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Em meados do século XIX, os progressos técnicos ganharam um carácter mais científico. Exigiam
sólidos conhecimentos teóricos e a concorrência cada vez maior entre as várias empresas do mesmo
ramo obrigava a uma actualização permanente de tecnologias de fabrico. Neste contexto, os
institutos e as universidades assumiam um papel cada vez mais fundamental, formando
engenheiros, investigadores e cientistas que eram responsáveis pelos progressos na química, na
mecânica e na física. Estes progressos cumulativos vão permitir avanço industrial, que aliados ao
desenvolvimento científico e técnico, permitiram o aparecimento de novas indústrias e produtos,
tornando possível uma produção mais eficaz, aumentado os lucros, expandindo o mercado e
desenvolvendo a indústria.
A concentração Industrial
O desenvolvimento industrial implicou a necessidade de capitais que permitissem desenvolver a
tecnologia, novos materiais, construir fábricas, instalar máquinas e modernizar empresas. Estes
capitais obtinham-se através de empréstimos bancários e da associação de duas ou mais empresas.
Estas associações tinham como objectivo garantir lucros elevados, assegurar posições de mercado
dominantes e evitar a concorrência. Esta dinâmica capitalista deu origem a dois tipos de
concentração: as verticais e as horizontais. A Concentração Vertical caracterizava.se pela integração
de todas as fases de produção na mesma empresa. Foi utilizada sobretudo na indústria metalúrgica e
deu origem a grandes monopólios. Já a Concentração Horizontal caracterizava-se pela associação
de empresas para eliminar a concorrência e controlar áreas de negócios com vista a dominar o
mercado, originando a formação de Carteis na Europa. A combinação destes dois tipos de
concentração deu origem a gigantescas multinacionais que expandiram os seus negócios por todo o
mundo.
A concentração bancária
Os bancos desempenharam um papel primordial no crescimento económico do século XIX. Era a
sua actividade que permitia a movimentação das enormes somas envolvidas no comércio
internacional e tornava possível, graças ao crédito, a fundação, ampliação e modernização das
indústrias. Assistiu-se então: - Ao forte crescimento dos bancos mais poderosos e à falência dos
pequenos bancos; - À constituição de grupos económicos (concentração bancária), que financiam
empresas (participação directamente no desenvolvimento industrial) e controlam outros sectores da
economia; - Condução à afirmação do capitalismo financeiro.
O aumento da concorrência colocou aos empresários duas questões fundamentais: produzir com
qualidade e a baixo preço. Tornava-se necessário rentabilizar todos os recursos materiais e
humanos. É neste contexto que surge um método rigoroso de trabalho nomeado de Taylorismo (de
Frederic Winslow Taylor). Assentava na divisão máxima do trabalho, seccionando-o em pequenas
tarefas elementares e encadeadas. Cada operário faria apenas uma tarefa, chegando as peças até si
por tapetes rolantes. Era cronometorizada, e completava-se com a do operário seguinte. Desta forma
permitia o baixo custo e tempo de produção, um ritmo de trabalho mais rápido, aumentado o luco
da empresa. Este método, apesar do aumento do lucro, trazia consequências negativas como a perda
de criatividade (que resultava numa produção maciça de objectos iguais, perfeitamente
estandardizados) e problemas de saúde (cansaço, stress, tiques), fazendo destes apenas máquinas
humanas autónomas. Para compensar o trabalho duro e incentivar os operários, os empresários
aumentavam os salários e diminuíam os horários de trabalho, aumentando o seu nível de vida
(Fordismo).
A França
- Processo de industrialização a partir de 1830-1840; - Industrialização feita a par do
desenvolvimento dos caminhos de fero; - Indústria têxtil foi o sector de arranque; - Siderurgia
desenvolveu-se tardiamente devido à falta de recursos; - Domínio da produção de alumínio até
1890; - Desenvolvimento da indústria automóvel; - Artigos de luxo foram a base da indústria
francesa.
Os Estados Unidos passam a liderar a produção industrial. Afirmam-se como primeira potência
mundial no início do século XX.
