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INDICE

Objectivos………………………………………………………………………………………………………………………………………….1

Resumo Teórico…………………………………………………………………………………………………………………………………2

Massa Reduzida………………………………………………………………………………………………………………………………….3

Exercício resolvido………………………………………………………………………………………………………………………………4
Objectivos
O presente trabalho tem como principal objectivo estudar a massa reduzida de um
sistema de duas partículas sujeitas a uma força de interacção a partir da lei de Newton.
Resumo Teórico
O objectivo central deste trabalho é a abordagem sobre a Massa Reduzida de um Sistema de Duas
Partículas, mas, para melhor compreensão do tema que se pretende abordar, estudar-se-á de forma
breve o movimento do centro de massa de um sistema de partícula, primeiro.

No movimento de translação de um corpo, um dos seus pontos, à medida que o tempo passa, sofre o
mesmo deslocamento que qualquer outro, de tal maneira que o movimento de uma partícula é o
movimento de todo o corpo; mesmo quando o corpo roda ou vibra, enquanto se desloca, há um ponto
no corpo, chamado cento de massa, que se desloca da mesma maneira que se deslocaria em única
partícula sujeita ao mesmo sistema de forças externas.

O centro de massa de um sistema de partículas é o ponto que se move como se toda a massa do
sistema estivesse concentrada nesse ponto e todas as forças externas estivessem aplicadas nesse
ponto.

Quando as massas são independentes da sua velocidade, a posição do centro de massa, para um
sistema de duas partículas, é dada por:

𝑚1 ⃗⃗⃗⃗
𝑟1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗
𝑟2
𝑟⃗𝐶𝑀 =
𝑚1 + 𝑚2

De uma forma geral: ⃗𝑟⃗ 1 ∑𝑛


𝐶𝑀=𝑀 𝑖=1 𝑚𝑖 𝑟𝑖
⃗⃗⃗⃗⃗

Se as partículas estão distribuídas em duas ou três dimensões, o vector posição do centro de massa
deve ser especificado pelas suas componentes, dadas por:

1 1 1
𝑥𝐶𝑀 = 𝑀 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑥𝑖 𝑦𝐶𝑀 = 𝑀 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑦𝑖 𝑧𝐶𝑀 = 𝑀 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑧𝑖

Então o vector posição é expresso por:

⃗⃗
𝑟⃗𝐶𝑀 = 𝑥𝐶𝑀 𝑖⃗ + 𝑦𝐶𝑀 𝑗⃗ + 𝑧𝐶𝑀 𝑘
Embora o Centro de Massa seja apenas um ponto geométrico, ele possui além da posição, uma
velocidade e aceleração. As equações de velocidade (1) e a de aceleração (2) do centro de massa
são descritas abaixo:

𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗+𝑚
𝑣1 2 ⃗⃗⃗⃗⃗…+𝑚
𝑣2 ⃗⃗𝑛
𝑛𝑣 𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗+𝑚
𝑎1 2 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗+𝑚
𝑎2 ⃗⃗𝑛
𝑛𝑎
𝑣⃗𝐶𝑀 = (1) 𝑎⃗𝐶𝑀 = (2)
𝑚1 +𝑚2 …+𝑚𝑛 𝑚1 +𝑚2 +⋯𝑚𝑛

Embora o CM seja um ponto geométrico, ele move-se como uma partícula de massa igual à massa
total do sistema; se considerarmos uma força externa, a equação vectorial que descreve o movimento
de um sistema de partículas, segundo a 2ª lei de Newton, é:

𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = 𝑀𝑎⃗𝐶𝑀 (3)

Onde:
𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 é 𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑐𝑡𝑢𝑎𝑚 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎, 𝑀 é 𝑎 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎,
𝑒 𝑎⃗𝐶𝑀 é 𝑎 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎.

Esta equação é equivalente a três equações envolvendo as componentes de 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 e de 𝑎⃗𝐶𝑀 em relação
aos três eixos coordenados:

𝐹⃗𝑟𝑒𝑠,𝑥 = 𝑀𝑎⃗𝐶𝑀,𝑥 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠,𝑦 = 𝑀𝑎⃗𝐶𝑀,𝑦 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠,𝑧 = 𝑀𝑎⃗𝐶𝑀,𝑧

A equação (3) pode ser provada da seguinte maneira:

𝑚1 ⃗⃗⃗⃗
𝑟1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗
𝑟2 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑟⃗𝑛
𝑟⃗𝐶𝑀 = ↔ 𝑀𝑟⃗𝐶𝑀 = 𝑚1 ⃗⃗⃗⃗
𝑟1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗
𝑟2 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑟⃗𝑛
𝑚1 + 𝑚2 … + 𝑚𝑛

Se derivarmos duas vezes a equação em relação ao tempo tem-se:

𝑀𝑎⃗𝐶𝑀 = 𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑎1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑎2 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑎⃗𝑛

De acordo com a 2ª lei de Newton, 𝑚𝑖 𝑎⃗𝑖 é igual à força resultante 𝐹⃗𝑖 que age sobre a partícula de
ordem 𝑖. Portanto:

𝑀𝑎⃗𝐶𝑀 = 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + ⋯ + 𝐹⃗𝑛

Entre as forças que contribuem para o lado direito da equação acima estão as forças que as
partículas do sistema exercem umas sobre as outras (forças internas) e as forças exercidas sobre as
partículas por agentes externos (forças externas). De acordo com a 3ª Lei de Newton, as forças
internas formam pares do tipo acção-reacção que se anulam mutuamente na soma do lado direito da
equação. O que resta é a soma vectorial das forças externas que actuam no sistema, assim, a
equação traduz-se em:

𝑀𝑎⃗𝐶𝑀 = 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠,𝑒𝑥𝑡 𝑐. 𝑞. 𝑑

Define-se Momento Linear 𝑃⃗⃗ de um sistema de partículas como sendo o vector soma dos momentos
lineares das partículas individuais do sistema:

𝑛 𝑛
⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑠 = ∑ 𝑃⃗⃗𝑖 = ∑ 𝑚𝑖 𝑣⃗𝑖
𝑖=1 𝑖=1

É sabido que: ∑𝑛
𝑖=1 𝑚𝑖 𝑣
⃗𝑖 = 𝑀𝑣⃗𝐶𝑀 ,Então:

⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑠 = 𝑀𝑣⃗𝐶𝑀

Podendo se afirmar, assim, que o momento linear de um sistema de partículas é igual ao produto da
massa total do sistema pela velocidade do centro de massa.

Por outro lado, taxa de variação com o tempo do momento linear de uma partícula é igual à força
resultante que actua sobre a partícula e tem a mesma direcção que essa força:

⃗⃗⃗⃗𝑠
𝑑𝑃
𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 =
𝑑𝑡

Em palavras, a equação acima afirma que a força resultante 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 aplicada a uma partícula faz variar o
seu momento linear 𝑃⃗⃗. Na verdade o momento linear só pode variar se a partícula estiver sujeita a
uma força, em outro caso a velocidade da partícula será constante, não terá aceleração, logo o
momento linear é constante e a sua derivada, a força resultante, será nula.

É por essa razão que no estudo de um sistema de partículas não se consideram as forças internas,
pois essas forças, por se anularem, não fazem variar o seu momento linear, o momento linear é
constante e a força, que é a derivada do momento linear, é nula.

Lei de Conservação do Momento Linear:


Se a força resultante das forças externas que actuam num sistema de partículas for nula, a velocidade
do centro de massa é constante e o momento linear do sistema conserva-se:

𝑑𝑃⃗⃗
𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = 0 ↔ = 0 ↔ 𝑃⃗⃗ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑡

Há situações em que se pode considerar o momento linear constante sem que as forças externas
sejam nulas. Essas situações dão-se quando as forças que intervêm são forças impulsivas (forças
interiores de grande intensidade e de muita curta duração, acuam em intervalos de tempo muito
curtos). Esses são os casos de colisões, por exemplo, em que mesmo que a velocidade das
partículas varie, o momento linear conserva-se.

