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LOPES, M. A. A Imagem da Realeza: simbolismo monárquico no antigo regime.

São Paulo: Ática, 1994.

Genealogia do absolutismo

O Estado absolutista está posto como consequência do desenvolvimento do sistema


capitalista. (LOPES, 1994, p. 11).

“Via de regra, a monarquia francesa teve na Igreja uma aliada quase permanente.
(LOPES, 1994, p. 15).

“De fato, a jurisprudência romana, ao contribuir para acelerar o processo de


centralização do moderno Estado Nacional, representou um dispositivo ágil e incisivo
nas mãos dos legistas no ponto de viragem do sistema feudal à era dos reis.” (LOPES,
1994, p. 17).

A Guerra dos Cem Anos e a decolagem da monarquia

“[...]conflito feudal que opôs França e Inglaterra por mais de cem anos.” (LOPES,
1994, p. 18).

“[...]a guerra estimulou o sentimento de fidelidade ao rei que se apresentou como o


símbolo mais visível e legítimo da nação francesa.” (LOPES, 1994, p. 18).

“A constituição de um exército nacional representou um fator vital para o


estabelecimento e consolidação do Estado absolutista francês, tendo em vista ter se
tornado a guerra nos séculos XVI e XVII uma prática econômica comum.” (LOPES,
1994, p. 20-21).

Caminhos do absolutismo na França moderna


Os cardeais Richelieu e Mazarin, ministros dos reis, Luís XIII e Luís XIV,
respectivamente, durante o século XVII, foram responsáveis pelo fortalecimento da
monarquia francesa, então, como ato da providência divina. (LOPES, 1994, p. 30).

Dimensões simbólicas do pensamento político

“Para Eric Voegelin1, ao longo dos processos de desenvolvimento das sociedades


humanas todo grupo encontra uma forma de particular de auto-explicação da própria
natureza política e razão última de sua existência. [...] a cristandade ocidental, em fins
da Idade Média, constitui-se num caso sui generis de auto-interpretação da ordem
política.” (LOPES, 1994, p. 33).

O governo está revestido de caráter sacramental, especialmente advindo do


pensamento agostiniano de “cidade terrena e celestial”. (LOPES, 1994, p. 33,34).

Nos séculos XIV e XV, por meio de uma crença mística emprestada da linguagem
religiosa, é absorvido no rei e seus súditos, o mesmo sentido da união mística da igreja
e Cristo, de modo a ser reverenciado como o cabeça. (LOPES, 1994, p. 35-37).

“A Revolução Francesa romperá a um só tempo com a Igreja e com a monarquia, com


a religião e com uma longa tradição política; nesse sentido, a revolução representa
uma ruptura dramática coma a própria história ao dar as costas a valores que a
civilização francesa cultuara durante séculos”. (LOPES, 1994, p. 40).

O império da glória

Legenda camponesa – “né pour la peine” (nascido para o problema), utilizada como
emblema da Revolução Francesa, é o mais claro mostrador da penúria do
campesinato francês ao longo de todo o Regime Antigo. (LOPES, 1994, p. 52).

Século XVII – Grand siècle – verdadeiras pérolas da literatura francesa – Molière,


Pascal, Bossuet e La Bruyère – Brilho da cultura letrada. (LOPES, 1994, p. 53).

1 Nueva ciência de la política. Madrid, Rialp, 1970.


“Dois [...] fatores ajudam a caracterizar o ethos desta sociedade revelando a
formatação cultural sob a qual esteve imersa: em primeiro lugar, as distinções sociais
e os privilégios de sangue; em seguida o seu caráter rural uma vez que mais de 95%
da população do reino vive no campo.” (LOPES, 1994, p. 55). Século XVII

“[...] o primeiro lugar na sociedade urbana torna-se cada vez mais da burguesia
comercial, a grande alavanca do desenvolvimento econômico da França.” (LOPES,
1994, p. 55).

Conclusão

“O poder absolutista insere-se numa tal ordenação. O poder absoluto dos reis
franceses foi produto tanto de um processo de ‘aceleração’ da economia, motivada
pela expansão europeia [sic], quando de tensões políticas e sociais cuja resposta
histórica, ao nível político, foi a centralização e consolidação do Estado Moderno.
Foram as desinteligências do poder monárquico com o papado e as fricções com
movimentos sociais e políticos como as revoltas nobiliárquicas, as guerras
camponesas, a Reforma e toda uma série de fatores agregados e conjugados a esses
que acabaram por suscitar uma aspiração geral a um poder forte, garante tanto a
ordem social quanto das facções de classe hegemônicas no Antigo Regime.” (LOPES,
1994, p. 72).

“Em seu próprio tempo a monarquia absoluta foi recebida como uma forma superior
de governo por sua capacidade em assegurar a paz interna e mobilizar homens e
recursos para defesa e engrandecimento da nação.” (LOPES, 1994, p. 72).

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