o trabalhador b) Grupo C:
para que atue no sentido de violar os direitos individuais ou O número total de promoções de nível a efetuar é de 8 %
coletivos consignados neste acordo ou na lei; de todos os trabalhadores que, em 31 de Dezembro do ano
c) Despromover ou diminuir a retribuição do trabalhador, anterior, integravam os níveis 2 a 5.
salvo o disposto na lei ou neste acordo; 2- Os totais globais apurados em cada grupo pela aplicação
d) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, das percentagens previstas no número anterior serão sempre
salvo o disposto na cláusula 27.ª deste acordo ou com o arredondados para a unidade mais próxima.
acordo do trabalhador; 3- As promoções de nível previstas no número 1 devem
e) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar ser- fazer-se exclusivamente com base no mérito profissional dos
viços fornecidos pela Instituição ou por pessoas por ela in- trabalhadores.
dicadas; 4- Nas Instituições em que o número de trabalhadores co-
f) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei- locados no grupo seja inferior a 10, as promoções de nível
tórios, economatos ou outros estabelecimentos diretamente no grupo em que isso se verificar podem não ser anuais, mas
relacionados com o trabalho para o fornecimento de bens ou sê-lo-ão, obrigatoriamente, pelo menos, de 3 em 3 anos.
prestação de serviços aos trabalhadores; 5- Os trabalhadores cuja última promoção tenha ocorrido
g) Despedir sem justa causa o trabalhador. até ao final de 2014 mantêm o direito a progredir para o nível
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imediatamente superior nos termos previstos na clásusula o trabalhador tenha desempenhado a totalidade das funções
18.ª do ACT do sector bancário ora revogado. inerentes ao respectivo posto de trabalho.
6- Excluem-se do universo referido no número 1 da pre- 4- A cessação do exercício de funções de nível superior,
sente cláusula os trabalhadores em exercício de funções sin- por motivo não imputável ao trabalhador, impede a afeta-
dicais a tempo inteiro conforme estabelecido na cláusula 7.ª ção do mesmo trabalhador antes de decorrido um período
de tempo equivalente a um terço da duração do exercício de
Cláusula 22.ª
funções de nível superior, incluindo renovações, cuja execu-
Regulamentação interna do estatuto profissional ção se concretize no mesmo posto de trabalho ou em posto
de trabalho funcionalmente afim.
Sem prejuízo do disposto na cláusula 20.ª anterior, as
instituições podem criar funções específicas dentro de cada Cláusula 26.ª
grupo e integrá-las nas categorias profissionais deste acordo.
Avaliação de desempenho
Cláusula 23.ª
1- O desempenho profissional do trabalhador deve ser ob-
Estágio de acesso a nova categoria jeto de avaliação nos termos definidos por cada instituição.
2- O trabalhador deve ter conhecimento da sua avaliação,
1- O acesso a categoria profissional diferente daquela em
sendo-lhe reconhecido o direito à reclamação devidamente
que o trabalhador se encontra pode ficar dependente de um
fundamentada.
período de estágio, que será determinado consoante o tipo
de função, mas que, em caso algum, pode exceder um ano.
2- O período de estágio conta para efeitos da antiguidade SECÇÃO II
na nova categoria se o trabalhador nela vier a ser investido
definitivamente. Local de trabalho e transferências
3- Durante o período de estágio o trabalhador tem direito
à remuneração que teria se estivesse já na nova categoria. Cláusula 27.ª
4- Quando o estágio se realize fora da localidade em que Local de trabalho e mobilidade geográfica
se situa o local de trabalho do referido trabalhador pode, por
acordo entre a instituição e o trabalhador, ser convencionado 1- A instituição e o trabalhador podem acordar, no momen-
regime de despesas com deslocações diferente do previsto to da admissão, que o local de trabalho abrange qualquer lo-
na cláusula 73.ª calidade do distrito de admissão ou de distrito contíguo iden-
5- No caso de não ser confirmado na nova categoria após tificado no contrato individual de trabalho.
o período de estágio o trabalhador manterá todos os direi- 2- A instituição pode transferir o trabalhador para:
tos inerentes à categoria que desempenhava anteriormente, a) outro local de trabalho dentro do mesmo concelho ou
como se nela se tivesse mantido. para qualquer localidade do concelho onde resida;
b) qualquer outra localidade, desde que não implique um
Cláusula 24.ª aumento do tempo já dispendido pelo trabalhador na deslo-
cação da residência para o seu local de trabalho ou, implican-
Exercício de funções
do, o tempo de deslocação não ultrapasse, em cada sentido,
1- O trabalhador deve exercer funções correspondentes à uma hora em transportes públicos ou em viatura disponibili-
actividade para que foi contratado. zada pela instituição.
2- Nos termos da lei, a actividade contratada abrange ainda 3- Fora dos casos previstos no número 2, a instituição não
as funções compreendidas no grupo profissional em que o pode transferir o trabalhador para localidade diferente da do
trabalhador se encontra integrado. seu local de trabalho, se essa transferência causar prejuízo
Cláusula 25.ª sério ao trabalhador, salvo se a transferência resultar da mu-
dança total ou parcial do estabelecimento onde aquele presta
Exercício temporário de funções de nível superior serviço.
1- O trabalhador designado temporariamente pelo compe- 4- Para os efeitos previstos no número 2, a instituição deve
tente órgão de gestão por período superior a 30 dias consecu- comunicar, por escrito, a transferência com a antecedência
tivos, para exercer funções correspondentes a categoria cujo mínima de 30 dias.
nível mínimo seja superior ao nível em que está colocado, 5- Quando a transferência resulte da mudança total ou par-
tem direito a receber a retribuição daquele nível mínimo cial do estabelecimento onde o trabalhador presta serviço, o
durante todo o período que durar o referido exercício. trabalhador, querendo resolver o contrato, tem direito à inde-
2- O exercício de funções a que se refere o número anterior mnização prevista na lei, salvo se a instituição provar que da
não pode exceder o período de 12 meses completos, cessan- mudança não resulta prejuízo sério para o trabalhador.
do automaticamente decorrido esse período. 6- Nos casos previstos nos números 2, alínea b), e 3, a ins-
3- Para efeitos do disposto no número anterior, contar-se- tituição custeará sempre as despesas directamente impostas
-ão como 12 meses completos qualquer período seguido ou pela mudança de residência do trabalhador e das pessoas que
a soma, num período de três anos, de períodos superiores com ele coabitem ou estejam a seu cargo, salvo quando a
a 30 dias consecutivos, desde que, em qualquer dos casos, transferência for da iniciativa do trabalhador.
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6- As férias são gozadas no decurso do ano civil em que meses, não pode resultar um período de férias superior ao
se vencem, não sendo permitido acumular, no mesmo ano, proporcional à duração do vínculo, sendo esse período con-
férias de dois ou mais anos, salvo o disposto na lei ou neste siderado para efeitos de retribuição, subsídio e antiguidade.
acordo.
Cláusula 51.ª
7- O mapa de férias, com indicação do início e termo dos
períodos de férias de cada trabalhador, deve ser elaborado Suspensão de férias
até 15 de Abril de cada ano e afixado ou disponibilizado em
1- O gozo das férias não se inicia ou suspende-se quando
suporte informático.
o trabalhador esteja temporariamente impedido por doença
Cláusula 49.ª ou outro facto que não lhe seja imputável, desde que haja
comunicação e prova do mesmo à instituição.
Alteração da marcação do período de férias ou do gozo de férias 2- No caso referido no número anterior, o gozo das férias
1- A alteração dos períodos de férias já estabelecidos e a tem lugar após o termo do impedimento na medida do re-
interrupção dos já iniciados são permitidas com fundamento manescente do período marcado, devendo o período corres-
em justificadas razões do trabalhador ou em necessidade im- pondente aos dias não gozados ser marcado por acordo ou,
periosa da instituição. na falta deste, pela Instituição, sem sujeição ao disposto no
2- No caso de alteração do período de férias, deve obser- número 1 da cláusula 48.ª
var-se o disposto nos números 3, 4 e 5 da cláusula anterior. 3- Em caso de impossibilidade total ou parcial do gozo de
3- A alteração ou interrupção do período de férias, por mo- férias por motivo de impedimento não imputável ao traba-
tivo de interesse da instituição, nunca pode implicar a mar- lhador, este tem direito ao gozo do mesmo até 30 de Abril do
cação desse período, ou do tempo restante, fora dos meses ano seguinte e ao respetivo subsídio.
referidos na cláusula anterior, salvo com o acordo expresso 4- Se a situação que determina a suspensão das férias se
do trabalhador e sem prejuízo do gozo seguido de metade do prolongar para além de 30 de Abril do ano civil subsequente
período de férias. ou o início do respetivo gozo não se verificar até àquela data,
4- A alteração ou interrupção dos períodos de férias con- o trabalhador tem direito à retribuição correspondente ao pe-
siderados no número anterior constituem a instituição na ríodo de férias não gozado.
obrigação de indemnizar o trabalhador pelos prejuízos com- 5- A prova da situação de doença do trabalhador é feita por
provadamente sofridos, na pressuposição de que gozaria in- declaração de estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde
tegralmente as férias na época fixada. ou ainda por atestado médico.
5- Quando, em razão do interesse da instituição um traba- 6- Sempre que entenda, pode a instituição proceder à ve-
lhador for transferido de serviço ou de local de trabalho após rificação das situações de impedimento, sendo a verificação
a marcação do seu período de férias, este só pode ser alterado das situações de doença efetuada por médico, nos termos
com o seu acordo. previstos na lei ou neste acordo.
6- O início do período de férias é diferido quando o tra- 7- O disposto no número 1 desta cláusula não se aplica ao
balhador, nessa data, estiver temporariamente impedido por trabalhador que não faça prova ou se oponha à verificação da
motivo que não lhe seja imputável. situação de impedimento nos termos dos números anteriores.
7- No caso de trabalhadores em situação de suspensão por 8- As licenças por situação de risco clínico durante a gra-
impedimento prolongado, o período de férias, que exceda o videz, por interrupção de gravidez, por adoção e licença pa-
número de dias contados desde o seu início e o termo desse rental em qualquer modalidade suspendem o gozo das férias,
ano civil, é gozado até 30 de Abril do ano civil imediato. devendo os dias remanescentes ser gozados após o seu ter-
8- No caso de, por manutenção da situação de impedimen- mo, mesmo que tal se verifique no ano seguinte.
to prolongado ou por interesse da instituição, se verificar a 9- Nas situações de luto, por falecimento de pais, filhos,
impossibilidade do gozo do período de férias conforme pre- pais e filhos adotivos, cônjuge não separado de pessoas e
visto no número anterior, a retribuição correspondente aos bens ou irmãos do trabalhador, pelos períodos estabelecidos
dias de férias não gozados será paga no mês de Maio. nas alíneas a) e b) do número 3 da cláusula 52.ª, as férias
não se iniciam ou, se iniciadas, interrompem-se, devendo o
Cláusula 50.ª
período correspondente aos dias não gozados ser marcado
Férias no ano de cessação do contrato por acordo ou, na falta deste, pela instituição, sem sujeição
ao disposto na cláusula 48.ª
1- Cessando o contrato de trabalho por qualquer motivo,
incluindo a morte do trabalhador, a instituição paga a re-
tribuição e o subsídio correspondentes ao período de férias SECÇÃO V
vencido, se o trabalhador ainda o não tiver gozado, e, bem
assim, a retribuição e o subsídio de férias proporcionais ao Faltas
tempo de trabalho prestado no ano da cessação do contrato.
2- O período de férias não gozado por motivo de cessação Cláusula 52.ª
do contrato conta-se sempre para efeitos de antiguidade. Tipos de faltas
3- Da aplicação do disposto nos números anteriores ao
contrato cuja duração não atinja, por qualquer causa, doze 1- As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
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2- São consideradas faltas justificadas: dadas para além do limite legal podem ser autorizadas pela
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casa- instituição, ao abrigo do disposto na alínea i) do mesmo nú-
mento; mero.
b) As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes ou 8- São consideradas injustificadas todas as faltas não pre-
afins, nos termos dos números 3 e 4; vistas nos números anteriores.
c) As motivadas pela prestação de provas em estabeleci-
Cláusula 53.ª
mentos de ensino, nos termos da legislação aplicável;
d) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho Efeitos das faltas
devido a facto que não seja imputável ao trabalhador, nome-
1- As faltas justificadas não determinam perda ou prejuí-
adamente doença, acidente ou cumprimento de obrigações
zo de quaisquer direitos ou garantias do trabalhador, salvo o
legais;
disposto no número 2 desta cláusula.
e) As motivadas pela necessidade de prestação de assis-
2- Determinam perda de retribuições as seguintes faltas
tência inadiável e imprescindível a membros do agregado
mencionadas no número 2 da cláusula anterior:
familiar do trabalhador, nos termos previstos na lei e neste
a) As previstas na alínea h), nos termos da legislação es-
acordo;
pecífica aplicável;
f) As ausências não superiores a 4 horas e só pelo tem-
b) As previstas na alínea i), sem prejuízo de decisão con-
po estritamente necessário, justificadas pelo responsável de
trária da instituição;
educação do menor, uma vez por trimestre, para deslocação
c) As previstas na alínea j) quando excederem o limite
à escola tendo em vista inteirar-se da situação educativa do
para o efeito previsto na lei, sem prejuízo de decisão contrá-
filho menor;
ria da instituição;
g) As dadas, nos termos deste acordo, pelos trabalhadores
d) As dadas por motivo de doença ou acidente de trabalho.
eleitos para as estruturas de representação colectiva;
3- As faltas injustificadas determinam sempre perda da
h) As dadas por candidatos a eleições para cargos públi-
retribuição correspondente ao período de ausência, o qual
cos, nos termos legais;
é descontado, para todos os efeitos, na antiguidade do tra-
i) As autorizadas ou aprovadas pela instituição;
balhador, sem prejuízo de poderem constituir infração dis-
j) As que por lei forem como tal qualificadas;
ciplinar.
k) As ausências pelo tempo indispensável para que os ele-
4- A falta injustificada a um ou meio período normal de
mentos das listas concorrentes por ocasião da campanha,
trabalho diário, imediatamente anterior ou posterior a dia de
apresentem os seus programas de candidatura, até ao limite,
descanso ou a feriado, determina igualmente perda de retri-
por cada acto eleitoral, de 15 dias úteis para a direcção e
buição dos dias de descanso ou feriados imediatamente an-
mesa da assembleia geral dos sindicatos e de 3 dias úteis para
teriores ou posteriores ao dia ou meio dia em falta, mediante
os demais órgãos.
comunicação prévia ao trabalhador.
3- Nos termos da alínea b) do número anterior, o trabalha-
dor pode faltar justificadamente: Cláusula 54.ª
a) Cinco dias consecutivos por falecimento de cônjuge não
separado de pessoas e bens ou parente ou afim no primei- Comunicação e prova das faltas
ro grau da linha recta (pais, filhos, pais e filhos adoptivos, 1- As faltas justificadas, quando previsíveis, são obrigato-
padrastos e madrastas, enteados, sogros e sogras, genros e riamente comunicadas à Instituição com a antecedência de
noras); 5 dias.
b) Dois dias consecutivos por falecimento de outro parente 2- Quando imprevisíveis, as faltas justificadas são obriga-
ou afim na linha recta ou em segundo grau da linha colateral toriamente comunicadas à instituição logo que possível.
(avós, bisavós, netos e bisnetos, do trabalhador ou do cônju- 3- A instituição pode, em qualquer caso de falta justifica-
ge, irmãos e cunhados). da, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados para a
4- Aplica-se o disposto na alínea a) do número anterior ao justificação.
falecimento de pessoa que viva em união de facto com o tra- 4- O não cumprimento das obrigações impostas nos núme-
balhador nos termos previstos na lei aplicável e no presente ros anteriores torna as faltas injustificadas.
acordo. Cláusula 55.ª
5- Se no dia do conhecimento dos eventos previstos nas
alíneas a) e b) do número 3 e número 4 o trabalhador estiver Efeitos das faltas no direito a férias
ao serviço, esse dia não conta para o cômputo do número de 1- As faltas, justificadas ou injustificadas, não têm qual-
dias a que o trabalhador tiver direito a faltar. quer efeito sobre o direito a férias do trabalhador, salvo o
6- Nos casos previstos na alínea d) do número 2, se o im- disposto no número seguinte.
pedimento do trabalhador se prolongar para além de um mês, 2- Nos casos em que as faltas determinem perda de retri-
aplica-se o regime de suspensão da prestação de trabalho por buição, esta pode ser substituída, se o trabalhador expressa-
impedimento prolongado. mente assim o preferir, por perda de dias de férias, na propor-
7- Nos casos previstos na alínea e) do número 2, as faltas ção de um dia de férias por cada dia de falta, desde que seja
salvaguardado o gozo efetivo de vinte dias úteis de férias ou
2350
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da correspondente proporção e sem prejuízo do pagamento, a Setembro, inclusive, do ano seguinte, ou durante o período
por inteiro, do subsídio de férias. de duração do curso, se diferente do anterior.
5- Para efeitos da presente cláusula são equiparados ao
Cláusula 56.ª
ensino oficial os cursos ministrados pelo Instituto de Forma-
Véspera de Natal ção Bancária e pelo Instituto Superior de Gestão Bancária
frequentados por trabalhadores seleccionados pelas institui-
Os trabalhadores estão dispensados do cumprimento do
ções.
dever de assiduidade na véspera de Natal.
6- Os trabalhadores que não tenham tido aproveitamento,
nos termos do número 3 da cláusula seguinte, num máximo
SECÇÃO VI de 2 anos seguidos ou 3 interpolados, têm direito a ausentar-
-se, sem perda de vencimento ou qualquer outro direito ou
Suspensão da prestação de trabalho por impedimento
regalia previstos neste acordo, para prestação de exame, no
prolongado
dia em que este tiver lugar, acrescido do tempo necessário
para a deslocação.
Cláusula 57.ª
7- Nos casos em que os exames finais tenham sido substi-
Suspensão por impedimento prolongado respeitante ao trabalhador tuídos por testes ou provas de avaliação de conhecimentos,
os trabalhadores estudantes podem faltar, até ao limite de 2
1- Quando o trabalhador esteja temporariamente impedi-
dias por disciplina e ano lectivo e 1 dia por cada prova, acres-
do por facto que não lhe seja imputável, nomeadamente por
cido do tempo necessário à deslocação.
doença ou acidente, e o impedimento se prolongue por mais
de um mês, cessam os direitos, deveres e garantias das par- Cláusula 60.ª
tes, na medida em que pressuponham a efetiva prestação de
trabalho sem prejuízo das disposições legais ou contratuais Requisitos para fruição das regalias concedidas aos trabalhadores
estudantes
sobre segurança social.
2- O tempo de suspensão conta-se para todos os efeitos 1- Para beneficiar das regalias estabelecidas na cláusula
de antiguidade, incluindo no âmbito do regime de segurança anterior, incumbe ao trabalhador estudante:
social referido na secção II - Benefício definido. a) Fazer prova, junto da instituição, da frequência do en-
sino básico, secundário ou equivalente ou de curso superior,
Cláusula 58.ª politécnico ou universitário;
b) Comprovar a assiduidade às aulas, no fim de cada perí-
Licença sem retribuição
odo, e o aproveitamento escolar, em cada ano.
1- Sem prejuízo do disposto na lei, ao trabalhador pode ser 2- Para poder continuar a usufruir das regalias estabeleci-
concedida, a seu pedido, licença sem retribuição, por período das na cláusula anterior, deve o trabalhador estudante con-
determinado. cluir com aproveitamento, nos termos do número seguinte,
2- O trabalhador conserva o direito à categoria, e o período o ano escolar ao abrigo de cuja frequência beneficia dessas
de licença não conta para os efeitos do anexo IV, salvo acor- mesmas regalias.
do escrito em contrário. 3- Para os efeitos do número anterior, considera-se apro-
3- Durante o período de licença sem retribuição, o traba- veitamento escolar o trânsito de ano ou a aprovação em, pelo
lhador figura no mapa a que se refere o número 4 da cláusula menos, metade das disciplinas que compõem o currículo
8.ª do ano em que o trabalhador estudante estiver matriculado,
arredondando-se por defeito este número, quando necessá-
SECÇÃO VII rio, e considerando-se falta de aproveitamento a desistência
voluntária de qualquer disciplina, excepto se justificada por
Regimes especiais doença prolongada, parto ou impedimento legal.
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Cláusula 69.ª 6- A aplicação deste regime não pode implicar uma redu-
ção do montante que, à data da entrada em vigor do presente
Remuneração de trabalho suplementar
acordo, os trabalhadores aufiram a título de diuturnidades,
1- Sem prejuízo do disposto na cláusula 64.ª do presente sem prejuízo dos casos em que haja alteração de nível remu-
acordo, o trabalho suplementar, prestado em dia normal de neratório, data a partir de cuja alteração se aplicará o dispos-
trabalho, é retribuído nos termos seguintes: to na presente cláusula.
a) Diurno: 7- O montante das diuturnidades referido no número ante-
i) 1.ª hora - retribuição/hora acrescida de 50 % = rior será actualizado pela mesma percentagem e nas mesmas
150,00 % datas que o forem as diuturnidades previstas no número1 da
ii) 2.ª hora e subsequentes - retribuição/hora acrescida de presente cláusula.
75 % = 175,00 %
b) Nocturno: Cláusula 71.ª
i) 1.ª hora - retribuição/hora acrescida de 87,5 % =
Acréscimo a título de falhas
187,50 %
ii) 2.ª hora e subsequentes - retribuição/hora acrescida de 1- Os trabalhadores que exerçam as funções de caixa terão
118,75 % = 218,75 % direito, enquanto desempenharem essas funções, a um acrés-
2- Sempre que o trabalho suplementar se prolongue para cimo, a título de falhas, no valor constante no anexo II.
além das 20,30 horas, o trabalhador tem direito a um subsí- 2- Os trabalhadores que, acidentalmente, exerçam as fun-
dio de jantar de montante igual ao do disposto no número 1 ções ou substituam os caixas efetivos têm direito, durante os
da cláusula 72.ª dias em que as exerçam ou se verifique a sua substituição, a
3- O trabalho prestado em dias de descanso semanal e em um acréscimo a título de falhas no valor de 50 % do referido
feriados dá direito a uma retribuição calculada nos termos da no número anterior, por cada período de 11 dias normais de
fórmula seguinte e que acresce à retribuição mensal efetiva: trabalho ou fração.
3- Os períodos de 11 dias normais de trabalho a que se
2 x Rhn x T refere o número anterior devem ser entendidos como repor-
sendo Rhn = valor da retribuição da hora normal e T = nú- tando-se a cada mês de calendário.
mero de horas de trabalho prestado em cada um desses dias. 4- Considera-se caixa o trabalhador que, de forma predo-
4- O trabalho prestado em dias de descanso semanal e em minante e principal, executa operações de movimento de nu-
feriados, que exceda sete horas por dia, dá direito a uma re- merário, recebimento de depósitos, pagamento de cheques e
tribuição calculada nos termos da fórmula seguinte e que operações similares, não exclusivamente de cobrança.
acresce à retribuição mensal efetiva: 5- Aos trabalhadores que exerçam, acidentalmente, em
cada ano civil, as funções de caixa, por um período igual
2,5 x Rhn x T ou superior a 66 dias normais de trabalho, seguidos ou in-
sendo Rhn = valor da retribuição da hora normal e T = nú- terpolados, é assegurado o direito ao recebimento da mes-
mero de horas de trabalho prestado em cada um desses dias ma retribuição mensal efetiva durante as férias referentes ao
para além das sete. mesmo ano.
5- Sempre que o trabalhador preste trabalho em dias de Cláusula 72.ª
descanso semanal e em feriados, terá direito ao subsídio de
almoço nos termos da cláusula 72.ª e, se o trabalho se prolon- Subsídio de refeição
gar para além das 20h30, tem direito também a um subsídio 1- A todos os trabalhadores é atribuído, por dia de traba-
de jantar de igual montante. lho efetivamente prestado, um subsídio de refeição no valor
Cláusula 70.ª constante do anexo II, pagável mensalmente.
1- Os trabalhadores em regime de tempo parcial têm direi-
Diuturnidades to a um subsídio de refeição de valor proporcional ao horário
1- Todos os trabalhadores em regime de tempo completo completo da respectiva função.
têm direito a uma diuturnidade no valor constante do anexo 1- Quando ao trabalhador, por motivo de deslocação, seja
II, por cada cinco anos de serviço efetivo, contados desde a reembolsado o custo da refeição, não recebe o valor do sub-
data da sua admissão. sídio de refeição correspondente.
2- O regime de diuturnidades é limitado a sete diuturni- 1- As faltas dos trabalhadores, quando ao serviço dos sin-
dades. dicatos, devidamente comprovadas por esta entidade, não
3- Para efeitos de contagem do tempo para aplicação do prejudicam a aplicação do regime constante desta cláusula.
disposto no número 1, são utilizados os critérios definidos Cláusula 73.ª
na cláusula 10.ª
4- Os trabalhadores em regime de tempo parcial têm di- Deslocações
reito a diuturnidades de valor proporcional ao horário com- 1- Os trabalhadores que se desloquem em serviço têm di-
pleto. reito a ser reembolsados das inerentes despesas nos termos
5- Os efeitos das diuturnidades reportam-se ao primeiro dos números seguintes e no respeito dos normativos internos
dia do mês em que se vencem. da instituição.
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2- As despesas de transporte serão compensadas nas con- ou invalidez presumível, o trabalhador terá direito a um pré-
dições seguintes: mio no valor igual a 1,5 vezes a retribuição mensal efectiva
a) A instituição paga o preço da viagem, mediante apre- auferida naquela data.
sentação dos respetivos comprovativos; 2- Em caso de morte no activo, será pago um prémio apu-
b) Quando, com autorização prévia da instituição, for uti- rado nos termos do número 1 e com referência à retribuição
lizado o automóvel do trabalhador, a instituição paga-lhe mensal efectiva que o trabalhador auferia à data da morte.
0,50 euros por quilómetro, que engloba todas as despesas 3- O trabalhador que tenha recebido um proporcional de
inerentes à utilização do veículo, nomeadamente seguros que 3/5 ou 4/5 do prémio de antiguidade correspondente a três
cubram eventual responsabilidade civil da instituição para meses de retribuição mensal efectiva, conforme disposto no
com terceiros, bem como a indemnização dos danos próprios ACT do sector bancário ora revogado e na cláusula 121.ª,
do veículo utilizado. terá direito a um prémio de final de carreira no valor pro-
3- As despesas de alojamento são reembolsadas contra a porcional igual a, respectivamente, 6/5 ou 3/5 da retribuição
apresentação do respetivo recibo comprovativo. mensal efectiva.
4- Nas deslocações em serviço dos trabalhadores para fora 4- O prémio referido nos números 1 e 2 não é devido ao
do concelho em que se situa o respectivo local de trabalho trabalhador que tenha recebido o prémio de antiguidade cor-
as despesas de alimentação e outras despesas são cobertas respondente a três meses de retribuição mensal efectiva, con-
por uma ajuda de custo diária de acordo com as seguintes forme disposto no ACT do sector bancário ora revogado.
condições:
a) Os valores da ajuda de custo diária são os que constam CAPÍTULO IV
do anexo III.
b) Condições de atribuição do valor da ajuda de custo di- Vicissitudes do contrato
ária:
i) Pagamento da ajuda de custo por inteiro, quando a par- Cláusula 75.ª
tida ocorrer antes das 12h00 e a chegada se verificar após as
21h00; Cedência ocasional de trabalhadores
ii) Quando a deslocação ocorra em território nacional e 1- A instituição pode ceder temporariamente os seus traba-
desde que implique dormida fora de casa, pagamento de aju- lhadores a empresas jurídica, económica ou financeiramen-
da de custo parcial quando a partida ocorrer após as 12h00 te associadas ou dependentes, ou a agrupamentos comple-
ou a chegada se verificar antes das 21h00; mentares de empresas de que ela faça parte, ou a entidades,
iii) Quando a deslocação ocorra em território nacional independentemente da natureza societária, que mantenham
sem que implique dormida fora de casa ou no estrangeiro, estruturas organizativas comuns, desde que os trabalhadores
pagamento de meia ajuda de custo quando a partida ocorrer manifestem por escrito o seu acordo à cedência e às respec-
antes das 12h00 e a chegada se verificar antes das 21h00 ou tivas condições, nomeadamente quanto à duração do tempo
quando a partida ocorrer após as 12h00 e a chegada se veri- de trabalho.
ficar após as 21h00; 2- A cedência ocasional do trabalhador deve ser titulada
iv) Não há lugar ao pagamento de qualquer ajuda de cus- por documento assinado pelas empresas cedente e cessioná-
to quando a chegada ocorrer antes das 15h00. ria, onde se indique a data do seu início e a sua duração.
c) Nas deslocações a países onde se constate que o valor 3- Salvo acordo em contrário, a cedência vigora pelo prazo
da ajuda de custo é insuficiente para fazer face às despesas de cinco anos renovável por períodos de um ano, enquanto se
com as refeições (almoço e jantar), cada instituição aumen- mantiver o interesse e a vontade das partes e do trabalhador.
tará o valor da ajuda de custo, por forma a torná-lo adequado 4- Durante a cedência, o trabalhador mantém todos os di-
ao custo de vida nesse país. reitos, regalias e garantias que detinha na empresa cedente,
5- Nas deslocações previstas no número anterior da pre- sem prejuízo de auferir, no respectivo período, dos regimes
sente cláusula os trabalhadores beneficiam de um seguro de mais favoráveis em vigor na empresa cessionária.
acidentes pessoais com o valor fixado no anexo II ao presen- 5- A cedência não implica a alteração da entidade empre-
te acordo. gadora do trabalhador cedido, o qual permanece vinculado à
6- A indemnização decorrente do seguro referido no nú- entidade cedente, a quem compete, em exclusivo, o exercício
mero anterior não é cumulável com a resultante de acidentes do poder disciplinar.
de trabalho. 6- Durante a execução do contrato na empresa cessionária,
7- O pagamento da indemnização por acidentes pessoais, o trabalhador fica sujeito ao regime de prestação de trabalho
previsto nesta cláusula, não prejudica os direitos de Seguran- praticado nesta empresa, nomeadamente no que respeita ao
ça Social, contemplados no presente acordo. modo, lugar de execução e duração do trabalho.
Cláusula 74.ª 7- Cessando a cedência, o trabalhador regressa à empresa
cedente com o estatuto profissional e remuneratório que ti-
Prémio de final de carreira nha no início da cedência ou que, entretanto, pela cedente lhe
1- À data da passagem à situação de reforma, por invalidez tenha sido atribuído.
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de sanções disciplinares no processo individual do trabalha- pa, desde que a instituição, por escrito, justifique que, tendo
dor. em conta indícios de factos imputáveis ao trabalhador, a sua
2- O registo deve ser efectuado por forma que permita ve- presença na Instituição é inconveniente, nomeadamente para
rificar facilmente o cumprimento do disposto neste capítulo. a averiguação de tais factos, e que não foi ainda possível
3- Com autorização do trabalhador em causa, a instituição elaborar a nota de culpa.
fornece ao sindicato respectivo nota do registo das sanções 3- A suspensão do trabalhador que seja representante sin-
que lhe hajam sido aplicadas. dical ou membro da comissão de trabalhadores, em efectivi-
dade de funções, não obsta a que o mesmo possa ter acesso
Cláusula 83.ª
aos locais destinados ao exercício dessas funções.
Nota de culpa e procedimento prévio de inquérito Cláusula 85.ª
1- Nos casos em que se verifique algum comportamento
que indicie a prática de uma infracção disciplinar, a institui- Resposta à nota de culpa, instrução e decisão
ção comunica, por escrito, ao trabalhador, que está a exercer 1- O trabalhador dispõe de quinze dias úteis para consultar
o poder disciplinar, juntando nota de culpa com a descrição o processo e responder à nota de culpa, deduzindo, por escri-
circunstanciada dos factos que lhe são imputados. to, os elementos que considere relevantes para o esclareci-
2- Nos casos de os factos constantes da nota de culpa con- mento dos factos e da sua participação nos mesmos, podendo
terem algum comportamento susceptível de constituir justa juntar documentos e solicitar as diligências probatórias que
causa de despedimento, a instituição comunica, por escrito, se mostrem pertinentes para o esclarecimento da verdade.
ao trabalhador a sua intenção de proceder ao despedimento, 2- A instituição, directamente ou através de instrutor que
juntamente com a nota de culpa. tenha nomeado, procede obrigatoriamente às diligências
3- O duplicado da nota de culpa e, sendo o caso, a comuni- probatórias requeridas na resposta à nota de culpa, a menos
cação da intenção de despedimento, são entregues ao traba- que as considere patentemente dilatórias ou impertinentes,
lhador ou remetidos pelo correio, conforme for mais rápido devendo, nesse caso, alegá-lo fundamentadamente, por es-
e eficiente. crito.
4- Na mesma data, serão remetidas cópias daquela comu- 3- A instituição não é obrigada a proceder à audição de
nicação e da nota de culpa à comissão de trabalhadores e, mais de três testemunhas por cada facto descrito na nota de
caso o trabalhador seja representante sindical, à associação culpa, nem mais de dez no total, cabendo ao trabalhador as-
sindical respectiva. segurar a respectiva comparência para o efeito.
5- A remessa pelo correio é feita, sob registo, para o local 4- O trabalhador tem direito a assistir aos actos de instru-
de trabalho do arguido, se este estiver ao serviço; de contrá- ção do processo disciplinar.
rio, é endereçada para a residência constante do respectivo 5- Concluídas as diligências probatórias, cujo prazo não
processo individual. As notificações postais presumem-se deve exceder, em regra, noventa dias, deve o processo ser
feitas no terceiro dia posterior ao do registo ou no primeiro apresentado, por cópia integral, à comissão de trabalhadores
dia útil seguinte a esse, quando o não seja, não produzindo e, se o trabalhador for representante sindical, à associação
efeitos anteriores. sindical respectiva, que podem, no prazo de dez dias úteis,
6- A presunção do número 5 só pode ser ilidida pelo noti- fazer juntar ao processo o seu parecer fundamentado.
ficado quando a recepção da notificação ocorra em data pos- 6- Para efeitos do número anterior, o trabalhador pode
terior à presumida, por razões que não lhe sejam imputáveis, comunicar à instituição, nos três dias úteis posteriores à re-
requerendo no processo que seja solicitada aos correios in- cepção da nota de culpa, que o parecer sobre o processo é
formação sobre a data efectiva dessa recepção. emitido por determinada associação sindical, não havendo,
7- A comunicação da nota de culpa ao trabalhador inter- nesse caso, apresentação de cópia do processo à comissão de
rompe os prazos estabelecidos na cláusula 79.ª trabalhadores.
8- Igual interrupção decorre da instauração do procedi- 7- Recebidos os pareceres referidos nos números 5 e 6 ou
mento prévio de inquérito, desde que, mostrando-se este ne- decorrido o prazo para o efeito, a instituição dispõe, sob pena
cessário para fundamentar a nota de culpa, seja iniciado e de caducidade, de trinta dias úteis para proferir a decisão que
conduzido de forma diligente, não mediando mais de trinta deve ser fundamentada e constar de documento escrito.
dias entre a suspeita de existência de comportamentos irre- 8- Na decisão devem ser ponderadas as circunstâncias do
gulares e o início do inquérito, nem entre a sua conclusão e a caso, a adequação da sanção disciplinar à culpabilidade do
notificação da nota de culpa. trabalhador, bem como os pareceres que tenham sido juntos
nos termos do números 5 e 6, não podendo ser invocados
Cláusula 84.ª
factos não constantes da nota de culpa, nem referidos na de-
Suspensão preventiva fesa escrita do trabalhador, salvo se atenuarem ou dirimirem
a responsabilidade.
1- Com a notificação da nota de culpa, pode a instituição
9- A decisão fundamentada deve ser comunicada, por có-
suspender preventivamente o trabalhador, sem perda de retri-
pia ou transcrição, ao trabalhador bem como à comissão de
buição, sempre que a sua presença se mostre inconveniente.
trabalhadores, ou, nos casos dos números 5 e 6, à respectiva
2- A suspensão a que se refere o número anterior pode ser
associação sindical.
determinada trinta dias antes da notificação da nota de cul-
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4- O incumprimento do referido no número anterior, de- situação, não havendo lugar ao pagamento do subsídio, se a
termina que: morte do reformado ocorrer antes do mês do seu vencimento.
a) No caso em que o benefício assuma a natureza de pen- 4- Cada uma das prestações a que os trabalhadores têm
são e esta seja atribuída com penalização, as instituições de direito, nos termos do número 2, não pode ser de montante
crédito considerem, para o apuramento da diferença a que inferior ao do valor ilíquido da mensalidade mínima de re-
se refere a segunda parte do número 1, o valor da referida forma prevista no anexo V do presente acordo considerando
pensão sem aplicação do factor de sustentabilidade e com o grupo em que estavam colocados à data da aplicação do
uma taxa de penalização correspondente a 75 % da taxa efec- presente acordo.
tivamente aplicada pela instituição ou serviço de Segurança 5- No caso de doença, as prestações previstas nos números
Social. 1 e 2 só são devidas a partir do 4.º dia de ausência, inclusive,
b) No caso em que não seja requerido o pagamento dos com exceção das seguintes situações em que serão devidas a
benefícios logo que reúnam condições para o efeito, apenas partir do 1.º dia de ausência:
é garantido pelas instituições de crédito, a partir dessa data, a) Ausências por internamento ou cirurgia em regime am-
o pagamento da diferença entre os benefícios previstos neste bulatório;
acordo e o valor, por si estimado, dos benefícios a atribuir b) Ausências por doença imediatamente anteriores ou pos-
pelas instituições ou serviços de Segurança Social. teriores a períodos de internamento;
c) No caso em que não seja comunicada às instituições de c) Ausências por doença imediatamente anteriores ou pos-
crédito a atribuição dos benefícios ou não lhes seja enviada teriores a cirurgia em regime ambulatório;
cópia da comunicação recebida das instituições ou serviços d) Ausências decorrentes de doença crónica;
de Segurança Social, aplica-se o previsto na alínea b) deste e) Ausências com duração superior a 30 dias.
número. 6- Os trabalhadores em cuja carreira profissional se inclua
5- As correcções que se mostrem devidas em relação aos prestação de trabalho em regime de tempo parcial têm direito
valores pagos pelas instituições de crédito nos termos da às prestações referidas nos números 1, 2, 3 e 4, calculadas:
presente secção serão efectuadas logo que estas disponham a) Nos casos de invalidez ou invalidez presumível, propor-
dos elementos necessários para o seu processamento e serão cionalmente ao período normal de trabalho e tomando em
aplicadas à data em que produzam ou devessem ter produ- consideração os anos de trabalho prestado em cada regime;
zido efeitos. b) No caso de doença, proporcionalmente ao período nor-
6- No momento da passagem à situação de reforma as ins- mal de trabalho praticado à data do início da situação.
tituições de crédito informarão o trabalhador dos diplomas 7- Para efeitos do disposto nos números 1, 2, 3, 4 e 6 alí-
legais, em vigor nessa data e que lhe são aplicáveis, que re- nea a), os anos de trabalho prestado até à data da entrada em
gulam a atribuição de subsídios e pensões por parte dos regi- vigor do presente acordo terão como referência o regime de
mes públicos de segurança social. trabalho em que o trabalhador se encontrava naquela data.
8- Excecionalmente, e mediante acordo com a instituição,
Cláusula 95.ª
pode o trabalhador com mais de 65 anos de idade e menos de
Doença, invalidez ou invalidez presumível 70 continuar ao serviço; a continuação ao serviço depende
de aprovação do trabalhador em exame médico, feito anu-
1- No caso de doença, após o decurso do período previsto
almente, e a instituição pode, em qualquer momento, retirar
no número 5 da presente cláusula e até à suspensão do con-
o seu acordo a essa continuação, prevenindo o trabalhador
trato por esse motivo, os trabalhadores têm direito a um sub-
com 30 dias de antecedência.
sídio de doença, igual à retribuição que aufiram à data do iní-
9- O trabalhador que completar 55 anos de idade pode
cio da situação de doença, cujo montante líquido não poderá
ser colocado na situação de invalidez presumível, mediante
ser superior, em caso algum, à retribuição líquida auferida.
acordo com a instituição.
2- No caso de doença, com o início da suspensão do con-
10- As mensalidades fixadas, para cada nível, no anexo
trato por esse motivo, ou invalidez, ou quando tenham atin-
V, são sempre atualizadas na mesma data e pela aplicação
gido 65 anos de idade (invalidez presumível), os trabalhado-
da mesma percentagem em que o forem os correspondentes
res em tempo completo têm direito, respectivamente, a um
níveis da tabela salarial do referido anexo II e aplicam-se a
subsídio de doença ou pensão de reforma:
todos os reformados quer tenham sido colocados nas situa-
a) Às mensalidades que lhes competirem, de harmonia
ções de doença, invalidez ou invalidez presumível, antes ou
com a aplicação das percentagens do anexo IV aos valores
depois de cada atualização.
das mensalidades fixadas no anexo V do presente acordo;
11- Da aplicação das mensalidades previstas no anexo V
b) A um subsídio de Natal de valor igual ao das mensalida-
não poderá resultar diminuição das anteriores mensalidades
des referidas na alínea a), a satisfazer no mês de Novembro,
contratuais, cujo pagamento se tenha iniciado, sem prejuízo
c) A um 14.º mês de valor igual ao das mensalidades refe-
do disposto no anexo IV.
ridas na alínea a), a satisfazer no mês de Abril.
12- Os direitos previstos nesta cláusula aplicam-se a todos
3- O subsídio de Natal previsto na alínea b) do número
os trabalhadores na situação de doença, invalidez ou invali-
anterior será pago proporcionalmente ao período de tempo
dez presumível, quer tenham sido colocados nessas situações
em que o trabalhador doente ou reformado se encontre nessa
antes ou depois da entrada em vigor deste acordo.