Focalizando agora no objectivo central do trabalho, far-se-á agora o estudo da massa reduzida.
MASSA REDUZIDA (𝝁)

⃗⃗⃗⃗res = 0)
Considera-se um sistema isolado (F formado por duas partículas que interactuam entre si.
Sobre a partícula de massa 𝑚1 actua a força 𝐹⃗12 , e sobre a partícula de massa 𝑚2 actua a força 𝐹⃗21 .
Ambas as forças são iguais e de sentidos contrários.

As equações do movimento de cada


partícula são:

𝑚1 𝑎⃗1 = 𝐹⃗12

𝑚2 𝑎⃗2 = 𝐹⃗21

Pela 3ª Lei de Newton, como 𝐹⃗12 e 𝐹⃗21 são forças de acção-reacção, tem-se 𝐹⃗12 = −𝐹⃗21 , então 𝐹⃗12 +
𝐹⃗21 = 0, a força resultante que actua no sistema é nula, o que significa que a aceleração do centro de
massa também é nula. Podendo-se afirmar que o centro de massa de um sistema isolado move-se
com velocidade constante. 𝑣⃗𝐶𝑀 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒.

Tendo 𝐹⃗12 e 𝐹⃗21 , o problema de dois corpos pode ser reduzido a um problema de um só corpo, para
isso, calcula-se a aceleração relativa 𝑎⃗12 = 𝑎⃗1 − 𝑎⃗2 :

𝐹⃗12 𝐹⃗21
𝑎⃗1 − 𝑎⃗2 = −
𝑚1 𝑚2

Mas é sabido que 𝐹⃗12 = −𝐹⃗21 e 𝐹⃗21 = −𝐹⃗12, então tem-se:

𝐹⃗12 −𝐹⃗12 𝐹⃗12 𝐹⃗12


𝑎⃗12 = − = +
𝑚1 𝑚2 𝑚1 𝑚2

Evidenciando o factor comum (𝐹⃗12 ), tem-se:


1 1 1
𝑜𝑛𝑑𝑒 + =
𝑚1 𝑚2 𝜇
1 1
𝑎⃗12 = 𝐹⃗12 ( + )
𝑚1 𝑚2

Por fim, tem-se que:


1
𝑎⃗12 = 𝐹⃗
𝜇 12

Podendo-se escrever também:


𝐹⃗12 = 𝜇𝑎⃗12

O que em palavras quer dizer que o movimento relativo de duas partículas submetidas unicamente a
sua interacção mútua em relação a um observador inercial é equivalente ao movimento de uma
partícula de massa igual à massa reduzida do sistema e sob uma força igual a de interação.

A massa reduzida (𝜇) é definida como:

1 1 1 1 1
= + + +⋯+
𝜇 𝑚1 𝑚2 𝑚3 𝑚𝑛

Mas no caso de duas partículas, como se pretende estudar, a massa reduzida é definida por:
1 1 1 𝑚1 𝑚2
= + ↔ 𝜇=
𝜇 𝑚1 𝑚2 𝑚1 + 𝑚2

A massa reduzida (𝜇) realmente tem a dimensão de massa e terá sempre o seu valor menor do que
qualquer das massas , 𝑚1 ou 𝑚2 individualmente, ou seja, 𝜇 < 𝑚1 e 𝜇 < 𝑚2 .
RESOLUCAO DE EXERCICIOS

2. Duas partículas com 2 e 3 kg de massas estão se movendo em relação a um observador, com


velocidades de 5.0 m/s ao longo do eixo X e de 4.0 m/s formando um ângulo de 120º com o eixo X,
respectivamente.

a) Exprima a velocidade de cada partícula na forma vectorial.


b) Determine a velocidade do centro de massa.
c) Calcule a massa relativa do sistema.

Resolução

a) Dados:

𝑚𝟏 = 2𝑘𝑔 ; 𝑚2 = 3𝑘𝑔

𝑣1 = 5 𝑚⁄𝑠 ao longo do eixo x

𝑣2 = 4 𝑚⁄𝑠 e forma um ângulo de 120º com o eixo x.

As velocidades vectoriais serão:

𝑣⃗1 = 5𝑖⃗ (𝑚⁄𝑠) porque move-se ao longo do eixo x apenas.

𝑣⃗2 = −2𝑖⃗ + 2√3𝑗⃗

1
Pois: 𝑣2,𝑥 = −𝑣2 cos 60° = 4 × 2 = 2 𝑚⁄𝑠 𝑒 𝑣2,𝑦 = 𝑣2 sin 60° = 4 × = 2√3 𝑚⁄𝑠
√3
2

𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗+𝑚
𝑣1 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2 2.5𝑖⃗+3(−2𝑖⃗+2√3𝑗⃗) 10𝑖⃗−6𝑖⃗+6√3𝑗⃗ 4𝑖⃗+6√3𝑗⃗ 𝑚
b) 𝑣⃗𝐶𝑀 = = = = ⁄𝑠
𝑚1 +𝑚2 2+3 5 5

4𝑖⃗ 6√3𝑗⃗
𝑣⃗𝐶𝑀,𝑥 = 𝑒 𝑣⃗𝐶𝑀,𝑦 =
5 5

𝑚1 𝑚2 2×3 6
c) 𝜇= = = 𝑘𝑔
𝑚1 +𝑚2 2+3 5
Bibliografia

 http://www.ual.es/~mnavarro/Tema2Dinamicadeunsistemadeparticulas.pdf;

;Consultado pelas 22:54min do dia 01-05-2018

http://www.fisica.ufmg.br/~mecfund/apostila/apostila.pdf.< consultado pelas 23H do dia 02/05/2018


 http://nerdyard.com/massa-reduzida; consultado as 23:15min do dia 04/05/2018
 R. RESNICK e D. HALLIDAY (2008), “Fundamentos de Física”, Volume 1, 8ª edicao, Livros
Técincos e Científicos Editora, RJ, Brasil
 Alonso e Finn (1972), “Um Curso Universitário”, Volume 1, Editora Edgar Blücher Ltd
 R. RESNICK e D. HALLIDAY (1983), “Física”, Volume 1, 4ª edicao, Livros Técincos e Científicos
Editora, RJ, Brasil
Os cálculos envolvendo a ebulioscopia são realizados no intuito de determinar a variação da
temperatura de ebulição de um solvente quando a ele é adicionada uma quantidade de soluto não
volátil.

Quando um determinado solvente recebe um soluto não volátil, sua temperatura de ebulição tende a
aumentar, porque o soluto dissolvido passa a dificultar o rompimento das interações entre as
moléculas de água e sua passagem consequente para o estado de vapor.

1- Fórmulas utilizadas nos cálculos envolvendo ebulioscopia

Os cálculos envolvendo ebulioscopia são realizados através da utilização de fórmulas que apresentam
como base o aumento ou variação da temperatura de ebulição do solvente (Δte), representada
abaixo:

Δte = t - t2

Na qual,

Δte = variação da temperatura de ebulição do solvente

t = temperatura de ebulição da solução

t2 = temperatura de ebulição do solvente

De acordo com o químico Francois Raoult, a variação da temperatura de ebulição de um solvente na


solução está diretamente relacionada com o produto da constante ebulioscópica pela molalidade (W):

Δte = Ke.W
Na qual,

Ke = constante ebulioscópica do solvente

W = molalidade

Obs.: Caso o exercício não forneça a molalidade, podemos utilizar sua fórmula para encontrá-la,
fórmula essa que apresenta massa do soluto (m1), massa molar do soluto (M1) e massa do solvente
(sempre em quilogramas).

