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Heresias e Modismos Doutrinários

Não podemos falar sobre heresias e modismos sem primeiro entendermos o


que é uma seita. Você sabe o que é uma seita? Segundo o dicionário de religiões,
crenças e ocultismo, seita é: “Um grupo religioso que se separa de uma religião
estabelecida, devido ao carisma e pregação de um ex-líder local, que alega ter
recebido revelações diretamente do céu”. No mundo atualmente existem mais de
10 mil seitas, sendo: 6.000 na África; 1.200 nos E.U.A. e o restante em outros
países. Elas podem ser classificadas em grupos específicos. São eles:
 Secretas: Maçonaria, Teosofia, Rosa Cruz, Esoterismo, etc.
 Pseudo-cristãs: Mórmons, Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, A Família
(Meninos de Deus), Igreja Apostólica da Santa Vó Rosa, etc.
 Espíritas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão, etc.
 Afro-brasileiras: Umbanda, Quimbanda, Candomblé, etc.
 Orientais: Seicho-No-Iê, Messiânica Mundial, Hare-Krishna, Meditação
Transcendental, etc.
 Unicitas: Voz da verdade, Igreja Local, Adeptos do Nome Yehoshua, Só Jesus,
Tabernáculo da Fé, etc.
Não vamos estudar, hoje, as seitas, mas precisamos ter uma noção sobre elas,
porquê são delas que surgem as principais heresias e modismos. Entretanto, para
nossa tristeza, como evangélicos, muitas das igrejas que se dizem cristãs e
evangélicas estão envolvidas, dominadas, total ou parcialmente, por falsos
ensinamentos bíblicos, falsas doutrinas, modismos teológicos, invencionices,
ventos de doutrina (Ef 4.14). Tudo isto surge e se propaga no meio evangélico
porque líderes, bem ou mal intencionados distorcem o verdadeiro sentido dos
textos bíblicos, além do mais, a maioria do povo não é bereiano (At 17.10,11), não
questiona, não avalia, não pesquisa, se o que estão aprendendo é realmente bíblico
ou não. Aceitam qualquer ensinamento que lhes é ministrado dos púlpitos. É
necessário que cada crente seja criterioso no seu aprendizado, para não sofrer
prejuízo na sua vida espiritual. Nem tudo o que é pregado ou ensinado nas igrejas
vem de Deus. A própria Palavra de Deus nos revela que existem 3 tipos de
doutrinas, ensinamentos: Doutrina de Deus (At 2.42; 13.1,2; Tt 2.10); Doutrina de

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homens (Mt 15.9; 16.12; Cl 2.22) e doutrina de demônios (1 Tm 4.1). São inúmeras
as heresias e modismos que a Igreja Cristã já enfrentou desde a sua fundação até
aos dias atuais. Nós estudaremos algumas delas e a refutação bíblica
(contestação, combate). Vejamos:

I) HERESIAS SURGIDAS NOS PRIMEIROS SÉCULOS DA IGREJA CRISTÃ:

1 – GNOSTICISMO: Surgiu ainda no período apostólico. Os gnósticos foram


duramente combatidos pelos apóstolos Pedro, Paulo e João. Em suas epístolas
vemos como eles combaterem este movimento herético (o Gnosticismo nunca foi
abolido, continua vivo e atuante ainda hoje). Os maiores líderes gnósticos daquele
temop foram: Cerinto, Basilides e Valentino. Os gnósticos ensinavam o seguinte:
1.1) A salvação era pelo conhecimento (Gnose). Somente aqueles que tinham este
conhecimento secreto, para os “iniciados” é que alcançavam à salvação. Ref.
Bíblica: A salvação é pela graça, mediante a fé (Gl 2.8).
1.2) Cristo era salvador mediante os seus ensinamentos. Ref. Bíblica: Cristo se
tornou o nosso Salvador mediante a sua morte e ressurreição (Tt 2.11-14; 1 Tm
2.5,6; Hb 9.28; Rm 5-8; 1 Co 15, etc.).
1.3) Que a matéria (incluindo o corpo) era má, só a alma era boa. Por isso eram
libertinos. Ref. Bíblica: O corpo é templo do Espírito Santo e todo ele deve ser
santificado a Deus (1 Co 3.16,17; 6.19,20; 1 Ts 5.23; Rm 12.1).
1.4) Criam em Demiurgo: Um ser intermediário que criou o mundo (Deus não o
havia criado por que o mundo é mal, é matéria). Ref. Bíblica: Gn 1.1,2; Jo 1; Cl 1.