Japão
Factores que favoreceram o arranque industrial:
- Promovido pelo Imperador Mutsu-Hito;
- Correspondeu à época de abertura ao exterior e ao fim da servidão;
- Forte crescimento demográfico;
- Mão-de-obra barata e disciplinada/ Contratação de uma mão-de-obra estrangeira;
- Alfabetização generalizada da população;
- Incentivo do Estado à modernização/ Facilidade de adaptação ao novo modelo produtivo;
- Existência de capitais e facilidade de concessão de empréstimos;
- Desenvolvimento da siderurgia;
- Desenvolvimento da construção naval;
- Desenvolvimento da indústria de algodão.
O mercado livre determinava os preços e as condições de troca. O mercado era regulado sem
intervenção do Estado ficando apenas submetido às decisões individuais dos que compravam e
vendiam, num mercado que se auto-regulava. O mercado, sujeito a esse jogo de oferta e de procura,
oscilava entre fases de expansão e de crise que, para os defensores do liberalismo, serviam como
mecanismo naturais auto-reguladores do mercado.
As crises do capitalismo eram crises cíclicas que resultavam do liberalismo económico e do excesso
de produção (superprodução), provocando desequilíbrios entre a oferta e a procura. Eram dividas
em duas fases:
1ª fase: - Aumento da oferta e da procura; - Aumento dos preços e dos salários; - Alta do valor das
acções na bolsa; - Aumento do crédito.
No início do século XX, a Europa era o continente mais densamente povoado. O seu crescimento
demográfico teve diversas consequências:
- No plano económico (necessidade de mais subsistências, de mais recursos, aumento da mão-de-
obra e mais consumo);
- Na vida social (mais dificuldades, baixos salários, deslocação das populações).
A sociedade do Antigo Regime foi substituída, no século XIX e XX, por uma sociedade de classes,
que se dividia em dois grandes grupos: a burguesia e o proletariado. A importância de cada uma
dependia da sua profissão: do que se fazia e do que possuía. Nesta sociedade, a burguesia ocupava
lugar de destaque. A burguesia dividia-se em alta, média e baixa- A alta burguesia industrial e
financeira liderava a economia e influenciava o poder político mas também ditava as modas
impondo ao resto da população um certo modelo de vida, os seus valores, e, até mesmo, as suas
formas de diversão. A burguesia defendia princípios como o direito à propriedade, a ideia de
família, a valorização do trabalho e da poupança, mas também o gosto pelo bem-estar e pela
ostentação. Procurava imitar a velha aristocracia mas apresentava a riqueza como fruto do trabalho,
da iniciativa e do esforço pessoais, nada devendo ao privilégio de um nascimento em berço de ouro.
Apontavam o êxito individual e da mobilidade social, nos verdadeiros self-made men. Entre os dois
últimos estratos, situava-se uma numerosa classe média, composta por pequenos e médios
empresários e profissionais liberais, como médicos, engenheiros, advogados, professores e
jornalistas. Nos estratos mais baixos da nova sociedade estava o proletariado, composto pela grande
massa de operários que enchia as cidades.
Ao proclamar-se a igualdade dos homens perante a lei, já não fazia sentido os títulos de nobreza, os
brasões e os demais privilégios judiciais ou fiscais, derivados do nascimento e perpetuados em
diferentes estatutos jurídicos. As distinções entre os homens radicam no poder económico, na
situação profissional, no grau de instrução e cultura, nas opções políticas, nos valores e
comportamento. A mobilidade ascensional na nova sociedade era aberta e fluida, fazendo com que
ser de uma família pobre não bloqueava a ascensão e ser de uma família rica não garantia o usufruto
de uma vida de luxo.
As classes médias eram socialmente conservadoras. Encaravam com desconfiança o operário, cujos
hábitos de contestação lhes repugnavam. Defendiam os ideais de sentido da ordem, de estatuto e das
convenções, o respeito pela hierarquia, o gosto pela poupança, que lhes conferia algum luxo.
