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Objectivos………………………………………………………………………………………………………………………………………….1
Resumo Teórico…………………………………………………………………………………………………………………………………2
Massa Reduzida………………………………………………………………………………………………………………………………….3
Exercício resolvido………………………………………………………………………………………………………………………………4
Objectivos
O presente trabalho tem como principal objectivo estudar a massa reduzida de um
sistema de duas partículas sujeitas a uma força de interacção a partir da lei de Newton.
Resumo Teórico
O objectivo central deste trabalho é a abordagem sobre a Massa Reduzida de um Sistema de Duas
Partículas, mas, para melhor compreensão do tema que se pretende abordar, estudar-se-á de forma
breve o movimento do centro de massa de um sistema de partícula, primeiro.
No movimento de translação de um corpo, um dos seus pontos, à medida que o tempo passa, sofre o
mesmo deslocamento que qualquer outro, de tal maneira que o movimento de uma partícula é o
movimento de todo o corpo; mesmo quando o corpo roda ou vibra, enquanto se desloca, há um ponto
no corpo, chamado cento de massa, que se desloca da mesma maneira que se deslocaria em única
partícula sujeita ao mesmo sistema de forças externas.
O centro de massa de um sistema de partículas é o ponto que se move como se toda a massa do
sistema estivesse concentrada nesse ponto e todas as forças externas estivessem aplicadas nesse
ponto.
Quando as massas são independentes da sua velocidade, a posição do centro de massa, para um
sistema de duas partículas, é dada por:
𝑚1 ⃗⃗⃗⃗
𝑟1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗
𝑟2
𝑟⃗𝐶𝑀 =
𝑚1 + 𝑚2
Se as partículas estão distribuídas em duas ou três dimensões, o vector posição do centro de massa
deve ser especificado pelas suas componentes, dadas por:
1 1 1
𝑥𝐶𝑀 = 𝑀 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑥𝑖 𝑦𝐶𝑀 = 𝑀 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑦𝑖 𝑧𝐶𝑀 = 𝑀 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑧𝑖
⃗⃗
𝑟⃗𝐶𝑀 = 𝑥𝐶𝑀 𝑖⃗ + 𝑦𝐶𝑀 𝑗⃗ + 𝑧𝐶𝑀 𝑘
Embora o Centro de Massa seja apenas um ponto geométrico, ele possui além da posição, uma
velocidade e aceleração. As equações de velocidade (1) e a de aceleração (2) do centro de massa
são descritas abaixo:
𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗+𝑚
𝑣1 2 ⃗⃗⃗⃗⃗…+𝑚
𝑣2 ⃗⃗𝑛
𝑛𝑣 𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗+𝑚
𝑎1 2 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗+𝑚
𝑎2 ⃗⃗𝑛
𝑛𝑎
𝑣⃗𝐶𝑀 = (1) 𝑎⃗𝐶𝑀 = (2)
𝑚1 +𝑚2 …+𝑚𝑛 𝑚1 +𝑚2 +⋯𝑚𝑛
Embora o CM seja um ponto geométrico, ele move-se como uma partícula de massa igual à massa
total do sistema; se considerarmos uma força externa, a equação vectorial que descreve o movimento
de um sistema de partículas, segundo a 2ª lei de Newton, é:
Onde:
𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 é 𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑐𝑡𝑢𝑎𝑚 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎, 𝑀 é 𝑎 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎,
𝑒 𝑎⃗𝐶𝑀 é 𝑎 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎.
Esta equação é equivalente a três equações envolvendo as componentes de 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 e de 𝑎⃗𝐶𝑀 em relação
aos três eixos coordenados:
𝑚1 ⃗⃗⃗⃗
𝑟1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗
𝑟2 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑟⃗𝑛
𝑟⃗𝐶𝑀 = ↔ 𝑀𝑟⃗𝐶𝑀 = 𝑚1 ⃗⃗⃗⃗
𝑟1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗
𝑟2 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑟⃗𝑛
𝑚1 + 𝑚2 … + 𝑚𝑛
𝑀𝑎⃗𝐶𝑀 = 𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑎1 + 𝑚2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑎2 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑎⃗𝑛
De acordo com a 2ª lei de Newton, 𝑚𝑖 𝑎⃗𝑖 é igual à força resultante 𝐹⃗𝑖 que age sobre a partícula de
ordem 𝑖. Portanto:
Entre as forças que contribuem para o lado direito da equação acima estão as forças que as
partículas do sistema exercem umas sobre as outras (forças internas) e as forças exercidas sobre as
partículas por agentes externos (forças externas). De acordo com a 3ª Lei de Newton, as forças
internas formam pares do tipo acção-reacção que se anulam mutuamente na soma do lado direito da
equação. O que resta é a soma vectorial das forças externas que actuam no sistema, assim, a
equação traduz-se em:
𝑀𝑎⃗𝐶𝑀 = 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠,𝑒𝑥𝑡 𝑐. 𝑞. 𝑑
Define-se Momento Linear 𝑃⃗⃗ de um sistema de partículas como sendo o vector soma dos momentos
lineares das partículas individuais do sistema:
𝑛 𝑛
⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑠 = ∑ 𝑃⃗⃗𝑖 = ∑ 𝑚𝑖 𝑣⃗𝑖
𝑖=1 𝑖=1
É sabido que: ∑𝑛
𝑖=1 𝑚𝑖 𝑣
⃗𝑖 = 𝑀𝑣⃗𝐶𝑀 ,Então:
⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑠 = 𝑀𝑣⃗𝐶𝑀
Podendo se afirmar, assim, que o momento linear de um sistema de partículas é igual ao produto da
massa total do sistema pela velocidade do centro de massa.