2 – EBIONISMO: Foi propagado pelos judaizantes. Os ebionistas ensinavam o


seguinte:
2.1) A salvação era mediante a guarda da Lei de Moisés. Queriam conservar a
herança judaica (circuncisão, guarda do sábado, restrições alimentares, etc.).
Enfatizavam a pobreza, o vegetarianismo e o ascetismo. Ref. Bíblica: Rm 2-8; Gl 3-
5; 1 Tm 4.1-5; Cl 2.11-23).
2.2) Jesus: Era o Novo Moisés (veio cumprir e reformar a Lei) e fora adotado como
Filho de Deus no batismo. Ref. Bíblica: Jesus é um com o Pai e já existia antes de se
encarnar (Jo 1; 10.10; 1 Jo). Jesus não é um novo Moisés, é maior do que ele (Hb
3.1-6).

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2.3) Não aceitavam a apostolicidade de Paulo. Ref. Bíblica (Gl 1,2; 2 Co 10-12; At
14.14).

3 – MARCIONISMO: Divulgada por Marcião (c. 85-160 d.C.). Ele foi excomungado
da igreja no ano 144 d.C. Ele ensinava o seguinte:
3.1) O Deus do Antigo Testamento não é do Deus do Novo Testamento. O Deus do
A.T. é ignorante, violento, imperfeito e vingativo; o Deus do Novo Testamento é
suave, não violento, amoroso e misericordioso. Ref. Bíblica: Deus é imutável (Ml
3.6; Mt 11.25,26).
3.2) O Messias do A.T. é só para os judeus, o do N.T. é para todo o mundo. Ref.
Bíblica: As profecias do A.T. dizem que o Messias era para todos (Is 42;49; 53-56) e
Ele é o mesmo (Hb 13.8).
3.3) O Antigo Testamento não faz parte do Cânon Sagrado (em outras palavras,
não era a Palavra de Deus para os cristãos). Para ele só era válido algumas das
epístolas paulinas e a maior parte do evangelho de Lucas. O restante havia sido
corrompido pelos judaizantes. Ref. Bíblica: Toda a Escritura é inspirada por Deus
(1 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21; Lc 4.16-21; 24.44-48).

II) HERESIAS E MODISMOS SURGIDOS NOS ÚLTIMOS ANOS DO SÉC. XX E INÍCIO


DO SÉC. XXI:

A maioria destes ensinamentos surgiram fora do Brasil (principalmente nos


E.U.A.) e se manifestam em igrejas neopentecostais. Quando estudamos sobre este
assunto é preciso citar nomes, porque estes líderes precisam ser desmascarados
devido as suas práticas errôneas (At 5.34-39; 1 Tm 1.18-20; 2 Tm 1.15; 2.14-19; 3 Jo
9-11). Eis algumas práticas e ensinamentos heréticos dos últimos anos:

1 – QUEBRA DE MALDIÇÃO EM CRENTES: Ensinam que se alguma coisa está


dando errada na vida do crente é porque pode haver alguma maldição não
quebrada. É preciso quebra-las, para que sua vida seja próspera, haja saúde, haja
vida espiritual e ministerial abençoada, etc. Como esta quebra de maldição é feita?
Geralmente se pede perdão a Deus pelos pecados do seu antepassado que pecou
ou lhe amaldiçoou. Usa-se, também, declarar com as próprias palavras dizendo

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que está quebrando todas as maldições em sua vida, das gerações passadas. Este
ensinamento baseia-se no texto bíblico de Ex 20.4-6. O texto está se referindo a
todos aqueles que não são crentes, não servem a Deus. Geralmente confundem
pecados praticados pela própria pessoa ou doenças genéticas com maldição.
Quebram maldição de tudo, até de nomes próprios. Ref. Bíblica: Nm 23.23; Gl 6.7;
Ez 18; Jo 9.1-3; 2 Co 5.17; Rm 8.1; Ef 1.3; Rm 8.28-39; Fp 3.13,14).

2 – DETERMINISMO: Ensinam que tudo o que a pessoa diz ou determina, acontece.


