Sei sulla pagina 1di 18

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

Escola Politécnica de Pernambuco

Contabilidade Geral / Contabilidade de Custos

Administração
MH – 2018.1
Grupo 4
Carlos Costa
Douglas Caires
Heitor Ramos
Matheus Aquino
Pedro Vitor
Victor Cabral

Recife,
Junho de 2018
1. Índice
Índice 1

Contabilidade Geral 2
Conceito de Contabilidade 2
Objeto de estudo da contabilidade e seus objetivos 2
Princípios da Contabilidade 3
Usuários da contabilidade 4
Patrimônio 4
Plano de Contas 6
Demonstração dos Resultados do Exercício 7
Apuração do Resultado do Exercício 8

Contabilidade de Custos 10
Introdução 10
Histórico 10
Objetivos 10
Tipos de Custos 11
Contabilidade de Custo x Financeira 11
Vantagens da Contabilidade de Custos 12
Limitações da Contabilidade de Custos 13
Implementação de um sistema de Contabilidade de Custos 13
Exemplo 14

Bibliografia 17

1
2. Contabilidade Geral
2.1. Conceito de Contabilidade
Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações
quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio das entidades. Através dela é
fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas de decisões, tanto dentro
quanto fora da empresa, estudando, registrando e controlando o patrimônio.
Em resumo, a Contabilidade abrange um conjunto de técnicas para controlar
o patrimônio das organizações mediante a aplicação do seu grupo de princípios,
técnicas, normas e procedimentos próprios, medindo, interpretando e informando os
fatos contábeis aos donos das empresas.
Todas as movimentações existentes no patrimônio de uma entidade são
registradas pela Contabilidade, que resume os fatos em forma de relatórios e
entrega-os aos interessados em saber como está indo a situação da empresa.
Através destes relatórios são analisados os resultados alcançados e a partir
daí são tomadas decisões em relação aos acontecimentos futuros. Sendo assim, a
Contabilidade é a responsável pela escrituração e apuração destes resultados e é
só através dela que há condições para se apurar o lucro ou prejuízo em
determinado período.

2.2. Objeto de estudo da contabilidade e seus objetivos

A contabilidade tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades


tenham elas fins lucrativos ou não. No geral, desempenha duas funções:
administrativa e econômica.
Sua função administrativa é controlar o patrimônio visando demonstrar sua
situação em um determinado momento. Como função econômica visa apurar
resultados a fim de demonstrá-los periodicamente independente se positivos ou
negativos.
O grande objetivo da contabilidade é permitir aos usuários a avaliação da
situação econômica e financeira da entidade, estaticamente falando, bem como
fazer inferências sobre tendências futuras. Os objetivos menores, que levam a
alcançar o grande, da contabilidade são:
● Registrar todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em forma
monetária;
● Organizar um sistema de controle financeiro adequado à empresa;
● Demonstrar, com base nos registros realizados, e expor periodicamente por a
situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;
● Analisar os demonstrativos financeiros com a finalidade de apuração dos
resultados obtidos pela empresa;
● Acompanhar a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os
pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros
e alertando para eventuais problemas.
Para que os objetivos sejam alcançados é necessário, primeiramente,
registrar todas as operações que ocorrem na empresa tais como compras, vendas,
recebimentos, pagamentos.

2
2.3. Princípios da Contabilidade

Os Princípios de Contabilidade são regras, doutrinas, essenciais e teorias


que a profissão contábil utiliza para fixar padrões de comparação e de credibilidade
em função do reconhecimento dos critérios adotados para a elaboração das
demonstrações financeiras. Desta forma, as regras gerais da ciência contábil no
Brasil são regidas pelos Princípios de Contabilidade.

São princípios da contabilidade:


● Entidade
● Continuidade
● Oportunidade
● Registro Pelo Valor Original
● Atualização Monetária
● Competência
● Prudência

Princípio da Entidade: Reconhece o Patrimônio como objeto da


Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, ou seja, a Contabilidade deve ter
plena distinção e separação entre pessoa física e pessoa jurídica. Enfim, o
patrimônio da empresa jamais se confunde com o dos seus sócios.

Princípio da Continuidade: O Princípio da Continuidade pressupõe que a


Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a
apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

Princípio da Oportunidade: refere-se ao momento em que devem ser


registradas as variações patrimoniais. Devem ser feitas de forma integra e
tempestiva, independentemente das causas que as originaram, contemplando os
aspectos físicos e monetários. A integridade dos registros é de fundamental
importância para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos
contábeis devem ser registrados.