Aspiravam a respeitabilidade e a decência e davam grande importância ao seio familiar. Tinham
gosto pelo trabalho, pelo estudo, pela responsabilidade e pelo mérito. Viviam o culto das aparências.
Sindicalismo: Consistiu na criação de associações de trabalhadores para defesa dos seus interesses
profissionais. Os operários contribuíam com as necessárias quotas e os sindicatos propunham-se a
lutar pela melhoria dos salários e das condições de trabalho, recorrendo, se necessário, à greve,
como forma de pressionar a entidade patronal.
Objectivos das lutas grevistas: - Reivindicação do dia de trabalho de 8 horas; - Melhoria dos
salários; - Direito a descanso semanal; - Indemnização do patronato em caso de acidente.
Socialismo Utópico
Distinguiu-se pelas suas propostas de reforma económica e social, que passavam pela recusa da
violência, pela criação de cooperativas de produção e de consumo e pela entrega dos assuntos do
Estado a uma elite de homens esclarecidos que governariam de molde a proporcionarem uma maior
justiça social. P. J. Proudhon chegou mesmo a defender a abolição da propriedade privada e a
abolição do próprio Estado que considerava desnecessário. Preconizava uma autêntica revolução na
economia, através da criação de associações mútuas, onde todos trabalhariam, pondo em comum os
frutos do trabalho. Originar-se-ia, em consequência, uma sociedade igualitária de pequenos
produtores, capazes de assegurarem a melhoria das condições sociais sem luta de classes ou
intervenção do Estado.
Marxismo
A perspectiva marxista concebe a História como uma sucessão de modos de produção
(esclavagismo, feudalismo, capitalismo), sucessão essa devido à luta de classes. A luta de classes
entre proletários e burgueses, devido ao modo de produção capitalista que beneficiava os burgueses,
conduziria à destruição do capitalismo, à implantação da ditadura do proletariado e à construção do
comunismo – a verdadeira sociedade socialista, sem classes, sem propriedade privada e se Estado.
As Internacionais Operárias
Organismo onde estão representadas associações de vários países, tendo em vista a coordenação das
suas actividades. A I Internacional mantinha secções locais nos países industrializados e apoiou
numerosas greves em toda a Europa. Apoiou também a insurreição dos operários da capital
francesa, conhecido por Comuna de Paris. Apesar de os apelos de Marx surtirem efeito e os partidos
de classes operária irromperem, houve teses que se opuseram ao marxismo como os proudhonianos
e os anarquistas (rejeitavam as instituições que ameaçavam a liberdade do indivíduo e defendiam o
associativismo responsável e a repartição equitativa dos bens. Para o derrube do capitalismo,
preconizava a greve geral e o recurso aos atentados terroristas, afastando-se do pacifismo
proudhoniano). Estes desentendimentos levaram à dissolução da I Internacional. Já a II
Internacional viu-se também ameaçada pelo revisionismo alemão (propôs uma evolução pacífica,
gradual e reformista do capitalismo para o socialismo por um clima de entendimento e colaboração
ente os partidos da burguesia) e mais uma vez levou à sua dissolução em 1914.
Conservadorismo
Rigidez e conservadorismo dominavam as sociedades imperiais. As velhas nobrezas mantinham
uma forte implantação nos cargos governativos e no exército, bloqueando a aplicação do princípio
democrático da igualdade de oportunidades. Quanto às Igrejas gozavam de elevada protecção dos
Estados, que as acumulavam de privilégios e não reconheciam a liberdade religiosa.
Colonialismo: Domínio exercido sobre territórios não independentes (as colónias). É a forma de
imperialismo mais completa, já que associa todas as facetas (militar, política, económica e cultural).
As velhas potências colonizadoras como Portugal, a Grã-Bretanha e a França viram-se aliadas a
novos países como a Bélgica, a Alemanha, a Itália, a Rússia, o Japão e os EUA, dominando grande
parte dos territórios da África e da Ásia.
