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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA TÊXTIL


BACHARELADO EM ENGENHARIA TÊXTIL

AMANDA AYUMI WADA


CAROLINNE MENEZES DOS SANTOS
DENISE CASTILHO PINHEIRO
JULIET DOS SANTOS SCHMIDT

PROJETO INDUSTRIAL TÊXTIL

APUCARANA
2016
AMANDA AYUMI WADA
CAROLINNE MENEZES DOS SANTOS
DENISE CASTILHO PINHEIRO
JULIET DOS SANTOS SCHMIDT

LACCIO MALHAS

Projeto Industrial apresentado como


requisito à aprovação na disciplina de
Projetos Industriais Têxteis, do curso de
Engenharia Têxtil, da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná.

Orientador: Prof. Me. Flávio Avanci de


Souza

APUCARANA
2016
Dedicamos este trabalho à Deus, amigos
e familiares.
AGRADECIMENTOS

Gostaríamos de agradecer a Deus primeiramente, que nos deu força,


perseverança e paciência para a execução do trabalho.
Agradecemos também os familiares e amigos pelo apoio dado no decorrer
do projeto, tendo paciência e compreensão. Em especial ao Caio Verdelli, Caíque
Menezes, Ciro Rolim, Joziel Cruz, Maira Tiemi Uratak, Michel Richard dos Santos,
Robson Moreira, Silvana Menezes e Thaís Picinin, que não só deram o suporte dito
acima, como também colaborou com conhecimentos que auxiliaram o término do
trabalho.
Somos gratas também aos professores, Caroline Apoloni, Dayane Carvalho,
Fabrício Maestá, Fernanda Rodrigues, Leandro Vicente, Mauricio Khenaifes,
Valquíria Ribeiro e nosso querido orientador Flávio Avanci que além de ajudar com
seu conhecimento comos demais professores citados, foi extremamente atencioso,
compreensível e disponível para sanar dúvidas independentes da hora e dia.
Nossa gratidão também ao Joni Dutra, Jessé Moura, Peterson Gonçalves,
Osmar Oliveira, Cesar (da SPGPrints), Tiago Rigoni e Luís Carlos da Cristal Poços
artesianos, que contribuíram com informações técnicas e atualizadas para o
desenvolvimento do projeto.
Deixamos aqui registrada nossa imensa gratidão, pois sabemos da
dificuldade e ter o apoio destas pessoas foi fundamental.
“A persistência é o caminho do êxito”

Charles Chaplin
RESUMO

Este projeto tem como proposta desenvolver o planejamento de implantação da


empresa Laccio Malhas, que fabricará tecidos de malha 90% poliamida e 10%
elastano, em duas linhas, uma de artigos estampados e outra de artigos de fio tinto.
A Laccio contará com os setores produtivos de malharia, beneficiamento,
estamparia, sendo que o setor de beneficiamento também prestará serviço para
terceiros. A empresa se localizará na cidade de Jaraguá do Sul – SC e terá como
fornecedores, fiações e indústrias químicas confiáveis, que garantirão a qualidade
do produto juntamente com investimentos em equipamentos modernos. Todos os
cálculos, pesquisas e a elaboração do projeto foram feitas buscando a aproximação
com o cenário atual do ramo têxtil.

Palavras-chave: Malharia. Beneficiamento. Estamparia Rotativa.


ABSTRACT

This project is proposed to develop the deployment planning Laccio Knitwear


company, which will manufacture knitted fabric 90 % polyamide and 10 % elastane,
in two lines, one of printed items and another of red wire items . The company will
rely on the productive sectors of knitting, processing, printing, and the processing
sector will also provide service to others. The company will be located in the city of
Jaraguá do Sul - SC and will wirings suppliers and reliable chemical industries, which
ensure the product quality along with investments in modern equipment. All
calculations, research and the development of the project were made seeking closer
ties with the current situation in the textile industry.

Keywords: Knitwear. Beneficiation. Rotary Stamping.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Terreno escolhido para a instalação da empresa Laccio Malhas ............... 25


Figura 2: Padronagem e programação das pedras do artigo de meia malha ............ 29
Figura 3: Organograma da Laccio Malhas ................................................................ 35
Figura 4: Amarração das caixas de poliamida nos pallets ........................................ 54
Figura 5: Amarração das caixas de elastano nos pallets .......................................... 54
Figura 6: Distribuição do consumo de poliamida ....................................................... 55
Figura 7: Distribuição do consumo de elastano......................................................... 56
Figura 8: Fluxograma geral dos setores produtivos .................................................. 60
Figura 9: Fluxograma do setor de malharia ............................................................... 61
Figura 10: Fluxograma do setor de beneficiamento .................................................. 69
Figura 11: Gráfico de processo para a purga ............................................................ 70
Figura 12: Fluxograma do processo de estamparia rotativa ..................................... 81
Figura 13: Fluxograma do setor de revisão e expedição ........................................... 92
Figura 14: Esquema do método ponto a ponto ....................................................... 115
Figura 15: Entrada de dados no software Lumisoft ................................................. 118
Figura 16: Dimensionamento da iluminação do armazém de fios ........................... 119
Figura 17: Dimensionamento da iluminação da malharia ........................................ 119
Figura 18: Dimensionamento da iluminação do beneficiamento ............................. 120
Figura 19: Dimensionamento da iluminação do armazém intermediário ................. 120
Figura 20: Dimensionamento da iluminação da estamparia .................................... 121
Figura 21: Dimensionamento da iluminação do setor de revisão ............................ 121
Figura 22: Dimensionamento da iluminação da expedição ..................................... 122
Figura 23: Fluxograma do sistema de água ............................................................ 160
Figura 24: Fluxograma da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) .................. 174
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Fornecedores de fios para a malharia ....................................................... 21


Tabela 2: Fornecedores de produtos para beneficiamento e estamparia ................. 21
Tabela 3: Coordenadas de empresas fornecedoras e clientes ................................. 23
Tabela 4: Porcentagem dos encargos sociais pagos pela Laccio Malhas ................ 31
Tabela 5: Horário de trabalho dos turnos .................................................................. 32
Tabela 6: Distribuição de funcionários ...................................................................... 36
Tabela 7: Dados técnicos do computador ................................................................. 51
Tabela 8: Dados técnicos da impressora 1 ............................................................... 51
Tabela 9: Dados técnicos da impressora 2 ............................................................... 51
Tabela 10: Dados técnicos da mesa ......................................................................... 52
Tabela 11: Dados técnicos da cadeira ...................................................................... 52
Tabela 12: Dados técnicos do telefone ..................................................................... 52
Tabela 13: Dados técnicos do bebedouro 1 .............................................................. 52
Tabela 14: Dados técnicos do bebedouro 2 .............................................................. 53
Tabela 15: Dados técnicos do Pallet 1 ...................................................................... 58
Tabela 16: Dados técnicos do Pallet 2 ...................................................................... 58
Tabela 17: Dados técnicos da prateleira por posição ................................................ 58
Tabela 18: Dados técnicos do transpallet ................................................................. 59
Tabela 19: Dados técnicos da empilhadeira.............................................................. 59
Tabela 20: Dados técnicos do tear ............................................................................ 63
Tabela 21: Dados técnicos do transpallet ................................................................. 64
Tabela 22: Características do artigo .......................................................................... 64
Tabela 23: Comprimento de fio por volta (LFA) do artigo .......................................... 65
Tabela 24: Largura do tecido aberto (LTA) do artigo ................................................. 66
Tabela 25: Produção por hora, dia e mês ................................................................. 66
Tabela 26: Quantidade de teares necessários .......................................................... 67
Tabela 27: Quantidade de teares atualizada ............................................................. 68
Tabela 28: Dados técnicos do Jet ............................................................................. 72
Tabela 29: Dados técnicos do abridor ....................................................................... 72
Tabela 30: Dados técnicos do foulard ....................................................................... 73
Tabela 31: Dados técnicos da rama .......................................................................... 73
Tabela 32: Equipamentos auxiliares utilizados.......................................................... 74
Tabela 33: Dados técnicos do transpallet ................................................................. 74
Tabela 34: Produtos utilizados na purga ................................................................... 75
Tabela 35: Quantidade de esquipamentos utilizados para a purga........................... 76
Tabela 36: Quantidade de equipamentos utilizados no beneficiamento ................... 77
Tabela 37: Consumo de água e produtos ................................................................. 79
Tabela 38: Equipamentos utilizados na estamparia .................................................. 84
Tabela 39: Dados técnicos da lavadora de cilindros ................................................. 85
Tabela 40: Dados técnicos da máquina de estamparia rotativa ................................ 85
Tabela 41: Dados técnicos do secador ..................................................................... 86
Tabela 42: Dados técnicos do misturador de pasta .................................................. 86
Tabela 43: Dados técnicos da balança ..................................................................... 87
Tabela 44: Fornecedores de produtos e auxiliares da pasta de estampagem .......... 87
Tabela 45: Receita da pasta de estampagem ........................................................... 89
Tabela 46: Consumo mensal de produtos da pasta de estampagem ....................... 90
Tabela 47: Dados técnicos da revisadeira ................................................................ 93
Tabela 48: Dados técnicos da embaladeira de rolos ................................................. 94
Tabela 49: Dados técnicos da aspa .......................................................................... 99
Tabela 50: Dados técnicos da balança analítica ....................................................... 99
Tabela 51: Dados técnicos do cortador circular ...................................................... 100
Tabela 52: Dados técnicos do conta fios ................................................................. 100
Tabela 53: Dados técnicos do abrasímetro ............................................................. 100
Tabela 54: Dados técnicos do crockmeter .............................................................. 101
Tabela 55: Dados técnicos do dinamômetro ........................................................... 101
Tabela 56: Dados técnicos da lavadora de amostras .............................................. 102
Tabela 57: Dados técnicos da lavadora para testar solidez da cor ......................... 102
Tabela 58: Dados técnicos do perspirômetro .......................................................... 102
Tabela 59: Dados técnicos do pHmetro .................................................................. 103
Tabela 60: Especificação da iluminância, limitação de ofuscamento (UGRL) e
qualidade de cor (Ra) .............................................................................................. 109
Tabela 61: Dados técnicos das lâmpadas de multivapor metálico .......................... 110
Tabela 62: Dados técnicos das lâmpadas de LED .................................................. 111
Tabela 63: Dados técnicos das luminárias para lâmpadas de multivapor metálico. 112
Tabela 64: Dados técnicos das luminárias para lâmpadas de LED ........................ 112
Tabela 65: Dimensões dos ambientes da empresa ................................................ 116
Tabela 66: Resultados obtidos para todos os ambientes da empresa .................... 122
Tabela 67: Demanda de energia da Laccio Malhas ................................................ 126
Tabela 68: Calor gerado por pessoas no ambiente................................................. 130
Tabela 69: Calor dissipado pelos motores .............................................................. 132
Tabela 70: Calor gerado pela iluminação ................................................................ 133
Tabela 71: Calor gerado por insolação no telhado .................................................. 134
Tabela 72: Calor dissipado para o ambiente pelo vapor ......................................... 136
Tabela 73: Carga térmica total ................................................................................ 136
Tabela 74: Volume de ar no ambiente .................................................................... 138
Tabela 75: Massa de ar no ambiente ...................................................................... 139
Tabela 76: Quantidade de calor retirado por troca .................................................. 141
Tabela 77: Número de trocas de ar por hora........................................................... 142
Tabela 78: Número de centrais ............................................................................... 144
Tabela 79: Número de exaustores .......................................................................... 144
Tabela 80: Quantidade de BTU por ambiente ......................................................... 145
Tabela 81: Quantidade de ares-condicionados por ambiente ................................. 146
Tabela 82: Dados técnicos do ar-condicionado split 9.000BTU .............................. 146
Tabela 83: Dados técnicos do ar-condicionado split 22.000 BTU ........................... 147
Tabela 84: Dados técnicos da caldeira ................................................................... 147
Tabela 85: Consumo de vapor dos equipamentos .................................................. 148
Tabela 86: Diâmetro das linhas principais de vapor ................................................ 149
Tabela 87: Massa de condensado formada ............................................................ 150
Tabela 88: Massa do condensado .......................................................................... 151
Tabela 89: Diâmetro das linhas secundárias de vapor ............................................ 152
Tabela 90: Massa de condensado formado na linha secundária ............................ 152
Tabela 91: Massa do condensado nas linhas secundárias ..................................... 154
Tabela 92: Dados técnicos do compressor ............................................................. 155
Tabela 93: Dados técnicos do secador ................................................................... 155
Tabela 94: Dados técnicos do reservatório ............................................................. 156
Tabela 95: Diâmetro das linhas principais ............................................................... 156
Tabela 96: Dados do ar comprimido utilizado ......................................................... 157
Tabela 97: Dados do ar comprimido ....................................................................... 158
Tabela 98: Dimensionamento das linhas secundárias de ar comprimido ................ 159
Tabela 99: Altura do reservatório para combate a incêndio .................................... 163
Tabela 100: Consumo de água diário para os procesos industriais ........................ 164
Tabela 101: Altura do reservatório para consumo industrial ................................... 164
Tabela 102: Altura do reservatório para consumo humano ..................................... 165
Tabela 103: Dimensionamento da tubulação de água ............................................ 166
Tabela 104: Tipos de mangueira para extinção do fogo ......................................... 168
Tabela 105: Número de extintores por setor ........................................................... 169
Tabela 106: Características do extintor ................................................................... 171
SUMÁRIO

1 EMPRESA ............................................................................................................18
1.1 MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................18
1.2 LEMAS DA EMPRESA .....................................................................................18
1.2.1 Missão ............................................................................................................18
1.2.2 Visão ...............................................................................................................19
1.2.3 Valores ............................................................................................................19
1.3 PESQUISA DE MERCADO ..............................................................................19
1.3.1 Consumidores .................................................................................................20
1.3.2 Concorrentes ..................................................................................................20
1.3.3 Fornecedores ..................................................................................................21
1.3.4 Análise SWOT ................................................................................................22
1.4 LOCALIZAÇÃO .................................................................................................22
1.4.1 Escolha do Local.............................................................................................22
1.4.2 Cidade de Jaraguá do Sul ..............................................................................24
1.4.3 Incentivos Fiscais............................................................................................25
1.5 LOGÍSTICA .......................................................................................................26
1.6 SISTEMA VIÁRIO .............................................................................................27
1.6.1 Sistema Rodoviário .........................................................................................27
2 FICHA TÉCNICA ..................................................................................................28
2.1 MALHA JERSEY(MEIA-MALHA) ......................................................................28
2.1.1 Padronagem e Programação ..........................................................................29
2.2 ESTAMPA .........................................................................................................30
3 SETOR ADMINISTRATIVO ..................................................................................31
3.1 ENCARGOS SOCIAIS ......................................................................................31
3.2 TURNOS DE TRABALHO.................................................................................32
3.2.1 Turno Comercial .............................................................................................33
3.2.2 Turnos A, B e C ..............................................................................................33
3.2.3 Turno D e E 12x36 ..........................................................................................34
3.3 MÃO DE OBRA .................................................................................................34
3.3.1 Descrição da Mão de Obra .............................................................................37
3.3.1.1 Diretor .........................................................................................................38
3.3.1.2 Gerente financeiro.......................................................................................38
3.3.1.3 Gerente administrativo ................................................................................38
3.3.1.4 Auxiliar financeiro ........................................................................................38
3.3.1.5 Auxiliar administrativo .................................................................................39
3.3.1.6 Analista de RH ............................................................................................39
3.3.1.7 Gerente comercial .......................................................................................39
3.3.1.8 Analista de compra e venda ........................................................................39
3.3.1.9 Representante comercial ............................................................................40
3.3.1.10Analista de marketing .................................................................................40
3.3.1.11Gerente industrial .......................................................................................40
3.3.1.12Supervisor da produção .............................................................................41
3.3.1.13Analista de desenvolvimento de produto ....................................................41
3.3.1.14Encarregado da qualidade .........................................................................41
3.3.1.15Supervisor da qualidade .............................................................................41
3.3.1.16Laboratorista de testes e ensaios ...............................................................42
3.3.1.17Supervisor de PCP .....................................................................................42
3.3.1.18Auxiliar de PCP ..........................................................................................42
3.3.1.19Técnico em segurança do trabalho ............................................................43
3.3.1.20Encarregado da malharia ...........................................................................43
3.3.1.21Operador de malharia.................................................................................43
3.3.1.22Auxiliar de malharia ....................................................................................43
3.3.1.23Encarregado de beneficiamento .................................................................44
3.3.1.24Operador de Jet .........................................................................................44
3.3.1.25Auxiliar de Jet .............................................................................................44
3.3.1.26Operador de foulard ...................................................................................44
3.3.1.27Auxiliar de foulard .......................................................................................44
3.3.1.28Operador de rama ......................................................................................45
3.3.1.29Auxiliar de rama .........................................................................................45
3.3.1.30Encarregado de estamparia .......................................................................45
3.3.1.31Operador de estamparia.............................................................................45
3.3.1.32Auxiliar de estamparia ................................................................................45
3.3.1.33Colaborador da revisadeira ........................................................................46
3.3.1.34Auxiliar de revisadeira ................................................................................46
3.3.1.35Auxiliar de embalagem ...............................................................................46
3.3.1.36Encarregado de almoxarifado ....................................................................46
3.3.1.37Supervisor de manutenção .........................................................................46
3.3.1.38Encarregado de manutenção .....................................................................47
3.3.1.39Mecânico ....................................................................................................47
3.3.1.40Eletro/eletricista ..........................................................................................47
3.3.1.41Encarregado de expedição .........................................................................47
3.3.1.42Auxiliar de expedição .................................................................................48
3.3.1.43Encarregado de serviços gerais .................................................................48
3.3.1.44Auxiliar de serviços gerais ..........................................................................48
3.3.1.45Porteiro ………………………………………………………………………….48
3.3.1.46Segurança ..................................................................................................49
3.3.1.47Recepcionista .............................................................................................49
3.3.1.48Secretária ...................................................................................................49
3.3.1.49Motorista.....................................................................................................49
3.3.1.50Técnico em tecnologia da informação (TI) .................................................49
3.3.1.51Operador da estação de tratamento de efluentes (ETE) ............................50
3.3.1.52Laboratorista da ETE..................................................................................50
3.3.1.53Operador de caldeira ..................................................................................50
4 ESTRUTURA DA EMPRESA ...............................................................................51
4.1 ARMAZÉNS ......................................................................................................53
4.1.1 Armazém de Fios ............................................................................................53
4.1.2 Armazém de Malha Terceirizada a ser Beneficiada........................................56
4.1.3 Armazém Intermediário de Malha Produzida ..................................................56
4.1.4 Armazém Intermediário de Malha Beneficiada ...............................................57
4.1.5 Expedição .......................................................................................................57
4.1.6 Equipamentos Utilizados nos Armazéns .........................................................58
5 SETORES PRODUTIVOS ....................................................................................60
5.1 MALHARIA........................................................................................................60
5.1.1 Memorial Descritivo ........................................................................................60
5.1.2 Matéria-Prima .................................................................................................61
5.1.3 Fluxograma do Setor ......................................................................................61
5.1.3.1 Descrição do fluxograma ............................................................................62
5.1.3.1.1 Armazém de fios .......................................................................................62
5.1.3.1.2 Malharia ....................................................................................................62
5.1.3.1.3 Armazém intermediário de malha produzida .............................................62
5.1.4 Justificativa .....................................................................................................62
5.1.5 Equipamentos .................................................................................................63
5.1.5.1 Equipamento auxiliar ...................................................................................63
5.1.6 Cálculos de Produção .....................................................................................64
5.2 BENEFICIAMENTO ..........................................................................................68
5.2.1 Memorial Descritivo ........................................................................................68
5.2.2 Fluxograma do Setor ......................................................................................69
5.2.2.1 Descrição do fluxograma ............................................................................69
5.2.2.1.1 Armazém intermediário de malha produzida .............................................69
5.2.2.1.2 Purga ........................................................................................................70
5.2.2.1.3 Abertura ....................................................................................................70
5.2.2.1.4 Impregnação .............................................................................................71
5.2.2.1.5 Ramagem .................................................................................................71
5.2.2.1.6 Armazém de malha beneficiada ................................................................71
5.2.2.1.7 Revisão .....................................................................................................71
5.2.2.1.8 Expedição .................................................................................................71
5.2.3 Justificativa .....................................................................................................71
5.2.4 Equipamentos .................................................................................................72
5.2.4.1 Equipamentos auxiliares .............................................................................73
5.2.5 Produtos e Auxiliares Utilizados......................................................................74
5.2.6 Cálculos de Produção e Processo ..................................................................75
5.2.6.1 Cálculo do número de máquinas.................................................................75
5.2.6.1.1 Jet .............................................................................................................75
5.2.6.1.2 Abridor, Rama e Foulard ...........................................................................77
5.2.6.2 Cálculo do volume de banho .......................................................................78
5.2.6.2.1 Purga ........................................................................................................78
5.2.6.2.2 Foulard ......................................................................................................78
5.3 ESTAMPARIA ...................................................................................................79
5.3.1 Memorial Descritivo ........................................................................................79
5.3.2 Processo de Estamparia Rotativa ...................................................................80
5.3.2.1 Armazém de malha beneficiada ..................................................................81
5.3.2.2 Criação do padrão.......................................................................................82
5.3.2.3 Seleção das cores.......................................................................................82
5.3.2.4 Gravação dos cilindros ................................................................................82
5.3.2.5 Preparação dos artigos ...............................................................................83
5.3.2.6 Estampagem ...............................................................................................83
5.3.2.7 Secagem .....................................................................................................83
5.3.2.8 Revisão .......................................................................................................83
5.3.2.9 Expedição ...................................................................................................84
5.3.3 Equipamentos .................................................................................................84
5.3.4 Equipamentos Auxiliares ................................................................................86
5.3.4.1 Cozinha de produtos da estamparia ...........................................................86
5.3.5 Pasta de Estampagem ....................................................................................87
5.3.5.1 Produtos e auxiliares da pasta ....................................................................88
5.3.5.1.1 Água .........................................................................................................88
5.3.5.1.2 Pigmento ...................................................................................................88
5.3.5.1.3 Ligante ......................................................................................................88
5.3.5.1.4 Espessante ...............................................................................................88
5.3.5.1.5 Estabilizador de pH ...................................................................................89
5.3.5.2 Cálculo de consumo de pasta .....................................................................89
5.3.5.3 Parâmetros de controle do processo ..........................................................90
5.3.5.3.1 Viscosidade...............................................................................................90
5.3.5.3.2 Intensidade da cor e encaixe dos cilindros ...............................................90
5.3.5.3.3 Controle final da estampa .........................................................................91
5.3.6 Cálculos de Produção .....................................................................................91
5.4 REVISÃO E EXPEDIÇÃO .................................................................................92
5.4.1 Fluxograma do Setor ......................................................................................92
5.4.1.1 Revisão .......................................................................................................92
5.4.1.2 Expedição ...................................................................................................93
5.4.2 Equipamentos Utilizados na Revisão e Expedição .........................................93
6 SETORES DE APOIO ..........................................................................................95
6.1 PCP...................................................................................................................95
6.2 GESTÃO DA QUALIDADE ...............................................................................96
6.2.1 Controle de Qualidade ....................................................................................98
6.2.1.1 Equipamentos utilizados no laboratório de controle de qualidade ..............98
6.2.1.1.1 Aspas ........................................................................................................98
6.2.1.1.2 Balança analítica .......................................................................................99
6.2.1.1.3 Cortador circular .......................................................................................99
6.2.1.1.4 Lupa conta fios..........................................................................................100
6.2.1.1.5 Abrasímetro ..............................................................................................100
6.2.1.1.6 Crockmeter ...............................................................................................101
6.2.1.1.7 Dinamômetro ............................................................................................101
6.2.1.1.8 Lavadora de amostras ..............................................................................101
6.2.1.1.9 Lavadora para testar solidez da cor ..........................................................102
6.2.1.1.10Perspirômetro ..........................................................................................102
6.2.1.1.11pHmetro de bancada ...............................................................................103
6.3 SEGURANÇA DO TRABALHO .........................................................................103
6.4 MANUTENÇÃO ................................................................................................106
6.4.1 Manutenção Preventiva ..................................................................................107
6.4.2 Manutenção Preditiva .....................................................................................107
6.4.3 Manutenção Corretiva .....................................................................................108
7 UTILIDADES ........................................................................................................109
7.1 ILUMINAÇÃO ....................................................................................................109
7.1.1 Índice de Iluminamento de Interiores ..............................................................109
7.1.2 Lâmpadas .......................................................................................................110
7.1.3 Luminárias ......................................................................................................111
7.1.4 Dimensionamento de Lâmpadas e Luminárias ...............................................112
7.1.4.1 Método de lumens.......................................................................................113
7.1.4.1.1 Determinação do nível de lumens .............................................................113
7.1.4.1.2 Determinação do índice local ....................................................................113
7.1.4.1.3 Determinação do coeficiente de utilização da luminária ...........................113
7.1.4.1.4 Determinação do coeficiente de manutenção ...........................................114
7.1.4.1.5 Cálculo do fluxo luminoso total (lumens)...................................................114
7.1.4.1.6 Cálculo do número de luminárias ..............................................................114
7.1.4.2 Método ponto a ponto .................................................................................115
7.1.4.3 Resultado do dimensionamento de lâmpadas e luminárias ........................116
7.2 ENERGIA ..........................................................................................................124
7.2.1 Estrutura Tarifária ...........................................................................................125
7.2.2 Demanda de Energia da Empresa ..................................................................126
7.3 CLIMATIZAÇÃO ...............................................................................................127
7.3.1 Sistema de Ventilação Adiabática...................................................................128
7.3.2 Sistema por Exaustão .....................................................................................128
7.3.3 Sistema de Ar-condicionado ...........................................................................129
7.3.4 Cálculos ..........................................................................................................129
7.3.4.1 Calor gerado por pessoas no ambiente ......................................................130
7.3.4.2 Calor dissipado pelos motores ....................................................................131
7.3.4.3 Calor gerado pela iluminação .....................................................................132
7.3.4.4 Calor gerado pela insolação do telhado ......................................................134
7.3.4.5 Calor dissipado para o ambiente pelo vapor ...............................................135
7.3.4.6 Carga térmica total ......................................................................................136
7.3.4.7 Volume de ar no ambiente ..........................................................................137
7.3.4.8 Cálculo da massa de ar no ambiente ..........................................................139
7.3.4.9 Quantidade de calor retirado na troca .........................................................140
7.3.4.10Número de trocas de ar ..............................................................................142
7.3.4.11Número de centrais ....................................................................................143
7.3.4.12Número de exaustores ...............................................................................144
7.3.4.13Cálculo de BTU ..........................................................................................145
7.4 SISTEMAS DE VAPOR ....................................................................................147
7.4.1 Dimensionamento das Linhas de Distribuição de Calor ..................................148
7.4.1.1 Diâmetro das linhas principais ....................................................................148
7.4.1.2 Massa de condensado formada ..................................................................149
7.4.1.3 Diâmetro da linha principal do condensado ................................................150
7.4.1.4 Determinação do diâmetro das linhas secundárias.....................................151
7.4.1.5 Massa do condensado formado na linha secundária ..................................152
7.4.1.6 Diâmetro das linhas secundárias do condensado .......................................153
7.5 AR COMPRIMIDO ............................................................................................154
7.5.1 Compressor Utilizado ......................................................................................154
7.5.2 Equipamentos Utilizados ................................................................................155
7.5.3 Consumo de Ar Comprimido ...........................................................................156
7.5.4 Dimensionamento das Tubulações de Ar Comprimido ...................................157
7.5.4.1 Diâmetro da tubulação primária de ar comprimido......................................157
7.5.4.2 Diâmetro da tubulação secundária de ar comprimido .................................158
7.6 SISTEMA DE ÁGUA .........................................................................................159
7.6.1 Fluxograma do sistema de Água ....................................................................160
7.6.2 Descrição do Fluxograma ...............................................................................160
7.6.2.1 Poço artesiano ............................................................................................160
7.6.2.2 Cisterna .......................................................................................................161
7.6.2.3 Caixa d’água primária .................................................................................161
7.6.2.4 Abrandador .................................................................................................161
7.6.2.5 Combate a incêndio ....................................................................................161
7.6.2.6 Processo industrial ......................................................................................161
7.6.2.7 Caldeira .......................................................................................................162
7.6.2.8 SAMAE .......................................................................................................162
7.6.2.9 Caixa d’água ...............................................................................................162
7.6.2.10Consumo humano ......................................................................................162
7.6.2.11Estação de tratamento de efluentes ...........................................................162
7.6.3 Cálculos para o Sistema de Água ...................................................................162
7.6.3.1 Combate a incêndio ....................................................................................162
7.6.3.1.1 Altura do reservatório de combate a incêndio ...........................................163
7.6.3.2 Processos industriais ..................................................................................163
7.6.3.3 Consumo humano .......................................................................................164
7.6.4 Dimensionamento da Tubulação de Água ......................................................165
7.7 COMBATE AO INCÊNDIO ................................................................................166
7.7.1 Extinção por meio de água .............................................................................167
7.7.2 Extintores ........................................................................................................169
8 PLANO DE RESÍDUOS........................................................................................172
8.1 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES .............................................173
8.1.1 Descrição do Fluxograma ...............................................................................174
8.1.1.1 Gradeamento ..............................................................................................174
8.1.1.2 Tanque de equalização ...............................................................................175
8.1.1.3 Floculação ...................................................................................................175
8.1.1.4 Decantação .................................................................................................175
9 CUSTOS E ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA ......................................176
10LAYOUT E PLANTA BAIXA DE LOCALIZAÇÃO ..............................................177
11CONCLUSÃO .....................................................................................................178
12CATÁLOGOS .....................................................................................................179
REFERÊNCIAS .......................................................................................................180
18