Princípio do Registro pelo Valor Original: Os componentes do patrimônio


devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior,
expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou
decomposições no interior da entidade.

Princípio da Atualização Monetária: os efeitos da alteração do poder


aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis
através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes
patrimoniais.

Princípio da Competência: As receitas e as despesas devem ser incluídas


na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente
quando se relacionarem, Independentemente de recebimento ou pagamento.

3
Princípio da Prudência: Determina a adoção do menor valor para os
componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do Passivo, sempre
que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. – Visa a prudência na
preparação dos registros contábeis, com a adoção de menor valor para os itens do
ativo e da receita, e o de maior valor para os itens do passivo e de despesa.

2.4. Usuários da contabilidade

São os usuários da contabilidade todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que


tenham interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade.
Esta pode ser empresa, ente de finalidades não lucrativas ou até mesmo patrimônio
familiar. São exemplos de usuários da contabilidade em uma empresa:
● Sócios acionistas;
● Bancos;
● Governo;
● Fornecedores;
● Administradores.

2.5. Patrimônio

Todo o trabalho da contabilidade gira em torno do patrimônio uma vez que a


finalidade dessa é controlar este com o objetivo de obter informações sobre a
composição e variações. Todas as movimentações de possível mensuração
monetária, portanto, são registradas pela contabilidade. Posteriormente tais
registros são resumidos em forma de relatórios contábeis.
O patrimônio, sendo objeto da contabilidade, define-se como o conjunto
formado pelos bens, direitos e obrigações pertinentes a uma pessoa física ou
jurídica e que seja passível de avaliação em moeda.
Pode-se representar o patrimônio da seguinte forma:

PATRIMÔNIO

ATIVO PASSIVO

BENS
OBRIGAÇÕES
DIREITOS

Antes de desenvolver sobre os elementos da tabela acima faz necessário,


primeiramente, explicar a diferença entre pessoa física e jurídica.

4
Pessoa Física é a pessoa natural, registrada no cartório de registro de
pessoas naturais, com direitos e obrigações perante o Estado e a sociedade.
Responde individualmente pelos seus atos.
Pessoa Jurídica é composta por pessoas físicas por meio de um contrato
registrado em cartório e em outros órgãos competentes (Receita Federal, Junta
Comercial, etc.) no qual manifestam um acordo de vontades de praticar determinada
atividade. Pela pessoa jurídica respondem os sócios, e sua extinção se dá por um
acordo entre eles ou por determinação judicial.
Abaixo seguem o desenvolvimento dos termos contidos na tabela acima:
Bens são os itens que a empresa possui para satisfazer suas necessidades
de troca, consumo ou aplicação desde que sejam suscetíveis a avaliação
econômica. Os bens de uma entidade podem ser classificados como tangíveis ou
intangíveis.
● Tangíveis são os bens materiais, concretos, corpóreos. Exemplos destes são
o caixa, estoque, equipamentos, terrenos, máquinas, imóveis;
● Intangíveis são bens imateriais, abstratos, ou seja, que não tem forma física.
São exemplos softwares, marcas e patentes.
Direito é a representação do que a empresa tem a receber de terceiros por
conta de uma operação. Os direitos são facilmente identificados pelas expressões
“a receber” ou “a recuperar”. São exemplos de direitos as aplicações financeiras,
duplicatas a receber ou clientes.
Obrigações são as dívidas ou repasses de responsabilidade da empresa
junto a terceiros. Seguindo o exemplo de direitos, as obrigações são facilmente
identificadas por conta das expressões “a pagar” ou “a recolher”. São exemplos
de obrigações os fornecedores, empréstimos, salários a pagar, duplicatas a pagar
ou tributos a recolher.
A seguir temos um exemplo de patrimônio na CIA PE LTDA.

BENS
Caixa 500
Veículos 25000 OBRIGAÇÕES
Fornecedores 17000
DIREITOS Salários a pagar 13000
Banco 5000 Impostos a recolher 9500
Duplicatas a receber 9000

TOTAL 39500 TOTAL 39500


Patrimônio da CIA PE LTDA.

