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TQSN

Nota
do Editor
EWS Ano X - Nº 23
Julho de 2006

cientes de reação horizontal e verti-


cal. A integração entre o engenheiro
de estruturas e o geotécnico agora
se tornou uma realidade.
- MIX-Metálica - Sistema para dimen-
sionamento de perfis metálicos atra-
vés do sistema MIX. O sistema MIX
foi integrado ao sistema de dimen-
sionamento do m_Calc3D da Stábile
Engenharia.
Também é importante destacar que a
Versão 12 (www.tqs.com.br/v12), últi-
ma versão disponível para comerciali-
Eng. Nelson Covas zação, está totalmente finalizada e es-
tabilizada. As últimas implementações
podem ser consultadas na seção De-
Nos seus quase vinte anos de existên- apresentados sobre a engenharia, o senvolvimento desta edição. Quem já
cia, a TQS sempre primou pela van- verdadeiro “estado-da-arte” da utiliza- adquiriu a V12 pode realizar suas
guarda, pioneirismo, tecnologia e evo- ção da informática na engenharia estru- atualizações através do endereço:
lução. Durante todo este tempo, fomos tural está ali presente. www.tqs.com.br/update.
desenvolvendo sistemas computacio-
nais, integrando soluções, agregando Outro ponto de destaque nesta edi- Com a conclusão da versão inicial dos
novos elementos, fazendo a adaptação ção é a entrevista do nosso colega, sistemas SISEs e MIX-Metálica, esta-
a novas normas, sistemas operacionais engenheiro civil e professor, Antonio mos partindo para novos e inovadores
etc., sempre no intuito de oferecer aos Stramandinoli de Curitiba, PR. Profis- desenvolvimentos. Aguardem novida-
usuários uma solução mais completa, sional de larga experiência em enge- des para breve.
profissional, segura e produtiva. Os sis- nharia de estruturas, o engenheiro An-
temas computacionais, portanto, cres- tonio nos relata toda a sua carreira
ceram abrangendo inúmeras áreas da profissional e acadêmica, discorre
sobre o uso da informática na enge-
Destaques
engenharia estrutural. Com isto, passa-
mos a ter uma certa dificuldade em ex- nharia e demonstra o seu conheci- Entrevista
plicar aos nossos clientes e interessa- mento e preparo para ingressar numa Eng. Antonio Stramandinoli
dos, claramente, tudo aquilo que os nova etapa da engenharia estrutural, Página 3
sistemas efetivamente fazem, onde se que é a integração com o geotécnico
aplicam, vantagens, características etc. através da interação solo-estrutura. SISEs
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Graças ao extenso, competente e dedi- Outras matérias de grande interesse:
cado trabalho de nossa equipe de de- - Artigo do professor Vasconcelos Espaço Virtual
senvolvimento, criamos uma página na sobre “Venenos Letais para um Pro- Página 11
Internet que apresenta, de forma lógica, jeto Estrutural”
TQS/Conheça-o
lúcida, clara e completa, o que os siste- - Espaço Virtual com muitos relatos e Página 23
mas CAD/TQS fazem, onde se aplicam, troca de informações entre os enge-
módulos existentes, características, nheiros das comunidades TQS e Desenvolvimento
vantagens competitivas, etc. O endere- Calculistas. Algumas mensagens Página 24
ço na web para acessar esta página é: são extremamente úteis, outras im-
CAD/TQS nas universidades
http://www.tqs.com.br/conheca-o. Além perdíveis e algumas antológicas. Página 32
de toda a apresentação dos sistemas, - Artigo do engenheiro Ênio Padilha,
centenas de vídeos demonstrativos que explica como tratar os clientes di- Venenos letais para um projeto
podem ser acessados, e, com isto, a fíceis: “Clientes Vampiros e Outros”. estrutural
própria operação dinâmica dos siste- Prof. Dr. Augusto C. Vasconcelos
mas pode ser acompanhada. Também fazemos nesta edição o lan- Página 34
çamento de dois novos sistemas
Os principais tópicos abordados são: computacionais que trarão um signifi- Clientes vampiros e outros
introdução; visão geral; concepção cativo auxílio na elaboração dos pro- Eng. Ênio Padilha
estrutural; análise estrutural; dimen- jetos estruturais: Página 37
siona/detalhamento; emissão de plan- - SISEs – Sistema de Interação Solo-
tas; sistemas complementares e ou- MIX-Metálica
Estrutura. Nesta solução, toda a su- Página 40
tras características. perestrutura e a infraestrutura são
Não deixe de visualizar a página acima. analisadas conjuntamente. O efeito Notícias
Além dos inúmeros conhecimentos do solo é representado por coefi- Página 42

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REPRESENTANTES TQSNEWS
Rio Grande do Sul Salvador Rio de Janeiro
Eng. Luiz Otavio Baggio Livi Eng. Fernando Diniz Marcondes CAD Projetos Estruturais Ltda.
Rua Roque Calage, 609, apto. 401 Av. Tancredo Neves, 1.222, sala 112 Eng. Eduardo Nunes Fernandes
91350-090 • Porto Alegre, RS 41820-020 • Salvador, BA Avenida Almirante Barroso, 63, Sl. 809
Fone: (51) 3029-4216 Fone: (71) 3341-1223 20031-003 • Rio de Janeiro, RJ
(51) 8186-4216 (71) 9161-0327 Fone: (21) 2240-3678
E-mail: livi@portoweb.com.br E-mail: tkchess1@atarde.com.br (21) 2262-7427
E-mail: cadestrutura@uol.com.br
Paraná Eng. Livio R. L. Rios
Eng. Yassunori Hayashi Av. das Américas, 8.445, Sl. 916,
Rua Albino Silva, 521 Barra da Tijuca
80520-210 • Curitiba, PR 22793-081 • Rio de Janeiro, RJ
Fone: (41) 9914-0540 Fone: (21) 8115-0099
(41) 3013-3585 (21) 2429-5171
E-mail: yassunori@hayashi.eng.br E-mail: liviorios@uol.com.br

PINI e TQS lançam Concreto 100,


para cálculo de estruturas de concreto
A PINI e a TQS Informática, especializada em desenvol-
vimento de programas de cálculo estrutural, estão lan-
çando o Concreto 100, um software para projeto de es-
truturas de pequeno e médio porte em concreto armado.
Com um custo mais acessível, o programa é dirigido a
projetos estruturais e engenheiros que necessitam de
um programa que contemple edificações com até 35
vigas, 35 pilares e 30 lajes.
De acordo com José Pires Alvim, diretor da PINI Siste-
mas, outra grande vantagem do Concreto 100 é que
será muito mais barato fazer o upgrade do programa.
Depois de adquirir o software, o usuário poderá fazer up-
grades futuros, abatendo 80% do que já pagou inicial-
mente. Com o Concreto 100, a PINI e TQS pretendem
atingir um universo de cerca de 30 mil empresas.
Eng. Jose Roberto Chendes, Brasília, DF

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ENTREVISTA TQSNEWS

Interação solo-estrutura:
sistemas de software aperfeiçoam desenvolvimento de projetos
O engenheiro Antonio Como aconteceu sua
Stramandinoli Junior, da aproximação com a TQS?
Kalkulo Projetos Estruturais, Em 1985, eu e meus sócios da
do Paraná, descobriu a TQS Kalkulo Projetos Estruturais Ltda.
por acaso, a partir de um tínhamos disponibilidade de mi-
anúncio de revista. Hoje a crocomputadores, mas não dispú-
TQS e a Kalkulo são nhamos de programas adequados.
parceiros no Começamos assim a desenvolver
desenvolvimento de sistemas um programa para cálculo de edi-
cada vez mais complexos. fícios, em parceria com uma em-
Stramandinoli dedica-se presa de desenvolvimento de pro-
gramas, aqui de Curitiba. Depois
atualmente a questão da
de dois anos, já estávamos até
interação solo-estrutura, em
operando o programa, que conti-
que os sistemas nuava em desenvolvimento. Mas,
informatizados podem ao consultar a revista Construção - Eng. Antonio Stramandinoli Junior
oferecer grande contribuição Região Sul, meu sócio Luiz Carlos
para agilizar o processo e foi atraído por um anúncio de ven-
garantir maior exatidão. O das de plotters, que mostrava uma E qual era inicialmente sua
objetivo é analisar as reações folha de desenho de armaduras de necessidade com respeito aos
de apoio considerando a vigas. softwares?
deformabilidade da Ele entrou em contato com a em- O programa que estávamos desenvol-
fundação. O resultado presa e foi informado de que o de- vendo ainda não detalhava nem fazia
dependerá, como diz o senho era de um programa de cál- o desenho final das vigas. Necessitá-
engenheiro, de uma culo e desenho da empresa TEQ- vamos de um programa que execu-
interação também cada vez SIS, então o nome da TQS. Fomos tasse esse desenho. Por esse motivo
maior entre profissionais e até São Paulo conhecê-la e tam- adquirimos o CAD/Vigas em 1987.
sistemas de software. bém o programa disponível, e pu-
demos verificar que já estava numa O senhor é conhecido no meio
fase de desenvolvimento muito acadêmico e profissional por seus
além daquele que desenvolvíamos estudos a respeito da interação
aqui em Curitiba. Resolvemos solo-estrutura. A partir de que
comprar o programa e, desde momento o senhor começou a
então, estamos utilizando-o em pesquisar este assunto?
nosso escritório, com todas as Foi a partir do momento em que a
suas atualizações. TQS implementou o modelo do pór-

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tico espacial para o cálculo de edifí- Com estas reações obtidas, elabo- mos nossos edifícios com apenas
cios com a possibilidade de se con- ra-se o projeto preliminar das funda- uma iteração. Acreditamos que,
siderar as condições de apoio como ções. Então o engenheiro responsá- mesmo assim, os resultados devem
sendo um conjunto de molas dis- vel pelo projeto de fundações forne- ser melhores do que aqueles obti-
postas nas direções dos graus de li- ce, também, os coeficientes de dos considerando os apoios indes-
berdade. Esse problema é conheci- mola das estacas ou o coeficiente locáveis. Mas a TQS está imple-
do no meio técnico há algum tempo. de mola do terreno de fundação, em mentando a consideração da intera-
No início da segunda metade do sé- se tratando de fundação direta. ção solo-estrutura em seu progra-
culo passado, o professor Samuel ma, com uma abordagem mais pre-
Chamecki da Universidade Federal cisa e espero também que seja
do Paraná publicou um trabalho A solução será encontrada menos trabalhosa de ser executada.
abordando esse importante assunto. quando pudermos definir
Outra possibilidade de aperfeiçoa-
A dificuldade, naquela época, é que adequadamente essas mento nessa área virá da considera-
não se dispunha de uma ferramenta molas, pois os programas ção das não-linearidades no cálculo
adequada para a sua consideração. existentes permitem a dos esforços. Estão ocorrendo mui-
Atualmente, com a evolução dos
consideração delas no tas pesquisas relacionadas com
computadores e também com o de-
cálculo das estruturas. esse assunto que, futuramente, de-
senvolvimento dos programas, já
verão ser incorporadas aos progra-
podemos considerar a interação
mas de análise estrutural.
solo-estrutura pelo menos com uma Com tais coeficientes de mola for-
abordagem aproximada. necidos, são definidos o coeficiente
de mola de cada bloco ou sapata. Penso que, no futuro, uma
Como os sistemas podem ajudar Em seguida, recalcula-se o edifício grande parte dos projetos
nesta questão? considerando as molas nos apoios. estruturais de edifícios serão
O comportamento da fundação pode Obtidas as ações nos elementos de elaborados com a
ser simulado por meio de um conjun- fundação, os dados são enviados
ao engenheiro de fundação para
consideração da interação
to de molas. Esse modelo foi propos-
to, inicialmente, por Winkler e, poste- que ele corrija o projeto preliminar. solo-estrutura.
riormente, estudado por muitos pes- Ou seja, é um problema cuja solu-
quisadores. A solução será encontra- ção requer algumas iterações.
da quando pudermos definir adequa- Os estudos na área da interação
damente essas molas, pois os pro- Os sistemas podem trazer solo-estrutura evoluíram para
gramas existentes permitem a consi- benefícios nesse processo? alguma conclusão?
deração delas no cálculo das estrutu- Sem dúvida. Devido às dificuldades Os resultados encontrados no cál-
ras. Por outro lado, tenho observado existentes até o momento, projeta- culo dos edifícios, onde foi consi-
nos resultados encontrados que, se
estamos interessados apenas nas
reações de apoio, um valor aproxima-
do para os coeficientes de mola já é
suficiente para obtermos um resulta-
do satisfatório. No caso de estarmos
interessados nos recalques da funda-
ção deveremos ter valores mais pre-
cisos para esses coeficientes.

Atualmente, com a evolução


Kalkulo Projetos Estruturais Ltda., Curitiba, PR

dos computadores e também


com o desenvolvimento dos
programas, já podemos
considerar a interação solo-
estrutura pelo menos com
uma abordagem aproximada.

Em que essa análise pode ajudar


na elaboração do projeto?
A consideração da interação solo-
estrutura no projeto dos edifícios é
ainda muito trabalhosa. Numa pri-
meira etapa, calculamos a estrutura
apoiada em apoios indeslocáveis.

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derada a interação solo-estrutura, plementar essa técnica de forma de grelha e as lajes em elementos fi-
indicaram que os esforços dos pi- prática e racional, nos programas nitos de placa. Esse modelo evoluiu,
lares, ao nível da fundação, tive- já existentes. mais recentemente, para o modelo
ram alterações importantes, princi- do pórtico espacial. São modelos
palmente no que diz respeito aos Pode dar um exemplo de de cálculo que simulam o compor-
momentos de engastamento dos edificação que já tenha tamento da estrutura de um edifício,
pilares nos blocos de fundação. considerado este estudo? de uma forma muito mais próxima
Ocorrem diminuições nos valores da realidade. Por outro lado, a nova
O edifício Palazzo Ducale é um
desses momentos, naqueles pila- norma NBR 6118:2003 apresenta
exemplo em que o projeto estrutural
res mais rígidos e que são respon- certos procedimentos de cálculo
contemplou a interação solo-estru-
sáveis por absorverem maior par- que dificilmente seriam elaborados
tura. As constantes de mola foram
cela das cargas horizontais. As di- sem o auxílio dos programas. Posso
definidas em parceria com o enge-
ferenças são redistribuídas entre afirmar, também, que a interação
nheiro responsável pelo projeto das
os demais pilares. solo-estrutura só é possível de ser
fundações. Definiram-se molas nas
considerada, no cálculo dos edifí-
direções vertical, horizontal X, hori-
cios de múltiplos andares, com o
Definiram-se molas nas zontal Y, rotação ao redor de X e ro-
auxílio desses sistemas.
direções vertical, horizontal tação ao redor de Y, e novo cálculo
foi efetuado. Os resultados dessa
X, horizontal Y, rotação ao análise indicaram alterações nas
redor de X e rotação ao redor Os computadores e os
cargas dos pilares. Dessa forma, o programas existentes
de Y, e novo cálculo foi projeto inicial das fundações teve
efetuado. Os resultados de ser alterado. Observaram-se provocaram um avanço
dessa análise indicaram também aumentos nos desloca- muito grande na engenharia
alterações nas cargas dos mentos horizontais da torre e, como e particularmente na área de
conseqüência, aumentos no coefi- projetos estruturais.
pilares. Dessa forma, o ciente γz que avalia os esforços de
projeto inicial das fundações 2ª ordem globais.
teve de ser alterado. Como se deu sua escolha
Os sistemas são uma extensão profissional pela área de cálculo
do braço do calculista? estrutural?
Pode dar um exemplo de como Os computadores e os programas Quando eu cursava o 3º ano da facul-
isso poderá interferir nos existentes provocaram um avanço dade de engenharia, fazia estágio no
projetos no futuro? muito grande na engenharia e parti- laboratório de mecânica dos solos do
Penso que, no futuro, uma grande cularmente na área de projetos es- antigo DNER (Departamento Nacio-
parte dos projetos estruturais de truturais. Para dar um exemplo, até nal de Estradas de Rodagem). Certo
edifícios serão elaborados com a algum tempo atrás, os pisos de um dia, meu chefe pediu que fizesse o
consideração da interação solo-es- edifício eram calculados pelo mode- projeto estrutural da base de um
trutura. Para que isso aconteça é lo da viga contínua. Hoje podemos equipamento do laboratório. Fiquei
preciso que os profissionais da adotar o modelo da grelha, onde as muito preocupado, pois até aquela
área de desenvolvimento de pro- vigas e as lajes são discretizadas etapa do curso, não tinha uma idéia
gramas, em parceria com especia- como barras de grelha, ou então, as muito clara do que era um projeto es-
listas em fundações, consigam im- vigas são discretizadas em barras

RUA OLYMPIO DE CARVALHO, 83 - CEP 33400-000 - LAGOA SANTA/MG . DDG: 0800-993611 - TEL. (31) 3681-3611 - FAX: (31) 3681-3622
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trutural. Recorri a um amigo que cur- versidade Católica do Rio de Janeiro, ficações destinadas à armazena-
sava o 4º ano e estagiava no escritó- concluindo-o no início de 1982. gem de grãos, como graneleiros,
rio de cálculo de dois professores da sementeiros, silos, casa de máqui-
faculdade. Com suas explicações, Como e quando resolveu criar nas e moegas rodoviárias e ferro-
consegui elaborar o projeto e, o mais seu próprio escritório? Teve um viárias. Também nos especializa-
importante, fiquei fascinado por essa motivo especial? mos em projetos de estruturas me-
especialidade da engenharia civil. tálicas. Inicialmente com projetos
Penso que todo profissional liberal
Falei isso para meu amigo e em para as coberturas dos graneleiros
sonha em ter seu próprio escritório.
pouco tempo estava estagiando no e sementeiros e, posteriormente,
Essa oportunidade surgiu no início
mesmo escritório. Isso foi em 1973 e, nos estendemos para outros tipos
de 1975, quando o professor Evilásio
desde então, estou trabalhando com de estruturas. Temos projetado,
Badziak, proprietário de um escritó-
projetos estruturais. também, estruturas na área de tra-
rio de projetos estruturais convidou a
mim, o meu irmão, Roberto Straman- tamento de água e esgoto. Outra
dinoli, e meus amigos Mauro Testsuo especialidade, desenvolvida nes-
Por outro lado, a nova norma ses trinta anos de atividade, é o
NBR 6118:2003 apresenta Kawai e Luiz Carlos Giroldo, que es-
tagiavam nesse escritório, para que projeto estrutural para edifícios re-
certos procedimentos de fundássemos em sociedade, uma sidenciais e comerciais de vários
cálculo que dificilmente empresa de projetos estruturais. pisos, sendo que o mais alto, já
seriam elaborados sem o executado, tem 112,50 m de altura
Estava assim formado o embrião de e possui 34 pavimentos. No mo-
auxílio dos programas. nossa atual empresa, a Kalkulo mento, estamos estudando um edi-
Projetos Estruturais Ltda., que foi fício que apresenta 132 m de altu-
registrada com esse nome em 1977. ra, composto por 42 pavimentos.
Como foi o início de sua carreira? Atualmente a sociedade é formada
Formei-me pela Escola de Engenharia por mim e pelos engenheiros Luiz Como isso aconteceu? Os
da Universidade Federal do Paraná, Carlos Giroldo, Mauro Tetsuo Kawai clientes foram chegando levados
em 1974. Tão logo concluí o curso, fui e Roberto Stramandinoli. A equipe por qual motivo?
contratado como engenheiro na em- técnica é completada pelas enge-
nheiras Eliane Lima de Oliveira Cruz Logo no início da constituição de
presa Tekhne Consultores e Projetis- nossa sociedade, assinamos um con-
tas de Estruturas, onde atuava como e Millena Gomes Mens Woellner, por
oito projetistas e duas estagiárias trato para desenvolver todos os proje-
estagiário. Trabalhava em projetos es- tos estruturais de uma construtora
truturais de edifícios e pontes. Em de engenharia.
que atuava na área de armazenagem
1979, iniciei o mestrado em engenha- de grãos, e assim começamos a nos
ria civil/estruturas, na Pontifícia Uni- Como o senhor seguiu para a
carreira acadêmica? especializar nesse tipo de projeto.
Posteriormente outras oportunidades
A oportunidade surgiu no 5º ano da surgiram e o número de clientes foi
faculdade, ainda quando estagiava aumentando e diversificando, como
no escritório do professor José Ro- conseqüência natural do trabalho
dolfo de Lacerda, que lecionava
Pontes e Grandes Estruturas. Ele
precisava de alguém que o auxilias-
se na disciplina e me convidou para
a monitoria. Em 1975, convidado
pelo professor Evilásio Badziak,
prestei concurso para professor da
disciplina Resistência dos Materiais
na UFPR. Aprovado, exerço essa
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atividade até o presente momento.