Por outro lado, taxa de variação com o tempo do momento linear de uma partícula é igual à força
resultante que actua sobre a partícula e tem a mesma direcção que essa força:
⃗⃗⃗⃗𝑠
𝑑𝑃
𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 =
𝑑𝑡
Em palavras, a equação acima afirma que a força resultante 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 aplicada a uma partícula faz variar o
seu momento linear 𝑃⃗⃗. Na verdade o momento linear só pode variar se a partícula estiver sujeita a
uma força, em outro caso a velocidade da partícula será constante, não terá aceleração, logo o
momento linear é constante e a sua derivada, a força resultante, será nula.
É por essa razão que no estudo de um sistema de partículas não se consideram as forças internas,
pois essas forças, por se anularem, não fazem variar o seu momento linear, o momento linear é
constante e a força, que é a derivada do momento linear, é nula.
𝑑𝑃⃗⃗
𝐹⃗𝑟𝑒𝑠 = 0 ↔ = 0 ↔ 𝑃⃗⃗ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑡
Há situações em que se pode considerar o momento linear constante sem que as forças externas
sejam nulas. Essas situações dão-se quando as forças que intervêm são forças impulsivas (forças
interiores de grande intensidade e de muita curta duração, acuam em intervalos de tempo muito
curtos). Esses são os casos de colisões, por exemplo, em que mesmo que a velocidade das
partículas varie, o momento linear conserva-se.
Focalizando agora no objectivo central do trabalho, far-se-á agora o estudo da massa reduzida.
MASSA REDUZIDA (𝝁)
⃗⃗⃗⃗res = 0)
Considera-se um sistema isolado (F formado por duas partículas que interactuam entre si.
Sobre a partícula de massa 𝑚1 actua a força 𝐹⃗12 , e sobre a partícula de massa 𝑚2 actua a força 𝐹⃗21 .
Ambas as forças são iguais e de sentidos contrários.
𝑚1 𝑎⃗1 = 𝐹⃗12
𝑚2 𝑎⃗2 = 𝐹⃗21
Pela 3ª Lei de Newton, como 𝐹⃗12 e 𝐹⃗21 são forças de acção-reacção, tem-se 𝐹⃗12 = −𝐹⃗21 , então 𝐹⃗12 +
𝐹⃗21 = 0, a força resultante que actua no sistema é nula, o que significa que a aceleração do centro de
massa também é nula. Podendo-se afirmar que o centro de massa de um sistema isolado move-se
com velocidade constante. 𝑣⃗𝐶𝑀 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒.
Tendo 𝐹⃗12 e 𝐹⃗21 , o problema de dois corpos pode ser reduzido a um problema de um só corpo, para
isso, calcula-se a aceleração relativa 𝑎⃗12 = 𝑎⃗1 − 𝑎⃗2 :
𝐹⃗12 𝐹⃗21
𝑎⃗1 − 𝑎⃗2 = −
𝑚1 𝑚2
O que em palavras quer dizer que o movimento relativo de duas partículas submetidas unicamente a
sua interacção mútua em relação a um observador inercial é equivalente ao movimento de uma
partícula de massa igual à massa reduzida do sistema e sob uma força igual a de interação.
1 1 1 1 1
= + + +⋯+
𝜇 𝑚1 𝑚2 𝑚3 𝑚𝑛
Mas no caso de duas partículas, como se pretende estudar, a massa reduzida é definida por:
1 1 1 𝑚1 𝑚2
= + ↔ 𝜇=
𝜇 𝑚1 𝑚2 𝑚1 + 𝑚2
A massa reduzida (𝜇) realmente tem a dimensão de massa e terá sempre o seu valor menor do que
qualquer das massas , 𝑚1 ou 𝑚2 individualmente, ou seja, 𝜇 < 𝑚1 e 𝜇 < 𝑚2 .
RESOLUCAO DE EXERCICIOS
Resolução
a) Dados:
𝑚𝟏 = 2𝑘𝑔 ; 𝑚2 = 3𝑘𝑔
1
Pois: 𝑣2,𝑥 = −𝑣2 cos 60° = 4 × 2 = 2 𝑚⁄𝑠 𝑒 𝑣2,𝑦 = 𝑣2 sin 60° = 4 × = 2√3 𝑚⁄𝑠
√3
2
𝑚1 ⃗⃗⃗⃗⃗+𝑚
𝑣1 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2 2.5𝑖⃗+3(−2𝑖⃗+2√3𝑗⃗) 10𝑖⃗−6𝑖⃗+6√3𝑗⃗ 4𝑖⃗+6√3𝑗⃗ 𝑚
b) 𝑣⃗𝐶𝑀 = = = = ⁄𝑠
𝑚1 +𝑚2 2+3 5 5
4𝑖⃗ 6√3𝑗⃗
𝑣⃗𝐶𝑀,𝑥 = 𝑒 𝑣⃗𝐶𝑀,𝑦 =
5 5
𝑚1 𝑚2 2×3 6
c) 𝜇= = = 𝑘𝑔
𝑚1 +𝑚2 2+3 5
Bibliografia
http://www.ual.es/~mnavarro/Tema2Dinamicadeunsistemadeparticulas.pdf;
Quando um determinado solvente recebe um soluto não volátil, sua temperatura de ebulição tende a
aumentar, porque o soluto dissolvido passa a dificultar o rompimento das interações entre as
moléculas de água e sua passagem consequente para o estado de vapor.