Sabe-se que o patrimônio de uma entidade é composto por bens, direitos e


obrigações. O patrimônio das entidades, entretanto, deve ser dividido em dois
grupos para que haja equilíbrio entre seus elementos: ativo e passivo.
● Um ativo é a parte positiva do patrimônio, situa-se do lado esquerdo do
balanço e é composto pelos bens e direitos;
● O passivo, por sua vez, figura a parte negativa do patrimônio. Situa-se do
lado direito do balanço e é composto pelas obrigações da entidade e o
patrimônio líquido.

A situação líquida do patrimônio é a diferença entre o ativo e o passivo. Esta


pode apresentar diferentes situações:

5
● 1ª situação se dá quando o ativo é maior que o passivo, resultando em uma
situação líquida ativa também chamada positiva, superavitária ou favorável;
● 2ª situação tem como característica o ativo menor que o passivo. Resulta em
uma situação líquida passiva, também denominada negativa, deficitária ou
desfavorável. Nesse caso há um déficit patrimonial ou passivo a descoberto.
● 3ª situação acontece quando o ativo é igual ao passivo. Neste caso pode-se
dizer que a situação líquida é nula. O capital foi absorvido e todo patrimônio
pertence a terceiros, considerando que o total dos bens e direitos é igual ao
das obrigações.

Equação fundamental do patrimônio:

SL = B + D - O ou SL = A - P

SL = situação líquida
B = bens
D = direitos
A = ativos
P = passivos

2.6. Plano de Contas

Na contabilidade, o plano de contas é uma relação de códigos e


classificações usada para o registro das entradas e saídas financeiras de uma
empresa. Essa criação de categorias serve de base para estruturar os relatórios
contábeis da organização, como seu balanço patrimonial e a Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE). O plano de contas não é, portanto, um relatório, mas
sim a padronização das categorias que serão usadas para elaborar esses
documentos.
A definição das contas deve estar de acordo com os princípios da
contabilidade e ser compatível com as regras estabelecidas pela lei nº 6.404/76,
conhecida como "Lei das S/A”. No entanto, não existe um modelo único de plano de
contas. Seu formato deve ser adaptado às necessidades particulares da empresa,
que deve escolher um nível de detalhamento que a ajude a ter um melhor controle
de suas finanças.
Não existe um limite máximo ou mínimo de contas para se incluir na relação.
O que é importante ter em mente é que todas as ocorrências da vida financeira da
empresa precisam se encaixar em alguma categoria.
O plano de contas também pode ser chamado de modelo de contas,
estrutura de contas ou elenco de contas.
Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das
operações da organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três
objetivos fundamentais:
● Atender às necessidades de informação da administração da empresa;

6
● Observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a
norma legal de elaboração do balanço patrimonial e das demais
demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A”);
● Adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos,
principalmente às da legislação do Imposto de Renda.
Apesar de não haver uma receita única para estruturar um plano de contas
contábil, é possível identificar alguns padrões. Como regra geral, o plano de contas
é dividido em quatro grandes grupos: Ativo, Passivo, Receitas e Despesas. Os dois
primeiros grupos correspondem às contas patrimoniais da empresa, e os dois
últimos, às contas de resultado.
Cada um desses quatro grandes grupos possui subdivisões. Algumas delas,
como é o caso das principais categorias de ativo e passivo, estão estabelecidas por
lei. Outras são mais flexíveis, variando de acordo com as especificidades da
empresa. Em geral, o detalhamento do plano de contas possui quatro níveis de
divisões.

2.7. Demonstração dos Resultados do Exercício

A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) é um resumo das


operações financeiras da empresa em um determinado período de tempo para
deixar claro se a empresa se teve lucro ou prejuízo. Tecnicamente, é um
demonstrativo contábil aplicado dentro do regime de competência para mostrar
como é formado o resultado líquido do exercício (normalmente do ano), por meio da
comparação entre receitas e despesas.
Ela apresenta a síntese dos resultados das atividades operacionais e não
operacionais da empresa. Isso é feito de forma gerencial, com as projeções de
crescimento, custos, etc, como de forma fiscal, apresentando os impostos e taxas
recolhidas durante o ano.
De acordo com a legislação mencionada(Lei 6.404/76) , as empresas
deverão na Demonstração do Resultado do Exercício discriminar:

● A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
● A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;
● As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;
● O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas;
● O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão
para o imposto;
● As participações de debêntures, empregados, administradores e
partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e

7
de instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados, que não se caracterizem como despesa;
● O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.

