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Resumo de Romanos

Introdução

Nos capítulos 9,10 e 11 de Romanos, Warren W. Wersbe apresenta sua visão a respeito da
necessidade da argumentação de Paulo em favor da justificação pela fé. Wersbe afirma que Paulo
era considerado traidor pelos judeus porque ele ministrava aos gentios e ensinava a liberdade da lei
de Moisés. Contudo, o autor defende que, o amor do Apóstolo e o anseio pelo bem do seu povo, são
o motivo principal pelo qual ele trata pormenorizadamente, nos capítulos nestes três capítulos,
respectivamente a “eleição passada”, a “rejeição presente” e a “restauração futura” de Israel. Fica
explícito durante a leitura que o autor trabalha sob a perspectiva dispensacionalista. Isso permite lhe
afirmar que Israel é a única nação do mundo que possui uma história completa com passado,
presente e futuro. Wiersbe desenvolve o assunto da seguinte forma:

Capítulo 9: Deus se enganou?

O tema desse capítulo é a eleição passada de Israel. Wiersbe desenvolve o tema da seguinte
forma:

A Fidelidade de Deus (Rm 9:1-13)

Israel foi adotado por Deus para ser seu povo. Deus fez com Israel sua aliança, através dos
Patriarcas, por meio deles Deus deu também a promessa do Messias. Por meio de Moisés deu a sua
Lei para governar política, social e religiosamente a vida do povo. Deu lhes o direito de culto e do
ministério no Tabernáculo e no Templo. Essas bênçãos pertenciam exclusivamente a Israel.
Contudo Israel fracassou. Quando veio o Messias prometido Israel rejeitou e crucificou-O. O
fracasso de Israel não implica em falha por parte de Deus, pois Deus não está limitado à condição
humana. Não foi por mérito humano que Deus escolheu seu povo (vv 11-13).

A equidade de Deus (Rm 9:14-18)

Warren afirma que embora o fato de Deus escolher um ou outro pareça uma ação iníqua (vv
14), a eleição é uma questão da mais absoluta graça, pois, se Deus fizesse justiça pura e
simplesmente a despeito de sua compaixão e misericórdia, ninguém jamais seria salvo. Por isso ao
citar Êxodo 33:19, Paulo está se referindo ao fato de ter Deus usado de misericórdia e ter escolhido
matar “somente” três mil pessoas ao invés de toda a nação de Israel por ter adorado o bezerro de
ouro quando Moisés estava no monte recebendo de Deus as tábuas da Lei. Tal escolha se deveu a
Graça e misericórdia de Deus e não ao fato de que aquelas três mil pessoas fossem piores que o
restante, pois todos igualmente mereciam a morte. Paulo cita também a Faraó (Êx. 9: 15-18)
comparando-o com Moisés. Ambos foram levantados por Deus para revelar a Sua Glória. Ambos
eram pecadores. Ambos viram os prodígios de Deus, contudo, Moisés foi salvo e Faraó não.
Embora nenhum dos dois merecesse Moisés foi escolhido para experimentar a misericórdia e a
compaixão de Deus porque Deus assim o quis. Portanto foi uma questão de escolha divina. Deus
por si mesmo define e executa sua vontade soberana. Por sua santidade e equidade Deus deve
castigar o pecado. Por ser amoroso deseja salvar o pecador. Para não negar sua santidade nem o seu
amor, Deus soberanamente promove a eleição conforme os seus desígnios.
Em relação ao endurecimento de Faraó citado no versículo 18 do capítulo 9, a justiça divina
jamais pode ser questionada, pois Deus lhe deu várias oportunidades de se arrepender e de crer.
Note que embora alguns textos afirmem que Faraó foi endurecido por Deus (ÊX. 9:12; 10:1; 10:20;
10:27), outros mostram que o próprio Faraó endureceu seu coração ao resistir a Deus que falava por
meio de Moisés (Êx. 7:13 7:14 7:22 8:15 8:19).