Objectivos do Imperialismo:
- Motivações económicas: as colónias ofereceram as matérias-primas indispensáveis que os estados
europeus viram desaparecer no proteccionismo do final do século XIX. Eram também fonte de
escoamento da produção industrial;
- Pressão demográfica: constituíam alívios para a movimentação profissional;
- Nacionalismo exacerbado: procuravam mostrar a superioridade da potência colonizadora em
questão.
Apesar destes progressos, Portugal mantinha-se aquém da produção europeia. Alida à falta de poder
de compra da maioria dos agricultores, a inovação tecnológica não prosperou. O sector mantinha-se
virado para o mercado externo, o que gerava situações menos satisfatórias para a economia
nacional.
Industrialização
Progressos:
- Criação do ensino industrial;
- Diversificação dos ramos industriais (para além do têxtil, metalúrgico, cerâmico e do vidro
prosperaram os do tabaco, do papel, da moagem, dos fósforos, da indústria corticeira e das
conservas de peixe);
- Cresceu o número de unidades industriais e de operários;
- Registou-se um crescente aperfeiçoamento tecnológico com a importação de máquinas e do
registo de patentes;
- Expansão de sociedades anónimas, revelando uma razoável dinâmica capitalista.
Bloqueios:
- Fraca competitividade internacional;
- Take-off industrial atrasado que condicionou nas condições para aguentar a forte concorrência das
potências europeias;
- Mercado interno nunca se mostrou suficientemente estimulante (falta de poder de compra ou
opção pela produção estrangeira);
- Inexistência ou precariedade de certas matérias-primas e a deficiente preparação dos recursos
humanos;
- Falta de investimento industrial por parte dos capitalistas.
4.1.4 A necessidade de capitais e os mecanismos de dependência
As obras públicas, resultado da política de desenvolvimento da Regeneração, trouxeram graves
problemas a Portugal. Por começar estas obras eram construídas através do investimento
estrangeiro, caindo na sua dependência. O défice das finanças públicas não parava de crescer e os
sucessivos aumentos dos impostos não conseguiam a situação de equilíbrio. Para pagar a dívida,
recorria-se a empréstimos estrangeiros que entravam num ciclo vicioso pois para os pagar
recorriam-se a outros empréstimos estrangeiros, elevando o défice orçamental cada vez mais
crónico.
Mudanças na agricultura:
Procurou-se garantir as condições necessárias para que os produtos nacionais se pudessem afirmar
no mercado externo, interno e nas colónias (relaciona-se com o colonialismo). O comércio colonial
foi um importante pilar no desenvolvimento económico português.
Mudanças na indústria:
Relativamente à indústria, difundiu-se a energia a vapor e avançou-se com a mecanização. As
inovações e tecnologias da segunda revolução industrial foram finalmente utilizadas: a indústria
química e a eletricidade.
A indústria teve então de acompanhar a agricultura, colocando a produção nos mercados.
Outras Remodelações:
-Foram criadas Companhias, melhor preparadas para as oscilações do mercado e onde o capital
financeiro imperava (ligadas ao têxtil, transportes, serviços públicos, bancos, expansão colonial,
etc.);
-Valorizou-se o mercado colonial;
-Verificou-se uma expansão tecnológica, com a difusão da eletricidade, da indústria química e da
mecanização.
4.3 As transformações do regime político na viragem do século
4.3.1 Os problemas da sociedade portuguesa e a contestação da monarquia
A crescente massa urbana aliada aos progressos da instrução e a proliferação dos jornais
contribuíram para a formação da opinião pública, força poderosa que os governos passaram a ter em
conta e que desempenhou nas últimas décadas da monarquia um papel primordial.
Cientismo: Crença no poder absoluto da ciência em todos os aspectos da vida. O cientismo parte de
um estrito racionalismo que considera explicáveis todos os fenómenos, não pondo, por isso, limites
às possibilidades do conhecimento humano. Segundo esta corrente do pensamento, a ciência
constituiria a chave do progresso e da felicidade humana.