1 EMPRESA

1.1 MEMORIAL DESCRITIVO

A Laccio Malhas é uma empresa do setor têxtil, que transforma o fio em


tecido acabado, compreendendo todo o processo de malharia, beneficiamento
primário e estamparia. A Laccio Malhas é projetada para entrar no mercado de
forma competitiva, produzindo malhas voltadas ao segmento fitness com qualidade
garantida, utilizando tecnologias disponíveis e selecionando da melhor maneira os
fornecedores.
A empresa localizada em Jaraguá do Sul – SC está estrategicamente
situada, devido à proximidade aos seus fornecedores e clientes e sua produção
inicial mensal é estimada em aproximadamente 360 toneladas de malha sintética, de
composição 90% Poliamida, 198 Denier e 10% Elastano, 20 Denier.
Para garantir um portfólio variado de produtos, a empresa possuirá
processos de beneficiamento têxtil, envolvendo a limpeza da malha, por meio de um
processo de purga e também contará com estamparia, que agregarão maior valor
aos tecidos. Com isso, os artigos ofertados serão disponibilizados de acordo com o
mercado, podendo ser lisos (apenas tintos) ou estampados.
Comprometida com a responsabilidade ambiental e social, a Laccio Malhas
conta com tratamentos dos efluentes que possam ser gerados durante o processo
produtivo. A política social da empresa promove a valorização dos colaboradores,
para que estes possam crescer profissional e pessoalmente e assim integrar uma
equipe com maior produtividade e produzir com maior qualidade.

1.2 LEMAS DA EMPRESA

1.2.1 Missão

Atender as necessidades e superar as expectativas de nossos clientes,


oferecendo soluções em malhas de qualidade, utilizando as melhores tecnologias
disponíveis e valorizando o trabalho de todos os colaboradores.
19

1.2.2 Visão

Ser reconhecida em toda a Região Sul por oferecer malhas de qualidade e


por sua confiabilidade e compromisso em satisfazer as necessidades dos clientes.

1.2.3 Valores

A Laccio Malhas segue os seguintes princípios e valores:


 Ética.
 Comprometimento com clientes, fornecedores e colaboradores.
 Valorização dos colaboradores.
 Qualidade.
 Pontualidade.
 Responsabilidade ambiental e social.

1.3 PESQUISA DE MERCADO

O setor têxtil produziu em 2014 cerca de 91,9 milhões de toneladas em


artigos têxteis, representando US$ 53,5 bilhões em valores de produção, alcançado
pelo total de 33 mil indústrias em todo o território nacional (IEMI, 2015). O setor de
malharias corresponde a um total de 695 indústrias, sendo responsável pela
produção de 503,6 mil toneladas de malhas por mês no ano de 2014. Destes cerca
de 50% produzem artigos sintéticos, resultando em uma média de 362 toneladas
produzidas ao mês por empresa (IEMI, 2015).
No estado de Santa Catarina estão localizados 15,4% dos produtores da
cadeia têxtil nacional, ou aproximadamente 4.937 indústrias, das quais 798 são
produtoras ou beneficiadoras de manufaturas têxteis e 4.139 fabricantes de artigos
confeccionados. A maior participação de Santa Catarina está no segmento têxtil,
representando 27% da produção total nacional. Os maiores destaques do estado
são os polos produtores de malharia e beneficiamento, nos quais participa com
36,8% da produção nacional de tecidos de malha e 29,5% da produção de artigos
20

beneficiados (SINTEX, 2015). A produção da Laccio Malhas em relação ao total


nacional é de 0,07%.
De acordo com os dados obtidos por meio da análise de mercado, a
produção da Laccio Malhas é estimada em 360 toneladas mensais, tendo como
base a produção média de fábricas que produzem artigos semelhantes e com porte
semelhante.

1.3.1 Consumidores

Devido ao aumento da busca da população brasileira por saúde e beleza,


ocorreu um aumento também no número de academias e de pessoas adeptas a
esse estilo de vida. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IHRSA Global
Report 2015 (International Health, Racquet & Sportsclub Association), o Brasil é o
segundo país com o maior número de academias, ficando atrás apenas dos Estados
Unidos. Alguns dados da pesquisa mostram que o país possui cerca de 31.800
academias, alcançando quase oito milhões de alunos (HAYDÉE, 2015).
Com o aumento da prática de exercícios e hábitos saudáveis surge a
oportunidade de investir no vestuário fitness adequado para tais atividades. Além
das academias, as roupas fitness ganham espaço também nas ruas e no dia a dia
dos consumidores, que buscam o conforto dos tecidos produzidos para este tipo de
roupas (MACEDO, 2015).
Visando suprir este nicho de mercado, a Laccio Malhas fornecerá malhas de
qualidade, adequada às necessidades dos adeptos ao vestuário fitness, para as
confecções da Região Sul, principalmente em Santa Catarina, focadas nessa nova
oportunidade.

1.3.2 Concorrentes

Os principais concorrentes da Laccio Malhas caracterizam-se por produzir


artigos semelhantes visando os mesmos consumidores, que são as confecções do
vestuário fitness. Dessa forma nossos concorrentes são empresas como Manatex
Têxtil (Brusque – SC), RVB Malhas (Brusque – SC), Luli Malhas (Blumenau – SC) e
Diklatex (Joinville – SC).
21

1.3.3 Fornecedores

A matéria-prima utilizada em diversas etapas do processo produtivo será


fornecida por empresas conceituadas no mercado, e que oferecem produtos de
qualidade.
Na etapa da tricotagem da malha serão utilizados os fios de Poliamida (PA)
e Elastano (PUE), e os fornecedores são apresentados na Tabela 1 a seguir.

Tabela 1: Fornecedores de fios para a malharia


Fornecedor Matéria-prima Localização
Sancris PA Brusque (SC)
Rhodia PA Jacareí (SP)
Costa Rica PA e PUE Cambé (PR)
Onnix PA e PUE Blumenau (SC)
Hyosung PUE Araquari (SC)
Fonte: Autoras (2016)

Os fornecedores de produtos utilizados nos processos de beneficiamento


primário e estamparia são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2: Fornecedores de produtos para beneficiamento e estamparia


Fornecedor Matéria-prima Localização
Detergente não iônico, carbonato de São José dos Campos (SP)
Golden Química sódio, ácido acético, Ligante,
espessante, estabilizador de pH
Sintequímica Pigmento Caieiras (SP)
Fonte: Autoras (2016)
22

1.3.4 Análise SWOT

Por meio da utilização da ferramenta de análise de SWOT, temos sobre a


Laccio Malhas:
Forças – Conhecimento do segmento, qualidade do produto, preço
competitivo, funcionários capacitados.
Fraquezas – Escassez de recursos e instabilidade no fornecimento de
matéria prima.
Oportunidades – Mercado em ascensão, possibilidade de elaboração de
artigos semelhantes à malha fitness e localizado próximo aos clientes.
Ameaças – Concorrência e avanços tecnológicos.

1.4 LOCALIZAÇÃO

Para que uma nova empresa ou unidade de instalação de uma já existente


seja bem-sucedida é necessário um estudo prévio de diversos fatores, sejam eles
internos ou externos. O quanto uma empresa deve produzir, o arranjo de suas
máquinas ou em qual cidade ela deve estar instalada são fatores cruciais para o
sucesso da mesma. Segundo Rocha (2011), um erro em uma dessas etapas de
estudo pode resultar em fluxos de produção confusos e longos, operações inflexíveis
ou até mesmo a insatisfação de clientes.
A escolha de uma boa localização é bastante complexa em decorrência das
diversas variáveis inter-relacionadas que devem ser consideradas. Geralmente, são
levantados critérios qualitativos e quantitativos, começando pela escolha de se
estabelecer em uma única ou em múltiplas instalações. Para isso, foram
desenvolvidos diversos métodos de análise.

1.4.1 Escolha do Local

A localização foi determinada com base no método Centro de Gravidade.


Foram avaliados aspectos como a distância média dos clientes alvo e a proximidade
dos fornecedores.
23

Para obtenção de coordenadas que representariam a melhor localização


geográfica da empresa, utilizaram-se as seguintes equações (Eq. 1 e Eq. 2):

Eq. (1)

Eq. (2)

Sendo:
= Coordenada x (eixo horizontal) do centro de gravidade;
= Coordenada y (eixo vertical) do centro de gravidade;
= Coordenada x do iésimo local;
= Coordenada y do iésimo local;
= Volume de bens movimentados para ou do iésimo local.
Utilizou-se a tabela a seguir (Tabela 3) com as latitudes e altitudes das
empresas clientes e fornecedoras, para que então pudesse ser utilizada a equação.

Tabela 3: Coordenadas de empresas fornecedoras e clientes


Fornecedor/Cliente Coordenada Dx Coordenada Dy

Sancris -27.110.333 -48.930.184


Rhodia -23.292.673 -45.952.559
Hyosung -26.503.644 -48.728.064
Costa Rica -23.262.059 -51.256.818
Onnix -26.885.286 -49.091.902
Razla Têxtil -27.053.421 -48.877.530
Kast Fitness -26.902.678 -48.830.460
Base ativa -29.168.351 -51.188.819
Labellamafia -27.544.192 -48.624.723
Rola Moça -29.507.156 -51.942.340
Fonte: Autoras (2016)

Por meio dos cálculos apresentados, as coordenadas obtidas que


representam os valores de Cx e Cy foram: (-26490519,44; -49164663,19),
correspondentes à latitude e longitude, respectivamente, sendo esta localização
próxima à cidade de Jaraguá do Sul, no Estado de Santa Catarina.
24

1.4.2 Cidade de Jaraguá do Sul

De acordo com o IBGE (2015), a cidade de Jaraguá do Sul possui uma


população estimada em 163.735 habitantes, a maioria na faixa etária de 20-34 anos,
uma área territorial de 529.447 Km² e o bioma em que se encontra é a Mata
Atlântica. O clima característico da cidade é o subtropical.
O município está inserido na Bacia do Rio Itapocu, cujos principais afluentes
são os rios Jaraguá e Itapocuzinho. Cerca de duzentos rios, riachos e ribeirões
compõem a malha hidrográfica da região. No início do século XX ocorreu a
instalação da ferrovia, assim a cidade passou a ter ligação direta ao Porto de São
Francisco do Sul. Tal acontecimento possibilitou o escoamento de produtos e
possibilitou o desenvolvimento da cidade, que hoje é conhecida como a Capital
Nacional da Malha (GUIA SANTA CATARINA, 2015).
A Lei Municipal nº 1766/1993, institui o Código de Zoneamento de Uso e
Ocupação do Solo e a Lei Complementar nº 65/2007, onde são definidas as zonas
industriais e de moradia (INSTITUTO JOURDAN, 2014). Dessa forma, um dos
bairros próprios para a implantação de uma nova indústria e o escolhido para a
localização da Laccio Malhas é o Rio do Cerro I, situado ao sul do município,
próximo a um rio, que servirá para o abastecimento da empresa. A Figura 1 mostra o
terreno escolhido para a instalação da empresa.
25

Figura 1: Terreno escolhido para a instalação da empresa Laccio Malhas


Fonte: Google Maps (2016)

1.4.3 Incentivos Fiscais

A Lei Complementar Municipal nº 49, de 20 de dezembro de 2005, cria


medidas de incentivo à implantação de empresas em Jaraguá do Sul. Tal Lei
Complementar destina-se ao previsto em seu artigo 2º:
Art. 2º O DESENJARAGUÁ visa incentivar a instalação e a expansão de
atividades socioeconômicas privadas no Município, estimular o
desenvolvimento, o crescimento e o fortalecimento da atividade industrial ou
comercial local, com a geração de empregos e renda, por intermédio da
destinação de recursos do Município para pessoas jurídicas de direito
privado com fins lucrativos (JARAGUÁ DO SUL, 2005).

Além desta Lei Municipal, vigora na legislação estadual de Santa Catarina o


PRODEC - Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (SANTA
CATARINA, 2005). Os incentivos concedidos pelo PRODEC obedecerão aos
seguintes limites:

 Montante equivalente a até 75% (setenta e cinco por cento) do valor do


incremento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual
e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS – gerado pelo
26

empreendimento incentivado, observado o disposto nos §§ 1º e 2º (Lei


14.075/07).
 Até 120 (cento e vinte) meses para fruição dos incentivos, contados a
partir do início das operações do empreendimento incentivado, observado
o disposto no § 8º.
 Até 48 (quarenta e oito) meses de carência para o início da amortização,
contados a partir do início da fruição dos benefícios, devendo cada
parcela liberada ser quitada ao final do prazo de carência.

1.5 LOGÍSTICA

A Laccio Malhas adotará o sistema de logística integrada onde todas as


operações logísticas da empresa, incluindo transito de materiais e informações,
estão interligadas em um sistema inteligente que consegue administrar o fluxo
logístico dentro da organização de forma eficiente. Em outras palavras, a logística
integrada planeja, programa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e
econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados,
desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com objetivo de atender às
exigências dos clientes.
A movimentação interna de materiais será realizada com o auxílio de alguns
equipamentos como empilhadeiras e transpallets. Estes farão o transporte de
matéria-prima, produtos semiacabados e produtos acabados entre diferentes
setores, facilitando e tornando mais ágil este processo.
A princípio, o transporte dos produtos acabados será feito por empresas
transportadoras de cargas terceirizadas, que estabelecerão um valor previamente de
acordo com o peso, cubagem, tipo de produto e a distância percorrida. Conforme o
crescimento da empresa, será possível investir em uma frota própria. A entrega até o
cliente será acompanhada pela Laccio Malhas, de modo a garantir a qualidade do
produto recebido no prazo estipulado no ato da compra.
27

1.6 SISTEMA VIÁRIO

1.6.1 Sistema Rodoviário

O único sistema de transporte de cargas utilizado será o rodoviário, onde as


cargas serão transportadas por meio de caminhões até os consumidores. Este
modal foi escolhido devido aos consumidores se localizarem relativamente próximos
e também devido ao custo reduzido, quando comparado a outros sistemas de
transportes. A cidade de Jaraguá do Sul possui acesso a algumas rodovias, a
principal delas é a BR – 280 que liga a cidade ao Porto de São Francisco do Sul.
Outras são a SC – 116 e a SC – 118.
Este modal foi escolhido devido a algumas características como (BRASÍLIA,
2016):
 Possuir a maior representatividade entre os modais existentes;
 Adequado para curtas e médias distâncias;
 Baixo custo inicial de implantação;
 Serviço de entrega porta a porta;
 Maior flexibilidade com grande extensão da malha;
 Tempo de entrega confiável; e
 Integra todos os estados brasileiros.
28

2 FICHA TÉCNICA

2.1 MALHA JERSEY(MEIA-MALHA)

O ponto básico da malha é chamado de ponto liso (simples), que é a base


dos tecidos de meia malha, também conhecido como Jersey. O tecido de meia
malha tem seu direito e avesso bem definido, já que as laçadas são desenhadas
apenas de um lado do tecido. As máquinas que produzem esse tipo de tecido são
conhecidas como monofrontura, por ter apenas uma frontura. Como todas as
agulhas fazem a malha do mesmo lado, o tecido meia-malha apresenta um
desbalanceamento entre as faces, isso faz com que as ourelas se enrolem, e que o
tecido se estique no comprimento e largura (CHEREM, 2004).
O Quadro 1 apresenta a ficha técnica do artigo meia-malha produzido na
Laccio Malhas. Essa ficha técnica será utilizada tanto para os fios tintos, quanto para
os de fios crus, pelo fato do tecido de malha ser o mesmo para os dois segmentos
de produtos.

Ficha Técnica
Artigo Malha Jersey – Meia Malha
90% Poliamida
Composição Máquina Monofrontura
10% Elastano
Colunas/cm 17 Diâmetro 32”
Gramatura 345g/m² Finura 28
Nº de
Ligação Meia Malha 96
alimentadores
Largura do tecido
1,62 Total de agulhas 2760
aberto (m)

Amostra

Quadro 1: Ficha técnica do artigo meia malha


Fonte: Autoras (2016)
29

2.1.1 Padronagem e Programação

A padronagem e programação dos artigos meia malha são apresentadas na


Figura 2 abaixo.

Figura 2: Padronagem e programação das pedras do artigo de meia malha


Fonte: Autoras (2016)

De acordo com a padronagem, em cada agulha do tear será inserido um fio


de poliamida e um fio de elastano, que formarão a malha.
30

2.2 ESTAMPA

A estamparia utilizada é a rotativa que permite uma estampa com variedade


de cores, rapidez na produção e nitidez do desenho. A estamparia rotativa utiliza
cilindros previamente gravados com os desenhos desejados, onde esses cilindros
ficam em contato com o tecido. O cilindro se movimenta por meio de um tapete que
está localizado sob o tecido. Dentro do cilindro se localiza uma vareta chamada
rasqueta, esta é puxada por um campo eletromagnético, pressionando a pasta que é
transferida para o tecido formando a estampa (YAMANE, 2008).
O responsável pela criação de estampas realiza pesquisas, verificando a
tendência do mercado, sempre diversificando o portfólio de estampas da Laccio
Malhas. A empresa também estará aberta para produzir estampas personalizadas,
conforme o gosto e pedido dos clientes.
31

3 SETOR ADMINISTRATIVO

3.1 ENCARGOS SOCIAIS

Encargos Sociais são os custos que incidem sobre a folha de pagamentos


de salários e têm sua origem na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), na
Constituição Federal de 1988, em leis específicas e nas Convenções Coletivas de
Trabalho. Tais Convenções determinam quais procedimentos devem ser adotados
por empregadores e empregados, como também, definem os benefícios a serem
pagos aos trabalhadores, além de outras vantagens (SINAPI, 2015).
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, os encargos são classificados
em grupos, sendo estes (BRASÍLIA, 2007):
 Grupo A: Gastos da empresa sobre a folha de pagamento, como
Previdência Social, FGTS, SESI/SESC, entre outros.
 Grupo B: Provisões como 13º salário, férias, auxílio doença, abono de
férias entre outros.
 Grupo C: Avisos prévios concedidos ao longo do contrato e pagamento
da multa de FGTS por rescisão sem justa causa.
 Grupo D: Encargos sociais sobre o Grupo B.
Devido ao fato de a mão de obra utilizada trabalhar de forma mensal, a
Laccio Malhas adotará as taxas da categoria mensalista sem desoneração, vigentes
a partir de Julho de 2015 para o Estado de Santa Catarina (SINAPI, 2015). Dessa
forma, a Tabela 4 a seguir apresenta a porcentagem dos encargos sociais pagos
pela Laccio Malhas.

Tabela 4: Porcentagem dos encargos sociais pagos pela Laccio Malhas (continua)
Grupo Descrição %
A INSS 20,00
A SESI 1,50
A SENAE 1,00
A SEBRAE 0,60
A Salário educação 2,50
A Seguro contra acidentes de trabalho 3,00
32

Tabela 4: Porcentagem dos encargos sociais pagos pela Laccio Malhas (conclusão)
Grupo Descrição %
A FGTS 8,00
Total do Grupo A 36,60
B Auxílio enfermidade 0,69
B 13º salário 8,33
B Licença paternidade 0,06
B Faltas justificadas 0,56
B Auxílio acidente de trabalho 0,09
B Férias gozadas 6,72
B Salário maternidade 0,02
Total do Grupo B 16,47
C Aviso prévio indenizado 3,88
C Aviso prévio trabalhado 0,09
C Férias indenizadas 3,49
C Depósito rescisão sem justa causa 3,50
Total do Grupo C 10,96
Total (A+B+C) 64,03
Fonte: SINAPI (2015)

3.2 TURNOS DE TRABALHO

Para atender a capacidade estipulada, a Laccio terá seus turnos divididos


em 5 grupos: A,B,C , D e Comercial. Os 4 primeiros trabalharão durante 24 horas, 30
dias ao mês, o último trabalhará de segunda à sexta. Na tabela abaixo se encontra
os horários de casa turno.

Tabela 5: Horário de trabalho dos turnos (continua)


Turno Horário Refeição

5:00 – 13:30h 10:30 – 11:30h


Turno A

13:30 – 21:00h 18:00 – 19:00h


Turno B

21:00 – 05:00h 01:00 – 02:00h


Turno C

7:00 – 19:00h 11:30 – 12:30h


Turno D (12x36)
33

Tabela 5: Horário de trabalho dos turnos (continua)


19:00 – 7:00h 22:00 – 23:00h
Turno E (12x36)

8:00 – 17:48h 12:30 – 13:30h


Turno Comercial

Fonte: Autoras (2016)

Os colaboradores eletro/eletrônicos e operador de caldeira receberão


adicional de periculosidade de 20% por estarem em contato contínuo com energia
elétrica ou expostos à alto risco de explosão . Os colaboradores que trabalharem
integralmente ou parcialmente no horário noturno em que a lei determina o adicional
(Art. 73, CLT), terá a mesma acrescida 20% da hora trabalhada em seu salário base.
Em todos os turnos terão intervalo para refeição, estes foram escolhidos
com base no horário inicial de cada turno, de forma que o funcionário não fique
muito tempo sem se alimentar. Cada turno terá o intervalo de uma hora descrito na
tabela, sendo que ocorrerá o revezamento para que o setor produtivo não fique sem
supervisão.
De acordo com a norma trabalhista, terão direito a um domingo de folga ao
mês. Além disso, cada turno iniciará e terminará cinco minutos após o horário
descrito na tabela, este horário por lei não interfere no preço a ser pago no salário
mensal.

3.2.1 Turno Comercial

Composto pela maioria dos seus funcionários sendo da parte administrativa,


totaliza as 44 horas semanais com direito a uma hora de almoço por dia, de segunda
à sexta.

3.2.2 Turnos A, B e C

Esses três turnos compõem a maioria do setor produtivo. Será utilizada a


escala 5x1, ou seja, a cada 5 dias trabalhados, folga-se 1, independente do dia da
semana ou feriados. No quadro de funcionários consta o folguista que irá suprir a
ausência do funcionário que tiver seu dia de folga.
34

3.2.3 Turno D e E 12x36

Neste turno o funcionário trabalhará 12 horas e folgará 36 horas,


independente de feriado ou dia da semana. Trabalharão nessa escala os
funcionários de caldeira, porteiro e segurança.

3.3 MÃO DE OBRA

Os setores da Laccio Malhas serão compostos por profissionais de diversos


segmentos, conforme exposto no organograma da empresa, apresentado na Figura 3.
35

Figura 3: Organograma da Laccio Malhas


Fonte: Autoras (2016)
36

Na tabela abaixo se encontra o número de funcionários, seus turnos e quais


seus cargos.