A justiça de Deus (Rm. 9:19-29)

Considerando a realidade da soberania divina, Wiersbe apresenta duas antigas questões: “Se
Deus é soberano quem pode Lhe resistir? E se alguém Lhe resiste, que direito Ele tem de julgar? A
resposta é que a natureza de Deus é perfeitamente justa. “Não fará justiça o juiz de toda a
terra?”(Gn. 18:25). É impossível crer que Deus tenha concebido se quer um propósito injusto,
embora da perspectiva limitada do homem, pareça ser essa uma realidade. Por isso, Wiersbe faz as
seguintes considerações:

Quem somos nós para discutirmos com Deus? (9vv 19-21)

É um pensamento lógico, pois, sendo Deus o Oleiro e o homem o barro (Jr. 18:1-17), Deus
além de Soberano é infinitamente mais sábio que nós. Então seria uma enorme tolice o homem
questionar ou tentar resistir a vontade de Deus (Is. 45:9), embora possa o homem se valer de seus
sentimentos, intelecto, e volição para resistir a Deus, é Deus mesmo quem decide se um homem
será “Moisés” ou “Faraó”, o que não o redime de suas responsabilidades.

O apóstolo Paulo não desenvolve o aspecto da responsabilidade humana, pois o tema aqui é
a Soberania de Deus, por isso, Wiersbe lembra que nenhum homem pode, por exemplo, escolher
seus pais, sua estrutura genética ou o tempo e lugar em que nasce.

Deus tem seus propósitos (VV. 22-24)

O propósito inicial de Deus sempre foi o de formar uma igreja constituída tanto de judeus
como de gentios. Rm. 9:24 para tanto Deus revelou em Moisés e em Israel sua glória e sua
riquíssima misericórdia (Êx.3:7-10) enquanto que no Egito e em Faraó, Deus revelou seu poder e
sua ira (Êx. 4:21-23). Deus nunca tem prazer em ver atitude ímpia, mas sua tolerância como no
caso de Faraó demonstra que ele sempre dá oportunidades a todos (veja também II Pd. 3:12).

Todas as coisas foram profetizadas (VV. 25-29)

Nesses cinco versos Wersbe ressalta o fato de Paulo trazer à memória dos crentes de Roma a
realidade das profecias cumpridas ao citar Oséias 1:10, 2:23 para mostrar que o povo que está
sendo chamado é povo santo e filhos do Deus Vivo. Wersbe cita também Isaías 10: 22-23 para
reforçar a fidelidade e a graça de Deus garantindo um remanescente. Vale notar que, quanto ao
versículo 28, Wersbe defende sua visão dispensacionalista ao afirmar que este versículo alude ao
julgamento de Deus durante a tribulação na qual a nação de Israel passará por um crivo do qual
apenas aquele remanescente entrará no Reino quando Cristo voltar a terra. Tudo isso comprova a
justiça de Deus e sua fidelidade para com sua Palavra dita por meio dos profetas. Vemos
então em Romanos 9: 1-29, o apóstolo Paulo explanando para os cristãos de Roma tanto o caráter
de Deus como a Sua fidelidade, equidade e justiça, e que a rejeição de Israel só faz confirmar a
eleição dos gentios, contrariando alguns que defendem a tese de que a rejeição anula a eleição.
A graça de Deus (Rm. 9: 30-33)

Nesses últimos três versículos desse capítulo, o apóstolo Paulo migra do tema da soberania
divina para o tema da responsabilidade humana. Aqui Paulo enfatiza a fé. Fé na justiça da graça
imputada por Deus. Israel rejeitou essa justiça preferindo a Lei por entender que a Lei por si elevava
a nação acima das outras e assim tais nações deveriam se elevar ao nível de Israel. Paulo faz sua
última citação nesse capítulo que é de Isaías 28:16 referindo-se a Cristo como a pedra fundamental
que fora oferecida por Deus. Ao invés de ser edificada nessa pedra, Israel tropeçou nela ao não
permitir que seus privilégios religiosos (Rm.9:1-5) os conduzissem à Cristo, mas que O
substituíssem e caiu sendo justamente essa queda que possibilitou a salvação dos gentios. Assim a
rejeição de Israel redundou na graça salvadora para os gentios.

Deus não pede que optemos por nenhuma dessas verdades (soberania divina ou
responsabilidade humana), pois elas não disputam entre si. Wersbe cita Charles Spurgeon que, ao
ser questionado sobre como conciliava essas duas verdades, responde: “nunca tento reconciliar
amigos!” Devemos decidir se dependemos das nossas “boas obras” e do nosso “bom caráter” para
sermos salvos ou se somente pela graça e misericórdia de Deus por meio da fé em Cristo (Ef. 2:8-
9). Wersbe conclui sua análise deste capítulo dizendo que “a rejeição de Cristo por Israel não nega a
fidelidade de Deus. Romanos 9 não anula Romanos 8: Deus continua sendo fiel, reto , justo e
bondoso, e podemos confiar que Ele realizará seus propósitos e cumprirá suas promessas”.