5.1.1 O avanço das ciências exactas e a emergência das ciências sociais
Palco de extraordinárias descobertas, o século XIX não se limitou a acrescentar o volume dos
conhecimentos, mas revolucionou também as suas bases:
- Na Química, Mendeleiev elaborou a primeira tabela periódica;
- Na Física, os britânicos Joule e Maxwell formularam com a precisão a teoria cinético-molecular,
onde todos os corpos são formados por partículas dotadas de movimento, cuca intensidade varia
pela acção de factores externos por como, por exemplo, a temperatura. O casal Curie e Henri
Becquerel publicaram sobre a radiactividade, demonstrando que para além de se moverem, os
elementos podiam transformar-se uns aos outros.
- Na biologia, Charles Darwin publicou a “Origem das Espécies”, uma hipótese da evolução das
espécies animais e vegetais e Mendel desvendaria o complexo mecanismo que preside à
transmissão dos caracteres hereditários;
- Na microbiologia e na medicina, os estudos de Louis Pasteur e de Robert Koch, deram melhores
conhecimentos sobre as causas da propagação de doenças;
- A Sociologia nasceu e Émile Durkheim lançou os seus fundamentos na obra “As Regras do
Método Sociológico”;
- Na economia política, Marx tentou tornar “científico” o socialismo utópico;
- A Geografia deixou de ser puramente descritiva, debruçando-se sobre a relação entre homens e o
espaço;
- A História desenvolveu as regras para a selecção e a crítica das suas fontes, na esperança de, desse
modo, reconstituir o passado com toda a exactidão.
5.2 O interesse pela realidade social na literatura e nas artes - as novas correntes estéticas na
viragem do século
5.2.1 O Realismo
Realismo: Movimento cultural que se segue e se opõe ao Romantismo. Cronologicamente, o
Realismo afirma-se cerca de 1850 e prolonga-se, sob várias formas, até à viragem do século.
Influenciado pela corrente positivista, o Realismo rejeita toda a subjectividade, opondo à beleza, ao
refinamento, à elevação moral o simples culto dos factos. Estendendo-se, embora, a vários
domínios, este movimento foi particularmente expressivo na pintura e na literatura.
5.2.3 O simbolismo
Simbolismo: Corrente artística da segunda metade do século XIX que atingiu a sua expressão mais
forte cerca de 1880-1890. O Simbolismo toma como tema o mundo dos pensamentos e dos sonhos,
o sobrenatural e o invisível, adquirindo um carácter hermético e isotérico. Revela um desprezo pelo
mundo industrial (evasão do quotidiano) e rejeita o “culto dos factos”, a simples reprodução da
realidade visível.
Ambos se apaixonaram pela pintura ao ar livre e pelos temas campestres e, no seu regresso,
contagiaram o público português que saudou, com entusiasmo, esta "pintura moderna" e naturalista.
O Naturalismo e Realismo
Em termos genéricos, o Naturalismo confunde-se com o Realismo.
Toma como temas os mesmos motivos retirados da Natureza e da vida quotidiana, detendo-se
especialmente na gente simples e nos momentos de trabalho.
Numa altura em que as paisagens agrestes e a representação de episódios banais tinham já deixado
de chocar o público, o naturalismo português, abstendo-se de ousadias temáticas e subversões
técnicas, transformou-se rapidamente na "arte oficial".
Principais autores
-António Carvalho da Silva Porto
-José Malhoa
-Henrique César de Araújo Pousão
-Columbano Bordalo Pinheiro
-Pintura Naturalista e Realista na Europa
A representação da figura humana foi feita com rigor, respeitando a anatomia das proporções e das
volumetrias e a cor do ambiente. No entanto, o resultado não foi a cópia fiel da realidade, pois esta
pintura agrega, em si, um caráter de intervenção social, demonstrado, inclusive, na seleção dos
temas. É uma pintura de fácil leitura, popular, que atingiu um público vasto.
A pintura naturalista interessou-se pela natureza concreta fora dos ateliers, pelo gosto dos tipos
humanos e por cenas do dia-a-dia. A sua temática reparte-se pelas paisagens, onde as marinhas e as
cenas bucólicas são as mais representadas, pelos ambientes populares ou burgueses e pelos retratos
eivados de algum sentimentalismo, mas sem intenções de compromisso ideológico.