A análise de uma Demonstração do Resultado do Exercício pode iluminar


questões importantes sobre a performance de uma empresa. Para isso, retoma-se a
estrutura nuclear de uma DRE:

● Receita de Vendas - tudo que a empresa vendeu ao longo do exercício


● (-) Custos - quanto custaram os produtos ou serviços vendidos para a
empresa pelas métricas de CPV/CMV/CSP
● (=) Resultado Bruto (Lucro Bruto) - o que sobra das receitas menos os
custos
● (-) Despesas Operacionais - tudo que se gasta com as operações
comerciais antes de pagar os impostos
● (=) Resultado Operacional (Lucro Operacional) - o que fica depois de
pagar as despesas
● (-) Impostos – CSLL e IRPJ
● (=) Resultado Líquido ou Lucro ou Prejuízo Líquido - apurados os
pagamentos dos impostos de acordo com as alíquotas previstas, temos
então revelado se a empresa obteve lucro ou prejuízo.
Há duas formas de se analisar um DRE:

● Análise Horizontal:
Conforme o tempo passa, os saldos dos demonstrativos contábeis
apresentam uma variação. É essa variação que vai apontar se sua empresa está
crescendo, se mantendo em um patamar ou mesmo encolhendo em seus
resultados. Nessa análise, o que se busca é a comparação dos resultados para os
mesmos elementos, considerando exercícios ou períodos distintos. Por exemplo,
sua empresa pode estar interessada em saber se um determinado produto está
sendo lucrativo ou não e se vale a pena manter suas vendas e investir em
melhorias.Para esse objetivo, a análise horizontal vai dizer se há potencial de
mercado ou não, conforme os resultados das vendas e da incidência de impostos.

● Análise Vertical:
No caso da análise vertical, o que se busca é relacionar um elemento do DRE com
a categoria que integra. Na linha do exemplo anterior, é possível comparar os
resultados financeiros de uma determinada mercadoria com os resultados de outras,
similares ou não.

2.8. Apuração do Resultado do Exercício

Chamamos de contas de resultado, as contas representativas de despesas e


receitas. Essas contas terão, obrigatoriamente, ao final de um período contábil, seus
saldos zerados contra a conta de Apuração de Resultado do Exercício (ARE) e o
resultado econômico obtido (lucro ou prejuízo) irá diferenciar o valor do Patrimônio

8
Líquido para mais ou para menos. É importante ressaltar que a confrontação dos
saldos dessas contas ocorre em função do consumo de despesas, custos e perdas,
pagos ou incorridos correspondentes a receitas realizadas e rendimentos ganhos no
mesmo período de tempo, não importando o encaixe ou o desembolso (recebimento
ou pagamento).

● DESPESAS
As despesas são gastos imputados na empresa, não ativados, aplicações em
recursos que contribuem para a manutenção da atividade operacional com o
objetivo de gerar receita. Podem ser consumos de ativos no funcionamento da
empresa. Como aplicações de recursos, as despesas têm saldo devedor, revelam
variações negativas no Patrimônio Líquido. Elas podem ser classificadas em
Operacionais (Deduções das Vendas, Custos das mercadorias, produtos ou
serviços vendidos, Comerciais, Administrativas, Financeiras e Outras) e Não
Operacionais (Outras Despesas).As operacionais estão diretamente vinculadas a
atividade fim da empresa, enquanto que as outras despesas, consideradas não
operacionais, revelam ganhos gerados por bens e direitos não relacionados com a
atividade principal da empresa.
As deduções das vendas são todos os gastos que independem da vontade
administrativa, mas acontecem no ato da comercialização dos bens de revenda ou
serviços, como: tributos sobre vendas; devoluções de vendas, abatimentos ou
descontos incondicionais concedidos.
Os custos são gastos imputados nos bens de revenda ou serviços, indicam o
valor do custo de uma venda efetuada, ou seja, quanto custou para a empresa o
bem ou o serviço que foi vendido.As despesas operacionais comerciais são aquelas
ligadas ao setor de vendas, marketing, publicidade, propaganda, eventos, viagens,
comissões pagas, seguros, frete pago para o cliente e outras. As administrativas
revelam os gastos imputados no processo administrativo empresarial, como: luz,
telefone, folha de pagamento, IPTU, IPVA, aluguel, condomínio, seguro, transporte,
combustível e outros.
As despesas com juros pagos, descontos condicionais concedidos, multas,
IOF e outras são classificadas como financeiras.
Outras despesas operacionais não são classificadas como: comerciais,
financeiras e administrativas, mas são operacionais. A perda de equivalência
patrimonial, como a amortização de ágio na aquisição de investimentos são
representantes deste grupo de despesas.
Outras despesas retratam resultados não operacionais negativos obtidos pela
venda de bens de ativos não destinados à venda, como a de: investimentos,
imobilizados e intangíveis.