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Cláusula 96.ª qualquer razão, deixe de estar abrangido pelo regime de se-
gurança social garantido pela presente secção tem direito,
Regime contributivo de trabalhadores admitidos após 1 Janeiro de quando for colocado na situação de reforma por velhice ou
1995
invalidez pelo regime de proteção social que lhe for apli-
1- Os trabalhadores admitidos após 1 de Janeiro de 1995, cável, ao pagamento, pelas referidas instituições e corres-
e durante o tempo em que estiverem no activo, contribuem pondente ao tempo em que lhes tenha prestado serviço, de
para o fundo de pensões criado pela instituição com 5 % da uma importância calculada nos termos do número 3 desta
sua retribuição de base constante do anexo II, acrescida das cláusula.
diuturnidades, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de 2- O pagamento da pensão de reforma previsto no número
Natal. anterior é devido nas seguintes circunstâncias:
2- A contribuição prevista no número 1 desta cláusula não a) A partir do momento em que o trabalhador se encontrar
é majorada na retribuição. na situação de invalidez;
3- O regime instituído na presente cláusula não se aplica a b) Quando o trabalhador se encontrar reformado por velhi-
qualquer dos trabalhadores ao serviço e admitidos antes de ce no âmbito do regime de Segurança Social em que se en-
1 de Janeiro de 1995, ainda que contratados a prazo, não se contrar abrangido, não podendo, contudo, aquela prestação
aplicando, também no caso de, depois daquela data, passa- ser atribuída antes da idade normal de acesso à pensão de
rem a prestar serviço a outra instituição cujos trabalhadores velhice prevista no regime geral de Segurança Social, fixada
estejam igualmente abrangidos pelo regime de segurança no ano de 2016 em 66 anos e 2 meses, e sem aplicação do
social garantido pela presente secção ou pelo acordo colec- factor de sustentabilidade ou sem a redução previstos naque-
tivo de trabalho do sector bancário referido no número 1 da le regime;
cláusula 123.ª c) Quando o trabalhador se encontrar na situação de inva-
Cláusula 97.ª lidez presumível, nos termos da cláusula 95.ª no caso em que
não reuna condições para vir a ter direito a receber uma pen-
Diuturnidades são por velhice ou limite de idade por outro regime de Se-
1- Às mensalidades referidas nos números 1 e 2 da cláusu- gurança Social diferente do garantido pelo presente acordo.
la 95.ª acresce o valor correspondente às diuturnidades cal- 3- Para efeitos do cálculo da mensalidade prevista no nú-
culadas e atualizadas nos termos deste acordo. mero 1 desta cláusula, a parte da pensão de reforma a pagar
2- Para além das diuturnidades previstas no número ante- por cada instituição, correspondente ao tempo de serviço
rior, é atribuída mais uma diuturnidade, de valor proporcio- nela prestado, apurado em anos completos, é calculada com
nal aos anos completos de serviço efetivo, compreendidos base na retribuição de base constante do anexo II para a ta-
entre a data do vencimento da última e a data da passagem à bela salarial ao presente acordo, com referência ao nível em
situação de invalidez ou invalidez presumível, sem prejuízo que o trabalhador se encontrava colocado à data referida no
do limite máximo previsto no número 2 da cláusula 70.ª número 1, tomando-se em consideração a taxa anual de for-
3- O regime referido no número anterior aplica-se, igual- mação da pensão do regime geral de Segurança Social para a
mente, aos trabalhadores que, não tendo adquirido direito componente da pensão P1.
a qualquer diuturnidade, sejam colocados nas situações aí 4- A pensão referida no número anterior é devida a partir
previstas. da data em que ocorra o evento que a determina, nas situa-
4- O previsto nos números 6 alínea a) e 7 da cláusula 95.ª ções em que o requerimento seja recepcionado pela institui-
aplica-se, com as necessárias adaptações, às prestações refe- ção nos 3 meses subsequentes à referida data. Nas restantes
ridas nos números anteriores. situações, a pensão é devida a partir da data em que seja re-
5- As pensões de reforma previstas no sistema de segu- cepcionado pela instituição o respectivo requerimento.
rança social constante desta secção correspondem à soma 5- A verificação das situações de invalidez, fora do âmbito
do valor dessas mensalidades com o valor das diuturnidades de qualquer regime de segurança social, é, na falta de acordo
referidas nos números anteriores, considerando-se as duas da instituição, apurada por junta médica, constituída nos ter-
prestações como benefícios da mesma natureza, designada- mos da cláusula 101.ª
mente para os efeitos no disposto no número 1 da cláusula 6- No caso de o trabalhador não chegar a adquirir direi-
94.ª to noutro regime de proteção social, a pensão prevista nesta
6- O disposto nesta cláusula não se aplica aos trabalhado- cláusula é devida a partir do momento em que o trabalhador
res abrangidos pela cláusula 98.ª se encontre na situação de invalidez ou invalidez presumível
referida no número 1 da cláusula 95.ª
Cláusula 98.ª 7- Por morte dos trabalhadores a que se refere a presen-
te cláusula, as pessoas designadas no número 3 da cláusula
Reconhecimento de direito em caso de cessação do contrato
de trabalho 102.ª têm direito a uma pensão de sobrevivência, no mon-
tante global de 60 % do valor da pensão de reforma que a
1- O trabalhador de instituição de crédito, sociedade fnan-
instituição vinha a pagar ou que o trabalhador teria direito
ceira ou das antes designadas instituições parabancárias não
a receber da mesma, nos termos da presente cláusula, se se
inscrito em qualquer regime de segurança social e que, por
reformasse na data do seu falecimento.
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8- No caso de existência de uma pluralidade de beneficiá- por três elementos e constituem-se da seguinte forma:
rios, o montante da pensão a que se refere o número anterior a) A parte não concordante com a situação requer a cons-
é repartido nos termos dos números 4 a 7 da cláusula 102.ª tituição da junta, apresentando parecer médico justificativo,
conjuntamente com a indicação do médico que a representa
Cláusula 99.ª
na mesma;
Antecipação da data de pagamento da pensão b) O requerimento é apresentado à outra parte, devendo
esta nomear o seu representante, no prazo máximo de 15
1- Os trabalhadores abrangidos pela cláusula 98.ª têm o di-
dias, a contar da recepção daquele;
reito a requerer a antecipação da data do pagamento da pen-
c) Nos 10 dias subsequentes à data em que forem conhe-
são face ao previsto nas alíneas b) e c) do número 2 daquela
cidos os nomes dos dois médicos representantes das partes,
cláusula desde que, à data em que o requeiram, reúnam os
estes escolhem, entre si, um terceiro elemento para comple-
seguintes requisitos:
tar a junta;
a) Estarem em situação de desemprego de longa duração e
d) As notificações das partes são feitas por protocolo ou
não terem direito ou terem cessado o direito ao recebimento
carta registada com aviso de recepção;
do subsídio de desemprego;
e) Se a parte notificada para nomear médico que a repre-
b) Terem completado 57 anos de idade.
sente o não fizer dentro do prazo referido na alínea b), pror-
2- Ao valor da pensão atribuída nos termos do disposto no
rogável por igual período, a pedido fundamentado da parte
número anterior será aplicado, a título definitivo, um factor
interessada, considera-se que a parte faltosa concorda com o
de redução de 0,5 % por cada mês de antecipação face à data
representante da outra parte, salvo caso de impossibilidade
prevista na alínea b) ou na alínea c) do número 2 da cláusula
absoluta;
98.ª
f) Se, no prazo de 10 dias subsequente à data prevista na
3- A atribuição da pensão nos termos do número 1 da pre-
alínea c), os dois médicos representantes das partes não acor-
sente cláusula depende da prévia informação ao trabalhador
darem na escolha do terceiro elemento para completar a jun-
do montante da pensão a pagar e da subsequente manifesta-
ta, reinicia-se o procedimento previsto nas alíneas a), b) e c),
ção expressa de vontade do trabalhador em manter a decisão
designando cada uma das partes os respectivos médicos, não
de requerer a antecipação da data do pagamento da pensão.
podendo, contudo, a escolha recair sobre os médicos inicial-
Cláusula 100.ª mente por si indicados.
3- A parte contra quem a junta médica se pronunciar paga
Prova da situação de doença todas as despesas ocasionadas pela diligência, designada-
1- A prova da situação de impossibilidade de comparência mente os honorários dos médicos.
ao serviço por motivo de doença do trabalhador é feita por
Cláusula 102.ª
declaração emitida por estabelecimento hospitalar, centro de
saúde, SAMS ou por atestado médico. Falecimento
2- O documento referido no número anterior deve ter apos- 1- Por morte do trabalhador, as instituições concedem:
ta a vinheta do médico declarante e conter obrigatoriamente a) Um subsídio por morte, calculado nos termos do regu-
a seguinte informação: lamento do Centro Nacional de Pensões, ou igual à impor-
a) A menção da impossibilidade de comparência ao ser- tância mensalmente recebida pelo falecido, a título de ven-
viço; cimento, ou de subsídio de doença ou de pensão de reforma,
b) O período de incapacidade ou impedimento; conforme o que se mostre, no caso concreto, mais favorável
c) A autorização expressa nas situações em que o trabalha- ao beneficiário;
dor pode ausentar-se da sua residência, nos termos da alínea b) Uma pensão mensal de sobrevivência no valor constan-
b) do número seguinte. te do anexo V do presente acordo, com o mínimo correspon-
3- O trabalhador na situação de doença só pode ausentar-se dente à retribuição mínima mensal garantida;
do seu domicílio: c) Um subsídio de Natal, no valor correspondente à pensão
a) O tempo necessário para efectuar tratamentos ou con- mensal de sobrevivência, a satisfazer em Novembro;
sultas médicas; d) Um 14.º mês, no valor correspondente à pensão mensal
b) Nos períodos entre as 11h00 e as 15h00 e entre as 18h00 de sobrevivência, a satisfazer em Abril.
e as 21h00, ou outros que venham a ser permitidos legal- 2- A determinação dos beneficiários do subsídio previsto
mente. na alínea a) do número anterior faz-se segundo as regras es-
Cláusula 101.ª tabelecidas para a atribuição do subsídio por morte concedi-
do pelo Centro Nacional de Pensões.
Junta médica 3- São beneficiários da pensão de sobrevivência, do subsí-
1- Quando existir desacordo entre a instituição e o traba- dio de Natal e do 14.º mês:
lhador, quanto à situação de doença ou de invalidez, há re- a) O cônjuge sobrevivo ou pessoa que, à data da morte do
curso a uma junta médica que decide da capacidade deste trabalhador, viva com ele em união de facto há mais de dois
para o serviço. anos, não estando qualquer deles casado ou, estando algum
2- As juntas médicas previstas neste acordo são compostas deles casado, se tiver sido decretada a separação judicial de
pessoas e bens;
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b) Os filhos, incluindo os nascituros e os adotados plena- ou depois da entrada em vigor deste acordo.
mente, até perfazerem 18 anos, ou 21 e 24 anos, enquanto
Cláusula 103.ª
frequentarem, respetivamente, o ensino médio, superior e,
sem limite de idade, os que sofrerem de incapacidade perma- Determinação da antiguidade
nente e total para o trabalho.
1- Para todos os efeitos previstos neste capítulo a antigui-
4- As mensalidades referidas na alínea b), o subsídio de
dade do trabalhador é determinada pela contagem do tempo
Natal referido na alínea c) e o 14.º mês referido na alínea
de serviço prestado nos termos da cláusula 10.ª deste acordo
d) do número 1 desta cláusula, são atribuídos do seguinte
e ainda, para efeitos do anexo IV, do tempo de serviço de-
modo:
corrente do disposto no acordo escrito a que se refere a parte
a) 50 % para o cônjuge sobrevivo ou para pessoa em união
final do número 2 da cláusula 58.ª
de facto;
2- Aos trabalhadores admitidos antes de 1 de Julho de 1997
b) 50 % para os filhos ou adotados plenamente, nos termos
e colocados nas situações previstas no número 1 da cláusula
definidos na alínea b) do número anterior;
95.ª a partir de 1 de Junho de 1980, é contado, para efeitos
c) 100 % para os filhos ou adotados plenamente, nas con-
da aplicação do anexo IV do presente acordo, o tempo de
dições da alínea b) do número anterior, no caso de o falecido
serviço prestado na função pública, entendendo-se este como
não ter deixado cônjuge sobrevivo;
o tempo que for indicado pela Caixa Geral de Aposentações
d) 100 % para o cônjuge sobrevivo ou para pessoa em
e que seja considerado por esta no apuramento do valor da
união de facto, se não existirem os beneficiários previstos na
pensão a pagar pela mesma caixa.
alínea b) do número anterior ou, no caso de existirem, não
3- Igualmente é reconhecido para todos os efeitos pre-
terem direito à pensão, subsídio de Natal e 14.º mês.
vistos no presente capítulo o tempo de serviço prestado a
5- A pensão de sobrevivência do cônjuge ou do unido de
instituições não subscritoras deste acordo, sempre que estas
facto será mantida enquanto não contrair novo casamento ou
também reconheçam o tempo de serviço prestado nas insti-
iniciar nova união de facto.
tuições que subscrevem o presente acordo, em condições de
6- No caso de morte do beneficiário a que se refere o nú-
reciprocidade.
mero anterior ou se este contrair novo casamento ou iniciar
nova união de facto, a pensão reverte para os filhos do traba-
lhador, nas condições estabelecidas na alínea b) do número CAPÍTULO II
3 desta cláusula.
7- Quando algum ou alguns dos beneficiários deixar de ter Benefícios sociais complementares
direito à pensão de sobrevivência, ao subsídio de Natal e ao
14.º mês, a sua parte acresce à dos restantes. SECÇÃO I
8- A pensão de sobrevivência é devida até à data da veri-
ficação de qualquer um dos factos que determine a sua ces- Subsídios
sação.
9- A pensão de sobrevivência do cônjuge é atribuída se o Cláusula 104.ª
trabalhador, à data da morte, estiver casado há mais de um
ano com o beneficiário, não se aplicando esta condição se a Subsídio infantil
morte tiver resultado de acidente. 1- Aos trabalhadores é atribuído um subsídio mensal por
10- Presume-se a existência da união de facto mediante cada filho, no valor constante do anexo II.
a entrega à instituição de declaração sob compromisso de 2- O subsídio é devido desde o mês seguinte àquele em
honra dos dois unidos, acompanhada de certidões de cópia que a criança perfizer 3 meses de idade até Setembro do ano
integral do registo de nascimento de cada um deles. em que perfizer 6 anos de idade.
11- O prazo de dois anos previsto no número 3, alínea a) é 3- O subsídio é pago conjuntamente com o vencimento.
contado da data da entrega na Instituição da declaração refe- 4- No caso de ambos os progenitores serem trabalhadores
rida no número anterior. bancários, o subsídio referido no número 1 é pago àquele
12- Presume-se a subsistência da união de facto na data da que por eles for indicado ou a quem tenha sido conferido o
morte do trabalhador mediante apresentação de certidão de poder paternal.
cópia integral do registo de nascimento com o averbamen- 5- O subsídio a que se referem os números anteriores é
to do seu óbito, de certidão de cópia integral do registo de também devido ao trabalhador na situação de doença e de
nascimento do beneficiário, emitida após o seu óbito, e de reforma, bem como, no caso de morte, aos filhos enquanto
documento comprovativo de que a última nota de liquida- reúnam as condições para a sua atribuição.
ção fiscal relativa ao imposto sobre o rendimento foi enviada
para o domicílio fiscal comum dos unidos de facto. Cláusula 105.ª
13- As atualizações do anexo V aplicam-se a todos os pen-
Subsídio de estudo
sionistas, quer adquiram os direitos aqui previstos antes ou
depois dessas atualizações. 1- São atribuídos aos trabalhadores subsídios trimestrais
14- Os direitos previstos nesta cláusula aplicam-se a todos por cada filho que frequente o ensino oficial ou oficializa-
os pensionistas, quer tenham adquirido esses direitos antes do, até à idade máxima prevista na lei para a concessão do
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6- São também beneficiários dos SAMS os trabalhado- c) Os tutelados, que tenham sido confiados por sentença
res, ex-trabalhadores e reformados e respectivos familiares judicial ao trabalhador ou a uma das pessoas referidas na alí-
abrangidos por IRCT ou por protocolos de adesão celebrados nea a) do presente número, nos termos previstos nos respec-
com os sindicatos subscritores do presente acordo. tivos regulamentos.
7- Podem ainda ser beneficiários dos SAMS os trabalhado- 11- Os protocolos a celebrar nos termos dos números 6 e 7
res e reformados e respectivos familiares, de instituições de anteriores deverão observar o disposto na presente secção e
crédito ou sociedades financeiras não outorgantes do presen- abranger a totalidade dos trabalhadores da empresa e respec-
te acordo e ainda da associação de empregadores do sector tivos familiares, prevendo a adesão obrigatória, sem o que o
bancário que sejam abrangidos por IRCT ou por protocolo protocolo não poderá entrar em vigor.
de adesão a celebrar com os sindicatos subscritores do pre- 12- Para além do estabelecido no número 11 anterior, os
sente acordo. protocolos deverão ainda estabelecer que os beneficiários fi-
8- Para efeitos do número anterior, o valor actual das con- carão abrangidos pelo SAMS do sindicato em que estavam
tribuições futuras a cargo das entidades empregadoras será abrangidos na data da assinatura do protocolo, não podendo
pago antecipadamente e nunca poderá ser inferior ao que re- essa situação ser alterada, sem o que o protocolo não poderá
sultaria da aplicação da metodologia de cálculo e respectivos entrar em vigor.
pressupostos actuariais adoptados pela entidade subscritora
Cláusula 111.ª
do protocolo, no exercício fiscal anterior à data da respectiva
celebração, para efeitos do apuramento das responsabilida- Contribuições a cargo das entidades empregadoras
des com pensões de reforma e sobrevivência.
1- O valor e número de mensalidades das contribuições
9- Mantêm ainda a condição de beneficiário:
para o SAMS a cargo das instituições de crédito constam do
a) Os trabalhadores que tenham passado à situação de re-
anexo VI.
forma ao abrigo da cláusula 140.ª do ACT agora revogado
2- Nas situações previstas nos números 5, 6, 7 e 9 da cláu-
que à data da assinatura do presente acordo já sejam benefi-
sula 110.ª, as contribuições para os SAMS referidas no nú-
ciários e respectivos familiares;
mero 1 constituirão encargo da entidade empregadora.
b) Os pensionistas associados a um ex-trabalhador ou re-
3- As contribuições referidas nos números anteriores são
formado falecido que, nessa qualidade de pensionistas, à data
actualizadas na mesma data e pela aplicação da percentagem
da assinatura do presente acordo já sejam beneficiários do
correspondente ao aumento em que o for a tabela salarial do
SAMS ao abrigo da cláusula 140.ª do ACT agora revogado;
presente acordo.
c) os trabalhadores ou reformados dos sindicatos e dos
4- O disposto no número 1 da presente cláusula aplica-se a
SAMS respectivos que à data da assinatura do presente acor-
partir do dia 1 de Fevereiro de 2017, mantendo-se até aquela
do já sejam beneficiários e respectivos familiares;
data as regras de apuramento das contribuições a cargo das
d) Os familiares dos trabalhadores ou reformados faleci-
instituições de crédito que constam da cláusula 144.ª, núme-
dos dos sindicatos e dos SAMS respectivos que à data da
ro 4, alínea a), do ACT agora revogado.
assinatura do presente acordo já sejam beneficiários, com di-
reito ao pagamento de uma pensão de sobrevivência ao abri- Cláusula 112.ª
go do presente ACT ou do regime geral de segurança social;
e) Os trabalhadores ou reformados de entidades não subs- Contribuições a cargo dos trabalhadores, reformados e pensionistas
critoras do presente ACT que à data da assinatura do pre- 1- Sem prejuízo do disposto nos números 2, 3 e 4 da pre-
sente acordo já sejam beneficiários e respectivos familiares; sente cláusula, as contribuições para o SAMS a cargo dos
f) Os familiares dos trabalhadores ou reformados faleci- trabalhadores, reformados e pensionistas obedecem às se-
dos de entidades não subscritoras do presente ACT que à guintes regras:
data da assinatura do presente acordo já sejam beneficiários, a) Trabalhadores no ativo, mesmo em situação de ausência
com direito ao pagamento de uma pensão de sobrevivência mas que não determine a suspensão do contrato de trabalho
ao abrigo do presente ACT ou do regime geral de Segurança por esse motivo: a verba correspondente a 1,50 % da sua
Social. retribuição mensal efectiva, incluindo os subsídios de férias
10- Para efeitos do disposto nos números 1, 5, 6, 7 e 9, e de Natal;
consideram-se familiares: b) Trabalhadores em situação de doença que determine a
a) O cônjuge ou pessoa que viva com o trabalhador em suspensão do contrato de trabalho, em situação de invalidez
união de facto nos termos da lei, não estando qualquer deles ou invalidez presumível: a verba correspondente a 1,50 %
casado ou, estando algum deles casado, se tiver sido decreta- das mensalidades referidas nas alíneas a), b) e c) do número
da a separação judicial de pessoas e bens; 2 da cláusula 95.ª, a que nos termos da mesma tiverem di-
b) Os filhos, incluindo os nascituros e os adoptados ple- reito, acrescidas das diuturnidades que lhes competirem de
namente, e os enteados, desde que vivam em comunhão de acordo com o estabelecido na cláusula 97.ª;
mesa e habitação com o trabalhador, até perfazerem 18 anos, c) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de
ou 21 e 24 anos, enquanto frequentarem, respectivamente, trabalho por outro motivo que não a doença e desde que a lei
o ensino médio ou superior e, sem limite de idade, os que determine a manutenção do direito a beneficiar do sistema
sofrerem de incapacidade permanente e total para o trabalho, complementar de assistência médica previsto nesta secção: a
nos termos previstos nos respectivos regulamentos; verba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal efecti-
2364
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
va por este auferida no momento imediatamente anterior ao f) Pensionistas: a verba correspondente a 1,50 % da tota-
da respectiva ausência; lidade da prestação ou da soma das prestações atribuídas por
d) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de instituições ou serviços de Segurança Social ou por institui-
trabalho não abrangidos nas alíneas b) e c) anteriores: a ver- ções de crédito na parcela referente a benefício de 1.º pilar.
ba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal efectiva 4- As contribuições dos beneficiários previstos na cláusula
por este auferida no momento imediatamente anterior ao da 110.ª, números 6 e 7 obedecem às seguintes regras:
respectiva ausência, acrescida da contribuição prevista na a) Ex-trabalhadores quando não estejam a receber uma
cláusula 111.ª que estaria a cargo da entidade empregadora; pensão de reforma, reforma antecipada ou pré-reforma, ou
e) Pensionistas referidos na cláusula 102.ª a verba corres- por invalidez: a verba correspondente a 1,50 % da sua última
pondente a 1,50 % das pensões previstas nas alíneas b), c) e retribuição mensal efectiva auferida enquanto beneficiário
d) do número 1 daquela cláusula e que lhes forem devidas do SAMS, incluindo os subsídios de férias e de Natal;
nos termos do número 4 da referida cláusula; b) Reformados: a verba correspondente a 1,50 % da totali-
f) Pensionistas referidos na cláusula 98.ª a verba corres- dade da prestação ou da soma das prestações pagas por ins-
pondente a 1,50 % das pensões previstas naquela cláusula e tituições ou serviços de Segurança Social ou por instituições
das prestações da mesma natureza que sejam atribuídas por de crédito na parcela referente a benefício de 1.º pilar;
instituições ou serviços de Segurança Social. c) Pensionistas: a verba correspondente a 1,50 % da tota-
2- Às contribuições dos trabalhadores e reformados que lidade da prestação ou da soma das prestações atribuídas por
estejam ou tenham sido inscritos no regime geral de Segu- instituições ou serviços de Segurança Social ou por institui-
rança Social e que tenham sido admitidos no sector bancário ções de crédito na parcela referente a benefício de 1.º pilar.
após 1 de Janeiro de 2008 e aos pensionistas destes trabalha- 5- Para efeitos do previsto nos números anteriores, consi-
dores, aplicar-se-ão as seguintes regras: deram-se sempre as prestações que seriam devidas pelo exer-
a) Nas situações previstas na alínea b) do número anterior cício de funções a tempo inteiro.
com excepção das situações de doença que determinem a
Cláusula 113.ª
suspensão do contrato de trabalho: a verba correspondente a
1,50 % do valor das prestações pagas pela Segurança Social; Entrega de contribuições, prazos e controlo
b) Nas situações previstas na alínea e) do número anterior:
1- As entidades empregadoras remeterão aos SAMS, até
a verba correspondente a 1,50 % do valor das prestações pa-
ao dia 10 do mês seguinte a que respeitam, as contribuições
gas pela Segurança Social.
referidas nos números 1 e 2 da cláusula 111.ª e no número 1
3- As contribuições dos beneficiários previstos na cláusula
e nas alíneas a) e b) do número 3 da cláusula 112.ª
110.ª, número 7 obedecem às seguintes regras:
2- Os sindicatos remeterão aos SAMS até ao dia 10 do mês
a) Trabalhadores no activo, mesmo em situação de ausên-
seguinte a que respeitam, as contribuições previstas nas cláu-
cia mas que não determine a suspensão do contrato de tra-
sulas 111.ª e 112.ª não mencionadas no número anterior da
balho por esse motivo: a verba correspondente a 1,50 % da
presente cláusula.
sua retribuição mensal total, incluindo os subsídios de férias
3- Para efeitos do disposto nos números anteriores da pre-
e de Natal;
sente cláusula, as entidades empregadoras e os sindicatos
b) Trabalhadores em situação de doença que determine a
têm que assegurar o recebimento das contribuições a cargo
suspensão do contrato de trabalho: a verba correspondente
dos trabalhadores, dos reformados e dos pensionistas, pre-
a 1,50 % da totalidade das prestações pagas por instituições
vistas na cláusula 112.ª cabendo-lhes:
ou serviços de Segurança Social, mantendo-se o valor da
a) Proceder ao desconto das contribuições na pensão a
contribuição nas situações em que o trabalhador deixe de ter
seu cargo ou, quando não haja lugar ao referido pagamento,
direito a receber subsídio de doença;
obter autorização de débito ou acordar com o beneficiário
c) Reformados: a verba correspondente a 1,50 % da totali-
forma alternativa para efectuar o recebimento das contribui-
dade da prestação ou da soma das prestações atribuídas por
ções;
instituições ou serviços de Segurança Social ou por institui-
b) O recebimento das contribuições devidas pelos benefi-
ções de crédito na parcela referente a benefício de 1.º pilar;
ciários, o qual deverá ocorrer até ao dia 25 do mês a que
d) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de
respeitam, devendo as que incidam sobre o pagamento dos
trabalho por outro motivo que não a doença e desde que a lei
13.º e 14.º mês ser recebidas nos meses em que as respectivas
determine a manutenção do direito a beneficiar do sistema
prestações são pagas;
complementar de assistência médica previsto nesta secção:
c) Proceder ao controlo da qualidade de pensionista e à
a verba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal total
actualização do valor base de incidência das contribuições.
por este auferida no momento imediatamente anterior ao da
4- O não recebimento das contribuições referidas no nú-
respectiva ausência;
mero 3 determinará a imediata suspensão da inscrição do be-
e) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de
neficiário no SAMS até à respectiva regularização.
trabalho não abrangidos nas alíneas b) e c) anteriores: a ver-
5- Caberá aos sindicatos reportar às entidades empregado-
ba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal total por
ras as alterações verificadas na qualidade de beneficiário ou
este auferida no momento imediatamente anterior ao da res-
de pensionista relativamente ao universo de beneficiários em
pectiva ausência, acrescida da contribuição prevista na cláu-
que, nos termos das cláusulas anteriores, seja da sua respon-
sula 111.ª que estaria a cargo das entidades empregadoras;
2365
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
sabilidade a recolha e entrega de contribuições, remetendo a dos três maiores bancos comerciais com sede ou estabeleci-
referida informação até ao dia 10 de cada mês. mento principal em Portugal, segundo o critério do activo
6- A suspensão da inscrição por prazo superior a 9 meses líquido.
determina a perda irreversível da qualidade de beneficiário 3- No caso em que se mostre devida, nos termos do nú-
do SAMS. mero anterior, o valor da contribuição extraordinária será
de 1 % do resultado líquido do Banco Santander Totta, SA,
CAPÍTULO III correspondente ao exercício do ano anterior, proporcional ao
peso relativo da massa salarial dos trabalhadores abrangidos
Parentalidade pela aplicação do disposto na cláusula anterior integrados em
planos de contribuição definida na massa salarial global do
Cláusula 114.ª banco, não podendo, em qualquer caso, o valor da contri-
buição extraordinária exceder 1 % da massa salarial desses
Parentalidade trabalhadores.
Aos trabalhadores da instituição é aplicável o regime le- 4- A contribuição extraordinária apenas será devida, se os
gal em vigor. pressupostos previstos nos números anteriores se verifica-
rem, a partir do ano 2017, com referência ao exercício de
TÍTULO VI 2016.
Cláusula 117.ª
Regime especial dos trabalhadores do Banco
Fim da aplicação do acordo de empresa do BANIF
Santander Totta oriundos do BANIF
O acordo de empresa celebrado entre os sindicatos subs-
Cláusula 115.ª critores do presente acordo e o BANIF - Banco Internacional
do Funchal, SA, publicado no Boletim do Trabalho e Empre-
Segurança social go, n.º 32, de 29 de Agosto de 2008, deixará de ser aplicável
1- Os trabalhadores do Banco Santander Totta, SA, trans- aos trabalhadores do Banco Santander Totta, SA, transferi-
feridos do BANIF - Banco Internacional do Funchal, SA, no dos do BANIF - Banco Internacional do Funchal, SA, no
âmbito e por efeito da deliberação de resolução do Banco de âmbito e por efeito da deliberação de resolução do Banco
Portugal de 20 de Dezembro de 2015, ficarão abrangidos e de Portugal de 20 de Dezembro de 2015, a partir da data de
ser-lhes-á exclusivamente aplicável o regime de Segurança entrada em vigor do presente acordo, ressalvados os regimes
Social previsto nas cláusulas 12.ª a 16.ª, 18.ª e 19.ª do acor- previstos nas cláusulas 115.ª e 116.ª anteriores.
do de empresa celebrado entre os sindicatos subscritores do
presente acordo e o BANIF - Banco Internacional do Fun- TÍTULO VII
chal, SA, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º
32, de 29 de Agosto de 2008, com as alterações previstas na Regime especial do Banco de Portugal
cláusula seguinte.
2- Aos trabalhadores abrangidos pela aplicação do regime Cláusula 118.ª
previsto no número anterior não lhes será aplicável o regime Regime de prestação de trabalho
de Segurança Social previsto no capítulo I do título V, cláu-
sulas 92.ª a 103.ª, do presente acordo, independentemente da 1- No Banco de Portugal, os trabalhadores que forem ne-
data da sua admissão. cessários para assegurar o funcionamento do serviço do te-
souro, ou dos serviços que se prendam com a função emis-
Cláusula 116.ª sora, podem trabalhar conforme as exigências peculiares
desses serviços, designadamente de modo a que o seu regime
Contribuição extraordinária
de trabalho coincida com o dos serviços do Estado.
1- A contribuição extraordinária prevista nos números 6 a 2- O mesmo regime é aplicado aos trabalhadores do Banco
10 da cláusula 15.ª do acordo de empresa celebrado entre os de Portugal necessários para assegurar o exercício das fun-
sindicatos subscritores do presente acordo e o BANIF - Ban- ções, também de carácter público, de cujo desempenho está
co Internacional do Funchal, SA, publicado no Boletim do incumbido, enquanto banco central.
Trabalho e Emprego, n.º 32, de 29 de Agosto de 2008, será 3- O trabalho prestado ao abrigo desta cláusula, e que ex-
devida e calculada, a partir da data de entrada em vigor do ceda o horário normal de trabalho, é remunerado como su-
presente Acordo, nos termos dos números seguintes. plementar.
2- Anualmente e como custo do exercício, o Banco San- 4- O trabalho prestado em dias diferentes dos de funcio-
tander Totta, SA, efectuará uma contribuição extraordinária namento normal dos restantes bancos é remunerado como
para as contas individuais no fundo de pensões dos trabalha- trabalho prestado em dias de descanso, nos termos da cláu-
dores abrangidos pela aplicação do disposto na cláusula an- sula 69.ª
terior integrados em planos de contribuição definida sempre 5- Aos trabalhadores que tenham prestado serviço, total ou
que o ROE (return on equity) do banco, no exercício anterior parcialmente, em dia de descanso semanal, aplica-se o dis-
ao da contribuição, seja igual ou superior à média dos ROE posto nas cláusulas 42.ª e 43.ª
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2367
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2369
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ANEXO III
Ajudas de custo
1- Valor das ajudas de custo até 31 de Dezembro de 2016 (valores em euros):
2370
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ANEXO IV
*Para efeitos deste anexo, enquanto o trabalhador não tiver completado um ano de serviço, considera-se qualquer fracção desse primeiro ano como sendo
igual a um ano completo.
2371
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ANEXO V
valores em euros
ANEXO VI
2- Às contribuições referidas no número anterior acrescem duas prestações de igual montante, a pagar nos meses de Abril
e Novembro de cada ano.
2372
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ANEXO VII
2373
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2374
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2- O montante a afectar em cada exercício, e por institui- préstimo, os quais devem ser liquidados mensalmente até à
ção de crédito, será o resultado da aplicação da seguinte fór- celebração da escritura, e implica a prévia constituição do
mula: seguro previsto no número 1 do artigo 11.º, bem como do
registo provisório de hipoteca.
C=rxn
Artigo 9.º
em que:
C = dotação anual; Pagamento antecipado
r = retribuição mensal base do nível 10 do ACT à data do 1- O mutuário tem o direito de efectuar o reembolso do
início do exercício; empréstimo, no todo ou em parte, devendo prevenir a insti-
n = número de trabalhadores no activo da Instituição em tuição trinta dias antes daquele em que pretende usar dessa
31 de Dezembro do ano anterior. faculdade.
Artigo 6.º 2- As habitações adquiridas ou construídas com emprésti-
mos concedidos nos termos do presente regulamento só po-
Confirmação das declarações dem ser alienadas, antes da liquidação total dos mesmos, se
A instituição reserva-se o direito de, sempre que o en- existir acordo da instituição.
tender conveniente, efectuar as diligências necessárias para Artigo 10.º
confirmação de todas as declarações prestadas, bem como da
aplicação do produto dos empréstimos. Hipoteca
1- Os empréstimos, mesmo quando concedidos a título de
Artigo 7.º
adiantamento, são garantidos por primeira hipoteca do terre-
Regras de preferência e utilização da dotação anual no e da habitação.
2- Serão sempre autorizadas as substituições dos imóveis
1- As regras de preferência a aplicar a todos os requerentes
dados em garantia, desde que os beneficiários tenham como
para determinação da escala nominal dos interessados são as
objectivo a alienação do primitivo imóvel com vista a trans-
constantes do anexo 1, complementado com as definições do
ferência para nova habitação e esta, uma vez avaliada, seja
anexo 2 deste regulamento.
de valor igual ou superior à anterior.
2- Será organizada e publicitada uma lista ordenada de to-
dos os requerentes que se candidatarem à aplicação da dota- Artigo 11.º
ção anual.
Seguros
3- Após terem sido notificados para o efeito, os trabalha-
dores ou reformados seleccionados dispõem de um prazo de 1- O mutuário garante, através de um seguro de vida indi-
12 meses para iniciar a instrução do processo e 2 anos para vidual ou colectivo, em caso de morte ou de invalidez total e
formalizar a contratação do empréstimo, findos os quais a permanente a liquidação da dívida na data do evento, a favor
autorização caduca devendo ser seleccionado o trabalhador da entidade mutuante.
ou reformado que se encontrar na posição imediatamente se- 2- No caso em que o vencimento do cônjuge, ou pessoa
guinte da lista referida em 2, sendo que, em caso de constru- que viva com o trabalhador ou reformado em união de facto
ção, este último prazo é de 3 anos. há mais de 2 anos, seja necessário para o cálculo do mon-
4- Caducando a autorização para utilização do crédito bo- tante a mutuar, o seguro de vida deve abranger o evento de
nificado nos termos do número anterior bem como nas situ- morte ou invalidez permanente daquele.
ações de desistência ou de não utilização total do montante 3- O mutuário tem ainda de fazer um seguro multirriscos,
individual previsto utilizar, os respectivos montantes serão aplicando-se as regras que cada instituição de crédito tiver a
adicionados à dotação anual do ano em curso. todo o momento definidas no âmbito do crédito à habitação
a clientes.
Artigo 8.º 4- As cláusulas dos seguros previstos nos números anterio-
res, depois de aprovadas pela entidade mutuante, não podem
Pagamento do empréstimo
ser alteradas sem a sua prévia autorização, devendo indicar-
1- A amortização do empréstimo e o pagamento dos ju- -se expressamente que a instituição está interessada neste
ros e demais encargos são efectuados em prestações mensais seguro na qualidade de credor privilegiado.
constantes. 5- O trabalhador obriga-se a comprovar perante a institui-
2- A primeira prestação vence-se no mês subsequente ao ção o pagamento regular dos prémios.
da utilização total do empréstimo.
3- Salvo acordo com a instituição de crédito, as prestações Artigo 12.º
são debitadas na conta de depósito à ordem do trabalhador Obrigações do mutuário
ou reformado na qual deve figurar obrigatoriamente como
1- Os beneficiários ficam obrigados a proceder à ocupação
co-titular o respectivo cônjuge ou unido de facto, salvo se
efectiva do imóvel dentro de 180 dias após a data da escri-
estiverem casados no regime da separação de bens.
tura de aquisição ou, nos casos de construção, após a data
4- A concessão de adiantamentos, nos termos e para os
de conclusão da obra, sob pena de imediato vencimento do
efeitos do previsto no artigo 1.º, vence juros à taxa do em-
empréstimo em dívida.
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Pelo grupo negociador, em representação de: Pelos Banco Bilbao Vizcaia Argentaria (Portugal), SA e
Ibv Source - Prestação de Serviços Informáticos, ACE:
Banco de Portugal (apenas no âmbito de representação
do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas), Banco Popular Manuel Baptista Fernandes de Melo, na qualidade de
Portugal, BNP Paribas Lease Group - Sucursal em Portugal mandatário.
e Abanca, Corporación Bancaria, SA - Sucursal em Portugal.
Pelo Banco do Brasil, AG - Sucursal em Portugal:
Tiago Ravara Marques.
Mariana Caldeira Sarávia, na qualidade de mandatária.
Maria Isabel Abranches Viegas.
(Ambos e cada um como membros do grupo negociador Pelo Barclays Bank, PLC - Sucursal em Portugal:
e na qualidade de mandatários.)
Maria Teresa Ortiz Romera, na qualidade de mandatária.
Pelo grupo negociador, em representação do:
Pelo Banco Credibom:
BNP Paribas - Sucursal em Portugal com a declaração
Eduardo Manuel Dias Rosado Correia, na qualidade de
de que o presente acordo coletivo de trabalho aplica-se à
mandatário.
atividade bancária portuguesa exercida pelo BNP Paribas -
Sucursal em Portugal, não abrangendo as relações de traba- Pelo Bankinter, SA - Sucursal em Portugal:
lho mantidas com os trabalhadores total ou maioritariamente Luís Carlos Infante Sanchez, na qualidade de mandatá-
afetos ao desenvolvimento e execução de serviços de suporte rio.
à atividade internacional do grupo económico BNP Paribas,
que não correspondam a receção de depósitos ou outros fun- Pela Federação do Sector Financeiro - FEBASE, em re-
dos reembolsáveis, nem a transações e operações de crédito presentação dos sindicatos seus filiados:
e de débito respeitantes a entidades com estabelecimento es- Sindicato dos Bancários do Centro, Sindicato dos Bancá-
tável em território nacional e registadas contabilisticamente rios do Norte e Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas:
nos livros da mesma sucursal:
Paulo de Amaral Alexandre.
Tiago Ravara Marques. Anibal José Costa Ribeiro.
Maria Isabel Abranches Viegas. Domingos Ferreira Teixeira Guimarães.
(Ambos e cada um como membros do grupo negociador André João Oliveira Cardoso.
e na qualidade de mandatários.) Clara Maria Assunção Quental Silva.
Pelo Banco Santander Totta: Humberto Miguel Lopes da Cruz de Jesus Cabral.
José Maria Pastor de Oliveira.
Maria Isabel Abranches Viegas, na qualidade de man- (Todos e cada um na qualidade de mandatários.)
datária.
Pelos Banco BPI, SA, Banco Português de Investimento, Depositado em 26 de julho de 2016, a fl. 197 do livro
SA, BPI - Gestão de Ativos - Sociedade Gestora de Fundos n.º 11, com o n.º 117/2016, nos termos do artigo 494.º do
de Investimento Mobiliário, SA, BPI Private Equity - Socie- Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
dade de Capital de Risco, SA e Techsource - Serviços Infor- fevereiro.
máticos, ACE:
Tiago Ravara Marques.
José Manuel Simões Correia.
(Ambos e cada um na qualidade de mandatários.) Acordo coletivo entre várias instituições de crédito
Pelo Novo Banco, SA: e a Federação dos Sindicatos Independentes da
Banca - FSIB - Revisão global
Paula Cristina Santos Ferreira Borges.
Luís Alfredo Leitão Franco.
(Ambos e cada um na qualidade de mandatários.)
TÍTULO I
Pelos GNB - Sociedade Gestora de Fundos de Investi-
mento Mobiliário, SA, GNB - Sociedade Gestora de Fundos
de Investimento Imobiliário, SA, e Novo Banco dos Açores:
Área, âmbito e vigência
Paula Cristina Santos Ferreira Borges, na qualidade de Cláusula 1.ª
mandatária.
Âmbito geográfico
Pelos Haitong Bank, SA e Haitong Capital - Sociedade
O presente acordo colectivo de trabalho, adiante designa-
de Capital de Risco, SA:
do por acordo, aplica-se em todo o território português.
José Eduardo Folgado Gabriel, na qualidade de manda-
tário.
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viços fornecidos pela Instituição ou por pessoas por ela in- 4- Nas instituições em que o número de trabalhadores co-
dicadas; locados no grupo seja inferior a 10, as promoções de nível
f) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei- no grupo em que isso se verificar podem não ser anuais, mas
tórios, economatos ou outros estabelecimentos diretamente sê-lo-ão, obrigatoriamente, pelo menos, de 3 em 3 anos.
relacionados com o trabalho para o fornecimento de bens ou 5- Os trabalhadores cuja última promoção tenha ocorrido
prestação de serviços aos trabalhadores; até ao final de 2014 mantêm o direito a progredir para o nível
g) Despedir sem justa causa o trabalhador. imediatamente superior nos termos previstos na cláusula 18.ª
2- A violação do disposto no número anterior constitui a do ACT do sector bancário ora revogado.
Instituição na obrigação de indemnizar o trabalhador por to- 6- Excluem-se do universo referido no número 1 da pre-
dos os prejuízos causados pela infração. sente cláusula os trabalhadores em exercício de funções sin-
dicais a tempo inteiro conforme estabelecido na cláusula 7.ª
CAPÍTULO II Cláusula 22.ª
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
não pode exceder o período de 12 meses completos, cessan- mudança não resulta prejuízo sério para o trabalhador.
do automaticamente decorrido esse período. 6- Nos casos previstos nos números 2, alínea b), e 3, a ins-
3- Para efeitos do disposto no número anterior, contar-se- tituição custeará sempre as despesas directamente impostas
-ão como 12 meses completos qualquer período seguido ou pela mudança de residência do trabalhador e das pessoas que
a soma, num período de três anos, de períodos superiores com ele coabitem ou estejam a seu cargo, salvo quando a
a 30 dias consecutivos, desde que, em qualquer dos casos, transferência for da iniciativa do trabalhador.
o trabalhador tenha desempenhado a totalidade das funções 7- Às transferências temporárias aplica-se o disposto na
inerentes ao respectivo posto de trabalho. lei.