No início de 1976, o professor Paulo
Augusto Wendler, coordenador da
disciplina Resistência dos Materiais
na UFPR, convidou os meus sócios
Luiz Carlos, Mauro e Roberto para
integrarem a sua equipe de profes-
sores. Tendo sido aprovados nos
concursos correspondentes, lecio-
nam, também, a disciplina Resistên-
cia dos Materiais.

Houve uma especialização


natural em sua área?
Eu e meus sócios especializamo-
nos em projetos estruturais de edi-

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feito com seriedade, responsabilida- deixaram os blocos de EPS sobre a
de, competência, aliado ao bom aten- forma do 1º pavimento, no final da
dimento e muita paciência. jornada. No dia seguinte, quando

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foram retomar o trabalho, não en-
Quais os projetos que o senhor contraram os blocos de EPS. Du-
destaca nessa fase? rante a noite ocorreu na região um
São os projetos estruturais em con- vendaval que espalhou esses blo-
cos por toda a vizinhança.
creto armado e metálico para edifí-
cios residenciais e comerciais, edifi- O edifício Portal do Lago tem
cações para escolas, hospitais, ar- 60.000 m2 de área construída,
mazenagem de grãos, industriais, sendo composto por 4 blocos de
reservatórios, estações de trata- 29 pavimentos cada, com pavimen-
mentos de água e esgoto, totalizan- tos térreos e subsolos unificados. O
do 3300 projetos. Entre eles estão armazém graneleiro para Soccepar,
os que considero mais importantes: em Paranaguá, PR, tem dimensões
em planta de 50 por 270 m, paredes
O edifício Pierina tem 14 pavimen-
com 6 m de altura e capacidade de
tos. Executado em 1976, contou
armazenagem para 120 mil tonela-
com solução em laje plana nervura-
das de grãos.
da, sem vigas de borda, utilizando
como material de enchimento EPS, A Mesquita do Centro Cultural e Be-
uma novidade em matéria de proje- neficente Islâmico, de Foz do Igua-
to estrutural, na cidade de Curitiba. çu, PR, incluiu uma estrutura da co- espessura de 6 cm no seu topo e
Uma curiosidade: durante a execu- bertura e uma cúpula em concreto variando para 20 cm na sua base,
ção da primeira laje, os operários armado, com 23 m de diâmetro e que se encontra a 7 m de altura.

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E por fim, o reservatório enterrado, plana nervurada com preenchimen- esquecer que é o engenheiro o res-
em Londrina, PR, que dispõe de ca- to em EPS. A sobre-carga definida ponsável pelo seu projeto estrutu-
pacidade para 8 milhões de litros de pelo contratante foi de 7,5 KN/m2. ral, sendo os programas existentes
água, com dimensões em planta de ferramentas importantes que auxi-
Já o edifício sede da Procuradoria
30 por 60 m e paredes com 5 m de liam no trabalho.
Regional da República - 4ª Região,
altura. Houve ainda o Grande Tem- Porto Alegre, RS, tem área cons-
plo da Igreja Evangélica de Deus, truída de 15.500 m2 e 14 pavimen- Podemos dizer que hoje
em Cuiabá, MT, com projeto estru-
tos. Nele adotou-se como solução temos excesso de
tural em aço da cobertura, na forma
estrutural as vigas paralelas bi-
de cúpula esférica, de 100 m de diâ-
apoiadas com vão de 15 m, em informações e necessitamos
metro na sua base e 17,25 m de fle- escolher adequadamente o
concreto protendido com armadura
cha, apoiada em 48 pilares de con- que é importante. Em outras
aderente e lajes maciças em con-
creto armado.
creto protendido com armadura palavras, temos de nos
não aderente. A sobre-carga pre- preparar para conviver com
Não devemos esquecer que vista foi de 8,5 KN/m2.
tanta tecnologia.
é o engenheiro o responsável
Há espaço para mais
pelo seu projeto estrutural, aperfeiçoamento tecnológico na
sendo os programas construção civil? O engenheiro Como o senhor vê a integração
existentes ferramentas de cálculo deve interagir mais entre projetista e tecnologia?
importantes que auxiliam no com os sistemas? Essa integração é importante por vá-
trabalho. O avanço tecnológico não tem limi- rios motivos. Permite o desenvolvi-
tes e, por natureza, o homem sem- mento de projetos com modelos que
pre estará procurando desenvolver simulam o comportamento da estru-
E nos últimos dois, três anos, quais e aperfeiçoar a tecnologia existen- tura cada vez mais próximo da reali-
foram seus principais projetos? te. Quando iniciei o curso de enge- dade, com maior segurança e rapi-
nharia, em 1970, os cálculos eram dez. Hoje podemos conceber estrutu-
Entre os projeto mais atuais, conto ras com formas geométricas bastante
executados na régua de cálculo.
com o Centro Universitário Positivo complexas. Muitos problemas de en-
Depois vieram as calculadoras ele-
- Unicenp, Curitiba, PR. Trata-se de genharia que antigamente eram resol-
trônicas. Em seguida surgiram os
uma área construída de aproxima- vidos por meio de ensaios de mode-
grandes computadores, sendo que
damente 60.000 m2 em que foram los reduzidos, atualmente podem ser
os primeiros eram grandes apenas
elaborados os projetos estruturais solucionados através de programas
no tamanho físico. Posteriormente
em concreto armado e em aço. de análise estrutural disponíveis no
foram desenvolvidos os microcom-
Essa obra é composta por blocos mercado. A internet provocou uma re-
putadores. E a partir daí, a cada
didáticos, bloco administrativo, volução nos meios de informação e
ano, surgem computadores mais
edifício da biblioteca, edifício da de comunicação. Trouxe uma facilida-
possantes, mais compactos e mais
pós-graduação e extensão, centro de muito grande para quem faz traba-
sofisticados. O mesmo podemos
esportivo, praças de alimentação e lhos de pesquisa e, também, na trans-
falar a respeito dos programas. Por
laboratórios. missão de dados. Podemos dizer que
outro lado, considero que o enge-
O edifício sede do Tribunal Regional nheiro projetista estrutural deve hoje temos excesso de informações e
Federal - 4ª Região, Porto Alegre, estar sempre analisando e critican- necessitamos escolher adequada-
RS, tem uma área construída de do os resultados dos programas, mente o que é importante. Em outras
34.500 m2 e 10 pavimentos. Nele foi fornecendo sugestões para o aper- palavras, temos de nos preparar para
adotada a solução estrutural em laje feiçoamento deles. Não devemos conviver com tanta tecnologia.
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LANÇAMENTO TQSNEWS

Lançamento - Interação Solo/Estrutura - SISEs


Algumas recentes implementações introduzidas no SISEs:
- total integração com o modelo estrutural. A partir da
versão 12.4 dos sistemas CAD/TQS uma opção foi in-
troduzida para que o usuário possa gravar as informa-
ções necessárias e suficientes num arquivo padroniza-
do e exportar / importar dados para o SISEs;

Finalizamos a primeira etapa do desenvolvimento do


SISEs (Sistema de Interação Solo-Estrutura). Toda a pro-
gramação já foi realizada, a integração entre os inúme-
ros programas também foi concretizada e iniciamos a
fase de testes reais e profissionais para a implantação
nos clientes pioneiros.
- edição de carregamentos para o dimensionamento das
Portanto, o SISEs já está disponível para comercializa- fundações;
ção. Nesta primeira fase, o SISEs é um módulo comple-
mentar dos sistemas CAD/TQS, portanto, ele é comer-
cializado como um sistema adicional.
Alguns dos resultados de destaque obtidos com a utili-
zação do SISEs:
a. incorporação do modelo da fundação (sapatas isola-
das, sapatas associadas, “radier”, tubulão e estacas)
no modelo estrutural da edificação. O comportamen-
to agora é analisado em conjunto para as vigas, pila-
res, lajes, sapatas e estacas de toda a edificação; - cálculo da capacidade de carga em estacas;
b. definição dos Coeficientes de Reação Vertical e Hori-
zontal, CRV’s e CRH’s, para todos os elementos de
fundação em pontos convenientemente discretizados.
Isto é, o solo agora é incorporado no modelo global da
edificação. Os CRV’s e CRH’s são os coeficientes de
“mola” que representam a reação do solo na estrutura;
c. cálculo, visualização gráfica e alfanumérica de resulta-
dos na estrutura de concreto armado considerando
todos os elementos de fundação;
d. cálculo, visualização gráfica e alfanumérica de resul-
tados nos elementos de fundação considerando a es-
trutura convencional de concreto armado e todos os - envoltória de solicitações nas estacas;
carregamentos gerados;
e. verificação dos elementos estruturais da edificação no
ELS e ELU já incorporando os elementos de fundação;
f. verificação da segurança nas fundações - resistência
do solo tanto para fundações em estacas (capacidade
de carga nas estacas) como para as fundações diretas;
g. verificação da segurança nas fundações no ELS -
análise de deformações;
h. verificação da segurança nas fundações - elemento
estrutural, estaca de concreto.

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- verificação da capacidade de carga das estacas com a - isovalores de recalques - fundações diretas;
carga admissível;
Bloco B11
Estaca Capacidade Carregamento Fx (normal) Obs.
admissível máximo
1 19.8 C. vertical 18.3
25.8 Demais casos 18.6
2 19.8 C. vertical 18.3
25.8 Demais casos 18.6

Bloco B12
Estaca Capacidade Carregamento Fx (normal) Obs.
admissível máximo
1 19.4 C. vertical 31.4 Carga
25.3 Demais casos 32.5 ultrapassada
2 19.4 C. vertical 31.4 Carga
25.3 Demais casos 32.5 ultrapassada

- verificação da capacidade de carga no solo - funda-


ções diretas;
- Todos os resultados são calculados e apresentados
para valores máximos e mínimos dos CRV’s e CRH’s
(definidos pelo usuário) devido a incerteza na conside-
ração das grandezas que representam o solo.

- verificação de tensões e recalques admissíveis - sapatas;

Visite o site www.tqs.com.br/conheca-o

Julho/2006 - nº 23
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ESPAÇO VIRTUAL TQSNEWS
Nesta seção, são publicadas mensagens que se Para efetuar sua inscrição e fazer parte dos grupos,
destacaram nos grupos Comunidade TQS e Calculistas- basta acessar http://br.groups.yahoo.com/, criar um ID
Ba ao longo dos últimos meses. no Yahoo, utilizar o mecanismo de busca com as
palavras “Calculistas-ba” e “ComunidadeTQS”
solicitando sua inscrição nos mesmos.

Dúvidas sobre a nova norma Acontece que, após o cálculo de todos os esforços (1º e
NBR 6118:2003 / Flexibilização 2º ordem) levando-se em conta este efeito, já considera-
mos todas as redistribuições de esforços que poderiam
Caro Colegas desta Comunidade, ocorrer na estrutura (de forma aproximada), não sendo
mais lícito que o programa permita ainda aos usuários
Devidos aos novos procedimentos de cálculo proposto considerar semi-rígidas as ligações de vigas e pilares, ou
pela nova norma NBR 6118:2003, estão aparecendo uma seja, o programa permite ainda que os usuários façam
série de dúvidas de interpretação desta norma, umas já redistribuições de momentos fletores conforme o item
bastante discutidas e outras ainda por surgir. Dessa 14.6.4.3 da norma.
forma, gostaria de passar para os demais colegas desta
comunidade algumas das minhas dúvidas mais urgentes: Da minha parte, acho que estamos abusando desta
questão, uma vez que a estrutura já foi calculada de
1.0 - Na verificação do desaprumo, que é uma ação per- certa forma considerando uma redução muito grande da
manente indireta, a norma não cita claramente qual o rigidez dos elementos estruturais, assim, do ponto de
valor do coeficiente de ponderação das ações que deve- vista aproximado, todas as redistribuições que poderiam
remos usar. Veja que, na tabela 11.1 da norma, é dado o ser feitas já o foram.
valor do coeficiente de ponderação de 1.2 para os casos
de protensão, recalques de apoio e retração do concre- Quero antecipadamente desde já agradecer a atenção
to, mas não existe lá o caso do desaprumo. Dessa forma de todos.
qual será o valor do coeficiente 1.2 ou 1.4? Abraços
2.0 - Ainda também em relação ao desaprumo, no item Eng. Glaucione Feitosa, Recife, PE
11.3.3.4 da norma, está escrito: “Na verificação do esta-
do limite último das estruturas reticuladas, devem ser
consideradas as imperfeições geométricas do eixo dos Caros Amigos da Comunidade TQS,
elementos estruturais da estrutura “descarregada”. Cara Glaucione,
O que se entende por estrutura descarregada? Qual a Na mensagem da Glaucione se destaca um trecho:
combinação de ação que devo considerar no cálculo?
(Somente G? ou G+Q?). “No caso do TQS, já no cálculo dos esforços de 1º
ordem, o programa já está considerando a não linearida-
3.0 - Na análise dos esforços globais de segunda ordem, de física, como descrito anteriormente.
a norma manda considerar a não-linearidade física de
forma aproximada conforme consta no item 15.7.3. Acontece que, após o cálculo de todos os esforços (1º
e 2º ordem) levando-se em conta este efeito, já consi-
No caso do TQS, já no cálculo dos esforços de 1º ordem deramos todas as redistribuições de esforços que po-
o programa já está considerando a não-linearidade físi- deriam ocorrer na estrutura (de forma aproximada), não
ca, como descrito anteriormente. sendo mais licito o programa permitir ainda aos usuá-

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TQSNEWS
rios considerarem as ligações de vigas e pilares como Podemos observar claramente a diferença entre um mo-
sendo semi-rígidas, ou seja, o programa permite ainda delo usual (elástico) e um com ligações flexibilizadas
que os usuários façam redistribuições de momentos fle- pelo simples modelo abaixo:
tores conforme o item 14.6.4.3 da norma.”
Como fiquei na dúvida de a Glaucione estar dominando
os recursos do CAD/TQS, resolvi fazer uma revisão rápi-
da sobre o tema ligações semi-rígidas, voltadas a análi-
ses de pórticos espaciais.
Vamos distinguir e separar claramente os seguintes tópicos:
- ligações vigas / pilares flexibilizadas;
- engastes parciais;
- redistribuição de momentos devido à redução de mo-
mentos negativos;
- simulação simplificada de não-linearidade física. O modelo é o mais simples possível, com duas vigas
chegando em extremidades opostas de um pilar parede.
Há uma confusão de nomenclatura quando associa-
mos o termo semi-rígido ao TQS. O conceito “ligação Vejamos as Formas:
semi-rígida” pode ser empregado para definir tanto “li-
gações flexibilizadas” quanto “engastes parciais”. No
TQS, ele pode se aplicar aos dois casos. Para evitar
dúvidas, vamos tratar o assunto sempre distinguindo o
que são as “ligações flexibilizadas” e os “engastes
parciais”.
Nas vigas foram aplicadas cargas distribuídas do PP + 1tf/m
1. Ligações flexibilizadas
Vejamos agora os diagramas resultantes dos processa-
Entre as características exclusivas do CAD/TQS, desta- mentos:
cam-se as ligações entre as vigas e os pilares, que
foram denominadas ligações flexibilizadas, diferentes Com ligações totalmente elásticas entre as barras das
das “usuais” ligações elásticas adotadas em modela- vigas e dos pilares:
gem de pórticos espaciais. No modelo flexibilizado,
adotam-se molas nestas ligações, com o objetivo de re-
presentar a seção do trecho de pilar que efetivamente
engasta a viga em cada uma das ligações, enquanto
que, no modelo elástico, as barras de vigas são ligadas
às barras que representam os pilares considerando as
inércias integrais de ambos.
Este recurso é muito importante para uma melhor obten-
ção de esforços no modelo de pórtico espacial, sendo
uma evolução em modelagem estrutural na busca de
uma análise mais aprimorada, voltada a representar de
uma maneira mais realista o funcionamento da estru-
tura, embora este recurso ainda seja considerado como
uma análise elástica linear mais refinada. A ligação fle-
xibilizada não pode ser confundida com redistribui-
ção de momentos negativos.
E com ligações flexibilizadas entre as vigas e pilares:

Julho/2006 - nº 23
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TQSNEWS
E para matar a nossa curiosidade, o mesmo pórtico Agora, aplicando ao extremo esquerdo da viga um en-
com apenas uma “viga continua” passando no eixo gaste parcial de 50%, teremos o seguinte diagrama:
dos pilares:

Em estruturas hiperestáticas com muitos nós, a imposi-


ção de coeficientes de engastes parciais não gera redu-
ções inteiramente proporcionais de momentos, devido
às redistribuições de esforços entre vigas e pilares.

3. Redistribuição de momentos devido à redução de


Fica claro que no modelo elástico ocorreu uma continui- momentos negativos
dade entre as duas vigas, através das barras rígidas que Para o detalhamento de vigas podemos aplicar coefi-
ligam a barra do pilar central a estas vigas, tanto assim cientes redutores dos momentos negativos. Eles podem
que os esforços obtidos foram quase iguais aos de uma ser tratados de 2 formas no sistema TQS:
viga contínua passando pelo eixo dos pilares.
- Através de critério K1 do CAD/Vigas, podemos apli-
O modelo em regime elástico está errado? Não, ele ape- car redutores de momentos negativos em vigas
nas tem limitações. O engenheiro que esta analisando a com as seguintes opções:
estrutura tem que perceber esta limitação e impor articu-
lações nos pontos críticos do modelo.