W = m1

M1.m2

Substituindo a fórmula da molalidade na expressão de Raoult para os cálculos em ebulioscopia,


teremos:

Δte = Ke.m1

M1.m2

Obs.: Caso o soluto não volátil seja de natureza iônica (ou seja, capaz de sofrer ionização ou
dissociação), devemos multiplicar o fator de correção de Vant' Hoff (clique aqui e relembre o que é
esse fator) na fórmula dos cálculos envolvendo ebulioscopia:

Δte = Ke.W.i

2- Exemplos de cálculos envolvendo a ebulioscopia


Exemplo 1: (UEPB) A elevação da temperatura de ebulição de um solvente, devido a um soluto não
volátil, formando solução molecular, é diretamente proporcional (Ke) à molalidade da solução (W).
Supondo que 1,6g de uma dada substância dissolvidos em 20g de água formam uma solução
molecular que ferve a 101,04°C, a 1atm, qual a massa molecular dessa substância? Dados: Ke = 0,52°C
(mol/Kg)–1

a) 4,0 g.mol

b) 4,0 g.mol–1

c) 4,0 kg.mol–1

d) 40 kg.mol–1

e) 40 g.mol–1

⇒ Dados do exercício:

massa do soluto (m1) = 1,6g

massa do solvente (m2) = 20g, porém deve ser sempre trabalhada em Kg (dividir a massa em g por
1000), logo, teremos 0,02Kg

Ke = 0,52°C (mol/Kg)–1

temperatura de ebulição da solução = 101,04°C


temperatura de ebulição da água = 100 oC

M1 = ?

⇒ O exercício forneceu dados suficientes para utilizarmos a expressão matemática para cálculo em
ebulioscopia abaixo:

t - t2 = Ke.m1

M1.m2

101,4 – 100 = 0,52.1,6

M1.0,02

1,04 = 0,832

M1.0,02

1,04.M1.0,02 = 0,832

0,0208.M1 = 0,832

M1 = 0,832

0,0208

M1 = 40 g.mol–1
Exemplo 2: (UECE) Seguindo os passos do químico francês François-Marie Raoult (1830-1901),
pesquisando sobre o efeito ebuliométrico nas soluções, um estudante de química dissolveu 90 g de
glicose (C6H12O6) em 400 g de água e aqueceu o conjunto. Sabendo que Ke da água = 0,52 ºC/mol,
depois de algum tempo, a temperatura inicial de ebulição por ele encontrada foi:

a) 99,85 ºC.

b) 100,15 ºC.

c) 100,50 ºC.

d) 100,65 ºC.

⇒ Dados do exercício:

massa do soluto (m1) = 90g

massa do solvente (m2) = 400g, porém deve ser sempre trabalhada em Kg (dividir a massa em g por
1000), logo, teremos 0,4Kg

Ke = 0,52°C 0,52 ºC/mol

temperatura de ebulição da solução = ?

temperatura de ebulição da água = 100 oC


⇒ Para calcular a massa molar (M1) da glicose (C6H12O6), basta somarmos os resultados da
multiplicação entre a quantidade de átomos e a massa de cada elemento:

M1 = 6.12 + 12.1 + 6.16

M1 = 72 + 12 + 96

M1 = 180g/mol

⇒ Com os dados fornecidos pelo exercício, basta utilizarmos a expressão matemática para cálculos
envolvendo a ebulioscopia abaixo:

Δte = Ke.m1

M1.m2

t - t2 = Ke.m1

M1.m2

t – 100 = 0,52.90

180.0,4

t – 100 = 0,52.90

180.0,4

t – 100 = 46,8

72
t – 100 = 0,65

t = 0,65 + 100

t = 100,65 oC
Um líquido atinge seu ponto de ebulição (PE) quando a temperatura a que ele é submetido é
suficiente para que sua pressão máxima de vapor iguale-se à pressão atmosférica que está sobre a
superfície do líquido. Nessa situação, o vapor consegue sair e subir para a atmosfera.

Se o líquido for submetido a pressões atmosféricas diferentes (lugares com altitudes diferentes), o
ponto de ebulição sofrerá alteração. Quanto maior for a pressão atmosférica, maior deverá ser a
pressão máxima de vapor, o que resultará em aumento do ponto de ebulição. O contrário também é
verdadeiro: quanto menor for a pressão atmosférica, menor será a pressão máxima de vapor, o que
resultará em um ponto de ebulição menor.

A tabela a seguir traz a variação do ponto de ebulição da água em regiões com diferentes altitudes
(pressões atmosféricas diferentes):

Local

PE da Água

Monte Everest (acima do nível do mar)

71 oC

Rio de janeiro (nível do mar)

100 oC

Região do Mar Morto (abaixo do nível do mar)

Acima de 100 oC
Dentro de uma panela de pressão (alta pressão interna, maior que ao nível do mar)

Em torno de 120 oC

O Monte Everest é o local onde a água apresenta o menor ponto de ebulição

Se adicionarmos um soluto não volátil a um determinado solvente, como o sal na água, o resultado
será uma consequente alteração de seu ponto de ebulição, já que a pressão máxima de vapor do
solvente mudará (sofrerá uma diminuição). A presença do soluto é um fator que dificulta a
vaporização do solvente, exigindo assim um maior aquecimento para que a vaporização aconteça.

Sendo assim, se colocarmos sal na água que está cozinhando uma porção de batatas, o ponto de
ebulição sofrerá um aumento, fazendo com que as batatas sejam cozinhadas em uma temperatura
maior, o que consequentemente acelerará o cozimento.

O cálculo do valor do ponto de ebulição (cálculo ebulioscópico) de um solvente após a adição de um


soluto não volátil é feito por meio da ebuliometria, que é a propriedade coligativa que estuda o
aumento do ponto de ebulição. Assim sendo, o cálculo ebulioscópico revela o quanto o ponto de
ebulição de um solvente na solução aumentou.

A ebuliometria, assim como a criometria, é regida pela lei do francês François M. Raoult:

“O cálculo ebulioscópico deve-se à elevação ebulioscópica do ponto de ebulição, que, por sua vez, é
dada pela diferença entre o ponto de ebulição do solvente em uma solução pelo seu próprio ponto de
ebulição”

A fórmula que traduz essa lei (cálculo ebulioscópico) é:


Δte = t – t2

Δte = variação da temperatura de ebulição ou elevação do ponto de ebulição sofrida pelo solvente;

t = temperatura de ebulição do solvente na solução;

t2 = temperatura de ebulição do solvente.

Segundo Raoult, o ?te é diretamente proporcional à molalidade (W), da seguinte forma:

Δte =Ke .W

— A molalidade pode ser calculada pela fórmula:

W= m1

M1.m2

m1 = massa do soluto;

m2 = massa do solvente;

M1 = massa molar do soluto.

— O Ke (constante ebulioscópica) é regido pela seguinte fórmula:


Ke = R.T2

1000.Lv

R = constante geral dos gases;

T = temperatura de ebulição do solvente;

Lv = calor latente de vaporização.

Caso o solvente tenha recebido um soluto não volátil iônico, é necessário utilizar o fator de correção
de Van't Hoff na fórmula da ebuliometria:

Δte =Ke .W.i

— O fator de correção pode ser calculado pela seguinte fórmula:

i = 1 + α.(q-1)

α = grau de ionização;

q = número de cátions e ânions na fórmula da substância.