Os cálculos envolvendo ebulioscopia são realizados através da utilização de fórmulas que apresentam
como base o aumento ou variação da temperatura de ebulição do solvente (Δte), representada
abaixo:
Δte = t - t2
Na qual,
Δte = Ke.W
Na qual,
W = molalidade
Obs.: Caso o exercício não forneça a molalidade, podemos utilizar sua fórmula para encontrá-la,
fórmula essa que apresenta massa do soluto (m1), massa molar do soluto (M1) e massa do solvente
(sempre em quilogramas).
W = m1
M1.m2
Δte = Ke.m1
M1.m2
Obs.: Caso o soluto não volátil seja de natureza iônica (ou seja, capaz de sofrer ionização ou
dissociação), devemos multiplicar o fator de correção de Vant' Hoff (clique aqui e relembre o que é
esse fator) na fórmula dos cálculos envolvendo ebulioscopia:
Δte = Ke.W.i
a) 4,0 g.mol
b) 4,0 g.mol–1
c) 4,0 kg.mol–1
d) 40 kg.mol–1
e) 40 g.mol–1
⇒ Dados do exercício:
massa do solvente (m2) = 20g, porém deve ser sempre trabalhada em Kg (dividir a massa em g por
1000), logo, teremos 0,02Kg
Ke = 0,52°C (mol/Kg)–1
M1 = ?
⇒ O exercício forneceu dados suficientes para utilizarmos a expressão matemática para cálculo em
ebulioscopia abaixo:
t - t2 = Ke.m1
M1.m2
M1.0,02
1,04 = 0,832
M1.0,02
1,04.M1.0,02 = 0,832
0,0208.M1 = 0,832
M1 = 0,832
0,0208
M1 = 40 g.mol–1
Exemplo 2: (UECE) Seguindo os passos do químico francês François-Marie Raoult (1830-1901),
pesquisando sobre o efeito ebuliométrico nas soluções, um estudante de química dissolveu 90 g de
glicose (C6H12O6) em 400 g de água e aqueceu o conjunto. Sabendo que Ke da água = 0,52 ºC/mol,
depois de algum tempo, a temperatura inicial de ebulição por ele encontrada foi:
a) 99,85 ºC.
b) 100,15 ºC.
c) 100,50 ºC.
d) 100,65 ºC.
⇒ Dados do exercício:
massa do solvente (m2) = 400g, porém deve ser sempre trabalhada em Kg (dividir a massa em g por
1000), logo, teremos 0,4Kg
M1 = 72 + 12 + 96
M1 = 180g/mol
⇒ Com os dados fornecidos pelo exercício, basta utilizarmos a expressão matemática para cálculos
envolvendo a ebulioscopia abaixo:
Δte = Ke.m1
M1.m2
t - t2 = Ke.m1
M1.m2
t – 100 = 0,52.90
180.0,4
t – 100 = 0,52.90
180.0,4
t – 100 = 46,8
72
t – 100 = 0,65
t = 0,65 + 100
t = 100,65 oC
Um líquido atinge seu ponto de ebulição (PE) quando a temperatura a que ele é submetido é
suficiente para que sua pressão máxima de vapor iguale-se à pressão atmosférica que está sobre a
superfície do líquido. Nessa situação, o vapor consegue sair e subir para a atmosfera.
Se o líquido for submetido a pressões atmosféricas diferentes (lugares com altitudes diferentes), o
ponto de ebulição sofrerá alteração. Quanto maior for a pressão atmosférica, maior deverá ser a
pressão máxima de vapor, o que resultará em aumento do ponto de ebulição. O contrário também é
verdadeiro: quanto menor for a pressão atmosférica, menor será a pressão máxima de vapor, o que
resultará em um ponto de ebulição menor.
A tabela a seguir traz a variação do ponto de ebulição da água em regiões com diferentes altitudes
(pressões atmosféricas diferentes):
Local
PE da Água
71 oC
100 oC
Acima de 100 oC
Dentro de uma panela de pressão (alta pressão interna, maior que ao nível do mar)
Em torno de 120 oC
Se adicionarmos um soluto não volátil a um determinado solvente, como o sal na água, o resultado
será uma consequente alteração de seu ponto de ebulição, já que a pressão máxima de vapor do
solvente mudará (sofrerá uma diminuição). A presença do soluto é um fator que dificulta a
vaporização do solvente, exigindo assim um maior aquecimento para que a vaporização aconteça.
Sendo assim, se colocarmos sal na água que está cozinhando uma porção de batatas, o ponto de
ebulição sofrerá um aumento, fazendo com que as batatas sejam cozinhadas em uma temperatura
maior, o que consequentemente acelerará o cozimento.