Romanos 10: A Justiça Errada

No capítulo 10, Wiersbe pormenoriza o tema responsabilidade humana

Os motivos da rejeição (Rm. 10:1-13)

Israel conhecia as profecias do Antigo Testamento e praticavam a Lei porque, como nação
recebera ambos há séculos (Gl. 3:24). Deus havia preparado a nação para a chegada do Messias,
mas quando Jesus Cristo chegou foi rejeitado por Israel (Jo. 1:11). Wiersbe aponta alguns motivos
dessa rejeição:

Israel não sentia necessidade de salvação (Rm. 10:1). Pensavam que os gentios é que precisavam
ser salvos por estarem em condições inferiores. (Rm. 9:1-5).

Possuíam grande zelo por tradições (Rm 10:2).

Quando voltou do cativeiro babilônico, Israel estava liberto da idolatria, servia somente a
Deus e obedeciam somente as Suas Leis. Porém os judeus se tornaram tão zelosos que
“aperfeiçoaram” a Lei acrescentando a ela suas tradições. O próprio Paulo havia sido
demasiadamente zeloso para com a Lei e as tradições (At. 26:1-11; Gl. 1:13-14). Muitos religiosos
hoje, embora sinceros e devotos que sejam, crêem que suas obras os salvarão. Mas o fato é que
“ninguém será justificado por obras da lei” (Rm. 3:20).

Eram orgulhosos e hipócritas (Rm. 10:3).

Israel se portava soberba e orgulhosamente devido as suas virtudes religiosas. Ignorava a


Justiça Divina não por não conhecê-la, mas por resistência deliberada e obstinada recusavam a
sujeitar-se a Deus e não reconheciam seu pecado. Paulo reconheceu que vivera nesse erro antes de
seu encontro com o Senhor (Fp. 3:1-11).

Interpretavam incorretamente sua própria Lei (Rm. 10:4-13).

Tudo na religião judaica apontava para a vinda do Messias e visava conduzi-los até Ele.
Mas, ao invés de deixarem conduzir se até Cristo pela Lei, passaram a adorá-la como se a Lei em si
mesma os justificasse. Não entenderam que Cristo é o cumprimento da Lei e que sua morte e
ressurreição, cumpre o propósito da Lei. Paulo cita Levítico 18:5, Deuteronômio 5:29; 6:5-12;
13:3; 30:6;30:11-14 para enfatizar a necessidade de disposição do coração e da condição espiritual
interior sobressair aos atos exteriores de obediência pois, o evangelho de Cristo está disponível e
acessível. O pecador não precisa se exaurir em obras para alcançar salvação. Ela é dada
gratuitamente pela fé em Cristo (Is. 28:16; Rm. 10:9-10; Jl. 2:32). Enfim, esta seção enfatiza a
diferença entre justiça errada que é a que se pretende pela Lei, sendo esta exclusiva dos Judeus e a
justiça que provém da Fé, sendo esta para todos os que crêem em Jesus.

A solução para essa rejeição (Rm. 10:14-17)

A única maneira dos judeus incrédulos serem salvos é crer e confessar que Jesus Cristo de
Nazaré é verdadeiramente o filho de Deus, crer na sua morte e ressurreição, e o aceitar como
Messias (Rm. 10:9-10). Crer em Jesus não é a creditar tão somente, mas obedecer. Logo não crer
em Jesus é desobedecer a Deus, ou seja, a fé deve resultar numa vida transformada. Uma das
citações de Paulo é Isaias 53:1 como uma passagem messiânica aplicada à nação de Israel. Naquele
tempo – de Isaías – o povo não creu na Palavra de Deus e ainda hoje continua não crendo. Mesmo
que essa passagem se refira primeiramente à nação de Israel, aplica se também a todas as outras
nações visto que ninguém pode ser salvo se não crer em Jesus. Assim, é necessário que alguém leve
a mensagem do evangelho até elas. Essa seção é encerrada com uma citação de E. Meyers Harisson:
“Há quatro motivos para a Igreja enviar missionários: a ordem lá do alto – ide por todo mundo
(Mc.16:15); o clamor aqui embaixo – eu o imploro que o mandes à minha casa paterna (Lc.
16:27);o chamado de fora – vem e ajuda-nos (At. 16:9) e a compulsão interior – pois o amor de
Cristo nos constrange (II Co. 5:14).