Veja alguns exemplos de aplicação das fórmulas do cálculo ebulioscópico ebulioscópico:


(UFES) Uma massa de 171g de um composto molecular desconhecido é adicionada a 250g de água. O
cálculo ebulioscópico da solução resultante gerou uma temperatura de ebulição de 101°C, a 1 atm.
Sabendo-se que a constante de ebulioscopia da água é 0,5°C/molal, pode-se concluir que o composto
desconhecido possui massa molar igual a quanto?

Dados do exercício

m1 = 171g

m2 = 250g ou 0,25 Kg

t = 101 oC

Ke = 0,5

Observação: a temperatura de ebulição da água é de 100 oC.

Como a molalidade não foi dada e o exercício pede a massa molecular, vamos condensar a fórmula da
molalidade na fórmula do cálculo ebulioscópico:

Δte = Ke.W

W = m1

M1. M2

t-t2 = Ke.m1

M1.m2

101- 100 = 0,5.171

M1.0,25
1.M1.0,25 =0,5.171

M1.0,25 = 85,5

M1 = 85,5

0,25

M1 = 342 g/ mol

(UEL) Uma solução aquosa de glicose apresenta concentração 0,50 molal. Qual é a elevação do ponto
de ebulição da água, em °C. Dado: Constante de ebulioscopia molal da água = 0,52°C/molal.

Dados do exercício:

W = 0,5 molal

Δte = ?

Ke = 0,52

Basta aplicar na fórmula do Δte:

Δte = Ke.W

Δte = 0,52.0,5

Δte = 0,26 oC
(PUC-PR) Uma solução de 16g de brometo de cálcio (CaBr2) em 800g de água eleva de 0,13°C o ponto
de ebulição dessa solução (Ke = 0,52). O grau de dissociação do brometo de cálcio é: (Dados: M do
CaBr2 = 200 g/mol)

Dados do exercício

m1 = 16g

m2 = 800g ou 0,8 Kg

Δte = 0,13 oC

Ke = 0,52

Como o exercício pede o alfa, inicialmente vamos achar o i pela fórmula da ebulioscopia com o fator
de Van't Hoff:

Δte = Ke.m1 .i

M1.m2

0,13 = 0,52.16.i

200.0,8

0,13. 200.0,8 = 0,52.16.i

20,8 = 8,32.i

i = 20,8

8,32
i = 2,5

Para finalizar, utilizaremos a fórmula do fator de Van't Hoff:

i = 1+ α.(q-1)

2,5 = 1+ α .(3-1)

2,5-1 = 2 α

1,5 = α

α = 0,75 ou 75 %

Por Me. Diogo Lopes Dias


(Uece) O cloreto de cálcio tem larga aplicação industrial nos sistemas de refrigeração, na produção do
cimento, na coagulação de leite para a fabricação de queijos, e uma excelente utilização como
controlador da umidade. Uma solução de cloreto de cálcio utilizada para fins industriais apresenta
molalidade 2 e tem ponto de ebulição 103,016 ºC sob pressão de 1 atm. Sabendo que a constante
ebulioscópica da água é 0,52 ºC, o seu grau de dissociação iônica aparente é:

a) 80%.

b) 85%.

c) 90%.

d) 95%.

Ver Resposta

QUESTÃO 2

(Acafe-SC) Foi dissolvida uma determinada massa de etanol puro em 200 g de acetona, acarretando
um aumento de 0,86 ºC na temperatura de ebulição da acetona. Dados: H: 1 g/mol, C: 12 g/mol, O: 16
g/mol; constante ebulioscópica molal da acetona (Keb) = 1,72 ºC.Kg.mol–1.

Qual foi a massa de etanol dissolvida?

a) 0,86 g

b) 5,8 g

c) 2,3 g
d) 4,6 g

Ver Resposta

QUESTÃO 3

Tentando seguir os passos do químico francês François-Marie Raoult (1830-1901) sobre a pesquisa em
relação ao efeito ebuliométrico nas soluções, um aluno resolveu realizar um experimento no qual
dissolveu 360 g de glicose (C6H12O6) em 850 g de água. Logo em seguida, ele aqueceu a mistura
durante certo tempo e verificou constantemente o termômetro. Sabendo que o Ke da água é 0,52
ºC/mol, qual foi a temperatura em que a água entrou em ebulição durante esse experimento? Dados:
massa molar da água = 180 g/mol.

a) 100,122 ºC.

b) 101,22 ºC.

c) 102,12 ºC.

d) 102,21 ºC.

Ver Resposta

QUESTÃO 4

Segundo a propriedade coligativa ebulioscopia, a elevação da temperatura de ebulição de um


solvente por um soluto não volátil, formando solução molecular, é diretamente proporcional (Ke) à
molalidade da solução (W). Sabendo que 5,4 gramas de uma determinada substância foram
dissolvidos em 80 g de água, fazendo com que a solução fervesse a 101,68°C, a 1 atm, qual é o valor da
massa molecular dessa substância dissolvida? Dados: Ke = 0,52°C (mol/Kg)–1.

a) 113,09 g.mol
b) 131,09 g.mol–1

c) 119,03 kg.mol–1

d) 191,03 kg.mol–1

e) 119,03 g.mol–1

Ver Resposta

RESPOSTAS

Questão 1

Letra d). A resolução da questão envolve as seguintes etapas:

Dados do exercício:

Molalidade (W) = 2 molal

ke = 0,52 ºC/mol

Ponto de ebulição da água (t2) = 100°C

Ponto de ebulição da água na solução (t) = 103,016 oC

Passo 1: Inicialmente devemos calcular a massa molar do cloreto de cálcio, cuja fórmula iônica é
CaCl2:
M1 = 1.40 + 2.35,5

M1 = 40 + 71

M1 = 111 g/mol

Passo 2: Determinação do q (número de partículas dissociadas por unidade de cloreto de cálcio).

A fórmula do cloreto de cálcio é CaCl2, logo, temos a presença de um cátion cálcio (Ca) e dois ânions
cloreto (Cl). Assim, o valor de q para esse sal é 3.

Passo 3: Relembrar a fórmula do fator de Van't Hoff, que utiliza o grau de dissociação.

i = 1 + α.(q-1)

Passo 4: Utilizar os valores fornecidos e encontrados na expressão a seguir:

Δte = ke.W.i

t-t2 = ke.W.[1 + α.(q-1)]

103,016 – 100 = 0,52.2.[1 + α.(3-1)]

3,016 = 1,04.[1 + 2α ]

3,016 = 1,04 + 2,08α


2,08α = 3,016 – 1,04

2,08α = 1,976

2,08α = 1,976

2,08

α = 0,95

Passo 5: Calcular a porcentagem.

Para calcular a porcentagem, basta multiplicar o resultado encontrado para o 2,08α por 100:

α = 0,95 . 100

α = 95%.

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Questão 2

Letra d). A resolução da questão envolve as seguintes etapas:

Dados do exercício:

Massa do soluto (m1) = ?


Massa do solvente (m2) = 200g ou 0,20 kg

ke = 1,72 ºC.Kg.mol–1

Variação da temperatura de ebulição da acetona (Δte) = 0,86°C

Inicialmente devemos calcular a massa molar da acetona, cuja fórmula molecular é C2H6O:

M1 = 2.12 + 6.1 + 1.16

M1 = 46 g/mol

Agora basta utilizar os dados fornecidos e a massa molar calculada na expressão a seguir:

Δte = ke.W

Δte = ke.m1

M1.m2

0,86 = 1,72.m1

46.0,2

0,86.46.0,2 = 1,72.m1
1,72.m1 = 7,912

m1 = 7,912

1,72

m1 = 4,6 g

Voltar a questão

Questão 3

Letra b). A resolução da questão envolve as seguintes etapas:

Dados do exercício:

Massa do soluto (m1) = 360 g

Massa do solvente (m2) = 850g ou 0,85 Kg

ke = 0,52 ºC/mol

Ponto de ebulição da água (t) = 100°C

Ponto de ebulição da água (t2) = ?