4- A cessação do exercício de funções de nível superior, 8- Quando em resultado da transferência para outra locali-
por motivo não imputável ao trabalhador, impede a afeta- dade, nos casos previstos nos números 2, alínea b), e 3, não
ção do mesmo trabalhador antes de decorrido um período ocorra mudança de residência do trabalhador, mas se verifi-
de tempo equivalente a um terço da duração do exercício de que acréscimo das despesas diárias de deslocação para e do
funções de nível superior, incluindo renovações, cuja execu- local de trabalho:
ção se concretize no mesmo posto de trabalho ou em posto a) O trabalhador tem direito a ser ressarcido pela diferença
de trabalho funcionalmente afim. relativa aos respetivos custos dos transportes coletivos, caso
existam e tenham horário compatível com o seu horário de
Cláusula 26.ª
trabalho;
Avaliação de desempenho b) Na impossibilidade ou inadequação de horários de uti-
lização de transportes coletivos, o trabalhador que utilizar
1- O desempenho profissional do trabalhador deve ser ob-
viatura própria será ressarcido pelo valor de 25 % do valor
jeto de avaliação nos termos definidos por cada instituição.
estabelecido na cláusula 73.ª, número 2, alínea b), aplicado:
2- O trabalhador deve ter conhecimento da sua avaliação,
i) ao acréscimo de quilómetros a percorrer em resultado
sendo-lhe reconhecido o direito à reclamação devidamente
da transferência, ou
fundamentada.
ii) aos quilómetros a percorrer em resultado da transfe-
rência, abatido do valor do título de transporte público que o
SECÇÃO II trabalhador deixe de utilizar.
c) Ao trabalhador que tenha beneficiado, simultaneamente
Local de trabalho e transferências
com a transferência, de uma promoção de nível ou outra ver-
ba acordada ou que disponha de meio de transporte facultado
Cláusula 27.ª
pela instituição não se aplica o disposto nas alíneas a) e b)
Local de trabalho e mobilidade geográfica anteriores.
1- A instituição e o trabalhador podem acordar, no momen-
to da admissão, que o local de trabalho abrange qualquer lo- SECÇÃO III
calidade do distrito de admissão ou de distrito contíguo iden-
tificado no contrato individual de trabalho. Tempo de trabalho e adaptabilidade
2- A instituição pode transferir o trabalhador para:
Cláusula 28.ª
a) Outro local de trabalho dentro do mesmo concelho ou
para qualquer localidade do concelho onde resida; Períodos normais de trabalho
b) Qualquer outra localidade, desde que não implique um
1- Salvo o disposto no número seguinte e as situações em
aumento do tempo já dispendido pelo trabalhador na deslo-
regime de trabalho parcial, os períodos normais de trabalho
cação da residência para o seu local de trabalho ou, implican-
diário e semanal são de sete e trinta e cinco horas, respeti-
do, o tempo de deslocação não ultrapasse, em cada sentido,
vamente.
uma hora em transportes públicos ou em viatura disponibili-
2- Os vigilantes, os guardas e os contínuos ou porteiros
zada pela instituição.
que acidentalmente os substituam têm um período normal de
3- Fora dos casos previstos no número 2, a instituição não
trabalho semanal de quarenta horas.
pode transferir o trabalhador para localidade diferente da do
3- Em situações especiais, por acordo entre a instituição e
seu local de trabalho, se essa transferência causar prejuízo
o trabalhador, o período normal de trabalho pode ser definido
sério ao trabalhador, salvo se a transferência resultar da mu-
em termos médios, dentro dos seguintes condicionalismos:
dança total ou parcial do estabelecimento onde aquele presta
a) O período normal de trabalho diário pode ser aumen-
serviço.
tado até ao máximo de quatro horas, sem que a duração do
4- Para os efeitos previstos no número 2, a instituição deve
trabalho semanal exceda o limite de cinquenta e cinco horas;
comunicar, por escrito, a transferência com a antecedência
b) O período normal de trabalho semanal não pode exce-
mínima de 30 dias.
der 35 horas, em média, num período de quatro meses;
5- Quando a transferência resulte da mudança total ou par-
c) A instituição e o trabalhador podem acordar na redução
cial do estabelecimento onde o trabalhador presta serviço, o
da semana de trabalho em meio-dia, sem prejuízo do direito
trabalhador, querendo resolver o contrato, tem direito à inde-
ao subsídio de almoço;
mnização prevista na lei, salvo se a Instituição provar que da
d) No horário de trabalho diário devem ser observados os
2384
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
intervalos para alimentação e descanso a que se refere a cláu- 4- O regime de isenção de horário de trabalho cessa nos
sula 30.ª termos acordados ou, se o acordo for omisso, mediante de-
4- A instituição pode pôr termo ao regime de adaptabili- núncia de qualquer das partes feita com a antecedência mí-
dade previsto no número anterior, enviando comunicação nima de dois meses.
escrita ao trabalhador com a antecedência mínima de 30 dias.
Cláusula 33.ª
Cláusula 29.ª
Salvaguarda de retribuição especial por isenção de horário
Registo dos tempos de trabalho de trabalho
A instituição deve, nos termos da lei, manter um registo 1- Os trabalhadores que à data de entrada em vigor do pre-
dos tempos de trabalho com as horas de início e de termo do sente Acordo auferiam retribuição especial por isenção de
tempo de trabalho, que permita apurar o número de horas de horário não podem, por aplicação do número 2 da cláusu-
trabalho prestadas por trabalhador, por dia e por semana, em la 32.ª, ver diminuído o montante que nessa data auferiam
local acessível e que permita a sua consulta imediata. àquele título.
2- Os trabalhadores que à data de entrada em vigor do pre-
Cláusula 30.ª sente acordo auferiam retribuição especial por isenção de ho-
rário de trabalho igual à remuneração correspondente a duas
Intervalos de descanso
horas de trabalho suplementar por dia, não podem àquele
1- O período normal de trabalho diário é interrompido por título, em caso algum e em qualquer momento, receber um
um intervalo de uma hora para almoço e descanso, intervalo montante de valor inferior a 37,5 % da retribuição de base
este que pode ter um período diferente, com duração não in- acrescida das diuturnidades.
ferior a meia hora nem superior a duas horas, desde que com
o acordo expresso do trabalhador. Cláusula 34.ª
2- Salvo o disposto neste acordo, existe sempre um inter-
Horários de trabalho flexíveis
valo para descanso de trinta minutos por cada período de
cinco horas consecutivas, mesmo quando se trate de trabalho 1- Sem prejuízo da duração do período normal de trabalho
suplementar. semanal, podem ser praticados horários flexíveis, nos termos
3- Os trabalhadores que, por motivo imperioso e inadiável dos números seguintes.
de serviço, não possam interromper o seu trabalho no perío- 2- A prática de horários flexíveis não pode prejudicar a
do de intervalo estabelecido no número 1, retomam o serviço abertura dos serviços ao público.
com igual atraso. 3- A flexibilidade de horários pode desenvolver-se entre as
8h00 e as 20h00 de segunda a sexta-feira.
Cláusula 31.ª 4- A compensação das horas, para o cumprimento da du-
ração global do trabalho, deve efectuar-se dentro de cada se-
Horário de trabalho
mana, nos casos em que não possa efectuar-se no próprio dia,
1- O horário de trabalho é fixado pela Instituição, entre as salvo se a instituição anuir em maior prazo.
8h00 e as 20h00, repartido por dois períodos fixos e com um 5- Os horários flexíveis constam obrigatoriamente de ma-
intervalo de descanso. pas especiais, afixados em local visível do estabelecimento,
2- O estabelecimento de horário diário fora do período com a relação actualizada dos trabalhadores abrangidos, fun-
compreendido entre as 8h00 e as 20h00 depende da concor- ções ou serviços que desempenham e localização do serviço,
dância expressa do trabalhador. bem como a indicação do período fixo de permanência obri-
3- Sem prejuízo do disposto neste acordo, entre a hora de gatória e do período de flexibilidade.
encerramento ao público e a do final do horário de trabalho
devem mediar, pelo menos 30 minutos. Cláusula 35.ª
Cláusula 32.ª Actividades com horários de trabalho especiais
1- Sem prejuízo da duração do período normal de trabalho
Isenção de horário de trabalho
diário, a instituição pode determinar horários de trabalho di-
1- Por acordo escrito, podem exercer funções em regime ferenciados ou por turnos, nos seguintes serviços:
de isenção de horário de trabalho todos os trabalhadores das a) Unidades de trabalho situadas em centros comerciais,
instituições, em qualquer das modalidades previstas na lei. hipermercados, supermercados, mercados, aeroportos, esta-
2- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho, nas mo- ções ferroviárias, feiras, exposições, congressos, hospitais,
dalidades de não sujeição aos limites máximos do período estabelecimentos de ensino, locais de prestação de serviços
normal de trabalho ou de possibilidade de determinado au- públicos, ou espaços similares de acesso condicionado ou
mento do período normal de trabalho por dia ou por semana, abertos temporariamente, podem ser fixados horários coinci-
têm direito a uma retribuição adicional no montante de 25 % dentes com os observados nesses espaços;
da retribuição de base. b) Unidades de laboração contínua, sendo como tal con-
3- A isenção de horário de trabalho não prejudica o direito sideradas: (i) os serviços de informática; (ii) os serviços de
aos dias de descanso semanal e aos feriados previstos neste gestão de ATM; (iii) os centros de contacto, cobrança, aten-
acordo. dimento e prestação de serviços bancários por telefone, vi-
2385
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
deoconferência ou internet; (iv) os serviços de autorização d) Situação de parentalidade, nos termos da lei.
de pagamentos e crédito; (v) os serviços de manutenção e 8- A instituição deve ter registo separado dos trabalhado-
apoio às instalações da instituição; (vi) outras áreas de tra- res incluídos em cada turno.
balho que, pela natureza do serviço prestado, pressuponham
Cláusula 37.ª
trabalho continuado temporária ou permanentemente;
c) Serviços de informática, postos de câmbios, designada- Regimes especiais de trabalho por turnos
mente em aeroportos, gares marítimas ou ferroviárias e fron-
1- Ao trabalho por turnos dos trabalhadores de vigilância
teiras, serviços de vigilância e segurança e postos de câm-
e segurança aplica-se a cláusula anterior, com excepção do
bios ou stands, abertos por períodos certos e determinados,
disposto nas alíneas seguintes:
nomeadamente em épocas e áreas de maior afluxo turístico,
a) Cada turno tem a duração de oito horas consecutivas;
feiras e exposições;
b) Os contínuos e porteiros, quando em serviço de escala
d) Outros serviços distintos dos referidos nas alíneas ante-
substituam acidentalmente os vigilantes, só podem retomar
riores, desde que isso se torne necessário ao melhor aprovei-
o serviço normal pelo menos vinte e quatro horas depois de
tamento dos recursos materiais e humanos.
ter cessado a substituição;
2- Para efeitos desta cláusula entende-se por:
c) Os dias de descanso semanal devem coincidir periodi-
a) Horário de trabalho diferenciado: aquele em que a pres-
camente com o sábado e o domingo, na medida do possível.
tação de trabalho se efectiva em períodos diários, interrupta
2- Ao trabalho por turnos dos caixas do sector dos aero-
ou ininterruptamente, com horas de entrada e saída fixas, e
portos e aos postos de câmbios que funcionem vinte e quatro
em que, pelo menos, um deles se situa fora do intervalo entre
horas por dia aplica-se o disposto na cláusula anterior, com
as 8h00 e as 20h00;
as seguintes especificidades:
b) Horário por turnos: aquele em que a prestação de traba-
a) Cada turno tem a duração de doze horas, com um inter-
lho se efectua em períodos diários sucessivos, ininterrupta-
valo de uma hora para refeição e descanso após as primeiras
mente ou não, e em que os trabalhadores mudam de horário
cinco horas de trabalho e um intervalo de trinta minutos no
segundo uma escala pré estabelecida.
segundo período;
3- Fora das situações previstas nos números anteriores po-
b) Os turnos referidos na alínea anterior são obrigatoria-
dem ser estabelecidos horários de trabalho diferenciados ou
mente seguidos de quarenta e oito horas de descanso, não
por turnos por acordo expresso entre a Instituição e o traba-
podendo o trabalhador retomar o serviço sem gozar este pe-
lhador.
ríodo de repouso;
Cláusula 36.ª c) Os turnos são rotativos, de modo a garantir que o tra-
balhador execute alternadamente um turno diurno e outro
Regime geral de trabalho por turnos nocturno e a permitir o funcionamento dos serviços durante
1- Os turnos podem ser fixos ou rotativos. vinte e quatro horas diárias, incluindo os sábados, domingos
2- O período diário de trabalho pode ser de seis horas con- e feriados; os trinta minutos iniciais de cada turno deverão
secutivas ou de sete a dez horas com um ou dois intervalos coincidir com os últimos trinta minutos do turno anterior,
de descanso, mas o limite máximo do período normal de com vista à entrega dos valores ao turno seguinte.
trabalho semanal previsto no número 1 da cláusula 28.ª não 3- O regime constante desta cláusula pode, eventualmente,
pode ser ultrapassado. ser adoptado para o trabalho dos caixas dos postos de câm-
3- O período diário de trabalho de seis horas, referido no bios referidos na alínea c) do número 1 da cláusula 35.ª, des-
número anterior, pode ser interrompido por acordo entre a de que os condicionalismos de serviço o justifiquem e haja
Instituição e o trabalhador, não contando a interrupção como aceitação por parte dos mesmos trabalhadores.
tempo de trabalho. 4- Os vigilantes e guardas com períodos normais de traba-
4- O estabelecimento destes horários depende do consenti- lho semanal de quarenta horas à data da entrada em vigor do
mento dos trabalhadores abrangidos. presente acordo mantêm o valor ilíquido da retribuição que
5- Os horários por turnos de seis horas consecutivas não auferiam ao abrigo do ACT ora revogado.
prejudicam o direito a um descanso semanal obrigatório, e
Cláusula 38.ª
quinzenalmente, a um descanso semanal obrigatório e a um
descanso complementar sem prejuízo do disposto no número Mapas de horário
4 da cláusula 42.ª
A instituição disponibiliza ao respectivo sindicato, me-
6- Os trabalhadores só podem ser mudados de turno após
diante solicitação deste, os mapas de horário a que se refe-
o descanso semanal.
rem as cláusulas 34.ª a 36.ª
7- São motivos atendíveis para não inclusão nos turnos de
noite, os seguintes: Cláusula 39.ª
a) Necessidade de prestar assistência inadiável e impres-
cindível ao respetivo agregado familiar; Regime geral do trabalho suplementar
b) Frequência noturna de estabelecimento de ensino; 1- Ao trabalho suplementar prestado nas instituições é
c) Residência distante do local de trabalho e impossibili- aplicável o disposto na lei com as especificidades constantes
dade comprovada de dispor de transporte adequado; dos números seguintes.
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2- O regime de diuturnidades é limitado a sete diuturni- 4- As faltas dos trabalhadores, quando ao serviço dos sin-
dades. dicatos, devidamente comprovadas por esta entidade, não
3- Para efeitos de contagem do tempo para aplicação do prejudicam a aplicação do regime constante desta cláusula.
disposto no número 1, são utilizados os critérios definidos
Cláusula 73.ª
na cláusula 10.ª
4- Os trabalhadores em regime de tempo parcial têm di- Deslocações
reito a diuturnidades de valor proporcional ao horário com-
1- Os trabalhadores que se desloquem em serviço têm di-
pleto.
reito a ser reembolsados das inerentes despesas nos termos
5- Os efeitos das diuturnidades reportam-se ao primeiro
dos números seguintes e no respeito dos normativos internos
dia do mês em que se vencem.
da instituição.
6- A aplicação deste regime não pode implicar uma redu-
2- As despesas de transporte serão compensadas nas con-
ção do montante que, à data da entrada em vigor do presente
dições seguintes:
acordo, os trabalhadores aufiram a título de diuturnidades,
a) A instituição paga o preço da viagem, mediante apre-
sem prejuízo dos casos em que haja alteração de nível remu-
sentação dos respetivos comprovativos;
neratório, data a partir de cuja alteração se aplicará o dispos-
b) Quando, com autorização prévia da instituição, for uti-
to na presente cláusula.
lizado o automóvel do trabalhador, a instituição paga-lhe
7- O montante das diuturnidades referido no número ante-
0,50 euros por quilómetro, que engloba todas as despesas
rior será actualizado pela mesma percentagem e nas mesmas
inerentes à utilização do veículo, nomeadamente seguros que
datas que o forem as diuturnidades previstas no número 1 da
cubram eventual responsabilidade civil da instituição para
presente cláusula.
com terceiros, bem como a indemnização dos danos próprios
Cláusula 71.ª do veículo utilizado.
3- As despesas de alojamento são reembolsadas contra a
Acréscimo a título de falhas apresentação do respetivo recibo comprovativo.
1- Os trabalhadores que exerçam as funções de caixa terão 4- Nas deslocações em serviço dos trabalhadores para fora
direito, enquanto desempenharem essas funções, a um acrés- do concelho em que se situa o respectivo local de trabalho
cimo, a título de falhas, no valor constante no anexo II. as despesas de alimentação e outras despesas são cobertas
2- Os trabalhadores que, acidentalmente, exerçam as fun- por uma ajuda de custo diária de acordo com as seguintes
ções ou substituam os caixas efetivos têm direito, durante os condições:
dias em que as exerçam ou se verifique a sua substituição, a a) Os valores da ajuda de custo diária são os que constam
um acréscimo a título de falhas no valor de 50 % do referido do anexo III;
no número anterior, por cada período de 11 dias normais de b) Condições de atribuição do valor da ajuda de custo di-
trabalho ou fração. ária:
3- Os períodos de 11 dias normais de trabalho a que se i) Pagamento da ajuda de custo por inteiro, quando a par-
refere o número anterior devem ser entendidos como repor- tida ocorrer antes das 12h00 horas e a chegada se verificar
tando-se a cada mês de calendário. após as 21h00 horas;
4- Considera-se caixa o trabalhador que, de forma predo- ii) Quando a deslocação ocorra em território nacional e
minante e principal, executa operações de movimento de nu- desde que implique dormida fora de casa, pagamento de aju-
merário, recebimento de depósitos, pagamento de cheques e da de custo parcial quando a partida ocorrer após as 12h00
operações similares, não exclusivamente de cobrança. horas ou a chegada se verificar antes das 21h00 horas;
5- Aos trabalhadores que exerçam, acidentalmente, em iii) Quando a deslocação ocorra em território nacional
cada ano civil, as funções de caixa, por um período igual sem que implique dormida fora de casa ou no estrangeiro,
ou superior a 66 dias normais de trabalho, seguidos ou in- pagamento de meia ajuda de custo quando a partida ocorrer
terpolados, é assegurado o direito ao recebimento da mes- antes das 12h00 e a chegada se verificar antes das 21h00
ma retribuição mensal efetiva durante as férias referentes ao horas ou quando a partida ocorrer após as 12h00 e a chegada
mesmo ano. se verificar após as 21h00;
iv) Não há lugar ao pagamento de qualquer ajuda de cus-
Cláusula 72.ª
to quando a chegada ocorrer antes das 15h00.
c) Nas deslocações a países onde se constate que o valor
Subsídio de refeição
da ajuda de custo é insuficiente para fazer face às despesas
1- A todos os trabalhadores é atribuído, por dia de traba- com as refeições (almoço e jantar), cada instituição aumen-
lho efetivamente prestado, um subsídio de refeição no valor tará o valor da ajuda de custo, por forma a torná-lo adequado
constante do anexo II, pagável mensalmente. ao custo de vida nesse país.
2- Os trabalhadores em regime de tempo parcial têm direi- 5- Nas deslocações previstas no número anterior da pre-
to a um subsídio de refeição de valor proporcional ao horário sente cláusula os trabalhadores beneficiam de um seguro de
completo da respectiva função. acidentes pessoais com o valor fixado no anexo II ao presen-
3- Quando ao trabalhador, por motivo de deslocação, seja te acordo.
reembolsado o custo da refeição, não recebe o valor do sub- 6- A indemnização decorrente do seguro referido no nú-
sídio de refeição correspondente.
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
mero anterior não é cumulável com a resultante de acidentes 6- Durante a execução do contrato na empresa cessionária,
de trabalho. o trabalhador fica sujeito ao regime de prestação de trabalho
7- O pagamento da indemnização por acidentes pessoais, praticado nesta empresa, nomeadamente no que respeita ao
previsto nesta cláusula, não prejudica os direitos de Seguran- modo, lugar de execução e duração do trabalho.
ça Social, contemplados no presente acordo. 7- Cessando a cedência, o trabalhador regressa à empresa
cedente com o estatuto profissional e remuneratório que ti-
Cláusula 74.ª
nha no início da cedência ou que, entretanto, pela cedente lhe
Prémio de final de carreira tenha sido atribuído.
1- À data da passagem à situação de reforma, por invalidez Cláusula 76.ª
ou invalidez presumível, o trabalhador terá direito a um
Transferência reversível com modificação do empregador
prémio no valor igual a 1,5 vezes a retribuição mensal efec-
tiva auferida naquela data. 1- Mediante acordo escrito entre o trabalhador, a Institui-
2- Em caso de morte no activo, será pago um prémio apu- ção empregadora e uma empresa elencada no número 1 da
rado nos termos do número 1 e com referência à retribuição cláusula anterior pode ser adoptado o regime de transferên-
mensal efectiva que o trabalhador auferia à data da morte. cia reversível previsto nos números seguintes.
3- O trabalhador que tenha recebido um proporcional de 2- A transferência reversível com modificação do empre-
3/5 ou 4/5 do prémio de antiguidade correspondente a três gador determina a suspensão do contrato de trabalho com o
meses de retribuição mensal efectiva, conforme disposto no empregador originário e a constituição de um novo vínculo
ACT do sector bancário ora revogado e na cláusula 119.ª, laboral com a outra instituição nos termos fixados pelas par-
terá direito a um prémio de final de carreira no valor pro- tes.
porcional igual a, respectivamente, 6/5 ou 3/5 da retribuição 3- A cessação do vínculo laboral com a nova instituição
mensal efectiva. implica o regresso do trabalhador à instituição de origem,
4- O prémio referido nos números 1 e 2 não é devido ao com o estatuto que nela detinha no momento do início da
trabalhador que tenha recebido o prémio de antiguidade cor- suspensão.
respondente a três meses de retribuição mensal efectiva, con- Cláusula 77.ª
forme disposto no ACT do sector bancário ora revogado.
Acidentes de trabalho e doenças profissionais
CAPÍTULO IV 1- Os trabalhadores e seus familiares têm direito à repara-
ção dos danos emergentes de acidentes de trabalho e doenças
Vicissitudes do contrato profissionais nos termos da lei.
2- É garantida uma indemnização com o valor fixado no
Cláusula 75.ª anexo II ao presente acordo a favor daqueles que, nos termos
da lei, a ela se mostrarem com direito, se do acidente de tra-
Cedência ocasional de trabalhadores balho resultar a morte.
1- A instituição pode ceder temporariamente os seus traba-
lhadores a empresas jurídica, económica ou financeiramen- CAPÍTULO V
te associadas ou dependentes, ou a agrupamentos comple-
mentares de empresas de que ela faça parte, ou a entidades, Regime disciplinar
independentemente da natureza societária, que mantenham
estruturas organizativas comuns, desde que os trabalhadores Cláusula 78.ª
manifestem por escrito o seu acordo à cedência e às respec-
tivas condições, nomeadamente quanto à duração do tempo Poder disciplinar
de trabalho. 1- A instituição tem poder disciplinar sobre os trabalhado-
2- A cedência ocasional do trabalhador deve ser titulada res que se encontrem ao seu serviço.
por documento assinado pelas empresas cedente e cessioná- 2- O poder disciplinar exerce-se mediante processo disci-
ria, onde se indique a data do seu início e a sua duração. plinar, salvo no caso de repreensão.
3- Salvo acordo em contrário, a cedência vigora pelo prazo
de cinco anos renovável por períodos de um ano, enquanto se Cláusula 79.ª
mantiver o interesse e a vontade das partes e do trabalhador.
Prescrição da infracção e do procedimento disciplinar
4- Durante a cedência, o trabalhador mantém todos os di-
reitos, regalias e garantias que detinha na empresa cedente, 1- O procedimento disciplinar deve exercer-se nos sessen-
sem prejuízo de auferir, no respectivo período, dos regimes ta dias subsequentes àquele em que a instituição, ou o supe-
mais favoráveis em vigor na empresa cessionária. rior hierárquico com competência disciplinar, teve conheci-
5- A cedência não implica a alteração da entidade empre- mento da infracção.
gadora do trabalhador cedido, o qual permanece vinculado à 2- A infracção disciplinar prescreve ao fim de um ano a
entidade cedente, a quem compete, em exclusivo, o exercício contar do momento em que teve lugar, salvo se os factos
do poder disciplinar. constituírem igualmente crime, caso em que são aplicáveis
os prazos prescricionais da lei penal.
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4- Na falta de indicação por parte do trabalhador, caberá à fundamento na prestação de serviço que seja contado na an-
Instituição de crédito decidir sobre o fundo em que creditará tiguidade do trabalhador nos termos da cláusula 103.ª
o produto das contribuições. 3- Os trabalhadores ou os seus familiares devem reque-
5- A alteração da escolha referida no número 3 só poderá rer o pagamento dos benefícios a que se refere o número
verificar-se após ter decorrido um ano sobre a data da última 1 da presente cláusula junto das respectivas instituições ou
opção de investimento. serviços de Segurança Social a partir do momento em que
6- Em caso de morte ou reforma do trabalhador, o valor reúnam condições para o efeito sem qualquer penalização
acumulado das contribuições efectuadas pelas instituições de e informar, de imediato, as instituições de crédito logo que
crédito e respectivo rendimento só poderá ser utilizado nas lhes seja comunicada a sua atribuição, juntando cópia dessa
condições definidas no presente acordo para estas eventua- comunicação.
lidades. 4- O incumprimento do referido no número anterior, de-
7- Os pagamentos dos benefícios referidos no número an- termina que:
terior e dos benefícios resultantes do valor acumulado das a) No caso em que o benefício assuma a natureza de pen-
contribuições efectuadas pelo próprio trabalhador e respecti- são e esta seja atribuída com penalização, as instituições de
vo rendimento deverão ser realizados nas condições previs- crédito considerem, para o apuramento da diferença a que
tas na legislação reguladora dos fundos de pensões. se refere a segunda parte do número 1, o valor da referida
8- Em caso de morte do trabalhador, ao pagamento do va- pensão sem aplicação do factor de sustentabilidade e com
lor acumulado das contribuições efectuadas pelas institui- uma taxa de penalização correspondente a 75 % da taxa efec-
ções de crédito e respectivo rendimento serão aplicáveis as tivamente aplicada pela instituição ou serviço de segurança
regras do presente acordo para a atribuição de pensões de social;
sobrevivência, aplicando-se, na falta dos beneficiários neles b) No caso em que não seja requerido o pagamento dos
referidos, o disposto no número seguinte. benefícios logo que reúnam condições para o efeito, apenas
9- Em caso de morte do trabalhador, o valor acumulado é garantido pelas instituições de crédito, a partir dessa data,
das contribuições efectuadas pelo próprio trabalhador e res- o pagamento da diferença entre os benefícios previstos neste
pectivo rendimento será atribuído aos beneficiários por ele acordo e o valor, por si estimado, dos benefícios a atribuir
designados em vida e nas percentagens por ele definidas; pelas instituições ou serviços de Segurança Social;
caso algum dos beneficiários designados não se encontre c) No caso em que não seja comunicada às instituições de
vivo à data da morte do trabalhador, o valor que lhe caberia crédito a atribuição dos benefícios ou não lhes seja enviada
será repartido em partes iguais pelos restantes beneficiários cópia da comunicação recebida das instituições ou serviços
designados; caso não existam beneficiários que satisfaçam as de Segurança Social, aplica-se o previsto na alínea b) deste
condições referidas, o valor acumulado das contribuições e número.
respectivo rendimento será repartido, em partes iguais, entre 5- As correcções que se mostrem devidas em relação aos
os herdeiros legais do trabalhador. valores pagos pelas instituições de crédito nos termos da
10- Cada instituição de crédito estabelecerá as regras e presente secção serão efectuadas logo que estas disponham
os procedimentos necessários à implementação e gestão do dos elementos necessários para o seu processamento e serão
plano complementar de pensões a que se refere a presente aplicadas à data em que produzam ou devessem ter produ-
cláusula. zido efeitos.
6- No momento da passagem à situação de reforma as ins-
SECÇÃO II tituições de crédito informarão o trabalhador dos diplomas
legais, em vigor nessa data e que lhe são aplicáveis, que re-
Benefício definido gulam a atribuição de subsídios e pensões por parte dos regi-
mes públicos de Segurança Social.
Cláusula 94.ª Cláusula 95.ª
Garantia de benefícios e articulação de regimes
Doença, invalidez ou invalidez presumível
1- As instituições de crédito garantem os benefícios cons- 1- No caso de doença, após o decurso do período previsto
tantes da presente secção aos trabalhadores referidos no no número 5 da presente cláusula e até à suspensão do con-
número 3 da cláusula 92.ª bem como aos demais titulares trato por esse motivo, os trabalhadores têm direito a um sub-
das pensões e subsídios neles previstos. Porém, nos casos sídio de doença, igual à retribuição que aufiram à data do iní-
em que benefícios da mesma natureza sejam atribuídos por cio da situação de doença, cujo montante líquido não poderá
instituições ou serviços de Segurança Social a trabalhadores ser superior, em caso algum, à retribuição líquida auferida.
que sejam beneficiários dessas instituições ou seus familia- 2- No caso de doença, com o início da suspensão do con-
res, apenas é garantida pelas instituições de crédito a dife- trato por esse motivo, ou invalidez, ou quando tenham atin-
rença entre o valor desses benefícios e o dos previstos nesta gido 65 anos de idade (invalidez presumível), os trabalhado-
secção. res em tempo completo têm direito, respectivamente, a um
2- Para efeitos da segunda parte do número anterior, ape- subsídio de doença ou pensão de reforma:
nas são considerados os benefícios decorrentes de contribui- a) Às mensalidades que lhes competirem, de harmonia
ções para instituições ou serviços de Segurança Social com
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com a aplicação das percentagens do anexo IV aos valores 11- Da aplicação das mensalidades previstas no anexo V
das mensalidades fixadas no anexo V do presente acordo; não poderá resultar diminuição das anteriores mensalidades
b) A um subsídio de Natal de valor igual ao das mensalida- contratuais, cujo pagamento se tenha iniciado, sem prejuízo
des referidas na alínea a), a satisfazer no mês de Novembro; do disposto no anexo IV.
c) A um 14.º mês de valor igual ao das mensalidades refe- 12- Os direitos previstos nesta cláusula aplicam-se a todos
ridas na alínea a), a satisfazer no mês de Abril. os trabalhadores na situação de doença, invalidez ou invali-
3- O subsídio de Natal previsto na alínea b) do número dez presumível, quer tenham sido colocados nessas situações
anterior será pago proporcionalmente ao período de tempo antes ou depois da entrada em vigor deste acordo.
em que o trabalhador doente ou reformado se encontre nessa
Cláusula 96.ª
situação, não havendo lugar ao pagamento do subsídio, se a
morte do reformado ocorrer antes do mês do seu vencimento. Regime contributivo de trabalhadores admitidos após 1 Março de
4- Cada uma das prestações a que os trabalhadores têm 1996
direito, nos termos do número 2, não pode ser de montante 1- Os trabalhadores admitidos após 1 de Março de 1996,
inferior ao do valor ilíquido da mensalidade mínima de re- e durante o tempo em que estiverem no activo, contribuem
forma prevista no anexo V do presente acordo considerando para o fundo de pensões criado pela instituição com 5 % da
o grupo em que estavam colocados à data da aplicação do sua retribuição de base constante do anexo ii, acrescida das
presente acordo. diuturnidades, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de
5- No caso de doença, as prestações previstas nos números Natal.
1 e 2 só são devidas a partir do 4.º dia de ausência, inclusive, 2- A contribuição prevista no número 1 desta cláusula não
com exceção das seguintes situações em que serão devidas a é majorada na retribuição.
partir do 1.º dia de ausência: 3- O regime instituído na presente cláusula não se aplica a
a) Ausências por internamento ou cirurgia em regime am- qualquer dos trabalhadores ao serviço e admitidos antes de
bulatório; 1 de Março de 1996, ainda que contratados a prazo, não se
b) Ausências por doença imediatamente anteriores ou pos- aplicando, também no caso de, depois daquela data, passa-
teriores a períodos de internamento; rem a prestar serviço a outra Instituição cujos trabalhadores
c) Ausências por doença imediatamente anteriores ou pos- estejam igualmente abrangidos pelo regime de Segurança
teriores a cirurgia em regime ambulatório; Social garantido pela presente secção ou pelo acordo colec-
d) Ausências decorrentes de doença crónica; tivo de trabalho do sector bancário referido no número 1 da
e) Ausências com duração superior a 30 dias. cláusula 121.ª
6- Os trabalhadores em cuja carreira profissional se inclua
prestação de trabalho em regime de tempo parcial têm direito Cláusula 97.ª
às prestações referidas nos números 1, 2, 3 e 4, calculadas:
Diuturnidades
a) nos casos de invalidez ou invalidez presumível, propor-
cionalmente ao período normal de trabalho e tomando em 1- Às mensalidades referidas nos números 1 e 2 da cláusula
consideração os anos de trabalho prestado em cada regime; 95.ª acresce o valor correspondente às diuturnidades calcula-
b) no caso de doença, proporcionalmente ao período nor- das e atualizadas nos termos deste acordo.
mal de trabalho praticado à data do início da situação. 2- Para além das diuturnidades previstas no número ante-
7- Para efeitos do disposto nos números 1, 2, 3, 4 e 6 alí- rior, é atribuída mais uma diuturnidade, de valor proporcio-
nea a), os anos de trabalho prestado até à data da entrada em nal aos anos completos de serviço efetivo, compreendidos
vigor do presente acordo terão como referência o regime de entre a data do vencimento da última e a data da passagem à
trabalho em que o trabalhador se encontrava naquela data. situação de invalidez ou invalidez presumível, sem prejuízo
8- Excecionalmente, e mediante acordo com a instituição, do limite máximo previsto no número 2 da cláusula 70.ª
pode o trabalhador com mais de 65 anos de idade e menos de 3- O regime referido no número anterior aplica-se, igual-
70 continuar ao serviço; a continuação ao serviço depende mente, aos trabalhadores que, não tendo adquirido direito
de aprovação do trabalhador em exame médico, feito anu- a qualquer diuturnidade, sejam colocados nas situações aí
almente, e a instituição pode, em qualquer momento, retirar previstas.
o seu acordo a essa continuação, prevenindo o trabalhador 4- O previsto nos números 6 alínea a) e 7 da cláusula 95.ª
com 30 dias de antecedência. aplica-se, com as necessárias adaptações, às prestações refe-
9- O trabalhador que completar 55 anos de idade pode ridas nos números anteriores.
ser colocado na situação de invalidez presumível, mediante 5- As pensões de reforma previstas no sistema de segu-
acordo com a instituição. rança social constante desta secção correspondem à soma
10- As mensalidades fixadas, para cada nível, no anexo do valor dessas mensalidades com o valor das diuturnidades
V, são sempre atualizadas na mesma data e pela aplicação referidas nos números anteriores, considerando-se as duas
da mesma percentagem em que o forem os correspondentes prestações como benefícios da mesma natureza, designada-
níveis da tabela salarial do referido anexo II e aplicam-se a mente para os efeitos no disposto no número 1 da cláusula
todos os reformados quer tenham sido colocados nas situa- 94.ª
ções de doença, invalidez ou invalidez presumível, antes ou 6- O disposto nesta cláusula não se aplica aos trabalhado-
depois de cada atualização. res abrangidos pela cláusula 98.ª
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nascimento do beneficiário, emitida após o seu óbito, e de reforma, bem como, no caso de morte, aos filhos enquanto
documento comprovativo de que a última nota de liquida- reúnam as condições para a sua atribuição.
ção fiscal relativa ao imposto sobre o rendimento foi enviada
Cláusula 105.ª
para o domicílio fiscal comum dos unidos de facto.
13- As atualizações do anexo V aplicam-se a todos os pen- Subsídio de estudo
sionistas, quer adquiram os direitos aqui previstos antes ou 1- São atribuídos aos trabalhadores subsídios trimestrais
depois dessas atualizações. por cada filho que frequente o ensino oficial ou oficializa-
14- Os direitos previstos nesta cláusula aplicam-se a todos do, até à idade máxima prevista na lei para a concessão do
os pensionistas, quer tenham adquirido esses direitos antes subsídio familiar a crianças e jovens, no valor constante do
ou depois da entrada em vigor deste acordo. anexo II.
Cláusula 103.ª 2- Os subsídios referidos no número anterior vencem-se
no final de cada trimestre dos respetivos anos letivos, ou
Determinação da antiguidade seja, em 31 de Dezembro, 31 de Março, 30 de Junho e 30
1- Para todos os efeitos previstos neste capítulo a antigui- de Setembro.
dade do trabalhador é determinada pela contagem do tempo 3- O trabalhador deve fazer prova junto da Instituição da
de serviço prestado nos termos da cláusula 10.ª deste acordo frequência do ensino pelo filho, aplicando-se o disposto nos
e ainda, para efeitos do anexo IV, do tempo de serviço de- números 4 e 5 da cláusula anterior.
corrente do disposto no acordo escrito a que se refere a parte 4- O subsídio previsto nesta cláusula não é acumulável, em
final do número 2 da cláusula 58.ª caso algum, com o subsídio fixado na cláusula anterior.
2- Aos trabalhadores admitidos antes de 1 de Julho de 1997
e colocados nas situações previstas no número 1 da cláusula SECÇÃO II
95.ª a partir de 1 de Junho de 1980, é contado, para efeitos
da aplicação do anexo IV do presente acordo, o tempo de Empréstimos para habitação
serviço prestado na função pública, entendendo-se este como
o tempo que for indicado pela Caixa Geral de Aposentações Cláusula 106.ª
e que seja considerado por esta no apuramento do valor da
Enquadramento
pensão a pagar pela mesma caixa.
3- Igualmente é reconhecido para todos os efeitos pre- 1- As instituições concedem aos seus trabalhadores, no
vistos no presente capítulo o tempo de serviço prestado a activo e reformados, empréstimos que viabilizem o acesso
Instituições não subscritoras deste acordo, sempre que estas a habitação própria permanente, nos termos do presente ca-
também reconheçam o tempo de serviço prestado nas Insti- pítulo e do regulamento de crédito à habitação constante do
tuições que subscrevem o presente acordo, em condições de anexo VIII.
reciprocidade. 2- Os empréstimos abrangem os trabalhadores na situação
de contrato sem termo e devem ser liquidados até o mutuário
CAPÍTULO II completar 65 anos de idade, podendo por acordo e em situ-
ações excepcionais ser alargado até aos 70 anos de idade.
Benefícios sociais complementares 3- O valor dos recursos a afectar à concessão dos emprésti-
mos será definido anualmente pela instituição, nos termos do
SECÇÃO I artigo 5.º do regulamento de crédito à habitação.
Cláusula 107.ª
Subsídios
Limites gerais do valor do empréstimo
Cláusula 104.ª O valor máximo do empréstimo é o constante do anexo II
e não pode ultrapassar 90 % do valor da avaliação do imóvel
Subsídio infantil
ou do valor de aquisição, consoante o que for menor.
1- Aos trabalhadores é atribuído um subsídio mensal por
cada filho, no valor constante do anexo II. Cláusula 108.ª
2- O subsídio é devido desde o mês seguinte àquele em
Taxas de juro e outras condições
que a criança perfizer 3 meses de idade até Setembro do ano
em que perfizer 6 anos de idade. 1- A taxa de juro dos empréstimos à habitação é igual a
3- O subsídio é pago conjuntamente com o vencimento. 65 % do valor da taxa mínima de proposta aplicável às ope-
4- No caso de ambos os progenitores serem trabalhadores rações principais de refinanciamento pelo Banco Central Eu-
bancários, o subsídio referido no número 1 é pago àquele ropeu, não podendo, contudo, ser inferior a 0 %.
que por eles for indicado ou a quem tenha sido conferido o 2- A variação da taxa referida no número anterior determi-
poder paternal. na, relativamente às prestações vincendas, a correspondente
5- O subsídio a que se referem os números anteriores é alteração das taxas aplicáveis aos empréstimos em curso.
também devido ao trabalhador na situação de doença e de 3- A variação da taxa de juro produz efeitos a partir do dia
1 do mês seguinte ao da respectiva verificação.
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SECÇÃO III ficando sujeitos ao regime previsto nesta secção para as ins-
tituições de crédito e trabalhadores, reformados e pensionis-
Assistência médica tas.
6- São também beneficiários dos SAMS os trabalhado-
Cláusula 109.ª res, ex-trabalhadores e reformados e respectivos familiares
abrangidos por IRCT ou por protocolos de adesão celebrados
Enquadramento
com os sindicatos subscritores do presente acordo.
1- Apesar dos trabalhadores bancários já estarem integra- 7- Podem ainda ser beneficiários dos SAMS os trabalhado-
dos no Serviço Nacional de Saúde, mantém-se em vigor o res e reformados e respectivos familiares, de instituições de
sistema complementar de assistência médica assegurado por crédito ou sociedades financeiras não outorgantes do presen-
um serviço de assistência médico-social previsto no presen- te acordo e ainda da associação de empregadores do sector
te acordo colectivo de trabalho, nos termos dos números e bancário que sejam abrangidos por IRCT ou por protocolo
cláusulas seguintes. de adesão a celebrar com os sindicatos subscritores do pre-
2- Os serviços de assistência médico-social - SAMS - sente acordo.
constituem entidades autónomas, dotadas das verbas referi- 8- Para efeitos do número anterior, o valor actual das con-
das nas cláusulas 111.ª e 112.ª, e são geridos pelo sindicato tribuições futuras a cargo das entidades empregadoras será
respectivo ou outra associação sindical que o venha a substi- pago antecipadamente e nunca poderá ser inferior ao que re-
tuir por acordo entre os sindicatos representados. sultaria da aplicação da metodologia de cálculo e respectivos
3- Os SAMS proporcionam aos seus beneficiários, ser- pressupostos actuariais adoptados pela entidade subscritora
viços e/ou comparticipações em despesas no domínio de do protocolo, no exercício fiscal anterior à data da respectiva
assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, medi- celebração, para efeitos do apuramento das responsabilida-
camentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúr- des com pensões de reforma e sobrevivência.
gicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e 9- Mantêm ainda a condição de beneficiário:
regulamentação interna. a) Os trabalhadores que tenham passado à situação de re-
Cláusula 110.ª forma ao abrigo da cláusula 140.ª do ACT agora revogado
que à data da assinatura do presente acordo já sejam benefi-
Beneficiários ciários e respectivos familiares;
1- São beneficiários dos SAMS, independentemente de fi- b) Os pensionistas associados a um ex-trabalhador ou re-
liação sindical: formado falecido que, nessa qualidade de pensionistas, à data
a) Os trabalhadores das Instituições de crédito referidas na da assinatura do presente acordo já sejam beneficiários do
cláusula 2.ª do presente acordo e respectivos familiares; SAMS ao abrigo da cláusula 140.ª do ACT agora revogado;
b) Os trabalhadores que tenham passado à situação de re- c) Os trabalhadores ou reformados dos sindicatos e dos
forma por invalidez ou invalidez presumível quando se en- SAMS respectivos que à data da assinatura do presente acor-
contravam ao serviço das instituições crédito referidas na do já sejam beneficiários e respectivos familiares;
alínea anterior e respectivos familiares; d) Os familiares dos trabalhadores ou reformados faleci-
c) Os familiares dos trabalhadores ou reformados faleci- dos dos sindicatos e dos SAMS respectivos que à data da
dos referidos nas alíneas anteriores, com direito ao pagamen- assinatura do presente acordo já sejam beneficiários, com di-
to de uma pensão de sobrevivência ao abrigo do presente reito ao pagamento de uma pensão de sobrevivência ao abri-
ACT ou do regime geral de segurança social. go do presente ACT ou do regime geral de segurança social;
2- Os trabalhadores sindicalizados beneficiam do SAMS e) Os trabalhadores ou reformados de entidades não subs-
do respectivo sindicato. critoras do presente ACT que à data da assinatura do pre-
3- Os trabalhadores não sindicalizados ou sócios de sin- sente acordo já sejam beneficiários e respectivos familiares;
dicatos não subscritores de convenção colectiva de trabalho f) Os familiares dos trabalhadores ou reformados faleci-
do sector bancário, beneficiam do SAMS dos Sindicatos dos dos de entidades não subscritoras do presente ACT que à
Bancários do Centro, do Norte ou do Sul e Ilhas, conforme o data da assinatura do presente acordo já sejam beneficiários,
seu local de trabalho se situe na área geográfica de um ou de com direito ao pagamento de uma pensão de sobrevivência
outro dos referidos três sindicatos, mantendo-se nessa situa- ao abrigo do presente ACT ou do regime geral de segurança
ção após a passagem à reforma. social.