● RECEITAS
São origens de recursos geradas pela atividade operacional da empresa.
Simbolizam variações positivas no Patrimônio Líquido.São classificadas em
operacionais e não operacionais (outras receitas). As operacionais são receitas
relacionadas com as atividades fim e complementar da empresa, como: vendas de
mercadorias, produtos e serviços, financeiras e outras. Financeiras, geradas por
juros recebidos, descontos condicionais obtidos e variações cambiais. As outras
receitas operacionais representam ganhos gerados por aluguéis de bens do ativo
não circulante, reversão de provisões e equivalência patrimonial.As outras receitas

9
são derivadas da venda de bens do ativo investimentos, imobilizados e intangíveis
com ganho.

3. Contabilidade de Custos

3.1. Introdução

A contabilidade de custos é um ramo das ciências contábeis cujo papel é


gerar informações que servirão no auxílio da tomada de decisões, planejamento,
determinação de custos de produção, de lucros, despesas e etc.. Nas palavras
Derbeck e Nagy (2001, p.13) “a contabilidade de custos fornece os dados
detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e
se planejar para o futuro. “

3.2. Histórico

A contabilidade de custos teve sua origem no século XVIII na era dos


artesãos, logo após a revolução industrial. Os artesãos iniciaram suas atividades
sem a necessidades de calcular os custos, mas após a fixação dos preços das
indústrias, essa necessidade tornou-se cada vez mais aparente, principalmente no
que diz respeito à formação de estoque e apuração do resultado do exercício.Nessa
época, o comércio usava um cálculo simples para obter o lucro final com a venda de
determinado produto, que é usado até hoje, esse cálculo consiste basicamente em
subtrair da soma total da receita os custos da mercadoria vendida resultando no
lucro bruto para daí reduzir as outras despesas encontrando o lucro ou prejuízo final
do produto. Mas, com a revolução industrial e as particularidades no processo de
fabricação dos produtos industriais formas mais complexas para calcular o lucro e o
prejuízo dos produtos passaram a ser mais necessárias. Foi então, que começaram
os estudos sobre contabilidade de custos nos Estados Unidos.

3.3. Objetivos

O objetivo de qualquer empresa é obter lucro a partir daquilo que ela produz
ou vende e a contabilidade de custos responde algumas perguntas que ajudam os
administradores a maximizar o lucro da sua empresa. Perguntas como: o que é
preciso para investir para se produzir determinado produto, por quanto certo produto
poderá ser vendido para se obter algum lucro, qual será o lucro alcançado ao final
do processo de produção, o que poderá ser feito em caso do lucro não estar sendo
aceitável com determinado produto.
Além disso, na prática, o objetivo da contabilidade de custos é obter o Custo de
Produção por Período – CPP que é composto por três elementos:

10
● Materiais diretos – todo material integrado diretamente ao produto acabado.
Como por exemplo: matéria prima, insumos, embalagem…
● Mão de obra direta – MOD- todo custo com material humano utilizado
diretamente na produção do produto. Como por exemplo: salários,
encargos…
● Custos indiretos de fabricação – CIF – são os gastos que interferem na
fabricação de forma indireta. Como por exemplo: materiais, equipamentos
indiretos, mão de obra indireta, aluguel, energia…

3.4. Tipos de Custos

Os custos podem ser classificados em direto e indiretos, fixos e variáveis.


Os custos diretos são aqueles ligados diretamente à produção de um produto
ou a prestação de um serviço; enquanto os indiretos não podem ser relacionados de
forma objetiva ao produto ou à prestação de serviço.
Por exemplo, em uma padaria, para a produção de um produto, temos como
custos diretos, os custos envolvidos na matéria prima usados na produção do
produto, como, farinha e ovos. Já como custos indiretos podemos citar o marketing
envolvido na divulgação do produto, ou o investimento na manutenção dos
equipamentos usados para produzir o pão.
Os custos fixos referem-se aos gastos que não dependem da produção, pois
são custos que a empresa terá independente da quantidade de pães produzida,
como por exemplo, o salário de funcionários empregados na padaria; já os custos
variáveis são aqueles relacionados aos gastos para produzir ou oferecer seus
serviços, que variam de acordo com a produção, como por exemplo os custos com
matéria prima usados na fabricação de pães em uma padaria.