Tabela 6: Distribuição de funcionários (continua)


Turno Turno Turno Turno
Cargo Turno A Folguista
Comercial B C 12x36
Diretor 1
Gerente Financeiro 1
Gerente Administrativo 1
Auxiliar Administrativo 1
Auxiliar Financeiro 2
Analista de RH 2
Gerente Comercial 1
Representante Comercial 5
Analista de compras e
4
vendas
Analista de Marketing 2
Gerente Industrial 1
Supervisor de Produção 4
Analista de
Desenvolvimento de 1
Produto
Encarregado da Qualidade 1
Supervisor de Qualidade 1
Laboratorista Testes e
2 2 2
Ensaios
Supervisor de PCP 1
Auxiliar de PCP 3
Técnico de Segurança no
1
Trabalho
Encarregado Malharia 1
Operador de Malharia 4 4 4 3
Auxiliar Malharia 2 2 2
Encarregado
1
Beneficiamento
Operador Jet 2 2 2 3
Auxiliar Jet 2 2 2
Operador Foulard 1 1 1
Auxiliar Foulard 1 1 1
Operador Rama 1 1 1
37

Tabela 6: Distribuição de funcionários (conclusão)


Turno Turno Turno Turno
Cargo Turno A Folguista
Comercial B C 12x36
Auxiliar Rama 1 1 1
Encarregado Estamparia 1
Operador Estamparia 1
Auxiliar Estamparia 1
Colaborador Revisadeira 2
Auxiliar Revisadeira 1
Auxiliar Embalagem 1 1 1
Encarregado Almoxarifado 1
Supervisor de Manutenção 1
Encarregado de
1
Manutenção
Mecânico 2 4
Eletro/Eletrônico 2 4
Encarregado Expedição 1
Auxiliar Expedição 5
Auxiliar de serviços gerais 2 2 2
Porteiro 4
Segurança 4
Recepcionista 2
Secretária 1
Motorista 1
Técnico TI 2
Operador ETE 1
Laboratorista ETE 1
Operador Caldeira 1 4
Encarregado de serviços
1
gerais
Total de Funcionário por
61 19 19 19 24 6
Turno
Total 147
Fonte: Autoras (2016)

3.3.1 Descrição da Mão de Obra

Com base na CATHO (2016), Projetos das empresas Vienense e


SPORTEX, as determinações de funções está descrita da seguinte forma:
38

3.3.1.1 Diretor

Responsável por dirigir, planejar, organizar e controlar as atividades da


empresa. Determinar a política de gestão de recursos financeiros, administrativos e
estruturação. Desenvolver o planejamento estratégico, identificar oportunidade e
viabilidade, desenvolver novos negócios e estimular a melhoria contínua sempre, de
acordo com a meta e política da empresa. Os demais gerentes devem se reportar ao
diretor.

3.3.1.2 Gerente financeiro

Planejar, desenvolver, executar e controlar planos financeiros da empresa,


gerenciar informação de fluxo de caixa, entradas e saídas de dinheiro. Buscar
melhorar o desempenho econômico – financeiro da empresa. Apresentar relatório
com informações atuais e do cenário futuro na parte financeira.

3.3.1.3 Gerente administrativo

Planejar, desenvolver, executar e controlar planos estratégicos da empresa,


gerenciar informação de atividades, planos e programa da área administrativa.
Buscar melhorar o desempenho por meio de estratégias e adequações de processo.
Apresentar relatório com informações atuais e do cenário futuro na parte
administrativa. Definir a política de gestão de pessoas.

3.3.1.4 Auxiliar financeiro

Auxiliar e monitorar a elaboração de relatórios financeiros e orçamentos.


Desenvolver e preparar o relatório mensal e anual financeiro para o funcionamento
de empresas. Se responsabilizar pela área financeira coordenando e controlando os
processos relacionados à tesouraria, contas a pagar, contas a receber e folha de
pagamento, coletar relatórios de trabalho de todos os associados e estudá-los para
acompanhar a evolução do departamento de finanças. Realizar os processos de
recebimento, verificar casos de inadimplência, identificando formas de negociação
39

para diminuir o passivo, realizar relatórios de despesas e emitir notas de mão de


obra.

3.3.1.5 Auxiliar administrativo

Auxiliar nas atividades, planos e programas da área administrativa, assim


como a gestão de recursos. Responsável pela organização de arquivo de
documentos, distribuição de correspondência e serviços externos. Elabora relatórios
e planilhas de controle.

3.3.1.6 Analista de RH

Realizar análise da área de Recursos Humanos, recrutar e selecionar novos


colaboradores, levantar necessidades de treinamento e avaliar desempenho de
pessoal. Desenvolver planos de carreiras e dissemina-los na cultura organizacional.

3.3.1.7 Gerente comercial

Responsável pelo setor de compras e vendas, assim como de seus


funcionários. Deve planejar, elaborar, executar e controlar os planos de compra e
venda da empresa. Emitir relatórios do panorama atual e futuro sobre a área,
procurando sempre materiais de qualidade e ao mesmo tempo acessíveis ao custo
da empresa.

3.3.1.8 Analista de compra e venda

Responsável por realizar pesquisa de mercado, supervisionar contratos,


identificar oportunidades de compra e venda, definir prazos, aprovar cadastro de
fornecedores, efetuar as compras gerais, controlar o recebimento das solicitações de
compras e realizar a conferência dos valores, emitir pedidos, fazer as relações de
fornecedores com os produtos, arquivar e organizar os documentos relacionados as
40

cotações e compras, acompanhar os prazos de entregas e efetuar cancelamento e


alterações nos pedidos quando necessário.

3.3.1.9 Representante comercial

Realizar o intermédio de negócios mercantis para terceiros, por meio de


visitas aos clientes para apresentação de produtos e serviços e finalização da
venda. Controlar pedidos, acompanhar clientes no pós-venda e estudar tendências
de mercado, a fim de identificar novas oportunidades de negócio e alcançar a meta
estabelecida.

3.3.1.10 Analista de marketing

Desenvolver estratégias de marketing e identidade visual da marca. Definir


canais de comunicação específicos, exclusivos e adequados para cada público
(interno e externo). Planejar e definir campanhas voltadas para promoção de
produtos e serviços. Estabelecer objetivos, políticas e ações de acordo com as
tendências do mercado.

3.3.1.11 Gerente industrial

Este cargo será ocupado por um funcionário com conhecimento prévio do


segmento têxtil, que será responsável pelo cumprimento das metas de produção,
dentro dos padrões de qualidade, quantidade, custos e prazo. Gerenciar operadores
de máquinas, supervisores e outros profissionais diretamente ligados ao processo
produtivo. Coordenar o departamento de materiais para programar a produção
diária, fazer previsões de necessidades de produção sendo elas mão de obra e
matérias-primas, planejar e supervisionar a manutenção preventiva de máquinas e
equipamentos. Deve elaborar relatórios da produção.
41

3.3.1.12 Supervisor da produção

Supervisionar as atividades de produção da fábrica, controlar o volume a ser


produzido, custos e qualidade e acompanhar a eficiência da mão de obra. Elaborar
relatórios sobre o desempenho de produção e promover o uso adequado das
instalações e equipamentos.

3.3.1.13 Analista de desenvolvimento de produto

Responsável por elaborar a estampa a ser utilizada na coleção. Deve estar


atento ao mercado, tendências e oportunidades. Responsável pela elaboração de
fichas técnicas.

3.3.1.14 Encarregado da qualidade

Coordenar e executar os programas de auditoria interna. Levantar e analisar


os procedimentos existentes em todas as áreas da empresa. Administrar reuniões
do comitê da qualidade para análise crítica do sistema. Fazer implantação de gestão
do sistema, visando contribuir para o aprimoramento dos processos, sistema de
informações e qualidade dos produtos, serviços e manutenção da certificação das
normas ISO. Administrar as não conformidades geradas, providenciar ações
corretivas para eliminar qualquer não conformidade.

3.3.1.15 Supervisor da qualidade

Responsável por supervisionar as rotinas de qualidade, garantindo os


padrões mínimos exigidos em cada fase do processo. Supervisionar as atividades
da equipe propondo novas rotinas de trabalho para assegurar a qualidade na
produção. Fiscalizar a qualidade e a definição de metas e datas no processo
produtivo, levantar dados da produção da agência, elaborar relatórios sobre os lotes,
identificar e eliminar as causas das não conformidades do processo, supervisionar e
monitorar o sistema de gestão da qualidade da empresa, realizar auditorias internas
conforme estabelecido no sistema de gestão da qualidade, monitorar a qualidade
42

dos produtos e insumos utilizados na planta e aplicar técnicas estatísticas para


acompanhar sua evolução. Supervisionar os trabalhos de desenvolvimento de novos
produtos buscando alternativas de redução de custos, realizando a monitoria e
calibração dos equipamentos do laboratório e produção de acordo com os
procedimentos e matrizes de calibração do sistema de gestão da qualidade da
unidade, procurando sempre a melhoria contínua.

3.3.1.16 Laboratorista de testes e ensaios

Elaborar e executar os testes no laboratório, controlar o estoque de produtos


químicos, apresentar relatórios relacionados aos resultados dos testes e análises,
executar outras tarefas que se incluam, por similaridade, no mesmo campo de
atuação.

3.3.1.17 Supervisor de PCP

Deve gerenciar as rotinas de planejamento e programação da produção e


definir mão de obra, máquinas, equipamentos e suprimentos, acompanhar
indicadores de eficiência e performance, a fim de estabelecer estratégias para
cumprimento das metas e definir diretrizes para fabricação. Planejar e programar os
processos produtivos, de acordo com as necessidades de fabricação e demandas
de estoque, controlar a disponibilidade de materiais, equipamentos e mão de obra e
monitorar o fluxo de produção.

3.3.1.18 Auxiliar de PCP

Deve atuar com programação e controle de produção, alimentar planilhas e


fazer lançamentos de dados de relatórios. Obter índice de produtividade. Lançar no
sistema, informações dos produtos acabados e ajudar no planejamento da fábrica.
Realizar acompanhamento da produção e fazer análise da capacidade de produção.
Atuar com controle e definição de estoque de matéria-prima e insumos. Definir
cronograma e prioridades de produção. Prestar auxílio ao controle da produção
43

interna do corte das peças, até a entrada do produto acabado na expedição e no


estoque de produtos junto ao supervisor.

3.3.1.19 Técnico em segurança do trabalho

Responsável por elaborar e orientar atividades de segurança do trabalho e


preservação física dos funcionários na empresa. Inspecionar equipamentos e
condições de trabalho, investigar e analisar causas de acidentes para eliminar
riscos. Desenvolver programas de treinamento e verificar o cumprimento das normas
e procedimentos de segurança na aplicação de providências preventivas.

3.3.1.20 Encarregado da malharia

Responde por todo o setor de malharia da empresa, funcionamento das


máquinas, funcionários e todo o fluxograma deste setor. Deverá cumprir todo o
planejamento do setor elaborado pela gerência comercial e também irá redigir os
relatórios referentes ao setor de malharia. Responsável por averiguar a eficiência
dos funcionários e a utilização dos EPI’s

3.3.1.21 Operador de malharia

Deverá realizar as funções especificadas pela empresa no setor de malharia,


tais como: alimentar a gaiola de fios e a máquina, retirar a malha pronta, verificar o
funcionamento da mesma, manter o setor limpo, manusear o equipamento.

3.3.1.22 Auxiliar de malharia

Responsável por auxiliar os operadores e o encarregado de malharia em sua


função, observar o funcionamento da máquina, manter o setor limpo.
44

3.3.1.23 Encarregado de beneficiamento

Responde por todo o setor de beneficiamento da empresa, funcionamento


das máquinas, funcionários e todo o fluxograma deste setor. Deverá cumprir todo o
planejamento do setor elaborado pela gerência comercial e também irá redigir os
relatórios referentes ao setor de beneficiamento. Responsável por averiguar a
eficiência dos funcionários e a utilização dos EPI’s.

3.3.1.24 Operador de Jet

Responsável por realizar as funções especificadas pela empresa no setor de


beneficiamento, tais como: manusear os jets de beneficiamento e seguir os
procedimentos do beneficiamento, verificar o funcionamento da máquina, manter o
setor limpo, manusear o equipamento.

3.3.1.25 Auxiliar de Jet

Deverão auxiliar os operadores do beneficiamento em suas respectivas


funções, observar o funcionamento da máquina e manter o setor limpo.

3.3.1.26 Operador de foulard

Deve manusear a máquina de Foulard e abridor. Será responsável pela


função específica exigente da mesma, manter o setor limpo, verificar o bom
funcionamento da máquina.

3.3.1.27 Auxiliar de foulard

Deve auxiliar o operador de Foulard em suas respectivas funções, observar


o funcionamento da máquina e manter o setor limpo.
45

3.3.1.28 Operador de rama

Responsável por manusear a máquina de Ramar. Será responsável pela


função específica exigente da mesma, manter o setor limpo, verificar o bom
funcionamento da máquina.

3.3.1.29 Auxiliar de rama

Auxiliará o operador de rama em suas respectivas funções, observar o


funcionamento da máquina e manter o setor limpo.

3.3.1.30 Encarregado de estamparia

Responde por todo o setor de estamparia da empresa, funcionamento das


máquinas, funcionários e todo o fluxograma produtivo deste setor. Deverá cumprir
todo o planejamento do setor elaborado pela gerência comercial e também irá redigir
os relatórios referentes ao setor de estamparia. Responsável por averiguar a
eficiência dos funcionários e a utilização dos EPI’s.

3.3.1.31 Operador de estamparia

Deve realizar as funções especificadas pela empresa no setor de


estamparia, tais como: manusear a máquina de estamparia rotativa, assim como
secador, preparar a pasta de estampagem, seguir os procedimentos da estamparia,
verificar o funcionamento da mesma, manter o setor limpo.

3.3.1.32 Auxiliar de estamparia

Deve auxiliar os operadores da estamparia em suas respectivas funções,


observar o funcionamento da máquina e manter o setor limpo.
46

3.3.1.33 Colaborador da revisadeira

Será responsável por revisar os lotes antes que o mesmo seja embalado.
Será responsável por embalá-los também, verificar a o bom funcionamento das
máquinas utilizadas, manter o setor limpo e separar etiquetar os rolos.

3.3.1.34 Auxiliar de revisadeira

Responsável por auxiliar nas respectivas funções do colaborador da


revisadeira.

3.3.1.35 Auxiliar de embalagem

Responsável por auxiliar nas respectivas funções do colaborador da


revisadeira e operar a embaladeira.

3.3.1.36 Encarregado de almoxarifado

Deve conferir notas fiscais, confrontar notas e pedidos, encaminhar materiais


para armazenamento. Cuidar de prazos de entrega dos produtos, solicitar reposição
de estoque. Acompanhar pedidos de compra da empresa, administrar atendimento a
requisições de materiais e controlar níveis de estoque. Otimizar estocagem de
material. Acompanhar prazo de vencimento de validade dos materiais. Realizar o
levantamento de inventário físico, emitir solicitações de compra e controle diversos
de expedição dos materiais.

3.3.1.37 Supervisor de manutenção

Deve gerenciar as atividades de manutenção, reparação e reformas de


instalações e equipamentos. Definir e otimizar os meios e os métodos de
manutenção. Aperfeiçoar o desempenho das instalações produtivas em termos de
47

custos e taxas de utilização dos equipamentos. Acompanhar e emitir relatórios,


registrando o tempo parado dos equipamentos e materiais utilizados.

3.3.1.38 Encarregado de manutenção

Acompanhar as atividades de manutenção corretiva e preventiva de


instalações, equipamentos e máquinas. Elaborar procedimentos de trabalho e plano
de manutenção para identificar as deficiências operacionais e funcionais e atender
as necessidades de infraestrutura.

3.3.1.39 Mecânico

Responsável por realizar a manutenção de máquinas, motores e


equipamentos industriais, reparar e substituir peças, fazer ajustes e regulagem
utilizando ferramentas e instrumentos de medição e controle. Responsável pela
organização das ferramentas e do setor de oficina. Também sabe operar a caldeira,
caso seja necessário.

3.3.1.40 Eletro/eletricista

Deve realizar manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos elétricos


e eletrônicos da planta. Responder pela execução das manutenções corretivas e
preventivas das máquinas e equipamentos. Responder pelo correto controle das
manutenções corretivas e pela correta passagem entre turnos. Opera e monitora os
equipamentos da área de utilidades industriais.

3.3.1.41 Encarregado de expedição

Responsável por emitir relatórios e pedidos para carregamentos. Deve


preparar plano de carga com antecedência, solicitar veículos e contratar
transportadoras. Distribuir e fiscalizar as atividades dos auxiliares operacionais.
Elaborar os relatórios e prever carregamentos. Garantir que os produtos carregados
48

estejam identificados, embalados e sem danos. Garantir que as cargas planejadas


no dia foram realizadas. Coordenar a logística. Coordenar e administrar o estoque.

3.3.1.42 Auxiliar de expedição

Deve auxiliar nas funções da expedição como, controle de estoque, realizar


o cadastro de entrada e saída de materiais no sistema, emitir notas fiscais,
acompanhar a separação do pedido dos clientes e controlar o transporte e o custo
de fretes. Além disso, os auxiliares operam as empilhadeiras quando necessário.

3.3.1.43 Encarregado de serviços gerais

Responsável por coordenar as atividades de serviços gerais, recepção e


expedição de correspondência, limpeza, copa, portaria, telefonia e transporte
interno, organizando e orientando os trabalhos. Sugerir a aquisição de novos
equipamentos e contratação de mão de obra especializada para o aprimoramento
das atividades desenvolvidas.

3.3.1.44 Auxiliar de serviços gerais

Deve realiza a conservação e limpeza de ambientes por meio de coleta de


lixo, varrições, lavagens e responsável por fazer o café.

3.3.1.45 Porteiro

Deve fiscalizar e guardar o patrimônio, realizando o controle da entrada e


saída de pessoas e veículos nas dependências por meio de circuito, comunicando
qualquer anormalidade e tomando as providências cabíveis, garantindo a segurança
do local.
49

3.3.1.46 Segurança

Responsável por vigiar as dependências da empresa, a fim de prevenir,


controlar e combater delitos. Deve recepcionar e controlar a movimentação de
pessoas em áreas de acesso livre e restrito.

3.3.1.47 Recepcionista

Deve realizar o atendimento ao cliente, prestar informações e receber


visitantes para encaminhamento aos funcionários da empresa. Receber e processar
correspondências recebidas, agendar reuniões e anotar solicitações de clientes.
Deve auxiliar a secretária quando necessário.

3.3.1.48 Secretária

Deve realiza o agendamento e cancelamento de compromissos, eventos e


viagens, atender clientes externos e internos, controlar documentos e
correspondências e participar de reuniões na elaboração de atas e pautas.

3.3.1.49 Motorista

Responsável por realizar o transporte de pessoas ou materiais para o


destino estabelecido, com conhecimento em diversos itinerários, leis de trânsito e
normas de segurança. Deve inspeciona as condições do veículo, analisando a parte
mecânica, elétrica, pneus e abastecimento.

3.3.1.50 Técnico em tecnologia da informação (TI)

Responsável por dar o suporte em todos os computadores da fábrica,


realizando manutenções de forma a prevenir problemas e a perca de documentos e
informações da empresa. Deve dirigir as atividades de tecnologia da informação,
observando cronogramas, prioridades e orçamentos aprovados, acompanhar o
50

levantamento das necessidades dos usuários, definindo estratégias e plano de


investimento para prover a empresa de sistemas e recursos. Administrar
infraestrutura de redes, programas e sistemas implantados.

3.3.1.51 Operador da estação de tratamento de efluentes (ETE)

Deve atuar na estação de tratamento de efluentes, realizar a limpeza,


controle e manutenção da estação de tratamento de efluentes, alimentar e monitorar
o sistema, manejando válvulas, aplicando dosagens de produtos químicos, realizar
análises parciais e totais da qualidade do produto, atentando para possíveis
alterações dos parâmetros estabelecidos.

3.3.1.52 Laboratorista da ETE

Responsável por elaborar e executar os testes no laboratório, controlar o


estoque de produtos químicos, apresentar relatórios relacionados aos resultados dos
testes e análises, executar outras tarefas que se incluam, por similaridade, o mesmo
campo de atuação.

3.3.1.53 Operador de caldeira

Deve controlar o funcionamento da caldeira, configurar o sistema de


aquecimento, operar painel de comando e identificar falhas mecânicas no
equipamento.
51

4 ESTRUTURA DA EMPRESA

Para que as instalações da Laccio tenham um bom funcionamento, e para


que todos os processos possam ser desempenhados de maneira correta,
organizada e segura, são necessários outros equipamentos. Estes podem ser
chamados de equipamentos auxiliares, ou de equipamentos complementares, visto
que vão auxiliar em todos os processos e setores. São eles: computadores, mesas,
cadeiras, telefones, impressoras e bebedouros.
As Tabelas 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14 apresentam as características e
quantidade de cada equipamento.

Tabela 7: Dados técnicos do computador


Equipamento Computador
Fabricante Dell
Modelo Inspiron Small Desktop
Potência (kW) 0,220
Quantidade 42
Fonte: Dell (2016)

Tabela 8: Dados técnicos da impressora 1


Equipamento Impressora
Fabricante HP
Modelo Multifuncional HP LaserJet Pro MFP M125a
Detalhes Impressora, copiadora, scanner
Potência (kW) 0,465
Quantidade 16
Fonte: HP (2016)

Tabela 9: Dados técnicos da impressora 2 (continua)


Equipamento Impressora
Fabricante HP
Modelo Multifuncional HP LaserJet Pro MFP M127fn
Detalhes Impressora, copiadora, scanner, fax
Potência (kW) 0,480
52

Tabela 9: Dados técnicos da impressora 2 (conclusão)


Equipamento Impressora
Quantidade 4
Fonte: HP (2016)

Tabela 10: Dados técnicos da mesa


Equipamento Mesa
Fabricante Regiani
Modelo 3 gavetas
Largura (m) 1,40
Profundidade (m) 1,40
Quantidade 48
Fonte: Lojix (2016)

Tabela 11: Dados técnicos da cadeira


Equipamento Cadeira
Fabricante Travel Max
Modelo MB-LC02GA
Quantidade 48
Fonte: Magazine Luiza (2016)

Tabela 12: Dados técnicos do telefone


Equipamento Telefone
Fabricante Philips
Modelo D2351
Potência (w) 0,75
Quantidade 25
Fonte: Magazine Luiza (2016)

Tabela 13: Dados técnicos do bebedouro 1


Equipamento Bebedouro
Fabricante Refriprim
Modelo Masterfrio MF40 Inox
Quantidade 6
Fonte: Refriprim (2016)
53

Tabela 14: Dados técnicos do bebedouro 2


Equipamento Bebedouro
Fabricante Refriprim
Modelo ICY MASTERFRIO Coluna
Quantidade 8
Fonte: Refriprim (2016)

4.1 ARMAZÉNS

4.1.1 Armazém de Fios

O armazém de fios da Laccio contará com o sistema de pallets, prateleiras


(porta pallets) e empilhadeira, o estoque também contará com um computador e
uma impressora, que dará suporte ao PCP por meio de um software que
proporcionará a realização do controle da matéria prima que chega à empresa e da
quantidade de matéria prima requerida e transferida para o setor produtivo, de
acordo com a necessidade. O software Systextil ERP será atualizado em tempo real,
permitindo o melhor controle dos processos.
Para calcular o número de pallets, deve-se considerar as dimensões e o
peso de cada caixa de fios, a quantidade de caixas por camada, a capacidade
máxima de caixas por pallet, sem ultrapassar a capacidade máxima de quilos por
pallet. A fórmula para alcançar o resultado do número de pallets, é dada na Equação
3 abaixo.

( )
Eq. (3)

Cada pallet disponível para a matéria prima de poliamida, terá capacidade


de 36 caixas, sendo dispostas em 6 camadas, onde cada camada terá 6 caixas, a
Figura 4 mostra a amarração das caixas.
54

Figura 4: Amarração das caixas de poliamida nos pallets


Fonte: Autoras (2016)

Para a alocação das caixas de fios de elastano, cada pallet terá capacidade
de 24 caixas, não excedendo a capacidade máxima de cada pallet, sendo dispostas
em 6 camadas, onde cada camada terá 4 caixas, a amarração das caixas está
representada na Figura 5.

Figura 5: Amarração das caixas de elastano nos pallets


Fonte: Autoras (2016)

Dessa forma, o armazém da Laccio Malhas contará com 68 pallets, 4


prateleiras (porta pallets), uma empilhadeira e um transpallet.
55

A gestão de estoque será realizada pelo método de reposição periódica e


por ponto de reposição. O método por ponto de reposição consiste na reposição de
matéria prima, quando está se encontra igual ou inferior ao limite estabelecido. Para
isso, é verificado o estoque toda vez que é retirada uma quantia de fio para o
consumo.
A Laccio tem um consumo médio de 12.310,86 kg de fios (com os 3% de
desperdícios já calculados), para a produção de malha de poliamida com elastano. A
Laccio contará com 4 fornecedores de poliamida e, 3 fornecedores de elastano, que
farão entregas periodicamente.
Na Figura 6 abaixo, está o consumo de fio de poliamida e a distribuição
desse consumo para cada fornecedor, que foi determinado de acrodo com a
estratégia da empresa.

50000
45000
40000
Estoque (Kg)

35000
30000
25000
20000
15000 Mínimo
10000
5000 Estoque
0 Tempo (dias)

Figura 6: Distribuição do consumo de poliamida


Fonte: Autoras (2016)

A reposição de poliamida será realizada três vezes por semana, ou seja, na


segunda-feira, na quarta-feira e na sexta-feira, devido ao grande consumo de fios.
Cada reposição de matéria prima será na quantia de 25.852,8 kg, sendo que o
estoque mínimo será de 1 dia, onde o ponto de reposição será de 11.079,77 kg.
A Figura 7 apresenta o consumo de fio de elastano e a distribuição desse
consumo entre os fornecedores, que foi determinada de acordo com a estratégia da
empresa.
56

16000
14000
12000
Estoque (Kg)
10000
8000
Estoque
6000
Estoque mínimo
4000
2000
0 Tempo (dias)
1 10 20 30

Figura 7: Distribuição do consumo de elastano


Fonte: Autoras (2016)

Para manter o estoque de elastano a reposição da matéria prima será


realizada a cada 10 dias, sendo que cada reposição será na quantia de 12.310,9 kg,
e o estoque mínimo de 3 dias, com ponto de reposição de 3.693,3 kg.

4.1.2 Armazém de Malha Terceirizada a ser Beneficiada

O armazém de malha a ser terceirizada será localizado dentro do armazém


de fios da Laccio Malhas e contará com 37 pallets. Como estes dois armazéns
ficaram no mesmo galpão, os equipamentos utilizados serão os mesmos, assim,
serão compartilhados entre eles. A malha será estocada conforme a demanda e
capacidade da empresa, portanto, não terá uma programação para a entrada de
malha na empresa.