4- Os trabalhadores na situação de reforma que se des- 10- Para efeitos do disposto nos números 1, 5, 6, 7 e 9,
filiem continuam a beneficiar do SAMS do sindicato onde consideram-se familiares:
estavam filiados, mantendo-se as contribuições a seu cargo a) O cônjuge ou pessoa que viva com o trabalhador em
equivalentes às dos restantes filiados sempre que tal for con- união de facto nos termos da lei, não estando qualquer deles
dição para usufruir do respectivo SAMS. casado ou, estando algum deles casado, se tiver sido decreta-
5- Sem prejuízo do disposto na alínea c) do número 9 da da a separação judicial de pessoas e bens;
presente cláusula, podem também beneficiar dos SAMS os b) Os filhos, incluindo os nascituros e os adoptados ple-
trabalhadores dos sindicatos e os seus familiares, por decisão namente, e os enteados, desde que vivam em comunhão de
daqueles empregadores que abranja todos os trabalhadores, mesa e habitação com o trabalhador, até perfazerem 18 anos,
ou 21 e 24 anos, enquanto frequentarem, respectivamente,
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o ensino médio ou superior e, sem limite de idade, os que determine a manutenção do direito a beneficiar do sistema
sofrerem de incapacidade permanente e total para o trabalho, complementar de assistência médica previsto nesta secção: a
nos termos previstos nos respectivos regulamentos; verba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal efecti-
c) Os tutelados, que tenham sido confiados por sentença va por este auferida no momento imediatamente anterior ao
judicial ao trabalhador ou a uma das pessoas referidas na alí- da respectiva ausência;
nea a) do presente número, nos termos previstos nos respec- d) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de
tivos regulamentos. trabalho não abrangidos nas alíneas b) e c) anteriores: a ver-
11- Os protocolos a celebrar nos termos dos números 6 e 7 ba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal efectiva
anteriores deverão observar o disposto na presente secção e por este auferida no momento imediatamente anterior ao da
abranger a totalidade dos trabalhadores da empresa e respec- respectiva ausência, acrescida da contribuição prevista na
tivos familiares, prevendo a adesão obrigatória, sem o que o cláusula 111.ª que estaria a cargo da entidade empregadora;
protocolo não poderá entrar em vigor. e) Pensionistas referidos na cláusula 102.ª a verba corres-
12- Para além do estabelecido no número 11 anterior, os pondente a 1,50 % das pensões previstas nas alíneas b), c) e
protocolos deverão ainda estabelecer que os beneficiários fi- d) do número 1 daquela cláusula e que lhes forem devidas
carão abrangidos pelo SAMS do sindicato em que estavam nos termos do número 4 da referida cláusula;
abrangidos na data da assinatura do protocolo, não podendo f) Pensionistas referidos na cláusula 98.ª: a verba
essa situação ser alterada, sem o que o protocolo não poderá correspondente a 1,50 % das pensões previstas naquela
entrar em vigor. cláusula e das prestações da mesma natureza que sejam
atribuídas por Instituições ou serviços de Segurança Social.
Cláusula 111.ª
2- Às contribuições dos trabalhadores e reformados que
Contribuições a cargo das entidades empregadoras estejam ou tenham sido inscritos no Regime Geral de Segu-
rança Social e que tenham sido admitidos no sector bancário
1- O valor e número de mensalidades das contribuições
após 1 de Janeiro de 2008 e aos pensionistas destes trabalha-
para o SAMS a cargo das instituições de crédito constam do
dores, aplicar-se-ão as seguintes regras:
anexo VI.
a) Nas situações previstas na alínea b) do número anterior
2- Nas situações previstas nos números 5, 6, 7 e 9 da cláu-
com excepção das situações de doença que determinem a
sula 110.ª, as contribuições para os SAMS referidas no nú-
suspensão do contrato de trabalho: a verba correspondente a
mero 1. constituirão encargo da entidade empregadora.
1,50 % do valor das prestações pagas pela Segurança Social.
3- As contribuições referidas nos números anteriores são
b) Nas situações previstas na alínea e) do número anterior:
actualizadas na mesma data e pela aplicação da percentagem
a verba correspondente a 1,50 % do valor das prestações pa-
correspondente ao aumento em que o for a tabela salarial do
gas pela Segurança Social.
presente acordo.
3- As contribuições dos beneficiários previstos na cláusula
4- O disposto no número 1 da presente cláusula aplica-se a
110.ª, número 7 obedecem às seguintes regras:
partir do dia 1 de Fevereiro de 2017, mantendo-se até aquela
a) Trabalhadores no activo, mesmo em situação de ausên-
data as regras de apuramento das contribuições a cargo das
cia mas que não determine a suspensão do contrato de tra-
instituições de crédito que constam da cláusula 144.ª, núme-
balho por esse motivo: a verba correspondente a 1,50 % da
ro 4. alínea a), do ACT agora revogado.
sua retribuição mensal total, incluindo os subsídios de férias
Cláusula 112.ª e de Natal;
b) Trabalhadores em situação de doença que determine a
Contribuições a cargo dos trabalhadores, reformados e pensionistas suspensão do contrato de trabalho: a verba correspondente
1- Sem prejuízo do disposto nos números 2, 3 e 4 da pre- a 1,50 % da totalidade das prestações pagas por instituições
sente cláusula, as contribuições para o SAMS a cargo dos ou serviços de Segurança Social, mantendo-se o valor da
trabalhadores, reformados e pensionistas obedecem às se- contribuição nas situações em que o trabalhador deixe de ter
guintes regras: direito a receber subsídio de doença;
a) Trabalhadores no ativo, mesmo em situação de ausência c) Reformados: a verba correspondente a 1,50 % da totali-
mas que não determine a suspensão do contrato de trabalho dade da prestação ou da soma das prestações atribuídas por
por esse motivo: a verba correspondente a 1,50 % da sua instituições ou serviços de Segurança Social ou por institui-
retribuição mensal efectiva, incluindo os subsídios de férias ções de crédito na parcela referente a benefício de 1.º pilar;
e de Natal; d) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de
b) Trabalhadores em situação de doença que determine a trabalho por outro motivo que não a doença e desde que a lei
suspensão do contrato de trabalho, em situação de invalidez determine a manutenção do direito a beneficiar do sistema
ou invalidez presumível: a verba correspondente a 1,50 % complementar de assistência médica previsto nesta secção:
das mensalidades referidas nas alíneas a), b) e c) do núme- a verba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal total
ro 2 da cláusula 95.ª, a que nos termos da mesma tiverem por este auferida no momento imediatamente anterior ao da
direito, acrescidas das diuturnidades que lhes competirem de respectiva ausência,
acordo com o estabelecido na cláusula 97.ª; e) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de
c) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de trabalho não abrangidos nas alíneas b) e c) anteriores: a ver-
trabalho por outro motivo que não a doença e desde que a lei ba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal total por
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este auferida no momento imediatamente anterior ao da res- ras as alterações verificadas na qualidade de beneficiário ou
pectiva ausência, acrescida da contribuição prevista na cláu- de pensionista relativamente ao universo de beneficiários em
sula 111.ª que estaria a cargo das entidades empregadoras; que, nos termos das cláusulas anteriores, seja da sua respon-
f) Pensionistas: a verba correspondente a 1,50 % da tota- sabilidade a recolha e entrega de contribuições, remetendo a
lidade da prestação ou da soma das prestações atribuídas por referida informação até ao dia 10 de cada mês.
instituições ou serviços de Segurança Social ou por institui- 6- A suspensão da inscrição por prazo superior a 9 meses
ções de crédito na parcela referente a benefício de 1.º pilar. determina a perda irreversível da qualidade de beneficiário
4- As contribuições dos beneficiários previstos na cláusula do SAMS.
110.ª, números 6 e 7 obedecem às seguintes regras:
a) Ex-trabalhadores quando não estejam a receber uma CAPÍTULO III
pensão de reforma, reforma antecipada ou pré-reforma, ou
por invalidez: a verba correspondente a 1,50 % da sua última Parentalidade
retribuição mensal efectiva auferida enquanto beneficiário
do SAMS, incluindo os subsídios de férias e de Natal; Cláusula 114.ª
b) Reformados: a verba correspondente a 1,50 % da totali-
dade da prestação ou da soma das prestações pagas por ins- Parentalidade
tituições ou serviços de Segurança Social ou por instituições Aos trabalhadores da instituição é aplicável o regime le-
de crédito na parcela referente a benefício de 1.º pilar; gal em vigor.
c) Pensionistas: a verba correspondente a 1,50 % da tota-
lidade da prestação ou da soma das prestações atribuídas por TÍTULO VI
instituições ou serviços de Segurança Social ou por institui-
ções de crédito na parcela referente a benefício de 1.º pilar.
Regime especial dos trabalhadores do Banco
5- Para efeitos do previsto nos números anteriores, consi-
deram-se sempre as prestações que seriam devidas pelo exer- Santander Totta oriundos do BANIF
cício de funções a tempo inteiro.
Cláusula 115.ª
Cláusula 113.ª
Segurança Social
Entrega de contribuições, prazos e controlo
1- Os trabalhadores do Banco Santander Totta, SA, trans-
1- As entidades empregadoras remeterão aos SAMS, até feridos do BANIF - Banco Internacional do Funchal, SA, no
ao dia 10 do mês seguinte a que respeitam, as contribuições âmbito e por efeito da Deliberação de Resolução do Banco
referidas nos números 1 e 2 da cláusula 111.ª e no número 1. de Portugal de 20 de Dezembro de 2015, ficarão abrangidos
e nas alíneas a) e b) do número 3. da cláusula 112.ª e ser-lhes-á exclusivamente aplicável o regime de segurança
2- Os sindicatos remeterão aos SAMS até ao dia 10 do mês social previsto nas cláusulas 12.ª a 16.ª, 18.ª e 19.ª do acor-
seguinte a que respeitam, as contribuições previstas nas cláu- do de empresa celebrado entre os Sindicatos subscritores do
sulas 111.ª e 112.ª não mencionadas no número anterior da presente acordo e o BANIF - Banco Internacional do Fun-
presente cláusula. chal, SA, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º
3- Para efeitos do disposto nos números anteriores da pre- 33, de 8 de Setembro de 2008, com as alterações previstas na
sente cláusula, as entidades empregadoras e os sindicatos cláusula seguinte.
têm que assegurar o recebimento das contribuições a cargo 2- Aos trabalhadores abrangidos pela aplicação do regime
dos trabalhadores, dos reformados e dos pensionistas, pre- previsto no número anterior não lhes será aplicável o regime
vistas na cláusula 112.ª cabendo-lhes: de Segurança Social previsto no capítulo I do título V, cláu-
a) Proceder ao desconto das contribuições na pensão a sulas 92.ª a 103.ª, do presente acordo, independentemente da
seu cargo ou, quando não haja lugar ao referido pagamento, data da sua admissão.
obter autorização de débito ou acordar com o beneficiário
forma alternativa para efectuar o recebimento das contribui- Cláusula 116.ª
ções; Contribuição extraordinária
b) O recebimento das contribuições devidas pelos benefi-
ciários, o qual deverá ocorrer até ao dia 25 do mês a que 1- A contribuição extraordinária prevista nos números 6 a
respeitam, devendo as que incidam sobre o pagamento dos 10 da cláusula 15.ª do acordo de empresa celebrado entre os
13.º e 14.º mês ser recebidas nos meses em que as respectivas sindicatos subscritores do presente acordo e o BANIF - Ban-
prestações são pagas; co Internacional do Funchal, SA, publicado no Boletim do
c) Proceder ao controlo da qualidade de pensionista e à Trabalho e Emprego, n.º 33, de 8 de Setembro de 2008, será
actualização do valor base de incidência das contribuições. devida e calculada, a partir da data de entrada em vigor do
4- O não recebimento das contribuições referidas no nú- presente acordo, nos termos dos números seguintes.
mero 3 determinará a imediata suspensão da inscrição do be- 2- Anualmente e como custo do exercício, o Banco Santan-
neficiário no SAMS até à respectiva regularização. der Totta, SA efectuará uma contribuição extraordinária para
5- Caberá aos sindicatos reportar às entidades empregado- as contas individuais no fundo de pensões dos trabalhadores
abrangidos pela aplicação do disposto na cláusula anterior
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lho (cláusula 77.ª, número 2): 148 844,16 € e 149 960,49 €, a) 1.º ciclo do ensino básico - 28,08 € e 28,29 €;
respectivamente para 2016 e a partir de 1 de Janeiro de 2017. b) 2.º ciclo do ensino básico - 39,69 € e 39,99 €;
9- Subsídio infantil (cláusula 104.ª, número 1): 25,26 € e c) 3.º ciclo do ensino básico - 49,32 € e 49,69 €;
25,45 €, respectivamente para 2016 e a partir de 1 de Janeiro d) Ensino secundário - 59,90 € e 60,35 €;
de 2017. e) Ensino superior - 68,63 € e 69,14 €.
10- Subsídio trimestral de estudo (cláusula 105.ª, número 11- Valor máximo do empréstimo para habitação (cláusula
1): respectivamente para 2016 e a partir de 1 de Janeiro de 107.ª) - 181 779,60 € e 183 142,95 €, respectivamente para
2017: 2016 e a partir de 1 de Janeiro de 2017.
ANEXO III
Ajudas de custo
1- Valor das ajudas de custo até 31 de Dezembro de 2016 (valores em euros):
Sem pagamento de refeições Com pagamento de 1 refeição Com pagamento de 2 refei-
Tipo de ajuda de custo
por parte da instituição por parte da instituição ções por parte da instituição
2409
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ANEXO IV
*Para efeitos deste anexo, enquanto o trabalhador não tiver completado um ano de serviço, considera-se qualquer fracção desse primeiro ano como sendo
igual a um ano completo.
2410
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ANEXO V
Valores em euros
ANEXO VI
2- Às contribuições referidas no número anterior acrescem duas prestações de igual montante, a pagar nos meses de Abril
e Novembro de cada ano.
2411
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ANEXO VII
2412
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2413
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2- O montante a afectar em cada exercício, e por institui- préstimo, os quais devem ser liquidados mensalmente até à
ção de crédito, será o resultado da aplicação da seguinte fór- celebração da escritura, e implica a prévia constituição do
mula: seguro previsto no número 1 do artigo 11.º, bem como do
registo provisório de hipoteca.
C=rxn
Artigo 9.º
em que:
C = dotação anual; Pagamento antecipado
r = retribuição mensal base do nível 10 do ACT à data do 1- O mutuário tem o direito de efectuar o reembolso do
início do exercício; empréstimo, no todo ou em parte, devendo prevenir a insti-
n = número de trabalhadores no activo da Instituição em tuição trinta dias antes daquele em que pretende usar dessa
31 de Dezembro do ano anterior. faculdade.
Artigo 6.º 2- As habitações adquiridas ou construídas com emprésti-
mos concedidos nos termos do presente regulamento só po-
Confirmação das declarações dem ser alienadas, antes da liquidação total dos mesmos, se
A instituição reserva-se o direito de, sempre que o en- existir acordo da Instituição.
tender conveniente, efectuar as diligências necessárias para Artigo 10.º
confirmação de todas as declarações prestadas, bem como da
aplicação do produto dos empréstimos. Hipoteca
1- Os empréstimos, mesmo quando concedidos a título de
Artigo 7.º
adiantamento, são garantidos por primeira hipoteca do terre-
Regras de preferência e utilização da dotação anual no e da habitação.
2- Serão sempre autorizadas as substituições dos imóveis
1- As regras de preferência a aplicar a todos os requerentes
dados em garantia, desde que os beneficiários tenham como
para determinação da escala nominal dos interessados são as
objectivo a alienação do primitivo imóvel com vista a trans-
constantes do anexo 1, complementado com as definições do
ferência para nova habitação e esta, uma vez avaliada, seja
anexo 2 deste regulamento.
de valor igual ou superior à anterior.
2- Será organizada e publicitada uma lista ordenada de to-
dos os requerentes que se candidatarem à aplicação da dota- Artigo 11.º
ção anual.
Seguros
3- Após terem sido notificados para o efeito, os trabalha-
dores ou reformados seleccionados dispõem de um prazo de 1- O mutuário garante, através de um seguro de vida indi-
12 meses para iniciar a instrução do processo e 2 anos para vidual ou colectivo, em caso de morte ou de invalidez total e
formalizar a contratação do empréstimo, findos os quais a permanente a liquidação da dívida na data do evento, a favor
autorização caduca devendo ser seleccionado o trabalhador da entidade mutuante.
ou reformado que se encontrar na posição imediatamente se- 2- No caso em que o vencimento do cônjuge, ou pessoa
guinte da lista referida em 2, sendo que, em caso de constru- que viva com o trabalhador ou reformado em união de facto
ção, este último prazo é de 3 anos. há mais de 2 anos, seja necessário para o cálculo do mon-
4- Caducando a autorização para utilização do crédito bo- tante a mutuar, o seguro de vida deve abranger o evento de
nificado nos termos do número anterior bem como nas situ- morte ou invalidez permanente daquele.
ações de desistência ou de não utilização total do montante 3- O mutuário tem ainda de fazer um seguro multirriscos,
individual previsto utilizar, os respectivos montantes serão aplicando-se as regras que cada instituição de crédito tiver a
adicionados à dotação anual do ano em curso. todo o momento definidas no âmbito do crédito à habitação
a clientes.
Artigo 8.º 4- As cláusulas dos seguros previstos nos números anterio-
res, depois de aprovadas pela entidade mutuante, não podem
Pagamento do empréstimo
ser alteradas sem a sua prévia autorização, devendo indicar-
1- A amortização do empréstimo e o pagamento dos ju- -se expressamente que a instituição está interessada neste
ros e demais encargos são efectuados em prestações mensais seguro na qualidade de credor privilegiado.
constantes. 5- O trabalhador obriga-se a comprovar perante a Institui-
2- A primeira prestação vence-se no mês subsequente ao ção o pagamento regular dos prémios.
da utilização total do empréstimo.
3- Salvo acordo com a instituição de crédito, as prestações Artigo 12.º
são debitadas na conta de depósito à ordem do trabalhador
Obrigações do mutuário
ou reformado na qual deve figurar obrigatoriamente como
co-titular o respectivo cônjuge ou unido de facto, salvo se 1- Os beneficiários ficam obrigados a proceder à ocupação
estiverem casados no regime da separação de bens. efectiva do imóvel dentro de 180 dias após a data da escri-
4- A concessão de adiantamentos, nos termos e para os tura de aquisição ou, nos casos de construção, após a data
efeitos do previsto no artigo 1.º, vence juros à taxa do em- de conclusão da obra, sob pena de imediato vencimento do
empréstimo em dívida.
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iii) Sublocação ou hospedagem - 30 pontos rior a 1 hora, em cada sentido, em transportes públicos ou em
b) Forma de ocupação (de sublocação ou hospedagem) viatura disponibilizada pela instituição de crédito;
i) Independente - 0 pontos b) a alteração de local de trabalho tenha ocorrido há menos
ii) Coabitação com familiares - 5 pontos de 1 ano;
iii) Coabitação com não familiares - 10 pontos c) a alteração de local de trabalho não tenha sido consequ-
c) Índice de ocupação ência de pedido de transferência do trabalhador ou de candi-
NPR x 10 datura deste a concurso para vaga existente;
I= NQ Prioridade absoluta.
em que: ANEXO 2
NPR = número de pessoas residentes
NQ = número de divisões assoalhadas menos uma (mí- Definições
nimo de 1)
d) Relação renda/rendimentos do agregado familiar Título de ocupação
i) até 10 % - 5 pontos Habitação própria inadequada: Entende-se por «habi-
ii) superior a 10 % até 20 % - 10 pontos tação própria inadequada» aquela que é da propriedade do
iii) superior a 20 % até 30 % - 15 pontos peticionário, do cônjuge ou ainda de qualquer dos elementos
iv) superior a 30 % até 40 % - 20 pontos que compõem o seu agregado familiar, tendo a inadequação
v) superior a 40 % até 50 % - 25 pontos que ser devidamente justificada e aceite pela Instituição de
vi) superior a 50 % - 30 pontos crédito.
2- Situação familiar Locação, sublocação e hospedagem
a) Independente ou isolado - 5 pontos Estes conceitos abrangem ainda a situação em que o títu-
b) Com agregado familiar - 10 pontos lo esteja em nome próprio ou de qualquer dos componentes
c) Por cada ascendente - 10 pontos do seu agregado familiar.
d) Por cada descendente - 10 pontos Indicação de ocupação
e) Existindo descendentes de sexo diferente - 15 pontos Número de divisões assoalhadas: devem ser indicadas
f) Existindo ascendente(s) e descendente(s) - 15 pontos somente as divisões efetivamente ocupadas pelo próprio, ou
3- Rendimento familiar «per capita»: por ele e o seu agregado familiar.
a) até A x 3 - 40 pontos Número de pessoas residentes
b) de A x 3 até A x 3 + 350 € - 35 pontos Será indicado apenas o número de pessoas que compõem
c) de A x 3 + 350 € até A x 3 + 700 € - 30 pontos o seu agregado familiar.
d) de A x 3 + 700 € a A x 3 + 1050 € - 25 pontos Forma de ocupação (sublocação e hospedagem)
e) de A x 3 + 1050 € a A x 3 + 1400 € - 20 pontos Entende-se por independência ou coabitação a não utili-
f) de A x 3 + 1400 € a A x 3 + 1750 € - 15 pontos zação ou utilização, em comum, da cozinha.
g) de A x 3 + 1750 € a A x 3 + 2100 € - 10 pontos Relação renda/rendimento do agregado familiar
h) de A x 3 + 2100 € a A x 3 + 2450 € - 5 pontos Renda anual: referir a renda paga pelo próprio ou pelo
i) A partir de A x 3 + 2450 € - 0 pontos elemento do seu agregado familiar em nome de quem estiver
em que: o título de ocupação.
A = retribuição base mensal do nível 5 No caso de:
4- Situações especiais a) sublocação ou hospedagem, não devem ser considera-
a) Pedidos apresentados e não satisfeitos no ano anterior dos valores superiores a 750 €;
por falta de verba: b) coabitação com familiares, sem pagamento de renda,
Por cada ano não contemplado - 5 pontos. deve ser indicado em informações adicionais;
b) Aquisição nos termos do previsto na alínea f) número 1 c) substituição de empréstimo, deve ser considerado a
do artigo 1.º e na alínea c) número 1 do artigo 2.º - prioridade prestação mensal com juros e impostos pagos à instituição
absoluta. de crédito mutuante no mês em que concorrer.
5- Necessidade de nova habitação por transferência do Rendimentos anuais do agregado familiar
trabalhador para outro local de trabalho desde que se verifi- Inclui a soma de todas as remunerações fixas anuais,
quem cumulativamente os seguintes requisitos: compreendendo subsídios de férias e de Natal e outros con-
a) com a alteração do local de trabalho o tempo de des- tratuais, rendimentos diversos, sem carácter ocasional.
locação entre a residência e o novo local de trabalho tenha Agregado familiar
passado a ser superior ao anteriormente dispendido e supe- O beneficiário; o cônjuge ou pessoa que viva com o bene-
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
ficiário em união de facto há mais de dois anos, não estando dade de Capital de Risco, SA e Techsource - Serviços Infor-
qualquer um deles casado ou estando se tiver sido decretada máticos, ACE:
a separação judicial de pessoas e bens; os respectivos ascen-
Tiago Ravara Marques.
dentes, descendentes e filhos adoptivos que coabitem a título
José Manuel Simões Correia.
permanente ou de periodicidade regular e na sua dependên-
(Ambos e cada um na qualidade de mandatários.)
cia económica.
Entende-se que existe dependência económica quando o Pelo Novo Banco, SA:
membro do agregado familiar dependente não auferir pro-
Paula Cristina Santos Ferreira Borges.
ventos regulares, de qualquer natureza ou proveniência, de
Luís Alfredo Leitão Franco.
valor superior ao montante do salário mínimo nacional.
(Ambos e cada um na qualidade de mandatários.)
Rendimento familiar «per capita»
Corresponde à divisão dos rendimentos anuais do agre- Pelos GNB - Sociedade Gestora de Fundos de Investi-
gado familiar pelo número de elementos que o integram. mento Mobiliário, SA, GNB - Sociedade Gestora de Fundos
Lisboa, 5 de Julho de 2016. de Investimento Imobiliário, SA e Novo Banco dos Açores:
Pelo grupo negociador, em representação de: Paula Cristina Santos Ferreira Borges, na qualidade de
mandatária.
Banco Popular Portugal, BNP Paribas Lease Group - Su-
cursal em Portugal e Abanca, Corporación Bancaria, SA - Pelos Haitong Bank, SA e Haitong Capital - Sociedade
Sucursal em Portugal: de Capital de Risco, SA:
Tiago Ravara Marques. José Eduardo Folgado Gabriel, na qualidade de manda-
Maria Isabel Abranches Viegas. tário.
(Ambos e cada um como membros do grupo negociador Pelo Banco Bilbao Vizcaia Argentaria (Portugal), SA e
e na qualidade de mandatários.) IBV Source - Prestação de Serviços Informáticos, ACE:
Pelo grupo negociador, em representação do: Manuel Baptista Fernandes de Melo, na qualidade de
mandatário.
BNP Paribas - Sucursal em Portugal com a declaração
que o presente acordo coletivo de trabalho aplica-se à ativi- Pelo Banco do Brasil, AG - Sucursal em Portugal:
dade bancária portuguesa exercida pelo BNP Paribas - Su- Mariana Caldeira Sarávia, na qualidade de mandatária.
cursal em Portugal, não abrangendo as relações de trabalho
mantidas com os trabalhadores total ou maioritariamente Pelo Barclays Bank, PLC - Sucursal em Portugal:
afetos ao desenvolvimento e execução de serviços de suporte Maria Teresa Ortiz Romera, na qualidade de mandatária.
à atividade internacional do grupo económico BNP Paribas,
que não correspondam a receção de depósitos ou outros fun- Pelo Banco Credibom:
dos reembolsáveis, nem a transações e operações de crédito Eduardo Manuel Dias Rosado Correia, na qualidade de
e de débito respeitantes a entidades com estabelecimento es- mandatário.
tável em território nacional e registadas contabilisticamente
nos livros da mesma sucursal: Pelo Bankinter, SA - Sucursal em Portugal:
Maria Isabel Abranches Viegas, na qualidade de man- Paulo Alexandre Gonçalves Marcos.
datária. Fernando Monteiro Fonseca.
(Ambos e cada um na qualidade de mandatários.)
Pelos Banco BPI, SA, Banco Português de Investimento,
SA, BPI - Gestão de Ativos - Sociedade Gestora de Fundos
Depositado em 26 de julho de 2016, a fl. 197 do livro
de Investimento Mobiliário, SA, BPI Private Equity - Socie-
n.º 11, com o n.º 115/2016, nos termos do artigo 494.º do
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
fevereiro.
2417
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Acordo de empresa entre a Europa&c Embalagem, 8- A resposta à denúncia ou proposta de revisão será envia-
SA e a Federação de Sindicatos da Indústria, Ener- da, por escrito, acompanhada da respectiva fundamentação,
gia e Transportes - COFESINT e outra - Revisão até 30 dias após a recepção da proposta.
global 9- As negociações iniciar-se-ão no prazo máximo de 45
dias, a contar da data da denúncia ou da proposta de revisão.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO I
Preenchimento postos de trabalho
Área, âmbito e vigência
Cláusula 3.ª
Cláusula 1.ª
Admissões
Área e âmbito
1- Nas admissões serão respeitadas as condições estabele-
1- O presente acordo de empresa (AE) obriga, por um
cidas na lei e neste acordo de empresa e na regulamentação
lado, a Europa&c Embalagem, SA e, por outro, os trabalha-
interna da empresa.
dores ao seu serviço representados pelas organizações sindi-
2- Em qualquer admissão será efectuado exame médico,
cais outorgantes.
facultado pela empresa, antes do início da prestação de tra-
2- O presente AE aplica-se em todo o território nacional
balho ou, se a urgência da admissão o justificar, nos 15 dias
e em todas as áreas em que a Europa&c Embalagem, SA,
seguintes.
exerça a sua actividade, ou seja, nas três unidades fabris que
3- No acto de admissão a empresa fornecerá ao trabalha-
a compõe, sitas em Albarraque (Av. Alfredo da Silva 37,
dor cópias do presente acordo e dos regulamentos internos
Albarraque, 2635-101 Rio de Mouro), Guilhabreu (Rua do
da empresa.
Monte Grande 3, 4485-255 Guilhabreu, Vila do Conde) e
4- No preenchimento de vagas ou postos de trabalho a em-
Leiria (Estrada dos Pinheiros, Marrazes, 2415-566 Leiria).
presa procurará ter em conta os trabalhadores ao seu serviço.
3- A Europa&c Embalagem, SA dedica-se à fabricação
5- A empresa não admitirá pessoas na situação de reforma.
de cartão canelado e de embalagens de cartão, com o CAE
6- No caso de reestruturação de serviços a empresa privile-
17211.
giará, sempre que possível, a reconversão profissional sobre
4- Para efeitos da alínea g) do número 1 do artigo 492.º
a redução dos postos de trabalho.
do código de trabalho, serão abrangidos pela presente
7- A admissão, promoção e acesso de trabalhadores dimi-
convenção 337 trabalhadores.
nuídos físicos, processar-se-á nos termos dos restantes tra-
5- Sempre que neste AE se utiliza qualquer das designa-
balhadores, desde que se trate de actividades que possam ser
ções trabalhador ou trabalhadores, entende-se que estas se
por eles desempenhadas e possuam as habilitações e condi-
devem ter por aplicáveis aos trabalhadores de ambos os se-
ções exigidas.
xos.
Cláusula 4.ª
Cláusula 2.ª
Período experimental
Vigência, denúncia e revisão
1- Durante o período experimental, salvo acordo escrito
1- O presente acordo de empresa entra em vigor 5 dias
em contrário, qualquer das partes pode denunciar o contrato
após a sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego e
sem aviso prévio e invocação de justa causa, nem direito a
vigorará pelo período de 3 anos, excepto o disposto no nú-
indemnização.
mero seguinte.
2- Tendo o período experimental durado mais de 60 dias, a
2- As tabelas salariais e demais cláusulas de expressão pe-
denúncia do contrato por parte da empresa depende do aviso
cuniária vigorarão entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de
prévio de sete dias.
cada ano.
3- Tendo o período experimental durado mais de 120 dias,
3- Findo o prazo de vigência previsto no anterior ponto 1 o
a denúncia do contrato por parte do empregador depende do
AE renova-se por períodos de um ano se não for denunciado
aviso prévio de quinze dias.
por qualquer das partes.
4- A falta de aviso prévio determina o pagamento da re-
4- Qualquer das partes poderá denunciar o AE, mediante
tribuição correspondente ao tempo de aviso prévio em falta.
comunicação escrita dirigida à outra parte, acompanhada de
5- No contrato de trabalho por tempo indeterminado, o pe-
proposta negocial global.
ríodo experimental tem a seguinte duração:
5- Não se considera denúncia a mera proposta de revisão
a) 90 dias para a generalidade dos trabalhadores;
da convenção.
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam cargos de
6- O presente AE não pode ser denunciado sem que tenha
complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou
decorrido o período de vigência inicial.
que pressuponham uma especial qualificação, bem como os
7- A proposta de revisão deverá ser acompanhada da pro-
que desempenhem funções de confiança;
posta escrita relativa às matérias que se pretende sejam re-
c) 240 dias para trabalhador que exerça cargo de direcção
vistas.
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dade as funções que lhes estejam confiadas e para que foram d) Transferir os trabalhadores para outro local de trabalho,
contratados; salvo nos casos previstos na lei ou neste acordo, ou ainda
c) Prestar aos outros trabalhadores todos os conselhos e quando haja acordo entre as partes;
ensinamentos de que necessitem ou solicitem em matéria de e) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou utilizar ser-
serviço; viços fornecidos pela empresa ou por pessoa por ela indica-
d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço dos ou- da;
tros trabalhadores nos seus impedimentos e férias; f) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, refei-
e) Observar e procurar que outros observem os regulamen- tórios, economatos ou outros estabelecimentos directamente
tos internos e as determinações dos seus superiores hierár- relacionados com o trabalho, para fornecimento de bens ou
quicos no que respeita à execução e disciplina do trabalho prestação de serviços aos trabalhadores;
bem como a segurança, higiene, saúde e medicina no traba- g) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo com o
lho, salvo na medida em que tais determinações se mostrem seu acordo, havendo o propósito de os prejudicar em direitos
contrárias aos seus direitos e garantias; ou garantias decorrentes da antiguidade;
f) Tratar com respeito e consideração os seus superiores h) Fazer lock-out, nos termos da lei;
hierárquicos, os restantes trabalhadores da empresa e demais i) Despedir sem justa causa;
pessoas e entidades que estejam ou entrem em relação com j) Admitir trabalhadores remunerados exclusivamente
a empresa; através de comissões.
g) Dar conhecimento à empresa, através da via hierárqui-
ca, das deficiências de que tenham conhecimento e que afec- CAPÍTULO IV
tem o regular funcionamento dos serviços;
h) Guardar lealdade à empresa, nomeadamente não nego- Organização dos trabalhadores na empresa
ciando por conta própria ou alheia em concorrência com ela
nem divulgando informações referentes aos seus métodos de
produção e negócio; SECÇÃO I
i) Participar de modo diligente nas acções de formação
que lhe sejam proporcionadas; Comissão paritária
j) Velar pela conservação e boa utilização de bens relacio-
nados com o trabalho que lhe forem confiados; Cláusula 12.ª
k) Promover ou executar os actos tendentes à melhoria da
Composição
produtividade;
l) Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no 1- É constituída uma comissão paritária composta por
trabalho que decorram da lei, deste acordo de empresa, das 6 elementos, sendo 3 de uma parte em representação das
normas da empresa e de ordens dadas pela hierarquia; organizações sindicais outorgantes deste AE e 3 de outra
m) Cooperar para a melhoria da segurança e saúde no tra- parte em representação da empresa.
balho, nomeadamente por intermédio dos representantes dos 2- Por cada representante efectivo será designado um su-
trabalhadores eleitos para esse fim; plente.
n) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento de segu- 3- Os representantes das partes podem ser assistidos por
rança que lhes for distribuído ou disponibilizado pela em- assessores até ao máximo de três.
presa. 4- No prazo de trinta dias após a publicação deste AE, cada
2- O dever de obediência respeita tanto a ordens ou instru- uma das partes comunicará por escrito à outra os nomes dos
ções da empresa como do superior hierárquico do trabalha- seus representantes.
dor, dentro dos poderes que por aquela lhe forem atribuídos Cláusula 13.ª
e que não sejam contrários aos direitos e garantias do traba-
lhador. Competência
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2- Com esta troca, os trabalhadores expressamente acei- igual ao período normal de trabalho diário e deve ser gozado
tam todas as condições referentes a início, termo e dias de nos 90 dias seguintes.
descanso, do novo horário, turno ou letra em que irão ingres- 4- Em circunstâncias excepcionais e sempre por pedido do
sar e, o momento do regresso ao seu anterior horário, será trabalhador e com a concordância da chefia, poderão ser con-
efectuado nas mesmas condições. cedidas horas avulsas de folga, desde que isso não implique
3- As trocas de turnos não poderão determinar pagamento trabalho suplementar de outro trabalhador.
de qualquer trabalho suplementar, ou atribuição de quaisquer 5- O trabalhador que preste trabalho suplementar impedi-
descansos compensatórios. tivo do gozo de descanso diário terá direito a descanso com-
pensatório remunerado equivalente às horas de descanso em
Cláusula 32.ª
falta, a gozar num dos três dias úteis seguintes.
Isenção de horário de trabalho 6- O trabalhador que preste trabalho em dia de descanso
obrigatório terá direito a um dia de descanso compensatório
1- O regime de isenção de horário de trabalho é o previsto
remunerado, a gozar num dos três dias úteis seguintes.
na lei.
7- O descanso compensatório é marcado por acordo entre
2- Podem estar sujeitos ao regime de isenção de horário
o trabalhador e a hierarquia ou, na sua falta, pela hierarquia.
de trabalho os trabalhadores que, por o exercício regular da
8- O descanso compensatório por trabalho suplementar
sua actividade ser fora do estabelecimento, não possam estar
prestado em dia útil ou feriado, pode ser substituído por pres-
sujeitos aos sistemas de controlo de presenças em vigor.
tação de trabalho remunerado com acréscimo não inferior a
3- O pagamento do subsídio de isenção de horário de tra-
100 %, mediante acordo entre a empresa e o trabalhador.
balho é também devido no subsídio de férias e no subsídio
9- Nos casos de prestação de trabalho suplementar em dia
de Natal.
normal de trabalho, terá de ser observado um intervalo míni-
Cláusula 33.ª mo de 11 horas de descanso até ao início do período normal
de trabalho consequente.
Trabalho nocturno 10- A empresa pagará subsídio de alimentação nos casos
Considera-se trabalho nocturno o prestado entre as 20 de prestação de quatro ou mais horas de trabalho suplemen-
horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte. tar em dia de descanso, dia de descanso complementar ou
Cláusula 34.ª feriado.
11- A empresa assegurará o pagamento duma refeição nos
Trabalho suplementar casos de prestação de quatro horas de trabalho suplementar
1- Considera-se trabalho suplementar todo aquele que é em antecipação ou prolongamento do horário de trabalho.
prestado fora do horário de trabalho. 12- A empresa fica obrigada a fornecer ou a assegurar
2- O trabalho suplementar só poderá ser prestado: transporte, sempre que o trabalhador seja solicitado a pres-
a) Quando a empresa tenha de fazer face a acréscimos tar trabalho suplementar, e não disponha do seu transporte
eventuais de trabalho e não se justifique para tal a admissão habitual.
de trabalhador.
b) Em caso de força maior, ou quando se torne indispensá- CAPÍTULO VI
vel para prevenir ou reparar prejuízos graves para a empresa,
ou para a sua viabilidade. Suspensão da prestação de trabalho
3- Ocorrendo os motivos previstos no número anterior,
o trabalho suplementar será prestado segundo indicação da Cláusula 36.ª
hierarquia feita com a máxima antecedência possível.
Descanso semanal
4- Os trabalhadores são obrigados a realizar a prestação de
trabalho suplementar salvo quando, havendo motivos atendí- 1- O dia de descanso semanal obrigatório é o domingo.
veis e expressamente solicitem a sua dispensa. 2- O dia de descanso complementar é o sábado.
3- Os dias de descanso dos trabalhadores em regime de
Cláusula 35.ª turnos são os previstos na respectiva escala.
Descanso compensatório de trabalho suplementar Cláusula 37.ª
1- O trabalhador que preste trabalho suplementar em dia
Feriados
útil ou em dia feriado, terá direito a descanso compensatório
remunerado correspondente a 25 % das horas de trabalho su- 1- Serão observados os seguintes feriados:
plementar realizado. a) 1 de Janeiro; Terça-Feira de Carnaval; Sexta-Feira San-
2- O trabalhador que preste trabalho suplementar em dias ta; Domingo de Páscoa; 25 de Abril; 1 de Maio; Corpo de
de descanso complementar, terá direito a descanso compen- Deus (festa móvel); 10 de Junho; 15 de Agosto; 5 de Outu-
satório remunerado correspondente a 50 % das horas de tra- bro; 1 de Novembro; 1 de Dezembro; 8 de Dezembro; 25 de
balho suplementar realizado. Dezembro.
3- O descanso compensatório a que se referem os núme- b) O feriado municipal ou da capital de distrito onde se
ros anteriores vence-se quando perfaça um número de horas situa o local de trabalho.
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ano como se estivesse ao serviço, que será gozado após a ou do cônjuge ou irmãos e cunhados, até dois dias consecu-
prestação de 3 meses de serviço. tivos;
d) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas
Cláusula 43.ª
de representação colectiva dos trabalhadores, nomeadamen-
Efeitos da cessação do contrato de trabalho te delegados e dirigentes sindicais e membros de comissão e
subcomissões de trabalhadores nos termos deste AE e da lei;
1- Cessando o contrato de trabalho, por qualquer forma,
e) As dadas pelos trabalhadores-estudantes, nos termos
o trabalhador terá direito a receber a retribuição correspon-
previstos na lei e neste acordo;
dente a um período de férias proporcional ao tempo de ser-
f) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho
viço prestado no ano da cessação, bem como ao respectivo
devido ao facto que não seja imputável ao trabalhador, no-
subsídio.
meadamente doença, acidente e inerentes tratamentos, ou
2- Se o contrato cessar antes de gozado o período de férias
cumprimento de obrigações legais, cataclismos, inundações,
vencido no início desse ano o trabalhador terá ainda direito
tempestades, atrasos imprevisíveis nos transportes ou nou-
a receber a retribuição correspondente a esse período, bem
tras situações semelhantes;
como o respectivo subsídio.
g) As motivadas pela necessidade de prestação de assis-
Cláusula 44.ª tência inadiável e imprescindível a filho, a neto ou a membro
do seu agregado familiar, conforme declaração nos termos
Violação do direito a férias previstos na lei;
No caso de a empresa obstar ao gozo das férias nos ter- h) As autorizadas ou aprovadas pela empresa;
mos previstos no presente acordo, o trabalhador receberá, a i) As ausências não superiores a quatro horas e só pelo
título de indemnização, o triplo da retribuição corresponden- tempo estritamente necessário, justificadas pelo responsável
te ao período em falta, que deverá obrigatoriamente ser go- pela educação de menor, uma vez por trimestre, para deslo-
zado até Abril do ano civil subsequente. cação à escola tendo em vista inteirar-se da situação educa-
Cláusula 45.ª tiva do filho menor;
j) As motivadas pelo nascimento de um filho nos termos
Exercício de outra actividade durante as férias da lei;
1- O trabalhador não pode exercer durante as férias qual- k) As que por lei forem como tal qualificadas;
quer outra actividade remunerada, salvo se já a viesse exer- l) Nos casos em que o trabalhador tiver já iniciado traba-
cendo cumulativamente com conhecimento da empresa ou lho no dia em que ocorrer o óbito, não será considerado esse
esta o autorizar a isso. dia para a contagem do tempo a que tem direito a faltar ao
2- A violação do disposto no número anterior tem as con- serviço, ainda que tenha suspendido a prestação de trabalho
sequências previstas na lei. nesse dia;
m) Para além do previsto na lei ou neste AE, os trabalhado-
Cláusula 46.ª res dispõem de 40 horas remuneradas, nomeadamente, entre
outras situações, para consultas, exames médicos, tratamen-
Noção de falta
tos. Em casos de impossibilidade de apresentação de justifi-
1- Falta é a ausência do trabalhador, no local onde desem- cação serão as faltas consideradas remuneradas ao abrigo do
penha a sua actividade, durante o período normal de trabalho crédito estipulado nesta alínea;
diário. n) As dadas por trabalhadores que prestem serviço em
2- Nos casos de ausência do trabalhador por períodos infe- corpo de bombeiros voluntários ou e socorros a náufragos,
riores ao período normal de trabalho diário a que está obriga- quando tenham que acorrer a sinistro ou acidente;
do, os respectivos tempos serão adicionados para determina- o) As motivadas pela doação de sangue nos termos da lei.