Massa molar da água (M1) = 180 g/mol


Basta utilizar os dados fornecidos na expressão do cálculo ebulioscópico:

Δte = ke.W

t-t2 = ke.m1

M1.m2

t-100 = 0,52.360

180.0,85

t-100 = 187,2

153

t-100 = 1,22

t = 1,22 + 100

t = 101,22 oC

Voltar a questão

Questão 4

Letra b).

Dados do exercício:
Massa do soluto (m1) = 5,4 g

Massa do solvente (m2) = 80 g ou 0,08 kg

ke = 0,52 ºC/mol

Ponto de ebulição da água na solução (t) = 101,68°C

Ponto de ebulição da água (t2) = 100°C

Massa molar do soluto (M1) = ?

Basta utilizar os dados fornecidos na expressão do cálculo ebulioscópico:

Δte = ke.W

t-t2 = ke.m1

M1.m2

101,68 -100 = 0,52.5,4

M1.m2

1,68 = 0,52.360

M1.0,85
1,68.M1.0,85 = 0,52.360

1,428.M1 = 187,20

M1 = 187,2

1,428

M1 = 131,09 g.mol-1

Voltar a questão
As propriedades coligativas estudam o efeito dos solutos não voláteis em uma solução, fato esse que
não é diferente na osmoscopia (propriedade que estuda a relação entre pressão osmótica e osmose).

Os cálculos na osmoscopia envolvem vários aspectos importantes, sendo o mais relevante deles a
pressão osmótica. Denomina-se de pressão osmótica a força exercida pela solução menos
concentrada sobre a membrana semipermeável, ou seja, é a força contrária à ocorrência da osmose.
Veja um exemplo:

Ocorrência da osmose entre soluções salinas

A solução 1 é menos concentrada que a solução 2, ou seja, na solução 1, temos uma maior quantidade
de água em relação à quantidade de sal (NaCl). Por essa razão, parte da água da solução 1 atravessa a
membrana semipermeável em direção à solução 2. Esse fenômeno é o que chamamos de osmose.

Durante a ocorrência da osmose, a solução 2 começa a exercer uma força (pressão osmótica) sobre a
membrana semipermeável para tentar evitar a passagem do solvente. A pressão osmótica é
representada pela letra grega pi (π).

Fórmula para cálculo com soluto molecular

A fórmula mais utilizada em cálculos na osmoscopia é:

π = M.R.T

π = pressão osmótica;

M = concentração em mol/L;
R = constante geral dos gases (0,082 para atm e 62,3 para mmHg);

T = temperatura em Kelvin.

Dica: Para converter uma temperatura em graus Celsius para Kelvin, basta somar o valor com 273.

Essa fórmula é utilizada apenas quando o soluto presente na solução estudada é molecular, ou seja, o
soluto não sofre ionização nem dissociação.

Fórmula para cálculo com soluto iônico

Quando a solução é formada por um soluto não volátil de natureza iônica, ou seja, que sofre o
fenômeno da ionização ou dissociação, devemos utilizar a fórmula descrita acima da seguinte forma:

π = M.R.T.i

O i é o fator de correção de Van't Hoff, o qual deve ser calculado pela seguinte equação:

i = 1 + α.(q-1)

i = fator de correção de Van't Hoff;

α = grau de ionização ou dissociação do soluto;

q = número de íons liberados ou produzidos pelo soluto em solução.


Interpretações realizadas a partir dos cálculos na osmoscopia

Solução isotônica

É a solução que apresenta a mesma pressão osmótica que a outra solução.

π1 = π2

Solução hipertônica

É a solução (solução 1) cuja pressão osmótica é maior que a da outra solução (solução 2):

π1 > π2

Solução hipotônica

É a solução (solução 1) cuja pressão osmótica é menor que a da outra solução (solução 2):

π1 < π2

Exemplos

1º) (PUC-RS) Eventualmente, a solução 0,30 M de glicose é utilizada em injeção intravenosa, pois tem
pressão osmótica próxima à do sangue. Qual a pressão osmótica, em atmosferas, da referida solução
a 37 °C?
a) 1,00

b) 1,50

c) 1,76

d) 7,63

e) 9,83

Dados fornecidos pelo exercício:

Concentração em mol/L = 0,30 M

π=?

Temperatura = 37oC, mas, em Kelvin, é igual a 310 K

R = 0,082 (padrão utilizado quando o exercício não menciona unidade de pressão)

Para determinar a pressão osmótica, basta utilizar os valores fornecidos na expressão a seguir:

π = M.R.T

π = 0,3.0,082.310
π = 7,626 atm

ou

π = 7,63 atm aproximadamente.

2º) (Hermânio Ometto-SP) O sangue humano tem pressão osmótica 7,8 atm. a 37º C. A massa
aproximada de cloreto de sódio que deve ser dissolvida em água, suficiente para preparar 4 litros de
solução isotônica, a ser usada nessa temperatura é:

a) 9 g

b) 18 g

c) 27 g

d) 36 g

e) 45 g

Dados fornecidos pelo exercício:

Volume da solução = 4 L

π = 7,8 atm
Temperatura = 37oC, mas, em Kelvin, é igual a 310 K

R = 0,082 (padrão utilizado quando o exercício não menciona unidade de pressão)

Massa do soluto na solução = ?

Como a solução preparada é isotônica em relação ao sangue, consideramos a pressão osmótica da


solução igual a 7,8 atm. Assim, para determinar a massa de cloreto de sódio, devemos fazer o
seguinte:

Passo 1: determinar a massa molar do cloreto de sódio.

Para isso, basta multiplicar a massa de cada elemento pela sua quantidade de átomos na fórmula
química e depois somar os resultados:

M1 = 1.23 + 1.35,5

M1 = 23 + 35,5

M1 = 58,5 g/mol

Passo 2: determinar o fator de correção de Van't Hoff do NaCl, já que ele é um soluto iônico.

Para tal, vamos levar em consideração que o grau de dissociação do sal é de 100%, já que não foi
informado, e que o seu número de íons liberados (q) é igual a 2, já que temos apenas um átomo de Na
e um de Cl.
i = 1 + (q-1)

i = 1 + 1.(2-1)

i = 1 + 1. (1)

i=1+1

i=2

Passo 3: determinar a massa do soluto.

Para determinar a massa, basta utilizar os valores fornecidos na expressão a seguir, na qual
substituímos a concentração molar pela massa do soluto dividida pelo produto da massa molar e do
volume:

π = m1 .R.T.i

M1.V

7,8 = m1 . 0,082.310.2

58,5.4

58,5.4.7,8 = 50,84m1

50,84m1 = 1825,2
m1 = 1825,2

50,84

m1 = 35,9 g (aproximadamente)

3º) (UFMS) Em meio aquoso, uma solução 0,13 mol.L-1 de glicose a – 23ºC é isotônica de uma solução
de cloreto de cálcio a 27ºC. Sabendo-se que o fator de Van’t Hoff (i) é igual a [1+ (q-1)] e que o grau
de dissociação iônica do sal é de 80%, calcule a concentração em quantidade de matéria da solução de
cloreto de cálcio. Para efeito de resposta, expresse o resultado em mmol.L-1, com dois algarismos
significativos.

O exercício apresenta dados de duas soluções: glicose e cloreto de cálcio.

Concentração em mol/L da solução de glicose = 0,13 mol.L-1

π da solução de glicose = ?