3.5. Contabilidade de Custo x Financeira

Tanto a contabilidade de custos quanto a contabilidade financeira ajudam a


administração a formular e controlar as políticas da organização. O gerenciamento
financeiro fornece uma visão geral do lucro ou prejuízo e o cálculo de custos fornece
uma análise detalhada do produto.
Sem dúvida, o propósito de ambos é o mesmo; mas ainda há muita diferença
na contabilidade financeira e na contabilidade de custos. Por exemplo, se uma
empresa está lidando com 10 tipos de produtos, a contabilidade financeira fornece
informações de todos os produtos na totalidade sob diferentes categorias de
despesas, como custo de material, custo de mão de obra, despesas de frete,
despesas diretas e despesas indiretas. Em contraste, a contabilidade de custos
fornece detalhes de cada produto indireto, como muito material, mão de obra,
despesas diretas e indiretas são consumidas em cada unidade. Com a ajuda do
custo, obtemos o custo, o preço de venda e a rentabilidade do produto.

11
3.6. Vantagens da Contabilidade de Custos

A extensão das vantagens da Contabilidade de Custos depende no tipo,


adequação e eficiência do sistema de contabilidade de custos instalado. As
seguintes vantagens podem estar disponíveis para a empresa:
● Revela atividades rentáveis e não rentáveis: Como a contabilidade de custos
calculada minuciosamente custos, preços de venda e rentabilidade do
produto, diferenciar atividades rentáveis e não rentáveis se torna fácil.
● Guia para futuras políticas de produção: A utilização de dados, vindos do
departamento de custos, sobre os custos e lucros de vários processos e
atividades ajuda o planejamento futuro.
● Descobrir a causa exata para um aumento ou decréscimo de lucro: Com
ajuda da contabilidade de custos, a empresa pode determinar a causa exata
de uma variação do lucro, que pode ser devido a altos custos de produção,
baixos preços de venda, atividades improdutivas ou capacidades não
utilizadas.
● Controle sobre materiais e suprimentos: Contabilidade de custos ensina a
contabilizar custos de materiais e suprimentos de acordo com departamento,
processo, unidade de produção ou serviços, o que permite um controle sobre.
● Eficiência relativa de diferentes funcionários: Com ajuda da contabilidade de
custos, pode-se introduzir planos adequados para salários, incentivos e
recompensas para os funcionários.
● Comparação confiável: Contabilidade de custos fornece comparação
confiável de produtos e serviços, dentro e fora de uma organização, com os
produtos e serviços disponíveis no mercado. Também ajuda a alcançar um
nível de custo mais baixo do produto com o mais alto nível de eficiência de
operações.
● Útil para administração pública: Ajuda o governo no planejamento e na
formulação de políticas sobre importação, exportação, indústria e tributação.
É útil na avaliação do imposto de consumo, imposto sobre serviços e imposto
de renda, etc. Ele fornece dados prontos para o governo na fixação de
preços, controle de preços, proteção tarifária.
● Útil para o consumidor: A redução de preço devido à redução no custo passa,
no final, para o cliente. A contabilidade de custos aumenta a confiança dos
clientes quanto à justiça de preço.
● Classificação e subdivisão dos custos: A contabilização de custos ajuda a
classificar o custo de acordo com o departamento, processo, produto,
atividade e serviço em relação à contabilidade financeira, que fornece apenas
o resultado líquido consolidado de qualquer organização sem qualquer
classificação ou subdivisão do custo.
● Encontrar preços de vendas adequado: Em condições difíceis de
comercialização ou em período de baixa, o cálculo de custos ajuda a
determinar o preço de venda do produto no nível ideal, nem muito alto nem
muito baixo.
● Investimento adequado no estoque: A mudança de itens de estoque morto ou
itens em movimento lento, em itens de movimento rápido pode ajudar a
empresa a investir em um inventário mais adequado e lucrativo. Também
ajuda a manter o estoque no nível mais otimizado em termos de
investimentos, bem como a variedade do estoque.