2. Engaste parcial
O engaste parcial é uma outra aplicação do conceito de
ligações semi-rígidas, onde podemos aplicar redutores
de inércia em uma extremidade de barra.
Vejamos o seu funcionamento em um outro exemplo
bem simples:

Vale frisar que uma redução de 25%, segundo a NBR


6118:2003, somente é possível em estruturas de nós
Na viga foi aplicada uma carga distribuída de PP + 1tf/m fixos. Além disso, o valor relativo da linha neutra, x/d, de-
verá ser controlado em função destes 25%.
Vejamos o diagrama de momento fletor:
Podemos observar, abaixo, os diagramas de momentos
fletores, originais e após a redução, de uma viga continua
quando é aplicada uma redução de 25% através do K1:

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TQSNEWS
Devemos tomar o cuidado em não aplicar simultanea-
mente os dois critérios de redução para vigas e pórtico
espacial. Caso ocorra, o sistema emitirá um aviso e será
adotada apenas a redução dos momentos negativos ob-
tidos na resolução do pórtico.
O engaste parcial não deve ser aplicado no pórtico
quando o objetivo é de apenas reduzir os momentos ne-
gativos, pois ele afeta também os momentos positivos,
importantes em vigas que recebem esforços de vento.

4. Simulação simplificada de não linearidade física


Já comentada na minha mensagem anterior.

5. Conclusão
- Aplicação de um coeficiente de engaste parcial
A Glaucione também faz a seguinte afirmação abaixo:
para a modelagem do pórtico espacial.
“Da minha parte, acho que estamos abusando desta
Nos critérios gerais para a geração do pórtico espacial,
questão, uma vez que a estrutura já foi calculada de
podemos definir um coeficiente de engaste parcial pa-
certa forma considerando uma redução muito grande da
drão, que será aplicado em todos os extremos de bar-
rigidez dos elementos estruturais e que, portanto, do
ras de vigas dos modelos de pórtico. Além do coeficien-
ponto de vista aproximado, todas as redistribuições que
te padrão, os coeficientes de engaste parcial declara-
poderiam ser feitas já o foram.”
dos no modelador estrutural sempre são considerados.
Vejamos na tela abaixo a consideração de engaste par- Entendidos os conceitos sobre os quatro fatores distin-
cial padrão = 0,9: tos e acima apresentados, que influenciam a redistribui-
ção de esforços (momentos fletores, cortantes, etc.)
numa estrutura de concreto armado, podemos afirmar
que não há abuso, desde que cada um deles seja utiliza-
dos com coerência.
Flexibilização de ligações não é redução de momentos
negativos e nem redução aproximada de inércias para
simular elementos fissurados. A análise linear com redis-
tribuição (a Norma cita uma pequena redistribuição), é
permitida desde que verificadas as condições de equilí-
brio e dutilidade, independentemente da flexibilização
das ligações.
Em um futuro ainda remoto, vamos elaborar o projeto
de uma estrutura de concreto armado levando em con-
sideração os materiais heterogêneos, os diagramas
tensão/deformação de cada material, efeitos construti-
vos, seções fissuradas (estádios I, II e III). Desta forma,

CLIENTES VAMPIROS EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM

– Veja bem! A cidade está cheia de calculistas doidos pra pegar este
projeto, alguns até mais experientes que você. Vamos fazer o seguinte: – Ô Zé, o que foi que aconteceu com você rapaz? Você tá todo torto?
Fechamos pela metade do valor de sua proposta e nenhum centavo a – Nem te falo! Trai a minha mulher, dei um desfalque na empresa, e ainda
mais. Lembre que sou apenas um pobre velho tentando sobreviver. Ah, por cima torci para Gana no último jogo do Brasil. Minha consciência tá
mas quero que me entregue as fundações na segunda-feira! tão pesada que ficaram evidentes os efeitos de 2ª ordem!
Eng. Sérgio Santos, Fortaleza, CE Eng. Sérgio Santos, Fortaleza, CE

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TQSNEWS
as simplificações e os artifícios que utilizamos hoje res. Quando entra em operação, a estrutura recebe uma
para simular o concreto armado serão apenas lembra- boa parcela das cargas variáveis verticais...
dos com saudosismo. Até aqui teremos inércias modificadas nas vigas com
Um abraço a todos, maiores vãos, onde já estarão atuando os esforços mais
Eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva, TQS, São Paulo, SP importantes para estas vigas, mas as vigas com meno-
res vãos, estarão lá, tranqüilas, ainda no estádio I, espe-
rando o dia em que o vento atuará na estrutura...e ficam
Caros Amigos da Comunidade TQS, aguardando a temporada de ventos... e ficam...
Cara Glaucione, Um dia, uns 18 anos depois, ocorre uma grande tempes-
tade, com ventos de 80 km/h incidindo na estrutura em
Ainda tendo como referência a mensagem da Glaucione,
uma determinada direção e, só então, algumas destas
gostaria de tecer alguns comentários adicionais sobre a
vigas serão efetivamente solicitadas. Daquele dia em
não-linearidade física nas estruturas de concreto arma-
diante, a estrutura será outra, pois finalmente estas vigas
do, comentários estes que sempre faço nos cursos TQS
passarão para o estádio II (ou III) em algumas seções
que são por mim ministrados.
transversais, com o grau de fissuração variando entre as
Primeiro, vamos rever as prescrições do item 15.7.3 da suas fibras superiores e inferiores. Se for uma estrutura
NBR 6118:2003: que já tem inclinações horizontais devido à carga verti-
15.7.3 Consideração aproximada da não-linearidade física cal, ela sofrerá uma série de redistribuições de esforços.

Para a análise dos esforços globais de 2ª ordem, em es- Este processo se repetirá várias vezes ao longo da vida útil
truturas reticuladas com no mínimo quatro andares, da estrutura. Ao final de décadas, as vigas curtas que re-
pode ser considerada a não-linearidade física de manei- sistem aos esforços horizontais terão, ao longo dos vãos,
ra aproximada, tomando-se como rigidez dos elementos diversas seções transversais micro-fissuradas e, conse-
estruturais os valores seguintes: qüentemente, inércias variáveis ao longo destes vãos.
- lajes: (EI)sec= 0,3Eci Ic Em uma análise mais refinada, deveríamos obter as inér-
- vigas: (EI)sec= 0,4Eci Ic para A’s ≠ As e cias efetivas seção a seção e aplicar estas inércias em
(EI)sec = 0,5 Eci Ic para A’s = As nossos modelos, e estes seriam vários, para cada fase
de vida da estrutura.
- pilares: (EI)sec=0,8EciIc
onde: Em nossos projetos, devemos prever qual seria a situa-
ção mais crítica para a nossa estrutura e prever armadu-
Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto, ras para manter a nossa estrutura estável.
incluindo, quando for o caso, as mesas colaborantes.
A simplificação de consideração de inércias prevista no item
Quando a estrutura de contraventamento for composta 15.7.3 provavelmente está dirigida a este tema. Mas não de-
exclusivamente por vigas e pilares e Gama Z for menor que vemos nos prender na mesma consideração sempre.
1,3, permite-se calcular a rigidez das vigas e pilares por:
(EI)sec = 0,7 EciIc Por favor, leiam novamente o pequeno texto acima...
Os valores de rigidez adotados neste item são aproxima- Na minha interpretação, tenho claramente 2 variações
dos e não podem ser usados para avaliar esforços locais para a aplicação do item 15.7.3:
de 2ª ordem, mesmo com uma discretização maior da - Em estruturas baixas com grandes vãos, ou com inér-
modelagem. cias pequenas, destinadas apenas ao combate de
Eu sei que as inércias reais são menores que as integrais e ações verticais.
das sugestões estabelecidas neste item da norma. Só con- - vigas: (EI)sec= 0,4Eci Ic pois A’s ≠ As e
seguiremos tratar a não linearidade física com eficiência pilares: (EI)sec=0,8EciIc
quando realizarmos análises incrementais sucessivas, ten- - Em edifícios altos onde a inércia e armaduras das vigas
tando reproduzir a “cronologia de carregamentos atuantes” são maiores que as necessárias para tratar as ações ver-
ao longo da vida útil de uma estrutura, com a consideração ticais, pois as ações de vento são as mais importantes.
da não linearidade física. Vejamos o que isto significa: - vigas: (EI)sec= 0,7Eci Ic
Vamos dividir as vigas das nossas estruturas em 2 tipos: pilares: (EI)sec=0,7EciIc
- Com grandes vãos, onde o carregamento principal é o Na realidade, cada estrutura tem um comportamento di-
vertical. ferenciado, cada um merecendo uma atenção focalizada
- Vigas com pequenos vãos, mas com boas inércias, li- em pontos específicos. Na maioria dos casos, uma redu-
gadas a pilares com grande rigidez, folgadas para ção de inércia não implica uma proporcional redução de
ações verticais, mas importantes para absorver os es- momentos fletores atuantes.
forços devido às ações horizontais. Bem, esta é a minha interpretação, que pode ser diferente
A estrutura é erguida, e logo ocorre a introdução de uma de muitos, mas que seria um ótimo tema para dissertações.
boa parcela da carga vertical (pp+g1) e das deformações Um abraço a todos,
nos apoios (recalques). Ao longo da execução, são intro-
Eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva, TQS, São Paulo, SP
duzidos os carregamentos permanentes complementa-

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TQSNEWS
Radier 2. Desligar a separação de carregamentos para facilitar
os trabalhos.
Prezado Aurélio, 3. Criar N casos de carregamento adicionais correspon-
Peço a gentileza de montar um modelo em grelha, no dentes aos esforços que estão atuando sobre a base
TQS, para determinar os esforços em um Radier em elástica
concreto armado, circular, de diâmetro 25 m, em solo ar- 4. Passando ao modelador, lançamos uma laje e um pe-
giloso, com tensão admissível (0,5 Kgf/cm2). No centro queno pilar, no c.g. da laje, onde iremos aplicar as car-
do radier está apoiada uma caixa d’água circular de diâ- gas atuantes.
metro 20 m e altura 15 m. 5. Os sistemas sempre consideram que os pilares são
Eu utilizo um programa de elementos finitos, só que dá de concreto e se não impusermos nenhuma outra de-
muito trabalho, acredito que no TQS-GRELHA seria claração, estes terão, nos modelos de grelha, rigide-
mais prático. zes elásticas (K translação z=EA/L e K rotação x e y=
4EI/L). Então, ainda no modelador, devemos declarar
Atenciosamente molas para este apoio que correspondam à rigidez
Eng. Milton Roberto Yoshinari, Cuiabá, MT do solo. Devemos então alterar os dados do pilar,
considerando-o um apoio elástico contínuo e modifi-
car os coeficientes de mola deste, deixando-os des-
Caro Amigo Milton Yossinari prezíveis para rotação e para translação vertical o
Caros Amigos da Comunidade TQS correspondente à área de influência do solo em torno
do nó no modelo.
Questões parecidas com a sua já foram levantadas no
passado aqui na Comunidade. 6. Definir uma laje proporcionalmente rígida e estabelecer
o coeficiente de mola desejado para a base elástica
Se você consegue modelar com elementos finitos, 7. Através dos comandos carga concentrada, cargas
ótimo. Dê preferência a elementos sólidos se a laje for distribuídas por área e cargas lineares, devemos apli-
muito espessa. Não esqueça de ajustar apropriadamen-
car as cargas na base.
te o coeficiente de rigidez da sua base elástica, princi-
palmente porque a sua malha deve ter elementos com 8. Salvar o modelador e processar extração gráfica de
áreas diferentes. formas
9. Passando ao gerenciador de GRELHA, processar a
Para modelar através do Grelha-TQS, desprezando a ri- geração do modelo de grelha.
gidez dos elementos que estão acima da base, basta se-
guir o roteiro ilustrado na mensagem anexa. É muito importante que a malha seja homogênea e simé-
trica, onde o número de nós com coeficientes de mola
Resumidamente teríamos:
correspondam à rigidez total da sapata.
1. Definir um edifício hipotético, onde iremos modelar
bases elásticas tendo como objetivo apenas a obten- No caso de uma base circular, a malha gerada automa-
ção das molas, onde introduzimos um pavimento ticamente pelo Grelha-TQS (em duas direções princi-
acima da fundação. pais) pode ser otimizada, através da entrada gráfica de
CEC Cia de Engenharia Civil SC Ltda, São Paulo, SP
Eng. Luiz Carlos Spengler, Campo Grande, MS

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TQSNEWS
grelha, onde podemos definir novas barras, malhas de considerável, com toda a certeza, pois não saberia lhe
barras, restrições de apoio, cargas aplicadas, etc. dar uma resposta qualquer.
Se existirem elementos com muita rigidez acoplados à Um grande abraço a todos
base elástica (por exemplo paredes), eles podem ser tra- Eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva, TQS, São Paulo, SP
tados como vigas com uma rigidez correspondente.
De qualquer forma, este roteiro não deve ser aplicado
corriqueiramente, principalmente numa base elástica
das proporções da que você (Milton) citou.
Coeficientes de Mola no TQS
Quando escrevo para o nosso grupo, estou tentando es-
clarecer dúvidas sobre os sistemas, praticamente uma Prezado Aurélio,
extensão ao meu trabalho como engenheiro do suporte Lendo sua mensagem, volto a uma velha dúvida minha
técnico da TQS. ainda não resolvida: como determinar os coeficientes de
Julgo que este seria um caso profissional, onde o mais mola nos pés dos pilares?
adequado seria consultar especialistas em geotecnia, e, Você tem alguma referência prática para indicar?
em complemento consultar profissionais com largos co-
nhecimentos em análises estruturais complexas. Obrigado,
Eu, particularmente, não entendo muito de fundações, e Eng. Cláudio Moreira da Rocha, Rio de Janeiro, RJ
não teria uma resposta fácil. Como digo sempre para vocês
nos cursos, às vezes fico dias pensando no modelo que Caro Cláudio Moreira da Rocha,
tenho que elaborar e só depois começo o trabalho no TQS.
Caros Amigos da Comunidade TQS,
Não vou esquecer do último carnaval, quando fiquei es-
tudando como considerar estacas barretes em um mo- Relendo o texto abaixo, percebi que tenho muitas fron-
delo, para um edifício de que eu sou o verificador. Fiquei teiras éticas na minha atividade profissional, tema para
pensando durante horas, e depois gastei mais de 40 uma outra mensagem.
horas montando modelos para tentar descobrir uma Leiam até o final sem desanimar...
simplificação aplicável.
Eu não sou a pessoa mais indicada para responder
Ou seja, cada modelo exige uma análise especifica, dirigi- esta pergunta. Apenas posso garantir que eu sempre
da ao objeto da questão. Não gosto de receitas prontas. considero nos projetos e avaliações de projeto que
O objetivo das minhas mensagens é o de fazer vocês, participo.
usuários dos sistemas, dominarem os recursos do TQS, Eu pretendo escrever mais sobre o assunto no futuro, e
para saber aplicá-los e poderem ter sacadas para cada vocês vão perceber que sempre vou passar pelo termo
caso. Este é o “grande barato”! Coeficientes de mola dos apoios (ou de rigidez do apoio)
Sugiro que você, Milton, dê uma repassada nas mensa- quando enviar mensagens para a Comunidade.
gens que foram postadas recentemente, pois, por exem- Eu prefiro não indicar procedimentos e cálculos por
plo, neste estudo citado acima, utilizei basicamente os um fato real:
conceitos que apresentei nas mensagens.
Alguns anos atrás, realizávamos um curso Intensivo
Se eu fosse responder a questão que você levantou, muito interessante em São Paulo, onde tínhamos 2 aulas
mesmo com todos os dados, demandaria um tempo noturnas por semana. Durante o curso, expliquei como

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TQSNEWS
discretizar um radier utilizando modelos de grelha, intro- mulamos o solo através de apoios elásticos distribuídos
duzindo nos nós restrições elásticas onde o coeficiente nos nós principais da malha.
de mola retratasse a rigidez do solo, e disse: Agora, vamos ver como obter o coeficiente de mola uti-
- O coeficiente de rigidez do solo vocês podem encontrar no lizando modelos de grelha:
Montoya, no Sussekind, no Livro Estruturas de Fundações
1. Definir um edifício hipotético, onde iremos modelar
do Marcello da Cunha Moraes (grande abraço ao profes-
bases elásticas tendo como objetivo apenas a obten-
sor) e é um número que pode variar de xxx a 6xxx tf/m3
ção das molas, onde introduzimos um pavimento
Algumas aulas depois, um engenheiro, meu amigão, veio acima da fundação.
me mostrar com entusiasmo um modelo que ele tinha 2. Desligar a separação de carregamentos para facilitar
elaborado e rolou o seguinte dialogo: os trabalhos
- Fiz um modelo bacana de uma base de um grande re- 3. Criar 2 casos de carregamento adicionais: FORCA MX
servatório com aquilo que você passou na aula. Mas e FORCA MY
utilizei o SSSSSS (citou um renomado programa de
análise estrutural) 4. Passando ao modelador, lançamos uma laje e um pe-
queno pilar, no c.g. da laje, onde iremos aplicar os
- Legal! Tem alguma coisa aí? (e ele me mostrou). Mas é momentos concentrados, formando o seguinte mode-
uma laje apoiada sobre estacas!?! (exclamei eu) lo, para simularmos uma base com 3x2 m, sendo o
- Sim. Ksolo = 3000 tfm/m3
- Qual coeficiente de mola que você considerou?
- Aquele que você disse: 3xxx (tirou uma média)
- Mas eu não falei nada sobre base sobre estacas, eu
mostrei um radier apoiado diretamente no solo...
Bem, nunca mais passei alguma indicação de valores
supostamente aplicáveis em projetos durante os cur-
sos. (com exceção aos critérios dos sistemas)
Mas, a coisa (o tal coeficiente) é bem simples... (mais
memórias):
Alguns anos atrás, o pessoal da TQS jogava bola aos sá- 5. Os sistemas sempre consideram que os pilares são de
bados em uma quadra de society alugada. Em um belo concreto e se não impusermos nenhuma outra declara-
dia, estávamos, eu, o meu amigo Silvio Feitosa e o meu ção, estes terão, nos modelos de grelha, rigidezes elás-
amigo chefe guru Nelson Covas esperando para entrar ticas (K translação z=EA/L e K rotação x e y= 4EI/L).
no jogo quando fiz esta mesma pergunta:
Então, ainda no modelador, devemos declarar molas
- Como calculamos os coeficientes de mola a rotação? para este apoio que correspondam à rigidez do solo. De-
E o Nelson simplesmente respondeu: vemos então alterar os dados do pilar, considerando-o
- O coeficiente de mola a rotação é igual ao inverso do um apoio elástico contínuo e modificar os coeficientes
ângulo que se forma quando aplicamos um momento de mola deste, deixando-os desprezíveis para rotação e
unitário em um nó... para translação vertical o correspondente à área de in-
fluência do solo em torno do nó no modelo.
A conversa se encerrou aí, mas eu não esqueci aquela dica.
Passou o tempo até que um dia “caiu a ficha” (um abra-
ço Fernando Marcondes). Eu (nós) poderia obter estes
coeficientes com simples modelos de grelha.
Basta aplicar em um nó central um momento e observar
nas listagens o ângulo gerado naquele nó.
Bem, fica aqui registrada mais uma vez a minha home-
nagem ao Nelson, representada por uma boa dica de uti-
lização do TQS:
A figura a seguir mostra o modelo de uma laje sobre
base elástica modelada com o GRELHA-TQS, onde si- 6. Definir uma laje proporcionalmente rígida e estabelecer
o coeficiente de mola desejado para a base elástica.