Temperatura da solução de glicose = -23 oC (em Kelvin, é igual a 250 K)

R = 0,082

Temperatura da solução de cloreto de cálcio = 27oC (em Kelvin, é igual a 300 K)

π da solução de cloreto de cálcio = ?

grau de ionização ou dissociação do cloreto de cálcio = 80%


Para determinar a concentração em quantidade de matéria do cloreto de cálcio, devemos fazer o
seguinte:

Passo 1: determinar a pressão osmótica da solução de glicose.

π = M.R.T

π = 0,13.0,082.250

π = 2,665 atm

A pressão osmótica da solução de glicose foi calculada porque ela é isotônica da solução de cloreto de
cálcio. Assim sendo, a pressão osmótica do cloreto de cálcio é igual a 2,665 atm.

Passo 2: cálculo da massa molar do cloreto de cálcio.

Para isso, basta multiplicar a massa de cada elemento pela sua quantidade de átomos na fórmula
química e depois somar os resultados:

M1 = 1.40 + 2.35,5

M1 = 40 + 71

M1 = 111 g/mol

Passo 3: determinar o fator de correção de Van't Hoff do CaCl2, já que ele é um soluto iônico.
Para tal, vamos utilizar o grau de dissociação do sal fornecido (80%) e o número de íons liberados (q),
que é 3, já que temos apenas um átomo de Ca e dois de Cl, os quais são liberados durante a
dissociação:

i = 1 + (q-1)

i = 1 + 0,8.(3-1)

i = 1 + 0,8. (2)

i = 1 + 1,6

i = 2,6

Passo 4: calcular a concentração em quantidade de matéria (mol/L) da solução de cloreto de cálcio.

π = M.R.T.i

2,665 = M.0,082.300.2,6

2,665 = M.63,96

M = 2,665

63,96
M = 0,041666mol/L

ou

M = 0,042 mol/L (aproximadamente)

Passo 5: converter o resultado para mmol/L.

Para isso, basta multiplicar o resultado por 100:

M = 0,042 mol/L.1000

M = 42 mmol/L

Lei de Raoult

Estabeleceu a diferença entre o abaixamento da pressão máxima de vapor da solução (p) e a pressão
máxima de vapor do solvente (p2). Essa diferença é definida como abaixamento absoluto (Δp). Para
determiná-lo, utilizamos a seguinte expressão:

Δp = p2- p

A relação entre o abaixamento absoluto e a pressão máxima de vapor do solvente foi denominada de
abaixamento relativo da pressão máxima de vapor e é expressada pela fórmula:

Δp = X1

P2
- X1 é a fração molar do soluto.

Observação: Para calcular a fração molar do soluto, utilizamos a seguinte fórmula:

X1 = n1

- n1 = número de mol do soluto;

- n = número de mol da solução, que é dado por:

n = n1 + n2

Lei de Babo

O barão Von Babo em seus estudos descobriu que o abaixamento relativo da pressão máxima de
vapor não varia com a temperatura. De acordo com ele, apenas o abaixamento absoluto, a pressão
máxima de vapor do solvente e a pressão máxima de vapor da solução sofrem essa variação.

Por meio das fórmulas de abaixamento absoluto e relativo, outras fórmulas foram deduzidas, com as
quais podemos trabalhar o cálculo do efeito tonoscópico. São elas:

1) Fórmula que relaciona as pressões máximas de vapor e a fração molar do solvente (X2).

p = p2.X2

Observação: Para calcular a fração molar do soluto, utilizamos a seguinte fórmula:


X2 = n2

- n2 = número de mol do solvente.

2) Fórmula que relaciona o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor com a molalidade (W):

Δp = Kt. W

p2

— Kt = constante tonoscópica. Para calculá-la, utilizamos a seguinte relação:

Kt = M2

1000

— M2 é a massa molar do solvente utilizado.

— Já o W significa molalidade, que pode ser calculada pela seguinte fórmula:

W= m1

M1.m2

- m1 = massa do soluto;

- m2 = massa do solvente;
- M1 = massa molar do soluto.

3) Fórmula que relaciona o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor com a molalidade em
soluções com solutos iônicos:

Δp = Kt. W.i

p2

O i é o fator de correção de Van't Hoff, que é calculado da seguinte forma:

i = 1 + α.(q-1)

α = grau de ionização;

q = número de cátions e ânions na fórmula da substância.

Veremos agora alguns exemplos de utilização dessas fórmulas:

1) Determine a pressão máxima de vapor em uma solução que foi preparada adicionando-se 0,1 mol
de NaCl e 0,90 mol de H2O. Dados: p2 da água igual a 3,2 Kpa.

Dados do exercício:

p=?

n1 = 0,10 mol

n2 = 0,90 mol
Com esses dados, encontramos o n (número de mol da solução).

n = n1 + n2

n = 0,1 + 0,2

n = 1 mol

- Como temos apenas os números de mol e a pressão máxima de vapor da água, para achar a pressão
de vapor da solução, utilizaremos a expressão:

p = p2.X2

- Calculando o X2:

X2 = n2

X2 = 0,9

X2 = 0,9

- Em seguida, calcularemos p:

p = p2.X2

p = 3,2 . 0,9

p = 2,88 Kpa.
2) Em uma solução aquosa de concentração molal igual a 0,1 molal, o ácido sulfúrico (H2SO4)
encontra-se 75% dissociado. Calcule o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor nessa
solução. Dados: M2 = 18g/mol.

- Dados do exercício:

α = 75 % ou 0,75

W = 0,1 molal

Δp = ?

p2

M2 = 18g/mol

- Como foi dado o alfa, vamos inicialmente calcular o i:

i = 1 + 0,75.(3-1)

i = 1 + 0,75.(2)

i = 1 + 1,5

i = 2,5

- Calculando o Kt:

Kt = M2

1000

Kt = 18
1000

Kt = 0,018

- Para finalizar, utilizaremos a fórmula do abaixamento relativo com o i:

Δp = Kt. W.i

p2

Δp = 0,018. 0,1.2,5

p2

Δp = 0,0045

p2

Por Me. Diogo Lopes Dias

Integral Imprópria

1. Introdução

As integrais impróprias são o resultado da aplicação da teoria dos limites à teoria de integrais. Os
exercícios que envolvem integrais impróprias requerem habilidades na integração e no cálculo de
limites.

Integrais definidas em que um ou ambos os limites de integração tendem ao infinito não podem ser
resolvidas por meio da Fórmula de Newton-Leibniz, visto que esta requer o cálculo da primitiva em
valores determinados. Tais integrais são chamadas integrais impróprias. Antes de prosseguir com o
assunto será revista alguns conceitos fundamentais neste item.
1.1. Soma de Riemann

Soma de Riemann é a soma da área do gráfico de uma função, curva ou gráfico formada por vários
retângulos cuja as bases são formadas por a = x0 < x1 < x2 ... < x7 = b e altura t1, t2 ... t7. Esta área é
uma aproximação da área delimitada por uma função, curva ou gráfico através de retângulos.

Área = Σ f(x).Δx. Calcula-se a área de cada retângulo e soma-se todas essas áreas juntas para
aproximar ao valor de área pretendido para a função em questão.

Dada uma função f limitada num intervalo [a,b], e uma partição P = {xo = a < x1 < x2 < ... < xn-2 < b =
xn} desse intervalo, uma soma de Riemman é

1.2. Teorema Fundamental do Cálculo

Antes de prosseguir com o assunto vamos rever esse teorema, pois irá facilitar a compreensão de
integral imprópria.

I) Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e seja x qualquer número neste intervalo.