4.1.3 Armazém Intermediário de Malha Produzida

Este armazém contará com 15 pallets, e 1 transpallets. O estoque também


contará com um computador, onde o sistema será atualizado sobre informações das
malhas produzidas, que serão encaminhadas para o beneficiamento conforme a
programação.
57

Neste armazém serão alocados os rolos de malhas produzidas, esse


acondicionamento terá um forte controle para que a qualidade do produto seja
mantida em todo o processo produtivo.

4.1.4 Armazém Intermediário de Malha Beneficiada

O armazém de malha beneficiada contará com 7 pallets, e 1 transpallet.


Além disso, o armazém também contará com um computador, o sistema de controle
será semelhante ao sistema do armazém de malha produzida.
Este armazém estocará apenas as malhas destinadas a estamparia, que
será a metade da produção total da empresa, a outra metade será encaminhada
para a expedição logo após o beneficiamento. O controle de qualidade no
acondicionamento das malhas já beneficiadas será realizado com o mesmo vigor
que no armazém intermediário de malha produzida.

4.1.5 Expedição

Neste setor serão alocados os tecidos produzidos já beneficiados e


estampados, prontos para venda e também as malhas de terceiros que serão
beneficiadas na Laccio Malhas. Para isso a expedição contará com 175 pallets para
as malhas tintas e estampadas, 112 pallets para as malhas terceirizadas, 7
prateleiras que serão compartilhadas com as malhas terceirizadas, uma
empilhadeira, um transpallet e um computador, que terá a função de atualizar o
sistema sobre os tecidos já produzidos e os que serão encaminhados para os
clientes e uma impressora.
Após passarem pela revisão, os tecidos serão separados pela cor e
estampa, embalados e etiquetados, para melhor identificação e controle da
expedição. Assim como nos outros armazéns, o controle de qualidade no
acondicionamento das malhas será rigoroso, objetivando a qualidade dos produtos.
58

4.1.6 Equipamentos Utilizados nos Armazéns

Os armazéns de fios, intermediário e de expedição necessitarão de pallets,


prateleiras e transpallets e empilhadeiras para que tenha melhor organização e
movimentação nos estoques e entre os setores. As características de cada
equipamento são descritas nas Tabelas 15, 16, 17, 18 e 19.

Tabela 15: Dados técnicos do Pallet 1


Equipamento Pallet
Fabricante Palamad
Largura (mm) 1.400
Comprimento (mm) 1.400
Altura (mm) 150
Quantidade 83
Fonte: Palamad (2016)

Tabela 16: Dados técnicos do Pallet 2


Equipamento Pallet
Fabricante Palamad
Largura (mm) 1.400
Comprimento (mm) 1.600
Altura (mm) 150
Quantidade 294
Fonte: Palamad (2016)

Tabela 17: Dados técnicos da prateleira por posição


Equipamento Prateleira
Fabricante Mecalux
Largura (mm) 1.400
Profundidade (mm) 1.600
Altura (mm) 2.100
Quantidade de posições 355
Fonte: Mecalux (2015)
59

Tabela 18: Dados técnicos do transpallet


Equipamento Paleteira
Fabricante Nowak
Modelo TM2220 TP 530
Altura (mm) 1.215
Comprimento (mm) 1.390 ou 1.540
Largura externa do garfo (mm) 530 ou 680
Comprimento útil do garfo (mm) 1.000 ou 1.150
Capacidade de carga (kg) 2.200
Quantidade 4
Fonte: Nowak (2016)

Tabela 19: Dados técnicos da empilhadeira


Equipamento Empilhadeira

Fabricante Nowak
Modelo Elétrica Tracionária Pt 1645
Altura da torre elevada (mm) 5.140
Altura da torre abaixada (mm) 2.105
Dimensões (mm) 2.001 x 850 x 2.105
Raio de giro (mm) 1.650
Capacidade de carga (Kg) 1.600
Quantidade 2
Fonte: Nowak (2016)

Os setores produtivos, de apoio, e utilidades também fazem parte da


estrutura da empresa, no entanto, serão tratados em capítulos separados.
60

5 SETORES PRODUTIVOS

A seguir serão apresentados os setores produtivos presentes na Laccio


Malhas, que são aqueles envolvidos diretamente na fabricação do produto final.

Figura 8: Fluxograma geral dos setores produtivos


Fonte: Autoras (2016)

5.1 MALHARIA

5.1.1 Memorial Descritivo

A malharia consiste no processo em que o tecido de malha é resultante do


entrelaçamento de um único fio, ou agrupamentos de fios, em torno da agulha.
Caracteriza-se como malha de trama, todo o tecido produzido por um ou mais fios
que percorrem as agulhas horizontalmente, onde o tecido é formado através do
movimento das agulhas, com consecutivas laçadas, uma sobre as outras (CHEREM,
2004). O setor de malharia da Laccio Malhas utilizará teares circulares, portanto,
produzirá malha de trama, devido às características do produto que são obtidas
nesse processo.
61

A malharia Laccio contará com 15 teares circulares, onde serão dispostos 4


tecelões e 2 auxiliares por turno. Os teares utilizados serão da marca Pilotelli,
modelo J-3.0 IDS, monofrontura, dispostos em uma área de 806 m². Para a
produção estipulada, a malharia funcionará 24 horas por dia e 30 dias por mês,
totalizando três turnos diários.

5.1.2 Matéria-Prima

A matéria-prima utilizada no processo de malharia serão fios de poliamida e


elastano, com título de 198 Denier e 20 Denier, respectivamente. Com isso, serão
produzidos aproximadamente 360.000 kg de malha Jersey, divididos em duas linhas
de produtos, 50% originará a malha estampada e 50% malha preta, tricotada com fio
tinto preto, podendo esta cor ser alterada de acordo com as necessidades do
consumidor.

5.1.3 Fluxograma do Setor

Figura 9: Fluxograma do setor de malharia


Fonte: Autoras (2016)
62

5.1.3.1 Descrição do fluxograma

5.1.3.1.1 Armazém de fios

Com a chegada dos fios na fábrica, as caixas com os cones serão alocadas
e estocadas no armazém, onde permanecerão por até 3 dias. Conforme a
necessidade, os fios serão levados até os teares.

5.1.3.1.2 Malharia

O processo de malharia inicia-se com a tricotagem. Esse processo consiste


na transformação do fio de trama em malha, que é dado por meio das laçadas
horizontais (carreira), onde cada laçada dessa carreira interliga-se coma carreira
anterior.
Na troca de artigo, os operários irão repor ou colocar os cones na gaiola,
verificando e programando os teares conforme o comprimento do fio por volta (LFA),
eficiência, velocidade e estiramento do fio, exigidos de acordo com o modelo do tear
e do produto.
Para assegurar a qualidade do produto produzido e atender as
características exigidas, é necessária a retirada de uma amostra após 5 a 10 metros
de malha produzida, logo após a produção do tear continuará até que seja produzido
o lote desejado.

5.1.3.1.3 Armazém intermediário de malha produzida

Os rolos de malhas produzidos serão alocados para o armazém


intermediário, onde permanecerão até que o processo de beneficiamento primário
esteja disponível para ser realizado no lote armazenado.

5.1.4 Justificativa

Os produtos direcionados a moda fitness exigem conforto, boa absorção,


secagem rápida, elasticidade e durabilidade. Essas características estão presentes
63

nos artigos produzidos em teares circulares, como: flexibilidade, capacidade de


modelagem, recuperação elástica, ou seja, depois de um estiramento, recupera seu
formato inicial, e também a porosidade, que facilita a evaporação do suor,
melhorando o conforto térmico. Dessa forma, os teares circulares e a estrutura dos
artigos foram escolhidos para garantir a qualidade requerida.

5.1.5 Equipamentos

A Tabela 20 apresenta os dados técnicos dos teares utilizados na produção


do artigo de malha de poliamida com elastano.

Tabela 20: Dados técnicos do tear


Equipamento Tear Monofrontura
Fabricante Pilotelli
Modelo J-3.0 IDS
Diâmetro (“) 32
Finura 28
Nº de alimentadores 96
Nº de agulhas 2.760
RPM 34
Eficiência (%) 90
Consumo de ar comprimido (lt/min) 180
Potência Instalada (KW) 4,5
Quantidade 15
Fonte: TRM/Pilotelli (2016)

5.1.5.1 Equipamento auxiliar

A Tabela 21 apresentam os dados técnicos do equipamento auxiliar.


64

Tabela 21: Dados técnicos do transpallet


Equipamento Transpallet
Fabricante Nowak
Modelo TM2220 TP 530
Altura (mm) 1.215
Comprimento (mm) 1.390 ou 1.540
Largura externa do garfo (mm) 530 ou 680
Comprimento útil do garfo (mm) 1.000 ou 1.150
Capacidade de carga (Kg) 2.200
Quantidade 1
Fonte: Nowak (2016)

5.1.6 Cálculos de Produção

Para calcular o número de teares que a Laccio Malhas utilizará para sua
produção, são necessários alguns dados técnicos do tear e também a produção
unitária do tear. Assim, as fórmulas apresentadas no decorrer desse capítulo serão
utilizadas para obtenção de tal.
As características do artigo meia malha que será produzido pela Laccio são
descritas na Tabela 22, elas também serão usadas de base para os cálculos de
produção.

Tabela 22: Características do artigo


Artigo Malha Jersey – Meia malha simples
Gramatura (g/m²) 345
Composição PA/PUE – 90/10
Título do fio de poliamida (PA) 198 Denier
Título do fio de elastano (PUE) 22 Denier
Nº de colunas por cm 17
Comprimento de ponto (cm) 0,31
Fonte: Autoras (2016)
65

LFA (Langueur de Fil Absorbée) significa comprimento de fio absorvido.


Portanto, LFA é definido pelo consumo de fio por uma volta no tear, sua fórmula é
apresentada abaixo:

Eq. (4)

Sendo:
= Comprimento de fio por volta;
= Número de agulhas do tear;
= Comprimento de ponto.

A Tabela 23 apresenta os dados e resultados do comprimento de fio por


volta (LFA).

Tabela 23: Comprimento de fio por volta (LFA) do artigo


Descrição Valores
Número de agulhas 2.760
Comprimento de ponto (m) 0,003125
LFA (m/volta) 8,625
Fonte: Autoras (2016)

A largura do tecido é determinada pela escolha do tear, ou seja, pelo número


de agulhas distribuídas em seu diâmetro. A largura do tecido aberto (LTA) é
calculada pela seguinte fórmula:

Eq. (5)

Sendo:
= Largura do tecido aberto;
= Número de agulhas do tear;
= Número de colunas por centímetros de malha.
66

O resultado do cálculo da largura do tecido de malha (LTA) é apresentado


na Tabela 24 a seguir.

Tabela 24: Largura do tecido aberto (LTA) do artigo


Descrição Valores
Número de agulhas 2.760
Número de colunas/cm 17
LTA (m) 1,62
Fonte: Autoras (2016)

A produção de malha de um tear é obtida por meio da Equação 6.

( ) Eq. (6)

Sendo:
( ) = Produção de um tear em quilogramas por hora;
= Rotações por minuto do tear;
= Número de alimentadores;
LFA = Comprimento de fio por volta;
Eficiência = Rendimento ou eficiência do tear;
= Título do fio em Ne.

A Tabela 25 apresenta os dados utilizados nos cálculos de produção, e o


resultado da produção.

Tabela 25: Produção por hora, dia e mês (continua)


Descrição Valores
LFA 8,625
RPM 34
Nº de alimentadores 96
Eficiência (%) 90
Ne 27
67

Tabela 25: Produção por hora, dia e mês (conclusão)


Produção (kg/h) 33,17
Produção (kg/dia) 796,10
Produção (kg/mês) 23.883
Fonte: Autoras (2016)

Para o cálculo do número de teares utilizados para a produção de malha


esperada, é utilizada a fórmula abaixo:

Eq. (7)

Sendo:
= Número de teares utilizados para produzir o esperado;
= Produção que a empresa deseja produzir;
= Produção ou capacidade de um tear.

A partir dos dados acima e considerando a produção esperada, determinou-


se a quantidade de teares necessários para a produção, apresentada na Tabela 26
abaixo.

Tabela 26: Quantidade de teares necessários


Descrição Valores
Produção desejada 360.000
Produção de um tear 23.883,076
Número de teares 15,073
Fonte: Autoras (2016)

Visto que seria inviável comprar 16 teares para atingir a produção desejada
de 360.000 kg por mês, a Laccio optou pelo ajuste de produção, passando a ser de
358.246,14 kg por mês, como mostra na Tabela 27.
68

Tabela 27: Quantidade de teares atualizada


Produção Produção
Máquina Artigo Kg/hora Kg/dia Quantidade
desejada real
Tear Meia malha 360.000 497,56 1.1941,54 358.246,14 15
Fonte: Autoras (2016)

5.2 BENEFICIAMENTO

5.2.1 Memorial Descritivo

Tanto fibras naturais como as sintéticas necessitam do processo de


beneficiamento primário que consiste na retirada de impurezas que interferem
posteriormente no tingimento e acabamento. Para tecidos de material sintético
grande parte destas impurezas é devido aos óleos de enzimagem contidos nos
filamentos e graxas que lubrificam as máquinas. Para realizar a retirada desses
óleos e graxas faz-se uma lavagem (KARMAKAR,1999).
O setor de beneficiamento primário da Laccio Malhas utilizará como matéria
prima malha 90% poliamida e 10% elastano. A produção mensal necessária no
beneficiamento é de cerca de 360 toneladas.
Por meio dos cálculos executados percebeu-se que este setor permaneceria
uma quantidade relativa de tempo parado. Foi decidido que a empresa realizará
serviço para terceiros, a fim de aproveitar os momentos em que os equipamentos se
encontraram parados para obter uma segunda via de lucro para a Laccio.
Possibilitando assim que a empresa produza 178.476 Kg por mês de malha
beneficiada para terceiros, somando 538.476 Kg por mês.
Para desempenhar este processo de limpeza, será necessária a realização
da purga, que removerá óleos de enzimagem e graxas, juntamente com o emprego
da rama para que se obtenha estabilidade satisfatória dos artigos e assim tornar
possível a realização do processo de estamparia.
69

5.2.2 Fluxograma do Setor

A Figura 10 representa o fluxograma do setor de beneficiamento.

Figura 10: Fluxograma do setor de beneficiamento


Fonte: Autoras (2016)

5.2.2.1 Descrição do fluxograma

5.2.2.1.1 Armazém intermediário de malha produzida

Os rolos de malhas produzidos serão alocados para o armazém


intermediário, onde permanecerão até que o processo de beneficiamento primário
70

esteja disponível para ser realizado no lote armazenado. Os rolos de malha serão
utilizados de acordo com a demanda do beneficiamento.

5.2.2.1.2 Purga

Nesta etapa será realizada limpeza a úmido na malha, visando eliminar dos
substratos impurezas oriundas de óleo e graxas. As malhas de poliamida possuem
como características em seu produto final serem bem limpas o que faz com que a
purga seja essencial.
A Figura 11 apresenta o gráfico do processo da purga para o beneficiamento
primário.

Figura 11: Gráfico de processo para a purga


Fonte: Carvalho (2015)

5.2.2.1.3 Abertura

Etapa que consiste em passar o produto em uma máquina para auxiliar o


processo da ramagem, visto que como o nome indica abre a malha, que se encontra
em estado tubular, para que então seja feita a ramagem e não ocorram vincos.
Assim também ocorrerá a remoção parcial d’água remanescente do processo de
purga.
71

5.2.2.1.4 Impregnação

Para que ocorra uma ramagem sem agressão à malha, há necessidade de


passar por esse processo de impregnação de água no tecido.

5.2.2.1.5 Ramagem

Nesta etapa a malha é termofixada a fim de minimizar defeitos posteriores e


garantir uma estamparia mais eficaz.

5.2.2.1.6 Armazém de malha beneficiada

A malha beneficiada será alocada no armazém intermediário, onde


permanecerá até que o processo de estamparia esteja disponível para ser realizado
no lote armazenado.

5.2.2.1.7 Revisão

Nesta etapa serão revisadas as malhas tintas e de terceiros que foram


beneficiadas, procurando quaisquer defeitos que possam ter ocorrido durante os
processos anteriores, para que sejam classificadas de acordo com a qualidade e
sejam então encaminhadas à expedição.

5.2.2.1.8 Expedição

Após as malhas serem revisadas, estas são encaminhadas ao setor de


expedição onde serão separadas em lotes e despachadas com destino aos clientes.

5.2.3 Justificativa

Os processos de beneficiamento primário em artigos sintéticos além de


remover óleos que foram utilizados durante o processo de malharia, eventuais
72

sujeiras no tecido, também pode conferir uma boa estabilidade dimensional ao


tecido de malha.

5.2.4 Equipamentos

Os dados técnicos em relação ao jet, abridor, foulard e a rama, são


apresentados por meio das Tabelas 28, 29, 30 e 31, respectivamente.

Tabela 28: Dados técnicos do Jet


Equipamento Jet
Fabricante EMT Maquinas

Velocidade de Trabalho (m/min) 300

Eficiência (%) 90
Potência Instalada (KW) 24,6
Tensão Elétrica (V) 380
Capacidade (Kg) 600
Dimensões (CxLxA em mm) 4.015 x 4.600 x 3.500
Fonte: Bomval (2016)

Tabela 29: Dados técnicos do abridor


Equipamento Abridor

Fabricante Bianco

Modelo Tubular Opener


Velocidade de Operação (m/min) 100
Tensão de Alimentação (V) 380
Largura Máquina (mm) 7.500
Altura Máquina (mm) 5.000
Potência Instalada (KW) 16
Alimentação de Ar Comprimido (lt/min)
6 bar
Fonte: Bianco (2016)
73

Tabela 30: Dados técnicos do foulard


Equipamento Foulard
Fabricante Delta Equipamentos
Modelo MWF033
Velocidade de Operação (m/min) 60

Tensão de Alimentação (V) 220


Largura Máquina (mm) 3.500
Altura Máquina (mm) 2.000
Potência Instalada (KW) 10
Alimentação de Ar Comprimido (lt/min) 6bar
Pick – up (%) 70
Lastro (L) 50
Fonte: Delta Equipamentos (2016)

Tabela 31: Dados técnicos da rama


Equipamento Rama
Fabricante EHWHA Glotech
Modelo Textinno
Velocidade (m/min) 120

Comprimento (mm) 41.500


Largura (mm) 3.600
Altura (mm) 2.200
Estufa (mm) 24.000
Potência Instalada (KW) 225
Tensão (V) 380
Taxa de Evaporação (kg/mês) 565.552
Calor liberado (Kcal/mês) 344.986.417
Taxa de exaustão (kg/mês) 4.350.396
Vazão de exaustão (m³/mês) 5.878.914
Consumo de combustível (m³/mês) 22
Fonte: EHWHA Glotech (2010)

5.2.4.1 Equipamentos auxiliares

Os equipamentos auxiliares utilizados durante o processo de beneficiamento


primário estão representados na Tabela 32.
74

Tabela 32: Equipamentos auxiliares utilizados


Item Tipo Fabricante
1 Transpallet Nowak
Fonte: Autoras (2015)

A Tabela 33 descreve os dados técnicos do equipamento utilizado para a


movimentação dos pallets até o setor de armazém.

Tabela 33: Dados técnicos do transpallet


Equipamento Paleteira

Fabricante Nowak

Modelo TM2220 TP 530


Altura (mm) 1215
Comprimento (mm) 1390 ou 1540
Largura externa do garfo (mm) 530 ou 680
Comprimento útil do garfo (mm) 1000 ou 1150
Capacidade de carga (kg) 2200
Quantidade 1
Fonte: Nowak (2016)

5.2.5 Produtos e Auxiliares Utilizados

Para que ocorra o beneficiamento primário, há necessidade do emprego de


produtos que agem diretamente no substrato têxtil, a fim de melhorá-lo. A Tabela 34
apresenta o procedimento orientativo dos produtos utilizados.
75

Tabela 34: Produtos utilizados na purga


Produtos Concentração
Detergente não iônico 1 mL/L
Carbonato de Sódio 2 g/L
Ácido Acético 1 mL/L
Fonte: Autores (2016).

O uso do ácido acético, após o procedimento, é de suma importância para


que o material seja neutralizado.

5.2.6 Cálculos de Produção e Processo

5.2.6.1 Cálculo do número de máquinas

Ao dimensionar a produção de beneficiamento, percebeu-se que a Rama e o


Abridor serão os equipamentos limitantes. O beneficiamento deverá suprir a
necessidade de produção para 360.000kg/mês (644.122,04m/mês) de malha. Tendo
em vista o tempo ocioso, a empresa se propõe em prestar serviço terceirizado. Para
isto foi feito a análise de tempo disponíveis e por consequência a capacidade que
este setor teria para fornecer este tipo de serviço, sendo encontrado então uma
estimativa de 178.476kg/mês (319.334,41m/mês).

5.2.6.1.1 Jet

Para determinação dos cálculos de produção, há necessidade de considerar


a eficiência de 90% para o jet e o tempo de processo como 1 hora e 25 minutos,
correspondente a 1,417h. Anterior ao cálculo de número de máquinas é necessário
conhecer-se o número de partidas em um mês, em função do tempo de processo,
que é dado pela seguinte Equação (8).

= Eq. (8)
76

Sendo:
= Número de partidas por mês;

= Eficiência da máquina (%);

= Tempo médio para cada processo (h).

Sabendo que a produção da Laccio, é de aproximadamente 360.000 kg


(644.122,38m/mês) de malha Jersey e que a produção a ser terceirizada é de
178.476 Kg/mês, onde o número de partidas executadas por mês é de 457, a
quantidade de máquinas é calculada por meio da Equação (9).

( )
( )
Eq. (9)

Sendo:
= Quantidade de máquinas;

= Número de partidas por mês.

Após a realização dos cálculos, foi determinado o número de equipamentos


necessários para atender a produção tanto da Laccio quanto a ser terceirizada, os
dados resultantes encontram-se na Tabela 35 a seguir.

Tabela 35: Quantidade de esquipamentos utilizados para a purga


Qtde de Qtde de Quantidade
Capacidade da Número de Máquinas Máquinas Real de
Maquinário Máquina (kg) Partidas Produção Terceirizado Máquinas
Jet 600 457 1,31 0,65 2
Fonte: Autoras (2016)

Duas máquinas para a realização da purga atenderam à produção interna da


Laccio e a produção para terceiros.
77

5.2.6.1.2 Abridor, Rama e Foulard

Adotando a eficiência de 80% para o abridor, rama e foulard, e uma


velocidade de 28m/min, é realizado o cálculo da capacidade de produção das
máquinas por meio da Equação (10).

Eq. (10)

Sendo:
= Capacidade de produção, em m/mês;
V = velocidade da máquina em m/min;
= eficiência da máquina.

Para dimensionar a quantidade de máquinas utilizou-se a Equação (11).


Tendo a produção interna de 640.984,076 m/mês e a produção para terceiros de
319.334,4069 m/mês.

Eq. (11)

Sendo:
= Quantidade de máquinas;

= Produção desejada, em m/mês;

= Capacidade de produção, em m/mês.

A Tabela 36 apresenta a quantidade de equipamentos utilizadas no


beneficiamento.

Tabela 36: Quantidade de equipamentos utilizados no beneficiamento


Capacidade Qtde de Qtde de Quantidade
Velocidade Eficiência de Produção Máquinas Máquinas Real de
Maquinários (m/min) (%) (m/mês) Produção Terceirizada Máquinas
Abridor 28 80 967.680 0,667 0,33 1
Foulard 30 80 1.036.800 0,62 0,17 1
Rama 28 80 967.680 0,667 0,33 1
Fonte: Autoras (2016)
78

5.2.6.2 Cálculo do volume de banho

5.2.6.2.1 Purga

O volume de banho mensal é calculado a partir da Equação (12), sendo a


relação de banho 1:8.

= Eq. (12)

Sendo:
= Volume de banho, em L/mês;

= Produção, em m/mês;

= Relação de banho.
Para o cálculo da quantidade de produtos auxiliares no beneficiamento utiliza-se
a Equação (13).

Eq. (13)

Sendo:
= Consumo de auxiliares, em Kg/mês;

= Volume de banho, em L/mês;

= Concentração de produto, em g/L.

A quantidade do volume de banho é de 6.580.787,04L/mês, o consumo de


detergente é de 6.580,79L/mês e de carbonato é de 13.161,58Kg/mês

5.2.6.2.2 Foulard

Para calcular o volume de banho do foulard, utiliza-se a Equação (14), com


os valores de 70% e 50L, para o pick-up e lastro, respectivamente.

( )=( ( ) ) Eq. (14)


79

O cálculo para produtos auxiliares não é necessário, pois só é realizada uma


impregnação com água para que o filamento de elastano não seja agredido.
A Tabela 37 informa a quantidade de água utilizada no processo, bem como
o consumo de produtos auxiliares.

Tabela 37: Consumo de água e produtos


Produtos Produção Terceirizado Total
Volume de banho do foulard (L/mês) 450.935,67 124.983,2 575.918,87
Volume de banho Purga (L/mês) 5.152.979,04 1.427.808 6.580.787,04
Detergente não iônico (L/mês) 5.152,98 1.427,81 6.580,79
Carbonato de sódio (kg/mês) 10.305,96 28.655,62 13.161,58
Ácido acético (L/mês) 5.152,98 1.427,81 6.580,79
Fonte: Autoras (2016)

Os cálculos apresentados são referentes aos valores de produção interna da


Laccio Malhas, bem como para terceiros.