Este ensino foi muito divulgado no livro: “Há poder em suas palavras”. Este
ensinamento, também, pode ser chamado de “força do pensamento positivo e
verbalização da fé”. O texto bíblica básico onde fundamentam esta doutrina é Pv
18.21. Ref. Bíblica: Nem tudo o que a pessoa diz, acontece (Gn 42.36: José não
morreu; 1 Sm 27.1,2: Davi não morreu nas mãos dos filisteus; Is 38.9-13: Ezequias
não morreu; At 20.25 e 1 Tm 4.13).

3 – PRÁTICAS JUDAIZANTES: Muitos hoje em dia, dentro de igrejas evangélicas,


tem usado práticas judaizantes, tais como: Tocar shofar (trombeta de chifre de
carneiro), usar o menorá dentro do templo, celebrar festas judaicas, músicas
judaicas, viagens à Israel, uso de palavras em hebraico, etc. Dão uma
supervalorização a tudo o que é de Israel. Ref. Bíblica: A Igreja é o Novo Israel de
Deus (Rm 2.28,29; 9.6-8; Gl 6.16). Todos os crentes em Cristo são herdeiros das
promessas de Deus a Abraão.

4 – RECRIAÇÃO DE FUNÇÕES ECLESIÁSTICAS E MINISTERIAIS: Há, pelo menos, 2


funções que foram recriadas nestes últimos anos: Levitas e Apóstolos. Levitas:
Eram todos os israelitas que faziam parte da tribo de Levi e que eram responsáveis
pelo Tabernáculo (Nm 1.47-53; 3-4; 8.5-14; 35; Dt 18; Js 21) e, mais tarde, pelo
templo, em Jerusalém. Entre eles haviam os levitas sacerdotes (descendentes de
Arão) e os levitas servidores do templo, que eram responsáveis por cuidar do
transporte e da manutenção do Tabernáculo. Na época de Davi eles também
passaram a exercer a função de cantores e músicos no templo de Jerusalém. Se
nos dias de hoje alguém pretende ser “levita”, precisa, também, cumprir as outras
funções, nos mínimos detalhes e obedecer à Lei de Moisés (Tg 2.10). Apóstolo: Esta

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palavra significa “Mensageiro”, “Enviado extraordinário”. Segundo a Bíblia e os
maiores estudiosos no assunto, esta função se limitou ao tempo em que a Igreja foi
fundada. Depois do 1º Século não há mais nenhuma evidência na história de que
alguém tenha usado este título e tenha sido reconhecido como tal. De acordo com a
Bíblia uma pessoa só era reconhecida como apóstolo se fosse comissionada pelo
próprio Senhor Jesus Cristo e se o tivesse visto ressuscitado (At 1; 14.14; Gl 1.19; 1
Co 15.7-9). Além do mais, os apóstolos do N.T. tinham uma autoridade singular:
Falar e escrever palavras que eram “palavras de Deus” em sentido absoluto. Não
acreditar neles ou desobedecer a eles era o mesmo que não crer em Deus e
desobedecer a Deus. As palavras deles se tornaram o Novo Testamento.
Atualmente ninguém pode acrescentar palavras à Bíblia. Por qual motivo alguns
estão recriando estas funções hoje em dia? Desejo de serem reconhecidos como
pessoas ilustres e de grande autoridade espiritual sobre o Rebanho de Deus.
Orgulho pessoal, auto-exaltação, desejo de ser grande. Assim, também, o pastor
de hoje não é um sacerdote, mas Ministro de Cristo.

5 – O EVANGELHO DA SAÚDE PERFEITA: Há uma ênfase muito grande hoje em dia


em curas e milagres, que Deus deseja curar a todos. Se a pessoa tiver fé será
curada de todas as doenças e enfermidades que tem. Isto não é verdade. Embora
Deus tenha poder para curar a todos, nem sempre cura. Não é porque a pessoa
está vivendo em pecado, nem porque tem falta de fé, mas porque Deus, em sua
vontade, não quis curar. Ele tinha/tem outro propósito a realizar por meio da
doença/enfermidade. Há hoje milhares de pessoas frustradas dentro e fora das
igrejas evangélicas porque lhes prometeram cura e a cura não se realizou. Ref.
Bíblica: Jó; 2 Rs 13.14-21; 1 Tm 5.23; 2 Co 12.7-10; 2 Tm 4.20; Ex 4.11. Muitos dos
pregadores do Evangelho da saúde perfeita morreram de doença/enfermidade:
E.W. Kennyon (vítima de tumor maligno), John Wimber e seu filho Chirs (câncer),
A.A. Allen (alcoolismo), John Lake (colapso), Gordon Lindsey (do coração), Kathryn
Khulmann (do coração), Daisy Osborne (de câncer, jurando que havia sido curada),
“profeta” Keith Greyton (Aids), etc. Muitos dos grande heróis da fé, na história da
Igreja Cristã padeceram de doenças e enfermidades, mas mantiveram-se fiéis a
Deus até a morte: Sadu Sundar Singh (seus pés sangravam), C.H.Spurgeon (Sofria
de gota), D.L. Moody (morreu do coração), George Whitefield (sofria dos pulmões),