Os resultados de sua rejeição (Rm. 10:18-21)

Embora não se possa negar que Israel seja culpado por sua própria rejeição porque, tendo
recebido os oráculos de Deus e Sua Palavra escrita, não deu ouvidos a ela e ainda desprezou o agir
de Deus. Essa rejeição persistente, mesmo quando da chegada do Messias, foi um ato da Graça
divina que resultou no envio do evangelho aos gentios para que fossem salvos (Is. 65:1). O favor de
Deus para com os gentios não anulou seu amor pelos judeus, ao contrário, Deus quer usar nossa
vida para levar o Evangelho de cristo à eles.porque Cristo morreu voluntariamente tanto por judeus
como por gentios (II Pe. 3:9).

Romanos 11: Deus não desistiu de Israel.

Conforme Wiersbe, neste capítulo 11 de Romanos, Paulo comprova a não desistência de Israel por
parte de Deus evocando o que ele (Wiesrbe) denomina cinco testemunhas:

1 – O próprio apóstolo Paulo como sendo israelita descendente de Abraão, da tribo de Levi (Rm.
11:1).
2 – O profeta Elias. Em seus dias, Elias pensou que ninguém da sua nação além dele se mantivera
fiel (I Rs. 19). Mas Deus havia reservado para si outras sete mil pessoas. Esse remanescente que
Deus conservara em fidelidade para consigo era prova de que Deus não desistiu do seu povo (Rm.
11:2-10).

3 – Os gentios. Quando os judeus rejeitaram o evangelho, Deus o enviou aos gentios que crendo
foram salvos. Paulo cita três tragédias ocorridas com Israel: queda (Rm. 11:11), abatimento (Rm.
11: 12) e rejeição (Rm. 12:15). Conquanto os judeus sejam responsáveis por sua condição diante de
Deus, estas três tragédias confirmaram o cumprimento da promessa de que os gentios seriam salvos.
Estes judeus e gentios que crêem e Jesus são um só corpo: a Igreja em Cristo (Ef. 11:22).

4 – Os patriarcas (Rm. 11:16-24). Paulo faz uma retrospectiva da herança espiritual de Israel. Ao
fazer referência às primícias da massa (Nm. 15:17-21) e a oliveira, um dos símbolos de Israel (Jr.
11:16;Os. 14:4-6), deve-se observar que Paulo está apontando o lugar da nação de Israel no plano
de Deus. As raízes que sustentam a árvore. A Aliança feita com Abraão, Isaque e Jacó, Deus jamais
ira negá-la ou mudá-las. Deus colocou Abraão como fundador do povo da aliança, tão logo aceitou
seus descendentes. Na visão de Wersbe, Paulo defende que os judeus incrédulos são os ramos
removidos e os ramos enxertados, os gentios. Wersbe afirma que “dizer que a oliveira, com seus
ramos enxertados é um retrato da igreja, seria extremamente equivocado. Na Igreja, não há
distinção; os cristãos são um em Cristo Jesus (Gl. 3:28)”. Deus manterá suas promessas aos
patriarcas. Por mais que Israel se afaste de Deus, Deus manterá suas promessas, pois Ele é o Deus
de Abraão, Isaque e de Jacó.

O próprio Deus (Rm. 11:25-36)

Tudo que aconteceu e acontece com Israel está conformado ao plano de Deus. Esse plano é
apresentado dentro da visão dispensacionalista de Wersbe. Segundo ele, o endurecimento da nação
de Israel durara somente até que esteja completo o número de gentios que vão crer em Jesus. Após
esse tempo deus converterá todos os judeus que estiverem vivos quando Jesus voltar. Nesta mesma
visão, Wersbe trabalha a Aliança, a Natureza e a Graça de Deus. O apóstolo Paulo após completar
sua exposição do plano da salvação de Deus para judeus e gentios, louva e exalta a Deus pela
riqueza e profundidade da Sua Sabedoria.

WIERSBE Warren W. Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento Volume I.

Romanos Cap. 9, 10 e 11.

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