5.3 ESTAMPARIA

5.3.1 Memorial Descritivo

A estamparia é um processo de beneficiamento têxtil que, basicamente, tem


por finalidade imprimir desenhos coloridos nos tecidos. Este processo consiste nos
procedimentos utilizados para se obter um motivo, em uma ou mais cores, que se
repete com regularidade sobre o fundo. Acabamentos baseados em estampas são
um importante meio para agregar valor ao tecido liso (YAMANE, 2008). A estamparia
pode ocorrer por meio de quadros, cilindros ou digital.
Nem toda a malha produzida na Laccio Malhas será destinada para o setor
de estamparia, sendo assim, 50% será estampado, ou seja, cerca de 180.000kg
(521.740m²) de malha. Os padrões e desenhos estampados nas malhas poderão ser
80

diversificados, sendo desenvolvidos pela equipe da empresa ou pelos clientes, de


acordo com as características que desejarem.
A estamparia da Laccio Malhas contará com uma máquina rotativa, que irá
proporcionar aos seus produtos maior valor agregado, uma lavadora de cilindros,
assim como estantes para armazenamento dos mesmos. Com 1 funcionário,
máquinas rotativas da marca SPGPrints trabalharão 5 horas por dia, 30 dias por
mês, estampando 50% de sua produção total de malhas. O setor funcionará em
apenas um turno e trabalhará com margem de folga, que será utilizada para cobrir
os tecidos que ultrapassarão a média de velocidade da máquina, devido ao maior
tempo de produção.
Nos primeiros metros de cada rolo de malha a ser estampado, serão feitos
testes para verificar a intensidade das cores e também o correto encaixe da
estampa, para que, assim, o processo de estamparia possa ocorrer de forma
satisfatória gerando um produto com qualidade para nossos clientes. A cozinha de
pastas para estampagem será montada próxima a máquina, para que os ajustes nas
tonalidades ocorram de maneira facilitada.
Após a realização das estampas nos tecidos, estes passarão pela secagem
e posteriormente seguirão para o estoque final e expedição. Os cilindros utilizados
serão lavados e acondicionados em tubos de papelão, que serão depositados em
estantes de armazenamento, para que facilite o movimento de materiais no interior
da fábrica.

5.3.2 Processo de Estamparia Rotativa

As etapas necessárias para que o processo de estamparia rotativa ocorra de


maneira satisfatória, conferindo maior valor agregado e produzindo artigos
estampados com qualidade são mostradas na Figura 12.
81

Figura 12: Fluxograma do processo de estamparia rotativa


Fonte: Autoras (2016)

5.3.2.1 Armazém de malha beneficiada

Como descrito no tópico a respeito do beneficiamento, a malha beneficiada


será alocada em um armazém intermediário, onde permanecerá até que o processo
de estamparia esteja disponível para ser realizado no lote armazenado.
82

5.3.2.2 Criação do padrão

Quando os clientes solicitarem alguma padronagem de estampa específica,


o pedido do cliente será encaminhado ao setor de desenvolvimento de produto, que
deverá atender aos requisitos do cliente, desenvolvendo o rapport da estampa da
melhor maneira possível. Caso o cliente não tenha uma solicitação específica, a
Laccio Malhas terá a disposição um catálogo contendo os padrões já criados pelo
setor de desenvolvimento, que deverá ser atualizado periodicamente para que o
cliente esteja sempre satisfeito e com as principais tendências para o setor de moda
fitness.

5.3.2.3 Seleção das cores

Com os padrões de estampagem já definidos, serão selecionadas as cores


que farão parte da estampa, sendo uma cor para cada cilindro. Devido à facilidade
na diversificação da estamparia, será possível utilizar diversas cores para a criação
do artigo.

5.3.2.4 Gravação dos cilindros

A etapa de gravação dos cilindros é realizada por uma empresa terceirizada.


A empresa contratada para realizar este serviço é a SPGPrints, mesma empresa
fornecedora de diversos equipamentos para o setor de estamparia. A gravação dos
cilindros será feita a laser pelo equipamento bestLEN 541x, que oferece uma
gravação rápida, de alta qualidade e com detalhes finos. Para aprimorar o processo
de gravação de cilindros, a SPGPrints desenvolveu um pacote de softwares CAD
chamado BestIMAGE, que tem interface com o sistema de gravação a laser e
também oferece flexibilidade no desenvolvimento de padrões e separação de cores
(SPGPRINTS, 2016).
83

5.3.2.5 Preparação dos artigos

Nesta etapa são realizados testes em uma curta metragem de malha


estampada, para que ocorra a verificação dos cilindros de modo a verificar o encaixe
dos mesmos, para que a estampa não ocorra com defeitos. Após a verificação do
encaixe, os rolos de malhas são colocados nas máquinas de forma a não criar
tensões demasiadas (principalmente pelo fato de se trabalhar com uma malha com
elastano) e evitando a formação de vincos, que poderão gerar defeitos ao longo da
estampa.

5.3.2.6 Estampagem

Com os rolos já acomodados na máquina de estampagem, os cilindros são


encaixados na mesma. O tecido é deslocado continuamente por meio de um tapete
localizado sob o cilindro. O cilindro movimenta-se continuamente girando sempre no
mesmo sentido da movimentação do tecido e um dosador fica acionado para
controlar a quantidade de pasta dentro dos cilindros. Uma vareta, encontrada dentro
dos cilindros, é acionada magneticamente de modo a transferir a pasta para o tecido
através dos pontos que estão abertos no cilindro.

5.3.2.7 Secagem

A secagem ocorre seguinte à estamparia, no secador que é acoplado à


máquina de estampagem. Esta etapa se faz necessária para que a tinta úmida não
marque o verso do tecido e também para que não ocorram defeitos como borrões ou
outros.

5.3.2.8 Revisão

Após as malhas já estampadas e secas, os rolos são encaminhados ao setor


de revisão, onde serão conferidos a fim de verificar a ocorrência de inconformidades
nas estampas ou mesmo defeitos na malha e serão classificados de acordo com a
sua qualidade, para que possam ser destinados à expedição.
84

5.3.2.9 Expedição

Após as malhas serem revisadas, estas são encaminhadas ao setor de


expedição, onde serão separadas em lotes e despachadas com destino aos clientes.

5.3.3 Equipamentos

Os principais equipamentos utilizados no setor de estamparia são os


cilindros, lavadora de cilindros, máquina de estamparia rotativa e secador de tecidos.
Na Tabela 38 são apresentados os equipamentos que serão utilizados pela Laccio
Malhas, bem como seus fornecedores.

Tabela 38: Equipamentos utilizados na estamparia


Equipamento Fornecedor
Cilindros SPGPrints
Lavadora de cilindros SPGPrints
Máquina de estamparia rotativa SPGPrints
Secador de tecidos SPGPrints
Fonte: Autoras (2016)

Os cilindros utilizados na estamparia terão seus padrões gravados a laser e


serão fornecidos pela empresa SPGPrints, da marca PentaScreen®. Estes cilindros
foram escolhidos por apresentarem resultados de impressão uniformes, longa vida útil e
adaptação a diversos tipos de estampa, desde meios-tons a traços finos.
A lavadora escolhida é fornecida pela SPGPrints, realiza uma lavagem
detalhada e cuidadosa e acomoda diferentes tipos de cilindros. Ela também realiza
as operações de modo rápido e eficiente, minimizando os tempos de parada e tendo
um baixo consumo de água.
A máquina para estamparia rotativa escolhida é a Pegasus EVO. Esta
possui uma variação de largura de 1,85m a 3,2m. O fabricante prestará assistência
remota para esta máquina, tornando mais fáceis os processos de manutenção.
Outro fator importante desta máquina é o modo de utilização da lâmina, que pode
ser realizada em diversos ângulos, para diferentes quantidades de pasta aplicada ao
85

tecido, podendo ser uma quantidade reduzida e mais econômica. O tempo de vida
útil da máquina é aumentado devido à baixa fricção entre a estampa e a lâmina.
Após a estampagem, o tecido passará por um secador. Este é o secador
Apollo da SPGPrints, um secador eficiente que possibilita uma secagem rápida e
uniforme das larguras do tecido. Apresenta um desempenho econômico, utilizando
uma quantidade mínima de energia para realizar a secagem e possui tamanho
compacto necessitando menor espaço para sua instalação.
As Tabelas 39, 40 e 41 apresentam as dimensões da lavadora de cilindros,
bem como dados técnicos da máquina de estamparia rotativa e do secador de
tecidos Apollo.

Tabela 39: Dados técnicos da lavadora de cilindros


Equipamento Lavadora de Cilindros
Fabricante SPGPrints
Capacidade de Lavagem 3 cilindros
Dimensões (CxLxA mm) 3000 x 1500 x 1600
Quantidade 1
Fonte: SPGPrints (2016)

Tabela 40: Dados técnicos da máquina de estamparia rotativa


Equipamento Máquina de Estamparia - Pegasus EVO
Fabricante SPGPrints
Velocidade Média de Trabalho (m/min) 50
Eficiência (%) 85
Potência Instalada (KW/h) 180
Tensão Elétrica (V) 440
Largura (mm) 1800
Dimensões (CxLxA mm) 12000 x 3000 x 2000
Altura da Máquina + instalações (mm) 5000
Quantidade 1
Fonte: SPGPrints (2016)
86

Tabela 41: Dados técnicos do secador


Equipamento Secador – Apollo
Fabricante SPGPrints
Velocidade Média de Trabalho (m/min) 50
Eficiência (%) 90
Potência Instalada (KW/h) 180
Tensão Elétrica (V) 440
Dimensões (CxLxA mm) 6000 x 4000 x 5000
Quantidade 1
Fonte: SPGPrints (2016)

5.3.4 Equipamentos Auxiliares

5.3.4.1 Cozinha de produtos da estamparia

A cozinha de produtos da Laccio Malhas será montada dentro do setor de


estamparia, que contará com dois misturadores de pasta e uma balança. As
dimensões da cozinha serão de 3 metros de largura, 4 de comprimento e 5 de altura,
para que possa comportar os equipamentos e também as pastas que serão
preparadas e aguardarão o encaminhamento para a mesa de estampagem. Os
dados dos equipamentos auxiliares da estamparia estão apresentados nas Tabelas
42 e 43.

Tabela 42: Dados técnicos do misturador de pasta


Equipamento Misturador de Tinta
Fornecedor Mogk Máquinas
Modelo Multi Mix
Dimensões (CxLxA mm) 900 x 550 x 380
Voltagem (V) 220
Velocidade (RPM) 18-56 (variável)
Peso (Kg) 58
Capacidade Máxima (L) 25
Quantidade 2
Fonte: Mogk Máquinas (2016)
87

Tabela 43: Dados técnicos da balança


Equipamento Balança Analítica
Fornecedor Mykro Waage
Modelo Mark L 6501
Dimensões (CxLxA mm) 230 x 185 x 80
Voltagem (V) 110
Capacidade Máxima (g) 6500
Capacidade Mínima (g) 20
Desvio Padrão (g) 0,1
Quantidade 1
Fonte: Mykro Waage (2016)

A cozinha da estamparia da Laccio Malhas irá trabalhar produzindo pastas


com procedimentos pré-estabelecidos, variando apenas a cor do pigmento que será
utilizado.

5.3.5 Pasta de Estampagem

A pasta de estampagem utilizada na Laccio Malhas será desenvolvida e


produzida na cozinha de produtos da estamparia, levando em sua composição água,
espessante, cola ligante, estabilizador de PH e pigmento. Os fornecedores de cada
um destes produtos químicos estão apresentados na Tabela 44.

Tabela 44: Fornecedores de produtos e auxiliares da pasta de estampagem


Produto Tipo Fornecedor
Cola Ligante Goldcryl LAP Golden Química
Espessante Goldcryl ECP Golden Química
Estabilizador de Ph Goldstab P Golden Química
Pigmento Sinterdye Sintequímica
Fonte: Golden Química (2016), Sintequímica (2016)
88

5.3.5.1 Produtos e auxiliares da pasta

As pastas de estampagem utilizadas na Laccio Malhas terão sua


composição à base d’água e serão transparentes (clear), possuindo como
características o toque suave, limpeza facilitada e custo reduzido (RIBEIRO, 2015).

5.3.5.1.1 Água

Atua como solvente na pasta. É utilizada devido aos baixos impactos


ambientais quando comparados a outros solventes.

5.3.5.1.2 Pigmento

São principalmente compostos orgânicos coloridos e insolúveis em água.


Por não possuir substantividade nem grupos reativos para se ligar às fibras,
depositam-se apenas na superfície das mesmas. Para que os pigmentos se fixem na
superfície dos materiais têxteis, é necessário o uso de ligantes (JULIANO;
PACHECO, 2016).

5.3.5.1.3 Ligante

Resina sintética de estrutura tridimensional que forma uma película, que


será responsável por fixar o pigmento no tecido (JULIANO; PACHECO, 2016).

5.3.5.1.4 Espessante

Responsável por elevar a viscosidade das pastas evitando o fenômeno de


migração dos corantes para partes não estampadas. (JULIANO; PACHECO, 2016).
89

5.3.5.1.5 Estabilizador de pH

É utilizado na pasta para ajustar o pH ideal para o processo de


polimerização do ligante na estampagem com pigmentos (MEZA, 2010).

5.3.5.2 Cálculo de consumo de pasta

O procedimento orientativo da pasta produzida pela Laccio Malhas é


apresentado na Tabela 45 e terá um rendimento de 550L de pasta pronta para a
realização do processo de estampagem.

Tabela 45: Receita da pasta de estampagem


Produto Quantidade
Água(L) 500
Cola Ligante (Kg) 20
Espessante (Kg) 40
Estabilizador de pH (kg) 1
Pigmento 3% do volume total da pasta
Fonte: Autoras (2016)

Serão estampados aproximadamente 180.000 kg de malha, que equivale a


321.366,8805m de comprimento e 1,6235m de largura, ou seja, 521.740m²,
aproximadamente. Para fins de cálculos será adotada a quantidade de 500.000 m²,
visto que nem toda a superfície da malha será estampada e os padrões serão
variáveis. Com um litro de pasta de estampagem, é possível estampar, em média,
12m² de tecido, assim:

Eq. (15)
90

Sendo assim, para que seja suprida a produção, serão necessárias 76


receitas de pasta de estampagem mensalmente. Os valores totais de produtos e
auxiliares estão apresentados na Tabela 46.

Tabela 46: Consumo mensal de produtos da pasta de estampagem


Produto Quantidade
Água(L) 38.000
Cola Ligante (Kg) 1.520
Espessante (Kg) 3.040
Estabilizador de pH (kg) 76
Pigmento (Kg) 1.254

Fonte: Autoras (2016)

5.3.5.3 Parâmetros de controle do processo

5.3.5.3.1 Viscosidade

A viscosidade das pastas de estampagem deve ser controlada a fim de que


as pastas feitas pelo desenvolvimento de produtos sejam finas o suficiente para
passar através dos poros do cilindro, em contrapartida, devem ser espessas o
suficiente para que não transpareça no avesso do tecido e assim garanta a
qualidade do produto aos clientes da Laccio Malhas.

5.3.5.3.2 Intensidade da cor e encaixe dos cilindros

Durante a preparação das pastas de estampagem poderão ocorrer variações


na intensidade da cor de cada pasta, dessa forma, o responsável pela elaboração e
manipulação das mesmas deverá estar sempre presente quando forem realizados
os testes de estampa. Assim, este responsável deverá garantir que a intensidade da
cor da pasta seja a mesma exigida na ficha técnica pelo ciente. Também deve estar
presente na etapa de testes o operador da mesa de estampagem, para que este
possa adequar à velocidade do tapete, para que o encaixe dos cilindros seja preciso
91

e a estampa ocorra de maneira uniforme em toda a extensão do tecido, garantido


maior qualidade no produto final da Laccio Malhas.

5.3.5.3.3 Controle final da estampa

O controle final será realizado no setor de revisão da empresa, antes de


serem encaminhadas para a expedição. Na revisão os tecidos serão pontuados e
classificados de acordo com a quantidade de defeitos encontrados em toda a
extensão, avaliando toque da estampa, amarelamento de cores claras,
sincronização dos desenhos, além de defeitos que possam ser provenientes de
outros processos.

5.3.6 Cálculos de Produção

A produção diária de estamparia pode ser influenciada por diversos fatores,


como uma estampa ser mais elaborada e ter mais detalhes, assim a velocidade de
estampagem da máquina diminuirá, bem como sua eficiência. O número de cores da
estampa também pode afetar o ritmo da produção. Dessa forma, será adotada a
velocidade média de estampagem de 50 metros a cada minuto, sendo que a
eficiência de trabalho da máquina será de 75%.
Para o cálculo de produção será utilizada a Equação 16.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Eq.(16)

Sendo assim a máquina terá uma capacidade de estampar 337.500 metros


de tecido. Portanto, será utilizada 95,21% de sua capacidade total para suprir a
produção mensal da Laccio Malhas, trabalhando 5 horas por dia, 30 dias por mês.
Assim, o setor funcionará em apenas um turno e trabalhará com margem de folga,
que será utilizada para cobrir os tecidos que ultrapassarão a média de velocidade da
máquina, devido ao maior tempo de produção.
O secador de tecidos estampados possui a mesma velocidade da mesa de
estampagem, visto que se encontra acoplado a esta. Dessa forma, com uma
92

eficiência de 90%, o secador estará em operação por 4 horas durante 30 dias por
mês e assim será capaz de suprir a produção da estamparia. As horas restantes do
turno serão utilizadas para cobrir demandas maiores de tecidos estampados que
possam ser oriundos de um pedido diferenciado, este tempo também será utilizado
para a produção das pastas de estampar.

5.4 REVISÃO E EXPEDIÇÃO

A revisão é uma etapa necessária no processo e faz parte do controle de


qualidade da empresa. Este setor contará com uma revisadeira e uma embaladeira
que funcionarão 8 horas por dia, 30 dias por mês sendo operadas por dois
funcionários.

5.4.1 Fluxograma do Setor

Figura 13: Fluxograma do setor de revisão e expedição


Fonte: autoras (2016)

5.4.1.1 Revisão

Nesta etapa serão revisadas tanto as malhas tintas que foram beneficiadas,
procurando quaisquer defeitos que possam ter ocorrido durante os processos
93

anteriores, como também as malhas que foram estampadas. A revisão é necessária


para que os rolos de malha sejam conferidos, a fim de verificar a ocorrência de não
conformidades e de defeitos, para que tais rolos possam passar para a etapa de
expedição. Os rolos de malha saem da revisão já com a metragem definida pelo
cliente.

5.4.1.2 Expedição

Aqui os rolos de tecidos serão embalados, etiquetados e separados em lotes


para que possam ser enviados, por meio de transportadora, até os clientes da
Laccio Malhas.

5.4.2 Equipamentos Utilizados na Revisão e Expedição

A Tabela 47 apresenta os dados técnicos da revisadeira utilizada na Laccio


Malhas.

Tabela 47: Dados técnicos da revisadeira


Equipamento Revisadeira
Fabricante Delta Equipamentos
Modelo REV 450
Velocidade de Trabalho (m/min) 0 a 60
Potência Instalada (KW) 5
Voltagem (V) 220/380/440
Dimensões (CxLxA mm) 2500 x 3000 x 1600
Quantidade 2
Fonte: Delta Equipamentos (2016)
94

A Tabela 48 apresenta os dados técnicos da embaladeira utilizada na Laccio


Malhas.

Tabela 48: Dados técnicos da embaladeira de rolos


Equipamento Embaladeira
Fabricante Delta Equipamentos
Modelo EWB 700
Capacidade Produtiva (rolos/min) Até 4
Largura dos Rolos (mm) 1000 a 3000
Diâmetro dos Rolos (mm) 100 a 500
Pressão de Ar (Bar) 6
Potência Instalada (KW) 15 a 45
Voltagem (V) 220/380/440
Dimensões (CxLxA mm) 6000 x 4000 x 2500
Quantidade 1
Fonte: Delta Equipamentos (2016)
95

6 SETORES DE APOIO

6.1 PCP

Como desempenha uma função de coordenação de apoio ao sistema


produtivo, o Planejamento e Controle da Produção (PCP), de forma direta ou
indireta, relaciona-se praticamente com todas as funções deste sistema. O PCP é
responsável pela coordenação e aplicação dos recursos produtivos de forma a
atender da melhor maneira possível os planos estabelecidos nos três níveis
hierárquicos da empresa, definido o que, quanto e quando produzir, comprar e
entregar, além de quem e/ou onde e/ou como produzir (FERNANDES; GODINHO
FILHO, 2010)
Para Furlanetto (2004), o objetivo da produção deve ser planejado com base
em uma previsão de vendas que não ultrapasse a capacidade de produção da
empresa. Ele ainda aponta que o planejamento da produção trabalha com
máquinas, matérias primas e mão de obra e, dessa forma, o PCP visa equilibrar
estes três fatores de modo a alcançar os objetivos da empresa.
No nível estratégico, o PCP participa da formulação do Planejamento
Estratégico da Produção, gerando um Plano de Produção, onde são definidas as
políticas estratégicas de longo prazo da empresa. No nível tático, o PCP desenvolve
o Planejamento Mestre da Produção, obtendo o Plano Mestre de Produção (PMP),
onde são estabelecidos os planos de médio prazo para a produção. No nível
operacional, o PCP prepara, em curto prazo, a Programação da Produção,
administrando estoques, sequenciando, emitindo e liberando as ordens de compras
e de fabricação, além de executar o acompanhamento e controle da produção
(MOLINA, 2006).
Por ser um setor que trabalha de forma contínua, ou seja, sem depender de
lotes, a malharia deve possuir planejamento e controle de matéria-prima, para
períodos determinados. Os setores de beneficiamento e estamparia trabalharão por
lotes, isto é, uma quantidade determinada de malhas por vez. Dessa forma deve
haver, para cada lote, planejamento e controle de matéria-prima, da produção e
também de produtos acabados.
96

O PCP da Laccio Malhas tem início na definição da estratégia adotada pela


empresa, esta ocorre no nível estratégico e envolve a alta gerência. Esta decisão
deve conter estratégias de produção, marketing, recrutamento e treinamento de mão
de obra. No nível tático o PCP deve elaborar o Plano Mestre de Produção, com
decisões a médio prazo, de acordo com o setor produtivo. No nível operacional o
PCP deve controlar a produção propriamente dita, executando todo o planejamento
realizado anteriormente.
O controle da produção deverá ser realizado pelo responsável de cada setor
produtivo, que deverá manter o software atualizado com as informações e dados de
produção de seu respectivo setor. As ordens de produção além de estarem
fisicamente disponíveis em cada etapa de produção, também poderão ser
acessadas por meio dos computadores com acesso ao sistema interno da empresa,
facilitando assim o acompanhamento da produção.
A Laccio Malhas contará com um Enterprise Resource Planning (ERP) ou
sistema integrado de gestão. ERP é um sistema que facilita o fluxo de informações
dentro de uma empresa, integrando os vários departamentos e funções, como
manufatura, logística, finanças, recursos humanos e engenharia, entre outras. O
objetivo deste é ser capaz de entrar com a informação uma única vez, e essa
informação pode ser acessada por todos. Assim, cada departamento possui seu
próprio sistema de computador, de acordo com a necessidade e a forma de trabalho.
O ERP combina todos sistemas em um só programa de software integrado que
trabalha com um banco de dados em comum (PAULINO et al., 2007).
O software utilizado no PCP da Laccio Malhas, bem como em todos os
outros setores será o Systêxtil ERP. Este é um ERP direcionado para a gestão de
toda a cadeia têxtil, e gerencia todos os processos de produção, assim como todas
as rotinas e processos comerciais, financeiros, de logística e fiscais.

6.2 GESTÃO DA QUALIDADE

Desde o início do século XXI, a qualidade não pode mais ser considerada
como uma função isolada ou como apenas um diferencial no mercado. Atualmente,
os clientes tornaram-se mais exigentes e conscientes, fazendo com que a qualidade
97

seja uma questão de sobrevivência para as organizações (BLÖDORN; SOARES,


2011).
Para Garvin (2002) a qualidade se define a partir de cinco abordagens
principais:
 Transcendental: Trata a qualidade como algo inato ao produto, porém
relacionada ao seu funcionamento. Relaciona o duradouro, o intemporal
às obras de qualidade, que sobrevivem independente de gosto ou estilo.
 Baseada no produto: Definições baseadas no produto estão relacionadas
diretamente às características do produto. Trata a qualidade como uma
variável precisa e mensurável, oriunda dos atributos do produto.
 Baseada no usuário: Esta é subjetiva, pois define um produto de
qualidade como aquele que atende melhor as preferências do
consumidor, ou seja, varia de acordo com a pessoa.
 Baseada na produção: Está diretamente ligada à oferta e se interessa
pelas práticas relacionadas com a engenharia e a produção. Nesta
abordagem, qualidade é “conformidade com as especificações”.
 Baseada no valor: É inteiramente ligada à relação de custos e preços. Um
produto de qualidade é aquele que tem um preço ou um custo aceitável.
A qualidade de um produto é um fator decisivo para que qualquer empresa
tenha sucesso no mercado globalizado e competitivo atual. A implantação de
ferramentas, programas e métodos da qualidade aumentam a produtividade e se
aplicados dentro dos princípios da melhoria contínua transformam não somente as
atividades operacionais das organizações, mas embasam a filosofia da qualidade
(CAMPOS, 2014).
Visando a satisfação de nossos clientes, a Laccio Malhas fundamentará sua
qualidade nas abordagens baseadas no produto, produção, usuário e valor,
adotando políticas de qualidade como a filosofia Kaizen e também o Controle de
Qualidade Total (TQC), buscando a melhoria contínua dos processos e da
organização como um todo.
98

6.2.1 Controle de Qualidade

A fim de avaliar a qualidade dos artigos produzidos na Laccio Malhas, a


empresa contará com um laboratório de controle da qualidade, onde serão
realizados diversos ensaios e testes, no início, durante e ao fim do processo
produtivo. Os ensaios realizados envolverão processos físicos e químicos. Os
ensaios físicos para avaliar a qualidade do tecido são:

 Determinação do título dos fios (NBR 13214).


 Determinação da gramatura (NBR 10591).
 Determinação do número de carreiras/cursos e colunas em tecidos de
malha (NBR 12060).
 Determinação da elasticidade e alongamento (NBR 12960).
 Determinação do percentual de defeitos (NBR 13461).
 Ensaio para determinar a resistência ao pilling.
 Determinação da solidez da cor à fricção (NBR ISO 105 X12).

Os ensaios químicos envolverão:

 Determinação da solidez da cor à água (NBR ISO 105 E1, 2013).


 Determinação da solidez da cor à lavagem (ABNT NBR ISO 105-C06:
2010).
 Determinação das alterações dimensionais de tecidos planos e malhas -
Lavagem em máquina doméstica automática (NBR 10320, 1988).

6.2.1.1Equipamentos utilizados no laboratório de controle de qualidade

6.2.1.1.1 Aspas

Utilizadas para a realização de testes de titulação nos fios, antes do


processo de malharia.
99

Tabela 49: Dados técnicos da aspa


Equipamento Aspas
Fabricante Texcontrol
Modelo Eletrônica – 161
Número de Alimentadores 7
Sistema Métrico ou Jardas
Voltagem (V) 220
Dimensões (CxLxA mm) 900 x 600 x 600
Peso (Kg) 40
Quantidade 1
Fonte: Texcontrol (2016)

6.2.1.1.2 Balança analítica

Será utilizada tanto na titulação quanto na determinação da gramatura da


malha.