ção dos períodos normais de trabalho diário em falta. 3- A empresa poderá sempre exigir do trabalhador prova
Cláusula 47.ª da ocorrência dos factos invocados para justificar a falta,
podendo desencadear os mecanismos legalmente previstos
Tipos de faltas para a confirmação dessas situações. Por agregado familiar
1- As faltas podem ser justificadas ou injustificadas. entende-se o conjunto de pessoas que vivem em comunhão
2- São consideradas faltas justificadas: de mesa e habitação com o trabalhador ou que estejam a seu
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casa- cargo.
mento; 4- As faltas dadas ao abrigo da alínea g) do número 2 desta
b) As motivadas por falecimento do cônjuge do trabalha- cláusula não pode exceder de uma só vez 5 dias seguidos,
dor não separado de pessoas e bens, seus filhos, pais, sogros, salvo em casos excepcionais devidamente verificados e com-
genros ou noras, padrastos, madrastas e enteados e pessoa provados, no máximo de 30 dias em cada ano civil.
que viva em união de facto ou economia comum, nos termos 5- As faltas referidas na alínea a) do número 2 poderão
definidos por lei até cinco dias consecutivos; iniciar-se antes ou depois da data do casamento, mas não
c) As motivadas por falecimento de avós, bisavós e graus poderão desligar-se dela.
seguintes, netos, bisnetos e graus seguintes, do trabalhador
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10- O arguido tem o direito de ser esclarecido, no acto da disciplinares aplicadas, de modo a permitir verificar o cum-
entrega da nota de culpa, de que com a sua defesa deve in- primento das disposições legais e deste acordo de empresa,
dicar as testemunhas e requerer quaisquer diligências pro- sobre matéria disciplinar.
batórias. 2- O registo das sanções deverá mencionar os dados que
11- A nota de culpa será remetida através de carta regista- identifica o trabalhador, que caracterizam a infracção, o
da com aviso de recepção ou entregue pessoalmente contra procedimento disciplinar e a sanção aplicada, e tal registo
recibo. deverá ser facultado ao trabalhador, ao seu sindicato desig-
12- Será ainda enviada cópia da nota de culpa à comissão nadamente através dos delegados sindicais e à comissão de
de trabalhadores e ao respectivo sindicato no caso do presu- trabalhadores sempre que o requeiram e salvo oposição do
mível infractor ser representante sindical. trabalhador.
13- Com a instauração do procedimento disciplinar, a em-
Cláusula 76.ª
presa pode suspender preventivamente o trabalhador, sem
perda de retribuição, antes da notificação da nota de culpa ao Sanções abusivas
trabalhador, desde que, por escrito, fundamente tal decisão,
1- Consideram-se abusivas as sanções disciplinares moti-
tendo em conta dos indícios imputáveis ao trabalhador e as
vadas pelo facto de um trabalhador:
circunstâncias que tornam inconveniente a sua presença na
a) Haver reclamado legitimamente contra as condições de
empresa, clarificando que ainda não lhe foi possível elabo-
trabalho;
rar a competente nota de culpa, que deverá ser elaborada e
b) Recusar-se a cumprir ordens e instruções do emprega-
notificada ao trabalhador até trinta dias após a suspensão do
dor ou do seu superior hierárquico que não respeitem à exe-
trabalhador.
cução e disciplina no trabalho ou que se mostrem contrárias
14- A suspensão do trabalhador que seja representante sin-
aos seus direitos e garantias;
dical ou membro da comissão de trabalhadores não obsta a
c) Exercer ou candidatar-se a funções em organismos sin-
que o mesmo possa ter acesso aos locais e actividades que
dicais, de delegado sindical, de membro da comissão de tra-
compreendem o exercício normal dessas funções.
balhadores e subcomissão de trabalhadores, instituições da
15- No prazo de 10 dias úteis, a contar da recepção da nota
Segurança Social ou outras que representam os trabalhado-
de culpa, poderá o arguido consultar o processo, deduzir a
res;
sua defesa por escrito, requerer as diligências probatórias
d) Em geral, exercer, ter exercido ou pretender exercer ou
que repute necessárias à descoberta da verdade e indicar rol
invocar os direitos ou garantias que lhe assistem;
de testemunhas, que não devem exceder o total de 10, nem
e) Ter informado o sindicato respectivo ou os organismos
mais de 3 por cada facto.
representativos do trabalhador na empresa ou ter prestado
16- Quando se torne necessário a um adequado exercício
testemunho no que se refere ao cumprimento das leis de tra-
do direito de defesa, poderá ser prorrogado o prazo para
balho e deste AE.
apresentação dos meios de prova e aumentado o número de
2- Até prova em contrário, presume-se abusivo o despe-
testemunhas, a solicitação fundamentada do arguido.
dimento ou a aplicação de qualquer sanção que, sob a apa-
17- Concluídas as diligências probatórias, incluindo a au-
rência de punição de outra falta, tenham lugar até seis meses
dição das testemunhas arroladas pelo trabalhador, deve ser
após qualquer dos factos mencionados nas alíneas a), b) e d)
fornecida cópia integral do processo disciplinar à comissão
do número anterior, ou até um ano após o termo do exercício
de trabalhadores, a qual poderá, no prazo de 5 dias úteis,
de funções referidas na anterior alínea c).
juntar aos autos o seu parecer fundamentado.
3- Presume-se também abusivo o despedimento sem justa
18- Se o trabalhador arguido for representante sindical, de-
causa de mulher trabalhadora durante a gravidez e até um
verá ser enviada à associação sindical respectiva uma cópia
ano após o parto.
idêntica à referida no número anterior, podendo esta, queren-
do, em 5 dias úteis, juntar ao processo o seu parecer funda- Cláusula 77.ª
mentado.
19- A entidade competente ponderará, na decisão final, Consequências da aplicação de sanções abusivas
constante de documento escrito, todas as circunstâncias da 1- Se a empresa aplicar uma sanção abusiva nos casos
infracção, pronunciar-se-á sobre as razões aduzidas pelas en- previstos no número 1 da cláusula anterior, indemnizará o
tidades mencionadas nas alíneas anteriores que se tiverem trabalhador nos termos gerais de direito com as alterações
pronunciado, e só poderá fundamentá-la em factos que te- constantes dos números seguintes.
nham previamente constado de nota de culpa devidamente 2- Se a sanção consistir no despedimento, a indemnização
notificada ao trabalhador. não será inferior do que for legalmente devido, sem prejuízo
20- A decisão do processo será comunicada ao trabalhador de o trabalhador optar pela reintegração na empresa.
e à comissão de trabalhadores, e ao sindicato respectivo no 3- Tratando-se de suspensão, a indemnização não será in-
caso de se tratar de um representante sindical. ferior a dez vezes a importância da retribuição perdida.
4- Se a empresa aplicar alguma sanção abusiva no caso
Cláusula 75.ª
previsto na alínea c) do número 1 da cláusula anterior, o
Registo de sanções trabalhador terá direito, em caso de despedimento ou de
1- A empresa procederá ao registo e arquivo das sanções suspensão, ao dobro da indemnização prevista no número
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2 desta cláusula sem prejuízo de optar pela reintegração, no dio de infantário ou de ama aos trabalhadores que, à data da
caso de despedimento, e a indemnização nunca será inferior publicação deste acordo, aufiram esses subsídios de acordo
à retribuição correspondente a um ano. com as normas vigentes.
5- Se a empresa aplicar alguma sanção abusiva no caso
Cláusula 79.ª
previsto do número 3 da cláusula anterior, a indemnização
será o dobro nos mesmos termos e condições do número an- Trabalhadores-estudantes
terior.
1- O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes é o pre-
visto na lei, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
CAPÍTULO XI 2- A dispensa de trabalho para frequência de aulas pode
ser utilizada de uma só vez ou fraccionadamente, à escolha
Condições particulares de trabalho do trabalhador-estudante, e tem a seguinte duração máxima,
dependendo do período normal de trabalho semanal:
Cláusula 78.ª a) Três horas semanais para período igual ou superior a
vinte horas e inferior a trinta horas;
Protecção da maternidade e da paternidade
b) Quatro horas semanais para período igual ou superior a
1- Todos os trabalhadores têm direito à protecção prevista trinta horas e inferior a trinta e quatro horas;
na lei para a paternidade e a maternidade. c) Cinco horas semanais para período igual ou superior a
2- Para além do estabelecido na lei, são assegurados os se- trinta e quatro horas e inferior a trinta e oito horas;
guintes direitos: d) Seis horas semanais para período igual ou superior a
a) Durante o período de gravidez, e até seis meses após o trinta e oito horas.
parto ou aborto clinicamente comprovado, não executar ta- 3- Os trabalhadores-estudantes têm direito a ausentar-se,
refas desaconselhadas pelo médico de trabalho, devendo ser sem perda de vencimento ou de qualquer outra regalia, para
imediatamente transferidas para trabalhos que as não preju- prestação de provas de avaliação, até dois dias por cada pro-
diquem, sem prejuízo da sua normal retribuição; va, sendo um o da realização e outro o imediatamente ante-
b) Cumprir um período de trabalho diário não superior a rior.
oito horas, quando em estado de gravidez. No caso de pres- 4- No caso de provas de avaliação em dias consecutivos,
tação de trabalho normal nocturno, e havendo redução de ou de mais de uma prova no mesmo dia, os dias anteriores
horário, esta redução incidirá obrigatoriamente sobre o pe- serão tantos quantas as provas a efectuar, não podendo em
ríodo nocturno; qualquer caso exceder quatro dias por disciplina em cada ano
c) Em caso de hospitalização da criança a seguir ao par- lectivo.
to, o progenitor, querendo, poderá interromper a licença de 5- São consideradas provas de avaliação todas as provas
parto, desde a data do internamento da criança até à data em escritas e orais, incluindo exames, bem como a apresentação
que esta tenha alta, retomando-a a partir daí até ao final do de trabalhos, quando estes os substituam.
período; este direito só pode ser exercido até 12 meses após 6- Para que os trabalhadores em regime de turnos possam
o parto; beneficiar do disposto nesta cláusula, a empresa, sem prejuí-
d) Faltar ao trabalho, sem perda de retribuição, por mo- zo para o funcionamento dos serviços, diligenciará mudá-los
tivo de consultas médicas pré-natais, quando em estado de para horário compatível com a frequência do curso ou facili-
gravidez; tará as trocas de turnos.
e) Por ocasião do parto, uma licença em conformidade 7- É considerada falta grave a utilização abusiva das rega-
com a lei, que poderá ter início um mês antes da data previs- lias atribuídas nesta cláusula.
ta para o parto;
f) Suspender o contrato de trabalho, com perda de retribui-
CAPÍTULO XII
ção, pelo período de seis meses, prorrogáveis por períodos
sucessivos de três meses, até ao limite de dois anos, a ini-
Regalias sociais
ciar no termo da licença de parto prevista na alínea anterior,
devendo avisar a empresa do início da suspensão ou da sua
Cláusula 80.ª
renovação com a antecedência de trinta dias;
g) Ser dispensada, em cada dia de trabalho, por dois perío- Regalias sociais
dos distintos de uma hora cada, em caso de amamentação do
1- A empresa garantirá a todos os trabalhadores perten-
filho e enquanto durar tal amamentação;
centes ao quadro da empresa à data da publicação deste
h) Em caso de adopção aplica-se o regime previsto na lei.
acordo, a atribuição das seguintes regalias, nas condições
3- No caso de não haver lugar a amamentação, a mãe ou
dos instrumentos em vigor à data em que ocorra o facto que
o pai terá direito a uma dispensa, em cada dia de trabalho,
determine tal atribuição:
por dois períodos distintos de um hora, para aleitação ou as-
a) Seguro de doença;
sistência, até o filho perfazer um ano. Por acordo os dois
b) Complemento de reforma (velhice, invalidez e sobre-
períodos podem ser transformados num só de duas horas
vivência).
consecutivas.
2- A empresa garantirá, ainda, a todos os trabalhadores um
4- A empresa mantém o pagamento dos valores de subsí-
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seguro de vida nas condições em vigor à data em que ocorra to, a fim de apurar responsabilidades, dando conhecimento
o facto que determine a atribuição da regalia. do relatório final à comissão de higiene e segurança, que de-
3- Será solicitado parecer aos representantes dos trabalha- verá prestar toda a colaboração que, por aquela, for pedida.
dores quando se verifiquem alterações nas regalias referidas
Cláusula 82.ª
nos números anteriores.
4- A empresa reconhece os direitos adquiridos pelos traba- Obrigações dos trabalhadores
lhadores ao abrigo de instrumentos anteriormente vigentes e
1- Os trabalhadores são obrigados a cumprir as prescrições
reguladores destas matérias.
da SHST estabelecidas nas disposições legais ou convencio-
nais aplicáveis e as instruções determinadas com esse fim
CAPÍTULO XIII pela empresa.
2- É obrigação dos trabalhadores zelar pela sua segurança
Segurança, higiene e saúde no trabalho e saúde, bem como pela segurança e saúde das outras pessoas
que possam ser afectadas pelas suas acções ou omissões no
Cláusula 81.ª trabalho.
3- Os trabalhadores deverão cooperar na empresa, estabe-
Obrigações da empresa
lecimento ou serviço para melhoria do sistema de segurança,
1- A empresa assegurará aos trabalhadores condições de higiene e saúde no trabalho.
segurança, higiene e saúde em todos os aspectos relaciona- 4- É obrigação dos trabalhadores participarem nas activi-
dos com o trabalho. dades, procurarem a informação e receberem a formação so-
2- Para efeitos do número anterior, a empresa aplicará as bre todos os aspectos relacionados com a SHST, assim como
medidas necessárias tendo em conta as políticas, os princí- comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não
pios e as técnicas previstas na lei. sendo possível, aos RT-SHST, as avarias e deficiências por si
3- Para aplicação das medidas necessárias no campo da se- detectadas que se lhes afigurem susceptíveis de originar peri-
gurança, higiene e saúde no trabalho (SHST), a empresa de- go grave e iminente, assim como qualquer defeito verificado
verá assegurar o funcionamento de um serviço de SHST (in- nos sistemas de protecção.
terno ou externo), dotado de pessoal certificado e de meios
adequados e eficazes, tendo em conta os riscos profissionais Cláusula 83.ª
existentes nos locais de trabalho.
Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde
4- Para promoção e avaliação das medidas aplicadas no no trabalho
domínio da SHST deve a empresa assegurar a informação,
1- Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei, a eleger
consulta e participação dos trabalhadores, das suas organi-
e a ser eleitos, RT-SHST.
zações representativas, assim como dos seus representantes
2- A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos os tra-
na empresa.
balhadores, por voto directo e secreto, segundo o princípio
5- A empresa actuará de forma a facilitar e garantir a elei-
da representação pelo método de Hondt, podendo concorrer
ção, funcionamento e organização das actividades dos repre-
à eleição listas apresentadas pelas organizações sindicais ou
sentantes dos trabalhadores para a SHST (RT-SHST) e da
subscritas por 20 % dos trabalhadores.
comissão de higiene e segurança no trabalho (CHST) na em-
3- As funções, actividades, direitos e obrigações dos
presa e nas relações destes representantes dos trabalhadores
RT-SHST são os decorrentes da legislação específica.
com o exterior.
4- O crédito individual mensal para o exercício de funções
6- Aos trabalhadores deve ser dada informação e formação
de RT-SHST é o previsto na lei.
adequada e suficiente em todos os domínios da SHST, tendo
5- É direito das organizações sindicais participarem
em conta as respectivas funções e o posto de trabalho.
e intervirem na empresa na organização e eleição dos
7- A empresa deverá ainda proporcionar condições para
RT-SHST.
que os RT-SHST e os membros da CHST na empresa possam
receber informação e formação adequada, concedendo, para Cláusula 84.ª
tanto, se necessário, licença sem retribuição.
8- A empresa não pode prejudicar, de qualquer forma, os Comissões de higiene e segurança no trabalho
trabalhadores pelas suas actividades na SHST ou em virtude 1- Com o fim de criar um espaço de diálogo e concertação
de estes se terem afastado do seu posto de trabalho ou de social ao nível da empresa, para as questões de segurança,
uma área perigosa, em caso de perigo grave e imediato, ou higiene e saúde nos locais de trabalho, será criada em cada
por terem adoptado medidas para a sua própria segurança ou estabelecimento da empresa uma comissão de higiene e se-
de outrem. gurança no trabalho.
9- Os encargos financeiros provenientes das actividades da 2- A CHST tem uma composição numérica variável, sendo
SHST na empresa deverão ser suportados por esta, nomeada- paritária de representação dos trabalhadores e da empresa em
mente as dos representantes dos RT. cada estabelecimento, e com acção exclusiva no interior das
10- Sempre que se verifique acidente de trabalho suscep- instalações.
tível de provocar incapacidade parcial permanente ou dano 3- A CHST é constituída pelos RT-SHST referidos na cláu-
pessoal mais grave, a empresa procederá a inquérito imedia- sula 83.ª, com respeito pelo princípio da proporcionalidade
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e por igual número de representantes da empresa, a indicar local de trabalho se essa transferência resultar de mudança
por esta. total da instalação ou serviço onde aquele trabalha;
4- A composição do número de elementos efectivos e su- b) No caso previsto na alínea anterior, o trabalhador, que-
plentes, as formas de funcionamento e de financiamento, a rendo, pode rescindir o contrato, com direito à indemnização
distribuição de tarefas, o número e o local de reuniões, e to- fixada na lei;
dos os outros aspectos relacionados com a sua actividade, c) Quando a empresa fizer prova de que a transferência
deverão constar de regulamento interno a acordar entre todos não causa prejuízo sério ao trabalhador e este mantiver a sua
os elementos que compõem a CHST na sua primeira reunião. opção pela rescisão do contrato, não é devida a indemniza-
5- O trabalho de membro da CHST não substitui as tarefas ção referida na alínea anterior.
decorrentes de acção profissional dos serviços de segurança 4- Nos restantes casos não previstos no número anterior, a
nem dos RT-SHST previstos na lei. empresa só poderá transferir o trabalhador de local de traba-
lho de acordo com o regime legal.
Cláusula 85.ª
5- No caso de necessidade de transferência, a empresa
Medicina do trabalho deverá avisar o trabalhador por escrito, com a antecedência
mínima de 30 dias, salvo se for acordado entre as partes um
1- A empresa organizará e manterá serviços médicos do
prazo menor.
trabalho e velará pelo seu bom funcionamento, nos termos
6- Nas transferências por iniciativa ou interesse do traba-
da regulamentação legal em vigor.
lhador, este acordará com a empresa as condições em que as
2- Os serviços médicos referidos no número anterior, que
mesmas se realizarão; consideram-se do interesse do traba-
têm por fim a defesa da saúde dos trabalhadores e a vigilância
lhador as transferências resultantes de concurso interno.
das condições de higiene no trabalho, têm, essencialmente,
7- Sem prejuízo do disposto no número anterior, o docu-
carácter preventivo e ficam a cargo dos médicos do trabalho.
mento de abertura de concurso interno que possa implicar
3- São responsabilidades do médico do trabalho, conforme
transferência de local de trabalho deverá incluir todas as con-
previsto na lei:
dições de transferências garantidas pela empresa aos traba-
a) Identificação dos postos de trabalho com risco de doen-
lhadores seleccionados.
ças profissionais ou de acidentes de trabalho;
8- Nas transferências por iniciativa da empresa que impli-
b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores de aci-
quem mudança de residência do trabalhador, a empresa:
dentes de trabalho;
a) Suportará as despesas directamente impostas pela mu-
c) Organização de cursos de primeiros socorros e de pre-
dança, ou seja, despesas efectuadas com o transporte de mo-
venção de acidentes de trabalho e doenças profissionais com
biliário e outros haveres e com a viagem do próprio e respec-
o apoio dos serviços técnicos especializados oficiais ou par-
tivo agregado familiar;
ticulares;
b) Pagará um subsídio de renda de casa, que, não deven-
d) Exame médico de admissão e exames periódicos espe-
do ultrapassar 60 euros mensais (salvo motivos devidamen-
ciais dos trabalhadores, particularmente das mulheres, dos
te justificados), corresponderá à diferença entre os novos e
menores, dos expostos a riscos específicos e dos indivíduos
os anteriores encargos do trabalhador com a habitação; este
de qualquer forma inferiorizados.
subsídio será reduzido de 10 % daquele no termo de cada
4- Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão den-
ano de permanência no novo domicílio, até à absorção total
tro do período normal de trabalho, sem prejuízo da retribui-
do subsídio;
ção, qualquer que seja o tempo despendido para o efeito.
c) Pagará um valor igual a um mês de remuneração base
efectiva mais diuturnidades.
CAPÍTULO XIV
Cláusula 87.ª
Cláusulas específicas
Equipamento de protecção
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ram na área da produção de embalagem, nomeadamente, nas inspecção ou detecção de avarias. Pode coordenar equipas
subáreas de produção de cartão canelado e ou transformação. internas ou externas pluridisciplinares e exercer funções de
Desde que habilitado para o efeito, pode exercer funções na chefia.
área da energia. Técnico qualidade - Zela pelo cumprimento dos proce-
Preparador de trabalho - Desenvolve acções tendentes dimentos de qualidade e pelo cumprimento das normas de
à correcta definição da utilização de métodos, processos, qualidade em vigor. Assessora o responsável de qualidade
meios humanos e materiais de forma a garantir melhor efi- e substitui-o sempre que necessário. Executa análises e en-
ciência de equipamentos. Elabora cadernos de encargos e/ saios laboratoriais, físicos e químicos com vista a determinar
ou especificações técnicas para intervenções a realizar, bem e controlar a composição de produtos ou matérias-primas,
como fichas de diagnóstico que suportem acções preventi- respectivas propriedades, utilizações possíveis e correcções
vas ou reparações estandardizadas. Faz o acompanhamento necessárias com base em indicações pré-estabelecidas. Efec-
dos diversos trabalhos em curso controlando os orçamentos e tua a recolha de amostras, regista elementos estatísticos, zela
custos associados, podendo coordenar ou chefiar funcional- pela conservação do bom estado e calibragem do equipa-
mente equipas pluridisciplinares. mento do laboratório.
Técnico administrativo/industrial - Possuindo conhe- Técnico superior - Possuindo especialização considerá-
cimentos teórico e práticos adquiridos no desempenho das vel num campo particular de actividade cabem-lhe desenca-
suas funções, ocupa-se das tarefas de maior especialização dear iniciativas e tomar decisões condicionadas pela política
no âmbito do seu domínio de actividade tendo em conta a estabelecida para essa área. Avalia autonomamente as possí-
consecução dos objectivos fixados. Colabora na definição veis implicações das suas decisões ou actuação nos serviços
dos programas de trabalho para a sua área de actividade e na por que é responsável no plano das políticas gerais e fun-
sua implementação, podendo exercer funções de chefia hie- damenta propostas de actuação para decisão superior. Pode
rárquica de coordenação ou condução funcional de unidades desempenhar funções de chefia hierárquica de unidades de
estruturais permanentes ou grupos de trabalho. estrutura da empresa.
Técnico comercial - É o profissional que assegura a
planificação de uma zona de vendas, de acordo com as di- ANEXO II
rectrizes definidas, assumindo a responsabilidade pelo seu
cumprimento e assegurando a sua execução. Assegura uma Condições específicas de evolução na carreira
informação, relativa aos clientes, no sentido e garantir uma profissional
boa cobrança, desenvolvendo estudos de mercados com vista
à definição de estratégias adequadas à melhoria das vendas 1- Princípios gerais
e à introdução de novos produtos. Equaciona a actuação da a) As categorias profissionais definidas no anexo I, estão
concorrência nos aspectos referentes à dimensão e capacida- integradas em oito níveis de qualificação e remuneração, de
de, organização operacional, estratégias comerciais, produ- acordo com o anexo III - Enquadramentos profissionais por
tos, qualidades e preços. níveis.
Técnico de desenho - Possuindo conhecimentos teóricos b) Na indicação da categoria profissional do trabalhador
e práticos adquiridos no desempenho das suas funções, exe- constará, à frente da mesma, a designação do respectivo
cuta tarefas de desenho em uma ou mais especialidades, po- nível (ex. assistente administrativo - nível IV, assistente ad-
dendo coordenar o trabalho de outros profissionais ou exer- ministrativo - nível III, etc).
cer funções de chefia hierárquica. c) À classificação por nível de enquadramento e à
Técnico industrial de embalagem - Possuindo conheci- progressão salarial corresponde também uma qualificação
mentos teóricos e práticos adquiridos no desempenho das para o exercício de funções em determinado sector. Quanto
suas funções, ocupa-se das tarefas de maior especialização, mais elevadas forem a classificação por nível e a progressão
tem responsabilidade na aplicação do programa de produção salarial, mais elevada será a qualificação na profissão e
e assegura a sua execução. Colabora na definição de pro- funções a desempenhar.
gramas de trabalho e na sua implementação, podendo exer- d) Aos trabalhadores com mais elevada qualificação cor-
cer funções de chefia hierárquica, coordenação ou condução responderá o desempenho das funções de maior responsa-
funcional de equipas ou grupos de trabalho. bilidade.
Técnico de manutenção eléctrica - Desenvolve acções de e) Nenhum trabalhador pode ser mudado de sector ou fun-
manutenção nas áreas eléctrica, electrónica e de instrumenta- ção sem lhe ser assegurada a adequada formação profissional
ção. Guia-se por esquemas, desenhos e outras especificações específica para a nova função.
técnicas utilizando equipamentos específicos para as inter- 2- Nível I
venções de inspecção ou detecção de avarias. Pode coorde- a) É condição necessária à admissão a escolaridade míni-
nar equipas internas ou externas pluridisciplinares e exercer ma obrigatória.
funções de chefia hierárquica. b) Após um período de permanência máximo de dois anos,
Técnico de manutenção mecânica - Desenvolve acções o trabalhador passará a integrar o nível II.
de manutenção nas áreas mecânica e óleo-hidráulica. Guia- 3- Nível II
-se por esquemas, desenhos e outras especificações técnicas a) É condição necessária à admissão a escolaridade míni-
utilizando equipamentos específicos para as intervenções de ma obrigatória.
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
b) O trabalhador passará a integrar o nível III logo que re- d) O manual de avaliação de desempenho deve prever me-
úna e lhe seja reconhecido capacidade profissional para tal. canismos de reclamação, nomeadamente instâncias e prazos
4- Níveis III e IV de recurso, sendo garantido, a cada trabalhador, acesso aos
a) É condição necessária à admissão a escolaridade míni- elementos que serviram de base à avaliação, após lhe ser co-
ma obrigatória. municado o resultado da mesma, numa entrevista de avalia-
b) O acesso ao nível IV só será admissível se o trabalhador ção obrigatória conduzida pelo seu chefe hierárquico.
for capaz de, depois de garantida a devida formação, condu- e) O resultado da avaliação de desempenho profissional
zir 3 máquinas (transformação) ou 3 postos do sector em que poderá ser classificado como: a melhorar, satisfatório, bom
se enquadre. e muito bom.
5- Níveis V e VI f) Havendo lugar a progressão salarial decorrente da ava-
a) É condição necessária à admissão curso técnico da liação de desempenho, o valor dessa progressão será deter-
especialidade. minado pela empresa de acordo com a posição do salário do
b) A condição exigida no número anterior poderá ser subs- trabalhador avaliado na banda salarial do seu nível e do grau
tituída por experiência comprovada em funções análogas. de potencial de desenvolvimento identificado.
c) O trabalhador que reúna as condições e experiência ne- 8- Deontologia profissional
cessária, capacidade profissional, grau de autonomia e um a) Sempre que, o exercício de determinada actividade
potencial de evolução para as funções mais qualificadas, que profissional, esteja obrigatoriamente condicionada por lei à
podem incluir coordenação de equipas, poderá ser promovi- posse de carteira profissional, licença ou outro título profis-
do ao nível VII ou VIII e ser classificado numa das respecti- sional, a sua apresentação deverá ser efectuada na data da
vas categorias profissionais. admissão ou no momento em que possa ocorrer na empresa
6- Níveis VII e VIII qualquer classificação para o exercício dessa actividade pro-
a) É condição necessária à admissão, a frequência ou curso fissional.
superior e/ou curso técnico da especialidade. b) Os trabalhadores têm o direito de recusar ordens contrá-
b) A condição exigida no número anterior poderá ser subs- rias à boa técnica e ética profissional, nomeadamente quando
tituída por experiência comprovada em funções análogas. aquelas contrariem normas de segurança de pessoas e equi-
c) A carreira nestes dois níveis será sempre adequada ao pamentos, ou que não sejam emanadas de superior hierárqui-
grau de desenvolvimento pessoal e profissional do trabalha- co habilitado.
dor e, por consequência, à capacidade de evolução de carrei- c) Sempre que no exercício da sua actividade profissional
ra definida dentro do Grupo Europac. os trabalhadores corram riscos de electrocussão ou de des-
6- Progressão salarial em cada nível cargas de fluidos que possam pôr em risco a sua integridade
a) Além da promoção para o nível superior, existirá uma física, não podem trabalhar sem que sejam acompanhados
progressão salarial para as categorias integradas e mantendo por outro profissional.
o mesmo nível de enquadramento profissional. 9- Actualização do salário
b) A progressão salarial será o resultado duma avaliação de A todos os trabalhadores da empresa será aplicado a par-
desempenho profissional, através de um sistema de avaliação tir do dia 1 de Janeiro e até 31 de Dezembro de cada ano,
profissional que consiste na recolha contínua da informação. o aumento salarial negociado pelos subscritores do presente
c) A progressão salarial no mesmo nível de enquadramen- acordo de empresa.
to profissional verificar-se-á entre o salário mínimo e o salá- No corrente ano de 2016 foi acordado, com efeitos a 1 de
rio máximo estabelecido na tabela salarial. Janeiro de 2016, o seguinte:
d) A percentagem da progressão salarial sobre o salário –– Aumento de 20 € no salário base dos trabalhadores en-
atribuído a um trabalhador, por força da avaliação de desem- quadrados no nível I;
penho profissional, é independente da actualização da tabela –– Aumento de 10 € no salário base dos restantes traba-
salarial. lhadores.
e) Quando a progressão salarial atingir o valor médio 10- Actualização da tabela salarial
salarial, entre o mínimo e o máximo, considera-se que está –– Actualização da tabela salarial em 0,5 % (anexo IV).
reunido um pressuposto para ser encarada, pela empresa, a 11- Actualização das cláusulas de expressão pecuniária
promoção ao nível superior. –– Actualização em 0,5 % nas restantes cláusulas de ex-
7- Avaliação de desempenho profissional pressão pecuniária.
a) A avaliação de desempenho profissional terá periodici-
dade anual e abrangerá todos os trabalhadores da empresa, ANEXO III
sendo realizada no primeiro trimestre de cada ano.
b) O processo de avaliação de desempenho profissional Enquadramento por níveis de qualificação
será efectuado com base num manual de avaliação onde
constarão os critérios e factores de avaliação. O manual de Nível VIII
avaliação será do conhecimento dos trabalhadores. Técnico superior
c) Será solicitado parecer, à comissão de trabalhadores e
aos sindicatos subscritores deste acordo de empresa, do ma- Nível VII
nual de avaliação de desempenho. Técnico superior
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
Nível VI ANEXO IV
Coordenador comercial
Técnico administrativo/industrial
Tabela salarial
Técnico de desenho
A partir de 1 de Janeiro de 2016
Técnico industrial de embalagem
Técnico de laboratório 1,005
Técnico de manutenção eléctrica Remunerações
Técnico de manutenção mecânica Níveis
Mínima Media Máxima
Técnico comercial
VIII 1 508,88 2 334,60 2 714,12
Nível V VII 1 427,97 1 945,50 2 290,53
Assistente de logística VI 1 271,21 1 621,96 1 901,62
Coordenador comercial V 1 059,32 1 351,63 1 584,66
Preparador de trabalho IV 882,77 1 126,36 1 320,55
Técnico administrativo/industrial III 735,65 938,63 1 100,46
Técnico de desenho
II 613,04 782,19 917,06
Técnico industrial de embalagem
Técnico de laboratório I 532,65 651,83 719,26
Técnico de manutenção eléctrica
Técnico de manutenção mecânica Base de indexação 1 238,99
Técnico comercial
Nível IV Albarraque, 21 de Abril de 2016.
Nível I
Auxiliar administrativo
Auxiliar industrial
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
CAPÍTULO II
CAPÍTULO I
Preenchimento postos de trabalho
Área, âmbito e vigência
Cláusula 3.ª
Cláusula 1.ª
Admissões
Área e âmbito
1- Nas admissões serão respeitadas as condições estabele-
1- O presente acordo de empresa (AE) obriga, por um cidas na lei e neste acordo de empresa e na regulamentação
lado, a Europa&c Embalagem, SA e, por outro, os trabalha- interna da empresa.
dores ao seu serviço representados pelas organizações sindi- 2- Em qualquer admissão será efectuado exame médico,
cais outorgantes. facultado pela empresa, antes do início da prestação de tra-
2- O presente AE aplica-se em todo o território nacional balho ou, se a urgência da admissão o justificar, nos 15 dias
e em todas as áreas em que a Europa&c Embalagem, SA, seguintes.
exerça a sua actividade, ou seja, nas três unidades fabris que 3- No acto de admissão a empresa fornecerá ao trabalha-
a compõe, sitas em Albarraque (Av. Alfredo da Silva 37, dor cópias do presente acordo e dos regulamentos internos
Albarraque, 2635-101 Rio de Mouro), Guilhabreu (Rua do da empresa.
Monte Grande 3, 4485-255 Guilhabreu, Vila do Conde) e 4- No preenchimento de vagas ou postos de trabalho a em-
Leiria (Estrada dos Pinheiros, Marrazes, 2415-566 Leiria). presa procurará ter em conta os trabalhadores ao seu serviço.
3- A Europa&c Embalagem, SA dedica-se à fabricação 5- A empresa não admitirá pessoas na situação de reforma.
de cartão canelado e de embalagens de cartão, com o CAE 6- No caso de reestruturação de serviços a empresa privile-
17211. giará, sempre que possível, a reconversão profissional sobre
4- Para efeitos da alínea g) do número 1 do artigo 492.º do a redução dos postos de trabalho.
Código do Trabalho, serão abrangidos pela presente conven- 7- A admissão, promoção e acesso de trabalhadores dimi-
ção 337 trabalhadores. nuídos físicos, processar-se-á nos termos dos restantes tra-
5- Sempre que neste AE se utiliza qualquer das designa- balhadores, desde que se trate de actividades que possam ser
ções trabalhador ou trabalhadores, entende-se que estas se por eles desempenhadas e possuam as habilitações e condi-
devem ter por aplicáveis aos trabalhadores de ambos os se- ções exigidas.
xos.
Cláusula 4.ª
Cláusula 2.ª
Período experimental
Vigência, denúncia e revisão
1- Durante o período experimental, salvo acordo escrito
1- O presente acordo de empresa entra em vigor 5 dias em contrário, qualquer das partes pode denunciar o contrato
após a sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego e sem aviso prévio e invocação de justa causa, nem direito a
vigorará pelo período de 3 anos, excepto o disposto no nú- indemnização.
mero seguinte. 2- Tendo o período experimental durado mais de 60 dias, a
2- As tabelas salariais e demais cláusulas de expressão pe- denúncia do contrato por parte da empresa depende do aviso
cuniária vigorarão entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de prévio de sete dias.
cada ano. 3- Tendo o período experimental durado mais de 120 dias,
3- Findo o prazo de vigência previsto no anterior ponto 1. a denúncia do contrato por parte do empregador depende do
o AE renova-se por períodos de um ano se não for denuncia- aviso prévio de quinze dias.
do por qualquer das partes. 4- A falta de aviso prévio determina o pagamento da re-
4- Qualquer das partes poderá denunciar o AE, mediante tribuição correspondente ao tempo de aviso prévio em falta.
comunicação escrita dirigida à outra parte, acompanhada de 5- No contrato de trabalho por tempo indeterminado, o pe-
proposta negocial global. ríodo experimental tem a seguinte duração:
5- Não se considera denúncia a mera proposta de revisão a) 90 dias para a generalidade dos trabalhadores;
da convenção. b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam cargos de
6- O presente AE não pode ser denunciado sem que tenha complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou
decorrido o período de vigência inicial. que pressuponham uma especial qualificação, bem como os
7- A proposta de revisão deverá ser acompanhada da pro- que desempenhem funções de confiança;
posta escrita relativa às matérias que se pretende sejam re-
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
c) 240 dias para trabalhador que exerça cargo de direcção melhorar a sua empregabilidade e aumentar a produtividade
ou técnico superior. e a competitividade da empresa.
6- No contrato de trabalho a termo o período experimental 2- O tempo despendido pelos trabalhadores na frequência
tem a seguinte duração: de acções de formação profissional que decorram no período
a) 15 dias para contratos de duração inferior a 6 meses. normal de trabalho será considerado, para todos os efeitos,
b) 30 dias para contratos de duração igual ou superior a 6 como tempo de trabalho, sem prejuízo da retribuição, sub-
meses. metendo-se, os trabalhadores, a todas as disposições deste
acordo.
Cláusula 5.ª
3- O tempo despendido pelos trabalhadores dos níveis de
Contratos a termo qualificação I a IV na frequência de acções de formação pro-
fissional que decorram fora do período normal de trabalho,
A empresa observará na contratação a termo, as regras e
será remunerado pelo valor da taxa horária linear de cada
os limites impostos pela legislação aplicável.
trabalhador.
Cláusula 6.ª
CAPÍTULO III
Reconversões
1- A empresa diligenciará reconverter, para função compa- Direitos, deveres e garantias das partes
tível com as suas capacidades, os trabalhadores parcialmente
incapacitados por motivo de acidente de trabalho, ou doença Cláusula 9.ª
profissional, de acordo com a legislação aplicável. Quando
tal não for possível, a empresa informará o trabalhador dessa Deveres da empresa
impossibilidade. São deveres da empresa:
2- O trabalhador reconvertido passará a auferir a remune- a) Cumprir as disposições deste acordo e demais legisla-
ração mínima prevista para a nova categoria, sem prejuízo ção aplicável;
do número seguinte. b) Tratar com respeito e consideração os trabalhadores ao
3- Da reconversão não poderá resultar baixa de remune- seu serviço;
ração base do trabalhador reconvertido, remuneração que, c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de funções di-
quando seja superior à estabelecida para a sua nova catego- ferentes das que são próprias da sua profissão, salvo o esta-
ria, irá sendo absorvida pelos subsequentes aumentos sala- belecido neste acordo e na lei, ou sejam incompatíveis com
riais até ao valor desta. Para o efeito, o trabalhador terá direi- as respectivas normas deontológicas ou sejam ilícitas;
to aos seguintes adicionais à remuneração correspondente à d) Proporcionar aos trabalhadores boas condições de tra-
categoria profissional para que foi reconvertido: balho, tanto do ponto de vista moral como físico, nomeada-
a) 75 % da diferença entre a remuneração correspondente mente no que diz respeito à higiene e segurança e à preven-
à categoria para que foi reconvertido e a remuneração corres- ção de doenças profissionais;
pondente à categoria de onde é originário na primeira revisão e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dos preju-
salarial; ízos resultantes de acidentes de trabalho e doenças profis-
b) 50 % daquela diferença, pelos novos valores resultantes sionais;
da segunda revisão salarial, na ocasião desta; f) Submeter a exame médico todos os trabalhadores nos
c) 25 % daquela diferença, pelos valores resultantes da ter- termos da lei;
ceira revisão salarial, na ocasião desta; g) Passar certificados aos trabalhadores, nos termos da lei;
d) Absorção total na quarta revisão salarial. h) Facilitar a consulta de processos individuais aos respec-
Cláusula 7.ª tivos trabalhadores, sempre que estes o solicitem;
i) Cumprir a lei e este acordo, relativamente à actividade
Promoções sindical e às comissões de trabalhadores;
1- Constitui promoção a passagem de um trabalhador para j) Proceder à análise e qualificação de funções dos traba-
uma categoria ou nível superior ou a sua mudança, a título lhadores ao seu serviço, com efeitos, designadamente, numa
definitivo, para outra função de nível mais elevado. política de enquadramento;
2- As promoções processar-se-ão de acordo com o esta- k) Contribuir para a elevação do nível de produtividade
belecido neste acordo de empresa, nomeadamente no anexo dos trabalhadores ao seu serviço;
II, condições específicas e princípios gerais sobre carreiras l) Organizar, enviar e afixar o Relatório Único nos termos
profissionais. da lei.