A ebuliometria, assim como a criometria, é regida pela lei do francês François M. Raoult:
“O cálculo ebulioscópico deve-se à elevação ebulioscópica do ponto de ebulição, que, por sua vez, é
dada pela diferença entre o ponto de ebulição do solvente em uma solução pelo seu próprio ponto de
ebulição”
Δte = variação da temperatura de ebulição ou elevação do ponto de ebulição sofrida pelo solvente;
Δte =Ke .W
W= m1
M1.m2
m1 = massa do soluto;
m2 = massa do solvente;
1000.Lv
Caso o solvente tenha recebido um soluto não volátil iônico, é necessário utilizar o fator de correção
de Van't Hoff na fórmula da ebuliometria:
i = 1 + α.(q-1)
α = grau de ionização;
Dados do exercício
m1 = 171g
m2 = 250g ou 0,25 Kg
t = 101 oC
Ke = 0,5
Como a molalidade não foi dada e o exercício pede a massa molecular, vamos condensar a fórmula da
molalidade na fórmula do cálculo ebulioscópico:
Δte = Ke.W
W = m1
M1. M2
t-t2 = Ke.m1
M1.m2
M1.0,25
1.M1.0,25 =0,5.171
M1.0,25 = 85,5
M1 = 85,5
0,25
M1 = 342 g/ mol
(UEL) Uma solução aquosa de glicose apresenta concentração 0,50 molal. Qual é a elevação do ponto
de ebulição da água, em °C. Dado: Constante de ebulioscopia molal da água = 0,52°C/molal.
Dados do exercício:
W = 0,5 molal
Δte = ?
Ke = 0,52
Δte = Ke.W
Δte = 0,52.0,5
Δte = 0,26 oC
(PUC-PR) Uma solução de 16g de brometo de cálcio (CaBr2) em 800g de água eleva de 0,13°C o ponto
de ebulição dessa solução (Ke = 0,52). O grau de dissociação do brometo de cálcio é: (Dados: M do
CaBr2 = 200 g/mol)
Dados do exercício
m1 = 16g
m2 = 800g ou 0,8 Kg
Δte = 0,13 oC
Ke = 0,52
Como o exercício pede o alfa, inicialmente vamos achar o i pela fórmula da ebulioscopia com o fator
de Van't Hoff:
Δte = Ke.m1 .i
M1.m2
0,13 = 0,52.16.i
200.0,8
20,8 = 8,32.i
i = 20,8
8,32
i = 2,5
i = 1+ α.(q-1)
2,5 = 1+ α .(3-1)
2,5-1 = 2 α
1,5 = α
α = 0,75 ou 75 %
a) 80%.
b) 85%.
c) 90%.
d) 95%.
Ver Resposta
QUESTÃO 2
(Acafe-SC) Foi dissolvida uma determinada massa de etanol puro em 200 g de acetona, acarretando
um aumento de 0,86 ºC na temperatura de ebulição da acetona. Dados: H: 1 g/mol, C: 12 g/mol, O: 16
g/mol; constante ebulioscópica molal da acetona (Keb) = 1,72 ºC.Kg.mol–1.
a) 0,86 g
b) 5,8 g
c) 2,3 g
d) 4,6 g
Ver Resposta
QUESTÃO 3
Tentando seguir os passos do químico francês François-Marie Raoult (1830-1901) sobre a pesquisa em
relação ao efeito ebuliométrico nas soluções, um aluno resolveu realizar um experimento no qual
dissolveu 360 g de glicose (C6H12O6) em 850 g de água. Logo em seguida, ele aqueceu a mistura
durante certo tempo e verificou constantemente o termômetro. Sabendo que o Ke da água é 0,52
ºC/mol, qual foi a temperatura em que a água entrou em ebulição durante esse experimento? Dados:
massa molar da água = 180 g/mol.
a) 100,122 ºC.
b) 101,22 ºC.
c) 102,12 ºC.
d) 102,21 ºC.
Ver Resposta
QUESTÃO 4
a) 113,09 g.mol
b) 131,09 g.mol–1
c) 119,03 kg.mol–1
d) 191,03 kg.mol–1
e) 119,03 g.mol–1
Ver Resposta
RESPOSTAS
Questão 1
Dados do exercício:
ke = 0,52 ºC/mol
Passo 1: Inicialmente devemos calcular a massa molar do cloreto de cálcio, cuja fórmula iônica é
CaCl2:
M1 = 1.40 + 2.35,5
M1 = 40 + 71
M1 = 111 g/mol
A fórmula do cloreto de cálcio é CaCl2, logo, temos a presença de um cátion cálcio (Ca) e dois ânions
cloreto (Cl). Assim, o valor de q para esse sal é 3.
Passo 3: Relembrar a fórmula do fator de Van't Hoff, que utiliza o grau de dissociação.
i = 1 + α.(q-1)
Δte = ke.W.i
3,016 = 1,04.[1 + 2α ]
2,08α = 1,976
2,08α = 1,976
2,08
α = 0,95
Para calcular a porcentagem, basta multiplicar o resultado encontrado para o 2,08α por 100:
α = 0,95 . 100
α = 95%.
Voltar a questão
Questão 2
Dados do exercício:
ke = 1,72 ºC.Kg.mol–1
Inicialmente devemos calcular a massa molar da acetona, cuja fórmula molecular é C2H6O:
M1 = 46 g/mol
Agora basta utilizar os dados fornecidos e a massa molar calculada na expressão a seguir:
Δte = ke.W
Δte = ke.m1
M1.m2
0,86 = 1,72.m1
46.0,2
0,86.46.0,2 = 1,72.m1
1,72.m1 = 7,912
m1 = 7,912
1,72
m1 = 4,6 g
Voltar a questão
Questão 3
Dados do exercício:
ke = 0,52 ºC/mol
Δte = ke.W
t-t2 = ke.m1
M1.m2
t-100 = 0,52.360
180.0,85
t-100 = 187,2
153
t-100 = 1,22
t = 1,22 + 100
t = 101,22 oC
Voltar a questão
Questão 4
Letra b).