Tabela 50: Dados técnicos da balança analítica


Equipamento Balança
Fabricante Texcontrol
Modelo Eletrônica – 500L210C
Capacidade Total (g) 210
Desvio Padrão (mg) ±0,1
Voltagem (V) 110/220
Dimensões da Câmara de Pesagem (CxLxA 240 x 180 x 150
mm)
Dimensões Externas (CxLxA mm) 310 x 220 x 420
Quantidade 1
Fonte: Texcontrol (2016)

6.2.1.1.3 Cortador circular

O cortador circular será utilizado para realizar os testes de gramatura na


malha.
100

Tabela 51: Dados técnicos do cortador circular


Equipamento Cortador Circular
Fabricante Texcontrol
Modelo TC 450
Tamanho (mm) 100
Quantidade 2
Fonte: Texcontrol (2016)

6.2.1.1.4 Lupa conta fios

Será utilizada para realizar a contagem no número de colunas e carreiras,


para a determinação da densidade da malha.

Tabela 52: Dados técnicos do conta fios


Equipamento Conta Fios
Fabricante Twenga
Modelo Alumínio 10x
Dimensões (CxLxA mm) 35 x 45 x 45
Diâmetro da Lente (mm) 20
Quantidade 3
Fonte: Twenga (2016)

6.2.1.1.5 Abrasímetro

O abrasímetro será utilizado para avaliar a formação de pilling nas malhas


produzidas na Laccio Malhas.

Tabela 53: Dados técnicos do abrasímetro


Equipamento Abrasímetro
Fabricante Texcontrol
Modelo Martindale TC 145
Quantidade 1
Fonte: Texcontrol (2016)
101

6.2.1.1.6 Crockmeter

Equipamento automático para ensaios de solidez da cor à fricção a seco e


úmido.

Tabela 54: Dados técnicos do crockmeter


Equipamento Crockmeter
Fabricante Texcontrol
Modelo Electric – 198 B
Voltagem (V) 110/220
Peso (Kg) 20
Dimensões (CxLxA mm) 800 x 250 x 260
Quantidade 1
Fonte: Texcontrol (2016)

6.2.1.1.7 Dinamômetro

Utilizado para realizar os testes de elasticidade e alongamento.

Tabela 55: Dados técnicos do dinamômetro


Equipamento Dinamômetro
Fabricante Texcontrol
Modelo Tensolab 3 – 2512 A
Distância entre garras (mm) 50 a 500
Voltagem (V) 110/220
Peso (Kg) 75
Dimensões (CxLxA mm) 610 x 610 x 1340
Quantidade 1
Fonte: Texcontrol (2016)

6.2.1.1.8 Lavadora de amostras

Utilizada para a determinação das alterações dimensionais na malha.


102

Tabela 56: Dados técnicos da lavadora de amostras


Equipamento Lavadora de amostras
Fabricante Delta Equipamentos
Modelo DWM 555
Potência Instalada( KW) 3
Voltagem (V) 220/380/440
Pressão de Ar (Bar) 6
Dimensões (CxLxA mm) 800 x 800 x 1000
Quantidade 1
Fonte: Delta Equipamentos (2016)

6.2.1.1.9 Lavadora para testar solidez da cor

Este equipamento será utilizado para testes de solidez da cor à lavagem.

Tabela 57: Dados técnicos da lavadora para testar solidez da cor


Equipamento Lavadora
Fabricante Gester
Modelo GT-D07A
Velocidade de Rotação (RPM) 40±2
Dimensões (CxLxA mm) 760 x 490 x 720
Peso (Kg) 60
Quantidade 1
Fonte: Gester (2016)

6.2.1.1.10 Perspirômetro

Utilizado no ensaio de resistência da cor à agua.

Tabela 58: Dados técnicos do perspirômetro


Equipamento Perspirômetro
Fabricante Gester
Modelo GT-D09
Dimensões (CxLxA mm) 165 x 75 x 145
Quantidade 1
Fonte: Gester (2016)
103

6.2.1.1.11 pHmetro de bancada

Este será utilizado para verificação do pH em diversas etapas do processo e


para a determinação do pH do extrato aquoso.

Tabela 59: Dados técnicos do pHmetro


Equipamento pHmetro
Fabricante Texcontrol
Modelo Microprocessado 400M
Voltagem (V) 110
Dimensões (CxLxA mm) 90 x 200 x 200
Quantidade 1
Fonte: Texcontrol (2016)

6.3 SEGURANÇA DO TRABALHO

De acordo com Santos (2015), segurança no trabalho pode ser entendida


como um grupo de medidas adotadas visando diminuir os acidentes que ocorrem no
trabalho, doenças ocupacionais, que podem ser eliminadas para proteger a
capacidade de trabalho do trabalhador. Assim, as Normas Regulamentadoras (NRs)
são fundamentais para a execução de tais medidas. Os empregadores devem
atender aos requisitos mínimos obrigatórios exigidos pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) para empresas com colaboradores regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
Para que a Laccio Malhas possa ser inserida no mercado de acordo com as
exigências do MTE, a Norma Regulamentadora 2 deve ser atendida, sendo que esta
se refere à inspeção que toda instalação fabril deve ser submetida por uma equipe
contratada, para que a empresa seja autorizada a iniciar suas atividades livres de
riscos de acidentes ou doenças de trabalho. Após a inspeção, será gerado um
documento declarando que a fábrica está apta a entrar em funcionamento.
A Laccio Malhas estará preparada para atender às especificações das
seguintes NRs:
104

 NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho (SESMT): na Laccio Malhas este departamento
será projetado de acordo com o quadro de dimensionamento do SESMT,
que se encontra anexo à NR nº 4. Conforme o quadro, devido a dois tipos
de atividades exercidas na empresa (fabricação de tecidos de malha e
acabamento), a empresa é classificada com um grau de risco 3. Dessa
forma o SESMT será composto por um Técnico em Segurança do
Trabalho, este terá a função de prevenção de acidentes, promoção de saúde
para os colaboradores, e auxiliará os colaboradores no cumprimento das
demais NRs.
 NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): a CIPA tem
como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
trabalho, de modo a tornar compatível o trabalho com a preservação da
vida e a promoção da saúde do trabalhador. Será composta por
representantes do empregador e dos empregados.
 NR 6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI): são os dispositivos ou
produtos, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho. A empresa fornecerá aos colaboradores, gratuitamente, EPIs
adequados ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento.
O técnico em segurança do trabalho, bem como os encarregados dos
setores, serão responsáveis por supervisionar o uso dos EPIs.
 NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO):
esta NR tem o objetivo de promover e preservar a saúde do conjunto dos
trabalhadores. O PCMSO deve incluir a realização obrigatória dos
exames médicos. A NR 7 também estabelece que todo estabelecimento
deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros
socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida e
tal material deve ser guardado em local adequado e aos cuidados de
pessoa treinada para esse fim.
 NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): visa à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
105

ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio


ambiente e dos recursos naturais. A Laccio Malhas desenvolverá um
PPRA em conformidade com esta NR.
 NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenamento e Manuseio de
Materiais: esta NR estabelece que equipamentos utilizados na
movimentação de materiais, serão construídos de maneira que ofereçam
as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em
perfeitas condições de trabalho. Também dispõe que o material
armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas,
equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, e que a
disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o
acesso às saídas de emergência.
 NR 12 – Segurança do Trabalho em Máquinas e Equipamentos: o
empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em
máquinas e equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade
física dos trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver
pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.
 NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações: as caldeiras deverão
estar de acordo com esta NR quanto sua instalação, operação e
manutenção. Deverão conter válvulas de segurança, indicador de pressão
do vapor acumulado, sistema de alimentação de água independente do
principal, sistema de controle de nível de água, para evitar o
superaquecimento por alimentação deficiente. Também deve seguir as
especificações da distância de instalação e possuir duas saídas amplas e
desobstruídas.
 NR 17 – Ergonomia: visa estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto,
segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem
aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do
posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
106

 NR 23 – Proteção Contra Incêndios: devem ser adotadas medidas de


prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as
normas técnicas aplicáveis. Todos os trabalhadores devem ter
informações sobre a utilização dos equipamentos de combate ao
incêndio, procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com
segurança, e dos dispositivos de alarme existentes. Os locais de trabalho
também deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de
modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los
com rapidez e segurança, em caso de emergência. As aberturas, saídas e
vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas
ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. Nenhuma saída de
emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de
trabalho.
 NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: em
todos os ambientes de trabalho, será fornecida água potável aos
colaboradores em bebedouros. Banheiros e refeitório deverão atender
requisitos mínimos de higiene e conforto.
 NR 25 – Resíduos Industriais: a Laccio Malhas adotará práticas
organizacionais para diminuir ao máximo a geração de resíduos, e dando
aos gerados a destinação correta segundo às leis ambientais municipais,
estaduais ou federais vigentes, sendo estes gasosos, líquidos ou sólidos;
 NR 26 – Sinalização de Segurança: as cores escolhidas como indicativos
de riscos ao trabalhador, a classificação e a rotulagem de produtos
químicos deverão seguir às disposições estabelecidas nesta norma, para
melhor identificação e advertência quanto aos riscos.

6.4 MANUTENÇÃO

Manutenção são ações técnicas e administrativas para que se mantenha um


equipamento funcionando de forma que se tenha disponibilidade, segurança,
desempenho adequado, qualidade e com menor custo possível.
107

Para que isso seja realizado, a Laccio utilizará manutenção preditiva e


preventiva. Terá um departamento de planejamento e controle de manutenção. Este
será responsável por planejar, programar, processar dados das manutenções,
recolher informações e controla-las a fim de garantir o cumprimento dos itens acima,
a menor ocorrência de falhas e menor ocorrência de manutenção corretiva não
planejada. Por meio dessas manutenções será possível conhecimento prévio das
ações, nivelamento de recursos assim como sua disponibilidade e alocação.
Além deste departamento a Laccio conta com uma oficina de manutenção,
funcionários capacitados e prontos para executar tais ações. Os colaboradores
estarão disponíveis em todos os turnos.

6.4.1 Manutenção Preventiva

Manutenção preventiva é a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a


falha ou queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado,
baseado em intervalos definidos de tempo (PINTO; XAVIER, 1998).
Por conta do alto volume de produção, e o número de teares, por exemplo,
estar perto do limite considerado após o desperdício, é necessário que o
Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) se programe de forma a ser efetivo
em sua manutenção preventiva, pois as paradas fora do planejamento acarretarão
gastos e atrasos desnecessários.
Como nem todos os dados são fornecidos pelos fabricantes, o ambiente em
volta e condições de operações podem interferir nessa periodicidade, assim, será
definido esse intervalo por meio de plantas similares.

6.4.2 Manutenção Preditiva

Pinto e Xavier (1998) definem esse tipo de manutenção como sendo “a


atuação realizada com base em modificação de parâmetro de condição ou
desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma sistemática”.
Para se estabelecer um diagnóstico serão monitorado os ruídos e vibrações
dos teares de malharia. Na rama, foulard e JET contará com termômetros internos e
com válvulas internas que medem a pressão, e, por meio da temperatura e pressão
108

mostrada no painel eletrônico, pode se observar se a temperatura está de acordo


com os parâmetros.
Com base no diagnóstico serão mantidas atualizadas as informações e
analisadas para que o planejamento seja atualizado quando necessário e se tenha
um histórico dos equipamentos a fim de se tornar fácil o rastreamento de possíveis
falhas.
Quando for necessária intervenção será realizada uma corretiva planejada.
Essas duas manutenções serão combinadas a fim de se evitar paradas e falhas,
garantindo pelo melhor custo benefício maior disponibilidade e rendimento da
máquina. A ordem de serviço será planejada, para então ocorrer o planejamento,
execução e em paralelo a coleta e processamento de dados e, por fim, o controle e
anotação de informações, a fim de se ter um histórico e uma manutenção eficaz.
Caso ocorram acontecimentos fora do planejado será efetuada a
manutenção corretiva não planejada, porém a gestão responsável pelo
planejamento da manutenção irá tomar medidas para que ocorra como o
planejando, ou seja, além de planejar buscar estar atento à execução e controle
para evitar a ocorrência de falhas e ações não planejadas.

6.4.3 Manutenção Corretiva

Caso ocorram acontecimentos fora do planejado será efetuada a


manutenção corretiva não planejada, porém a gestão responsável pelo
planejamento da manutenção irá tomar medidas para que sempre ocorra como o
planejando, ou seja, além de planejar, buscar estar atento à execução e controle
para evitar a ocorrência de falhas e ações não planejadas.
109

7 UTILIDADES

7.1 ILUMINAÇÃO

Uma boa iluminação permite que as pessoas desempenhem suas tarefas de


maneira eficiente, correta e segura, melhorando a ergonomia visual, sem que cause
fadiga visual e desconforto. Dessa forma, é necessária atenção na quantidade e
qualidade da iluminação, isso porque a visibilidade depende de como a luz é
fornecida, das características da cor da luz, altura da fixação e do nível de
iluminação natural (ABNT, 2013).

7.1.1 Índice de Iluminamento de Interiores

A ISO 8995-1 (2013) estabelece os requisitos de iluminação para trabalhos


internos, e parâmetros para a ergonomia visual, também levando a consideração a
área parcial no local de trabalho onde a tarefa será executada, para que dessa
forma as tarefas sejam realizadas de maneira segura e correta.
A norma estabelece alguns critérios que contribuem com a iluminação do
ambiente, como: distribuição da luminância, iluminância, ofuscamento,
direcionalidade da luz, aspecto da cor da luz e superfícies, cintilação, luz natural e
manutenção (ISO 8995-1, 2013). O equilíbrio desses parâmetros proporciona
conforto visual, segurança na realização da função, melhor desempenho do
operador, qualidade do serviço e economia de iluminação.
A ISO 8995-1 apresenta a iluminação em lux, que serão necessários para
alguns ambientes da Laccio, esses valores estão apresentados na Tabela 60.

Tabela 60: Especificação da iluminância, limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade de cor


(Ra) (continua)
Ambiente Iluminância (lux) UGRL Ra
Armazéns 100 25 60
Malharia 500 22 80
Beneficiamento primário 500 22 80
Estamparia 750 25 80
Revisão 1000 16 90
110
Tabela 60: Especificação da iluminância, limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade de cor
(Ra) (conclusão)
Ambiente Iluminância (lux) UGRL Ra
Expedição 300 25 60
Salas dos setores de
500 19 80
apoio
Salas auxiliares (ar
200 25 80
comp.)
Oficina mecânica 300 25 80
Cabine elétrica 200 25 80
Casa da caldeira 100 28 40
Portaria/Guarita 300 22 80
Recepção 300 22 80
Refeitório 200 22 80
Corredores 100 28 40
Estacionamento 75 28 40
Banheiros/Vestiários 200 25 80
Fonte: ISO 8995-1 (2013)

7.1.2 Lâmpadas

Para a iluminação das instalações industriais da Laccio, serão utilizados dois


tipos de lâmpadas as de multivapor metálico e as de LED. No setor de produção,
armazéns e na revisão, serão utilizadas lâmpadas de multivapor metálico. Já no
setor administrativo, refeitório, recepção, banheiros, serão utilizadas lâmpadas de
LED.
As lâmpadas multivapor metálico possuem alta vida útil, tem bom índice de
reprodução de cores, apesar de seu preço ser maior que outros tipos de lâmpadas,
seu uso ainda é justificável pelo rendimento energético e qualidade da luz
(PADILHA, 2010). Na Tabela 61 são apresentados os dados técnicos da lâmpada de
multivapor metálico.

Tabela 61: Dados técnicos das lâmpadas de multivapor metálico (continua)


Produto Lâmpada
Fabricante OSRAM
Modelo HQI - E 400W/D PRO
111

Tabela 61: Dados técnicos das lâmpadas de multivapor metálico (conclusão)


Produto Lâmpada
Cor 5200k
Potência (w) 400
Índice de reprodução de cor (IRC) 90
Fluxo Luminoso (lumens) 34000
Rendimento Luminoso (lumens/Watt) 85
Vida útil média (horas) 12.000
Fonte: OSRAM (2016)

As lâmpadas de LED, além de ter uma ótima durabilidade e baixos custos de


manutenção, consomem menos energia que as lâmpadas fluorescentes
(GALHARDI, 2014). Devidos essas vantagens a Laccio optou pela utilização dessas
lâmpadas. Na Tabela 62 são apresentados os dados técnicos das lâmpadas de LED
que serão utilizadas.

Tabela 62: Dados técnicos das lâmpadas de LED


Produto Lâmpada
Fabricante PHILIPS
Modelo MASTER LEDtube GA
Cor 4000k
Potência (w) 20
Índice de reprodução de cor (IRC) 83
Fluxo Luminoso (lumens) 2100
Consumo de energia kWh/1000h (kWh) 20
Vida útil média (horas) 40.000
Fonte: PHILIPS (2016)

7.1.3 Luminárias

As luminárias têm a função de distribuir igualmente a luz emitida pela


lâmpada. Para uma ótima eficiência a luminária precisa refletir para o ambiente o
máximo do fluxo luminoso que a lâmpada emite e deve ter uma correta distribuição
112

luminosa sobre o plano de trabalho, facilidade de manutenção já que elas devem se


manter limpas, para manter o melhor nível de reflexão possível (COPEL, 2005).
Nas Tabelas 63 e 64 estão apresentados os dados técnicos das luminárias
escolhidas, para as lâmpadas de multivapor metálico e para as lâmpadas de LED,
respectivamente.

Tabela 63: Dados técnicos das luminárias para lâmpadas de multivapor metálico
Produto Lâmpada
Fabricante PHILIPS
Modelo HDK472
Reator SGR (Reator para SON)
Número de lâmpadas 1
Fonte: PHILIPS (2016)

Tabela 64: Dados técnicos das luminárias para lâmpadas de LED


Produto Lâmpada
Fabricante PHILIPS
Modelo TBS06
Reator EB (Eletrônico)
Número de lâmpadas 2
Fonte: PHILIPS (2016)

7.1.4 Dimensionamento de Lâmpadas e Luminárias

O software utilizado para o dimensionamento da iluminação do projeto é o


Lumisoft, disponibilizado pela Lumicenter e é baseado no cálculo luminotécnico pelo
método de lumens e pelo método ponto a ponto.
113

7.1.4.1 Método de lumens

Esse método consiste em determinar a quantidade de lumens necessária


para determinada área, tendo como base a atividade desenvolvida, as cores das
paredes e teto, e do modelo da lâmpada e luminária escolhidas (LUZ s.d.).
Segundo Finocchio (s.d), o cálculo para determinar o número de luminárias
necessárias é realizado conforme descrito a seguir.

7.1.4.1.1 Determinação do nível de lumens

O nível de iluminância é determinado pela ISO 8995-1, e está disponível na


Tabela 60.

7.1.4.1.2 Determinação do índice local

A determinação do índice local (k) é calculado pela Equação 17 abaixo.

( )
Eq. (17)

Sendo:
= fator de área;
= comprimento do setor (m);
= largura do setor (m);
= altura útil do setor (m).

7.1.4.1.3 Determinação do coeficiente de utilização da luminária

Como parte do fluxo luminoso se perde nas próprias luminárias, realiza-se o


cálculo do coeficiente de utilização (u), que é a relação o fluxo luminoso útil recebido
pelo plano de trabalho e o fluxo emitido pela luminária.

Eq. (18)
114

Sendo:
= Fluxo luminoso útil recebido pelo plano de trabalho;
= Fluxo emitido pela luminária.

O valor 0,85 foi encontrado nas tabelas fornecidas pelo fabricante das
luminárias e lâmpadas.

7.1.4.1.4 Determinação do coeficiente de manutenção

O coeficiente de manutenção (d) se refere à situação da luminária, se essa


se encontra limpa, média ou suja. As condições da luminária influenciam na
quantidade de fluxo luminoso emitido. O fator escolhido para tal foi de 0,85.

7.1.4.1.5 Cálculo do fluxo luminoso total (lumens)

Calcula-se o fluxo luminoso através da seguinte Equação 19.

Eq. (19)

Sendo:
= Fluxo luminoso total produzido pelas lâmpadas;
= Iluminância determinada pela norma;
= Área do recinto (m²);
= Coeficiente de utilização;
= Coeficiente de manutenção.

7.1.4.1.6 Cálculo do número de luminárias

Sabendo o fluxo luminoso total, calcula-se o número de luminárias


necessárias para o ambiente, através da Equação 20 abaixo.

Eq. (20)
115

Sendo:
n = Número de luminárias;
= Fluxo luminoso total;
= Fluxo luminoso da luminária.

7.1.4.2 Método ponto a ponto

Esse método se baseia nas leis de Lambert, e consiste em determinar a


iluminância (lux) em qualquer ponto da superfície, o iluminamento total é a soma dos
iluminamentos dos pontos individuais (LUZ s.d.).
O iluminamento (E) dado em lux é obtido pela seguinte Equação 21.

( )
Eq. (21)

Sendo:
= Iluminamento em lux;
= Intensidade luminosa em candelas;
Ɵ = Ângulo entre a vertical à superfície receptora e o ponto a ser iluminado;
= Distância do foco luminoso até o ponto a ser iluminado.

A Figura 14 é a representação da Equação 21 demonstrada acima, onde


apresenta uma fonte puntiforme instalada no ambiente, que ilumina o ponto P.

Figura 14: Esquema do método ponto a ponto


Fonte: Finocchio (s.d.)
116

Dessa forma, segundo Finocchio (s.d) pode-se obter a iluminância horizontal


(Eh), iluminância vertical (Ev) no mesmo ponto P, aplicando as leis da trigonometria,
obtendo as Equações 22, 23, 24 e 25 abaixo.

Eq. (22)

Eq. (23)

( )
Eq. (24)

( )
Eq. (25)

7.1.4.3 Resultado do dimensionamento de lâmpadas e luminárias

Para realizar os cálculos no software Lumisoft, são necessários os valores


do dimensionamento de cada ambiente da empresa, como o comprimento, a largura,
o pé direito e o plano de trabalho, demonstrados na Tabela 65.

Tabela 65: Dimensões dos ambientes da empresa (continua)


Comprimento Largura Pé direito Plano de
Ambiente
(m) (m) (m) trabalho (m)
Guarita 3 3 3 0,8
Sala de treinamento 12 6 3 0,8
Banheiro feminino 1º andar 5 6 3 1,0
Banheiro masculino 1º andar 5 6 3 1,0
Copa 3 2 3 0,9
Marketing e TI 4 6 3 0,8
Manutenção 4 6 3 0,8
Limpeza e depósito de prod.
4 6 3 0,95
de limpeza
Almoxarifado 4 6 3 0,8
Recepção 4 6 3 1,2
Corredor 1º andar 22 2 3 0,4
117

Tabela 65: Dimensões dos ambientes da empresa (continua)


Comprimento Largura Pé direito Plano de
Ambiente
(m) (m) (m) trabalho (m)

Sala de reuniões 3 6 3 0,8


Sala de administração 3 3 3 0,8
Sala auxiliar administrative 3 3 3 0,8
Banheiro feminino 2º andar 5 6 3 1,0
Banheiro masculino 2º andar 5 6 3 1,0
RH 3 3 3 0,8
Sala de segurança do trabalho 3 3 3 0,8
Sala financeira 3 3 3 0,8
Sala auxiliar financeira 3 3 3 0,8
Corredor 2º andar 16 2 3 0,4
Gerente de compra e venda 3 2 3 0,8
Setor de compra e venda 3 4 3 0,8
Refeitório 15 10 3 0,7
Banheiro do refeitório F 5 5 3 1,0
Banheiro do refeitório M 5 5 3 1,0
Armazém de fios 9 45 7 1,0
Malharia 31 26 7 1,2
Beneficiamento 57 19 7 1,2
Armazém intermediário 26 9 7 1,0
Estamparia 12 18 7 0,9
PCP 4 7 3 0,8
PDP 4 3 3 0,8
Expedição 30 28 7 1,0
Revisão 26 8 7 1,5
Banheiro feminino 1 5 5 3 1,0
Banheiro masculino 1 5 5 3 1,0
Corredor 2 18 3 0,4
Laboratório ETE 7 9 3 1,2
Laboratório de qualidade 7 9 3 1,2
Sala de ar comprimido 5 7 3 1,0
Banheiro feminino 2 5 9 3 1,0
Banheiro masculino 2 5 9 3 1,0
Oficina mecânica 10 9 3 1,0
Cabine elétrica 10 9 3 1,0
118

Tabela 65: Dimensões dos ambientes da empresa (conclusão)


Comprimento Largura Pé direito Plano de
Ambiente
(m) (m) (m) trabalho (m)

Casa da caldeira 12,5 7,5 5 1,0


Estacionamento 5 68,6 6 0,8
Fonte: Autoras (2016)

Além dos dados demonstrados acima, outras informações são necessárias,


como modelo de luminária, fluxo luminoso da lâmpada, refletância do teto, da parede
e do chão, e fator de perda. A Figura 15 mostra a entrada de dados do software.

Figura 15: Entrada de dados no software Lumisoft


Fonte: Autores (2016)

Com os dados de entradas inseridos no software e respeitando a


iluminância, a iluminância do entorno imediato, e o ofuscamento exigidos pela
norma, obteve-se o número de lâmpadas e luminárias necessárias para se obter a
119

iluminância estabelecida. As Figuras 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22, representam a
iluminação dos principais ambientes da empresa.

Figura 16: Dimensionamento da iluminação do armazém de fios


Fonte: Autoras (2016)

Figura 17: Dimensionamento da iluminação da malharia


Fonte: Autoras (2016)
120

Figura 18: Dimensionamento da iluminação do beneficiamento


Fonte: Autoras (2016)

Figura 19: Dimensionamento da iluminação do armazém intermediário


Fonte: Autoras (2016)
121

Figura 20: Dimensionamento da iluminação da estamparia


Fonte: Autoras (2016)

Figura 21: Dimensionamento da iluminação do setor de revisão


Fonte: Autoras (2016)
122

Figura 22: Dimensionamento da iluminação da expedição


Fonte: Autoras (2016)

Alguns valores de iluminância (lux) foram mudados conforme prevê a norma,


a fim de diminuir o ofuscamento do entorno e trazer conforto visual aos
colaboradores que transitarem de um setor mais iluminado para um pouco
iluminado. Dessa forma, a Tabela 66 apresenta a iluminância real utilizada para os
cálculos e também os resultados obtidos pelo software para todos os ambientes.