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Daniel Berg (sofria com a malária), David Livingstone (caiu 31 vezes com febre na
África), Henry Martin (morreu de tuberculose), Jonathan Edwards (morreu de
varíola), Billy Graham (sofre de câncer na próstata, mal de Alzaihmer e esclerose).
O que Deus promete na doença e enfermidade é não abandonar os seus filhos (Sl
41.3).
6 – ÊNFASE EXAGERADA EM DEMONISMO E GUERRA ESPIRITUAL: Para muitas
pessoas tudo o que acontece de ruim, de mal neste mundo é culpa do Diabo, mas
não é. Muitos querem isentar o homem e seu pecado transferindo a culpa para o
maligno. Há lugares em que se fala mais no Diabo do que em Jesus Cristo. Há uma
fascinação pelo mal, pelas coisas do maligno do que pela Palavra de Deus.
Atualmente, nas livrarias evangélicas vendem-se mais livros sobre Satanás do que
sobre Jesus e as doutrinas da Bíblia. Se o Diabo “morresse”, “deixasse de existir”
nos dias de hoje, muitas igrejas fechariam as portas, porque vivem de exorcismo e
de guerra espiritual. Daí surgem práticas anti-bíblicas e até aberrantes. Sabemos
que o Diabo existe e que há uma guerra espiritual em andamento (Ef 6.10-18), mas
a nossa ênfase deve ser a de buscar a Deus e procurar fazer a sua vontade, não
viver especulando sobre o Diabo e o reino das trevas. Muitas igrejas são fascinadas
por seminários sobre o assunto. Muitos livros tem contribuído para isso, tais como:
“Este mundo tenebroso”, de Frank Peretti, “Ele veio para libertar os cativos”, de
Rebeca Brown, “Mapeamento Espiritual”, de Valnice Milhomens, etc. Tudo isto tem
levado a inúmeras heresias: Hinologia sobre demonismo e guerra espiritual;
conversa com demônios em muitos cultos, enquanto a pessoa está
endemoninhada; ensinamento de que crentes ficam endemoninhados; revelações
sobre o mundo espiritual vinda de demônios; “arrebatamentos ao céu e ao inferno”
(livros: “Divina revelação do inferno” e “Divina revelação do céu”); doutrina da
crença em espíritos territoriais; nomeação de demônios; etc. Refutação bíblica:
Sabemos que existe uma batalha espiritual sendo travada, mas precisamos
compreender que somos guardados pelo poder de Deus, que o nosso Deus é o
Soberano Rei do Universo, acima de todo poder maligno (que é infinitamente
menor) e que cabe a nós, acima de tudo vigiarmos na nossa caminhada e dar
ênfase, não ao maligno, mas a Deus, na nossa vida diária. Em todas as coisas
somos mais do que vencedores em Cristo (Rm 8.31-39).

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7 – ATOS PROFÉTICOS: Os chamados “atos proféticos” são atitudes ou ações, que
um determinado grupo de crentes produz de forma representativa ou simbólica, a
fim de alcançar um objetivo. Ensina-se que o que o crente faz na terra tem
influência no mundo espiritual, no céu. É como se a pessoa tivesse autoridade de
manipular o mundo espiritual por meio de declarações e orações reivindicatórias.
Exemplos: Colocar o mapa de uma cidade, estado ou país, e orar sobre ele,
derramar ou colocar algo sobre ele, escrever algo nele, etc. visando desta forma,
alcançar aquele lugar, vê-lo convertido a Cristo ou algo parecido; derramar “óleo
ungido” sobre uma cidade visando expelir dela os demônios que nela atuam e vê-la
rendida aos pés de Jesus Cristo. O perigo dessa prática é que as pessoas
substituem a oração, a evangelização e o bom testemunho na sociedade por algo
simbólico. Ainda que haja estes três itens já citados, a ênfase sempre recairá sobre
o símbolo. Este tipo de prática coloca em evidência o homem e não a pessoa de
Deus. Não se tem notícia de nenhum “ato profético” que tenha dado certo ou
causado algum efeito de impacto na Igreja Cristã. Acima de tudo, jamais vemos
esta prática sendo ensinada no N.T.