Dados do exercício:
Massa do soluto (m1) = 5,4 g
ke = 0,52 ºC/mol
Δte = ke.W
t-t2 = ke.m1
M1.m2
M1.m2
1,68 = 0,52.360
M1.0,85
1,68.M1.0,85 = 0,52.360
1,428.M1 = 187,20
M1 = 187,2
1,428
M1 = 131,09 g.mol-1
Voltar a questão
As propriedades coligativas estudam o efeito dos solutos não voláteis em uma solução, fato esse que
não é diferente na osmoscopia (propriedade que estuda a relação entre pressão osmótica e osmose).
Os cálculos na osmoscopia envolvem vários aspectos importantes, sendo o mais relevante deles a
pressão osmótica. Denomina-se de pressão osmótica a força exercida pela solução menos
concentrada sobre a membrana semipermeável, ou seja, é a força contrária à ocorrência da osmose.
Veja um exemplo:
A solução 1 é menos concentrada que a solução 2, ou seja, na solução 1, temos uma maior quantidade
de água em relação à quantidade de sal (NaCl). Por essa razão, parte da água da solução 1 atravessa a
membrana semipermeável em direção à solução 2. Esse fenômeno é o que chamamos de osmose.
Durante a ocorrência da osmose, a solução 2 começa a exercer uma força (pressão osmótica) sobre a
membrana semipermeável para tentar evitar a passagem do solvente. A pressão osmótica é
representada pela letra grega pi (π).
π = M.R.T
π = pressão osmótica;
M = concentração em mol/L;
R = constante geral dos gases (0,082 para atm e 62,3 para mmHg);
T = temperatura em Kelvin.
Dica: Para converter uma temperatura em graus Celsius para Kelvin, basta somar o valor com 273.
Essa fórmula é utilizada apenas quando o soluto presente na solução estudada é molecular, ou seja, o
soluto não sofre ionização nem dissociação.
Quando a solução é formada por um soluto não volátil de natureza iônica, ou seja, que sofre o
fenômeno da ionização ou dissociação, devemos utilizar a fórmula descrita acima da seguinte forma:
π = M.R.T.i
O i é o fator de correção de Van't Hoff, o qual deve ser calculado pela seguinte equação:
i = 1 + α.(q-1)
Solução isotônica
π1 = π2
Solução hipertônica
É a solução (solução 1) cuja pressão osmótica é maior que a da outra solução (solução 2):
π1 > π2
Solução hipotônica
É a solução (solução 1) cuja pressão osmótica é menor que a da outra solução (solução 2):
π1 < π2
Exemplos
1º) (PUC-RS) Eventualmente, a solução 0,30 M de glicose é utilizada em injeção intravenosa, pois tem
pressão osmótica próxima à do sangue. Qual a pressão osmótica, em atmosferas, da referida solução
a 37 °C?
a) 1,00
b) 1,50
c) 1,76
d) 7,63
e) 9,83
π=?
Para determinar a pressão osmótica, basta utilizar os valores fornecidos na expressão a seguir:
π = M.R.T
π = 0,3.0,082.310
π = 7,626 atm
ou
2º) (Hermânio Ometto-SP) O sangue humano tem pressão osmótica 7,8 atm. a 37º C. A massa
aproximada de cloreto de sódio que deve ser dissolvida em água, suficiente para preparar 4 litros de
solução isotônica, a ser usada nessa temperatura é:
a) 9 g
b) 18 g
c) 27 g
d) 36 g
e) 45 g
Volume da solução = 4 L
π = 7,8 atm
Temperatura = 37oC, mas, em Kelvin, é igual a 310 K
Para isso, basta multiplicar a massa de cada elemento pela sua quantidade de átomos na fórmula
química e depois somar os resultados:
M1 = 1.23 + 1.35,5
M1 = 23 + 35,5
M1 = 58,5 g/mol
Passo 2: determinar o fator de correção de Van't Hoff do NaCl, já que ele é um soluto iônico.
Para tal, vamos levar em consideração que o grau de dissociação do sal é de 100%, já que não foi
informado, e que o seu número de íons liberados (q) é igual a 2, já que temos apenas um átomo de Na
e um de Cl.
i = 1 + (q-1)
i = 1 + 1.(2-1)
i = 1 + 1. (1)
i=1+1
i=2
Para determinar a massa, basta utilizar os valores fornecidos na expressão a seguir, na qual
substituímos a concentração molar pela massa do soluto dividida pelo produto da massa molar e do
volume:
π = m1 .R.T.i
M1.V
7,8 = m1 . 0,082.310.2
58,5.4
58,5.4.7,8 = 50,84m1
50,84m1 = 1825,2
m1 = 1825,2
50,84
m1 = 35,9 g (aproximadamente)
3º) (UFMS) Em meio aquoso, uma solução 0,13 mol.L-1 de glicose a – 23ºC é isotônica de uma solução
de cloreto de cálcio a 27ºC. Sabendo-se que o fator de Van’t Hoff (i) é igual a [1+ (q-1)] e que o grau
de dissociação iônica do sal é de 80%, calcule a concentração em quantidade de matéria da solução de
cloreto de cálcio. Para efeito de resposta, expresse o resultado em mmol.L-1, com dois algarismos
significativos.