Julho/2006 - nº 23
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TQSNEWS
O coeficiente de mola definido aqui também correspon- É muito importante que a malha seja homogênea e simé-
de à área de influência do solo no entorno de cada nó no trica, onde o número de nós com coeficientes de mola
modelo, e a continha é bem simples: correspondam à rigidez total da sapata.
Ktz (tf/m) = Krsolo (tf/m3) x espaçamento da malha2 (m2) PS: Levei 3 horas para escrever esta mensagem tentan-
7. Através do comando carga concentrada, aplicamos do reproduzir os passos de operação do sistema, sendo
no pilar 2 momentos de 10000 tfm que consumi apenas 10 minutos para gerar o modelo e
obter os resultados.
Na realidade, não podemos aplicar uma mola única de
rotação para todos os apoios de uma estrutura. Isto por-
que podemos ter blocos de 1 estaca onde o coeficiente
de mola é minúsculo (alguns de tfm/rad) e em outras fun-
dações, normais em grandes pilares de edifícios de 20,
30 andares, podem chegar a 10000000 tfm/rad,
Agora vamos voltar à questão da fronteira ética que
temos que respeitar aqui na TQS:
8. Salvar o modelador e processar extração gráfica de Alguns anos atrás, eu participei do trabalho de verifica-
formas ção de projeto com um dos maiores engenheiros estru-
turais do Brasil, que me mostrou como ele calculava as
9. Passando ao gerenciador de GRELHA, processar a molas. Infelizmente, não posso repassar a todos uma
geração do modelo de grelha informação que pode representar, em muitos casos,
anos de estudos, pesquisa e prática. Não seria justo e
nem ético.
Esta mensagem pode ser dedicada também aos enge-
nheiros que têm conhecimento deste simples conceito,
mas dizem que não têm tempo para calcular “isto” nos
seus projetos.
Queria finalizar enviando um grande abraço ao amigo Sil-
vio Feitosa, que, apesar de estar na minha escala como
Utilizando o visualizador de grelha, podemos observar Tio de engenharia, é o “Sobrinho original”, porque é sócio
os diagramas, principalmente os deslocamentos, e des- e sobrinho do “Tio original” Gabriel Oliva Feitosa, ao
cobrimos o nó onde está aplicada a força (o momento amigo Américo Grieco e ao amigo Leonardo dos Santos.
concentrado). Abaixo podemos ver uma vista lateral do Um grande abraço a todos,
modelo com os deslocamentos do caso FORCAMX:
Eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva, TQS, São Paulo, SP

Caro Luiz Aurélio Fortes da Silva:


O método que eu emprego para obter os coeficientes ro-
tacionais de mola das bases é o seguinte.
Através da listagem de processamento, podemos obser-
var os deslocamentos dos casos FORCAMX e FOR- Sejam em geral (x y) as direções principais horizontais no
CAMY onde observamos as rotações no nó 57, onde foi centro de uma base rígida. É fácil demonstrar que:
aplicado o momento: Krx = Ksolo * Ix
————————————––––––————————————— Kry = Ksolo * Iy
// CARREGAMENTO NO. 2 //
// FORCA MX
No caso de bases retangulares (dimensões a e b, a na
———————————————––––––—————————— direção x e b na direção y):
// DESLOCAMENTOS DOS NOS // Krx= Ksolo * (1/12) *a* b3
NO ROTACAO X ROTACAO Y TRANSL. Z Kry= Ksolo * (1/12) *b* a3
57 1.477624 .000000 .000000
——————————————————––––––——————— No caso do seu exemplo: a=3 m, b=2 m, Ksolo = 3000 tf/m3
// CARREGAMENTO NO. 3 // Chegaríamos a:
// FORCA MY
—————————————————————––––––———— Krx= 3000 * (1/12) *3* 23 = 6000 tf m
NO ROTACAO X ROTACAO Y TRANSL. Z Kry= 3000 * (1/12) *2* 33 = 13500 tf m
57 .000000 .719693 .000000
Os valores aos quais você chegou são um pouco maio-
res (Krx = 6767,62 tfm e Kry = 13894,81 tfm). Eu suponho
10. Agora ficou fácil. Os coeficientes de mola a rotação são: que as molas nos bordos e nas esquinas da base foram
tomadas como se a área de influência para elas fosse
Krx = 10000 * (1/1,477624) = 6767,62 tfm/rad [(espaçamento da malha)2] como nos nodes interiores,
Kry = 10000 * (1/0,719693) = 13894,81 tfm/rad quando na realidade deveriam haver sido tomadas como
a metade (nos bordos) e um quarto (nas esquinas).

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TQSNEWS
A formula (Krx = Ksolo * Ix) é valida nos casos de base Na maioria dos casos escolher valores de Ksolo exatos
RÍGIDA. No caso de base flexível o Krx será menor não vai ser nem possível nem necessário (na maioria dos
(nunca maior). Em geral, as bases de fundação de con- casos). Se vocês estão interessados em saber O POR-
creto armado serão suficientemente rígidas para que a QUE desta última afirmação, esclarecerei no futuro meu
fórmula seja uma boa aproximação. ponto de vista a respeito.
Observe-se que a ação do momento incrementa o cor- Um abraço,
tante de um lado da base e diminui o outro; então a ve- Eng. Sergio Stolovas, Curitiba, PR
rificação do “punching” levará a valores de tensão de
corte maior (localizado no perímetro de punching do
lado dos valores altos). Em conseqüência disso, a altura
da base terá às vezes de ser maior que no caso de au-
sência de momento, o que reforça a hipótese de que Detalhamento de Armaduras a Punção
sempre a base resultará bastante rígida.
Caros senhores,
Comentários suplementares: Gostaria de uma informação. O TQS detalha as arma-
O coeficiente Ksolo não é um valor que se possa achar duras de punção ou somente indica os esforços/áreas
de maneira confiável em catálogos em função da com- de aço?
posição do solo e aplicar diretamente na análise. Isso Grato,
acontece pelo fato das divergências na bibliografia e
pela simples razão de que na realidade, Ksolo não é Eng. Guilherme Magalhães Almeida, Brasília, DF
função exclusivamente do tipo de solo. O coeficiente
depende também (a) da profundidade da escavação, Caro Guilherme,
(b) da estratificação do solo, (c) das dimensões da fun-
dação e da tipologia da mesma. (d) da duração da apli- Acho que tenho 2 itens a serem desenvolvidos:
cação da carga, etc. Mesmo se você tiver os resultados 1. Como o TQS faz
de um ensaio de carga do solo, isso não daria para 2. O que fazem os profissionais em seus projetos
chegar ao valor do coeficiente sem antes fazer outras
considerações. O espectro de valores de Ksolo que 1. Como o TQS faz:
aconselham os especialistas é muito disperso e às
vezes dá para se questionar como é possível adiantar O TQS utiliza o “Editor de Esforços e Armaduras de
coisas quando nossas bases de cálculo estão cheias Lajes” (EEAL) para tratar os esforços de punção. Este
de incertezas. editor gráfico trabalha da seguinte maneira:
Conviver e dar um jeito de se sobrepor a essas incerte- - os esforços considerados são obtidos de modelos de
zas é parte do que faz a engenharia estrutural. Essas in- grelha plana;
certezas são umas das tantas contingências que exigem - o refinamento na discretização da malha de barras é
fazer uso da nossa arte de simplificar dilemas e chegar a muito importante para obtermos valores de cortantes
uma solução confiável para cada um dos problemas es- “razoáveis” na região dos apoios;
pecíficos. São essas coisas que fazem a engenharia - são lidos os diagramas de momentos fletores e cisa-
ainda super-interessante no meu ponto de vista. lhamento ponto a ponto em cada alinhamento de bar-
M2 Engenharia e Projetos Ltda., Brasília, DF

Disegno Eng. Proj. SC Ltda, Santos, SP

Julho/2006 - nº 23
21
TQSNEWS
ras ou placas. Também são lidas as seções de cálculo Por exemplo, ESAR0818.DWG é o desenho de um estri-
destas barras; bo de um ramo, seção retangular, nervura de 8 cm de
- o EEAL transforma em faixas de detalhamento os dia- largura e altura da nervura mais capa de 18 cm. O editor
gramas dos alinhamentos considerando as respectivas monta o nome do arquivo de estribos conforme a seção
seções de cálculo; de concreto a ser detalhada.
- em cada ponto ao longo dos alinhamentos, são feitas - Para as armaduras de punção pprhh.DWG onde:
verificações de tensão de cisalhamento fora dos capi- pp Prefixo de duas letras definido no arquivo de cri-
téis e de punção dentro dos perímetros críticos. térios:
O programa que gera as faixas iniciais de distribuição faz O prefixo default é PU.
um pré-cálculo de armaduras de cisalhamento de acor-
do com os parâmetros no arquivo de critérios e gera fai- r - A ou B, dependendo se a armadura é de 1 ou 2
xas de armadura de cisalhamento sobre as regiões que ramos respectivamente
precisam ser armadas. Na região em torno dos pilares, hh - Altura total da laje em volta do apoio
nas chamadas “regiões críticas de punção”, também é Os desenhos contendo os detalhes típicos de cisalha-
verificada a necessidade da colocação destas armadu- mento e punção devem estar na pasta \TQSW\SUPORTE\
ras (dependendo dos critérios definidos), e são geradas LAJES\BLOCOS.
faixas de distribuição neste caso.
Seguem 5 figuras de detalhes variados utilizados em
Para simplificar a operação do editor e a geração de de- projetos:
senhos, as faixas de cisalhamento sobre nervuras
armam estribos, enquanto que as faixas sobre trechos A. O arquivo estrb-te.jpg mostra estribos com os ramos
maciços de concreto armam punção. abertos em Tê visando melhorar a ancoragem e tam-
bém apoiar os estribos nas armaduras negativas.
2. O que fazem os profissionais em seus projetos:
Na realidade, a consideração de punção é um pouco ne-
gligenciada. No passado, os engenheiros mais cons-
cientes procuravam fugir de seções que necessitassem
de armaduras de punção.
Nos últimos anos, é que o assunto tem tomado um rumo
mais claro. As pesquisas colaboraram bastante para que os
engenheiros enxergassem o problema. Como a utilização
em larga escala de lajes totalmente planas, a verificação de
punção assumiu uma grande importância para os engenhei-
ros de estruturas. Mas muitos ainda utilizam métodos de
cálculo equivocados, ora errando na consideração dos pe-
rímetros críticos em pilares alongados, ora errando por ado-
tar as reações de apoio com cortante total de cálculo. O de-
talhamento ainda é o grande delimitador, pois os engenhei- estrb-te.jpg
ros de obra julgam que os CONECTORES são muito caros
e forçam a adoção de ESTRIBOS, que são menos eficazes. B. O arquivo estrb-ab.jpg mostra um detalhe de estribo
aberto em U, onde podemos considerar que temos
3. Exemplos de detalhamento: uma pior condição de ancoragem.
O detalhamento varia muito de projetista para projetista
e de obra para obra. Para tornar o detalhamento auto-
matizado do CAD/Lajes (EEAL) mais flexível, o editor
gera os desenhos de cisalhamento e punção, a partir de
desenhos externos, que podem ser personalizados
pelos usuários-projetistas.
O nome do arquivo de detalhe de estribos usado em
cada seção de cálculo tem o seguinte formato:
- Para estribos pprsllhh.DWG onde:
pp Prefixo de duas letras definido no arquivo de cri-
térios, menu de cisalhamento.
O prefixo default é ES.
r - A para estribos de um ramo ou B para estribo de
dois ramos. estrb-ab.jpg
s - R para seção retangular, T para seção trapezoidal C. O Arquivo 742TIPO.jpg mostra o detalhamento com
ll - Largura média da nervura, com 2 dígitos e zero à estribos fechados. O detalhe de amarração dos estri-
esquerda se necessário bos em ferros longitudinais não foi respeitado na
hh - Altura total da nervura mais capa obra, pois adotaram telas soldadas para as armadu-
ras longitudinais e com isto embutiram os estribos in-

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TQSNEWS
ternamente as malhas inferiores e superiores, modifi- E. O arquivo CAVALETE.jpg contém detalhe de armadu-
cando o detalhe original. ras em grampos inclinados formando cavaletes. Este
detalhe partiu da inspiração que o professor Guilher-
me Melo transmitiu durante a sua palestra em um
Simpósio da USP.

742TIPO.jpg
D. O arquivo 770TERR.jpg contém detalhes de Conectores.
CAVALETE.jpg
Concluindo, julgo que o melhor esquema de detalhamen-
to deve se assemelhar aos mostrados em 742tipo e
770TERR, onde o posicionamento dos estribos e conecto-
res é mostrado em detalhe ampliado, cotado em nível exe-
cutivo, e compatibilizado com as armaduras longitudinais.
Este nível de detalhamento ainda não é alcançado pelo
CAD/TQS, pois envolve uma observação sobre o deta-
lhamento que não pode ser automatizada, mas que deve
ser contemplado pelos projetistas.
Um abraço,
Eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva, TQS, São Paulo, SP
770TERR.jpg
Augusto Franklin Proj Est SC Ltda, Salvador, BA

Julho/2006 - nº 23
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TQS CONHEÇA-O TQSNEWS

TQS Conheça-o

A TQS tem o enorme prazer em convidá-lo a navegar


pelo seu novo site TQS Conheça-o.
Acesse www.tqs.com.br/conheca-o.

Através dele é possível conhecer todos os recursos e di-


ferenciais dos sistemas CAD/TQS de forma muito clara e
objetiva.
Seu formato visual moderno composto por inúmeras fi-
guras, animações e vídeos torna a navegação pelas di-
versas páginas bastante leve e confortável.
O funcionamento dos sistemas CAD/TQS perante cada
uma das etapas presentes no projeto estrutural é apre-
sentado com detalhes.
Não deixe de visitar este site. Vale a pena conferir.

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DESENVOLVIMENTO TQSNEWS

Desenvolvimento
Nossa equipe de desenvolvimento está finalizando e Nem por isto a versão 12, estável, deixou de ser
testando o SISEs (Sistema de Interação Solo-Estrutura). melhorada. Os usuários que já adquiriram a V12, há muito
Estamos também preparando um novo módulo de recebem atualizações. Recentemente a 12.5 foi liberada.
projeto que será lançado junto com a versão 13. Vamos comentar algumas melhorias da versão 12.

Edifício 3D DXF Melhorias no visualizador 3D


Há décadas, os engenheiros estruturais vem dando um O uso do visualizador 3D foi facilitado com novos co-
salto no desenvolvimento de projetos, integrando o mo- mandos:
delo estrutural, análise, dimensionamento, detalhamento
e desenho de estruturas. Este tipo de evolução aconte-
ce aos poucos com os arquitetos, que começam a mi-
grar para o lançamento arquitetônico totalmente em 3D
e a integração de informações através de um sistema
denominado BIM (building information modeling), que
deve unir as diversas áreas de projeto.
Estamos adaptando os sistemas CAD/TQS para acom-
panhar essas mudanças. Inicialmente atualizamos o pro-
grama para geração do modelo 3D DXF. O DXF agora
contém cores originais do visualizador 3D, vigas, pilares,
lajes, rampas, escadas, pisos auxiliares, pilaretes, furos, - movimentação do observador ou do modelo;
lajes nervuradas e fundações. - arrasto da imagem e rotação orbital dinâmica;
O objetivo é permitir que engenheiros ou arquitetos, - o rolete do mouse aproxima e afasta o modelo. O rolete
atuando como coordenadores de projeto, possam de- apertado faz arrasto dinâmico e o rolete apertado simul-
tectar interferências entre o projeto estrutural e outras taneamente com a tecla <Shift> faz rotação dinâmica;
modalidades de projeto na construção do edifício. Tanto - passeio virtual: o observador movimenta-se com o
o AutoCAD® quando o Autodesk Revit® permitem a im- mouse na tela;
portação do modelo 3D gerado no TQS. - corte do edifício com posicionamento interativo do
plano de corte através de um controle deslizante.

Análise de estruturas híbridas


No projeto de uma estrutura moldada no local, muitas vezes
o engenheiro estrutural encontra uma solução elegante ou
O AutoCAD e o Revit permitem controlar a visualização ótima com o uso localizado de perfis metálicos ou pré-mol-
dos elementos estruturais através dos nomes originais. dados. Isto também pode acontecer por imposição do pro-
jeto arquitetônico. Teremos então uma estrutura híbrida.
Para ajudar na análise dessa estrutura, o Modelador per-
mite o lançamento de elementos com seções e materiais
fora do padrão da estrutura moldada no local:

Julho/2006 - nº 23
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TQSNEWS
O Modelador mantém uma tabela com as características No modelo de análise, as ligações com as seções não
geométricas de todos os perfis definidos no projeto: padronizadas são a princípio engastadas. Fica a cargo
do engenheiro definir peça a peça se as ligações são ar-
ticuladas, engastadas ou semi-rígidas.
Como resultado, o engenheiro obterá os esforços solici-
tantes em todas as peças lançadas. Os dados das se-
ções metálicas são gravados junto com o pórtico espa-
O botão “Seção I/U” chama uma janela com uma calcu- cial, de modo que é possível também fazer a análise e o
ladora deste tipo de seção, e com a possibilidade de dimensionamento de seções metálicas usando-se o sis-
carregar dados de um perfil catalogado: tema Mix® com o módulo de metálicas da Stabile®.

Visualização de pórticos e grelhas


O visualizador passou a mostrar “tooltips”, ou janelas de
ajuda quando o cursor fica um segundo parado sobre
um elemento do modelo.

Inicialmente foram definidas bibliotecas de perfis lamina-


dos padrão Gerdau® e Arcelor®. Tanto vigas quanto pila-
res podem receber os dados de um perfil. O lançamen-
to pode ser visualizado em 3D:

O tooltip mostrado depende do elemento sob o cursor e


do diagrama mostrado. Quando os diagramas não estão
ligados são mostradas as características geométricas da
barra, incluída seção T e a identificação do elemento na
planta de formas. Nas restrições de apoio, são mostra-
dos os tipos de restrições e os valores de mola. Com os
diagramas visíveis, o cursor sobre uma barra mostra o
valor do diagrama naquele ponto.

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TQSNEWS
A visualização de isovalores com deslocamentos em Os símbolos de restrições de apoio foram alterados,
modo colorido mostra a malha preenchida com um gra- para mostrar o tipo de restrição adotado na rotação e
diente de cores. translação em cada direção.

A seleção de ponto de vista de observador por meio de


compasso na visualização do pórtico espacial agora mo-
vimenta dinamicamente o modelo durante a seleção.
Foi aumentado o limite de seções das grelhas para pos-
sibilitar o processamento de grelha não-linear em mode-
los com mais de 32.000 barras.

Uma nova aba de seleção de elementos foi criada no vi-


sualizador de pórtico/grelhas, junto aos parâmetros de vi- Pilaretes entre pisos auxiliares
sualização. Esta aba relaciona os elementos das plantas
de formas em todos os pisos, incluindo fundações, com Foi criado o elemento de pilarete, que nasce e morre
barras e restrições do pórtico. São visualizadas as barras dentro de um único lance, comum em escadas.
e restrições de elementos selecionados e que simultanea-
mente atendam a seleção de pisos inicial, final e cerca.