Se F for uma função definida por , então F'(x) = f(x)

Análise:

F(x): é a primitiva da função f(x), também chamada de antiderivada de f(x), repare que, ƒF'(x)dx = F(x)
+ C → F'(x) = f(x), F(x) é uma família de f(x).

O processo de obtenção de F(x) pode ser chamada de antidiferenciação.

Exemplo:

Se f(x) = x³/3, então sua derivada é: f'(x) = 3x²/3 = x². Nesse caso, uma das anti-derivadas de x² é x³/3.

Conclusão: a antiderivação é o processo pelo qual operamos a diferencial de uma função para
encontrar a sua exata função primitiva.
II) Se f uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e seja F uma primitiva de f. Então:

Este segundo teorema estabelece uma conexão entre as integrais indefinidas e as integrais definidas.
Esta conexão é a fórmula também conhecida como fórmula de Newton-Leibniz.

1.3. Função Logarítmo Natural

Mais um revisão que facilitará a compreensão.

f(x) = loge b se, e somente se, eb = x

f(x) = Inx

Propriedades

Seja x, y ∈ (0,+∞)

1) In1 = 0

2) In(x.y) = In(x) + In(y)

3) In(1/x) = -In(x)

4) In(x/y) = In(x) - In(y)

5) In(xn) = n.In(x)

1.3.1. Derivada da Função Logarítmica Natural

Seja f(x) a função logarítmica, isto é, f(x) = In(x)

Partindo da definição de derivada tem-se:


Como f(x) = In(x), substituindo:

Por questão de praticidade, será usado h no lugar de Δx e y no lugar de f(x), isso é comum em cálculo.
Usando as propriedades dos logaritmos, a equação acima pode ser escrita como:

Usando uma variável auxiliar, v=h/x, e verificando que, se h tende a zero, o mesmo ocorre com v,
assim:

Como a função logaritmo é contínua para valores de v maiores que zero, o limite do logaritmo é o
logaritmo do limite, assim:

O limite entre parênteses, como também você já deve ter visto (ver nota ao lado), é:

Como In(e)=1, pois é a base do logaritmo neperiano, então, finalmente, temos que:

Faça o gráfico da função e verifique que, em torno de zero, a função tem o valor 2,71828 que é a base
dos logaritmos neperianos (e).

1.3.2. Pelo Teorema Fundamental do Cálculo

Aplicando o Teorema Fundamental do Cálculo a função logarítmica natural temos:

Teorema:, então F'(x) = f(x)

Portanto:
Calculado no item 1.2.1:, integrando os dois lados tem-se:

1.3.3. Função logaritmo natural , também chamada de função neperiano é:

In(0,+∞) → ℜ

x |→ In(x) =

Gráfico de 1/t:

Podemos definir a função logaritmo natural como sendo uma área. Por exemplo para 1 ≤ x ≤ 2.5,
temos o gráfico:

Fazendo o cálculo experimentalmente acha-se o mesmo resultado para a integral da função


logarítmica natural e a intragral da diferencial da função f(t) = 1/t.

1.4. Formas indeterminadas

Forma indeterminada

Forma de limite:

0/0

∞/∞

1.5. Teoremas Fundamentais do Cálculo Diferencial

Os teoremas de Rolle, de Lagrange, de Cauchy e a regra de L’Hospital são os quatro teoremas


fundamentais do cálculo diferencial e são úteis no estudo das funções reais de variável real.

1.5.1. Teoremas de Rolle

Este teorema dá condições sufucuentes para a existência de um número crítico.


Se f é contínua em um intervalo fechado [a,b] e diferenciável no intervalo aberto (a,b) e se f(a) = f(b),
então f'(c) = 0 para ao menos um número c em (a,b).

Corolário

Se f é contínua em um intervalo fechado [a,b] e se f(a) = f(b), então f tem ao menos um ponto crítico
no intervalo aberto (a,b).

Definição: Um número c no domínio de uma função f é um número crítico de f se f'(c) = 0 ou f'(c) não
existe.

1.5.2. Teorema de Lagrange ou do Valo Médio

Se f é contínua em um intervalo fechado [a,b] e diferenciável no intervalo aberto (a,b), então existe
um número c em (a,b) tal que

1.5.3. Fórmula de Cauchy

Se f e g são contínuas em [a,b] e diferenciáveis em (a,b) e se g'(x) ≠ 0 para todo x em (a,b), então
existe um número w em (a,b) tal que

1.5.5. Regra de L'Hôspital

Usada para determinar limites de quocientes em que ambos, numerador e denominador, tendem
para 0, ou ambos tendem para ∞ ou -∞.
Sejam f e g diferenciáveis em um intervalo aberto (a,b) contendo c, exceto possivelmente no próprio
c. Se f(x)/g(x) tem a forma indeterminada 0/0 ou ∞/∞ em x = c e se g'(x) ≠ 0 para x ≠ c, então desde
que exista, ou

2. Integral Imprópria

O conceito de integral definida só vale para função contínua num intervalo fechado e limitado, porém,
a fórmula para calcular a área do gráfico pode ser adaptada para funções impróprias.

Há dois tipos ou espécies de funções impróprias:

- Uma integral definida é dita imprópria quando a função tem uma descontinuidade infinita em [a;b].

A função integranda é descontínua em um ponto c tal que c ∈ [a, b].

- Uma integral definida é dita imprópria quando o intervalo de integração é infinito.

Funções definidas em intervalos do tipo [a, +∞), (−∞, b] ou (−∞, +∞), ou seja para todo x ≥ a ou x ≤ b
ou para todo x ∈ R, respectivamente.

As integrais destas funções são chamadas integrais impróprias. As integrais impróprias são de grande
utilidade em diversos ramos da Matemática como por exemplo, na solução de equações diferenciais
ordinárias via transformadas de Laplace e no estudo das probabilidades, em Estatística.

2.1. Integral Imprópria com Descontinuidade Infinita

Analisaremos, a partir de agora, algumas situações que permitem a extensão dos conceitos de integral
definida fazendo uso, inicialmente, dos conhecimentos do cálculo de áreas sob curva. Para
exemplificar, tomemos a seguinte função:

f(x) = x², 1 < x ≤ 2

Embora sendo y = f(x) contínua no intervalo dado, o conceito de área sob curva não pode ser aplicado
uma vez que a função dada não está definida num intervalo fechado. Mas observe que para um
númerro α ∈ ]1,2] tem-se o intervalo fechado [α,2], portanto para esse intervalo vale a propriedade
da soma da área do gráfico, pois, abrange o conceito de integral definida.

Como o valor de α foi escolhido arbitrariamente no intervalo ]1,2], pode-se aproximá-lô o mais
próximo possível de 1 quanto queiramos. Vale dizer que está implícita, neste fato, a noção de limite e,
assim, podemos definir para o caso em questão o seguinte:
Definição

Seja y = f(x) uma função contínua em ]a,b], e c um número, tal que, a < c ≤ b. Nessas condições, se
existir o limite e o mesmo for finito:

então existirá a Integral Imprópria de y = f(x) de a até b, denotada por e além disso:

Quando a Integral Imprópria existe dizemos, também, que ela é Convergente. Em caso contrário
dizemos que a Integral Imprópria é Divergente. Definições similares à Definição anterior podem ser
formuladas para funções contínuas em intervalos da forma [a,b[ e ]a,b[, assim como para intervalos
nos quais um dos extremos, ou os dois, forem infinitos. Para o caso em que a função está definida
num intervalo aberto, seja de extremos finitos ou não, deve-se tomar um cuidado especial, como o
exemplo a seguir irá esclarecer.

Exemplo

Dada a função f(x) = x² + 1, definida no intervalo ]1,3[, calcular a integral imprópria de 1 até 3.