Conclusão: A tendência é que a cada ano surjam mais e mais heresias, modismos e
práticas anti-bíblicas. Cada a cada cristão evangélico, comprometido com Jesus
Cristo e sua Palavra, examinar diariamente a Bíblia Sagrada, buscando dela a
direção para a sua vida espiritual, a fim de não ser enganado. Além do mais é
preciso manter-se vigilante, em oração constante, sob a liderança de pastores
verdadeiramente vocacionados por Deus, conhecedores da Palavra, cuja vida são
exemplos do que pregam. Cabe, ainda, a cada cristão, estar informado acerca do
que está acontecendo e verificar se o que se tem ensinado provém de Deus ou não,
tendo como única regra de fé e prática a Bíblia Sagrada. Amém.

“O MISTICISMO EVANGÉLICO”
Cl 2.8,18-23; 1 Tm 4.1; 2 Pe 2.1-3 (ARA)

Introdução: O Brasil tem visto um crescimento extraordinário do povo evangélico.


Este crescimento tem gerado não apenas benefícios, mas, também, problemas,
entre eles o misticismo. Misticismo é “A tendência exagerada para se acreditar no
sobrenatural, no transcendente”. O povo evangélico brasileiro, em grande parte,
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tem sido influenciado por modismos, supertições, esoterismo e muitos falsos
conceitos. O misticismo evangélico é um assunto que precisamos conhecer bem,
pois, se não tivermos noção do que está acontecendo, poderemos ser envolvidos
por uma enxurrada de falsas doutrinas bíblicas, que vão contra o que nós cremos.
Tanto o apóstolo Paulo quanto o apóstolo Pedro, quando escreveram aos irmãos de
sua época, já demonstravam preocupação com este tipo de coisas que já estavam
atingindo a igreja naquela época. Se naqueles dias o misticismo já estava
penetrando no meio do Cristianismo, quanto mais agora! Martinho Lutero, o grande
reformador disse certa vez: “Qualquer ensinamento que não se enquadre nas
Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”. E,
um outro autor, anônimo, disse: “Um erro da espessura de um fio de cabelo afasta-
nos cem quilômetros do alvo”. O que precisamos saber então sobre este assunto
chamado “Misticismo Evangélico”?

I) POR QUAIS MEIOS O MISTICISMO TEM SE MANIFESTADO NO MEIO


EVANGÉLICO?

1 – Visões: Há crentes que estão vivendo de visões.


2 – Revelações: Revelação é trazer à luz aquilo que está oculto. Há crentes que
vivem correndo atrás de revelações para saber sobre o seu futuro e que decisões
deve tomar em relação a sua vida.
3 – Profecias: Embora seja bíblica e atual, há muitos exageros. A profecia deve
obedecer aos princípios bíblicos (1 Co 12 e 14).
4 – Sonhos: Para muitos crentes, todo sonho tem um significado. Eles obedecem
obcecadamente o que acham que o sonho diz.
5 – Experiências: São as mais diversas: Sapateado, gesticulações simbólicas,
imitações de animais, “cair no poder de Deus”, etc.
6 – Linguajar: São os chamados “jargões evangélicos” ou “evangeliquês”. Entre
eles, temos alguns: “Tá amarrado”, “varão de fogo”, “varoa de guerra”, “canela de
fogo”, “mistério de papai”, “desenrola o rolo”, etc. Isto serve para demonstrar um
certo ar de superioridade, de espiritualidade, de certos mistérios divinos que
somente alguns conhecem.

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7 – Doutrinas: Determinismo (At 20.25 e 1 Tm 1.3-7); Guerra espiritual e obsessão
por demônios; Maldição hereditária (quebra de maldição de nomes, de palavras,
etc.); Demarcação de território e o Triunfalismo; Cristianismo judaizante; cobertura
espiritual por apóstolos; Retaliação por parte do diabo; etc.
8 – Práticas: Cultos de libertação (a maioria dos freqüentadores são os crentes!);
prática de consulta a caixinha de promessas; oração no monte tem mais valor do
que em outros lugares; “orando de madrugada a fila é menor”; aquisição de objetos
vindos de Israel (idolatria, coleção de relíquias); objetos ungidos na igreja e uso de
amuletos sagrados; viagem para Israel e batismo nas águas do Rio Jordão; Culto
de campanhas (Muralhas de Jericó; causas impossíveis; 7 mergulhos de Naamã;
etc.).
9 – Hinologia: Principalmente nos chamados “corinhos de fogo” e “louvores atuais”.
Muitos deles estão cheios de heresias.
10 – Veneração a personalidades: Fãs clubes de cantores e grupos evangélicos; ir
aos cultos somente quando o pregador preferido estiver pregando; cultuar a certos
pregadores, imitando-os e seguindo-os cegamente; ouvir somente os seus líderes
espirituais, fanaticamente, sem consultar o que diz as Sagradas Escrituras.