Quando um pilarete é definido em um andar tipo, os es-


forços transferidos para dimensionamento são da envol-
tória dos pilaretes do tipo.
CEC Cia de Engenharia Civil SC Ltda, São Paulo, SP
Eng. Luiz Aurelio Fortes, São Paulo, SP

Julho/2006 - nº 23
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TQSNEWS
Modelo de escadas - Criado o “Número de espaçamentos por ponto” da
grade. Este número permite trabalhar com uma grade
Pequenos ajustes foram realizados para o refinamento densa (por exemplo, espaçamento de 1 cm), mas vi-
do modelo de escadas: sualizar a cada metro (100 espaçamentos por ponto).
- criados multiplicadores de flambagem para direção X e - Criados modos com linha elástica na inserção de arcos
Y para pilares, por planta. Estes coeficientes, passados e círculos.
para o CAD/Pilar podem ser usados para simular o tra- - Os comandos de misturar desenhos e carregar blocos
vamento de pilares em plantas com escadas; externos chamados do editor gráfico agora aceitam ar-
- criado critério para forçar a discretização de uma laje quivos tipo DXF/PLT/BMP/JPG/WMF.
que não é inclinada, patamar ou lance, nos pavimentos
inferior e superior da tripla grelha com escadas;
- o número de degraus de uma escada pode ser fixado Referências externas
para resolver situações onde é necessário avançar o
lance mais um ou dois degraus além do contorno. O comando de “Referências externas” foi atualizado e
estendido com novas funções:

Elementos de fundação
Foram criados novos elementos de fundação: tubulões e
blocos sobre tubulões. Estes elementos já são transpor-
tados para o SISEs, mas ainda não são dimensionados
pelo CAD/Fundações.
Tubulões são definidos por altura e diâmetro do fuste, al-
tura e diâmetro do rodapé, altura do cone e opcional-
mente com dados de falsa elipse.
Referências podem ser inseridas e apagadas através da
nova janela. Mas também podemos:
- reinserir uma referência existente;
- transformar uma referência externa em elementos de
desenho ou em um bloco interno inserido;
- editar na mesma sessão gráfica o desenho de referên-
cia externa e atualizar a visualização da referência no
desenho atual.

Simplificação de menus
Outras melhorias no Modelador
Os menus de processamento de pilares e lajes recebe-
- As cotas de arrasamento e assentamento das funda- ram simplificações, e vários comandos foram agrupados
ções são calculadas e mostradas em planta. sob uma janela.
- Criado comando único para ler um elemento da planta
de formas e tornar seus dados atuais.
- A consistência de dados do Modelador foi reorganiza-
da, emitindo os erros graves em primeiro lugar. A tecla
<Esc> abandona a visualização de avisos e erros, en-
quanto <P> faz com que o Modelador pule para o pró-
ximo tipo de erro ou aviso visualizável.
- Liberado o lançamento de cargas concentradas em pi-
lares que nascem na base do edifício e em elementos
de fundação.

Edição gráfica
- A tecla <Shift> apertada durante a entrada de um ele-
mento linear (linha elástica linear ligada) faz com que o
modo ortogonal inverta o seu estado temporariamente.
- Durante a entrada de coordenadas, o botão de rolagem do
mouse passou a fazer zoom e deslocamento dinâmico.

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TQSNEWS
CAD/Vigas - No editor de lajes protendidas, foi adicionada a possi-
bilidade de definição de seção transversal tipo “I” nas
A armadura lateral passou a ser quebrada e trespassada regiões de protensão uniforme (RPUs).
quando o comprimento excede o ferro da usina.

CAD/Lajes
Foram criados dois novos parâmetros para dimensiona-
mento de lajes à flexão normal simples. Trata-se das ar-
maduras estimadas nas faces opostas (inferior e superior)
em cm2/m. Nas seções sujeitas à flexão composta normal,
caso seja necessária armadura nas duas faces, a armadu-
ra estimada definida no arquivo de critérios será usada.

Lajes Protendidas
Diversas melhorias foram incorporadas na versão 12 do - Em pavimentos modelados exclusivamente com vigas-
CAD/Lajes Protendidas, entre as quais pode-se destacar: faixa, é possível analisar os efeitos da protensão conside-
rando o edifício como um todo (pórtico espacial global).
- No editor de lajes protendidas, foi adicionado um novo
comando que possibilita a verificação do dimensiona-
mento em RTE (região de transferência de esforços).
Com isso, seções compostas com múltiplos perfis de
cabos podem ser analisadas com detalhes. É possível
visualizar graficamente o perfil equivalente, as tensões,
a armadura passiva e a fissuração.

CAD/Alvest - V.12
O sistema CAD/Alvest - Alvenaria Estrutural, conforme
os demais sistemas da TQS, tem sido freqüentemente
revisado / complementado para adaptação de novas
funções e facilidades de utilização. Veja a seguir quais
foram as principais modificações desta nova versão.
Os novos critérios e novos comandos inseridos no siste-
ma estão destacados por uma linha oval envolvente,
- O cálculo do hiperestático de protensão passou a con- como visto a seguir, para melhor visualização.
siderar, opcionalmente por um critério, a força normal de
compressão em pavimentos modelados por pórtico es- Adequação do sistema às mensagens de “Avisos e Erros”
pacial. Com isso, torna-se possível verificar o espraia- do gerenciador do CAD/TQS, funcionando globalmente,
mento de tensões no plano da laje levando em conta a assim como todos os demais. Após qualquer processa-
rigidez dos apoios (pilares) de forma bastante refinada. mento, agora basta o usuário verificar, através do coman-
do “Visualizar –> Avisos e erros”, do próprio gerenciador
TQS, a ocorrência ou não de avisos e erros, e também as
sugestões para possíveis correções como, por exemplo:

Julho/2006 - nº 23
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TQSNEWS
Melhorias na edição e visualização gráfica das plantas de Consistência e verificação de erros, dentro do próprio
alvenaria, através do preenchimento automático das editor de Entrada Gráfica de Alvenarias. Através deste
áreas contidas nas “cercas” delimitadoras e de outras en- comando, a qualquer momento, o usuário pode reali-
tidades (cercas de paredes, sub-estruturas, portas, jane- zar a consistência da entrada gráfica corrente e, de
las, cargas, etc). Este preenchimento é feito por áreas co- acordo com os apontamentos de avisos e erros, reali-
loridas. Com os preenchimentos automáticos, também al- zados automaticamente pelo editor, efetuar as corre-
gumas consistências já são automaticamente realizadas, ções necessárias.
como a relação de uma cerca com o seu identificador, por
exemplo. Esses preenchimentos podem ser controlados
por critério, a partir da edição dos critérios de Alvenaria:

Verificação de elementos pertencentes a uma parede


e/ou uma subestrutura, dentro do editor de Entrada
Gráfica de Alvenarias. Através destes dois comandos,
para Paredes e para Subestruturas, o usuário pode vi-
sualizar, a qualquer momento e para cada “cerca”, os
elementos efetivamente considerados pelo sistema.
Desta forma, o usuário certifica a exatidão e/ou corrige
as paredes e subestruturas dentro do próprio Editor de
Entrada Gráfica de Alvenarias.

A qualquer momento, também, pode-se acionar ou de-


sabilitar estes preenchimentos automáticos, a partir do
editor gráfico - Parâmetros de visualização (controles do
desenho). A seguir, um exemplo da visualização com
preenchimento das cercas e outras entidades.

Melhoria no Controle automático de visualização e trava-


mento de níveis (layers) na entrada gráfica de Alvenaria;

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30
TQSNEWS
Foi necessário fazer um refinamento e também comple- Possibilidade de cadastramento de condições de paga-
tar as opções deste comando com algumas explicações: mentos:

Cadastramento de vendedores:

Modificação de critérios do relatório de orçamento:

Com estes novos controles para visualização e captura,


ficou muito mais fácil a definição gráfica do projeto de
alvenaria.

Novidades do GBar
A solução para gerenciamento de produção em centrais
de corte e dobra de aço da TQS Planear sofreu inúme-
ras implementações beneficiando o módulo de orça- Visualização de resumos de planilhamento e impressão
mento do sistema, dentre estas destacamos: de guias auxiliares:
Marth Eng. e Proj. SC Ltda., Piracicaba, SP

Criação de trecho base para cálculo de custo do metro


linear de elementos padronizados:

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NOVOS CLIENTES TQSNEWS
É com muita satisfação que anunciamos a adesão de
importantes empresas de projeto estrutural aos sistemas
CAD/TQS. Nos últimos meses, destacaram-se:
Eng. Cláudio Sechim (Vitória, ES) Petrus Projetos Constr. Ltda. (B. Horizonte, MG)
Eng. Rojario M. Kerheisbaumer (R. Janeiro, RJ) Eng. Anderson Gonçalves Manso
CMF-Constr. Moraes Franco (Ituiutaba, MG) Eng. Marciel R. L. Stein (Boa Vista Burica, RS)
Eng. Michel C. Gomes de Moraes Eng. Milton Ribeiro Silva (Goiânia, GO)
Eng. Amaury José O. de Aguiar (Belém, PA) Eng. Monica P. R. de Siqueira (B. Horizonte, MG)
Promonte Proj. Mont. Eng. (Lauro Freitas, BA) Eng. Ronald Borges Costa (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Joaquim A. A. Cavalcanti Eng. Marco Aurélio Bianco (Pinhais, PR)
Marka Ind. Com. Pre-Fabr. Concreto (Franca, SP) Eng. Valdemir Jose Moutinho (Itápolis, SP)
Eng. Carlos Jose Martins Tavares
Eng. Rafael Alves Pereira (Campo Mourão, PR)
Eng. Paulo Sergio S. Aurencao (Cabo Frio, RJ)
Eng. Cintia Menezes Pelosi (São Paulo, SP)
Eng. Josiane G. Holzberger (Rio Claro, SP)
Eng. Abelardo T. Castro Neto (Porto Velho, RO)
Eng. Eduardo R. C. Guedes (Macapá, AP)
Eng. Marcus A. Oliveira Melo (Manaus, AM)
Construtora Hahne Ltda. (Blumenau, SC)
Eng. Gennyson Gonchorovski (Canoinhas, SC)
Eng. Ralf Konig
Strata Engenharia Ltda. (Belo Horizonte, MG)
Eng. Alex Susin (Vacaria, RS)
Sra. Carmelia Alves
Eng. Antonio da Silva Filho (Betim, MG) Eng. Rogério C. Wisintainer (Blumenau, SC)
Eng. Breno A. Pereira Mendes (São Paulo, SP) S&L Eng. e Projetos Ltda. (Ipatinga, MG)
Azevedo Marques Eng. Ltda. (Esp. Sto. Pinhal, SP) Eng. Sidney Assunção Alves
Eng. Jose Floriano A.Marques Neto Eng. José L. G. Fernandes Me. (São Paulo, SP)
Aecal Cálculos Cons. Ltda. (São B. Campo, SP) W.F.M. Serviços Ltda. (Belém, PA)
Eng. Arthemas Machado Eng. Rui Guilherme Mendes Ferreira
Eng. Nilton M. Q. Mistura (São Paulo, SP) Eng. Tarcisio Campos (Belo Horizonte, MG)
Fundação Ricardo Franco/Ime (R. Janeiro, RJ) Eng. José C. Medina Lopes (São Paulo, SP)
Cel. Luiz Antonio Silveira Lopes
Eng. Marcelo Amaral da Costa (Natal, RN)
Eng. Paulo Sergio Carreira (São Paulo, SP)
Eng. Kleilson Carmo Barbosa (Mossoro, RN)
Eng. Marcos R. Giacomini (Indaiatuba, SP)
Eng. Marcos Vital (Valinhos, SP)
Eng. André L. Filiagi (São José Rio Preto, SP)
J. L. Roncatto (Fortaleza, CE)
Eng. Ewerton Meirelles (São Paulo, SP) Eng. João Luiz Roncatto
Eng. Marcelo Buiate (Uberlândia, MG) Enge-W Cálculos e Proj. Ltda. (São Paulo, SP)
A. V. Silva & Cia. Ltda. (Ipatinga, MG) Eng. Walter do Nascimento Filho
Eng. Marcelo dos Reis Pereira Eng. Reginaldo Lopes Ferreira (Nova Lima, MG)
Construtora Engetrack Ltda. (Cuiabá, MT) Eng. Yuri A. Eugenio (São José Campos, SP)
Eng. Alberto Rodrigues Dalmaso
Escon Estrutura e Cons. Ltda. (Salvador, BA)
Eng. Marcelo E. Kleingesind (São Paulo, SP) Eng. Djalma Alves Cardoso
João Lozano Netto (Duartina, SP) Eng. Marco A. Bambicini (São Paulo, SP)
Wagner Pereira Silva (Ribeirão Preto, SP) Eng. Miroslawa Wajskopf (São Paulo, SP)
Leonardo J. P. Teixeira (São J. Campos, SP) Eng. Adriano Hillesheim (São José, SC)
MCP Eng. Projetos Ltda. (São Paulo, SP) Eng. Evandro A. S. Zagatto (Londrina, PR)
Eng. Ibsen Puleo Uvo Projecon - Projetos e Eng. Ltda (Aracaju, SE)
São Miguel Eng. Civil Ltda. (São Paulo, SP) Eng. Laurindo M. Menezes Lobao
Eng. Roberto A. Themistocles Soffredi CGE Engenharia Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Vinicius Coutinho (Londrina, PR) Eng. Carlos Alberto Hirtz Guerra
OBA Prestação Serv. S/C Ltda. (Guarulhos, SP) Eng. Jose Carlos De Marqui (Cuiabá, MT)
Eng. Osmar Baptista Antunes Constr. Ribeiro Teixeira (Sta. Maria Vitória, BA)
Eng. Gerbert P. Moreira Neto (R. Janeiro, RJ) Eng. Antocilvo Ribeiro Teixeira
Eng. Antonio Pereira Neto (São Paulo, SP) Eng. Alex A. da Silva (Poços de Caldas, MG)
Anwal Engenharia Ltda. Me (Cruzeiro, SP) MV Projetos e Cons. Ltda. (Belo Horizonte, MG)
Eng. André de Medeiros Lisboa Eng. Antonio Victor de Morais

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32
CAD/TQS NAS UNIVERSIDADES TQSNEWS
Sistemas CAD/TQS e o ensino da Engenharia
É fato notório que os sistemas edifício de Estruturas, com projetor tre, observando-se muita dedicação e
computacionais para a e 22 computadores rápidos. Quero determinação por parte de todos, prin-
engenharia estrutural tiveram agradecer o apoio do professor Sa- cipalmente dos alunos. Basta apenas
um avanço significativo nos muel Giongo e do senhor Massaki, citar que as aulas foram realizadas em
últimos anos. A metodologia do suporte técnico. horários coincidentes com os de al-
O programa do curso abrangeu: guns jogos importantes da Copa. Pa-
para o desenvolvimento de
Utilização de sistemas CAD/TQS rabéns a todos pela participação!
projetos estruturais mudou
radicalmente na última década, para elaboração de projetos de A integração com a turma foi muito
especialmente com o advento estruturas boa. Os assuntos foram abordados
- uma visão geral sobre os sistemas com profundidade, e todos corres-
da nova norma para estruturas ponderam, absorvendo muito bem
de concreto armado e CAD/TQS
- uma visão sobre os trabalhos em os conceitos transmitidos, reflexo
protendido, NBR 6118:2003. Os da ótima preparação dos alunos
softwares que acompanharam elaboração de Projetos estruturais
de edifícios e a utilização de siste- para a área de estruturas.
esta evolução, e aqui podemos mas computacionais Devo destacar e agradecer a todos
citar os sistemas CAD/TQS pela grande hospitalidade e receptivi-
- guia de operações dos sistemas
com destaque, abriram novos CAD/TQS dade. Ainda sobrou um tempo para
horizontes aos profissionais que - análise estrutural - modelos estru- sair com o pessoal nas noites de
atuam na atividade da turais disponíveis quinta e segunda, para conversas
engenharia estrutural. Como foi muito agradáveis. Participaram do
- lançamento estrutural curso alunos do 4ºe 5º anos da gra-
enfatizado no TQSNews 22, a - avaliação estrutural
única certeza que temos é a duação e 5 alunos da pós-graduação.
- resumo estrutural
necessidade da mudança e o Agora vamos tentar realizar um se-
- estabilidade global - Gama Z gundo curso no começo do 2º se-
aprendizado constante.
- esforços de grelha. mestre, buscando atender ao pes-
Com o objetivo de colaborar - esforços de pórtico espacial. soal de mestrado e doutorado.
com as escolas de engenharia - planta de cargas A realização desses cursos em fa-
para a adequação do ensino da - visualizador de avisos e erros - culdades tem como principal objeti-
engenharia estrutural de (garantia de qualidade no projeto) vo estimular os futuros engenheiros
concreto armado e protendido, - ELS - deformações globais a enveredar para a engenharia de
com base nesta nova realidade - ELS - deformações nos pavimentos estruturas, devido à grande escas-
das ferramentas computacionais - ELS - fissuração sez de novos projetistas.
avançadas, vamos citar nesta Além de uma apostila básica, a partir
- detalhamento de pilares
edição algumas ações que foram deste curso ganhei um ótimo recur-
- plotagem
e/ou estão sendo desenvolvidas so, acessível a todos, para fixação
com este objetivo, envolvendo - detalhamento de vigas
do aprendizado: o site TQS Conhe-
os sistemas CAD/TQS. - detalhamento de lajes ça-o, onde todos nós devemos dar
- editor de esforços e armaduras de uma navegada periodicamente, para
lajes conhecer mais um pouco os nossos
- punção sistemas. www.tqs.com.br/conheca-o.
Curso Intensivo na Escola de
Engenharia de São Carlos O curso foi muito produtivo, apesar de Eng. Luiz Aurélio Fortes
estarmos nos últimos dias do semes- TQS Informática Ltda.
Nos dias 29 e 30 de junho e 3 e 4 de
julho, realizamos um Curso Intensi-
vo na Escola de Engenharia de São
Carlos. O curso, com uma carga ho-
rária de 32 horas, desenvolveu um
programa que visou transmitir aos
participantes noções tanto opera-
cionais quanto conceituais sobre os
sistemas CAD/TQS.
A idéia do curso partiu de um contato
do aluno Alessandro, que nos procu-
rou ainda no final do ano passado e
questionou sobre a possibilidade da
realização de um curso para os alunos
dos últimos períodos da graduação.
Então, houve uma consulta aos pro-
fessores, que foram totalmente fa-
voráveis e deram total apoio, dispo- Carlos Eduardo, Leandro, José Eduardo, Eduardo, Danilo, Saulo, André, Carlos
nibilizando o ótimo laboratório do Eduardo, Gustavo, Vinicius, Samuel Giongo, Alessandro, Karenina, Gustavo e Geovana.