12
● Avaliação correta do estoque: A contabilidade de custos é uma técnica de
avaliação precisa e adequada que ajuda uma organização a avaliar o
estoque de maneira mais confiável e exata. Por outro lado, a avaliação do
estoque depende apenas do levantamento físico e da avaliação, o que não é
um método adequado e científico a ser seguido.
● Decisão sobre fabricação ou compra de fontes externas: Os dados de custos
ajudam a administração a decidir se a produção interna de qualquer produto
será lucrativa ou se é viável comprar o produto de fora. Por sua vez, é útil
para a gerência evitar qualquer perda grande devido a uma decisão errada.
● Verificação confiável de contabilidade: Contabilidade de custos é o mais
confiável e preciso sistema de contabilidade. É útil verificar os resultados da
contabilidade financeira com a ajuda da reconciliação periódica das contas de
custo com as contas financeiras.
● Orçamento: Na contabilidade de custos, vários orçamentos são preparados e
esses orçamentos são ferramentas muito importantes de cálculo de custos.
Os orçamentos mostram o custo, a receita, o lucro, a capacidade de
produção e a eficiência das instalações e maquinário, bem como a eficiência
dos trabalhadores. Como o orçamento é planejado de maneira científica e
sistêmica, ajuda a manter uma verificação positiva sobre o direcionamento
errado das atividades de uma organização.

3.7. Limitações da Contabilidade de Custos

Apesar de ter diversas vantagens, a contabilidade de custos também possui


certas limitações. Por exemplo a falta de uniformidade no processo, pode fazer com
que dois contadores igualmente competentes cheguem a resultados diferentes.
Diversidade conceitual é também um grande fator na contabilidade de custos. Como
já foi visto existem diversos elementos que contribuem para o custo de um produto,
tipos de custo, etc. Por tanto a definição de um preço exato é difícil de contador para
contador. A falta de um sistema de dupla entrada, prejudicando a precisão dos
cálculos e a dificultando a alocação de erros. A falta de ferramentas para cálculos
no futuro faz com que contabilidade de custo seja usado somente em produtos já
existentes. Um outro problema deste ramo da contabilidade é o alto custo, fazendo
com que seja uma ferramenta mais utilizada por grandes corporações.

3.8. Implementação de um sistema de Contabilidade de


Custos

A implementação de um sistema de contabilidade de custos abrange uma


empresa em todos os seus níveis, desde a produção até a administração e este têm
o objetivo de avaliar os bens produzidos e vendidos assim como controlar a
utilização dos recursos internos da empresa.
Avaliar os bens permite calcular o custo de cada produto, podendo então
determinar o lucro ou prejuízo de cada bem. Já o segundo objetivo diz respeito às
características da empresa e seus diversos setores que geram custos, tais como

13
área de produção, administração, comercial, marketing, etc. e o fazem para que se
possa analisar cada área individualmente.

3.9. Exemplo

Suponhamos que queremos produzir um certo produto são utilizados:


● Uma caixa plástica (produção própria);
● Uma placa de circuito impresso (comprada de terceiros);
● Uma bateria (comprada de terceiros).

A caixa será produzida através do processo de moldagem, o qual está


descrito na figura abaixo. O processo é:
1. Os componentes que farão parte da caixa, plástico derretido juntamente com
dois aditivos, Anti-UV, para que o mesmo não degrade com a luz e fibra de
vidro, utilizado para dar resistência mecânica, são bombeados para uma
câmara de mistura;
2. Após a mistura uma válvula dosa o quanto de plástico passará por unidade
de tempo para a prensa de injeção;
3. A prensa de injeção bombeia a mistura para o molde utilizando um parafuso
girante;
4. O plástico no molde é dado um certo tempo para resfriar;
5. O molde é aberto e um jato de ar expulsa a caixa do molde.

Com a caixa pronta, o processo de montagem da unidade pode ser iniciado:


1. O circuito é aparafusado na caixa;
2. A bateria é colada na caixa e plugada no circuito;
3. A tampa é selada com cola;
4. A unidade é embalada.