Tabela 66: Resultados obtidos para todos os ambientes da empresa (continua)


Altura de Iluminância Número de Número de
Ambiente
suspensão (m) (lux) luminárias lâmpadas
Guarita 2,70 300 2 4
Sala de treinamento 2,70 500 18 36
Banheiro feminino 1º
2,70 200 6 12
andar
Banheiro masculino 1º
2,70 200 6 12
andar
Copa 2,70 200 1 2
Marketing e TI 2,70 500 8 16
Manutenção 2,70 500 8 16
Limpeza e depósito de
2,70 300 4 8
prod. de limpeza
123

Tabela 66: Resultados obtidos para todos os ambientes da empresa (continua)


Altura de Iluminância Número de Número de
Ambiente
suspensão (m) (lux) luminárias lâmpadas
Almoxarifado 2,70 300 4 8
Recepção 2,70 300 4 8
Corredor 1º andar 2,70 300 10 20
Sala de reunião 2,70 500 6 12
Sala de administração 2,70 500 3 6
Sala auxiliar
2,70 500 3 6
administrativo
Banheiro feminino 2º
2,70 200 6 12
andar
Banheiro masculino 2º
2,70 200 6 12
andar
RH 2,70 500 3 6
Sala de segurança do
2,70 500 3 6
trabalho
Sala financeira 2,70 500 3 6
Sala auxiliar financeira 2,70 500 3 6
Corredor 2º andar 2,70 300 7 14
Gerente de compra e
2,70 500 3 6
venda
Setor de compra e venda 2,70 500 4 8
Refeitório 2,70 200 20 40
Banheiro do refeitório F 2,70 200 4 8
Banheiro do refeitório M 2,70 200 4 8
Banheiro feminino 1 2,70 200 4 8
Banheiro masculino 1 2,70 200 4 8
Laboratório ETE 2,70 500 15 30
Laboratório de qualidade 2,70 500 15 30
Sala de ar comprimido 2,70 200 5 10
Corredor 2,70 100 5 10
PCP 2,70 500 8 16
PDP 2,70 500 4 8
Banheiro feminino 2 2,70 200 6 12
Banheiro masculino 2 2,70 200 6 12
Oficina mecânica 2,70 300 12 24
Cabine elétrica 2,70 200 10 20
Casa da caldeira 2,70 100 8 16
124

Tabela 66: Resultados obtidos para todos os ambientes da empresa (conclusão)


Altura de Iluminância Número de Número de
Ambiente
suspensão (m) (lux) luminárias lâmpadas
Total de luminárias e lâmpadas LED 251 502
Armazém de fios 6,5 200 6 6
Malharia 6,5 500 30 30
Beneficiamento 6,5 500 33 33
Armazém intermediário 6,5 300 5 5
Estamparia 6,5 750 15 15
Expedição 6,5 300 16 16
Revisão 6,5 1000 16 16
Estacionamento 5,8 75 4 4
Total de luminárias e lâmpadas multivapor metálico 125 125

Fonte: Autoras (2016)

7.2 ENERGIA

É inevitável a utilização de energia nos dias atuais, pois a mesma é


indispensável. Cabe à empresa escolher por meio de sua estratégia a melhor forma
de estrutura tarifária. Para isso é necessária à compreensão do consumo de energia
da empresa.
Segundo o Manual de Tarifação da Energia Elétrica elaborado pela PROCEL
(2011), consumo elétrico é a quantidade de potência elétrica (kW) consumida em um
intervalo de tempo, expresso em quilowatt-hora (kWh) ou em pacotes de 1000
unidades (MWh). No caso de um equipamento elétrico, o valor é obtido por meio do
produto da potência do equipamento pelo seu período de utilização e, em uma
instalação residencial, comercial ou industrial, pela soma do produto da demanda
medida pelo período de integração.
Além da informação sobre consumo elétrico, é necessário verificar qual o
grupo de consumidor que a empresa Laccio se encaixa. Essa classificação foi
determinada pela demanda da empresa, que é dimensionada por meio do
detalhamento dos equipamentos utilizados na unidade, e suas características
elétricas, podendo então ser conhecida a demanda a ser contratada.
125

7.2.1 Estrutura Tarifária

Para um melhor entendimento sobre energia e as estruturas tarifárias, é


necessário conhecer algumas definições. O manual da Tarifação da Energia
Elétrica, publicado pela PROCEL, define:
 Demanda: Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao
sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade
consumidora, durante um intervalo de tempo especificado.
 Demanda contratada: Demanda de potência ativa, expressa em
quilowatts (KW), disponibilizada pela concessionária, conforme valor e
período de vigência no contrato de fornecimento.
 Demanda de ultrapassagem: Parcela da demanda medida que excede o
valor da demanda contratada, expressa em quilowatts (kW).
 Horário de ponta: É o período de 3 (três) horas consecutivas exceto
sábados, domingos e feriados nacionais, definido pela concessionária, em
função das características de seu sistema elétrico. A distribuidora de
energia de Santa Catarina, Celesc, adota como Horário de Ponta o
período compreendido entre 18h30 e 21h30.
 Horário fora de ponta: Corresponde às demais 21 horas do dia, que não
sejam ao referente horário de ponta.
 Período seco: Período compreendido pelos meses de maio a novembro (7
meses). É, geralmente, um período com poucas chuvas.
 Período úmido: Período compreendido pelos meses de dezembro a abril
(5 meses). É, geralmente, o período com mais chuvas.
A PROCEL (2011) define “estrutura tarifária como sendo o conjunto de
tarifas aplicáveis aos componentes de consumo de energia elétrica”. Ela também
define as três modalidades de estruturas tarifárias existentes, sendo elas:
 Estrutura Tarifária Convencional: exige um contrato específico com a
concessionária, no qual se pactua um único valor da demanda pretendida
pelo consumidor, independentemente da hora do dia ou período do ano.
 Estrutura Tarifária Horo-Sazonal Verde: exige um contrato específico com
a concessionária, no qual se pactua a demanda pretendida pelo
consumidor independentemente de ser no horário de ponta ou fora de
126

ponta. As tarifas de consumo na ponta e fora de ponta são diferenciadas


por período do ano. À medida que ultrapassa a demanda contratada é
cobrado 10%
 Estrutura Tarifária Horo-Sazonal Azul: exige um contrato específico
formado pelo mesmo sistema de contratação de demanda e tarifação da
Horo-Sazonal Verde, mas se diferencia na cobrança das ultrapassagens
dentro de ponta e fora de ponta, onde a tolerância é de 5% de excedente
à demanda contratada.

7.2.2 Demanda de Energia da Empresa

A Laccio Malhas trabalha com a estrutura tarifária horo-sazonal azul, devido


a sua demanda energética e pelas tarifas cobradas a essa estrutura. A demanda
energética da Laccio Malhas está representada por setores, dispostos na Tabela 67,
onde estão contabilizados todos os equipamentos que utilizam energia. O fator
demanda é disponibilizado pela distribuidora de energia, o fator utilizado pela Laccio
será de 0,6766, conforme o Manual de Eficiência Energética e Gestão da Energia
Elétrica na Indústria (CELESC, 2016).

Tabela 67: Demanda de energia da Laccio Malhas (continua)


Setor Potência Total (kW) Fator Demanda Demanda Contratada (kW)

ADM 14,96 0,6766 10,122


Malharia 67,5 0,6766 45,671
Beneficiamento 300,2 0,6766 203,115
Estamparia 360,22 0,6766 243,725
Revisão 10 0,6766 6,766
Expedição 45,685 0,6766 30,910
Armazéns 0,685 0,6766 0,463
Laboratórios 12,906 0,6766 8,732
PCP 1,81 0,6766 1,225
Iluminação 60,04 0,6766 40,623
Climatização 30,6 0,6766 20,704
Ar comprimido 231,4 0,6766 156,565
127

Tabela 67: Demanda de energia da Laccio Malhas (conclusão)


Setor Potência Total (kW) Fator Demanda Demanda Contratada (kW)

Total 1.136,006 - 768,621


Fonte: Autoras (2016)

7.3 CLIMATIZAÇÃO

Para garantir um ar de qualidade em ambientes fechados é preciso controlar


a temperatura, a umidade, a difusão e a renovação do ar. Por esta razão, a
refrigeração e climatização são itens importantes. Assim, quando feitas da maneira
correta, elas garantem o conforto térmico e a saúde do ar.
De acordo com a empresa Bagense (2016), bons sistemas de climatização
industrial projetam soluções eficazes, a fim de que o resultado seja um ambiente
confortável para os funcionários e adequado para a produção. Soluções em
climatização podem atender a todo galpão ou a áreas específicas dentro dele. Por
exemplo, pode-se atender a um posto de trabalho dentro de uma área muito quente
(fornos, estufas, etc.) climatizando a região por onde circula o operador e sem
provocar resfriamento do equipamento que deve estar aquecido, por sua própria
função.
Segundo a Associação Brasileira de Refrigeração (ABRAVA), cada um de
nós respira em torno de 10 mil litros de ar diariamente, e 85% do tempo é passado
em ambientes fechados, muitas vezes climatizados. Por isso, é importante que o ar
esteja não apenas agradável, mas também saudável, o que pode ser garantido com
uma climatização correta e bem feita (ABRAVA, 2011).
Na indústria têxtil uma boa climatização pode trazer diversos benefícios,
como os citados a seguir (PRIMETECH, 2016):
 Umidificação homogênea da área de produção;
 Redução da eletricidade estática;
 Resfriamento de processos;
 Reestabelecimento de peso no produto final;
 Maior qualidade no produto final;
 Menor desgaste de equipamentos;
 Assentamento de partículas em suspensão;
128

 Redução da temperatura ambiente;


 Melhoria da qualidade do ar; e
 Maior produtividade dos funcionários.
Os sistemas de climatização adotados na Laccio Malhas serão por meio de
trocas adiabáticas, exaustores e ares-condicionados e serão apresentados a seguir.

7.3.1 Sistema de Ventilação Adiabática

Ventilação adiabática é um processo que ocorre sem ganho ou perda de


calor, e os elementos envolvidos não sofrem intervenções externas, o processo é
natural. Neste processo o lavador de ar opera com recirculação de água com
temperatura ambiente (CACR, 2016). Tal sistema de ventilação apresenta algumas
características como:
 Renovação constante do ar do ambiente ventilado ao contrário do ar
“viciado” em sistemas de ar-condicionado;
 Pressurização do ambiente ventilado que impede a entrada de insetos e
material particulado exterior;
 Aumenta a umidade do ar evitando problemas de saúde gerados com o ar
seco como, ressecamento da retina, problemas de alergias, como rinite,
bronquite e asma, além de tosse e irritação da garganta;
 Redução de odores e concentração de gases pelo efeito da diluição dos
mesmos;
 Não utiliza CFC's nem HCFC's.
 Promove a pureza atmosférica do ambiente ventilado.
 Sistema de reposição de água automático com válvula bóia.
 Promove higiene, conforto e segurança aos ambientes ventilados.
Na Laccio Malhas, este sistema de ventilação será utilizado no setor
produtivo da malharia.

7.3.2 Sistema por Exaustão

O sistema de exaustão faz a retirada de partículas e/ou gases do ambiente


de trabalho, proporcionando um ambiente mais limpo e saudável. Este sistema
129

consiste em movimentar o ar num ambiente por meio da utilização de ventiladores,


também chamada ventilação mecânica.
Na Laccio Malhas serão utilizados exaustores eólicos nos setores de
estoque, beneficiamento e estamparia. Exaustores eólicos exploram a força dos
ventos para eliminar problemas de má circulação de ar. Consiste em um processo
natural que não afeta o meio ambiente e atua retirando as massas de ar quente
acumuladas nas áreas mais altas dos galpões, renovando o ar interno e facilitando a
entrada de ar pelas portas e janelas dos ambientes (VENTCENTER, 2016).

7.3.3 Sistema de Ar-condicionado

O princípio de funcionamento dos condicionadores de ar consiste na troca


de temperatura do ambiente, por meio da passagem do ar pela serpentina do
evaporador que por contato sofre queda ou aumento de temperatura, dependendo
do ciclo utilizado, baixando a umidade relativa do ar. Quando alcançado a
temperatura desejada se faz uma leitura por meio de um sensor localizado no
evaporador, este por sua vez desliga o compressor, fazendo com que o
equipamento mantenha a temperatura. Qualquer variação na temperatura estipulada
aciona novamente o compressor que é responsável pela circulação do gás
refrigerante dentro do sistema (ADIAS, 2016).
Serão utilizados ares-condicionados nos diversos escritórios e salas da
Laccio Malhas. Optou-se pelo modelo Split, pois, apesar de serem muito maiores e
precisarem de um planejamento mais elaborado para serem instalados, os ares-
condicionados desse modelo são bem mais silenciosos. Além disto, possuem um
consumo de energia em torno de 40% menor do que os do tipo compacto e ainda
possuem eficiência e rendimento maiores (TECHTUDO, 2016).

7.3.4 Cálculos

A seguir serão descritos os cálculos realizados para o dimensionamento da


climatização utilizada na Laccio Malhas.
130

7.3.4.1Calor gerado por pessoas no ambiente

O cálculo de calor gerado por pessoas no ambiente é realizado por meio da


Equação 26.
Eq. (26)

Sendo:
= Calor gerado pelas pessoas no ambiente, em Kcal/h;
= Fator para um trabalho moderado por pessoa, em Kcal/h;
= Número de colaboradores no setor.

A Tabela 68 apresenta o calor gerado por pessoas em cada ambiente, de


acordo com um fator de trabalho moderado por pessoa e seguindo o número de
colaboradores por setor.

Tabela 68: Calor gerado por pessoas no ambiente (continua)


Ambiente Qp(Kcal/h) Nf Qpe(Kcal/h)

Sala de Treinamento - - -
Copa - - -
Marketing e TI 300 4 1.200
Manutenção 350 2 700
Limpeza 350 2 700
Almoxarifado 350 1 350
Recepção 300 2 600
Sala de Reuniões - - -
Sala de Administração 300 1 300
Sala Auxiliar Administrativo 300 1 300
RH 300 3 900
Sala de Segurança do Trabalho 300 1 300
Sala Financeiro 300 1 300
Sala Auxiliar Financeiro 300 1 300
Gerente de Compra e Venda 300 1 300
Setor de Compra e Venda 300 4 1.200
Refeitório - - -
Laboratório ETE 300 2 600
131

Tabela 68: Calor gerado por pessoas no ambiente (conclusão)


Ambiente Qp(Kcal/h) Nf Qpe(Kcal/h)

Laboratório Qualidade 300 4 1.200


Sala de Ar Comprimido - - -
PCP 300 5 1.500
PDP 300 1 300
Oficina Mecânica 350 3 1.050
Cabine Elétrica 350 3 1.050
Casa da Caldeira 350 1 350
Armazém de Fios - - -
Malharia 350 7 2.450
Beneficiamento 350 11 3.850
Armazém Intermediário 350 - -
Estamparia 350 3 1.050
Expedição 350 2 700
Revisão 350 2 700
Fonte: Autoras (2016)

7.3.4.2 Calor dissipado pelos motores

O cálculo do calor dissipado pelos motores é dado pela Equação 27.

Eq. (27)

Sendo:
= Calor dissipado pelos motores, em Kcal/h;
= Potência dos motores, em KW;
= Coeficiente de utilização.

A Tabela 69 apresenta o calor dissipado pelos motores utilizado nas


instalações da Laccio Malhas, com base no coeficiente de utilização e na potência
dos mesmos.
132

Tabela 69: Calor dissipado pelos motores


Ambiente Pt(KW) Fm Qm(Kcal/h)

Malharia 67,5 0,9 52.245


Beneficiamento 300,2 0,85 227.019
Estamparia 360 0,75 232.200
Revisão e embalagem 35 0,8 24.080
Fonte: Autoras (2016)

7.3.4.3 Calor gerado pela iluminação

O cálculo do calor gerado pela iluminação é dado pela Equação 28

Eq. (28)

Sendo:
= Calor gerado pela iluminação, em Kcal/h;
= Taxa de iluminação, em W/m²;
A = Área do ambiente, em m².

A Tabela 70 apresenta o calor gerado pela iluminação, segundo a área do


local e a taxa de iluminação, que é dada pela Equação 29:

Eq. (29)

Sendo:

= Taxa de iluminação, em W/m²;


A = Área do ambiente, em m²;
= Número de luminárias;
= Número de lâmpadas.
133

Tabela 70: Calor gerado pela iluminação


Ambiente Qi(W/m²) A(m²) Qil(Kcal/h)

Sala de Treinamento 2,22 72 137,6


Copa 6,67 6 34,4
Marketing e TI 106,67 24 2.201,6
Manutenção 106,67 24 2.201,6
Limpeza 26,67 24 550,4
Almoxarifado 26,67 24 550,4
Recapção 26,67 24 550,4
Sala de Reuniões 80 18 1.238,4
Sala de Administração 40 9 309,6
Sala Auxiliar Administrativo 40 9 309,6
RH 40 9 309,6
Sala de Segurança do Trabalho 40 9 309,6
Sala Financeiro 40 9 309,6
Sala Auxiliar Financeiro 40 9 309,6
Gerente de Compra e Venda 60 6 309,6
Setor de Compra e Venda 53,33 12 550,4
Refeitório 106,67 150 13.760
Laboratório ETE 142,86 63 7.740
Laboratório Qualidade 142,86 63 7.740
Sala de Ar Comprimido 28,57 35 860
PCP 91,43 28 2.201,6
PDP 22,86 28 550,4
Oficina Mecânica 64 90 4.953,6
Cabine Elétrica 44,44 90 3.440
Casa da Caldeira 27,31 94 2.201,6
Armazém de Fios 35,56 405 12.384
Malharia 446,65 806 309.600
Beneficiamento 402,22 1.083 374.616
Armazém Intermediário 42,74 234 8.600
Estamparia 416,67 216 77.400
Expedição 121,9 840 88.064
Revisão 492,31 208 88.064
Fonte: Autoras (2016)
134

7.3.4.4Calor gerado pela insolação do telhado

O cálculo do calor gerado pela insolação do telhado é dado pela Equação


30.

Eq. (30)

Sendo:
= Calor gerado por insolação do telhado, em Kcal/h;
A = Área do telhado, em m²;
= Coeficiente de troca de calor por insolação do telhado.

Adotou-se o coeficiente de troca de calor por insolação do telhado de 14,4


Kcal/h.m² de acordo com o tipo de telhado utilizado pela Laccio Malhas. A Tabela 71
apresenta o calor gerado por insolação no telhado.

Tabela 71: Calor gerado por insolação no telhado (continua)


Ambiente lt(Kcal/h.m²) A(m²) Qlt(Kcal/h)

Sala de Treinamento 14,4 72 1.037


Copa 14,4 6 86
Marketing e TI 14,4 24 346
Manutenção 14,4 24 346
Limpeza 14,4 24 346
Almoxarifado 14,4 24 346
Recepção 14,4 24 346
Sala de Reuniões 14,4 18 259
Sala de Administração 14,4 9 130
Sala Auxiliar Administrativo 14,4 9 130
RH 14,4 9 130
Sala de Segurança do Trabalho 14,4 9 130
Sala Financeiro 14,4 9 130
Sala Auxiliar Financeiro 14,4 9 130
Gerente de Compra e Venda 14,4 6 86
Setor de Compra e Venda 14,4 12 173
Refeitório 14,4 150 2.160
135

Tabela 71: Calor gerado por insolação no telhado (conclusão)


Ambiente Lt (Kcal/h.m²) A (m²) Qlt(Kcal/h)
Laboratório ETE 14,4 63 907
Laboratório Qualidade 14,4 63 907
Sala de Ar Comprimido 14,4 35 504
PCP 14,4 28 403
PDP 14,4 28 403
Oficina Mecânica 14,4 90 1.296
Cabine Elétrica 14,4 90 1.296
Casa da Caldeira 14,4 94 1.350
Armazém de Fios 14,4 405 5.832
Malharia 14,4 806 11.606
Beneficiamento 14,4 1.083 15.595,2
Armazém Intermediário 14,4 234 3.370
Estamparia 14,4 216 3.110
Expedição 14,4 840 12.096
Revisão 14,4 208 2.995
Fonte: Autora (2016)

7.3.4.5 Calor dissipado para o ambiente pelo vapor

O cálculo do calor dissipado para o ambiente pelo vapor é dado pela


Equação 31.

Eq. (31)

Sendo:
= Calor dissipado para o ambiente pelo vapor, em Kcal/h;
= Percentual de vapor saturado dissipado para o ambiente;
= Massa de vapor consumida, em Kg/h;
= Calor gerado pelo vapor dissipado para o ambiente, em Kcal/Kg.

A Tabela 72 apresenta o resultado do calor dissipado para o ambiente pelo


valor.
136

Tabela 72: Calor dissipado para o ambiente pelo vapor


Ambiente Fv Mvc(Kg/h) Qv(Kcal/Kg) Qvp(Kcal/h)
Beneficiamento 0,02 505,49 6.042,2 61.086
Estamparia 0,02 1150 3.930 90.390
Fonte: Autoras (2016)

7.3.4.6 Carga térmica total

A carga térmica total é dada pela Equação 32.

Eq. (32)

Sendo:
= Carga térmica total, em Kcal/h;
= Calor gerado pelas pessoas no ambiente, em Kcal/h;
= Calor dissipado pelos motores, em Kcal/h;
= Calor gerado pela iluminação, em Kcal/h;
= Calor gerado pela insolação no telhado, em Kcal/h;
= Calor gerado para o ambiente pelo vapor, em Kcal/h;

A Tabela 73 apresenta a carga térmica total para cada ambiente da Laccio


Malhas.

Tabela 73: Carga térmica total (continua)


Ambiente Qt(Kcal/h)

Sala de Treinamento 1.174,4


Copa 120,8
Marketing e TI 3.747,2
Manutenção 3.247,2
Limpeza 1.596
Almoxarifado 1.246
Recepção 1.496
Sala de Reuniões 1.497,6
Sala de Administração 739,2
137

Tabela 73: Carga térmica total (conclusão)


Ambiente Qt(Kcal/h)

Sala Auxiliar Administrativo 739,2


RH 1.339,2
Sala de Segurança do Trabalho 739,2
Sala Financeiro 739,2
Sala Auxiliar Financeiro 739,2
Gerente de Compra e Venda 696
Setor de Compra e Venda 1.923,2
Refeitório 15.920
Laboratório ETE 9.247,2
Laboratório Qualidade 9.847,2
Sala de Ar Comprimido 1.364
PCP 4.104,8
PDP 1.253,6
Oficina Mecânica 7.299,6
Cabine Elétrica 5.786
Casa da Caldeira 3.901,6
Armazém de Fios 18.216
Malharia 375.901,4
Beneficiamento 674.593.036
Armazém Intermediário 11.969,6
Estamparia 404.150,4
Expedição 100.860
Revisão 115.839,2
Fonte: Autoras (2016)

7.3.4.7 Volume de ar no ambiente

O volume de ar no ambiente é dado pela Equação 33.

Eq. (33)

Sendo:
= Volume de ar no ambiente, em m³;
= Pé direito, em m;
= Área do ambiente, em m².
138

A Tabela 74 apresenta o volume de ar em cada ambiente da Laccio Malhas.

Tabela 74: Volume de ar no ambiente (continua)


Ambiente Pd(m) A(m²) Va(m³)

Sala de Treinamento 3 72 216


Copa 3 6 18
Marketing e TI 3 24 72
Manutenção 3 24 72
Limpeza 3 24 72
Almoxarifado 3 24 72
Recapção 3 24 72
Sala de Reuniões 3 18 54
Sala de Administração 3 9 27
Sala Auxiliar Administrativo 3 9 27
RH 3 9 27
Sala de Segurança do Trabalho 3 9 27
Sala Financeiro 3 9 27
Sala Auxiliar Financeiro 3 9 27
Gerente de Compra e Venda 3 6 18
Setor de Compra e Venda 3 12 36
Refeitório 3 150 450
Laboratório ETE 3 63 189
Laboratório Qualidade 3 63 189
Sala de Ar Comprimido 3 35 105
PCP 3 28 84
PDP 3 28 84
Oficina Mecânica 3 90 270
Cabine Elétrica 3 90 270
Casa da Caldeira 5 94 469
Armazém de Fios 7 405 2.835
Malharia 7 806 5.642
Beneficiamento 7 1.083 7.581
Armazém Intermediário 7 234 1.638
Estamparia 7 216 1.512
Expedição 7 840 5.880
Revisão 7 208 1.456
Fonte: Autoras (2016)
139

7.3.4.8 Cálculo da massa de ar no ambiente

A massa de ar no ambiente é dada pela Equação 34.

Eq. (34)

Sendo:
= Massa de ar no ambiente, em Kg;
= Massa específica do ar, em Kg/m²;
= Volume de ar no ambiente, em m³;

A Tabela 75 apresenta a massa de ar em cada ambiente da Laccio Malhas.

Tabela 75: Massa de ar no ambiente (continua)


Ambiente Va(m³) ar(Kg/m²) Mar(Kg)

Sala de Treinamento 216 1,2 259


Copa 18 1,2 22
Marketing e TI 72 1,2 86
Manutenção 72 1,2 86
Limpeza 72 1,2 86
Almoxarifado 72 1,2 86
Recapção 72 1,2 86
Sala de Reuniões 54 1,2 65
Sala de Administração 27 1,2 32
Sala Auxiliar Administrativo 27 1,2 32
RH 27 1,2 32
Sala de Segurança do Trabalho 27 1,2 32
Sala Financeiro 27 1,2 32
Sala Auxiliar Financeiro 27 1,2 32
Gerente de Compra e Venda 18 1,2 22
Setor de Compra e Venda 36 1,2 43
Refeitório 450 1,2 540
Laboratório ETE 189 1,2 227
Laboratório Qualidade 189 1,2 227
140

Tabela 75: Massa de ar no ambiente (conclusão)


Ambiente Va(m³) ar(Kg/m²) Mar(Kg)

Sala de Ar Comprimido 105 1,2 126


PCP 84 1,2 101
PDP 84 1,2 101
Oficina Mecânica 270 1,2 324
Cabine Elétrica 270 1,2 324
Casa da Caldeira 469 1,2 563
Armazém de Fios 2.835 1,2 3.402
Malharia 5.642 1,2 6.770
Beneficiamento 7.581 1,2 9.097
Armazém Intermediário 1.638 1,2 1.966
Estamparia 1.512 1,2 1.814
Expedição 5.880 1,2 7.056
Revisão 1.456 1,2 1.747
Fonte: Autoras (2016)

7.3.4.9 Quantidade de calor retirado na troca

A quantidade de calor retirado em cada troca é dada pela Equação 35.