Julho/2006 - nº 23
33
TQSNEWS
TQS Versão 12 Pleno no A versão 12 vem sendo utilizada em No curso de Pós-Graduação, o aluno
laboratório de estruturas nosso laboratório desde o início de é orientado a utilizar os recursos mais
2006, devido a Unifor e a TQS terem avançados do software da TQS no
da Unifor Laboratório de Estruturas da Unifor.
firmado uma parceria, e com isto, o
O Laboratório de Estruturas da Uni- software vem sendo utilizado por Ainda como desenvolvimento, os
versidade de Fortaleza - Unifor - nós da Unifor em primeira mão em alunos da Graduação e da Pós Gra-
tem como uma de suas atividades nosso estado. duação utilizam-se do software da
acadêmicas a orientação do uso de O aluno é treinado e orientado a TQS para desenvolver estudos de
softwares de Engenharia Estrutural respeito de como projetar uma edi- pesquisa de comportamento estru-
nos cursos de Graduação e Pós- ficação residencial utilizando-se tural resultando, ao final, em traba-
Graduação do Centro de Ciências dos recursos do software da TQS, lhos de conclusão de cursos.
Tecnológicas - CCT. em que se orienta desde a concep- A Universidade de Fortaleza - Uni-
No curso de Graduação, o aluno da ção estrutural até a interpretação for, comprometida com a ciência e
Unifor é orientado a utilizar os recur- dos resultados e o detalhamento da tecnologia e em parceria com a
sos do software da TQS Versão 12 estrutura, desde a fundação até a TQS, vem contribuindo com a for-
Pleno nas disciplinas de Estruturas caixa d’água, passando assim por mação de conhecimentos e capaci-
de Concreto I e II e na disciplina de todas as etapas encontradas no tação do nosso aluno, tendo como
Projeto Estrutural. desenvolvimento de um projeto es- meta principal torná-lo cada vez
trutural realizado em um escritório mais competitivo no mercado,
de engenharia. Nós, professores dando condições para que o
das disciplinas, temos sempre a mesmo possa ser útil à Engenharia
preocupação de orientar o aluno, Estrutural de nosso país.
mostrando-lhe com clareza os re-
cursos facilitadores que o software Eng. Eduardo C. C. Leite
pode oferecer ao Engenheiro Estru- Professor da Universidade de
tural, tendo sempre o cuidado de Fortaleza - Unifor e sócio da
não formar apenas um mero opera- Structurale - Engenharia de
dor de software. Projetos e Consultoria S/S Ltda.
Sergio Otoch Projetos Estruturais Ltda, Fortaleza, CE

Pedreira de Freitas SC Ltda, São Paulo, SP

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34
ARTIGO TQSNEWS

Venenos letais para um projeto estrutural


Por Dr. Eng. Augusto Carlos de Vasconcelos

Em qualquer atividade ou situação, tal serviço resultou em grandes


quando desejamos um serviço bem aborrecimentos, quer de prejuízos,
feito, precisamos criar condições quer de contrariedades junto a ou-
para isso. Um elogio sincero é sem- tros profissionais envolvidos.
pre benéfico. Nada é mais prejudi-
Os reflexos do resultado final são
cial do que exigir aquilo que o pro-
muito diferentes, de profissional
fissional não tem condições de fazer
para profissional. No entanto, existe
e, se o fizer, fará de má vontade: tra-
uma lei inabalável: Todos, sem ex-
balhar num domingo, noite adentro,
ceção, esperam obter algum lucro
sem tempo para as refeições, etc.
do seu trabalho. Algumas vezes, o
Resultar em um serviço mal feito é profissional vê-se constrangido a
quase uma certeza. aceitar uma incumbência sabendo
Quanto mais humilde o prestador de ser de lucro nulo, apenas para ocu- foi feito às pressas para atender ao
serviço, o não pagamento de parce- par sua equipe parada. É mais caro contrato, mesmo com conhecimen-
las antes do serviço concluído pode pagar os ordenados sem retribuição to de que não iria dar certo.
resultar em relaxamento e falta de positiva do que arcar com as conse-
qüências negativas de toda uma Resultado da decisão impensada:
dedicação. refazer o projeto, com prazo ainda
equipe ociosa. Os bons “negocia-
Não obstante tratar-se de um servi- dores” parecem intuir este fato nas mais apertado. O contratante não vai
ço efetuado em nível mais elevado, entrelinhas de uma conversa... querer pagar o novo projeto! Isto evi-
o projeto estrutural está sujeito às denciaria seu erro de contratação na
mesmas fraquezas humanas. Anali- O curioso é que muitos contratan- fase imprópria. Tal projeto, na melhor
sando com demorada atenção as tes, talvez a maioria, não se aperce- das hipóteses, será feito com má
causas de serviços defeituosos de bem das mais primárias conseqüên- vontade. O resultado será um mau
projeto, cheguei a algumas conclu- cias de uma contratação perniciosa. projeto, pelo menos anti-econômico,
sões que podem servir de alerta A análise dos acidentes ou defeitos com grande excesso de materiais.
para qualquer tipo de contratante. graves mostra com clareza tais con- Em certos casos, até o local da obra
seqüências que, infelizmente, os é alterado! Em minha vida profissio-
jornais não divulgam. Por isso, é nal passei por diversas situações em
Existe uma verdadeira “febre muito mais proveitoso o estudo mi- que julguei mais conveniente desistir
doentia” de, uma vez tomada nucioso dos desastres do que das do serviço iniciado e aprovado do
construções “que deram certo”. Tal que enfrentar indecisões ou altera-
a decisão, exigir o início do estudo nos deu uma visão incomum ções descabidas (Metrô de São
projeto antes de coletados dos chamados Venenos Letais que Paulo, Ferrovia do Aço...).
os dados indispensáveis atacam indiscriminadamente os
para a implantação da obra. projetos durante sua confecção. Eis
alguns deles: Em minha vida profissional
passei por diversas
Existem numerosos tipos de profis- 1º veneno: contratação de um
sionais de projeto. Há os que traba- situações em que julguei
projeto com prazo político
lham por ideal, por amor à profis- mais conveniente desistir do
são, pela satisfação de ver uma Existe uma verdadeira “febre doen- serviço iniciado e aprovado
obra sua executada sem falhas e tia” de, uma vez tomada a decisão, do que enfrentar indecisões
com aparência agradável. exigir o início do projeto antes de
coletados os dados indispensáveis ou alterações descabidas...
- Esta obra foi projeto nosso, recor- para a implantação da obra. A data
de internacional de altura na data de da entrega do “projeto final para
sua conclusão, conforme citação execução” é fixada antes mesmo de 2º veneno: concorrência desleal
em várias publicações técnicas! conhecer as dificuldades a serem Alguns contratantes julgam-se ex-
- Este projeto nosso ganhou men- vencidas: desapropriações com celentes negociadores, contratando
ção honrosa no Congresso Interna- processos jurídicos intermináveis, projetos por preços extremamente
cional de Estruturas em Madrid! interferências com serviços públi- baixos e se vangloriam disso com
cos que precisam ser deslocados, seus superiores. Simulam concor-
Tais frases podem constituir para alterações no tráfego durante deter- rências fictícias, mentindo: - Seu
tais profissionais uma declaração minados períodos, dificuldade de preço é um exagero. Tenho uma
do melhor retorno de seu trabalho. importação de equipamentos. O proposta com 40% a menos. Gos-
Outros profissionais podem abomi- serviço começa a ser feito, ignoran- taria que você fizesse o projeto, mas
nar a lembrança de uma bela obra do tais dificuldades, que serão re- diante de tal diferença, sou obriga-
bem executada e elogiada, quando solvidas no tempo certo. O projeto do a contratar o outro.

Julho/2006 - nº 23
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TQSNEWS
Simula algo irreal, mas não diz quem Devia existir uma maneira de expli- vou dar o projeto para xyz que tem
é o outro “por questão de ética”. car ao contratante que DESENHO capacidade para resolver esse pro-
Procedendo assim, consegue no não é projeto. Desenho que parece blema a contento.
final contratar o projeto com menos um projeto estrutural qualquer com-
Esses arquitetos, sem perceber o
da metade do valor razoável. Tal pro- putador é capaz de fazer, qualquer
absurdo do que afirmam, não têm
cedimento muda as leis de mercado. desenhista capaz tem condições de
executar. PROJETO é muito mais do condições para discernir um bom
O argumento mais usado é que o de um mau projeto estrutural.
computador faz tudo sozinho. Con- que isso: é necessário que haja uma
mente capaz de ver o que não está Mesmo diante de desabamentos
segue assim defender não apenas em suas concepções, atribuem o
pagar muito menos pelo serviço, desenhado, pressentindo os riscos
que podem ocorrer se não forem to- fato a erros de construção.
como também encurtar os prazos.
madas certas precauções...
Há situações em que o
Existe no Brasil um caso 3º veneno: ceder diante das
projetista sucumbe diante
real de desabamento parcial exigências dos arquitetos
da argumentação do
de edifício já habitado em Existem arquitetos de grande criati- arquiteto. Para não perder o
conseqüência de vidade e com intuição estrutural ex-
celente. Eles podem até mesmo serviço, prefere contrariar
ECONOMIA DE DESENHO. as normas estruturais e
pensar numa estrutura para supor-
tar o que imagina e até pré-estabe- arriscar seu prestígio.
O profissional, premido pelas ne- lecer medidas razoáveis. Mas tam-
cessidades, acaba aceitando. Fará bém existe o contrário mesmo dian-
o projeto com má vontade. Os de- te de argumentos como: – As nor- Quando o arquiteto tem consciência
senhos plotados pelo computador mas estruturais não permitem tais de que o trabalho conjunto com o
são preparados com a máxima eco- dimensões! projetista estrutural só pode ser bené-
nomia DE DESENHOS. Saem do fico, resulta algo satisfatório sem in-
computador e vão diretamente para fração a normas e sem possibilidade
o contratante, sem qualquer verifi- Devia existir uma maneira de de funcionamento diferente do imagi-
cação. Existe no Brasil um caso real explicar ao contratante que nado. Cada um desempenha o seu
de desabamento parcial de edifício DESENHO não é projeto. papel com boa vontade e com respei-
já habitado em conseqüência de Desenho que parece um to mútuo. Já tive oportunidade de tra-
ECONOMIA DE DESENHO. Nunca projeto estrutural qualquer balhar com arquitetos excelentes que
fica divulgado o fato, mas o contra- davam soluções maravilhosas antes
tante sente o resultado de sua de-
computador é capaz de fazer, que eu sugerisse algo melhor.
sastrosa contratação. Tal empresá- qualquer desenhista capaz
Há situações em que o projetista
rio não se corrige: ficará repetindo tem condições de executar. sucumbe diante da argumentação
com obsessão esse procedimento do arquiteto. Para não perder o ser-
errado de contratação. viço, prefere contrariar as normas
Tais arquitetos ficam indignados,
A grande vantagem do computador como já tive ocasião de presenciar, estruturais e arriscar seu prestígio.
foi transferida para o cliente, sem respondendo imediatamente: – Se Em certas situações de que tomei
qualquer proveito para o projetista... você não é capaz de projetar isso, conhecimento, excelentes enge-

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TQSNEWS
nheiros na construção de Brasília não corresponde à realidade: a es- maneira inacreditável, na maioria das
deram soluções extraordinárias à trutura não fissura para as cargas de vezes, pelo fato de as cargas de pro-
obra, impedindo sua destruição. uso, muito menores do que a carga jeto nunca terem sido alcançadas.
Criaram processos alternativos de de cálculo. O contratante engole
funcionamento estrutural, diferente essas explicações, dadas por um 5º veneno: Acreditar na proteção
do concebido no projeto inicial. Sua profissional com vivência de obras e divina
solução nunca se tornou conhecida certo grau de persuasão. Muitos contratantes acham que o
para não “desagradar o arquiteto”. concreto aceita qualquer desaforo,
Os profissionais sérios, respeitado-
Se tal procedimento não tivesse que Deus é brasileiro, que existe
res das normas e os que já tiveram
sido adotado, teria havido destrui- Papai Noel ... Inconscientes do peri-
problemas anteriores com tais pro-
ção parcial da obra defeituosa, pelo go, acham que podem contratar
cedimentos, ficam alijados das
menos após alguns meses ... qualquer projetista, mesmo algum
competições ...
inexperiente, pois quem faz tudo é o
4º veneno: convivência com o computador. Aquele projetista traba-
perigo Há projetistas sem medo de lha sozinho em casa, com seu com-
Existem projetistas audaciosos. conseqüências funestas, putador e plotter. Ele mesmo dedilha
Quanto mais prática possuem, mais preservados de maneira os dados e a máquina desenha o
arrojados vão ficando. Se desobe- inacreditável, na maioria das que o computador processou.
decer às normas resultar em econo- Mesmo cobrando preços baixos ele
mia e com isso mais chance de vezes, pelo fato de as cargas ainda ganha dinheiro pois não tem
obter um contrato, tais projetistas de projeto nunca terem sido as despesas normais decorrentes de
não vacilam em criticar o projeto de alcançadas. um escritório legalizado. Ele nem faz
um colega. Vamos trabalhar com declaração de Imposto de Renda!
carregamentos menores, pois os Ele dá o desconto da parte do Leão!
Já tive ocasião de analisar projetos
coeficientes de segurança cobrem a Assim convencido, ele nem avalia o
que convidam a um fracasso. Em al-
diferença ... Os cobrimentos da nor- perigo que está correndo até o dia
guns casos, o fracasso não ocorreu
mas são exagerados e levam a em que surge o primeiro defeito!
porque a estrutura foi muito bem
maiores consumos de concreto. Já
executada, melhor do que se pres- Qual o procedimento para que o
usei cobrimentos menores na orla
crevia no projeto. Em outros, o de- contratante perceba tudo isso? Esta
marítima, dizem eles, e o concreto
feito apareceu apenas nas alvena- publicação não o alcança. Só lê
nada sofreu! A carga de vento é
rias e a culpa foi lançada à qualida- quem não precisa, pois já sabe de
muito onerosa para a estrutura pois
de do rejuntamento ... tudo isso. Mas ele pode levar uma
não se considera a capacidade re-
sistente das alvenarias. O cálculo de Há projetistas sem medo de conse- cópia e forçar seu cliente a ler, se
flechas com a estrutura fissurada qüências funestas, preservados de não passar de 4 páginas ...

Lançamento do livro
“A Escola Brasileira do Concreto Armado”
Augusto Carlos de Vasconcelos
Renato Carrieri Junior
Fotografias de Lamberto Scipioni

“A trajetória da arquitetura brasileira dos. Ás curvas não menos auda- editorial brasileiro a fusão da
contemporânea é reconhecida ciosas. Com isso, tem provocado pesquisa e atuação profissional dos
como uma das mais peculiares do surpresa pelo inesperado, emoção professores Augusto Carlos de Vas-
mundo. Desde o seu início, há 60 pela beleza. Sua presença no es- concelos e Renato Carrieri Junior ao
anos, vem desenvolvendo uma pro- paço urbano marca a contempo- impacto da fotografia de Lamberto
dução não só muito rica, mas com raneidade, que a população, por Scipioni, e que, nas palavras dos
características de leveza, clareza, mais simples que possa ser sua for- próprios autores, não tem a preten-
concisão e ousadia. Certamente mação, saiba apreciá-la e não pas- são de ser um guia, mas mostrar al-
pela sua imensa criatividade. sar indiferente à arquitetura. Ar- gumas obras de importantes ar-
Provavelmente pela sabedoria em quitetura contemporânea que vai quitetos e engenheiros brasileiros.
reunir, em fundir, muito expressiva- compondo a história da cidade.(...)”
mente, técnica artesanal e tecnolo- Ruy Ohtake. Para maiores informações, acesse:
gia construtiva. E encontrou no con- http://www.axismundieditora.com.br/
creto armado o material adequado. A apresentação de Ruy Ohtake sin- ou Pega-Sonho Livros e Achados
Atende ao desenho do arquiteto. tetiza a essência do mais novo (envio por correio para todo o
Amolda-se nas formas que lhe são lançamento da Axis Mundi Editora. Brasil), Tel: (0XX11) 3668-2107, e-
projetadas. Aos volumes mais ousa- Um livro que oferece ao mercado mail: pegasonho@terra.com.br.

Julho/2006 - nº 23
37
ARTIGO TQSNEWS

Clientes vampiros e outros


Por Enio Padilha - engenheiro, escritor e palestrante
www.eniopadilha.com.br

Um dos maiores mitos do mundo Cliente vampiro é, por definição, o


dos negócios é o conceito de que a cliente que SEMPRE dá prejuízo.
satisfação do cliente é a coisa mais Abra-se, aqui, um parêntesis: quan-
importante a ser obtida por uma do falamos de “lucro” ou “prejuízo”
empresa. Esta concepção, aparen- não estamos falando apenas de di-
temente inquestionável, é, na verda- nheiro ou de vantagens materiais.
de, falsa. Ninguém abre uma empre- Lucros são vantagens de qualquer
sa pensando, em primeiro lugar, nos natureza. Ganhar qualidade de vida,
interesses dos clientes. Se alguém boas condições de trabalho ou re- nerosos e não abrem mão de ne-
pensa em abrir uma loja ou uma fá- conhecimento profissional é tam- nhuma migalha. São mesquinhos e
brica, ou uma empresa de serviços, bém uma boa forma de obter lucro. egoístas. É gente do mal! Precisa-
a primeira pergunta que se faz é: “O Evidentemente, como ninguém é de mos ter distância desse tipo. Um
que EU posso ganhar nesse negó- ferro, dinheiro também é sempre cliente ruim, se por acaso ganhar
cio?” Ninguém pergunta, antes de muito bem-vindo. Fecha-se o pa- numa loteria, pode até se tornar um
qualquer outra coisa, “o que é que rêntesis. O cliente vampiro, portan- cliente muito bom. Já um cliente
OS CLIENTES vão ganhar com to, além de não dar ganhos financei- vampiro (que geralmente já é muito
isso?” Portanto, vamos falar franca- ros, atormenta você, faz todo tipo rico), se ficar mais rico, fica ainda
mente. A satisfação do cliente NÃO de exigência e pressão, reclama de mais explorador e insuportável. Não
ESTÁ em primeiro lugar. Não pode tudo, menospreza e desvaloriza o tem jeito. O negócio é identificar o
estar. Não deve. Não é inteligente. seu trabalho além, é claro, de con- Vampiro e decidir, FIRMEMENTE
sumir um tempo insuportável em não fazer negócios com ele.
todas as etapas de decisão. No final
Portanto, vamos falar do processo, você teve prejuízo in-
francamente. A satisfação do O cliente bom reconhece os
discutível. Mesmo que o cliente
cliente NÃO ESTÁ em tenha ficado satisfeito. Só ele sai limites entre os seus direitos
primeiro lugar. Não pode ganhando nessa relação. de cliente e a inviabilização
estar. Não deve. Não é do lucro do fornecedor. Em
inteligente. suma: fazer negócios com
O cliente vampiro, portanto,
um cliente bom vale a pena.
além de não dar ganhos
Em primeiro (primeiríssimo lugar) financeiros, atormenta você,
estão os nossos próprios interesses. faz todo tipo de exigência e Cliente bom é aquele que aceita a
Interesses pessoais, interesses pro- sua condição de profissional e de
pressão, reclama de tudo... negociante. Em outras palavras, é
fissionais, interesses empresariais,
interesses sociais, políticos... Os aquele que aceita fazer negócios.
nossos interesses! Mmmasss... e a Cliente ruim é o cliente que não dá Quer receber um produto de boa
satisfação do cliente? E tudo aquilo lucro (ainda que não dê prejuízo). É qualidade a um preço justo e ade-
que sempre ouvimos nos cursos, nas o famoso “empatão”. Nessa rela- quado. Evidentemente que, mesmo
palestras, nas entrevistas, nas con- ção, você fecha um negócio que sendo um cliente bom, vai pedir um
versas? Afinal, “todo mundo sabe”: pode até parecer interessante mas, desconto no preço ou fazer uma ou
se eu der satisfação aos clientes, au- no decorrer do processo, os “ex- outra exigência. Mas o desconto so-
tomaticamente eu terei todos os re- tras” vão se avolumando e, no final licitado será sempre razoável e as
sultados positivos que estou procu- das contas, você acaba concluindo exigências são todas aceitáveis. O
rando, certo?Hummmmm... Não é que não ganhou nada com o negó- cliente bom reconhece os limites
bem assim. A verdade é que nem cio. Existe uma diferença crucial entre os seus direitos de cliente e a
todo cliente merece a satisfação entre os clientes ruins e os clientes inviabilização do lucro do fornece-
que ele deseja ter. Os empresários vampiros: os primeiros são o que dor. Em suma: fazer negócios com
bem sucedidos já descobriram isso são por força, geralmente, das cir- um cliente bom vale a pena.
e adotam a política do merecimen- cunstâncias (falta de dinheiro, igno- O cliente VIP (Very Important Per-
to, que é a seguinte: “Senhor clien- rância ou outras dificuldades exter- son) é um cliente para ser tratado
te, quer ficar satisfeito? Faça por nas). Já os vampiros têm TODOS como um rei. Este sim, merece esse
merecer”. No conjunto dos nossos uma característica em comum: são tratamento. Um cliente VIP é aquele
clientes existem, pelo menos, qua- mal intencionados. Os clientes vam- que busca pelo seu trabalho, valori-
tro tipos distintos e precisamos piros são exploradores. Querem za sua condição profissional, dá a
ficar atentos a eles: clientes Vampi- levar toda a vantagem o tempo você todas as condições materiais
ros, clientes ruins, clientes bons e todo, em todas as etapas da nego- de trabalho, permite que você atue
clientes VIP. ciação. Não são nem um pouco ge- no limite da sua capacidade técnica