II) POR QUE O MISTICISMO EVANGÉLICO É FACILMENTE ADERIDO?

1 – Porque os crentes, na sua maioria, desconhecem a Palavra de Deus: Grande


parte dos crentes não estudam a Bíblia diariamente, não levam a sério a Palavra de
Deus, não participam da E.B.D., não fazem cursos, não lêem livros que ajudam na
interpretação da Bíblia. Investem dinheiro em muitas coisas, mas não querem
investir dinheiro numa Bíblia de estudo.
2 – Porque as pessoas gostam de experiências novas e diferentes em relação ao
sobrenatural: Isto é próprio do ser humano. A curiosidade o incita a buscar algo
transcendente, ainda que antibíblico. Ele quer é experimentar, ter sensações
diferentes.
3 – Porque muitos lideres carismáticos, falsários e inteligentíssimos estão se
aproveitando da fé das pessoas: Muitos líderes, tanto pastores de igrejas locais
quanto os que saem de igreja em igreja, pregam e ensinam o que querem e não são
questionados. As pessoas têm medo de “tocar” nestes “ungidos”. Eles são

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simpáticos ao povo, falam muito bem e aparentam uma espiritualidade de
“intimidade profunda com Deus e revelações extraordinários que poucos
possuem”, por isso as pessoas não questionam o caráter, nem a interpretação
bíblica que apresentam. Muitos deles se aproveitam, exageradamente, dos fiéis e
exploram a fé dos crentes.

III) QUE TIPOS DE MALES O MISTICISMO EVANGÉLICO GERA?

1 – Fanatismo: A pessoa passa a ver tudo como obra do diabo, como pecado, ela
passa a viver fora da realidade, desequilibrada. Há pessoas hoje em dia
“amarrando demônios” em garrafas de plástico!
2 – Decepções com Deus e com o Evangelho: Devido a profecias, revelações,
sonhos, visões e ensinamentos que não geram mudanças.
3 – Nanismo espiritual: O misticismo causa dependência a uma denominação, a um
líder carismático ou a um sistema de pensamentos e comportamentos (modismos
doutrinários), mas em nada contribuição para o crescimento em Deus (2 Pe 3.8).

IV) QUE ATITUDES DEVEMOS TOMAR DIANTE DO MISTICISMO EVANGÉLICO?

1 – Examinar todos os tipos de doutrinas e experiências à luz da Palavra de Deus:


Isto está na Bíblia? É isto mesmo que a Bíblia está dizendo sobre este assunto? (1
Ts 5.21; At 17.10,11).
2 – Manter uma vida de vigilância, oração e na direção do Espírito Santo: Não
devemos acreditar em tudo o que vemos e ouvimos imediatamente, precisamos
analisar, estar atentos. O Espírito Santo não nos deixa enganados se nos dispomos
a fazer a vontade de Deus (1 Jo 2.20,27; Pv 28.5).
3 – Informação, Resistência, Confronto e Denúncia: Jamais devemos aceitar algo
que não provêm de Deus para agradar os outros. Precisamos refutar usando a
Palavra de Deus, que é a nossa única regra de fé e prática (1 Tm 1.18-20; 2 Tm 2.16-
19; 4.14).

Conclusão: A tendência no Brasil é que o número de evangélicos há de aumentar


cada vez mais e, também, o misticismo. Procure ser fiel a Deus na sua igreja,

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examine todos os dias as Sagradas Escrituras, não ande com pessoas místicas,
não dê ouvidos a novas verdades que estão surgindo e busque fervorosamente a
Deus em oração continuamente, assim sua vida será cheia do Espírito Santo e, com
certeza, sua vida será uma bênção para a sua igreja e para o Reino de Deus. Que
Deus te abençoe, te ajude e te guarde. Amém.

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