π da solução de glicose = ?
R = 0,082
π = M.R.T
π = 0,13.0,082.250
π = 2,665 atm
A pressão osmótica da solução de glicose foi calculada porque ela é isotônica da solução de cloreto de
cálcio. Assim sendo, a pressão osmótica do cloreto de cálcio é igual a 2,665 atm.
Para isso, basta multiplicar a massa de cada elemento pela sua quantidade de átomos na fórmula
química e depois somar os resultados:
M1 = 1.40 + 2.35,5
M1 = 40 + 71
M1 = 111 g/mol
Passo 3: determinar o fator de correção de Van't Hoff do CaCl2, já que ele é um soluto iônico.
Para tal, vamos utilizar o grau de dissociação do sal fornecido (80%) e o número de íons liberados (q),
que é 3, já que temos apenas um átomo de Ca e dois de Cl, os quais são liberados durante a
dissociação:
i = 1 + (q-1)
i = 1 + 0,8.(3-1)
i = 1 + 0,8. (2)
i = 1 + 1,6
i = 2,6
π = M.R.T.i
2,665 = M.0,082.300.2,6
2,665 = M.63,96
M = 2,665
63,96
M = 0,041666mol/L
ou
M = 0,042 mol/L.1000
M = 42 mmol/L
Lei de Raoult
Estabeleceu a diferença entre o abaixamento da pressão máxima de vapor da solução (p) e a pressão
máxima de vapor do solvente (p2). Essa diferença é definida como abaixamento absoluto (Δp). Para
determiná-lo, utilizamos a seguinte expressão:
Δp = p2- p
A relação entre o abaixamento absoluto e a pressão máxima de vapor do solvente foi denominada de
abaixamento relativo da pressão máxima de vapor e é expressada pela fórmula:
Δp = X1
P2
- X1 é a fração molar do soluto.
X1 = n1
n = n1 + n2
Lei de Babo
O barão Von Babo em seus estudos descobriu que o abaixamento relativo da pressão máxima de
vapor não varia com a temperatura. De acordo com ele, apenas o abaixamento absoluto, a pressão
máxima de vapor do solvente e a pressão máxima de vapor da solução sofrem essa variação.
Por meio das fórmulas de abaixamento absoluto e relativo, outras fórmulas foram deduzidas, com as
quais podemos trabalhar o cálculo do efeito tonoscópico. São elas:
1) Fórmula que relaciona as pressões máximas de vapor e a fração molar do solvente (X2).
p = p2.X2
2) Fórmula que relaciona o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor com a molalidade (W):
Δp = Kt. W
p2
Kt = M2
1000
W= m1
M1.m2
- m1 = massa do soluto;
- m2 = massa do solvente;
- M1 = massa molar do soluto.
3) Fórmula que relaciona o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor com a molalidade em
soluções com solutos iônicos:
Δp = Kt. W.i
p2
i = 1 + α.(q-1)
α = grau de ionização;
1) Determine a pressão máxima de vapor em uma solução que foi preparada adicionando-se 0,1 mol
de NaCl e 0,90 mol de H2O. Dados: p2 da água igual a 3,2 Kpa.
Dados do exercício:
p=?
n1 = 0,10 mol
n2 = 0,90 mol
Com esses dados, encontramos o n (número de mol da solução).
n = n1 + n2
n = 0,1 + 0,2
n = 1 mol
- Como temos apenas os números de mol e a pressão máxima de vapor da água, para achar a pressão
de vapor da solução, utilizaremos a expressão:
p = p2.X2
- Calculando o X2:
X2 = n2
X2 = 0,9
X2 = 0,9
- Em seguida, calcularemos p:
p = p2.X2
p = 3,2 . 0,9
p = 2,88 Kpa.
2) Em uma solução aquosa de concentração molal igual a 0,1 molal, o ácido sulfúrico (H2SO4)
encontra-se 75% dissociado. Calcule o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor nessa
solução. Dados: M2 = 18g/mol.
- Dados do exercício:
α = 75 % ou 0,75
W = 0,1 molal
Δp = ?
p2
M2 = 18g/mol
i = 1 + 0,75.(3-1)
i = 1 + 0,75.(2)
i = 1 + 1,5
i = 2,5
- Calculando o Kt:
Kt = M2
1000
Kt = 18
1000
Kt = 0,018
Δp = Kt. W.i
p2
Δp = 0,018. 0,1.2,5
p2
Δp = 0,0045
p2
Integral Imprópria
1. Introdução
As integrais impróprias são o resultado da aplicação da teoria dos limites à teoria de integrais. Os
exercícios que envolvem integrais impróprias requerem habilidades na integração e no cálculo de
limites.
Integrais definidas em que um ou ambos os limites de integração tendem ao infinito não podem ser
resolvidas por meio da Fórmula de Newton-Leibniz, visto que esta requer o cálculo da primitiva em
valores determinados. Tais integrais são chamadas integrais impróprias. Antes de prosseguir com o
assunto será revista alguns conceitos fundamentais neste item.
1.1. Soma de Riemann
Soma de Riemann é a soma da área do gráfico de uma função, curva ou gráfico formada por vários
retângulos cuja as bases são formadas por a = x0 < x1 < x2 ... < x7 = b e altura t1, t2 ... t7. Esta área é
uma aproximação da área delimitada por uma função, curva ou gráfico através de retângulos.