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38
TQSNEWS
e profissional, enche a sua bola... e muito mais clientes VIP em sua não precisa ser rico para ser VIP.
ainda paga por isso! Paga quanto? volta do que você imagina. E sabe Veja novamente a definição de
Paga o que for pedido. (Atenção: por que você não os vê? Porque cliente VIP, acima. Veja que em mo-
cliente VIP nunca - eu disse “nunca” procura por eles entre os clientes mento algum foi dito que ele preci-
- pede desconto.) É, em resumo, o ricos. Nós nos acostumamos a sa ser rico ou que o trabalho que
cliente dos sonhos de todo mundo. você fará para ele tem de ser de
Um cliente ruim, se por grande porte. Você mesmo, no seu
Duas boas notícias: primeira, exis- dia-a-dia, deve se comportar como
tem muitos clientes BONS disponí- acaso ganhar numa loteria, cliente VIP para muitos dos seus
veis no mercado. Muito mais do pode até se tornar um cliente fornecedores. Examine sua própria
que a maioria de nós consegue ver. muito bom. Já um cliente memória, verifique quantas vezes
E não os vemos justamente porque vampiro (que geralmente já é você chama um fornecedor - um
estamos “enrolados” em nossas pintor, um encanador, um mecâni-
pequenas tragédias cotidianas,
muito rico), se ficar mais rico,
fica ainda mais explorador e co, um eletricista...- e se comporta
provocadas pelos clientes ruins e exatamente como um cliente VIP.
os vampiros. Gastamos 80% dos insuportável. Então, comece a prestar mais aten-
nossos recursos (tempo, dinheiro e ção nos seus clientes e você verá
energia) atendendo e tentando sa- fazer uma associação automática que (muito provavelmente) está
tisfazer clientes que são responsá- entre Cliente VIP e Cliente Rico. perdendo tempo demais com clien-
veis por não mais de 20% dos nos- Partimos do princípio de que ter di- tes ruins e vampiros e que não está
sos ganhos (financeiros, pessoais, nheiro e estar disposto a gastá-lo dando atenção merecida para os
profissionais). Segunda: existem torna qualquer um VIP. Um cliente clientes bons e VIP.

Nassar Eng. Estrutural SC Ltda, Recife, PE


Statura Eng. Proj. Ltda, São Paulo, SP

Julho/2006 - nº 23
39
ARTIGO TQSNEWS

Planilhamento digital de dados de projetos:


um desafio que está sendo vencido
Utilização do sistema G-Bar IGV
pela Manetoni - credenciado Belgo, demonstra viabilidade do processo

Os profissionais de projeto estrutural do país inteiro e, em putador e o gerenciamento da programação da produ-


especial, os que atuam nos grandes centros já se deram ção do material de cada projeto. Esse sistema, chama-
conta de que o processo de industrialização do aço fora do de G-Bar IGV (Interpretador, Gerenciador, Visualiza-
dos canteiros, através das centrais de corte e dobra, é dor), oferece às centrais de aço cortado e dobrado a
um processo irreversível. Essa tendência mundial, onde possibilidade de agilizar seu processo de planilhamento,
são investidos milhares de dólares em equipamentos au- otimizando a programação da produção, reduzindo erros
tomatizados, ainda hoje, é dependente de uma atividade e melhorando sua produtividade.
com alto grau de interface manual: o planilhamento de
Confirmando sua tradição de pioneirismo na implantação
projetos. Essa atividade, existente em todas as centrais
de inovações, a Manetoni, maior central de serviços cre-
do mundo, consiste em informar para programas ade-
denciada pela Belgo, abriu suas portas para avaliar a viabi-
quados todos os dados de cada posição de ferro de um
lidade de utilização do G-Bar IGV. A sinergia desenvolvida
projeto: formato, bitola, comprimento, quantidade, etc,
entre os profissionais da TQS-Planear e da Manetoni pos-
gerando-se assim as ordens de produção que serão pro-
sibilitou que em curto período de implantação e capacita-
duzidas por equipamentos de última geração.
ção, a central já estivesse apta a receber os dados digitais
É evidente que essa atividade, além de pouco produtiva de projetos gerados pelos sistemas TQS. Os resultados ob-
quando comparada à capacidade dos equipamentos, in- tidos confirmam as expectativas iniciais: mais de 90% dos
troduz a possibilidade de geração de erros que implica- dados de projetos são importados diretamente, sem erros.
rão em perda de tempo da central, da obra, do sucatea-
Esse sucesso inicial, se, por um lado, indica a viabilida-
mento de material e aumento dos custos de produção.
de do processo, por outro, alerta para a necessidade de
Dessa forma, a transmissão direta dos dados dos proje- continuidade de depuração e desenvolvimento do siste-
tos para os programas de gestão da central é um sonho ma para confirmá-lo como ferramenta indispensável na
acalentado em todo o mundo, mas com iniciativas loca- produção de aço cortado e dobrado.
lizadas e limitadas em função da falta de padronização
Dentro dessas principais preocupações, a TQS e a TQS-
na geração das informações de projetos.
Planear têm tomado todos os cuidados para que esse
Quem conhece a história da TQS sabe que um dos primei- importante avanço tecnológico permita a colaboração
ros sistemas desenvolvidos pela empresa foi o CORBAR, dos projetistas com as centrais de corte e dobra, sem que
para atender a necessidades de gestão e otimização de isso lhes cause alterações em sua rotina de trabalho. Um
aço da central de corte e dobra da Método/SHV. Assim, dos resultados dessa preocupação foi a incorporação das
desde o início do desenvolvimento de seus sistemas, a informações digitais ao arquivo de plotagem (.PLT). Com
TQS preocupou-se em prepará-los para o futuro, gerando isso, o projetista estrutural não necessitará enviar arquivos
informações sobre os ferros de forma padronizada, possi- adicionais às Centrais para permitir a interface.
bilitando assim o planilhamento digital dos projetos.
Em função da padronização gerada pelos sistemas TQS,
A partir de 2003, com a criação da TQS-Planear, parce- temos condições privilegiadas para conseguir resultados
ria da TQS com a Planear Engenharia, o sistema de expressivos no planilhamento digital, o que ainda não foi
planilhamento digital foi aperfeiçoado com a criação de conseguido em outros países. Para isso, basta um maior
ferramentas que, além de interpretar os dados dos pro- envolvimento de todos os interessados: desenvolvedor
jetos gerados pelos sistemas TQS, permitem a visualiza- de softwares, construtoras, projetistas, centrais de corte
ção e verificação da folha de projeto no monitor do com- e dobra e, principalmente, as siderúrgicas.

Obras em andamento no início da implantação do G-BAR IGV Importações realizadas no período de 28/06 a 14/09/2005

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ARTIGO TQSNEWS

MIX_Metálica
Anunciamos o lançamento, em setembro de 2006, do mó- Figura 3
dulo de dimensionamento de estruturas de aço do Siste- Edição dos parâmetros de verificação de elementos estruturais
ma Mix. Fruto de uma parceria com a Stabile Engenharia,
esse módulo possibilitará aos usuários do Sistema Mix
verificar elementos de barras dos mais diversos tipos de
estruturas, segundo as normas brasileiras de aço (revisão
da NBR 8800:Abr/2006 e NBR 14761:2001).
Basicamente, a verificação de perfis metálicos através
do Sistema Mix envolverá as seguintes etapas:
1. Definição do modelo estrutural e dos diversos casos
de carregamentos nele atuantes;
Figura 1 Inicialmente, os parâmetros de cálculo Kx, Ky, Lx, Ly, Cb, Lb,
Modelo estrutural Cmx e Cmy de cada grupo de elementos estruturais são es-
pecificados através da entidade denominada de categoria,
que é um conjunto desses parâmetros previamente defini-
do e armazenado num banco de dados pelo usuário. Uma
vez definida uma categoria, os valores dos seus parâmetros
Kx, Ky, Lx, Ly, Cb, Lb, Cmx e Cmy podem ser atribuídos a di-
versos grupos de elementos estruturais simplesmente refe-
renciando-se ao título a ela associada. Na fig. 4, são mos-
trados alguns exemplos fictícios de categorias. Em algu-
mas situações, os elementos estruturais de um grupo
podem ter parâmetros Kx, Ky, Lx, Ly, Cb, Lb, Cmx e Cmy dife-
rentes. Esse é o caso, por exemplo, de um grupo de pilares
onde alguns deles são engastados e outros não. Após a de-
finição do grupo, essa situação pode ser tratada através da
edição desses parâmetros em nível do elemento estrutural.
A figura 3 ilustra esse tipo de edição, com a alteração dos
2. Análise do modelo, com a determinação dos desloca- valores Kx e Ky do elemento estrutural Pilares 2 para se con-
mentos e dos esforços solicitantes para os diferentes siderar a existência de um engaste no seu apoio.
casos de carregamentos e suas combinações;
Figura 4
3. Definição dos grupos de elementos estruturais a Exemplo de categorias
terem seus perfis verificados;
Figura 2
Grupo de elementos estruturais

4. Verificação dos perfis


No contexto do Sistema Mix, um elemento estrutural tanto
pode ser constituído por uma barra do modelo como por No sistema, a verificação do perfil é realizada por grupo de
uma série delas conectas, uma a uma, por seus nós ex- elementos estruturais. Nessa verificação, os esforços solici-
tremos. Um grupo de elementos estruturais é formado por tantes nas barras dos elementos estruturais devem ser sele-
um conjunto de elementos estruturais cujas seções trans- cionados dentre os obtidos na análise da estrutura para os
versais têm o mesmo perfil. Nessa etapa, as barras da es- diferentes casos de carregamentos e suas combinações. Os
trutura que constituem cada elemento estrutural devem resultados da verificação são apresentados: por grupo de
ser apontadas. Por exemplo, um pilar de um pórtico pode elementos estruturais (figura 5), por elemento estrutural (figu-
ser considerado como um elemento estrutural e os vários ra 6) e por barra (figura 7). Se não ficar satisfeito com os re-
pilares do mesmo pórtico como um grupo. Em muitos sultados da verificação, o usuário poderá modificar o perfil
casos, os elementos estruturais podem ser mais facilmen- de todas as barras de um grupo, de todas as barras de um
te definidos via gráfico. No exemplo da figura 2, basta o elemento estrutural ou, ainda, de apenas algumas barras e
clique em um ícone (marcar barras verticas) para os qua- repetir o processo. Finalmente, os dados da estrutura corren-
tros pilares serem reconhecidos pelo sistema como um te podem ser atualizados automaticamente, considerando-
grupo de elementos estruturais; se os novos perfis, e uma nova análise do modelo realizada.

Julho/2006 - nº 23
41
TQSNEWS
Após o processo de verificação, os resultados podem O novo módulo de dimensionamento, além da verifica-
ser apresentados como taxas de trabalho (relação entre ção de elementos estruturais, coloca à disposição do
a solicitação e a resistência de cálculo) expressas em va- usuário uma calculadora de perfis.
lores numéricos ou graficamente através de cores. A função dessa calculadora é a verificação de perfis lamina-
Figura 5 dos, formados a frio ou soldados. O usuário obterá todas as
Apresentação gráfica da taxa de trabalho das barras de um resistências de cálculo de um perfil (resistência de cálculo à
grupo estrutural tração, compressão, flexão e corte), ou poderá simular a ve-
rificação de um perfil fictício, fornecendo as solicitações de
cálculo que esse perfil está submetido. Nessa opção, os
dados fornecidos pelo usuário são quaisquer e independem
da estrutura correntemente analisada no sistema.

Figura 6
Resultados relativos a um elemento estrutural com a barra do
elemento estrutural com maior taxa de trabalho em destaque

Está prevista, na seqüência, a integração do módulo de


verificação de metálica do Sistema Mix com o CadEM,
programa de projeto e detalhamento da Stabile Enge-
nharia, fornecendo uma solução completa aos projetis-
tas de estruturas metálicas.
Eng. Fernando Diniz Marcondes, Salvador, BA

Figura 7
Resultados relativos a todas as barras com a barra do
grupo com maior taxa de trabalho em destaque

O sistema também fornece uma memória de cálculo,


contendo todo o formulário utilizado pelo programa, da
verificação do perfil de cada barra selecionada:

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NOTÍCIAS TQSNEWS
Feicon - 2006
4 a 8 de abril de 2006, São Paulo, SP
Mais uma vez, a TQS esteve presente na Feicon - Feira ram presentes em nosso estande. A feira foi um suces-
Internacional da Indústria da Construção - onde foram so, muitos aproveitaram as promoções e adquiriram os
realizadas diversas demonstrações da Versão 12 dos Sistemas CAD/TQS.
Sistemas CAD/TQS e muitos amigos e clientes estive-

VI Simpósio EPUSP - 2006 Agradecemos a presença de todos e o apoio de nossos


8 a 11 de Abril de 2006, São Paulo, SP patrocinadores que viabilizaram mais esta edição de
nosso evento. O VII Simpósio EPUSP será realizado em
O “VI Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto” foi 2009! Aguardem informações!
realizado de 08 a 11 de abril de 2006 com um total de 210 Fonte: Prof. Dr. Túlio Bittencourt - Coordenador do VI
participantes. A homenagem aos engenheiros Augusto Simpósio EPUSP
Carlos de Vasconcelos e Antônio Carlos Reis Laranjeiras
foi realizada no sábado (7/4), na sessão inaugural. Houve
o oferecimento de um mini-curso pós-evento apresenta-
do pelo professor Collins, da Universidade de Toronto.
Tivemos palestras com convidados do Brasil e do exte-
rior, diversas sessões plenárias e sessões pôster com
trabalhos que foram avaliados por um criterioso Comitê
de Avaliação, composto também pelos professores Vas-
concelos e Laranjeiras.
O programa do evento e algumas fotos são apresenta-
dos abaixo. Maiores informações sobre o “VI Simpósio
EPUSP”, fotos do evento e informações sobre aquisição
do material dos Simpósios EPUSP podem ser obtidos
no endereço a seguir: www.pef.usp.br/VISimp Abram Belk, Anastácio, Vasconcelos, Dácio Carvalho,
Sonia Freitas e Giordano Loureiro

A.C. Vasconcelos, A.C. Laranjeiras (os homenageados), Narbal Marcelino, Leandro Trautwein, Nelson Covas,
Luiz Aurélio e Marcello da Cunha Moraes B. Ernani Diaz, Joaquim Mota, Eugênio Cauduro, Luiz Aurélio

Julho/2006 - nº 23
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TQSNEWS
1º SECOS - Seminário Estruturas de
Concreto para Obras de Saneamento
17 a 19 de maio de 2006, Belo Horizonte, MG
O 1º SECOS Seminário Estruturas de Concreto para sultor da construtora e o eng. Marconi Dias, fiscal da
Obras de Saneamento foi realmente um sucesso. Quase obra pela COPASA, mediados pela eng. Ana Paula
duzentos profissionais de Belo Horizonte, interior de d’Ávila, da COPASA. Foram apresentadas as dificulda-
Minas e diversos estados participaram do evento nos des e desafios técnicos encontrados.
dias 17, 18 e 19 de maio, em Belo Horizonte.
Todas as palestras contaram com tempo para debates,
A realização deste seminário, fruto de parceria entre a e a participação da platéia foi intensa.
ABECE-BH e a COPASA Companhia de Saneamento de
MG, atingiu seu objetivo de fomentar a discussão técni- No dia 18, foi oferecido coquetel ao participantes do se-
ca e colaborar para o aperfeiçoamento do setor. No minário. No dia 19, foram realizadas as visitas técnicas à
evento foram abordados diversos temas de interesse da ETE Arrudas e ETA Sistema Rio das Velhas, situada na
atividade, como projeto estrutural, interação projeto x região metropolitana de Belo Horizonte.
execução, tecnologia do concreto, materiais e equipa- O seminário foi marcado pelo alto nível das palestras e
mentos, fôrmas, impermeabilização, patologias, inspe- discussões, pela formatação adequada e organização.
ção e recuperação das estruturas. Os patrocínios da Belgo Grupo Arcelor, Holcim, SH Fôr-
O seminário contou com palestras técnicas de excelen- mas, MC-Bauchemie, Link-Seal e G.Maia Construtora
te nível: foram fundamentais para o sucesso do evento.
- O eng. José Celso da Cunha, professor do CEFET-MG Fonte: Eng. Fausto Ribeiro da Coluna Engenharia de
e sócio da ABECE-BH, falou sobre inspeção, uso e Projetos Ltda., de Belo Horizonte, MG, em mensagem
manutenção das estruturas de concreto a partir da enviada ao grupo Comunidade TQS.
NBR 6118:2003.
- O eng. Walton Pacelli abordou a tecnologia do concre-
to em obras de saneamento.
- O eng. Paulo Helene, presidente do Ibracon, proferiu a Simetria Eng. de Proj. SC Ltda., Brasília, DF
palestra “Introdução da vida útil no projeto das estrutu-
ras de concreto”.
- O eng. Carlos Leite e o eng. Oswaldo Soares Filho fa-
laram sobre operacionalidade e interferência Projeto X
Execução para as estações de tratamento de esgoto.
- O eng. Firmino Soares Siqueira Filho tratou das técnicas de
impermeabilização nas estruturas hidráulicas em concreto.
- O eng. Eduardo Thomaz expôs sua experiência sobre
fissuras em reservatórios não enterrados.
- O eng. Carlos d’Ávila, da COPASA, apresentou a pales-
tra “Estruturas Hidráulicas: A Experiência da COPASA”.
Houve também a mesa redonda sobre projeto, execução
e operação da ETE Arrudas, de Belo Horizonte. Partici-
param o eng. Antônio Sérgio, projetista da estrutura e
sócio da ABECE-BH, o eng. Oswaldo Soares Filho, con-