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
b) Exercer com competência, zelo, pontualidade e assidui- d) Transferir os trabalhadores para outro local de trabalho,
dade as funções que lhes estejam confiadas e para que foram salvo nos casos previstos na lei ou neste acordo, ou ainda
contratados; quando haja acordo entre as partes;
c) Prestar aos outros trabalhadores todos os conselhos e e) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou utilizar ser-
ensinamentos de que necessitem ou solicitem em matéria de viços fornecidos pela empresa ou por pessoa por ela indica-
serviço; da;
d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço dos ou- f) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, refei-
tros trabalhadores nos seus impedimentos e férias; tórios, economatos ou outros estabelecimentos directamente
e) Observar e procurar que outros observem os regulamen- relacionados com o trabalho, para fornecimento de bens ou
tos internos e as determinações dos seus superiores hierár- prestação de serviços aos trabalhadores;
quicos no que respeita à execução e disciplina do trabalho g) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo com o
bem como a segurança, higiene, saúde e medicina no traba- seu acordo, havendo o propósito de os prejudicar em direitos
lho, salvo na medida em que tais determinações se mostrem ou garantias decorrentes da antiguidade;
contrárias aos seus direitos e garantias; h) Fazer lock-out, nos termos da lei;
f) Tratar com respeito e consideração os seus superiores i) Despedir sem justa causa;
hierárquicos, os restantes trabalhadores da empresa e demais j) Admitir trabalhadores remunerados exclusivamente
pessoas e entidades que estejam ou entrem em relação com através de comissões.
a empresa;
g) Dar conhecimento à empresa, através da via hierárqui- CAPÍTULO IV
ca, das deficiências de que tenham conhecimento e que afec-
tem o regular funcionamento dos serviços; Organização dos trabalhadores na empresa
h) Guardar lealdade à empresa, nomeadamente não nego-
ciando por conta própria ou alheia em concorrência com ela
nem divulgando informações referentes aos seus métodos de SECÇÃO I
produção e negócio;
i) Participar de modo diligente nas acções de formação Comissão paritária
que lhe sejam proporcionadas;
j) Velar pela conservação e boa utilização de bens relacio- Cláusula 12.ª
nados com o trabalho que lhe forem confiados;
Composição
k) Promover ou executar os actos tendentes à melhoria da
produtividade; 1- É constituída uma comissão paritária composta por
l) Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no 6 elementos, sendo 3 de uma parte em representação das
trabalho que decorram da lei, deste acordo de empresa, das organizações sindicais outorgantes deste AE e 3 de outra
normas da empresa e de ordens dadas pela hierarquia; parte em representação da empresa.
m) Cooperar para a melhoria da segurança e saúde no tra- 2- Por cada representante efectivo será designado um su-
balho, nomeadamente por intermédio dos representantes dos plente.
trabalhadores eleitos para esse fim; 3- Os representantes das partes podem ser assistidos por
n) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento de segu- assessores até ao máximo de três.
rança que lhes for distribuído ou disponibilizado pela em- 4- No prazo de trinta dias após a publicação deste AE, cada
presa. uma das partes comunicará por escrito à outra os nomes dos
2- O dever de obediência respeita tanto a ordens ou instru- seus representantes.
ções da empresa como do superior hierárquico do trabalha- Cláusula 13.ª
dor, dentro dos poderes que por aquela lhe forem atribuídos
e que não sejam contrários aos direitos e garantias do traba- Competência
lhador. 1- Compete à comissão paritária:
Cláusula 11.ª a) Deliberar sobre as dúvidas relativas à aplicação do pre-
sente AE, nomeadamente em matéria de reclassificação, bem
Garantias dos trabalhadores como os regulamentos dele emergente;
É vedado à empresa: b) Proceder à definição e enquadramento de novas catego-
a) Opor-se, por qualquer forma, a que os trabalhadores rias profissionais e respectivas funções;
exerçam os seus direitos, bem como aplicar-lhes sanções por c) Analisar e decidir sobre as matérias da sua competência
causa desse exercício; que lhe são atribuídas pelo presente AE e pela lei.
b) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que actuem 2- Para o exercício das suas atribuições a comissão paritá-
no sentido de influir desfavoravelmente nas condições de tra- ria poderá solicitar à empresa todos os elementos de que ne-
balho deles ou dos seus colegas; cessite, ouvir as pessoas que entender, proceder a inquéritos
c) Baixar a categoria dos trabalhadores e diminuir a retri- e recorrer ao parecer de especialistas.
buição, salvo o previsto na lei e no presente acordo;
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
Cláusula 14.ª mitam-se por cada um dos seguintes órgãos ou locais de tra-
balho:
Funcionamento a) Unidade de Albarraque;
1- A comissão paritária reunirá no prazo máximo de 10 b) Unidade de Guilhabreu;
dias úteis, após pedido de intervenção de qualquer das par- c) Unidade de Leiria.
tes, que deverá convocar a outra por escrito e remeter-lhe a 10- A empresa procederá à cobrança das quotizações sindi-
respectiva ordem de trabalhos. cais e ao seu envio mensal ao sindicato respectivo, depois de
2- A comissão paritária só pode deliberar desde que este- recebida a declaração individual do trabalhador para o efeito.
jam presentes dois membros representantes de cada parte.
Cláusula 16.ª
3- As deliberações serão tomadas por unanimidade, sendo
as mesmas consideradas para todos os efeitos como regula- Reuniões
mentação deste AE, sujeitas nos mesmos termos que este a
1- Os trabalhadores têm direito a reunir-se:
depósito e publicação nos termos legais.
a) Durante o horário de trabalho, até um período máximo
4- A pedido da comissão, poderá participar nas reuniões,
de quinze horas por ano, que contará, para todos os efeitos,
sem direito a voto, um representante do ministério respon-
como tempo de serviço efectivo, sem prejuízo da normali-
sável pela área ou outra entidade que a comissão entenda
dade da laboração, nos casos de trabalho por turnos ou de
conveniente.
trabalho suplementar, e desde que, nos restantes casos, as-
5- Por cada reunião, a comissão paritária elaborará a res-
segurem o funcionamento dos serviços de natureza urgente.
pectiva acta, onde constarão os assuntos tratados e as delibe-
b) Fora do horário normal de trabalho dentro das instala-
rações tomadas.
ções da empresa, durante o período que entenderem necessá-
rio, sem prejuízo da normalidade da laboração nos casos de
Exercício da actividade sindical na empresa trabalho por turnos ou de trabalho suplementar.
2- As reuniões de trabalhadores poderão ser convocadas
Cláusula 15.ª por um terço ou 50 trabalhadores da empresa, ou pela comis-
Princípios gerais
são de trabalhadores ou pelo delegado sindical a comissão
sindical ou intersindical.
1- A actividade sindical na empresa rege-se pela legislação 3- As entidades promotoras das reuniões, nos termos dos
aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláusulas seguintes. números anteriores, deverão comunicar ao director da uni-
2- Os trabalhadores e os sindicatos outorgantes deste AE dade e aos trabalhadores interessados, com a antecedência
têm direito a desenvolver actividade sindical na empresa, mínima de 48 horas, a data, a hora, o número previsível de
nomeadamente através de delegados sindicais, comissões participantes e o local em que pretende que a reunião se efec-
sindicais e comissões intersindicais. tue, devendo afixar as respectivas convocatórias. Em caso de
3- Os delegados sindicais são eleitos e destituídos nos ter- urgência reconhecida pela empresa, poderá ser dispensado o
mos dos estatutos dos respectivos sindicatos. pré-aviso de comunicação previsto nesta cláusula.
4- Entende-se por comissão sindical (CS) a organização 4- Os membros dos corpos gerentes das organizações sin-
dos delegados do mesmo sindicato na empresa. dicais respectivas e os seus representantes que não trabalhem
5- Entende-se por comissão intersindical (CI) a organiza- na empresa podem, desde que devidamente credenciados
ção de delegados sindicais dos sindicatos outorgantes deste pelo sindicato respectivo, participar nas reuniões, mediante
AE. comunicação à empresa com a antecedência mínima de seis
6- Os delegados sindicais têm o direito de distribuir nas horas.
instalações da empresa, ou afixar em local apropriado, tex-
tos, comunicações ou informações relacionados com o inte- Cláusula 17.ª
resse dos trabalhadores, sem prejuízo em qualquer dos casos,
Informação e consulta dos delegados sindicais
da normal laboração da empresa.
7- Aos dirigentes sindicais ou representantes da direcção O delegado sindical tem direito a informação e consulta
sindical, que não trabalhem na empresa, é facultado o acesso sobre as seguintes matérias, além de outras referidas na lei:
às instalações da empresa e às reuniões dos trabalhadores, a) Evolução recente e provável evolução futura da activi-
mediante comunicação à empresa, com a antecedência mí- dade da empresa ou do estabelecimento e da sua situação
nima de seis horas e ficando sujeitos aos regulamentos de económica;
higiene e segurança. b) Situação, estrutura e provável evolução do emprego na
8- As direcções dos sindicatos comunicarão à empresa a empresa ou no estabelecimento e eventuais medidas preven-
identificação dos delegados sindicais, bem como daqueles tivas, eventualmente quando se preveja a diminuição do nú-
que fazem parte das comissões sindicais e intersindicais de mero de trabalhadores;
delegados, por meio de carta registada com aviso de recep- c) Decisão susceptível de desencadear mudança substan-
ção, de que será afixada cópia nos locais reservados às infor- cial na organização do trabalho ou nos contratos de trabalho;
mações sindicais. O mesmo procedimento deverá ser obser- d) Acompanhar a aplicação das disposições legais e deste
vado no caso de substituição ou cessação de funções. acordo.
9- Para os efeitos deste capítulo, as zonas sindicais deli-
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2- Com esta troca, os trabalhadores expressamente acei- igual ao período normal de trabalho diário e deve ser gozado
tam todas as condições referentes a início, termo e dias de nos 90 dias seguintes.
descanso, do novo horário, turno ou letra em que irão ingres- 4- Em circunstâncias excepcionais e sempre por pedido do
sar e, o momento do regresso ao seu anterior horário, será trabalhador e com a concordância da chefia, poderão ser con-
efectuado nas mesmas condições. cedidas horas avulsas de folga, desde que isso não implique
3- As trocas de turnos não poderão determinar pagamento trabalho suplementar de outro trabalhador.
de qualquer trabalho suplementar, ou atribuição de quaisquer 5- O trabalhador que preste trabalho suplementar impedi-
descansos compensatórios. tivo do gozo de descanso diário terá direito a descanso com-
pensatório remunerado equivalente às horas de descanso em
Cláusula 32.ª
falta, a gozar num dos três dias úteis seguintes.
Isenção de horário de trabalho 6- O trabalhador que preste trabalho em dia de descanso
obrigatório terá direito a um dia de descanso compensatório
1- O regime de isenção de horário de trabalho é o previsto
remunerado, a gozar num dos três dias úteis seguintes.
na lei.
7- O descanso compensatório é marcado por acordo entre
2- Podem estar sujeitos ao regime de isenção de horário
o trabalhador e a hierarquia ou, na sua falta, pela hierarquia.
de trabalho os trabalhadores que, por o exercício regular da
8- O descanso compensatório por trabalho suplementar
sua actividade ser fora do estabelecimento, não possam estar
prestado em dia útil ou feriado, pode ser substituído por pres-
sujeitos aos sistemas de controlo de presenças em vigor.
tação de trabalho remunerado com acréscimo não inferior a
3- O pagamento do subsídio de isenção de horário de tra-
100 %, mediante acordo entre a empresa e o trabalhador.
balho é também devido no subsídio de férias e no subsídio
9- Nos casos de prestação de trabalho suplementar em dia
de Natal.
normal de trabalho, terá de ser observado um intervalo míni-
Cláusula 33.ª mo de 11 horas de descanso até ao início do período normal
de trabalho consequente.
Trabalho nocturno 10- A empresa pagará subsídio de alimentação nos casos
Considera-se trabalho nocturno o prestado entre as 20 de prestação de quatro ou mais horas de trabalho suplemen-
horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte. tar em dia de descanso, dia de descanso complementar ou
Cláusula 34.ª feriado.
11- A empresa assegurará o pagamento duma refeição nos
Trabalho suplementar casos de prestação de quatro horas de trabalho suplementar
1- Considera-se trabalho suplementar todo aquele que é em antecipação ou prolongamento do horário de trabalho.
prestado fora do horário de trabalho. 12- A empresa fica obrigada a fornecer ou a assegurar
2- O trabalho suplementar só poderá ser prestado: transporte, sempre que o trabalhador seja solicitado a pres-
a) Quando a empresa tenha de fazer face a acréscimos tar trabalho suplementar, e não disponha do seu transporte
eventuais de trabalho e não se justifique para tal a admissão habitual.
de trabalhador.
b) Em caso de força maior, ou quando se torne indispensá- CAPÍTULO VI
vel para prevenir ou reparar prejuízos graves para a empresa,
ou para a sua viabilidade. Suspensão da prestação de trabalho
3- Ocorrendo os motivos previstos no número anterior,
o trabalho suplementar será prestado segundo indicação da Cláusula 36.ª
hierarquia feita com a máxima antecedência possível.
Descanso semanal
4- Os trabalhadores são obrigados a realizar a prestação de
trabalho suplementar salvo quando, havendo motivos atendí- 1- O dia de descanso semanal obrigatório é o domingo.
veis e expressamente solicitem a sua dispensa. 2- O dia de descanso complementar é o sábado.
3- Os dias de descanso dos trabalhadores em regime de
Cláusula 35.ª turnos são os previstos na respectiva escala.
Descanso compensatório de trabalho suplementar Cláusula 37.ª
1- O trabalhador que preste trabalho suplementar em dia
Feriados
útil ou em dia feriado, terá direito a descanso compensatório
remunerado correspondente a 25 % das horas de trabalho su- 1- Serão observados os seguintes feriados:
plementar realizado. a) 1 de Janeiro; Terça-Feira de Carnaval; Sexta-Feira San-
2- O trabalhador que preste trabalho suplementar em dias ta; Domingo de Páscoa; 25 de Abril; 1 de Maio; Corpo de
de descanso complementar, terá direito a descanso compen- Deus (festa móvel); 10 de Junho; 15 de Agosto; 5 de Outu-
satório remunerado correspondente a 50 % das horas de tra- bro; 1 de Novembro; 1 de Dezembro; 8 de Dezembro; 25 de
balho suplementar realizado. Dezembro.
3- O descanso compensatório a que se referem os núme- b) O feriado municipal ou da capital de distrito onde se
ros anteriores vence-se quando perfaça um número de horas situa o local de trabalho.
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ano como se estivesse ao serviço, que será gozado após a ou do cônjuge ou irmãos e cunhados, até dois dias consecu-
prestação de 3 meses de serviço. tivos;
d) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas
Cláusula 43.ª
de representação colectiva dos trabalhadores, nomeadamen-
Efeitos da cessação do contrato de trabalho te delegados e dirigentes sindicais e membros de comissão e
subcomissões de trabalhadores nos termos deste AE e da lei;
1- Cessando o contrato de trabalho, por qualquer forma,
e) As dadas pelos trabalhadores-estudantes, nos termos
o trabalhador terá direito a receber a retribuição correspon-
previstos na lei e neste acordo;
dente a um período de férias proporcional ao tempo de ser-
f) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho
viço prestado no ano da cessação, bem como ao respectivo
devido ao facto que não seja imputável ao trabalhador, no-
subsídio.
meadamente doença, acidente e inerentes tratamentos, ou
2- Se o contrato cessar antes de gozado o período de férias
cumprimento de obrigações legais, cataclismos, inundações,
vencido no início desse ano o trabalhador terá ainda direito
tempestades, atrasos imprevisíveis nos transportes ou nou-
a receber a retribuição correspondente a esse período, bem
tras situações semelhantes;
como o respectivo subsídio.
g) As motivadas pela necessidade de prestação de assis-
Cláusula 44.ª tência inadiável e imprescindível a filho, a neto ou a membro
do seu agregado familiar, conforme declaração nos termos
Violação do direito a férias previstos na lei;
No caso de a empresa obstar ao gozo das férias nos ter- h) As autorizadas ou aprovadas pela empresa;
mos previstos no presente acordo, o trabalhador receberá, a i) As ausências não superiores a quatro horas e só pelo
título de indemnização, o triplo da retribuição corresponden- tempo estritamente necessário, justificadas pelo responsável
te ao período em falta, que deverá obrigatoriamente ser go- pela educação de menor, uma vez por trimestre, para deslo-
zado até Abril do ano civil subsequente. cação à escola tendo em vista inteirar-se da situação educa-
Cláusula 45.ª tiva do filho menor;
j) As motivadas pelo nascimento de um filho nos termos
Exercício de outra actividade durante as férias da lei;
1- O trabalhador não pode exercer durante as férias qual- k) As que por lei forem como tal qualificadas;
quer outra actividade remunerada, salvo se já a viesse exer- l) Nos casos em que o trabalhador tiver já iniciado traba-
cendo cumulativamente com conhecimento da empresa ou lho no dia em que ocorrer o óbito, não será considerado esse
esta o autorizar a isso. dia para a contagem do tempo a que tem direito a faltar ao
2- A violação do disposto no número anterior tem as con- serviço, ainda que tenha suspendido a prestação de trabalho
sequências previstas na lei. nesse dia;
m) Para além do previsto na lei ou neste AE, os trabalhado-
Cláusula 46.ª res dispõem de 40 horas remuneradas, nomeadamente, entre
outras situações, para consultas, exames médicos, tratamen-
Noção de falta
tos. Em casos de impossibilidade de apresentação de justifi-
1- Falta é a ausência do trabalhador, no local onde desem- cação serão as faltas consideradas remuneradas ao abrigo do
penha a sua actividade, durante o período normal de trabalho crédito estipulado nesta alínea;
diário. n) As dadas por trabalhadores que prestem serviço em
2- Nos casos de ausência do trabalhador por períodos infe- corpo de bombeiros voluntários ou e socorros a náufragos,
riores ao período normal de trabalho diário a que está obriga- quando tenham que acorrer a sinistro ou acidente;
do, os respectivos tempos serão adicionados para determina- o) As motivadas pela doação de sangue nos termos da lei.
ção dos períodos normais de trabalho diário em falta. 3- A empresa poderá sempre exigir do trabalhador prova
Cláusula 47.ª da ocorrência dos factos invocados para justificar a falta,
podendo desencadear os mecanismos legalmente previstos
Tipos de faltas para a confirmação dessas situações. Por agregado familiar
1- As faltas podem ser justificadas ou injustificadas. entende-se o conjunto de pessoas que vivem em comunhão
2- São consideradas faltas justificadas: de mesa e habitação com o trabalhador ou que estejam a seu
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casa- cargo.
mento; 4- As faltas dadas ao abrigo da alínea g) do número 2 desta
b) As motivadas por falecimento do cônjuge do trabalha- cláusula não pode exceder de uma só vez 5 dias seguidos,
dor não separado de pessoas e bens, seus filhos, pais, sogros, salvo em casos excepcionais devidamente verificados e com-
genros ou noras, padrastos, madrastas e enteados e pessoa provados, no máximo de 30 dias em cada ano civil.
que viva em união de facto ou economia comum, nos termos 5- As faltas referidas na alínea a) do número 2 poderão
definidos por lei até cinco dias consecutivos; iniciar-se antes ou depois da data do casamento, mas não
c) As motivadas por falecimento de avós, bisavós e graus poderão desligar-se dela.
seguintes, netos, bisnetos e graus seguintes, do trabalhador
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10- O arguido tem o direito de ser esclarecido, no acto da disciplinares aplicadas, de modo a permitir verificar o cum-
entrega da nota de culpa, de que com a sua defesa deve in- primento das disposições legais e deste acordo de empresa,
dicar as testemunhas e requerer quaisquer diligências pro- sobre matéria disciplinar.
batórias. 2- O registo das sanções deverá mencionar os dados que
11- A nota de culpa será remetida através de carta regista- identifica o trabalhador, que caracterizam a infracção, o
da com aviso de recepção ou entregue pessoalmente contra procedimento disciplinar e a sanção aplicada, e tal registo
recibo. deverá ser facultado ao trabalhador, ao seu sindicato desig-
12- Será ainda enviada cópia da nota de culpa à comissão nadamente através dos delegados sindicais e à comissão de
de trabalhadores e ao respectivo sindicato no caso do presu- trabalhadores sempre que o requeiram e salvo oposição do
mível infractor ser representante sindical. trabalhador.
13- Com a instauração do procedimento disciplinar, a em-
Cláusula 76.ª
presa pode suspender preventivamente o trabalhador, sem
perda de retribuição, antes da notificação da nota de culpa ao Sanções abusivas
trabalhador, desde que, por escrito, fundamente tal decisão,
1- Consideram-se abusivas as sanções disciplinares moti-
tendo em conta dos indícios imputáveis ao trabalhador e as
vadas pelo facto de um trabalhador:
circunstâncias que tornam inconveniente a sua presença na
a) Haver reclamado legitimamente contra as condições de
empresa, clarificando que ainda não lhe foi possível elabo-
trabalho;
rar a competente nota de culpa, que deverá ser elaborada e
b) Recusar-se a cumprir ordens e instruções do emprega-
notificada ao trabalhador até trinta dias após a suspensão do
dor ou do seu superior hierárquico que não respeitem à exe-
trabalhador.
cução e disciplina no trabalho ou que se mostrem contrárias
14- A suspensão do trabalhador que seja representante sin-
aos seus direitos e garantias;
dical ou membro da comissão de trabalhadores não obsta a
c) Exercer ou candidatar-se a funções em organismos sin-
que o mesmo possa ter acesso aos locais e actividades que
dicais, de delegado sindical, de membro da comissão de tra-
compreendem o exercício normal dessas funções.
balhadores e subcomissão de trabalhadores, instituições da
15- No prazo de 10 dias úteis, a contar da recepção da nota
Segurança Social ou outras que representam os trabalhado-
de culpa, poderá o arguido consultar o processo, deduzir a
res;
sua defesa por escrito, requerer as diligências probatórias
d) Em geral, exercer, ter exercido ou pretender exercer ou
que repute necessárias à descoberta da verdade e indicar rol
invocar os direitos ou garantias que lhe assistem;
de testemunhas, que não devem exceder o total de 10, nem
e) Ter informado o sindicato respectivo ou os organismos
mais de 3 por cada facto.
representativos do trabalhador na empresa ou ter prestado
16- Quando se torne necessário a um adequado exercício
testemunho no que se refere ao cumprimento das leis de tra-
do direito de defesa, poderá ser prorrogado o prazo para
balho e deste AE.
apresentação dos meios de prova e aumentado o número de
2- Até prova em contrário, presume-se abusivo o despe-
testemunhas, a solicitação fundamentada do arguido.
dimento ou a aplicação de qualquer sanção que, sob a apa-
17- Concluídas as diligências probatórias, incluindo a au-
rência de punição de outra falta, tenham lugar até seis meses
dição das testemunhas arroladas pelo trabalhador, deve ser
após qualquer dos factos mencionados nas alíneas a), b) e d)
fornecida cópia integral do processo disciplinar à comissão
do número anterior, ou até um ano após o termo do exercício
de trabalhadores, a qual poderá, no prazo de 5 dias úteis,
de funções referidas na anterior alínea c).
juntar aos autos o seu parecer fundamentado.
3- Presume-se também abusivo o despedimento sem justa
18- Se o trabalhador arguido for representante sindical, de-
causa de mulher trabalhadora durante a gravidez e até um
verá ser enviada à associação sindical respectiva uma cópia
ano após o parto.
idêntica à referida no número anterior, podendo esta, queren-
do, em 5 dias úteis, juntar ao processo o seu parecer funda- Cláusula 77.ª
mentado.
19- A entidade competente ponderará, na decisão final, Consequências da aplicação de sanções abusivas
constante de documento escrito, todas as circunstâncias da 1- Se a empresa aplicar uma sanção abusiva nos casos
infracção, pronunciar-se-á sobre as razões aduzidas pelas en- previstos no número 1 da cláusula anterior, indemnizará o
tidades mencionadas nas alíneas anteriores que se tiverem trabalhador nos termos gerais de direito com as alterações
pronunciado, e só poderá fundamentá-la em factos que te- constantes dos números seguintes.
nham previamente constado de nota de culpa devidamente 2- Se a sanção consistir no despedimento, a indemnização
notificada ao trabalhador. não será inferior do que for legalmente devido, sem prejuízo
20- A decisão do processo será comunicada ao trabalhador de o trabalhador optar pela reintegração na empresa.
e à comissão de trabalhadores, e ao sindicato respectivo no 3- Tratando-se de suspensão, a indemnização não será in-
caso de se tratar de um representante sindical. ferior a dez vezes a importância da retribuição perdida.
4- Se a empresa aplicar alguma sanção abusiva no caso
Cláusula 75.ª
previsto na alínea c) do número 1 da cláusula anterior, o
Registo de sanções trabalhador terá direito, em caso de despedimento ou de
1- A empresa procederá ao registo e arquivo das sanções suspensão, ao dobro da indemnização prevista no número
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2 desta cláusula sem prejuízo de optar pela reintegração, no dio de infantário ou de ama aos trabalhadores que, à data da
caso de despedimento, e a indemnização nunca será inferior publicação deste acordo, aufiram esses subsídios de acordo
à retribuição correspondente a um ano. com as normas vigentes.
5- Se a empresa aplicar alguma sanção abusiva no caso
Cláusula 79.ª
previsto do número 3 da cláusula anterior, a indemnização
será o dobro nos mesmos termos e condições do número an- Trabalhadores-estudantes
terior.
1- O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes é o pre-
visto na lei, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
CAPÍTULO XI 2- A dispensa de trabalho para frequência de aula pode ser
utilizada de uma só vez ou fraccionadamente, à escolha do
Condições particulares de trabalho trabalhador-estudante, e tem a seguinte duração máxima, de-
pendendo do período normal de trabalho semanal:
Cláusula 78.ª a) Três horas semanais param período igual ou superior a
vinte horas e inferior a trinta horas;
Protecção da maternidade e da paternidade
b) Quatro horas semanais param período igual ou superior
1- Todos os trabalhadores têm direito à protecção prevista a trinta horas e inferior a trinta e quatro horas;
na lei para a paternidade e a maternidade. c) Cinco horas semanais para período igual ou superior a
2- Para além do estabelecido na lei, são assegurados os se- trinta e quatro horas e inferior a trinta e oito horas;
guintes direitos: d) Seis horas semanais param período igual ou superior a
a) Durante o período de gravidez, e até seis meses após o trinta e oito horas.
parto ou aborto clinicamente comprovado, não executar ta- 3- Os trabalhadores-estudantes têm direito a ausentar-se,
refas desaconselhadas pelo médico de trabalho, devendo ser sem perda de vencimento ou de qualquer outra regalia, para
imediatamente transferidas para trabalhos que as não preju- prestação de provas de avaliação, até dois dias por cada pro-
diquem, sem prejuízo da sua normal retribuição; va, sendo um o da realização e outro o imediatamente ante-
b) Cumprir um período de trabalho diário não superior a rior.
oito horas, quando em estado de gravidez. No caso de pres- 4- No caso de provas de avaliação em dias consecutivos,
tação de trabalho normal nocturno, e havendo redução de ou de mais de uma prova no mesmo dia, os dias anteriores
horário, esta redução incidirá obrigatoriamente sobre o pe- serão tantos quantas as provais a efectuar, não podendo em
ríodo nocturno; qualquer caso exceder quatro dias por disciplina em cada ano
c) Em caso de hospitalização da criança a seguir ao par- lectivo.
to, o progenitor, querendo, poderá interromper a licença de 5- São consideradas provas de avaliação todas as provas
parto, desde a data do internamento da criança até à data em escritas e orais, incluindo exames, bem como a apresentação
que esta tenha alta, retomando-a a partir daí até ao final do de trabalhos, quando estes os substituam.
período; este direito só pode ser exercido até 12 meses após 6- Para que os trabalhadores em regime de turnos possam
o parto; beneficiar do disposto nesta cláusula, a empresa, sem prejuí-
d) Faltar ao trabalho, sem perda de retribuição, por mo- zo para o funcionamento dos serviços, diligenciará mudá-los
tivo de consultas médicas pré-natais, quando em estado de para horário compatível com a frequência do curso ou facili-
gravidez; tará as trocas de turnos.
e) Por ocasião do parto, uma licença em conformidade 7- É considerada falta grave a utilização abusiva das rega-
com a lei, que poderá ter início um mês antes da data previs- lias atribuídas nesta cláusula.
ta para o parto;
f) Suspender o contrato de trabalho, com perda de retribui-
CAPÍTULO XII
ção, pelo período de seis meses, prorrogáveis por períodos
sucessivos de três meses, até ao limite de dois anos, a ini-
Regalias sociais
ciar no termo da licença de parto prevista na alínea anterior,
devendo avisar a empresa do início da suspensão ou da sua
Cláusula 80.ª
renovação com a antecedência de trinta dias;
g) Ser dispensada, em cada dia de trabalho, por dois perío- Regalias sociais
dos distintos de uma hora cada, em caso de amamentação do
1- A empresa garantirá a todos os trabalhadores perten-
filho e enquanto durar tal amamentação;
centes ao quadro da empresa à data da publicação deste
h) Em caso de adopção aplica-se o regime previsto na lei.
acordo, a atribuição das seguintes regalias, nas condições
3- No caso de não haver lugar a amamentação, a mãe ou
dos instrumentos em vigor à data em que ocorra o facto que
o pai terá direito a uma dispensa, em cada dia de trabalho,
determine tal atribuição:
por dois períodos distintos de um hora, para aleitação ou as-
a) Seguro de doença;
sistência, até o filho perfazer um ano. Por acordo os dois
b) Complemento de reforma (velhice, invalidez e sobre-
períodos podem ser transformados num só de duas horas
vivência).
consecutivas.
2- A empresa garantirá, ainda, a todos os trabalhadores um
4- A empresa mantém o pagamento dos valores de subsí-
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seguro de vida nas condições em vigor à data em que ocorra to, a fim de apurar responsabilidades, dando conhecimento
o facto que determine a atribuição da regalia. do relatório final à comissão de higiene e segurança, que de-
3- Será solicitado parecer aos representantes dos trabalha- verá prestar toda a colaboração que, por aquela, for pedida.
dores quando se verifiquem alterações nas regalias referidas
Cláusula 82.ª
nos números anteriores.
4- A empresa reconhece os direitos adquiridos pelos traba- Obrigações dos trabalhadores
lhadores ao abrigo de instrumentos anteriormente vigentes e
1- Os trabalhadores são obrigados a cumprir as prescrições
reguladores destas matérias.
da SHST estabelecidas nas disposições legais ou convencio-
nais aplicáveis e as instruções determinadas com esse fim
CAPÍTULO XIII pela empresa.
2- É obrigação dos trabalhadores zelar pela sua segurança
Segurança, higiene e saúde no trabalho e saúde, bem como pela segurança e saúde das outras pesso-
as que possam ser afectadas pelas suas acções ou omissões
Cláusula 81.ª no trabalho.
3- Os trabalhadores deverão cooperar na empresa, estabe-
Obrigações da empresa
lecimento ou serviço para melhoria do sistema de segurança,
1- A empresa assegurará aos trabalhadores condições de higiene e saúde no trabalho.
segurança, higiene e saúde em todos os aspectos relaciona- 4- É obrigação dos trabalhadores participarem nas
dos com o trabalho. actividades, procurarem a informação e receberem a
2- Para efeitos do número anterior, a empresa aplicará as formação sobre todos os aspectos relacionados com a
medidas necessárias tendo em conta as políticas, os princí- SHST, assim como comunicar imediatamente ao superior
pios e as técnicas previstas na lei. hierárquico ou, não sendo possível, aos RT-SHST, as
3- Para aplicação das medidas necessárias no campo da se- avarias e deficiências por si detectadas que se lhes afigurem
gurança, higiene e saúde no trabalho (SHST), a empresa de- susceptíveis de originar perigo grave e iminente, assim como
verá assegurar o funcionamento de um serviço de SHST (in- qualquer defeito verificado nos sistemas de protecção.
terno ou externo), dotado de pessoal certificado e de meios
adequados e eficazes, tendo em conta os riscos profissionais Cláusula 83.ª
existentes nos locais de trabalho.
Representante dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no
4- Para promoção e avaliação das medidas aplicadas no trabalho
domínio da SHST deve a empresa assegurar a informação,
1- Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei, a eleger
consulta e participação dos trabalhadores, das suas organi-
e a ser eleitos, RT-SHST.
zações representativas, assim como dos seus representantes
2- A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos os tra-
na empresa.
balhadores, por voto directo e secreto, segundo o princípio
5- A empresa actuará de forma a facilitar e garantir a elei-
da representação pelo método de Hondt, podendo concorrer
ção, funcionamento e organização das actividades dos repre-
à eleição listas apresentadas pelas organizações sindicais ou
sentantes dos trabalhadores para a SHST (RT-SHST) e da
subscritas por 20 % dos trabalhadores.
comissão de higiene e segurança no trabalho (CHST) na em-
3- As funções, actividades, direitos e obrigações dos
presa e nas relações destes representantes dos trabalhadores
RT-SHST são os decorrentes da legislação específica.
com o exterior.
4- O crédito individual mensal para o exercício de funções
6- Aos trabalhadores deve ser dada informação e formação
de RT-SHST é o previsto na lei.
adequada e suficiente em todos os domínios da SHST, tendo
5- É direito das organizações sindicais participarem
em conta as respectivas funções e o posto de trabalho.
e intervirem na empresa na organização e eleição dos
7- A empresa deverá ainda proporcionar condições para
RT-SHST.
que os RT-SHST e os membros da CHST na empresa possam
receber informação e formação adequada, concedendo, para Cláusula 84.ª
tanto, se necessário, licença sem retribuição.
8- A empresa não pode prejudicar, de qualquer forma, os Comissões de higiene e segurança no trabalho
trabalhadores pelas suas actividades na SHST ou em virtude 1- Com o fim de criar um espaço de diálogo e concertação
de estes se terem afastado do seu posto de trabalho ou de social ao nível da empresa, para as questões de segurança,
uma área perigosa, em caso de perigo grave e imediato, ou higiene e saúde nos locais de trabalho, será criada em cada
por terem adoptado medidas para a sua própria segurança ou estabelecimento da empresa uma comissão de higiene e se-
de outrem. gurança no trabalho.
9- Os encargos financeiros provenientes das actividades da 2- A CHST tem uma composição numérica variável, sendo
SHST na empresa deverão ser suportados por esta, nomeada- paritária de representação dos trabalhadores e da empresa em
mente as dos representantes dos RT. cada estabelecimento, e com acção exclusiva no interior das
10- Sempre que se verifique acidente de trabalho suscep- instalações.
tível de provocar incapacidade parcial permanente ou dano 3- A CHST é constituída pelos RT-SHST referidos na cláu-
pessoal mais grave, a empresa procederá a inquérito imedia- sula 83.ª, com respeito pelo princípio da proporcionalidade
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e por igual número de representantes da empresa, a indicar local de trabalho se essa transferência resultar de mudança
por esta. total da instalação ou serviço onde aquele trabalha;
4- A composição do número de elementos efectivos e su- b) No caso previsto na alínea anterior, o trabalhador, que-
plentes, as formas de funcionamento e de financiamento, a rendo, pode rescindir o contrato, com direito à indemnização
distribuição de tarefas, o número e o local de reuniões, e to- fixada na lei;
dos os outros aspectos relacionados com a sua actividade, c) Quando a empresa fizer prova de que a transferência
deverão constar de regulamento interno a acordar entre todos não causa prejuízo sério ao trabalhador e este mantiver a sua
os elementos que compõem a CHST na sua primeira reunião. opção pela rescisão do contrato, não é devida a indemniza-
5- O trabalho de membro da CHST não substitui as tarefas ção referida na alínea anterior.
decorrentes de acção profissional dos serviços de segurança 4- Nos restantes casos não previstos no número anterior, a
nem dos RT-SHST previstos na lei. empresa só poderá transferir o trabalhador de local de traba-
lho de acordo com o regime legal.
Cláusula 85.ª
5- No caso de necessidade de transferência, a empresa
Medicina do trabalho deverá avisar o trabalhador por escrito, com a antecedência
mínima de 30 dias, salvo se for acordado entre as partes um
1- A empresa organizará e manterá serviços médicos do
prazo menor.
trabalho e velará pelo seu bom funcionamento, nos termos
6- Nas transferências por iniciativa ou interesse do traba-
da regulamentação legal em vigor.
lhador, este acordará com a empresa as condições em que as
2- Os serviços médicos referidos no número anterior, que
mesmas se realizarão; consideram-se do interesse do traba-
têm por fim a defesa da saúde dos trabalhadores e a vigilância
lhador as transferências resultantes de concurso interno.
das condições de higiene no trabalho, têm, essencialmente,
7- Sem prejuízo do disposto no número anterior, o docu-
carácter preventivo e ficam a cargo dos médicos do trabalho.
mento de abertura de concurso interno que possa implicar
3- São responsabilidades do médico do trabalho, conforme
transferência de local de trabalho deverá incluir todas as con-
previsto na lei:
dições de transferências garantidas pela empresa aos traba-
a) Identificação dos postos de trabalho com risco de doen-
lhadores seleccionados.
ças profissionais ou de acidentes de trabalho;
8- Nas transferências por iniciativa da empresa que impli-
b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores de aci-
quem mudança de residência do trabalhador, a empresa:
dentes de trabalho;
a) Suportará as despesas directamente impostas pela mu-
c) Organização de cursos de primeiros socorros e de pre-
dança, ou seja, despesas efectuadas com o transporte de mo-
venção de acidentes de trabalho e doenças profissionais com
biliário e outros haveres e com a viagem do próprio e respec-
o apoio dos serviços técnicos especializados oficiais ou par-
tivo agregado familiar;
ticulares;
b) Pagará um subsídio de renda de casa, que, não deven-
d) Exame médico de admissão e exames periódicos espe-
do ultrapassar 60 euros mensais (salvo motivos devidamen-
ciais dos trabalhadores, particularmente das mulheres, dos
te justificados), corresponderá à diferença entre os novos e
menores, dos expostos a riscos específicos e dos indivíduos
os anteriores encargos do trabalhador com a habitação; este
de qualquer forma inferiorizados.
subsídio será reduzido de 10 % daquele no termo de cada
4- Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão den-
ano de permanência no novo domicílio, até à absorção total
tro do período normal de trabalho, sem prejuízo da retribui-
do subsídio;
ção, qualquer que seja o tempo despendido para o efeito.
c) Pagará um valor igual a um mês de remuneração base
efectiva mais diuturnidades.
CAPÍTULO XIV
Cláusula 87.ª
Cláusulas específicas
Equipamento de protecção
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ram na área da produção de embalagem, nomeadamente, nas inspecção ou detecção de avarias. Pode coordenar equipas
subáreas de produção de cartão canelado e ou transformação. internas ou externas pluridisciplinares e exercer funções de
Desde que habilitado para o efeito, pode exercer funções na chefia.
área da energia. Técnico qualidade - Zela pelo cumprimento dos proce-
Preparador de trabalho - Desenvolve acções tendentes dimentos de qualidade e pelo cumprimento das normas de
à correcta definição da utilização de métodos, processos, qualidade em vigor. Assessora o responsável de qualidade
meios humanos e materiais de forma a garantir melhor efi- e substitui-o sempre que necessário. Executa análises e en-
ciência de equipamentos. Elabora cadernos de encargos e/ saios laboratoriais, físicos e químicos com vista a determinar
ou especificações técnicas para intervenções a realizar, bem e controlar a composição de produtos ou matérias-primas,
como fichas de diagnóstico que suportem acções preventi- respectivas propriedades, utilizações possíveis e correcções
vas ou reparações estandardizadas. Faz o acompanhamento necessárias com base em indicações pré-estabelecidas. Efec-
dos diversos trabalhos em curso controlando os orçamentos e tua a recolha de amostras, regista elementos estatísticos, zela
custos associados, podendo coordenar ou chefiar funcional- pela conservação do bom estado e calibragem do equipa-
mente equipas pluridisciplinares. mento do laboratório.
Técnico administrativo/industrial - Possuindo conhe- Técnico superior - Possuindo especialização considerá-
cimentos teórico e práticos adquiridos no desempenho das vel num campo particular de actividade cabem-lhe desenca-
suas funções, ocupa-se das tarefas de maior especialização dear iniciativas e tomar decisões condicionadas pela política
no âmbito do seu domínio de actividade tendo em conta a estabelecida para essa área. Avalia autonomamente as possí-
consecução dos objectivos fixados. Colabora na definição veis implicações das suas decisões ou actuação nos serviços
dos programas de trabalho para a sua área de actividade e na por que é responsável no plano das políticas gerais e fun-
sua implementação, podendo exercer funções de chefia hie- damenta propostas de actuação para decisão superior. Pode
rárquica de coordenação ou condução funcional de unidades desempenhar funções de chefia hierárquica de unidades de
estruturais permanentes ou grupos de trabalho. estrutura da empresa.
Técnico comercial - É o profissional que assegura a
planificação de uma zona de vendas, de acordo com as di- ANEXO II
rectrizes definidas, assumindo a responsabilidade pelo seu
cumprimento e assegurando a sua execução. Assegura uma Condições específicas de evolução na carreira
informação, relativa aos clientes, no sentido e garantir uma profissional
boa cobrança, desenvolvendo estudos de mercados com vista
à definição de estratégias adequadas à melhoria das vendas 1- Princípios gerais
e à introdução de novos produtos. Equaciona a actuação da a) As categorias profissionais definidas no anexo I, estão
concorrência nos aspectos referentes à dimensão e capacida- integradas em oito níveis de qualificação e remuneração, de
de, organização operacional, estratégias comerciais, produ- acordo com o anexo III - Enquadramentos profissionais por
tos, qualidades e preços. níveis.
Técnico de desenho - Possuindo conhecimentos teóricos b) Na indicação da categoria profissional do trabalhador
e práticos adquiridos no desempenho das suas funções, exe- constará, à frente da mesma, a designação do respectivo ní-
cuta tarefas de desenho em uma ou mais especialidades, po- vel (ex. assistente administrativo - nível IV, assistente admi-
dendo coordenar o trabalho de outros profissionais ou exer- nistrativo - nível III, etc).
cer funções de chefia hierárquica. c) À classificação por nível de enquadramento e à
Técnico industrial de embalagem - Possuindo conheci- progressão salarial corresponde também uma qualificação
mentos teóricos e práticos adquiridos no desempenho das para o exercício de funções em determinado sector. Quanto
suas funções, ocupa-se das tarefas de maior especialização, mais elevadas forem a classificação por nível e a progressão
tem responsabilidade na aplicação do programa de produção salarial, mais elevada será a qualificação na profissão e
e assegura a sua execução. Colabora na definição de pro- funções a desempenhar.
gramas de trabalho e na sua implementação, podendo exer- d) Aos trabalhadores com mais elevada qualificação cor-
cer funções de chefia hierárquica, coordenação ou condução responderá o desempenho das funções de maior responsa-
funcional de equipas ou grupos de trabalho. bilidade.
Técnico de manutenção eléctrica - Desenvolve acções de e) Nenhum trabalhador pode ser mudado de sector ou fun-
manutenção nas áreas eléctrica, electrónica e de instrumenta- ção sem lhe ser assegurada a adequada formação profissional
ção. Guia-se por esquemas, desenhos e outras especificações específica para a nova função.
técnicas utilizando equipamentos específicos para as inter- 2- Nível I
venções de inspecção ou detecção de avarias. Pode coorde- a) É condição necessária à admissão a escolaridade míni-
nar equipas internas ou externas pluridisciplinares e exercer ma obrigatória.
funções de chefia hierárquica. b) Após um período de permanência máximo de dois anos,
Técnico de manutenção mecânica - Desenvolve acções o trabalhador passará a integrar o nível II.
de manutenção nas áreas mecânica e óleo-hidráulica. Guia- 3- Nível II
-se por esquemas, desenhos e outras especificações técnicas a) É condição necessária à admissão a escolaridade míni-
utilizando equipamentos específicos para as intervenções de ma obrigatória.
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b) O trabalhador passará a integrar o nível III logo que re- d) O manual de avaliação de desempenho deve prever me-
úna e lhe seja reconhecido capacidade profissional para tal. canismos de reclamação, nomeadamente instâncias e prazos
4- Níveis III e IV de recurso, sendo garantido, a cada trabalhador, acesso aos
a) É condição necessária à admissão a escolaridade míni- elementos que serviram de base à avaliação, após lhe ser co-
ma obrigatória. municado o resultado da mesma, numa entrevista de avalia-
b) O acesso ao nível IV só será admissível se o trabalhador ção obrigatória conduzida pelo seu chefe hierárquico.
for capaz de, depois de garantida a devida formação, condu- e) O resultado da avaliação de desempenho profissional
zir 3 máquinas (transformação) ou 3 postos do sector em que poderá ser classificado como: a melhorar, satisfatório, bom
se enquadre. e muito bom.