Área = Σ f(x).Δx. Calcula-se a área de cada retângulo e soma-se todas essas áreas juntas para
aproximar ao valor de área pretendido para a função em questão.
Dada uma função f limitada num intervalo [a,b], e uma partição P = {xo = a < x1 < x2 < ... < xn-2 < b =
xn} desse intervalo, uma soma de Riemman é
Antes de prosseguir com o assunto vamos rever esse teorema, pois irá facilitar a compreensão de
integral imprópria.
I) Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e seja x qualquer número neste intervalo.
Análise:
F(x): é a primitiva da função f(x), também chamada de antiderivada de f(x), repare que, ƒF'(x)dx = F(x)
+ C → F'(x) = f(x), F(x) é uma família de f(x).
Exemplo:
Se f(x) = x³/3, então sua derivada é: f'(x) = 3x²/3 = x². Nesse caso, uma das anti-derivadas de x² é x³/3.
Conclusão: a antiderivação é o processo pelo qual operamos a diferencial de uma função para
encontrar a sua exata função primitiva.
II) Se f uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e seja F uma primitiva de f. Então:
Este segundo teorema estabelece uma conexão entre as integrais indefinidas e as integrais definidas.
Esta conexão é a fórmula também conhecida como fórmula de Newton-Leibniz.
f(x) = Inx
Propriedades
Seja x, y ∈ (0,+∞)
1) In1 = 0
3) In(1/x) = -In(x)
5) In(xn) = n.In(x)
Por questão de praticidade, será usado h no lugar de Δx e y no lugar de f(x), isso é comum em cálculo.
Usando as propriedades dos logaritmos, a equação acima pode ser escrita como:
Usando uma variável auxiliar, v=h/x, e verificando que, se h tende a zero, o mesmo ocorre com v,
assim:
Como a função logaritmo é contínua para valores de v maiores que zero, o limite do logaritmo é o
logaritmo do limite, assim:
O limite entre parênteses, como também você já deve ter visto (ver nota ao lado), é:
Como In(e)=1, pois é a base do logaritmo neperiano, então, finalmente, temos que:
Faça o gráfico da função e verifique que, em torno de zero, a função tem o valor 2,71828 que é a base
dos logaritmos neperianos (e).
Portanto:
Calculado no item 1.2.1:, integrando os dois lados tem-se:
In(0,+∞) → ℜ
x |→ In(x) =
Gráfico de 1/t:
Podemos definir a função logaritmo natural como sendo uma área. Por exemplo para 1 ≤ x ≤ 2.5,
temos o gráfico:
Forma indeterminada
Forma de limite:
0/0
∞/∞
Corolário
Se f é contínua em um intervalo fechado [a,b] e se f(a) = f(b), então f tem ao menos um ponto crítico
no intervalo aberto (a,b).
Definição: Um número c no domínio de uma função f é um número crítico de f se f'(c) = 0 ou f'(c) não
existe.
Se f é contínua em um intervalo fechado [a,b] e diferenciável no intervalo aberto (a,b), então existe
um número c em (a,b) tal que
Se f e g são contínuas em [a,b] e diferenciáveis em (a,b) e se g'(x) ≠ 0 para todo x em (a,b), então
existe um número w em (a,b) tal que
Usada para determinar limites de quocientes em que ambos, numerador e denominador, tendem
para 0, ou ambos tendem para ∞ ou -∞.
Sejam f e g diferenciáveis em um intervalo aberto (a,b) contendo c, exceto possivelmente no próprio
c. Se f(x)/g(x) tem a forma indeterminada 0/0 ou ∞/∞ em x = c e se g'(x) ≠ 0 para x ≠ c, então desde
que exista, ou
2. Integral Imprópria
O conceito de integral definida só vale para função contínua num intervalo fechado e limitado, porém,
a fórmula para calcular a área do gráfico pode ser adaptada para funções impróprias.
- Uma integral definida é dita imprópria quando a função tem uma descontinuidade infinita em [a;b].
Funções definidas em intervalos do tipo [a, +∞), (−∞, b] ou (−∞, +∞), ou seja para todo x ≥ a ou x ≤ b
ou para todo x ∈ R, respectivamente.
As integrais destas funções são chamadas integrais impróprias. As integrais impróprias são de grande
utilidade em diversos ramos da Matemática como por exemplo, na solução de equações diferenciais
ordinárias via transformadas de Laplace e no estudo das probabilidades, em Estatística.
Analisaremos, a partir de agora, algumas situações que permitem a extensão dos conceitos de integral
definida fazendo uso, inicialmente, dos conhecimentos do cálculo de áreas sob curva. Para
exemplificar, tomemos a seguinte função:
Embora sendo y = f(x) contínua no intervalo dado, o conceito de área sob curva não pode ser aplicado
uma vez que a função dada não está definida num intervalo fechado. Mas observe que para um
númerro α ∈ ]1,2] tem-se o intervalo fechado [α,2], portanto para esse intervalo vale a propriedade
da soma da área do gráfico, pois, abrange o conceito de integral definida.