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TQSNEWS
XXXII Jornadas Sulamericanas de 8º Seminário “Tecnologia de estruturas:
Engenharia Estrutural racionalização com foco na qualidade e
22 a 26 de maio de 2006, Unicamp, produtividade”
Campinas, SP 3 e 4 de outubro de 2006 - 14h00 às 18h30
Auditório do Espaço Promon
Nos dias 22 a 26 de maio de 2006, ocorreu em Campi-
nas a XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Es-
Av. Juscelino Kubitscheck, 1830
trutural. A TQS esteve mais uma vez presente, com es- Após sete edições de repetido sucesso de público e
tande próprio, no evento. O congresso desse ano abor- conteúdo, o Comitê de Tecnologia e Qualidade do Sin-
dou os seguintes temas: duscon SP promove neste ano, o 8º Seminário “Tecno-
- procedimentos construtivos; logia de Estruturas: racionalização com foco na qualida-
- ações e segurança nas estruturas; de e produtividade”, trazendo inovações de forma e
- monitoramento, manutenção e reforço das estruturas; abordagens.
- investigações teóricas, experimentais, numéricas e O grande destaque deste evento é, sem dúvida, a apre-
computacionais; sentação de uma obra emblemática de grande impacto
- interação arquitetura-estrutura; para a arquitetura e engenharia, por parte do Diretor da
Doka na Alemanha, Eng. Alfred Zimmerman.
- materiais estruturais;
- normalização. A Doka é a empresa responsável pelos sistemas de fôr-
mas do edifício mais alto do mundo, em construção em
A próxima edição será em 2008, em Santiago, Chile. Dubai, nos Emirados Árabes. A apresentação será sobre
este edifício, Burj Dubai, cuja altura final é mantida em
segredo, mas que deve ultrapassar os 700 (setecentos
48º Congresso Brasileiro do Concreto metros). O projeto de arquitetura é do escritório america-
22 a 27 de setembro de 2006, no Skidmore, Owens & Merril e construído por um con-
sórcio de grandes construtoras de atuação global (veja
Rio de Janeiro, RJ mais no website oficial em www.burjdubai.com).
O 48º Congresso Brasileiro do Concreto, cujo tema prin- Dois assuntos de grande importância atualmente no mer-
cipal é “Concreto: dos Laboratórios de Pesquisa aos cado serão abordados por especialistas, analisando suas
Canteiros de Obra”, será realizado no Rio de Janeiro, implicações e soluções para as empresas construtoras: um
RJ, no período de 22 a 27 de setembro de 2006, no Rio é a questão do emprego de tirantes, que será abordada
Centro, Pavilhão 5. pelo eng. José Luiz de Paula Eduardo, diretor da Apoio As-
sessoria e Projeto de Fundações e o outro é a especifica-
A TQS participará novamente do congresso com um es- ção de concreto para fundações, a ser abordada pelo prof.
tande próprio, onde esperamos mais uma vez a visita dr. Paulo Helene, da Escola Politécnica da Universidade de
dos inúmeros colegas, que têm nos transformado no São Paulo e Presidente do Instituto Brasileiro do Concreto.
ponto de encontro dos projetistas estruturais no evento.
Uma apresentação de tecnologia inovadora será também
Para maiores informações, acesse: destaque neste evento: o emprego de concreto auto-
http://ibracon1.locaweb.com.br/eventos/informacoes.asp adensável, que traz significativos ganhos de qualidade e
produtividade, com potencial redução de custos da es-
trutura como um todo. A apresentação será feita pelo
prof. André Geyer, da Escola de Engenharia da Universi-
dade de Goiás o qual tem realizado o desenvolvimento e
aplicação prática desta tecnologia em obras de Goiânia.
Não menos relevante outra inovação será o “talk
show” sobre projeto de estruturas, espaço em que al-
M2 Engenharia e Projetos Ltda., Brasília, DF

guns dos mais expressivos especialistas na área de


engenharia de estruturas poderão responder as per-
guntas que o público considerar relevantes num for-
mato inovador de interação.
Reserve sua agenda e não deixe de participar desta 8ª
edição que certamente superará o sucesso das edições
anteriores.
Inscrições a partir de 1º de setembro.
Público-alvo: Diretores e gerentes técnicos, coordena-
dores de projeto de empresas incorporadoras e constru-
toras, profissionais de empresas de projeto, empresas
executoras de fundações e estruturas, empresas fabri-
cantes de materiais e sistemas.
Para maiores informações, acesse:
http://www.sindusconsp.com.br

Julho/2006 - nº 23
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TQSNEWS
ENECE 2006 tais da estrutura. Cada engenheiro pode inscrever ape-
Outubro/2006, São Paulo, SP nas um projeto de uma obra com estrutura concluída.
O material deve ser encaminhado, até 20 de setembro,
O 9º Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria para a sede da ABECE Nacional, na av. Brigadeiro
Estrutural será realizado em São Paulo, nos dias 25 e 26 Faria Lima, 1685, conjunto 2D, São Paulo, SP, CEP
de outubro de 2006. 01451-908. Outras informações estão disponíveis no
link para o Prêmio Talento Engenharia Estrutural nos
Para maiores informações sobre o evento, acesse: sites www.gerdau.com.br e www.abece.com.br.
http://www.abece.com.br/
Divulgação: Assessoria de Imprensa da ABECE

Premio Talento Engenharia Estrutural


Ação ABECE NBR 6118:2003 -
Abece e Gerdau lançam quarta edição do Prêmio Ta- Pró-Revisão 2008
lento Engenharia Estrutural, A premiação destacará
projetos estruturais em três categorias: Edificações, A ABECE acaba de lançar um processo inédito visando
Obras de Arte e Soluções Inovadoras a revisão da NBR 6118:2003, com base na coleta de su-
gestões a serem enviadas para a comissão de estudos
A 4ª edição do Prêmio Talento Engenharia Estrutural
da ABNT responsável pela revisão.
já está com as inscrições abertas. A premiação, promo-
vida pela ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Fonte: ABECE News, edição 3, ano 3
Consultoria Estrutural) e pelo Grupo Gerdau é dirigida a Para participar, basta acessar o site www.abece.com.br.
profissionais que desenvolveram projetos de destaque
na engenharia de estruturas nos últimos cinco anos.
Este ano, a premiação traz novidades. Pela primeira vez, Construir 2006
será concedida em três categorias: Edificações, Obras
de Arte e Soluções Inovadoras. Em Edificações serão 14 a 18 de novembro, Rio de Janeiro, RJ
consideradas as estruturas verticais e/ou horizontais que
De 14 a 18 de novembro de 2006, acontecerá no Rio de
se destinam à utilização residencial, comercial, escolar,
Janeiro, no Riocentro, a Construir 2006 - Feira Interna-
etc. A categoria Obras de Arte destacará estruturas
cional da Construção, Engenharia e Arquitetura.
como pontes, viadutos, passarelas, monumentos, obras
de saneamento, entre outras. As propostas que apresen- Para maiores informações,
tarem inovação e criatividade em sua forma de viabilizar acesse: http://www.feiraconstruir.com.br/
o projeto arquitetônico e que não se caracterizarem
como Edificações ou Obras de Arte concorrerão em So-
luções Inovadoras.
A expectativa é aumentar o número de participantes do
prêmio. Em 2005, foram inscritos 54 projetos e, para
este ano, são esperadas mais de 70 inscrições. Os pro-
jetos são avaliados por critérios como concepção es-
Antonio Capuruço Cons e Proj. de Eng. Ltda, Belo Horizonte, MG

trutural, processos construtivos e uso adequado de


materiais, implantação no ambiente e estética. A co-
missão julgadora é composta por representantes da
ABECE, do Grupo Gerdau e da Editora Pini. Cada cate-
goria (Edificações, Obras de Arte e Soluções Inovado-
ras) terá um vencedor e um projeto destacado como
menção honrosa. Os três primeiros colocados recebem
viagem, mais estadia, para a Construmat, uma feira re-
ferência mundial no setor de construção civil, que ocor-
re de 14 a 19 de maio de 2007, em Barcelona. Rece-
bem ainda troféu e certificado. Os engenheiros respon-
sáveis pelos projetos destacados com menção honro-
sa recebem placa e certificado.
A premiação ocorrerá na abertura ENECE 2006 - Encon-
tro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural -, que
acontece em 25 de outubro de 2006, em São Paulo, SP.
Os candidatos devem enviar de três a cinco desenhos,
contendo o projeto escolhido, em no máximo dez pági-
nas no formato A4 em arquivo eletrônico DWG e PLT,
com especificações técnicas sobre o tema estrutural.
Deve ser destacada a categoria em que se deseja ins-
crever os projetos. Também são necessárias fotos digi-

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TQSNEWS
Curso Técnico Padrão
Sistemas CAD/TQS - V12
Após o término e consolidação dos sistemas computa-
cionais CAD/TQS para o atendimento às prescrições da
nova norma brasileira de concreto armado, NBR
6118:2003, dedicamos nossos esforços à preparação de
um curso técnico padrão TQS, visando oferecer aos
nossos clientes uma nova modalidade de aprendizado.
Este novo curso, uma antiga reivindicação dos usuários,
tem o objetivo de dar uma visão geral dos sistemas, ex-
plicar o funcionamento dos principais menus, apresentar
diversos fluxogramas gerais de operação e fornecer ex-
plicações detalhadas de cada sub-sistema (vigas, pila-
res, lajes, pórtico, grelha etc.). Todo o curso está basea-
do em exemplos de edifícios reais e a apresentação é
composta por slides explicativos e comentados, acom-
panhados da operação real do sistema.
Com o material (cd, slides, fluxogramas, edifícios com-
pactados e apostila) distribuído no curso, o usuário po-
derá reproduzir as aulas no seu próprio escritório.
No primeiro semestre de 2006, proferimos o Curso Téc-
nico Padrão nas seguintes cidades: São Paulo, Curitiba,
Belo Horizonte, Brasília, João Pessoa, Maceió, Fortale-
za, São Luiz, Campo Grande, Goiânia e Londrina. Março de 2006, Curitiba

Março de 2006, São Paulo Março de 2006, São Paulo

Abril de 2006, Belo Horizonte Maio de 2006, João Pessoa

Julho/2006 - nº 23
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TQSNEWS

Maio de 2006, Brasília Maio de 2006, Brasília

Maio de 2006, Maceió Junho de 2006, São Luiz

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TQSNEWS

Junho de 2006, Fortaleza Junho de 2006, Campo Grande

Julho de 2006, Goiânia Julho de 2006, Londrina

No segundo semestre de 2006, pretendemos visitar as se- Acompanhe as datas dos novos cursos e faça sua inscrição
guintes cidades: Florianópolis, Palmas, Santos, Uberlândia, on-line, através do endereço: http://www.tqs.com.br/servicos/
Natal, São Carlos, Cuiabá, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, inscricao.asp
Salvador e Vitória, além de turmas extras em São Paulo.
M2 Engenharia e Projetos Ltda., Brasília, DF

Julho/2006 - nº 23
49
TQSNEWS

Dissertações e teses
BARBOSA, Claudius de Sousa
Resistência e deformabilidade de blocos vazados de
concreto suas correlações com as propriedades
mecânicas do material constituinte.
Dissertação de Mestrado
USP - Escola de Engenharia de São Carlos - 2004
Orientador: Prof. Dr. João Bento de Hanai
O trabalho tem como objetivo correlacionar as proprie- cos e prismas, obtêm-se diferentes valores de defor-
dades mecânicas de blocos vazados com as do con- mação ao longo das paredes dos elementos. Os blo-
creto que o constitui. Moldam-se blocos vazados e cos, por possuírem menor altura que os prismas, apre-
corpos de prova de dimensões distintas com concreto sentam maior diferença entre os valores de deforma-
plástico em três níveis de resistência (10, 20 e 30 MPa) ção. Por meio de simulações numéricas, no regime li-
e caracterizam-se as propriedades mecânicas por meio near, observa-se que a placa de ensaio não se desloca
de ensaios à compressão axial e à tração. Ensaiam-se uniformemente, acarretando os distintos valores de de-
à compressão axial prismas constituídos por dois e três formação ao longo do bloco. Uma forma peculiar de
blocos de concreto sem junta de argamassa, unidos cálculo, baseada nessas deformações, permite a previ-
por adesivo à base de epóxi. Observa-se que a relação são da capacidade resistente do bloco e conduz a va-
entre as resistências do bloco e prisma e a resistência lores próximos da força máxima de ensaio. Apresenta-
do concreto diminui com o aumento da altura desses se ainda, uma tentativa de prever a deformabilidade do
elementos. Obtém-se o módulo de elasticidade longitu- bloco vazado de concreto a partir das propriedades
dinal do concreto, a partir de ensaios com corpos-de- mecânicas do concreto.
prova. Analisam-se as deformações em diversos pon-
tos do bloco quando submetidos à compressão axial. Para maiores informações, acesse:
Devido à distribuição não uniforme de tensões nos blo- http://ibracon1.locaweb.com.br/teses_dissertacoes.asp
M2 Engenharia e Projetos Ltda., Brasília, DF

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TQSNEWS
SANTINE, Carlos Roberto (santiniengcivil@uol.com.br)
Projeto e construção de lajes pré-moldadas de
concreto armado.
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de São Carlos - 2005
Orientador: Prof. Dr. Roberto Chust Carvalho
Este trabalho mostra as principais recomendações para tenção da inércia no estádio II, quando as peças já se
a utilização das lajes nervuradas, compostas por nervu- encontram fissuradas, descrevendo ainda, a utilização
ras pré-fabricadas, elementos inertes de enchimento e da técnica do carregamento incremental, conseguida
concreto lançado na própria obra. À luz das normas bra- através do emprego de um sistema computacional exis-
sileiras correlatas, descreve as características dos mate- tente no mercado, mostrando que, desta forma, os re-
riais empregados neste sistema, aborda os principais sultados obtidos para o comportamento estrutural des-
critérios e modelos empregados em seu dimensiona- sas lajes são mais próximos da realidade.
mento e verificações dos estados limites de serviço.
E, finalizando, propõe um novo tipo de concepção para
Face às não-linearidades físicas do concreto, dá ênfase
estas lajes que poderá se constituir em uma inovação
à metodologia empregada para se efetuar a análise não-
tecnológica para o setor.
linear, descrevendo as formulações propostas para a ob-

DELALIBERA, Rodrigo Gustavo


Análise numérica e experimental de blocos de
concreto armado sobre duas estacas submetidos à
ação de força centrada e excêntrica.
Tese de Doutorado
USP - Escola de Engenharia de São Carlos - 2006
Orientador: Prof. Dr. José Samuel Giongo
A pesquisa teve como objetivo analisar e discutir o com- te, a geometria das bielas de compressão. A instrumenta-
portamento de blocos de concreto armado sobre duas es- ção foi posicionada nas faces dos blocos com extensôme-
tacas submetidos à ação de força centrada e excêntrica. tros espaçados de modo a ocuparem boa parte da largura
Desenvolveu-se uma análise numérica tridimensional não- e, conseqüentemente, indicarem as suas geometrias. A
linear de blocos de concreto armado sobre duas estacas. análise experimental de blocos sobre duas estacas sub-
A análise numérica levou em consideração a fissuração do metidos à ação de força excêntrica permitiu observar o
concreto e a influência das armaduras no comportamento comportamento das bielas e tirantes que diferem dos ob-
estrutural dos blocos. Por meio da análise numérica, foi servados quando a força é centrada. Também foi analisa-
possível perceber o comportamento e a forma geométrica da a eficiência dos ganchos das barras de aço que com-
das bielas de compressão, com isso, obteve-se melhor en- põem os tirantes, verificando-se que os ganchos podem
tendimento do modelo de Bielas (Escoras) e Tirantes apli- ser omitidos sem prejuízo da segurança estrutural dos blo-
cado a blocos de concreto armado sobre duas estacas. A cos. Em função dos resultados obtidos por meio das aná-
geometria observada nos modelos numéricos analisados lises experimental e numérica, desenvolveram-se modelos
preliminarmente difere da usualmente sugerida por vários de bielas e tirantes aplicados a blocos sobre duas estacas.
autores. Realizou-se investigação experimental de blocos, Para maiores informações, acesse:
com o fim principal de observar, de modo mais abrangen- http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18134/tde-19072006-093551/

SANTOS, Ana Paula Silveira dos


Análise do confinamento dado por lajes em pilares
com concretos de diferentes resistências ao longo
da altura.
Dissertação de Mestrado
USP - Escola Politécnica de São Paulo - 2004
Orientador: Prof. Doutor Fernando Rebouças Stucchi
Este trabalho estuda os efeitos do confinamento em pi- simulando uma estrutura de pilar e lajes planas, subme-
lares de concreto com diferentes resistências à com- tidos a ensaios de compressão axial. Os resultados ex-
pressão ao longo da altura, especificamente, no nó pilar- perimentais foram comparados com aquelas recomen-
laje. Os valores dessas diferenças de resistências foram dações e levaram a conclusões significativas. Por outro
analisados teórica e experimentalmente, baseando-se lado, esses mesmos resultados foram comparados,
nas recomendações do item 10.13 do ACI 318, nos tra- através de um modelo de Elementos Finitos, com o cri-
balhos de William Gamble, Ospina, Bianchini e na norma tério de confinamento do CM CEB 90 (atual FIB).
canadense CSA CAN3-A23.3-M. Com a finalidade de se Para maiores informações, acesse:
avaliar tais recomendações, foram elaborados modelos http://ibracon1.locaweb.com.br/teses_dissertacoes.asp

Julho/2006 - nº 23
51
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Desenho realizado com os sistemas CAD/TQS
M2 Engenharia e Projetos Ltda. (Brasília, DF)

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52
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dações especiais etc.). lajes convencionais, lisas (sem vigas) e
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até 20 pisos. Possui todos os recur- Cálculo de esforços solicitantes, di- posição de pilares. Calcula perdas nos
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de alvenaria estrutural. tado a cabos de cordoalhas aderentes
CAD/TQS - EPP Plus e/ou não aderentes.
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Versão intermediária entre a EPP e a
Unipro, para edificações de até 8 Cálculo de esforços solicitantes, di- Telas Soldadas
pisos. Incorpora os mais atualiza- mensionamento (cálculo de ƒp), de-
Análise, dimensionamento, detalha-
dos recursos de cálculo presentes talhamento e desenho de edifícios de
alvenaria estrutural de até 5 pisos. mento e desenho de Telas Soldadas,
na Versão Plena. Adaptada à nova para lajes de concreto armado e/ou
NBR 6118:2003. CAD/Fundações protendido. Integrado ao CAD/Lajes,
Dimensionamento, Detalhamento e as telas são selecionadas em função
CAD/TQS - EPP das armaduras efetivamente calcu-
Desenho de Blocos e Sapatas de
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Concreto Armado. Agora totalmente
de pequeno porte de até 5 pisos. In- duras convencionais complementa-
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CAD/TQS - EPP Home estruturais pré-moldados protendi- otimização de corte e gerencia-
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edificações de pequeno porte, com dos ou não de concretagem local. mento, corte, dobra e transporte
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Lajes Treliçadas construção civil. Emissão de rela-
CAD/TQS - Universidade Análise, dimensionamento, detalha- tórios gerenciais e etiquetas em
Versão ampliada e remodelada para mento e desenho de Lajes Treliça- impressora térmica.
universidades, baseada em todas das. Cálculo de lajes unidirecionais
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poradas na Versão EPP. Adaptada à to por grelha, verificação “exata” de
nova NBR 6118:2003. flechas, incluindo a consideração da

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Julho/2006 - nº 23

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