5- Níveis V e VI f) Havendo lugar a progressão salarial decorrente da ava-
a) É condição necessária à admissão curso técnico da liação de desempenho, o valor dessa progressão será deter-
especialidade. minado pela empresa de acordo com a posição do salário do
b) A condição exigida no número anterior poderá ser subs- trabalhador avaliado na banda salarial do seu nível e do grau
tituída por experiência comprovada em funções análogas. de potencial de desenvolvimento identificado.
c) O trabalhador que reúna as condições e experiência ne- 8- Deontologia profissional
cessária, capacidade profissional, grau de autonomia e um a) Sempre que, o exercício de determinada actividade
potencial de evolução para as funções mais qualificadas, que profissional, esteja obrigatoriamente condicionada por lei à
podem incluir coordenação de equipas, poderá ser promovi- posse de carteira profissional, licença ou outro título profis-
do ao nível VII ou VIII e ser classificado numa das respecti- sional, a sua apresentação deverá ser efectuada na data da
vas categorias profissionais. admissão ou no momento em que possa ocorrer na empresa
6- Níveis VII e VIII qualquer classificação para o exercício dessa actividade pro-
a) É condição necessária à admissão, a frequência ou curso fissional.
superior e/ou curso técnico da especialidade. b) Os trabalhadores têm o direito de recusar ordens contrá-
b) A condição exigida no número anterior poderá ser subs- rias à boa técnica e ética profissional, nomeadamente quando
tituída por experiência comprovada em funções análogas. aquelas contrariem normas de segurança de pessoas e equi-
c) A carreira nestes dois níveis será sempre adequada ao pamentos, ou que não sejam emanadas de superior hierárqui-
grau de desenvolvimento pessoal e profissional do trabalha- co habilitado.
dor e, por consequência, à capacidade de evolução de carrei- c) Sempre que no exercício da sua actividade profissional
ra definida dentro do Grupo Europac. os trabalhadores corram riscos de electrocussão ou de des-
6- Progressão salarial em cada nível cargas de fluidos que possam pôr em risco a sua integridade
a) Além da promoção para o nível superior, existirá uma física, não podem trabalhar sem que sejam acompanhados
progressão salarial para as categorias integradas e mantendo por outro profissional.
o mesmo nível de enquadramento profissional. 9- Actualização do salário
b) A progressão salarial será o resultado duma avaliação de A todos os trabalhadores da empresa será aplicado a par-
desempenho profissional, através de um sistema de avaliação tir do dia 1 de Janeiro e até 31 de Dezembro de cada ano,
profissional que consiste na recolha contínua da informação. o aumento salarial negociado pelos subscritores do presente
c) A progressão salarial no mesmo nível de enquadramen- acordo de empresa.
to profissional verificar-se-á entre o salário mínimo e o salá- No corrente ano de 2016 foi acordado, com efeitos a 1 de
rio máximo estabelecido na tabela salarial. Janeiro de 2016, o seguinte:
d) A percentagem da progressão salarial sobre o salário –– Aumento de 20 € no salário base dos trabalhadores en-
atribuído a um trabalhador, por força da avaliação de desem- quadrados no nível I;
penho profissional, é independente da actualização da tabela –– Aumento de 10 € no salário base dos restantes traba-
salarial. lhadores.
e) Quando a progressão salarial atingir o valor médio 10- Actualização da tabela salarial
salarial, entre o mínimo e o máximo, considera-se que está –– Actualização da tabela salarial em 0,5 % (anexo IV).
reunido um pressuposto para ser encarada, pela empresa, a 11- Actualização das cláusulas de expressão pecuniária
promoção ao nível superior. –– Actualização em 0,5 % nas restantes cláusulas de ex-
7- Avaliação de desempenho profissional pressão pecuniária.
a) A avaliação de desempenho profissional terá periodici-
dade anual e abrangerá todos os trabalhadores da empresa, ANEXO III
sendo realizada no primeiro trimestre de cada ano.
b) O processo de avaliação de desempenho profissional Enquadramento por níveis de qualificação
será efectuado com base num manual de avaliação onde
constarão os critérios e factores de avaliação. O manual de Nível VIII
avaliação será do conhecimento dos trabalhadores. Técnico superior
c) Será solicitado parecer, à comissão de trabalhadores e
aos sindicatos subscritores deste acordo de empresa, do ma- Nível VII
nual de avaliação de desempenho. Técnico superior
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Acordo de adesão entre a Autoridade de Supervisão Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 4, de 29 de janeiro de
de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e o Sindi- 2016, celebrado entre a Açoreana Seguros, SA, e outras e os
cato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora sindicatos outorgantes do presente acordo.
(STAS) e outro ao acordo coletivo entre a Açorea- Para cumprimento do disposto na alínea g) do número
1 do artigo 492.º, do Código do Trabalho, refere-se que, em
na Seguros, SA e outras e as mesmas associações
consequência desta adesão, estarão potencialmente abrangi-
sindicais dos cerca de 28 trabalhadores.
Este acordo é feito em quatro vias de igual valor e con-
Acordo de adesão entre a Autoridade de Supervisão de teúdo, uma para cada contraente e a quarta para depósito no
Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e o Sindicato dos Traba- serviço competente do ministério responsável pela área la-
lhadores da Actividade Seguradora (STAS) e o SISEP - Sin- boral.
dicato dos Profissionais dos Seguros de Portugal referente ao
acordo coletivo de trabalho publicado no Boletim do Traba-
Lisboa, 30 de junho de 2016.
lho e Emprego, n.º 4, de 29 de janeiro de 2016.
1- A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões (ASF), pessoa coletiva de direito público, dotada Pensões (ASF):
de autonomia administrativa, financeira e de gestão e de pa- Rui Manuel Lopes Fidalgo, mandatário.
trimónio próprio, com sede na Av. da República n.º 76, em
Lisboa, inscrita com o número de pessoa coletiva 501 328 Pelo Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Segura-
599, contribuinte da Segurança Social n.º 200 045 871 68, dora (STAS):
representada para o ato por Rui Manuel Lopes Fidalgo, na Carlos Alberto Marques, presidente.
qualidade de secretário-geral, por um lado; e José Luis Coelho Pais, 1.º vice-presidente.
2- O Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Segura-
dora (STAS), pessoa coletiva n.º 500 952 205, com sede no Pelo Sindicato dos Profissionais dos Seguros de Portugal:
Largo do Intendente Pina Manique, n.º 35, em Lisboa, repre- António Carlos Videira dos Santos, presidente da dire-
sentada por Carlos Alberto Marques e por José Luis Coelho ção.
Pais, e o SISEP - Sindicato dos Profissionais dos Seguros de Jorge Carlos da Conceição Cordeiro, vogal da direção.
Portugal, pessoa coletiva n.º 502 326 956, com sede na Rua
Conde Redondo n.º 74, 2.º, em Lisboa, representada por An-
Depositado em 20 de Julho de 2016, a fl. 196 do livro
tónio Carlos Videira dos Santos e por Jorge Carlos da Con-
n.º 11, com o n.º 110/2016, nos termos do artigo 494.º do
ceição Cordeiro, por outro.
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
Acordam entre si, nos termos e ao abrigo do disposto no
Fevereiro.
artigo 504.º do Código do Trabalho, na adesão da ASF ao
acordo coletivo de trabalho do setor segurador publicado no
DECISÕES ARBITRAIS
...
...
...
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JURISPRUDÊNCIA
...
ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO
ASSOCIAÇÕES SINDICAIS
I - ESTATUTOS
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tutários e na participação ativa de todos os seus associados. com as comissões de trabalhadores constituídas ou a cons-
3- O sindicato defende a solidariedade entre todos os tra- tituir nas entidades abrangidas pelo âmbito geográfico refe-
balhadores e trabalhadoras, no respeito pelas caraterísticas e rido no artigo 3.º
condições próprias de cada carreira e categoria profissional,
Artigo 7.º
quadros e técnicos por si representados.
Artigo 6.º Competência
Para a prossecução dos seus fins compete ao sindicato,
Fins entre outras funções:
1- Constituem fins e objetivos principais do sindicato: a) Negociar e celebrar acordos coletivos de trabalho e ou-
a) Representar, defender e promover por todos os meios tros instrumentos de regulamentação coletiva previstos na
ao seu alcance os interesses morais, materiais e profissionais lei;
dos seus associados e associadas; b) Dar parecer sobre assuntos da sua especialidade, a so-
b) Defender a estabilidade de emprego dos seus associados licitação de outras organizações, organismos ou entidades
e associadas; oficiais;
c) Intervir e participar na fixação das condições de traba- c) Fiscalizar e exigir a aplicação da legislação de trabalho
lho; e dos acordos estabelecidos;
d) Promover e organizar ações conducentes à satisfação d) Intervir na defesa dos seus associados em processos dis-
das reivindicações dos seus associados e associadas, demo- ciplinares contra eles instaurados;
craticamente expressas; e) Prestar assistência sindical, jurídica e judicial de que os
e) Defender a justiça e a legalidade, designadamente nas seus associados careçam no contexto das suas relações de
nomeações e promoções dos trabalhadores e trabalhadoras trabalho e no exercício dos seus direitos sindicais;
por ele representados, lutando contra qualquer forma de dis- f) Participar na elaboração da legislação do trabalho;
criminação; g) Administrar instituições de caráter social próprias, ou
f) Defender e participar na definição das condições de se- gerir e administrar, por si ou em colaboração com outros sin-
gurança, higiene e saúde no trabalho, integrando as comis- dicatos, instituições de segurança social;
sões legalmente previstas para esse fim; h) Declarar a greve nos termos da regulamentação aplicá-
g) Participar na elaboração da legislação de trabalho e nos vel e pôr-lhe termo;
organismos de gestão participada pelos trabalhadores e tra- i) Participar nas organizações sindicais nacionais ou in-
balhadoras, nos termos estabelecidos por lei; ternacionais em que esteja filiado e executar as suas delibe-
h) Lutar pela dignificação das funções técnicas e profissio- rações;
nais de todos os trabalhadores, independentemente do setor j) Instituir secções ou outras formas de organização des-
de atividade descritos no artigo 3.º; centralizada, de harmonia com as necessidades de funciona-
i) Fomentar iniciativas com vista à valorização sindical, mento do sindicato, dentro do espírito e dos princípios destes
profissional, social, cultural e desportiva dos seus associados estatutos;
e associadas, participando em sociedades, associações, fun- k) Participar na gestão das organizações que visem defen-
dações e outras organizações congéneres, designadamente, der e satisfazer os interesses dos trabalhadores e das traba-
no âmbito laboral, da saúde, da solidariedade e segurança lhadoras;
social; l) Exigir o cumprimento das convenções coletivas de tra-
j) Promover a defesa dos princípios de deontologia pro- balho e demais instrumentos de regulamentação coletiva;
fissional; m) Prestar serviços de ordem económica ou social aos seus
l) Promover a análise crítica e a livre discussão dos pro- associados e associadas e fomentar o desenvolvimento e or-
blemas sindicais e do trabalho; ganização de obras sociais;
m) Exercer as demais atribuições que resultem das disposi- n) Promover ou apoiar cooperativas de produção, distri-
ções destes estatutos ou de outros preceitos legais; buição, consumo ou construção, para benefícios dos seus
n) Lutar pela melhoria da proteção materno infantil; associados;
o) Defender os interesses dos pais como trabalhadores; o) Incrementar a valorização profissional e cultural dos
p) Defender o trabalhador estudante; associados e associadas através de publicações, seminários,
q) Defender os direitos da terceira idade e das suas condi- cursos e outras iniciativas, por si ou em colaboração com
ções de vida. outros organismos;
2- O STTS terá, ainda, como objetivos: p) Cobrar as quotizações dos seus associados e associadas
a) Desenvolver relações, associar-se, filiar-se ou participar e demais receitas, promovendo a sua boa gestão;
em outras organizações sindicais nacionais ou internacio- q) Filiar-se em associações de campismo, caravanismo ou
nais, para o fortalecimento do sindicalismo democrático; outras que visem a satisfação dos interesses sociais, culturais
b) Contribuir para o estreitamento das ligações com asso- ou recreativos dos trabalhadores e trabalhadoras;
ciados de organizações de classe congéneres, nacionais ou r) Participar nos procedimentos relativos aos trabalhado-
estrangeiras; res e trabalhadoras no âmbito de processos de reorganização
c) Promover relações de cooperação e de solidariedade de órgãos ou serviços;
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e) Dar os pareceres que lhe forem solicitados pela direção; listas nominativas concorrentes, segundo o princípio da re-
f) Dar anualmente parecer sobre o relatório de atividades presentatividade proporcional, pelo método de Hondt.
e as contas, bem como sobre o plano de atividades e o orça- 3- Na impossibilidade do cumprimento do disposto no nú-
mento apresentados pela direção; mero anterior, a direção pode, nos termos da lei, designar
g) Examinar e dar parecer sobre os orçamentos suplemen- representantes seus nos respetivos locais de trabalho.
tares que lhe sejam apresentados; 4- O sindicato assegura os meios indispensáveis à proteção
h) Proceder à liquidação dos bens do sindicato na altura da legal dos delegados ou representantes sindicais no exercício
sua dissolução. da atividade sindical.
2- Compete ao conselho fiscal e disciplinar, na área disci- 5- O sindicato comunica às instituições a identificação dos
plinar: delegados ou representantes sindicais por meio de carta re-
a) Reunir sempre que lhe seja solicitado, deliberando no gistada, telefax ou correio eletrónico, de que é afixada cópia
âmbito da sua competência, a requerimento de qualquer dos no local apropriado, devendo observar o mesmo procedi-
corpos sociais do sindicato ou de algum sócio; mento em caso de substituição ou cessação de funções.
b) Instaurar todos os processos disciplinares; 6- Os delegados ou representantes sindicais cessam o seu
c) Instaurar e submeter à assembleia geral os processos so- mandato com o dos corpos sociais do sindicato, mantendo-
bre diferendos que surjam entre órgãos do sindicato; -se, contudo, em exercício de funções até serem substituídos.
d) Propor à direção as sanções a aplicar aos associados;
e) Dar parecer à assembleia geral sobre a readmissão de CAPÍTULO VI
sócios expulsos.
2- O conselho fiscal e disciplinar terá acesso a toda a docu- Do regime eleitoral
mentação de caráter administrativo, contabilístico e discipli-
nar do sindicato, reunindo com a direção sempre que o jul- Artigo 36.º
gue necessário ao cabal cumprimento das suas atribuições.
3- O conselho fiscal e disciplinar deverá lavrar e assinar as Assembleia eleitoral
atas respeitantes a todas as reuniões. 1- A assembleia eleitoral é constituída por todos os asso-
ciados no pleno uso dos seus direitos sindicais e que tenham
CAPÍTULO V as suas quotas pagas até ao mês anterior ao da elaboração dos
cadernos eleitorais.
Dos delegados ou representantes sindicais 2- A assembleia eleitoral reúne-se ordinariamente de 4 em
4 anos, sendo convocada nos termos do artigo 26.º destes
Artigo 33.º estatutos.
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mente os corpos sociais - membros da mesa da assembleia 7- As candidaturas aceites são identificadas pelo respetivo
geral, da direção e do conselho fiscal. lema e por meio de letra atribuída pela mesa da assembleia
3- Os candidatos e os subscritores serão identificados pelo eleitoral, por ordem cronológica de apresentação, com início
nome completo legível, número de associado, idade, desig- na letra «A».
nação da entidade empregadora e local onde trabalha.
Artigo 41.º
4- As listas, acompanhadas do respetivo programa de ação,
são apresentadas, em envelope fechado, por correio regista- Organização do processo eleitoral
do ou entregue na sede do sindicato, dirigido ao presidente
1- A organização do processo eleitoral compete ao presi-
da MAG, entre o quinquagésimo e o quadragésimo dia ante-
dente da mesa da assembleia geral, coadjuvado pelos restan-
rior à data marcada para as eleições, sendo na mesma altura
tes elementos:
designados o seu mandatário e representantes para os efeitos
a) A mesa da assembleia geral funcionará para este efei-
previstos na alínea b) do número 1 do artigo 41.º
to como mesa da assembleia eleitoral, detendo o presidente
5- A direção apresenta obrigatoriamente, dentro de 3 dias,
voto de qualidade;
uma lista de candidatos se, esgotado o prazo a que se refere
b) Nestas funções far-se-á assessorar por um representante
o número anterior, não for apresentada qualquer outra lista,
de cada uma das listas concorrentes.
dispensando-se, neste caso, a exigência constante da primei-
2- Compete à mesa da assembleia eleitoral:
ra parte do número 1.
a) Confirmar a regularidade das candidaturas;
6- As listas dos candidatos concorrentes à direção integra-
b) Fazer a atribuição de verbas com a propaganda eleitoral,
rão trabalhadores maioritariamente no ativo.
dentro das possibilidades financeiras do sindicato, após audi-
7- O presidente da mesa da assembleia geral providenciará
ção da direção e do conselho fiscal e disciplinar;
dentro de 5 dias posteriores ao termo do prazo para apresen-
c) Distribuir, de acordo com a direção, entre as diversas
tação das listas, pela sua afixação na sede do sindicato e nas
listas, a utilização dos meios materiais e técnicos dentro das
secções.
possibilidades do sindicato, para a propaganda eleitoral;
Artigo 40.º d) Promover a impressão gráfica dos boletins de voto e fa-
zer a sua distribuição pelas assembleias de voto;
Verificação de candidaturas e) Promover a afixação das listas candidatas e respetivos
1- A mesa da assembleia geral verificará a regularidade programas de ação na sede, desde a data da sua aceitação até
do processo e a elegibilidade dos candidatos nos três dias à data da realização do ato eleitoral;
seguintes ao termo do prazo fixado para entrega das candi- f) Fixar, de acordo com os estatutos, a quantidade e locali-
daturas. zação das assembleias de voto;
2- Com vista a determinar a regularidade das candidaturas g) Organizar a constituição das mesas de voto;
a MAG verificará os elementos previstos no número 4 do h) Passar credenciais aos representantes indicados pelas
artigo 39.º, bem como a quantidade e autenticidade das assi- listas como delegados junto das mesas de voto;
naturas dos candidatos e dos eleitores proponentes das listas i) Fazer o apuramento final dos resultados e afixá-lo.
de candidatura.
Artigo 42.º
3- A verificação da autenticidade da assinatura realizar-
-se-á pelos serviços do sindicato mediante a comparação da Fiscalização do processo eleitoral
assinatura com aquela constante na proposta de admissão de
1- A fim de fiscalizar a regularidade do processo eleitoral
sócio do sindicato.
constituir-se-á uma comissão eleitoral, formada pelos mem-
4- Sem prejuízo do previsto no número anterior, a auten-
bros efetivos da mesa da assembleia geral e por um represen-
ticidade da assinatura poderá ser confirmada mediante com-
tante de cada uma das listas concorrentes.
paração com a constante no respetivo bilhete de identidade,
2- O presidente da mesa da assembleia geral terá voto de
cartão do cidadão ou qualquer outro meio de identificação
qualidade nesta comissão.
com fotografia.
3- Compete nomeadamente à comissão eleitoral:
5- Verificando-se irregularidades processuais das candida-
a) Deliberar sobre as reclamações dos cadernos eleitorais
turas ou desistência de candidatos por morte ou doença que
no prazo de quarenta e oito horas após a receção das mesmas;
determine impossibilidade física ou psíquica para se candi-
b) Assegurar a igualdade de tratamento de cada lista;
datar:
c) Vigiar o correto desenrolar da campanha eleitoral;
a) A mesa notificará imediatamente o primeiro proponente
d) Fiscalizar qualquer irregularidade ou fraude e delas ela-
da lista para as suprir no prazo de três dias;
borar relatórios;
b) Em caso de incumprimento do disposto na alínea ante-
e) Deliberar sobre todas as reclamações referentes ao ato
rior a lista será declarada inválida;
eleitoral.
c) Há apenas lugar à substituição de candidatos, até qua-
renta e oito horas antes do dia da eleição. Artigo 43.º
6- Quando não haja irregularidades, ou tenham sido supri-
das as verificadas dentro dos prazos, a mesa da assembleia Campanha eleitoral
eleitoral considerará as candidaturas aceites. O período de campanha eleitoral inicia-se no décimo
2470
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
quinto dia anterior e finda às vinte e quatro horas da antevés- membros da mesa.
pera do dia da eleição. 8- Entende-se por «documento geralmente utilizado para
identificação» o passaporte, a carta de condução ou outro
Artigo 44.º
que contenha fotografia atualizada e assinatura ou impressão
Mesas de voto digital.
9- Os dois eleitores que atestam a identidade do associado
1- Poderão funcionar assembleias de voto em cada zona de
podem não estar inscritos nessa assembleia de voto.
trabalho, a definir previamente, onde exerçam a sua ativida-
10- Não é permitido o voto por procuração.
de mais de 20 associados eleitores e ainda na sede e secções
do sindicato: Artigo 46.º
a) Os associados que exerçam a sua atividade numa enti-
dade empregadora onde não funcione qualquer assembleia Apuramento dos votos
de voto exercerão o seu direito de voto na delegação ou sec- 1- Logo que a votação tenha terminado, proceder-se-á à
ção mais próxima do sindicato, sem prejuízo de poderem op- contagem dos votos e elaboração da ata com os resultados e a
tar pelo voto por correspondência ou por meios eletrónicos. indicação de quaisquer ocorrências que a mesa julgar dignas
b) Se o número de associados em determinada localidade, de menção.
ou localidades próximas, o justificar, pode a mesa da assem- 2- As atas das diversas assembleias de voto, assinadas por
bleia eleitoral instalar nessa localidade uma assembleia de todos os elementos das respetivas mesas, serão entregues à
voto. mesa da assembleia eleitoral para apuramento geral, de que
2- As assembleias de voto funcionarão entre as 8h30 e as será lavrada ata.
18h00 quando instaladas fora dos locais de trabalho, e em
Artigo 47.º
horário a estabelecer, caso a caso, quando funcionem em lo-
cais de trabalho. Impugnação do ato eleitoral
3- Cada mesa de voto será constituída por um presidente e
1- Pode ser interposto recurso com fundamento em irregu-
dois vogais, podendo cada lista credenciar até dois delegados
laridade do ato eleitoral, o qual deve ser apresentado à mesa
por cada mesa.
da assembleia eleitoral até três dias após o encerramento da
Artigo 45.º assembleia eleitoral.
2- A mesa da assembleia eleitoral deverá apreciar o recur-
Modo de votação so no prazo de quarenta e oito horas, sendo a decisão comu-
1- O voto é pessoal e secreto. nicada aos recorrentes por escrito e afixada na sede e delega-
2- É permitido o voto por correspondência, desde que: ções do sindicato.
a) O boletim esteja dobrado em quatro e contido em so- 3- Da decisão da mesa da assembleia eleitoral cabe recur-
brescrito fechado; so, nos termos gerais, para o tribunal competente.
b) A assinatura do associado seja conforme àquela cons-
Artigo 48.º
tante na proposta de admissão ou do bilhete de identidade ou
cartão de cidadão; Referendo
c) Este sobrescrito seja introduzido noutro, endereçado ao
1- Os associados podem ser chamados a pronunciar-se
presidente da mesa da assembleia eleitoral;
diretamente, a título vinculativo, através de referendo, por
d) A assinatura do associado seja autenticada pelos servi-
decisão da mesa da assembleia geral, mediante proposta da
ços do sindicato.
direção ou do conselho fiscal e disciplinar, em matérias de
3- Será admitido o voto por meios eletrónicos de acordo
competência da assembleia geral.
com o previsto no número 11 do artigo 26.º
2- As questões devem ser formuladas com precisão, obje-
4- A autenticação da assinatura do associado será realizada
tividade e clareza e para respostas de «sim» ou «não».
pelos serviços do sindicato, nos termos previstos nos núme-
3- Não é permitida a convocação e a efetividade de refe-
ros 3 e 4 do artigo 39.º
rendo entre a data da convocação de eleições e a sua reali-
5- Para que os votos por correspondência sejam válidos, é
zação.
imperativo que deem entrada na mesa da assembleia eleitoral
4- São aplicáveis ao referendo, com as necessárias adap-
até ao fecho das urnas.
tações, as normas constantes do capítulo VI dos presentes
6- Cada eleitor, apresentando-se perante a mesa, indica o
estatutos.
seu número de associado e o seu nome e entrega ao presiden-
te o seu cartão de associado e bilhete de identidade ou cartão CAPÍTULO VII
de cidadão.
7- Na falta do bilhete de identidade ou cartão de cidadão,
Do regime disciplinar dos associados
a identificação do eleitor faz-se por meio de qualquer ou-
tro documento oficial que contenha fotografia atualizada e Artigo 49.º
que seja geralmente utilizado para identificação ou através
de dois eleitores que atestem, sob compromisso de honra, a Competência disciplinar
sua identidade ou, ainda, por reconhecimento unânime dos O poder disciplinar é normalmente exercido pela direção,
2471
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
sob proposta do conselho fiscal e disciplinar, cabendo recur- c) Constituição de um fundo de greve, que será representa-
so das suas decisões para a assembleia geral. do por, pelo menos, 10 % do resultado positivo do exercício;
d) Constituição de um fundo de pensões, que será repre-
Artigo 50.º
sentado por, pelo menos, 10 % do resultado positivo do exer-
Garantias de defesa cício ou por valor percentual superior se legalmente permi-
tido;
Aos associados a quem seja instaurado procedimento dis-
e) Constituição de um fundo de solidariedade, que será re-
ciplinar serão concedidas todas as garantias de defesa não
presentado por, pelo menos, 10 % do resultado positivo do
podendo, designadamente, ser-lhes aplicada qualquer pena
exercício.
sem instrução precedente do respetivo processo, o qual have-
2- O saldo remanescente destina-se a apoiar a atividade
rá que ser notificado ao arguido por escrito e com a conces-
sindical e para encargos de organização do STTS.
são de um prazo nunca inferior a 10 dias, para que apresente
3- A utilização pela direção dos fundos previstos nas alíne-
a sua defesa.
as b), c), d) e e) do número anterior depende de autorização
Artigo 51.º da assembleia geral, ouvido o conselho fiscal e disciplinar.
4- A eventual alteração percentual dos fundos será feita
Penas disciplinares por movimentação do saldo remanescente referido no núme-
1- Podem ser aplicadas aos sócios as seguintes penas: ro 2 deste artigo.
a) Repreensão escrita; 5- Se o conselho fiscal e disciplinar não aprovar as contas,
b) Suspensão até 30 dias; deverá obrigatoriamente ser requerida uma auditoria externa
c) Suspensão até 180 dias; às contas do sindicato.
d) Suspensão até um ano;
Artigo 54.º
e) Inelegibilidade no processo eleitoral imediato;
f) Expulsão. Constituição de fundos
2- A pena de expulsão será aplicada aos associados que
1- Para concretização do referido no artigo 53.º são criados
infrinjam gravemente as disposições estatutárias.
os seguintes fundos autónomos:
a) Fundo de reserva (FR), destinado a fazer face a circuns-
CAPÍTULO VIII tâncias imprevistas e de que a direção poderá dispor, depois
de autorizadas pela assembleia geral;
Do regime financeiro b) Fundo de greve (FG), destinado a compensar associa-
dos cujos vencimentos tenham sido diminuídos como resul-
Artigo 52.º tado de adesão a greve decretada pelo STTS;
Receitas do sindicato e a sua movimentação
c) Fundo de pensões (FP), que servirá de complemento de
reforma para os trabalhadores que a ele livremente aderirem;
1- Constituem receitas do sindicato: d) Fundo de solidariedade (FS), para auxílio aos associa-
a) O produto das quotas dos associados; dos comprovadamente em situações difíceis ocasionais, que
b) As referentes a indemnizações ilíquidas recebidas pelos será transferido para instituição social própria, em cuja ges-
seus associados por intervenção do STTS no valor de 1 %, tão haja representantes nomeados pelo STTS.
nos termos do artigo 12.º, número 3; 2- A direção obriga-se a regulamentar as condições de
c) Receitas financeiras provenientes da aplicação dos seus utilização de cada um dos fundos, que serão apresentadas à
recursos; assembleia geral para aprovação, após parecer do conselho
d) Receitas provenientes de serviços prestados; fiscal.
e) As doações ou legados;
e) Quaisquer outras que legalmente lhe possam ser atribu-
CAPÍTULO IX
ídas ou que venham a ser criadas.
2- Os levantamentos serão efetuados por meio de cheques
ou transferências bancárias, assinados, obrigatoriamente, Disposições gerais e transitórias
pelo tesoureiro ou por quem estatutariamente o substitua, e
por outro membro da direção. SECÇÃO I
Artigo 53.º
Disposições gerais
Aplicação dos saldos
1- As receitas terão obrigatoriamente as seguintes aplica- Artigo 55.º
ções:
Alteração dos estatutos
a) Pagamento de todas as despesas e encargos resultantes
da atividade do sindicato; 1- Os presentes estatutos podem ser alterados em assem-
b) Constituição de um fundo de reserva, que será represen- bleia geral expressamente convocada para esse efeito e a res-
tado por 10 % do resultado positivo do exercício; petiva proposta terá de ser aprovada por maioria simples dos
votantes, por voto direto e secreto.
2472
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
2- O projeto de alteração deverá ser afixado na sede e as- 1- Uma tendência sindical é constituída mediante requeri-
segurada a sua divulgação entre os associados, pelo menos, mento ao presidente da mesa da assembleia geral, subscrito
com trinta dias de antecedência, em relação à assembleia ge- por um mínimo de cinquenta associados devidamente identi-
ral referida no número anterior. ficados, com o nome e qualidade de quem a representa.
3- O requerimento de alteração dos estatutos é da compe- 2- Do requerimento deve constar a denominação da ten-
tência da direção ou de um mínimo de 10 % ou 200 associa- dência, princípios fundamentais e programa de ação, sendo
dos, no pleno gozo dos seus direitos sindicais. permitida a sua associação a um logótipo.
3- A todo o momento é possível verificarem-se novas ade-
Artigo 56.º
sões ou desvinculações de cada tendência, mediante carta
Símbolo e bandeira do sindicato dirigida, pelo próprio, ao presidente da mesa da assembleia
geral.
O símbolo e bandeira do sindicato serão os aprovados em
assembleia geral. Artigo 62.º
Artigo 57.º Exercício
2473
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
II - DIREÇÃO
ASSOCIAÇÕES DE EMPREGADORES
I - ESTATUTOS
Alteração aprovada em 31 de março de 2016, com última Podem ser admitidos como associados todas as pessoas
alteração dos estatutos publicada no Boletim do Trabalho e singulares ou coletivas, que exerçam no concelho de Torre
Emprego, n.º 7, de 22 de fevereiro de 2016. de Moncorvo atividade de comércio, indústria ou prestação
de serviços.
CAPÍTULO II
Registado em 20 de julho de 2016, ao abrigo do artigo
Dos associados
2474
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 28, a fl. 133 do livro ou outras organizações, promovendo e participando em pro-
n.º 2. tocolos e acordos que revistam interesse para a prossecução
dos fins estatutários;
f) Estruturar e prestar serviços de apoio adequados às ne-
cessidades de dinamização e assessoria das entidades asso-
ciadas;
GROQUIFAR - Associação de Grossistas de Produ- g) Dispor de bases de dados técnicos, legislativos e docu-
tos Químicos e Farmacêuticos - Alteração mentais e apoio para a sua utilização;
h) Prestar serviços de divulgação e informação adequados
Alteração aprovada em 23 de março de 2016, com última às atividades das entidades associadas;
alteração dos estatutos publicada no Boletim do Trabalho e i) Prestar serviços de assistência técnica e outros aos as-
Emprego, n.º 11, de 22 de março de 2014. sociados, diretamente ou através de outras pessoas coletivas,
criadas ou a criar para o efeito, ou em regime de subcontra-
Denominação, sede e objeto tação, sempre com o intuito de beneficiar os seus associados
e defender os seus interesses;
Artigo 1.º j) Promover a atualização tecnológica da associação e das
suas associadas;
A GROQUIFAR - Associação de Grossistas de Produ-
k) Desenvolver e implementar planos de formação conso-
tos Químicos e Farmacêuticos, é uma associação patronal
nantes com os diagnósticos e levantamentos de necessidades
de grossistas, pré-grossistas, distribuidores, armazenistas,
de formação realizados;
agentes comerciais de produtos químicos e farmacêuticos e
l) Realizar colóquios, conferências e outras atividades de
serviços afins, sem fins lucrativos, e é constituída por tempo
interesse para os associados;
indeterminado em conformidade com a lei.
m) Realizar, publicar e divulgar estudos sobre os setores,
Artigo 2.º assim como publicações periódicas sobre as atividades re-
presentadas pela associação;
A GROQUIFAR tem a sua sede em Lisboa, na Aveni-
n) Promover e apresentar propostas legislativas respeitan-
da António Augusto de Aguiar, n.º 118, 1.º, freguesia das
tes a matérias do interesse dos setores da associação.
Avenidas Novas, podendo estabelecer delegações regionais
ou outras formas de representação em qualquer outro local,
desde que aprovadas pela assembleia-geral. Dos associados
2475
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
próprio e acompanhado pelos documentos identificativos da h) Comunicar por escrito à direção, no prazo de 20 (vinte
entidade, sendo que desta deliberação, cabe recurso, inter- dias), as alterações do respetivo pacto social, dos órgãos so-
posto no prazo de quinze dias, para a assembleia-geral, pelo ciais, do domicílio ou sede, da pessoa ou pessoas que assu-
requerente ou por qualquer associado. mem a sua representação nesta associação e ainda quaisquer
6- Sob proposta da direção, a assembleia-geral poderá de- outras que digam respeito à sua situação de associado;
signar associados honorários de entre pessoas singulares ou i) Respeitar as regras deontológicas que, para cada setor,
coletivas que se tenham destacado nos setores de atividade venham a ser estabelecidas em regulamento interno por cada
da associação, pelo seu mérito próprio ou por terem prestado mesa da divisão;
serviços relevantes à associação ou aos setores. Os associa- j) Fornecer todas as informações necessárias para que a
dos honorários têm direito a participar nas assembleias-ge- associação cumpra os seus objetivos estatutários.
rais mas não podem votar nem ser eleitos.
Artigo 7.º
7- As entidades associadas deverão ser representadas pe-
rante a associação pela pessoa ou pessoas que indicarem, as 1- Perdem a qualidade de associado:
quais devem ter nelas a qualidade de associados, administra- a) Os associados que, voluntariamente, por escrito e com
dores ou gerentes com poderes gerais de representação e ad- uma antecedência minima de 30 (trinta) dias, manifestem
ministração, a comprovar por documento legal bastante, ou essa intenção à direção;
ainda por seus representantes que, devidamente credencia- b) Os associados efetivos que tenham deixado de exercer
dos pelas mesmas, possuam poderes bastantes para o efeito. quaisquer das atividades mencionadas no artigo 4.º;
A caducidade ou revogação da representatividade implica a c) Os associados que se extingam, sejam declarados insol-
designação e comunicação à associação, por escrito, de subs- ventes, sejam dissolvidos ou liquidados;
tituto no prazo máximo de 20 (vinte) dias e ainda a perda do d) Os associados a quem tenha sido aplicada a pena disci-
mandato para que essa pessoa coletiva haja sido designada plinar de expulsão.
ou eleita, nos órgãos sociais. 2- Compete à direção, por maioria de votos, com possi-
bilidade de recurso para a assembleia-geral, a expulsão dos
Artigo 5.º
associados por violação das obrigações previstas nas alíneas
São direitos dos associados, sem prejuízo das limitações a) e b) do artigo anterior, por período superior a um ano,
indicadas no artigo 4.º relativamente aos associados aderen- devendo, porém, tal deliberação ser sempre precedida de
tes e honorários: audição dos associados que se encontrem em situação de
a) Tomar parte nas assembleias-gerais e nas assembleias incumprimento, concedendo prazo para regularização dos
da divisão setorial respetiva; montantes em dívida.
b) Eleger e serem eleitos para os cargos associativos; 3- Constitui fundamento de expulsão, por deliberação da
c) Requerer a convocação da assembleia-geral nos termos direção, com possibilidade de recurso para a assembleia-ge-
destes estatutos; ral, a violação grave e reiterada dos estatutos da associação e
d) Apresentar sugestões ou iniciativas que julguem conve- das deliberações dos órgãos sociais.
nientes para a realização dos fins estatutários; 4- Perde a qualidade de associado honorário aquele que
e) Utilizar os serviços da associação nas condições que fo- desmereça a consideração da associação, sendo a sua exclu-
rem estabelecidas pela direção; são deliberada em assembleia-geral, por maioria absoluta
f) Ser representados pela associação nos assuntos que lhes dos votos dos associados presentes, por iniciativa da própria
digam respeito. assembleia-geral ou por proposta da direção.
5- Os associados que deixem de o ser, por sua própria ini-
Artigo 6.º
ciativa, ou que tenham sido expulsos nos termos da alínea
São deveres dos associados, com exceção do que não se a) do número 3 do artigo 28.º, poderão ser readmitidos pela
aplica aos associados aderentes e honorários: direção, ficando tal readmissão condicionada ao prévio paga-
a) Pagar pontualmente as quotas fixadas pela assembleia- mento de quaisquer débitos à associação, nomeadamente, de
-geral da associação e pela assembleia da divisão setorial; todas as quotas em atraso.
b) Pagar os serviços e bens solicitados à associação que 6- O associado fica suspenso da sua qualidade quando não
não estejam incluídos no valor da quota; cumpra com as suas obrigações financeiras perante a asso-
c) Exercer os cargos associativos para que forem eleitos ciação, por período superior a seis meses e inferior a um ano.
ou designados; A suspensão implica a perda dos direitos do associado, mas
d) Observar o preceituado nos estatutos e cumprir as deli- não exclui o dever de proceder ao pagamento de todas as
berações dos órgãos associativos e os regulamentos internos quotas vencidas enquanto se mantiver como associado.
da associação;
e) Comparecer às assembleias-gerais e às reuniões para Da organização e funcionamento
que forem convocados;
f) Prestar colaboração efetiva em todas as iniciativas para Disposições gerais
que forem solicitados pelos órgãos sociais;
g) Contribuir para o bom nome da associação e para a efi- Artigo 8.º
cácia da sua atuação; São órgãos da associação a assembleia-geral, a direção,
2476
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
o conselho fiscal e ainda a assembleia e a mesa da divisão membro da mesa, compete à assembleia, designar, de entre
setorial, criadas no âmbito do artigo 25.º destes estatutos. os associados presentes, quem deva substituí-lo.
5- De todas as reuniões se elaborará a respetiva ata que,
Artigo 9.º
depois de aprovada, é assinada pelo presidente e pelo secre-
1- Os membros dos órgãos sociais são eleitos por períodos tário.
de três anos, competindo a sua eleição à assembleia-geral.
Artigo 12.º
2- A eleição será feita por escrutínio secreto e em lista
global única, mediante prévia consulta às divisões para in- 1- Compete à assembleia-geral:
dicação dos seus representantes setoriais, na qual se espe- a) Eleger a respetiva mesa, bem como a direção e o conse-
cificarão todos os órgãos e todos os cargos a desempenhar: lho fiscal, podendo destituí-los a todo o tempo;
assembleia-geral, conselho fiscal, direção e mesas das divi- b) Fixar anualmente, sob proposta da direção, a joia, a
sões setoriais. quota base e a quota suplementar a pagar pelos associados;
3- A candidatura de um associado à eleição para um cargo c) Discutir e aprovar anualmente o relatório e contas da
social far-se-á com indicação simultânea da pessoa física que direção, bem como o parecer do conselho fiscal;
o representará no exercício do referido cargo. d) Aprovar os regulamentos internos da associação que se-
4- Nenhum associado poderá estar representado em mais jam da sua competência;
de um dos órgãos eletivos. e) Deliberar sobre alteração dos estatutos, regulamentos e
demais assuntos que legalmente lhe estejam afetos;
Artigo 10.º
f) Definir as linhas de orientação da associação, de acordo
1- Os cargos de eleição não são remunerados. com os legítimos interesses dos associados e as responsabili-
2- Em qualquer dos órgãos da associação, exceto na as- dades sociais dos setores;
sembleia-geral, cada um dos membros tem direito a um voto, g) Aprovar, até ao dia 30 de novembro de cada ano, o orça-
tendo o presidente ou quem o substituir, voto de desempate. mento ordinário e o plano de atividades para o ano seguinte;
3- Em caso de renúncia ou destituição de membros dos h) Apreciar e pronunciar-se sobre os atos dos órgãos so-
órgãos da associação, manter-se-ão tais órgãos em funcio- ciais;
namento, desde que permaneçam em funções a maioria dos i) Apreciar propostas e pareceres que lhe sejam submeti-
membros que os compõem. dos;
4- Ocorrendo a renúncia do presidente da direção ou a sua j) Destituir os titulares dos órgãos sociais;
destituição pela assembleia-geral, sem a imediata eleição de k) Julgar recursos interpostos pelos associados ou por ter-
um substituto, caberá aos restantes membros a cooptação de ceiros interessados das deliberações da direção;
um novo presidente, escolhido de entre os vice-presidentes l) Deliberar a dissolução e liquidação da associação.
daquele órgão, a qual deve ser efetivada no prazo de quinze 2- No caso previsto na parte final da alínea a) do núme-
dias a contar da data da renúncia ou destituição. ro 1 deste artigo, a assembleia-geral que proceder à referida
5- A cooptação do presidente da direção referida no núme- destituição, providenciará também no sentido de assegurar
ro anterior, deverá ser confirmada pela primeira assembleia- a gestão da associação, designando desde logo uma ou mais
-geral que se reunir após a referida cooptação. comissões ad hoc, constituídas por associados, as quais subs-
6- Se o novo presidente da direção não for cooptado no tituirão o órgão ou os órgãos destituído(s) até à realização de
prazo referido no número 4 deste artigo ou se a assembleia- novas eleições, devendo ainda a mesma assembleia-geral fi-
-geral mencionada no número anterior não confirmar a co- xar o prazo dentro do qual estas eleições deverão realizar-se.
optação que tiver tido lugar nesse prazo, cessam automati-
Artigo 13.º
camente as funções de todos os demais membros da direção,
devendo proceder-se à eleição de novos membros nos termos 1- A assembleia-geral reunir-se-á ordinariamente: (i) até
destes estatutos. 31 de março de cada ano, para apreciar e aprovar o relatório
e contas da direção e o parecer do conselho fiscal relativos à
Da assembleia-geral gerência do ano findo; (ii) até 30 de novembro de cada ano
para apreciação e votação do plano de atividades e orçamen-
Artigo 11.º to.
2- A assembleia-geral eleitoral deverá realizar-se até 31 de
1- A assembleia-geral é constituída por todos os associa- março do ano seguinte a que respeita o fim do mandato dos
dos no pleno uso dos seus direitos e será dirigida por uma anteriores órgãos sociais.
mesa composta por um presidente, um vice-presidente e um 3- Extraordinariamente, a assembleia-geral reunir-se-á
secretário. sempre que a direção, o conselho fiscal ou a mesa de uma
2- Incumbe ao presidente convocar as assembleias e dirigir das divisões setoriais o julguem necessário ou a pedido jus-
os respetivos trabalhos. tificado e subscrito por um grupo de 33 % dos associados.