A solução, para casos como esses, envolve a escolha de um valor qualquer no intervalo ]1,3[ e o
cálculo da integral imprópria como soma de duas outras integrais, também, impróprias. Para tanto,
seja c um número tal que 1 < c < 3 e, assim, teremos:

As integrais do segundo membro da igualdade anterior são ambas impróprias, sendo a primeira
referente ao intervalo ]1,c] e a segunda ao intervalo [c,3[. Como a escolha de c é livre podemos,
por exemplo, tomar c = 2 e, assim, teremos:

ou para ]1,c...,2,...d,3[ ou 1 < c < 2 < d < 3.

Assim:
Observe que o conceito de integral imprópria está embasado no conceito de integral definida.

Exemplo

Exemplo:

Regra: deve-se apenas um problema por integral e sempre num extremo.

- Se o problema é em c pertencente ao interior do intervalo [a,b], sendo convergente se ambos o


forem (sendo o seu valor a soma).

- Se o problema é em ambos os extremos,

com d ∈ ]a,b[, sendo convergente se ambos o forem (sendo o seu valor a soma).

2.2. Integrais Definidas em Intervalos Ilimitados

Antes de enunciar as definições estudemos o seguinte problema: Calcular a área da região A


determinada pelo gráfico de y =1/x², x ≥ 1 e o eixo dos x.

Primeiramente note que a região A é ilimitada e não é claro o significado de "área"de uma tal região.
2.2.1. Integral Imprópria com Intervalo de Integração Infinito

Seja f uma função integrável em todo o subintervalo fechado e limitado de [a,+∞[, isto é, todo [a,β],
com β ≥ a.

Chama-se integral imprópria da função f em [a,+∞[ a integral

Caso o limite exista e seja finito, diz-se que o integral impróprio é convergente, sendo esse seu valor.

Caso contrário, isto é, se o limite não existe ou não for finito, diz-se que o integral impróprio é
divegente.

Observação: Nas condições da definição anterrior, é simplesmente , sendo F o integral indefinido de f.

Integral de Dirichlet

Analogamente:

Seja f uma função integrável em todo o subintervalo fechado e limitado de ]-∞, b], isto é, todo [α,b],
com α ≤ b.

Chama-se integral imprópria da função f em ]-∞, b] a integral

Caso o limite exista e seja finito, diz-se que o integral impróprio é convergente.

Caso contrário, isto é, se o limite não existir ou não for finito, diz-se que o integral impróprio é
divergente.

Definição: Seja f uma função integrável em todo o intervalo fechado e limitado de R. Diz-se que o
integral impróprio é convergente se, para algum c ∈ R, forem convergentes ambos os integrais
impróprios

Nesse caso,

Se algum dos integrais imprópros for divergente, é divergente.


Nota 1: Nunca se trabalha com dois problemas num integral impróprio, parte´se de modo a termos
um problema por integral.

Nota 2: Se ambos os integrais forem divergente, por definição é divergente.

Nota 3: É fácil verificar que a converrgência ou divergência de , bem como o seu valor, é independente
do valor c considerado.

2.3. Integrais Impróprios Mistos

Se o integral impróprio for misto, ou seja, se o intervalor for ilimitado e a função for ilimitada nesse
intervalo, aplica-se o raciocínio anterior de modo a termos sempre um problema por integral e
sempre num extremo.

O integral impróprio misto é convergente se todos os integrais impróprios em que foi decomposto o
forem (e o seu valor será a soma do valor desses integrais).

Se algum dos integrais impróprios em que foi decomposto for divergente, o integral impróprio misto é
divergente.

Se algum dos integrais impróprios em que foi decomposto for divergente, o integral impróprio misto é
divergente.

3. Propriedades Algébricas

Proposição: Se f e g são funções integráveis em todo o intervalo [a,β], com β ≥ a, então:

1. se são convergente, tem-se que é convergente e

2. se é convergente e c ∈ R, tem-se é convergente e

Observação: Tal como no caso das séries:

- se um dos integrais é convergente e o outro divergente, então a soma é divergente.

- se ambos os integrais são divergentes, nada se pode cocluir.


Note-se esta situação não entra em contradição com a definição de . São questões diferentes.

Observação: Propriedades análogas são válidas para os outros casos de integrais impróprias.

3. Testes de Comparação

Muitas vezes não podemos resolver uma integral imprópria diretamente, então tentamos
primeiramente determinar se ela é convergente ou divergente. Caso ela seja convergente, podemos
utilizar métodos numéricos para resolvê-la de forma aproximada. Para auxiliar nesta tarefa de decidir
se a integral converge ou diverge alguns teoremas podem ser utilizados.

Critérios de Convergência

Proposição (Primeiro Critério de Comparação)

Sejam f: [a.+∞[ → R, g: [a, +∞[ → R funções integráveis em qualquer intervalo [a,β], com β ≥ a, tais
que

0 ≤ f(x) ≤ g(x), ∀x ∈ [a, +∞[

Então

1. seconvegente ⇒ convergente;

e≤

2. se divergente ⇒ divergente.

Proposição (Segundo Critério de Comparação)

Sejam f: [a.+∞[ → R, g: [a, +∞[ → R funções integráveis em qualquer intervalo [a,β], com β ≥ a, tais
que

f(x) ≥ 0 e g(x) > 0, ∀x ∈ [a, +∞[ e

Então, são da mesma natureza, isto é, são ambos convergentes ou ambos divergentes.

Observação: Mais, do 1º Critério de comparação resulta que:


a) se γ = 0,

1. convegente ⇒ convergente;

2. divergente ⇒ divergente.

a) se γ = +∞,

1. convegente ⇒ convergente;

2. divergente ⇒ divergente.

Convergência Absoluta

Definição: Seja f uma função integrável em todo o intervalo [a,β], com β ≥ a.

O integral impróprio diz-e absolutamente convegente se o integral impróprio for convergente.

Se for convergente e for divergente, diz-se simplesmente convergente.

Proposições e definições análogas (propriedades algébricas, critérios de comparação, observação


correspondente e definição de convergência absoluta) são válidas para os restantes dos casos de
integrais impróprieas (mas sempre com um único problema):

Proposição (Primeiro Critério de Comparação)

Sejam dois integrais impróprios, da mesma espécie e relativamente ao mesmo limite de integração,
tais que

0 ≤ f(x) ≤ g(x), ∀x ∈ ]a, b[.

Então

1. divergente ⇒ divegente;

2. convergente ⇒ convergente.

Proposição (Segundo Critério de Comparação)


Sejam dois integrais impróprios, de 1ª ou 2ª espécie, relativamente ao limite superior x = b
(respectivamente, limite inferior x = a) tais que f(x) ≥ 0 e g(x) > 0, ∀x ∈ [a, +∞[

Então, são da mesma natureza, isto é, são ambos convergentes ou ambos divergentes.

Exemplos Muito Úteis

Sendo a e b reais, com a > b, tem-se que

Definição: Seja um integral impróprio de 1ª ou 2ª espécie.

Este integral diz-se absolutamente convergnte se o integral impróprio for convergente.

Proposição: Seja um integral impróprio de 1ª ou 2ª espécie.

Se é absolutamente cconvergente, então também é convegente.

Critério do Integral

Proposição: Seja f: [1, +∞[ → R, uma função contínua, positiva e decrescente neste intervalo.

Considerando a sucessão de termo geral an = f(n), tem-se que

a série é convergente se o integral é convegente.

Calcule as seguintes integrais impróprias

5) Calcule a área da região, no primeiro quadrante, determinada pelo gráfico de y = 2-x, o eixo dos x e
à direita do eixo dos y.

7) Calcule a área da região limitada por f(x) =

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