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Fichamento: DURKHEIM, Émile.

“Regras relativas à distinção entre normal e patológico -


Parte II”. In: As Regras do Método Sociológico.

Durkheim aponta que a generalidade é, por si mesma, um fato que tem necessidade de ser
explicado e, para tanto, demanda uma causa, o que fornece um meio de controlar os
resultados do método precedente.

Ou seja, uma vez que a generalidade, que caracteriza exteriormente os fenômenos sociais,
é "ela próopria um fenômeno explicável, compete,, depois que ela foi diretamente
estabelecida pela observação, procurar explicá-la", assim como o caráter normal do
fenômeno será "mais incontestável se demonstrarmos que o sinal exterior que o havia
revelado a princípio não é puramente aparente, mas sim fundado na natureza das coisas;
em uma palavra, se pudermos erigir essa normalidade de fato em normalidade de direito"
(p. 61). Dessa forma, Durkheim estabelece a primazia da observação na denotação da
percepção de um fato social, sem deixar de, ao espírito da época, considerar uma
possibilidade de que fatos existam pela natureza humana, ou seja, "sem servir a nada "(p.
62).

Durkheim também busca aproximar seu método das ciências biológicas, de forma que traça
um paralelo com o parto feminino, supondo que "talvez fosse útil que [...] não causasse
problemas tão violentos ao organismo feminino; mas isso é impossível. Em consequência, a
normalidade do fenômeno será explicada pelo simples fato de estar ligada às condições de
existência da espécie considerada, seja como um meio que permite os organismos
adaptarem-se a elas" (p. 62).

Tendo o exemplo empírico como base, Durkheim conclui que as proposições científicas que
são relativas ao estado normal serão mais imediatamente aplicáveis a casos particulares
conforme suas razões estiverem propriamente traçadas, de forma que "saberemos
reconhecer melhor em que casos convém modificá-las, ao aplicá-las, e em que sentido" (p.
62).

Um fato que esteja já realizado no passado, mas não encontre precedentes no presente,
apesar de enraizado na estrutura social, para Durkheim tem apenas as aparências da
normalidade, mantendo-se apenas pela força cega do hábito (p. 63).

Um sociólogo pode ter dificuldades para saber se um fenômeno é normal ou não, estando
privado de qualquer ponto de referência, mas deverá "estabelecer pela observação que o
fato é geral", para só então "remontar as condições que determinaram essa generalidade no
passado" e por fim buscar saber "se tais condições ainda se verificam no presente ou se
alteraram-se" (p. 63). Por fim, Émile Durkheim afirma ser este o melhor procedimento para a
sociologia e estabelece três regras para norteá-lo:

"1) Um fato social é normal para um tipo social determinado, considerado numa fase
determinada de seu desenvolvimento, quando ele se produz na média das sociedades dessa
espécie, consideradas na fase correspondente de sua evolução.
2) Os resultados do método precedente podem ser verificados mostrando-se que a
generalidade do fenômeno se deve às condições gerais da vida coletiva no tipo social
considerado.
3) Essa verificação é necessária quando esse fato se relaciona a uma espécie social que
ainda não consumou sua evolução integral" (p. 65)

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