3- Cabe ao vice-presidente auxiliar o presidente e substi- Nesta última eventualidade, para que a assembleia possa ter
tuí-lo na sua ausência ou impedimento. poderes deliberativos sobre os assuntos em agenda, deverão
4- Em caso de ausência ou impedimento de qualquer estar presentes dois terços dos associados subscritores.
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
2- O presidente será substituído nos seus impedimentos e 5- As mesas das divisões têm como competência gerir a
ausências pelo vogal que for designado pelo próprio conse- atividade do setor em conformidade com o plano de ativida-
lho fiscal na sua primeira reunião. des e o orçamento.
6- A mesa da divisão é composta por três ou cinco
Artigo 22.º
membros, sendo presidida pelo presidente da mesa da divi-
1- Compete ao conselho fiscal: são (que, simultaneamente, exerce o cargo de vice-presiden-
a) Examinar, sempre que o entenda, a escrita da associação te da direção). Os restantes membros da mesa são os vice-
e os serviços de tesouraria; -presidentes (dois ou quatro).
b) Dar parecer sobre o relatório e contas anuais da direção 7- As deliberações das divisões, em matérias específicas
e sobre quaisquer outros assuntos que lhe sejam submetidos do respetivo setor que não envolvam outra divisão da asso-
pela assembleia-geral ou pela direção; ciação, vinculam a direção da associação, sendo a sua repre-
c) Velar pelo cumprimento das disposições legais, estatu- sentação para o exterior feita pelo vice-presidente respetivo.
tárias e regulamentares; Caso as deliberações de uma divisão envolvam outra divi-
d) Fiscalizar a atividade da direção. são, deverá o assunto ser alvo de deliberação da direção.
2- O parecer sobre o relatório e contas anuais deverá ser 8- Para efeitos eleitorais, as listas a submeter a sufrágio
dado no prazo máximo de 8 (oito) dias, contados a partir da deverão incluir os vogais das mesas das divisões.
data em que tais documentos lhe forem apresentados pela 9- Cada divisão elaborará o respetivo regulamento interno
direção. de funcionamento.
3- Sem prejuízo do número 1, o conselho fiscal deverá 10- Cada divisão elaborará o seu plano de atividades e or-
emitir parecer sobre as contas respeitantes a cada trimestre. çamento que propõe à direção. Por sua vez, a direção elabora
o plano de atividades e orçamento da associação, integrando
Artigo 23.º
o plano de atividades e orçamento das diferentes divisões.
1- O conselho fiscal reunir-se-á sempre que o julgue ne-
cessário, mas não menos de uma vez em cada trimestre, e Das comissões especializadas
funcionará logo que esteja presente a maioria dos seus mem-
bros. Artigo 26.º
2- As deliberações do conselho fiscal são tomadas por
maioria absoluta dos votos dos membros presentes. 1- A direção ou as mesas das divisões setoriais poderão
criar comissões especializadas, com vista ao estudo de as-
Artigo 24.º suntos determinados e com o objetivo de preparar a tomada
O conselho fiscal poderá assistir às reuniões da direção de deliberações por aqueles órgãos.
sempre que o julgue necessário ou a solicitação desta, não 2- As comissões especializadas funcionarão nos termos e
podendo, porém, tomar parte nas respetivas deliberações. condições estabelecidas pela direção ou pelas mesas das di-
visões, sendo coordenadas por um dos vice-presidentes ou
por quem for designado para o efeito.
Das divisões setoriais
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
e) Expulsão. tor;
2- Na escolha da pena a aplicar deverão ser tomados em c) Quaisquer outras receitas que vierem a ser fixadas em
consideração a gravidade e o número das infrações cometi- regulamento interno do setor, provenientes, nomeadamente,
das e, bem assim, os antecedentes disciplinares do associado. da organização de eventos, ações de formação ou outras ini-
3- A pena de expulsão apenas será aplicada em caso de ciativas, bem como da celebração de protocolos ou acordos,
grave violação pelo associado dos seus deveres fundamen- pela associação ou por sociedade em que esta detenha par-
tais, como tal se considerando, nomeadamente: ticipação social, com interesse específico para os associados
a) O não pagamento de quotas correspondentes a mais de da divisão setorial.
um ano, decorrido o prazo que para o efeito lhe for fixado e 3- A quotização dos associados, fixada anualmente nos ter-
comunicado por carta registada; mos da alínea b) do número 1 do artigo 12.º, será estruturada
b) A recusa injustificada de exercício dos cargos associati- da seguinte forma:
vos para que for eleito ou designado; –– Quotização base;
c) A prática de atos que impeçam ou dificultem a execução –– Quotização base reduzida;
das deliberações dos órgãos associativos ou sejam contradi- –– Quotização setorial;
tórios com os objetivos por elas prosseguidos; –– Quotização suplementar.
d) A prática, em geral, de quaisquer atos contrários aos ob- a) A quotização base reduzida em 50 % aplica-se às enti-
jetivos da associação ou suscetíveis de afetar gravemente o dades associadas inscritas em subdivisões e, excecionalmen-
seu prestígio ou o das entidades referidas no artigo 1.º te, a entidades associadas inscritas nas divisões cuja fatura-
4- Compete à direção a organização dos processos disci- ção anual seja igual ou inferior a 120 000,00 € (cento e vinte
plinares e a aplicação das penas previstas nas alíneas a) a mil euros) anuais, mediante um comprovativo com validade
d) do número 1, e ainda a aplicação da pena de expulsão, fiscal.
quando a mesma se fundamente no motivo previsto na alínea b) Caberá à direção apresentar anualmente, à assembleia-
a) do número anterior. -geral, para aprovação, os valores da quotização base, da
5- A pena de expulsão nos casos não previstos no número reduzida e da suplementar, se for caso disso, prevista neste
anterior será aplicada pela assembleia-geral, sob proposta da número, assim como os valores da joia.
direção, por maioria de três quartos do número de associados c) As quotizações setoriais serão aprovadas pela assem-
presentes. bleia de cada divisão setorial, sob proposta da mesa da divi-
6- Das penas disciplinares aplicadas pela direção cabe são setorial respetiva.
recurso para a assembleia-geral, o qual será interposto no 4- A quotização base e a quotização reduzida contribuirão
prazo de 8 (oito) dias, a contar da data da notificação ao as- para garantir o financiamento dos serviços comuns da asso-
sociado da pena aplicada. ciação, sendo que a quotização setorial financiará as ativi-
dades específicas de cada divisão. Caso haja necessidade, a
Disposições gerais direção poderá propor à assembleia-geral quotizações suple-
mentares, de forma a financiarem iniciativas extraordinárias
Artigo 29.º que não tenham cobertura por outra forma de quotização.
5- Por cada inscrição em mais de uma divisão setorial o
O ano social coincide com o ano civil. associado pagará 25 % da quota base.
Artigo 30.º Artigo 31.º
1- Constituem receitas gerais da associação: 1- A representação da associação para o exterior é garan-
a) O produto das joias e quotas, bem como o das multas tida pelo presidente da direção. Em atos que coincidam com
aplicadas por infrações disciplinares; as atividades específicas de apenas uma divisão, a represen-
b) Os rendimentos dos bens próprios da associação; tação poderá ser assegurada pelo respetivo presidente da di-
c) Quaisquer fundos, donativos ou legados que lhe ve- visão, vice-presidente da direção.
nham a ser atribuídos; 2- A representação geral da associação, assegurada pelo
d) A venda de quaisquer bens produzidos ou adquiridos presidente da direção, poderá ser delegada num dos vice-pre-
pela associação; sidentes ou noutra personalidade a designar expressamente
e) Os rendimentos resultantes da organização de eventos, para o efeito.
ações de formação ou outras iniciativas, bem como da cele- 3- Em termos financeiros, a associação vincula-se através
bração de protocolos ou acordos com interesse para os asso- de duas assinaturas, sendo uma delas a do presidente ou do
ciados em geral. seu legal substituto e a outra a do tesoureiro. Em atos finan-
2- Constituem receitas específicas das divisões setoriais: ceiros específicos de cada divisão, e dentro do orçamento
a) Os produtos das quotas setoriais que venham a ser fixa- aprovado pela divisão, a associação vincula-se através de
das em assembleia da divisão setorial, sob proposta da mesa duas assinaturas que podem ser: dois elementos da mesa da
respetiva; divisão ou um elemento da mesa e o presidente da direção
b) Quaisquer outras receitas ou rendimentos obtidos no ou o tesoureiro.
exercício da atividade da associação direcionada apenas à 4- Contratos, acordos, protocolos e outros atos que vincu-
prossecução de interesses específicos dos associados do se- lem total ou setorialmente a associação, deverão ser subscri-
2480
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
tos pelo presidente da direção e pelo vice-presidente respe- 2- O conselho directivo só poderá validamente deliberar
tivo. com a presença de pelo menos três dos seus membros.
5- O expediente geral da associação é subscrito pelo pre- 3- (Anterior número 2.)
sidente da direção e o expediente específico é subscrito pelo 4- (Anterior número 3.)
vice-presidente afeto à divisão em causa. 5- (Anterior número 4.)
6- Para prossecução eficaz da sua gestão, a direção e a
(…)
mesa da divisão setorial poderão delegar competências.
Artigo 32.º
Registado em 25 de julho de 2016, ao abrigo do artigo
1- A associação só poderá ser dissolvida por deliberação 449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 31, a fl. 133 do livro
da assembleia-geral, expressamente convocada para o efeito, n.º 2.
que envolva o voto favorável de, pelo menos, três quartos do
número total dos seus associados.
2- À assembleia-geral que delibere a dissolução caberá
designar uma comissão liquidatária, bem como a forma e o
prazo de liquidação do património da associação. Associação Nacional do Sector de Comércio e Servi-
ços de Cuidados Corporais que passa a denominar-
Registado em 20 de julho de 2016, ao abrigo do artigo -se por Associação Nacional do Corpo e do Cabelo
449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 29, a fl. 133 do livro - Alteração
n.º 2.
Alteração aprovada em 14 de junho de 2016, com última
alteração dos estatutos publicada no Boletim do Trabalho e
Emprego, n.º 39, 1.ª série, de 22 de outubro de 1999.
Associação de Empresas de Ginásios e Academias
CAPÍTULO I
de Portugal - AGAP - Alteração
Denominação, sede e objectivos
Alteração aprovada em 23 de maio de 2016, com última
alteração dos estatutos publicada no Boletim do Trabalho e Artigo 1.º
Emprego, n.º 34, de 15 de setembro de 2011.
A Associação Nacional do Corpo e do Cabelo é uma as-
Artigo 3.º sociação patronal do setor dos cuidados corporais, e de todos
1- A associação tem por objecto social representar e de- aqueles que desenvolvem a sua atividade na área da cultura
fender os interesses das empresas e investidores do sector física para o desenvolvimento local, regional e nacional, po-
das instalações desportivas que prestam serviços na área da dendo cooperar com organismos nacionais públicos ou pri-
manutenção da condição física, designadamente ginásios, vados e internacionais, sem fins lucrativos, funcionando por
clubes de fitness, health-clubes, academias e similares, for- tempo indeterminado, e tem a sua sede na Rua Pero Alvito,
mação técnico-profissional, fomento e difusão da sociedade. n.º 6, Fração C em Leiria.
Registado em 25 de julho de 2016, ao abrigo do artigo Registado em 26 de julho de 2016, ao abrigo do artigo
449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 30, a fl. 133 do livro 449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 32, a fl. 133 do livro
n.º 2. n.º 2.
2481
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
do Código do Trabalho, é cancelado o registo dos estatutos termos Comarca do Porto - Matosinhos, Inst. Central - 3.ª
da Associação de Comércio, Indústria e Serviços de Elvas, Sec. Trabalho - J1, movido pelo Ministério Público contra
efetuado em 4 de setembro de 1975, com efeitos a partir da a Associação do Norte dos Armadores de Pesca Artesanal
publicação deste aviso no Boletim do Trabalho e Emprego. (ANAPA), foi declarado a extinção da ré, com o fundamento
de terem decorrido mais de seis anos sem que a associação
tivesse requerido a publicação da identidade dos membros
da direção.
Assim, nos termos dos números 3 e 7 do artigo 456.º
Associação do Norte dos Armadores de Pesca do Código do Trabalho, é cancelado o registo dos estatutos
Artesanal (ANAPA) - Cancelamento da Associação do Norte dos Armadores de Pesca Artesanal
(ANAPA), efetuado em 31 de maio de 1978, com efeitos a
Por sentença transitada em julgado em 18 de maio de partir da publicação deste aviso no Boletim do Trabalho e
2016, no âmbito do processo n.º 686/16.T8MTS, que correu Emprego.
II - DIREÇÃO
Identidade dos membros da direção eleitos em 23 de Identidade dos membros da direção eleitos em 3 de junho
março de 2016, para mandato de três anos. de 2016, para mandato de três anos.
Presidente - Lactogal - Produtos Lácteos, SA, represen- Presidente - Nestlé Nutrição Infantil, SA.
tada por Manuel Albino Casimiro de Almeida, portador do Representada por: Fernando Jorge Realista Carvalho,
cartão de cidadão n.º 1936951, e com número de contribuin- cartão de cidadão n.º 09893805.
te 150 284 837. Vice-presidente - Milupa Comercial, SA.
Vice-presidente - Parmalat Portugal - Produtos Alimen- Representada por: Dina Maria Salvador Gomes Matos,
tares, SA, representada por Miguel Nuno Monteiro da Silva cartão de cidadão n.º 08214603.
Romão, portador do cartão de cidadão n.º 06957509, do ar- Secretário - Fresenius Kabi Pharma SA.
quivo de identificação de Santarém e com o número contri- Representada por: Paulo Fernando da Silva Teixeira de
buinte 142 453 994. Carvalho Mendes, cartão de cidadão n.º 06963673.
Vice-presidente - Fromageries Bel Portugal, SA, repre- Tesoureiro - Alter, SA.
sentada por Ana Cláudia Rodrigues Pereira de Sá Loureiro Representada por: Adriana Carla Ferreira Pastor Cruz,
de Sousa, portadora do cartão de cidadão n.º 8463527, e com cartão de cidadão n.º 30517678.
número de contribuinte 207 913 030.
Secretário - Queijo Saloio - Indústria de Lacticínios, SA,
representada por Rui Manuel Nunes Marciano, portador do
cartão de cidadão n.º 7301882, e com número de contribuinte
133 559 149. Associação do Comércio, Indústria e Serviços do
Tesoureiro - Lacticínios do Paiva, SA, representada por Barreiro e Moita - ACISBM - Eleição
José dos Santos Sequeira, portador do cartão de cidadão n.º
6103480, e com número de contribuinte 158 902 475. Identidade dos membros da direção eleitos em 13 de
Vogal - Danone Portugal, SA, representada por Pe- maio de 2016, para o mandato de três anos.
dro Marco Amendoeira Peixoto Neves, portador do cartão Presidente - Rogério Vieira Pinheiro, cartão de cidadão
cidadão n.º 11226864, e com número de contribuinte n.º n.º 05512422 4ZZ5.
201952955. Vice-presidente - Nuno Duarte Martins Pereira, cartão de
Vogal - INSULAC - Produtos Lácteos Açoreanos, SA, cidadão n.º 06235927 4ZY4.
representada por Jorge Manuel de Almeida Costa Leite, por- Tesoureiro - Fernando Jorge Fernandes Capela, bilhete
tador do cartão de cidadão n.º 4879907, e com número de de identidade n.º 3451396 5.
contribuinte 181 992 396. Secretário - José Carlos da Silva Nunes, cartão de cida-
dão n.º 01454346 0ZZ5.
2482
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
1.º vogal - António Rodrigues Martins, bilhete de identi- te de identidade n.º 6602112 0.
dade n.º 4178003 5. 3.º vogal - Manuel Messias Rodrigues Gonçalves, cartão
2.º vogal - Sérgio Paulo Gouveia Rodrigues Palma, bilhe- de cidadão n.º 11152352 4ZY8.
COMISSÕES DE TRABALHADORES
I - ESTATUTOS
2483
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
ção do novo acto eleitoral, no prazo máximo de 60 dias. nariamente sempre que para tal seja convocado nos termos e
4- São órgãos do coletivo dos trabalhadores: com os requisitos previstos nos artigos 6.º e 7.º
a) O plenário; 3- Plenário de emergência:
b) A comissão de trabalhadores (CT). a) O plenário reúne de emergência sempre que se mostre
necessária uma tomada de posição urgente dos trabalhado-
Plenário de trabalhadores res;
b) As convocatórias para estes plenários são feitas com a
Artigo 5.º antecedência possível face à emergência, de molde a garantir
a presença do maior número de trabalhadores;
Competências c) Havendo CT em funções, a definição da natureza urgen-
1- O plenário, forma democrática de expressão e delibera- te do Plenário, bem como a respetiva convocatória, são da
ção do coletivo dos trabalhadores, é constituído por todos os competência exclusiva da CT, diretamente ou a pedido nos
trabalhadores da empresa. termos da alínea b) do artigo 6.º;
2- Compete ao plenário, para além de outras incumbências d) Efetuada convocação com carácter de urgente nos ter-
previstas na lei ou nos estatutos: mos da alínea b) do artigo 6.º, ficará sujeita a aprovação do
a) Definir as bases programáticas e orgânicas do coletivo plenário a aceitação da matéria do mesmo e da necessidade
dos trabalhadores, através da aprovação ou alteração dos es- da sua realização.
tatutos da CT; 4- Plenários sectoriais: Poder-se-ão realizar plenários sec-
b) Eleger a CT, destituí-la a todo o tempo e aprovar o res- toriais convocados pela CT para os quais a mesma comissão
petivo programa de ação; reconheça a existência de assuntos específicos e não anta-
c) Controlar a atividade da CT pelas formas e modos pre- gónicos ao interesse geral de todos os trabalhadores da em-
vistos nestes estatutos; presa.
d) Pronunciar-se sobre todos os assuntos de interesse rele- 5- Plenários por horários de trabalho: poderão ser realiza-
vante para o coletivo dos trabalhadores que lhe sejam sub- dos plenários por horário de trabalho.
metidos pela CT ou por trabalhadores nos termos do artigo Artigo 9.º
seguinte.
Funcionamento do plenário
Artigo 6.º
1- O plenário delibera validamente desde que estejam pre-
Convocação do plenário sentes, no conjunto dos plenários por horário de trabalho,
O plenário pode ser convocado: pelo menos 50 % dos trabalhadores da empresa ou do sector,
a) Pela CT, por sua iniciativa; exceto para a destituição da CT, em que é necessária a pre-
b) Pela CT a pedido de um mínimo de 20 % ou 100 traba- sença de pelo menos 2/3 dos trabalhadores da empresa.
lhadores da empresa, mediante requerimento apresentado à 2- As deliberações considerar-se-ão validamente tomadas
CT, com indicação da ordem de trabalhos; quando sejam adotadas pela maioria simples dos trabalhado-
c) Por um mínimo de 100 ou 20 % dos trabalhadores da res presentes, salvo tratando-se de deliberação de destituição
empresa, caso não haja CT em funções ou, na hipótese pre- da CT, em que serão necessários os votos favoráveis de pelo
vista na anterior alínea b), caso a CT não faça a convocação menos 51 % dos trabalhadores.
no prazo previsto no número 2 do artigo 7.º 3- O voto é normalmente direto.
4- A votação faz-se por braço levantado, exprimindo o
Artigo 7.º
voto a favor, o voto contra e a abstenção.
Prazo para a convocatória 5- O voto é secreto nas votações referentes a eleições e
destituições de comissões de trabalhadores e subcomissões,
1- O plenário será convocado com a antecedência de 15
a aprovação e alteração dos estatutos e a adesão a comissões
dias, salvo nas situações previstas no número 3 do artigo 8.º,
coordenadoras, quando envolva juízos de valor, quando te-
por meio de anúncios colocados nos locais destinados à afi-
nham por objetivo alterar ou acordar condições socioprofis-
xação de informação da CT.
sionais com implicações para o coletivo dos trabalhadores,
2- Na hipótese prevista na alínea b) do artigo anterior, a CT
nos referendos e na aprovação de acordos provenientes de
deve fixar a data da reunião do plenário no prazo de 20 dias
cadernos reivindicativos.
contados a partir da data da receção do requerimento.
6- São obrigatoriamente precedidas de discussão, em ple-
Artigo 8.º nário, as deliberações sobre as seguintes matérias:
a) Destituição da CT ou de algum dos seus membros, de
Formas de reunião do plenário subcomissões de trabalhadores ou de algum dos seus mem-
1- Plenários ordinários: O plenário reúne ordinariamente, bros;
uma vez por ano, para apreciação da atividade desenvolvida b) Alteração dos estatutos e do regulamento eleitoral.
pela CT da MAHLE, SA. 7- O plenário ou a CT podem submeter outras matérias ao
2- Plenários extraordinários: O plenário reúne extraordi- sistema de votação previsto no número 5.
2484
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
CAPÍTULO II direitos;
d) Exigir do órgão de gestão da empresa e de todas as en-
Comissão de trabalhadores tidades públicas competentes o cumprimento e aplicação das
normas constitucionais e legais respeitantes aos direitos dos
Artigo 10.º trabalhadores;
e) Estabelecer laços de solidariedade e cooperação com as
Natureza da comissão de trabalhadores comissões de trabalhadores de outras empresas e comissões
1- A CT da MAHLE, SA, é o órgão democraticamente coordenadoras;
eleito e controlado pelo coletivo dos trabalhadores para o f) Promover a melhoria das condições de vida dos traba-
exercício das atribuições, competências e direitos reconheci- lhadores;
dos na Constituição da República, na lei ou noutras normas g) Cooperar, na base do reconhecimento da sua indepen-
aplicáveis e nestes estatutos. dência recíproca, com as organizações sindicais dos traba-
lhadores da empresa na prossecução dos objetivos comuns a
Artigo 11.º
todos os trabalhadores;
Atribuições, competência e deveres da comissão de trabalhadores h) Valorizar a participação cívica dos trabalhadores, a
construção de uma sociedade mais justa e democrática, o fim
1- Compete à CT, nomeadamente:
da exploração da pessoa pela pessoa e de todas as discrimi-
a) Defender os interesses profissionais e direitos dos tra-
nações.
balhadores;
b) Receber todas as informações necessárias ao exercício Artigo 12.º
da sua atividade;
c) Participar nos processos de reestruturação da empresa, Controle de gestão
especialmente no tocante a ações de formação ou quando 1- O controlo de gestão visa proporcionar e promover, com
ocorra alteração das condições de trabalho; base na respetiva unidade e mobilização, a intervenção de-
d) Participar na elaboração da legislação do trabalho, di- mocrática e o empenhamento responsável dos trabalhadores
retamente ou por intermédio das respetivas comissões coor- na vida da empresa em especial e do processo produtivo em
denadoras; geral, para a realização dos objetivos comuns à filosofia e
e) Participar, diretamente ou por intermédio das comissões interesses dos trabalhadores e da empresa.
coordenadoras às quais aderir, na elaboração e controlo da 2- O controlo de gestão é exercido pela CT da MAHLE,
execução dos planos económico-sociais que contemplem o SA, nos termos e segundo as formas previstas na Constitui-
respetivo sector ou região; ção da República, na lei ou outras normas aplicáveis nestes
f) Gerir ou participar na gestão das obras sociais da em- estatutos.
presa. 3- A competência da CT para o exercício do controlo de
2- As subcomissões de trabalhadores podem: gestão não pode ser delegado noutras entidades.
a) Exercer os direitos previstos nas alíneas a), b), c) e d) do 4- A empresa está proibida por lei de impedir ou dificultar
número anterior, que lhes sejam delegados pelas comissões o exercício do controlo de gestão.
de trabalhadores; 5- Tendo as suas atribuições e direitos por finalidade o con-
b) Informar a comissão de trabalhadores dos assuntos que trolo das decisões económicas e sociais da empresa e de toda
entenderem de interesse para a normal atividade desta; a atividade desta, a CT, em conformidade com a lei, conserva
c) Fazer a ligação entre os trabalhadores dos estabeleci- a sua autonomia perante a empresa, não assume poderes de
mentos e as respetivas comissões de trabalhadores, ficando gestão e, por isso, não se substituí técnica e funcionalmente
vinculadas à orientação geral por estas estabelecida. aos órgãos e hierarquia administrativa da empresa.
3- O disposto no número anterior entende-se sem prejuízo
das atribuições e competências da organização sindical dos CAPÍTULO IV
trabalhadores.
4- No exercício das suas atribuições e direitos, a CT tem Artigo 13.º
os seguintes deveres:
a) Realizar uma atividade permanente e dedicada de or- Direitos instrumentais
ganização de classe, de mobilização dos trabalhadores e do Para o exercício das suas atribuições e competências, a
reforço da sua unidade; CT da MAHLE, SA, goza dos direitos previstos nos artigos
b) Garantir e desenvolver a participação ativa e democrá- seguintes.
tica dos trabalhadores no funcionamento, direção, controlo e
em toda a atividade do coletivo dos trabalhadores e dos seus Artigo 14.º
órgãos, assegurando a democracia interna a todos os níveis; Reuniões com o órgão de gestão da empresa
c) Promover o esclarecimento e a formação cultural, técni-
ca, profissional e social dos trabalhadores, de modo a permi- 1- A CT tem o direito de reunir periodicamente com a ad-
tir o desenvolvimento da sua consciência e a reforçar o seu ministração da empresa para discussão e análise dos assuntos
empenhamento responsável na defesa dos seus interesses e relacionados com o exercício das suas atribuições.
2- As reuniões realizam-se, pelo menos, uma vez por mês,
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
mas deverão ter lugar sempre que necessário para os fins in- g) Mudança de local de atividade da empresa ou do esta-
dicados no número anterior. belecimento;
3- Das reuniões referidas neste artigo é lavrada ata, assina- h) Quaisquer medidas de que resulte ou possa resultar
da por todos os presentes. uma diminuição substancial do número de trabalhadores da
empresa ou agravamento substancial das suas condições de
Artigo 15.º
trabalho e, ainda, as decisões suscetíveis de desencadear mu-
Direito à informação danças na organização de trabalho;
i) Encerramento de estabelecimentos ou de linhas de pro-
1- Nos termos da Constituição da República e da lei, a CT
dução;
tem direito a que lhe sejam fornecidas todas as informações
j) Dissolução ou requerimento de declaração de insolvên-
necessárias ao exercício da sua atividade.
cia da empresa.
2- Ao direito previsto no número anterior correspondem
2- Os pareceres referidos serão emitidos na forma, tempo e
legalmente deveres de informação, vinculando não só o ór-
modo determinados pela lei.
gão de gestão da empresa mas ainda todas as entidades pú-
blicas competentes para as decisões relativamente às quais a Artigo 17.º
CT tem o direito de intervir.
3- O dever de informação que recai sobre o órgão de ges- Competência e direitos para o exercício do controle de gestão pela
comissão de trabalhadores
tão da empresa abrange, entre outras, as seguintes matérias:
a) Planos gerais de atividade e orçamento; Em especial, para a realização do controlo de gestão, a
b) Organização da produção e suas implicações no grau da CT exerce a competência e goza dos direitos e poderes se-
utilização da mão-de-obra e do equipamento; guintes:
c) Situação do aprovisionamento; a) Apreciar e emitir parecer sobre os orçamentos e planos
d) Previsão, volume e administração de vendas; económicos da empresa, em particular os de produção e res-
e) Gestão de pessoal e estabelecimento dos seus critérios petivas alterações, bem como acompanhar e fiscalizar a sua
básicos, montante da massa salarial e sua distribuição pelos correta execução;
diferentes grupos profissionais, regalias sociais, mínimos de b) Promover a adequada utilização dos recursos técnicos,
produtividade e grau de absentismo; humanos e financeiros;
f) Situação contabilística da empresa compreendendo o c) Promover, junto dos órgãos de gestão e dos trabalhado-
balanço, conta de resultados e balancetes trimestrais; res, medidas que contribuam para a melhoria da atividade da
g) Modalidades de financiamento; empresa, designadamente, nos domínios dos equipamentos
h) Encargos fiscais e parafiscais; técnicos e da simplificação administrativa;
i) Projetos de alteração do objeto, do capital social e de d) Apresentar aos órgãos competentes da empresa suges-
reconversão da atividade produtiva da empresa. tões, recomendações ou críticas tendentes à qualificação ini-
4- As informações previstas neste artigo são requeridas, cial e à formação contínua dos trabalhadores e à melhoria
por escrito, pela CT ou pelos seus membros à administração das condições de trabalho, designadamente das condições de
da empresa e a mesma fica obrigada a responder nos termos segurança, higiene e saúde;
da lei. e) Defender, junto dos órgãos de gestão e fiscalização da
5- O disposto no número anterior não prejudica nem subs- empresa e das autoridades competentes, os legítimos interes-
titui as reuniões previstas no artigo 14.º, nas quais a CT tem ses dos trabalhadores.
direito a que lhe sejam fornecidos as informações necessá- Artigo 18.º
rias à realização das finalidades que as justificam.
Reorganização e reestruturação da empresa
Artigo 16.º
Em especial, para intervenção na reestruturação da em-
Obrigatoriedade do parecer prévio presa, a CT goza dos seguintes direitos:
1- A CT exigirá o direito de parecer prévio nas matérias e a) O direito de ser previamente ouvida e de sobre ela emi-
direitos que obrigatoriamente a lei lhe confere procurando tir parecer, nos termos e nos prazos previstos na lei, sobre os
sempre a defesa dos interesses dos trabalhadores e nomea- planos ou projetos de reestruturação;
damente: b) O direito de ser informada sobre a evolução dos actos
a) Regulação da utilização de equipamento tecnológico subsequentes;
para vigilância a distância no local de trabalho; c) O direito de ter acesso à formulação final dos instru-
b) Tratamento de dados biométricos; mentos de reestruturação e de sobre eles se pronunciar antes
c) Elaboração de regulamentos internos da empresa; de oficializados;
d) Modificação dos critérios de base de classificação pro- d) O direito de reunir com os órgãos ou técnicos encarre-
fissional e de promoções; gados dos trabalhos preparatórios de reestruturação;
e) Definição e organização dos horários de trabalho aplicá- e) O direito de emitir juízos críticos, de formular sugestões
veis a todos ou a parte dos trabalhadores da empresa; e de deduzir reclamações junto dos órgãos da empresa ou das
f) Elaboração do mapa de férias dos trabalhadores da em- entidades legalmente competentes.
presa;
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2487
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Delegação de poderes entre membros da comissão de trabalhadores Regulamento eleitoral para a comissão de
1- É lícito a qualquer membro da CT delegar noutro a sua trabalhadores
representação, mas essa delegação só produz efeitos numa
única reunião da CT. Artigo 45.º
2- Em caso de gozo de férias ou impedimento de duração
não superior a um mês a delegação de poderes produz efeitos Capacidade eleitoral
durante o período indicado. São eleitores e elegíveis os trabalhadores da empresa de-
3- A delegação de poderes está sujeita a forma escrita, finidos no número 2 do artigo 1.º dos estatutos.
devendo indicar-se expressamente os fundamentos, prazo e
Artigo 46.º
identificação do representante.
Artigo 42.º Princípios gerais sobre o voto
1- O voto é direto e secreto.
Substituição de elementos da comissão de trabalhadores 2- É permitido o voto por correspondência aos trabalha-
1- Os elementos da CT podem, durante o seu mandato, dores que se encontrem temporariamente deslocados do seu
pedir a sua substituição temporária por um período mínimo local de trabalho habitual por motivo de serviço, aos que es-
de 3 meses e máximo de 18 por motivos de doença, licença tejam de folga no dia da votação e aos que estejam em gozo
sem vencimento, suspensão de contrato por sua iniciativa ou de férias ou ausentes por motivo de doença.
motivos de carácter pessoal. 3- A conversão dos votos em mandatos faz-se de harmonia
2- A substituição faz-se, por iniciativa da CT, nos termos com o método de representação proporcional da média mais
do ponto 2 do artigo 4.º alta de Hondt.
Artigo 43.º Artigo 47.º
Subcomissões de trabalhadores Caderno eleitoral
1- Poderão ser constituídas subcomissões de trabalhado- 1- A comissão eleitoral (CE) em funções deve elaborar um
res, nos termos da legislação em vigor. caderno eleitoral dos trabalhadores com direito a voto.
2- A duração de mandato da(s) subcomissão(ões) de traba- 2- O caderno eleitoral é utilizado em todas as votações por
lhadores é de 3 anos, devendo coincidir com o da CT. voto secreto e está aberto à consulta de todos os trabalhado-
3- A atividade das subcomissões de trabalhadores é regula- res interessados.
da, com as devidas adaptações, pelas normas previstas nestes 3- A empresa deve entregar o caderno eleitoral aos traba-
estatutos e na lei. lhadores que procedem à convocação da votação, no prazo
Artigo 44.º de quarenta e oito horas após a receção da cópia da convoca-
tória, procedendo estes à sua imediata afixação na empresa e
Comissões coordenadoras estabelecimento.
1- A CT da MAHLE, SA, articulará a sua ação com as co- 4- O caderno eleitoral deve conter o nome e o número
missões de trabalhadores do seu sector, para constituição de interno dos trabalhadores da empresa e, sendo caso disso,
uma comissão coordenadora de grupo/sector, à qual adere, agrupados por estabelecimentos, à data da convocação da
que intervirá na elaboração dos planos económico-sociais de votação.
sector. Artigo 48.º
2- A CT articulará a sua ação com as comissões de traba-
lhadores do distrito para constituição de uma comissão coor- Comissão eleitoral
denadora, à qual adere. 1- O processo eleitoral é dirigido por uma comissão eleito-
3- Deverá ainda articular a sua atividade às comissões de ral (CE) constituída por três elementos, eleitos em conformi-
trabalhadores de outras empresas, no fortalecimento da coo- dade com o previsto no número 3 deste artigo e integrando
peração e da solidariedade. ainda, posteriormente, um representante de cada lista apre-
4- Os trabalhadores da empresa deliberam sobre a parti- sentada às eleições.
cipação da respetiva CT na constituição de comissão coor- 2- Na falta de comissão eleitoral eleita em conformidade
denadora e a adesão à mesma, bem como a revogação da com estes estatutos, a mesma é constituída, nos termos da
adesão, nos termos da lei, por iniciativa da CT ou de cem ou lei, por um representante da cada uma das listas concorren-
20 por cento dos trabalhadores da empresa. tes e igual número de representantes dos trabalhadores que
convocaram a eleição.
Disposições gerais 3- Os três elementos referidos no número 1 deste artigo
são eleitos pela CT em funções, por deliberação tomada nos
Constitui parte integrante destes estatutos o regulamento
termos do artigo 38.º dos estatutos. Nos casos em que não
eleitoral.
exista CT e nos casos de destituição desta e de cessação de
2489
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, 8/8/2016
funções na situação referida no número 3 do artigo 4.º, a CE 2- A apresentação consiste na entrega da lista à CE, acom-
será eleita pelo plenário convocado nos termos dos artigos panhada de uma declaração de aceitação assinada por cada
6.º e 7.º e que funcionará nos termos do artigo 9.º um dos candidatos e subscrita, nos termos do número 1 do
4- Sendo a CE eleita nos termos do número 1, os membros artigo anterior, pelos proponentes.
da CE elegerão um presidente de entre os três elementos re- 3- As listas deverão ser compostas por um máximo de 7
feridos nesse número 1. elementos, acrescidas de um terço de suplentes.
5- As reuniões da CE são convocadas pelo presidente ou 4- A CE entrega aos apresentantes um recibo com a data e
por dois outros membros. a hora da apresentação e regista essa mesma data e hora no
6- As deliberações da CE são tomadas por maioria sim- original recebido.
ples, sendo válidas desde que participe na reunião a maioria 5- Todas as candidaturas têm direito a fiscalizar, através
dos seus membros. de delegado designado, toda a documentação recebida pela
7- O mandato da CE inicia-se com a eleição a que se refere comissão eleitoral para os efeitos deste artigo.
o número 1 do presente artigo e termina após publicação dos
Artigo 54.º
nomes dos membros eleitos e depois de decorrido o prazo
para impugnação do acto eleitoral. Rejeição de candidaturas
Artigo 49.º 1- A CE deve rejeitar de imediato as candidaturas entre-
gues fora de prazo ou que não venham acompanhadas da do-
Data da eleição cumentação exigida no artigo anterior.
O acto eleitoral tem lugar até 15 dias antes do termo do 2- A CE dispõe do prazo máximo de dois dias a contar da
mandato da CT. data de apresentação para apreciar a regularidade formal e a
conformidade da candidatura com os estatutos.
Artigo 50.º
3- As irregularidades e violações aos estatutos detetadas
Convocatória da eleição podem ser supridas pelos proponentes, para o efeito notifi-
cados pela CE, no prazo máximo de dois dias a contar da
1- O acto eleitoral é convocado com a antecedência míni-
respetiva notificação.
ma de 30 dias sobre a respetiva data.
4- As candidaturas que, findo o prazo referido no número
2- A convocatória menciona expressamente o dia, o local,
anterior, continuarem a apresentar irregularidades e a violar
horário e objeto da votação.
o disposto nos estatutos, são definitivamente rejeitadas por
3- A convocatória é afixada nos locais usuais para afixação
meio de declaração escrita, com indicação dos fundamentos,
de documentos de interesse para os trabalhadores e nos lo-
assinada pela CE e entregue aos proponentes.
cais onde funcionarão mesas de voto e difundida pelos meios
adequados, de modo a garantir a mais ampla publicidade. Artigo 55.º
4- Uma cópia da convocatória é remetida pela entidade
convocante ao órgão de gestão da empresa, na mesma data Aceitação das candidaturas
em que for tornada pública, por meio de carta registada com 1- Até ao décimo dia anterior à data marcada para o acto
aviso de receção, ou entregue com protocolo. eleitoral, a CE publica, por meio de afixação nos locais in-
dicados no número 3 do artigo 51.º, as candidaturas aceites.
Artigo 51.º
2- As candidaturas aceites são identificadas por meio de
Quem pode convocar o acto eleitoral letra, que funcionará como sigla, atribuída pela CE a cada
uma delas por ordem cronológica de apresentação, com iní-
O acto eleitoral é convocado pela CE constituída nos ter-
cio na letra A.
mos dos estatutos ou, na sua falta, por, no mínimo, 20 % ou
100 trabalhadores da empresa. Artigo 56.º
Artigo 52.º Campanha eleitoral
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2- Os trabalhadores têm o direito de votar durante o perí- 4- As presenças no acto de votação devem ser registadas
odo normal de trabalho que lhes seja contratualmente apli- em documento próprio.
cável. 5- O registo de presença contém um termo de abertura e
um termo de encerramento, com indicação do número total
Artigo 58.º
de páginas e é assinado e rubricado em todas as páginas peles
Mesas de voto membros da mesa, ficando a constituir parte integrante da ata
da respetiva mesa.
1- A cada mesa não podem corresponder mais de 500 elei-
tores. Artigo 62.º
2- As mesas são colocadas no interior dos locais de traba-
lho, de modo que os trabalhadores possam votar sem preju- Votação por correspondência
dicar o funcionamento eficaz da empresa ou do estabeleci- 1- Os votos por correspondência são remetidos à comissão
mento. eleitoral até vinte e quatro horas antes de fecho da votação.
2- A remessa é feita por carta registada com indicação de
Artigo 59.º
nome do remetente, dirigido à comissão de trabalhadores da
Composição e forma de designação das mesas de voto empresa, com a menção «comissão eleitoral» e só por esta
pode ser aberta.
1- As mesas são compostas por um presidente e dois vo-
3- O votante, depois de assinalar o voto, dobra o boletim
gais, escolhidos de entre os trabalhadores com direito a voto
de voto em quatro, introduzindo-o num envelope, que fecha-
e que ficam dispensados da respetiva prestação de trabalho.
rá, assinalando-o com os dizeres «voto por correspondên-
2- Os membros da(s) mesa(s) de voto são designados pela
cia». Este envelope é por sua vez introduzindo noutro enve-
comissão eleitoral de entre:
lope que enviará pelo correio, juntamente com fotocópia do
a) Membros da CT ou da subcomissão de trabalhadores;
bilhete de identidade, ou passaporte.
b) Trabalhadores mais idosos.
4- Depois de terem votado os elementos da mesa do lo-
3- Cada candidatura tem direito a designar um delegado
cal onde funcione a comissão eleitoral, esta procede á aber-
junto de cada mesa de voto para acompanhar e fiscalizar to-
tura de envelope exterior, regista em seguida no registo de
das operações.
presenças o nome do trabalhador com a menção «voto por
Artigo 60.º correspondência» e, finalmente, entrega o envelope ao presi-
dente da mesa que, abrindo-o, faz de seguida a introdução do
Boletins de voto boletim na urna, sem o desdobrar.
1- O voto é expresso em boletins de voto de forma retan-
Artigo 63.º
gular e com as mesmas dimensões para todas as listas, im-
pressos em papel da mesma cor, liso e não transparente. Valor dos votos
2- Em cada boletim são impressas as designações das can-
1- Considera-se voto em branco o boletim de voto que não
didaturas submetidas a sufrágio e as respetivas siglas e sím-
tenha sido objeto de qualquer tipo de marca.
bolos, se todos os tiverem.
2- Considera-se voto nulo o do boletim de voto:
3- Na linha correspondente a cada candidatura figura um
a) No qual tenha sido assinalado mais de um quadrado ou
quadrado em branco destinado a ser assinalado com a esco-
quando haja dúvidas sobre qual o quadrado assinalado;
lha do eleitor.
b) No qual tenha sido feito qualquer corte, desenho ou ra-
4- A impressão dos boletins de voto fica a cargo da CE,
sura ou quando tenha sido escrita qualquer palavra.
que assegura o seu fornecimento às mesas na quantidade ne-
3- Não se considera voto nulo o do boletim de voto no qual
cessária e suficiente, de modo que a votação possa iniciar-se
a cruz, embora não perfeitamente desenhada ou excedendo
dentro do horário previsto.
os limites do quadrado, assinale inequivocamente o vontade
5- A CE envia, com a antecedência necessária, boletins de
do votante.
voto aos trabalhadores com direito a votar por correspon-
4- Considera-se ainda como voto em branco o voto por
dência.
correspondência quando o boletim de voto não chega ao seu
Artigo 61.º destino nas condições previstas no artigo anterior, ou seja
recebido em envelopes que não estejam devidamente fecha-
Acto eleitoral dos.
1- Compete à mesa dirigir os trabalhos do acto eleitoral.
Artigo 64.º
2- Antes do início da votação, o presidente da mesa mostra
aos presentes a urna aberta de modo a certificar que ela não Abertura das urnas e apuramento
está viciada, findo o que a fecha, procedendo à respetiva se-
1- A abertura das urnas e o apuramento final têm lugar si-
lagem com lacre.
multaneamente em todas as mesas e locais de votação e são
3- Em local afastado da mesa o votante assinala com uma
públicas.
cruz o quadrado correspondente à lista em que vota, dobra e
2- De tudo e que se passar em cada mesa de voto é lavrada
boletim de voto em quatro e entrega-o ao presidente da mesa,
uma ata que, depois de lida em voz alta e aprovada pelos
que o introduz na urna.
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II - ELEIÇÕES
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