Como o valor de α foi escolhido arbitrariamente no intervalo ]1,2], pode-se aproximá-lô o mais
próximo possível de 1 quanto queiramos. Vale dizer que está implícita, neste fato, a noção de limite e,
assim, podemos definir para o caso em questão o seguinte:
Definição
Seja y = f(x) uma função contínua em ]a,b], e c um número, tal que, a < c ≤ b. Nessas condições, se
existir o limite e o mesmo for finito:
então existirá a Integral Imprópria de y = f(x) de a até b, denotada por e além disso:
Quando a Integral Imprópria existe dizemos, também, que ela é Convergente. Em caso contrário
dizemos que a Integral Imprópria é Divergente. Definições similares à Definição anterior podem ser
formuladas para funções contínuas em intervalos da forma [a,b[ e ]a,b[, assim como para intervalos
nos quais um dos extremos, ou os dois, forem infinitos. Para o caso em que a função está definida
num intervalo aberto, seja de extremos finitos ou não, deve-se tomar um cuidado especial, como o
exemplo a seguir irá esclarecer.
Exemplo
Dada a função f(x) = x² + 1, definida no intervalo ]1,3[, calcular a integral imprópria de 1 até 3.
A solução, para casos como esses, envolve a escolha de um valor qualquer no intervalo ]1,3[ e o
cálculo da integral imprópria como soma de duas outras integrais, também, impróprias. Para tanto,
seja c um número tal que 1 < c < 3 e, assim, teremos:
As integrais do segundo membro da igualdade anterior são ambas impróprias, sendo a primeira
referente ao intervalo ]1,c] e a segunda ao intervalo [c,3[. Como a escolha de c é livre podemos,
por exemplo, tomar c = 2 e, assim, teremos:
Assim:
Observe que o conceito de integral imprópria está embasado no conceito de integral definida.
Exemplo
Exemplo:
com d ∈ ]a,b[, sendo convergente se ambos o forem (sendo o seu valor a soma).
Primeiramente note que a região A é ilimitada e não é claro o significado de "área"de uma tal região.
2.2.1. Integral Imprópria com Intervalo de Integração Infinito
Seja f uma função integrável em todo o subintervalo fechado e limitado de [a,+∞[, isto é, todo [a,β],
com β ≥ a.
Caso o limite exista e seja finito, diz-se que o integral impróprio é convergente, sendo esse seu valor.
Caso contrário, isto é, se o limite não existe ou não for finito, diz-se que o integral impróprio é
divegente.
Integral de Dirichlet
Analogamente:
Seja f uma função integrável em todo o subintervalo fechado e limitado de ]-∞, b], isto é, todo [α,b],
com α ≤ b.
Caso o limite exista e seja finito, diz-se que o integral impróprio é convergente.
Caso contrário, isto é, se o limite não existir ou não for finito, diz-se que o integral impróprio é
divergente.
Definição: Seja f uma função integrável em todo o intervalo fechado e limitado de R. Diz-se que o
integral impróprio é convergente se, para algum c ∈ R, forem convergentes ambos os integrais
impróprios
Nesse caso,
Nota 3: É fácil verificar que a converrgência ou divergência de , bem como o seu valor, é independente
do valor c considerado.
Se o integral impróprio for misto, ou seja, se o intervalor for ilimitado e a função for ilimitada nesse
intervalo, aplica-se o raciocínio anterior de modo a termos sempre um problema por integral e
sempre num extremo.
O integral impróprio misto é convergente se todos os integrais impróprios em que foi decomposto o
forem (e o seu valor será a soma do valor desses integrais).
Se algum dos integrais impróprios em que foi decomposto for divergente, o integral impróprio misto é
divergente.
Se algum dos integrais impróprios em que foi decomposto for divergente, o integral impróprio misto é
divergente.
3. Propriedades Algébricas
Observação: Propriedades análogas são válidas para os outros casos de integrais impróprias.
3. Testes de Comparação
Muitas vezes não podemos resolver uma integral imprópria diretamente, então tentamos
primeiramente determinar se ela é convergente ou divergente. Caso ela seja convergente, podemos
utilizar métodos numéricos para resolvê-la de forma aproximada. Para auxiliar nesta tarefa de decidir
se a integral converge ou diverge alguns teoremas podem ser utilizados.
Critérios de Convergência
Sejam f: [a.+∞[ → R, g: [a, +∞[ → R funções integráveis em qualquer intervalo [a,β], com β ≥ a, tais
que
Então
1. seconvegente ⇒ convergente;
e≤
2. se divergente ⇒ divergente.
Sejam f: [a.+∞[ → R, g: [a, +∞[ → R funções integráveis em qualquer intervalo [a,β], com β ≥ a, tais
que
Então, são da mesma natureza, isto é, são ambos convergentes ou ambos divergentes.
1. convegente ⇒ convergente;
2. divergente ⇒ divergente.
a) se γ = +∞,
1. convegente ⇒ convergente;
2. divergente ⇒ divergente.
Convergência Absoluta
Sejam dois integrais impróprios, da mesma espécie e relativamente ao mesmo limite de integração,
tais que
Então
1. divergente ⇒ divegente;
2. convergente ⇒ convergente.
Então, são da mesma natureza, isto é, são ambos convergentes ou ambos divergentes.
Critério do Integral
Proposição: Seja f: [1, +∞[ → R, uma função contínua, positiva e decrescente neste intervalo.
5) Calcule a área da região, no primeiro quadrante, determinada pelo gráfico de y = 2-x, o eixo dos x e
à direita do eixo dos y.