14
Figura 1: Processo de fabricação por moldagem.

Contabilizando o custo dos diversos componentes determina-se o custo


direto do produto:
● 350g de plástico = R$ 10,00
● 5g de fibra de vidro = R$ 1,50
● 1g de aditivo Anti-UV = R$ 1,70
● 4 parafusos = R$ 1,00
● 1 Placa de circuito = R$ 70,00
● 1 Bateria = R$ 30,00
● 10g de cola para plástico = R$ 5,00
● Embalagem = R$ 2,00
● Total = R$ 120,2

O gasto aqui ilustrado é referente somente à compra dos componentes ou


seja, é o custo direto que esse produto em particular gera, no entanto diversas
outras coisas foram utilizadas para a produção de cada unidade que irão gerar o
chamado custo indireto, por exemplo, energia (para o derretimento do plástico),
containers (onde os componentes esperam para serem injetados), o molde de
injeção tem uma vida útil também, marketing, etc.
Suponhamos que na produção desse produto fictício o tempo total desde o
início da produção da caixa ao término, é de 4 horas e é produzido mil unidades por
vez, já considerando o tempo de resfriamento do plástico, o tempo de montagem,
secagem das colas e a embalagem. A partir desse tempo de produção pode-se
estimar os custos indiretos através do rateio dos custos indiretos pela produção
total, nesses cálculos entram não somente custos indiretos relacionados ao produto
como também os custos fixos.

15
A fábrica deve pagar IPTU, logo deve-se saber quanto do IPTU cabe a cada
peça. Logo suponhamos que o IPTU seja de 9 mil reais por mês, o cálculo segue:
● IPTU = R$ 9.000,00/mês
● Custo diário = 9.000,00/30 = R$ 300,00/dia
● Tem-se 2 lotes por dia = 300/2 = R$ 150/lote
● 1000 unidades por lote = R$ 150/1000 = R$ 0,15/peça

A energia utilizada é outro custo extremamente alto e que deve sempre ser
levado em consideração ao se determinar o preço do seu produto. No nosso
exemplo consideraremos que a fábrica gasta 1,5 milhões de reais em energia por
mês. O cálculo para o custo por unidade é igual ao custo do IPTU, logo cada
unidade gastará R$ 25,00 em energia.
O custo da utilização dos equipamentos também deve ser levado em conta,
pois todos eles possuem uma vida útil finita logo, cedo ou tarde, os mesmos
precisarão de conserto ou substituição. A forma de se calcular quanto cada peça irá
depreciar dos equipamentos é similar ao cálculo do IPTU, no entanto agora a base
de cálculo é em cima da depreciação dos equipamentos. Aqui pode-se notar como a
contabilidade de custos pode ser complicada. Pela natureza dos equipamentos
utilizados a depreciação tem valores com as mais diversas unidades de tempo. O
molde por exemplo é, em geral por unidades fabricadas, já os containers são por
litro de material, equipamentos elétricos por unidade de tempo. Isso é um dos
fatores que fazem com que a contabilidade de custo não seja tão precisa. Vamos
atribuir um valor arbitrário de R$ 5,00 para este quesito.
Outro fator de grande impacto é o custo humano (salário). Novamente o
cálculo é exatamente igual ao do IPTU ou energia. Digamos que o custo por peça
seja de R$ 20,00.
Ao final de todo os cálculos obtém-se o custo total do produto:
● Custo Direto: R$ 120,20
● Custos Indiretos:
○ IPTU = R$ 0,15
○ Energia = R$ 25,00
○ Depreciação = R$ 5,00
○ Salários = R$ 20,00
● Custo total = R$ 170,35

Com o valor de todos os custos pode-se determinar o melhor valor de venda


para o produto em questão.

16
4. Bibliografia
http://www.cienciascontabeis.com.br/contabilidade-de-custos/

https://osayk.com.br/contabilidade-de-custos-o-que-e-e-como-se-faz/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_de_custos

https://blog.luz.vc/o-que-e/contabilidade-de-custos/

http://www.preservearticles.com/201103234650/5-essential-objectives-of-cost-
accounting.html

https://accountlearning.com/advantages-disadvantages-cost-accounting/

https://www.investopedia.com/ask/answers/041515/what-are-main-advantages-and-
disadvantages-cost-accounting-method.asp

https://www.tutorialspoint.com/accounting_basics/cost_accounting_classification_of_
cost.htm

http://www.accountingnotes.net/cost-accounting/cost-classification/classification-of-
costs-5-types-accounting/10178

http://onlineaccountreading.blogspot.com/2014/12/cost-
accounting.html#.WxkztopKjIU

https://www.dicionariofinanceiro.com/plano-de-contas/

https://blog.contaazul.com/modelo-de-dre/

https://blog.luz.vc/como-fazer/como-interpretar-um-demonstrativo-de-resultado-do-
exercicio-dre/

http://raciociniologicocontabil.weebly.com/raciociacutenio-loacutegico-
contaacutebil/contas-de-resultado-e-apurao-do-resultado-do-exerccio

17

Potrebbero piacerti anche