( ) Eq. (35)

Sendo:
= Quantidade de calor retirado por troca, em Kcal;
= Massa de ar no ambiente, em Kg;
= Calor específico do ar, em Kcal/Kg°C;
= Temperatura interna, em °C;
= Temperatura do ar após a troca adiabática, em °C;

A Tabela 76 a quantidade de calor retirado em cada troca de ar para cada


ambiente da Laccio Malhas.
141

Tabela 76: Quantidade de calor retirado por troca


Ambiente Cp(Kcal/kg°C) Ti(°C) Te(°C) Mar(Kg) Qtr(Kcal)

Sala de Treinamento 0,24 30 24 259 373,248


Copa 0,24 30 24 22 31,104
Marketing e TI 0,24 30 24 86 124,416
Manutenção 0,24 35 24 86 228,096
Limpeza 0,24 35 24 86 228,096
Almoxarifado 0,24 40 24 86 331,776
Recepção 0,24 30 24 86 124,416
Sala de Reuniões 0,24 30 24 65 93,312
Sala de Administração 0,24 30 24 32 46,656
Sala Auxiliar Administrativo 0,24 30 24 32 46,656
RH 0,24 30 24 32 46,656
Sala de Segurança do
Trabalho 0,24 35 24 32 85,536
Sala Financeiro 0,24 30 24 32 46,656
Sala Auxiliar Financeiro 0,24 30 24 32 46,656
Gerente de Compra e Venda 0,24 30 24 22 31,104
Setor de Compra e Venda 0,24 30 24 43 62,208
Refeitório 0,24 35 24 540 1425,6
Laboratório ETE 0,24 30 24 227 326,592
Laboratório Qualidade 0,24 30 24 227 326,592
Sala de Ar Comprimido 0,24 30 24 126 181,44
PCP 0,24 30 24 101 145,152
PDP 0,24 30 24 101 145,152
Oficina Mecânica 0,24 35 24 324 855,36
Cabine Elétrica 0,24 35 24 324 855,36
Casa da Caldeira 0,24 40 24 563 2.160
Armazém de Fios 0,24 40 24 3.402 13.063,68
Malharia 0,24 40 24 6.770 25.998,34
Beneficiamento 0,24 40 24 9.097 34.933,25
Armazém Intermediário 0,24 35 24 1.966 5.189,184
Estamparia 0,24 40 24 1.814 6.967,296
Expedição 0,24 40 24 7.056 27.095,04
Revisão 0,24 40 24 1.747 6.709,248
Fonte: Autoras (2016)
142

7.3.4.10 Número de trocas de ar

A quantidade de trocas de ar é dada pela Equação 36.

Eq. (36)

Sendo:
= Número de trocas do ar, por hora;
= Carga térmica total, em Kcal/h;
= Quantidade de calor retirada por troca, em Kcal.

A Tabela 77 apresenta o número de trocas de ar por hora para cada


ambiente da Laccio Malhas.

Tabela 77: Número de trocas de ar por hora (continua)


Ambiente Qtr(Kcal) Qt(Kcal/h) Ntr

Sala de Treinamento 373,248 1.174,4 3,15


Copa 31,104 120,8 3,88
Marketing e TI 124,416 3.747,2 30,12
Manutenção 228,096 3.247,2 14,24
Limpeza 228,096 1.596 7,00
Almoxarifado 331,776 1.246 3,76
Recepção 124,416 1.496 12,02
Sala de Reuniões 93,312 1.497,6 16,05
Sala de Administração 46,656 739,2 15,84
Sala Auxiliar Administrativo 46,656 739,2 15,84
RH 46,656 1.339,2 28,70
Sala de Segurança do Trabalho 85,536 739,2 8,64
Sala Financeiro 46,656 739,2 15,84
Sala Auxiliar Financeiro 46,656 739,2 15,84
Gerente de Compra e Venda 31,104 696 22,38
Setor de Compra e Venda 62,208 1.923,2 30,92
Refeitório 1425,6 15.920 11,17
Laboratório ETE 326,592 9.247,2 28,31
Laboratório Qualidade 326,592 9.847,2 30,15
143

Tabela 77: Número de trocas de ar por hora (conclusão)


Ambiente Qtr(Kcal) Qt(Kcal/h) Ntr

Sala de Ar Comprimido 181,44 1.364 7,52


PCP 145,152 4.104,8 28,28
PDP 145,152 1.253,6 8,64
Oficina Mecânica 855,36 7.299,6 8,53
Cabine Elétrica 855,36 5.786 6,76
Casa da Caldeira 2.160 3.901,6 1,81
Armazém de Fios 13.063,68 18.216 1,39
Malharia 25.998,34 375.901,4 14,46
Beneficiamento 34.933,25 674.593.036 19,31
Armazém Intermediário 5.189,184 11.969,6 2,31
Estamparia 6.967,296 404.150,4 58,01
Expedição 27.095,04 100.860 3,72
Revisão 6.709,248 115.839,2 17,27
Fonte: Autoras (2016)

7.3.4.11 Número de centrais

A quantidade de centrais para troca adiabática na malharia é dada pela


Equação 37.

Eq. (37)

Sendo:
= Número de centrais;
= Número de trocas do ar, por hora;
= Volume de ar no ambiente, em m³;
= Volume de ar retirado por uma central, em m³.

Para o cálculo utilizou-se o volume de ar retirado por uma central como


160.000m³. A Tabela 78 apresenta o número de centrais para a Laccio Malhas.
144

Tabela 78: Número de centrais


Ambiente Ntr Va(m³) Vret(m³) Nc
Malharia 14,46 5.642 160000 0,5098
Total 1
Fonte: Autoras (2016)

7.3.4.12 Número de exaustores

A quantidade de exaustores é dada pela Equação 38.

Eq. (38)

Sendo:
= Número de exaustores;
= Número de trocas do ar, por hora;
= Volume de ar no ambiente, em m³;
= Volume de ar retirado por um exaustor, em m³.

Para o cálculo utilizou-se o volume de ar retirado por um exaustor como


4.000m³. A Tabela 79 apresenta o número de exaustores para a Laccio Malhas.

Tabela 79: Número de exaustores


Ambiente Ntr Va(m³) Vret(m³) Ne
Manutenção 14,24 72 4.000 0,2563
Almoxarifado 3,76 72 4.000 0,0676
Refeitório 11,17 450 4.000 1,2563
Oficina Mecânica 8,53 270 4.000 0,576
Cabine Elétrica 6,76 270 4.000 0,4566
Armazém de fios 1,39 2.835 4.000 0,9883
Beneficiamento 19,31 7.581 4.000 36,599
Armazém 2,31 1.638 4.000 0,9946
Intermediário
Estamparia 58,01 1.512 4.000 21,927
Expedição 3,72 5.880 4.000 5,472
Revisão 17,27 1.456 4.000 6,2847
Total 75
Fonte: Autores (2016)
145

7.3.4.13 Cálculo de BTU

Existem diferentes formas de se obter a quantidade de BTU, como:


 Para cada metro quadrado, multiplica-se por 600 BTU ou 800 BTU se
estiver diretamente exposto ao sol;
 A cada pessoa adicional soma-se 600 BTU (não contabilizando a primeira
pessoa);
 A cada equipamento eletrônico soma-se 600 BTU;
 Os cálculos consideram pé direito padrão de 2,4m a 2,6m.
Na Laccio Malhas, o cálculo do número de BTUs será realizado por meio da
área de cada ambiente, tendo como base 600 BTU, além disso, a cada pessoa a
mais no ambiente soma-se. A Tabela 80 apresenta a quantidade necessária de BTU
para determinados ambientes da Laccio Malhas.

Tabela 80: Quantidade de BTU por ambiente (continua)


Ambiente A(m²) Nº de pessoas BTU
Sala de Treinamento 72 50 72.600
Marketing e TI 24 4 16.200
Recepção 24 2 15.000
Sala de Reuniões 18 12 17.400
Sala de Administração 9 1 5.400
Sala Auxiliar 9 1 5.400
Administrativo
RH 9 3 6.600
Sala de Segurança no 9 1 5.400
Trabalho
Sala Financeiro 9 1 5.400
Sala Auxiliar Financeiro 9 1 5.400
Gerente de Compra e 6 1 3.600
Venda
Setor de Compra e Venda 12 4 9.000
Laboratório ETE 63 2 38.400
Laboratório de Qualidade 63 4 39.600
PCP 28 5 19.200
PDP 28 1 16.800
Fonte: Autoras (2016)
146

Possuindo agora a quantidade de BTU que cada ambiente necessita para


que o ar condicionado consiga trabalhar com efetividade, basta distribuir a
quantidade de BTU com as especificações existentes no mercado. Temos então, a
quantidade definida de ar condicionado representada na Tabela 81.

Tabela 81: Quantidade de ares-condicionados por ambiente


Ambiente Quantidade Equipamento
Sala de Treinamento 4 Ar-condicionado de 22.000 BTU
Marketing e TI 1 Ar-condicionado de 22.000 BTU
Recepção 1 Ar-condicionado de 22.000 BTU
Sala de Reuniões 1 Ar-condicionado de 22.000 BTU
Sala de Administração 1 Ar-condicionado de 9.000 BTU
Sala Auxiliar Administrativo 1 Ar-condicionado de 9.000 BTU
RH 1 Ar-condicionado de 9.000 BTU
Sala de Segurança no Trabalho 1 Ar-condicionado de 9.000 BTU
Sala Financeiro 1 Ar-condicionado de 9.000 BTU
Sala Auxiliar Financeiro 1 Ar-condicionado de 9.000 BTU
Gerente de Compra e Venda 1 Ar-condicionado de 9.000 BTU
Setor de Compra e Venda 1 Ar-condicionado de 9.000 BTU
Laboratório ETE 2 Ar-condicionado de 22.000 BTU
Laboratório de Qualidade 2 Ar-condicionado de 22.000 BTU
PCP 1 Ar-condicionado de 22.000 BTU
PDP 1 Ar-condicionado de 22.000 BTU
Total 20
Fonte: Autoras (2016)

As Tabelas 82 e 83 apresentam os dados técnicos dos equipamentos de ar-


condicionado que serão utilizados na Laccio Malhas.

Tabela 82: Dados técnicos do ar-condicionado split 9.000BTU


Equipamento Ar-condicionado Split
Fabricante Midea
Modelo Liva Frio
Capacidade (BTU) 9.000
Voltagem (V) 220
Consumo (W) 840
Quantidade 8
Fonte: Midea (2016)
147

Tabela 83: Dados técnicos do ar-condicionado split 22.000 BTU


Equipamento Ar-condicionado Split
Fabricante Midea
Modelo Liva Frio
Capacidade (BTU) 22.000
Voltagem (V) 220
Consumo (W) 1.990
Quantidade 13
Fonte: Midea (2016)

7.4 SISTEMAS DE VAPOR

Para a instalação de vapor, a Laccio utilizará uma caldeira que consiste em


transformar a entrada de água em saída de vapor d’água. A norma trabalhista que a
rege é a NR 13 onde se deixa explícita a necessidade de requisitos mínimos visando
segurança e saúde dos trabalhadores.
A NR 13 define Caldeiras a vapor como equipamentos destinados a produzir
e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de
energia.
A caldeira utilizada pela empresa Laccio tem construção flamotubular e ante-
fornalha Aquatubular. Para sua alimentação será usado recurso renovável tal como
lascas de madeira. Na Tabela 84 encontram-se os dados técnicos da mesma.

Tabela 84: Dados técnicos da caldeira


Equipamento Caldeira
Fabricante ARAUTERM
Modelo CVS – HL 6000
Construção flamotubular e Ante-
Tipo
fornalhaAquatubular
Capacidade (Kg/h) 6.000
Dimensões (LxPxH mm) 2.800 x 2.300 x 8.700
Combustível Resíduos e biomassa
Quantidade 1
Fonte: Arauterm (2016)
148

O sistema de vapor será utilizado pelo JET, rama, lavadora e secador. A


Tabela 85 apresenta os equipamentos e seu respectivo consumo de vapor.

Tabela 85: Consumo de vapor dos equipamentos


Consumo de Vapor por Quantidade Consumo total de
Equipamento
Equipamento (kg/h) equipamentos vapor (Kg/h)
JET 280 2 560
Rama 50 1 50
Lavadora 100 1 100
Secador 1.050 1 1.050
Fonte: Autoras (2016)

O consumo total de vapor a ser utilizado pela empresa Laccio é de 1.760


Kg/h.

7.4.1 Dimensionamento das Linhas de Distribuição de Calor

Com a teoria da velocidade tornou-se possível calcular o diâmetro da


tubulação de vapor. Neste método se fixa um valor em função da descarga de vapor
utilizando-se outras variáveis para encontrar o diâmetro a ser usado.

7.4.1.1 Diâmetro das linhas principais

Para encontrar esse diâmetro utilizou-se a Equação 39 abaixo:


Eq. (39)

Sendo:
= Diâmetro da tubulação de vapor, em metros;

= Volume específico do vapor saturado, Kg/m³;

= Quantidade de vapor total, Kg/h;

= Velocidade do vapor na linha principal, valor fixo, m/s.


149

A partir da informação do diâmetro da tubulação de vapor em metros, é


possível encontrar o diâmetro da tubulação de vapor principal em polegadas, a partir
da Equação 40 a seguir.

( ) Eq. (40)

Sendo:
( ) = Diâmetro da tubulação de vapor principal, em polegadas;

= Diâmetro da tubulação de vapor, em metros;

= Fator de segurança.

A Tabela 86 apresenta o diâmetro das linhas principais de vapor.

Tabela 86: Diâmetro das linhas principais de vapor


Qvt Vev Vlp Dv fs Dv(pol) Dv(pol)
comercial
1.760 0,3071 25 8,74 1,2 4,13 5

Fonte: Autoras (2016)

7.4.1.2 Massa de condensado formada

Para descobrir a massa de condensado formada, utilizou-se a Equação 41.

Eq. (41)

Sendo:
= Massa de condensado formado, em Kg/h;

= Fator de vapor que retorna na forma de condensado;

= Consumo de vapor, em Kg/h.

A Tabela 87 demonstra a massa do condensado formado


150

Tabela 87: Massa de condensado formada


Qc Fv Qv
1.408 0,8 1.760
Fonte: Autoras (2016)

7.4.1.3 Diâmetro da linha principal do condensado

Para calcular o diâmetro da linha principal do condensado em metros, utiliza-


se a Equação 42 a seguir.


Eq. (42)

Sendo:
= Diâmetro da tubulação de condensado, em metros;

= Volume específico do vapor condensado, em Kg/m³

= Quantidade de vapor total, em Kg/h;

= Velocidade do condensado na linha principal, fixado em m/s.

Com a informação do diâmetro em metros, calcula-se o diâmetro em


polegadas, utilizando-se a Equação 43.

( ) Eq. (43)

Sendo:
( ) = Diâmetro da tubulação de condensado principal, em polegadas;

= Diâmetro da tubulação de condensado, em metros;

= Fator de segurança.
151

A Tabela 88 apresenta o diâmetro da linha principal do condensado.

Tabela 88: Massa do condensado


Qvt Vec Vc Dc fs Dc(pol) Dc(pol)
comercial
1.632 0,001 4 0,56 1,2 0,26 1
Fonte: Autoras (2015)

7.4.1.4 Determinação do diâmetro das linhas secundárias

O diâmetro da tubulação das linhas secundárias, em metros, é obtido a partir


da Equação 44.


Eq.(44)

Sendo:
= Diâmetro da tubulação de vapor, em metros;

= Volume específico do vapor saturado, Kg/m³;

= Quantidade de vapor por equipamento, Kg/h;

= Velocidade do vapor na linha secundária, valor fixo, m/s.

Com o diâmetro em metros conhecido, calcula-se então o diâmetro da


tubulação em polegadas.

( ) Eq.(45)

Sendo:
( ) = Diâmetro da tubulação de vapor secundária, em polegadas;

= Diâmetro da tubulação de vapor, em metros;

= Fator de segurança.
152

A Tabela 89 apresenta o diâmetro das linhas secundárias de vapor.

Tabela 89: Diâmetro das linhas secundárias de vapor


Dv comercial
Equipamento Qv Vev Vls Dv fs Dv(pol)
(pol)

JET 280 0,3071 12 5,03 1,2 2,38 2

JET 280 0,3071 12 5,03 1,2 2,38 2

Rama 50 0,3071 12 2,13 1,2 1 1


Lavadora 100 0,3071 12 3 1,2 1,42 3
Secador 1.050 0,3071 12 9,74 1,2 4,6 5
Fonte: Autores (2016)

7.4.1.5 Massa do condensado formado na linha secundária

A massa de condensado obtida a partir da Equação 46.

Eq. (46)

Sendo:
= Massa de condensado formado, em Kg/h;

= Fator de vapor que retorna na forma de condensado;

= Consumo de vapor, em Kg/h.

A Tabela 90 apresenta a massa de condensado formado na linha


secundária.

Tabela 90: Massa de condensado formado na linha secundária (continua)


Equipamento Qv Fv QC
JET 240 0,8 192
JET 240 0,8 192
Rama 50 0,8 40
153

Tabela 90: Massa de condensado formado na linha secundária (conclusão)


Equipamento Qv Fv QC
Lavadora 100 0,8 80
Secador 1.050 0,8 840
Fonte: Autoras (2016)

7.4.1.6 Diâmetro das linhas secundárias do condensado

O diâmetro das linhas secundárias, em metros, é dado pela Equação 47.


Eq.(47)

Sendo:
= Diâmetro da tubulação de condensado, em metros;

= Volume específico do vapor condensado, em Kg/m³

= Quantidade de vapor do equipamento, Kg/h;

= Velocidade do condensado na linha secundária, em Kg/h.

A partir do diâmetro em metros, calcula-se, pela Equação 48, o diâmetro da


tubulação em polegadas.

( ) Eq.(48)

Sendo:
( ) = Diâmetro da tubulação de condensado secundária, em polegadas;

= Diâmetro da tubulação de condensado, em metros;

= Fator de segurança.

A Tabela 91 apresenta o diâmetro das linhas secundárias do condensado


154

Tabela 91: Massa do condensado nas linhas secundárias


Dv comercial
Equipamento Qv Vec Vc Dc fs Dv(pol)
(pol)

JET 192 0,001 4 0,26 1,2 0,12 1

JET 192 0,001 4 0,26 1,2 0,12 1

Rama 40 0,001 4 0,1 1,2 0,05 1

Lavadora 80 0,001 4 0,14 1,2 0,067 1

Secador 840 0,001 4 0,46 1,2 0,22 1

Fonte: Autoras (2016)

7.5 AR COMPRIMIDO

Para Bosch (2008), ar comprimido é ar atmosférico pressurizado, o qual é


condutor de energia térmica e fluxo de energia. Ar comprimido pode ser armazenado
e transportado por tubulações, assim como pode executar trabalhos pela conversão
de energia em motores e cilindros.
É utilizado como condutor de energia em áreas de aplicação industriais ao
lado de outros condutores como: fluídos em sistemas hidráulicos e energia elétrica
em sistemas elétricos.

7.5.1 Compressor Utilizado

Como o compressor de parafuso é um dos mais utilizados, a empresa Laccio


optou por ele. Sua lubrificação é feita a base de óleo, que entre os rotores
proporciona a vedação e a transferência de energia mecânica entre o tempo de
condução do rotor. O ar é sugado pelo aparelho e empurrado pelos parafusos.
Este compressor tem alta velocidade, o que permite o acoplamento direto e
dimensões reduzidas. Tem um rendimento volumétrico maior que o comum,
ausência de válvulas, um arrefecimento mais prático e funcionamento silencioso.
155

7.5.2 Equipamentos Utilizados

São necessários equipamentos auxiliares para secagem, (pois o ar


atmosférico contém certa quantidade de vapor de água), resfriamento do ar, (por
conta do calor gerado), filtragem do ar (pois as impurezas do ar não podem ser
percebidas a olho nu) e para Bosh (2008), compressores pegam não somente o ar
atmosférico, mas também as suas impurezas, as quais podem estar em alta
concentração, e além é claro do compressor.
A Laccio utilizará todos os equipamentos citados: compressor, secador,
resfriador e filtros.

Tabela 92: Dados técnicos do compressor


Equipamento Compressor
Fabricante Fargon
Modelo OS-WS/AS
Potencia Instalada(kW) 75 a 200
Capacidade (m³/h) 864 a 2178
Dimensões (LxPxH mm) 3000 x 2100 x 2155
Pressão (bar) 7 a 10
Quantidade 2
Fonte: Fargon (2016)

Tabela 93: Dados técnicos do secador


Equipamento Secador por refrigeração
Fabricante Fargon
Modelo THW-20000
Potencia Instalada(kW) 31,4
Capacidade (m³/min) 12835
Dimensões (LxPxH mm) 1920 x 1675 x 1420
Quantidade 1
Fonte: Fargon (2016)
156

Tabela 94: Dados técnicos do reservatório


Equipamento Reservatório
Fabricante Fargon
Modelo FRV-3000
Tipo Refrigeração
Capacidade (L) 3000
Dimensões (LxPxH mm) 3850 x 3500 x 3200
Quantidade 1
Fonte: Fargon (2016)

7.5.3 Consumo de Ar Comprimido

Para o cálculo de consumo de ar comprimido utilizou-se os dados dispostos


na tabela abaixo.

Tabela 95: Diâmetro das linhas principais


Consumo de ar Quantidade de Consumo Consumo total
Equipamento
comprimido(m³/h) equipamentos Total (m³/h) + 20%(m³/h)
Tear 10,8 15 162 194,4
Abridor 9 1 9 10,8
Foulard 9 1 9 10,8
Secador 12 1 12 14,4
Embaladeira 54 1 54 64,8
Limpeza 130 1 130 156
Total 224,8 20 376 451,2
Fonte: Autores (2016)

Após aferir o consumo total de ar comprimido, acrescentou-se 20% que é o


valor recomendado para então obter o consumo a ser utilizado. Logo, a empresa
necessitará apenas de um compressor, porém outro ficará como reserva sendo feito
o revezamento entre os dois e a manutenção quando não estiver sendo utilizado.
157

7.5.4 Dimensionamento das Tubulações de Ar Comprimido

Com os dados da Tabela 95, foi possível estipular as dimensões da


tubulação a ser utilizada.

Tabela 96: Dados do ar comprimido utilizado


Dados Valores
Velocidade de ar na linha primária(m/s) 9
Velocidade do ar na linha secundária(m/s) 7
Temperatura Normal (K) 294
Pressão atmosférica no local(atm) 0,997
Pressão atmosférica do compressor(atm) 8
Umidade relativa média(%) 85
Altitude (m) 30
Fonte: Autores (2016); Prefeitura de Jaraguá do Sul (2016)

7.5.4.1Diâmetro da tubulação primária de ar comprimido

A razão da compressão é dada pela Equação 49.

Eq. (49)

Sendo:
= Razão da compressão do compressor;

= Pressão atmosférica do compressor, em atm;

= Pressão atmosférica no local, em atm.

O diâmetro da tubulação é calculado pela Equação 50 a seguir.


Eq. (50)
158

Sendo:
= Diâmetro real da tubulação principal, em polegadas;
= Vazão total de ar comprimido, em Nm³/h;
= Razão da compressão do compressor;
= Velocidade do ar na linha principal, em m/s.

Tabela 97: Dados do ar comprimido


Dados Valores
Pc (atm) 8
Pa(atm) 0,997
Vlp (m/s) 9
Qnt( m³/h) 451,2
R 8,02
Da(“) 1,43
Fonte: Autores (2016)

7.5.4.2Diâmetro da tubulação secundária de ar comprimido

O cálculo para a obtenção do diâmetro da tubulação secundária é realizado


a partir da Equação 51.


Eq. (51)

Sendo:
= Diâmetro real da tubulação secundária, em polegadas;
= Vazão de ar comprimido por equipamento, em Nm³/h;
= Razão da compressão do compressor;

= Velocidade do ar na tubulação secundária, em m/s.


159

Na tabela abaixo é possível verificar a o diâmetro da tubulação necessária.

Tabela 98: Dimensionamento das linhas secundárias de ar comprimido


Equipamento Qn Db(“) D Comercial (“)
Tear 10,8 1,75 2
Abridor 9 1,59 2
Foulard 9 1,59 2
Secador 12 1,84 2
Embaladeira 54 3,91 5
Limpeza 130 6,07 6
Fonte: Norma ANSI.B.36.10 (2016); Autores (2016)

7.6 SISTEMA DE ÁGUA

A água é a substância mais amplamente encontrada na natureza. Mas a


porcentagem de água doce corresponde a apenas 2,5%, desse total 90% estão nos
mananciais subterrâneos e apenas 10% estão na superfície. Sendo que 70% dos
lençóis de águas do mundo está no Brasil, porém este potencial de recurso hídrico
para os rios está ameaçado pela contaminação do solo e a perfuração excessiva
dos poços tubulares, pois são abertos anualmente aproximadamente 10.000 poços
no território nacional (TOLEDO,2004).
Segundo Twardokus (2005), a agricultura e a indústria são os maiores
setores consumidores de água doce, sendo o setor têxtil responsável por 15% da
água consumida pelas indústrias. A água é utilizada pela indústria para ser
incorporada em produtos específicos, como um fluido térmico para propósito de
aquecimento ou resfriamento e para eliminar componentes indesejáveis.
A Laccio Malhas terá o abastecimento por água provinda de poços
artesianos para consumos industriais, caldeira, combate ao incêndio e para o
consumo humano a água será fornecida pela SAMAE. Procurando minimizar o
consumo e buscando uma melhor preservação do ambiente, os efluentes gerados
pela indústria serão destinados para o tratamento de efluentes da empresa.
160

7.6.1 Fluxograma do sistema de Água

Figura 23: Fluxograma do sistema de água


Fonte: Autoras (2016)

7.6.2 Descrição do Fluxograma

7.6.2.1Poço artesiano

O poço artesiano capta água do subsolo, ou seja, do lençol freático, sendo o


mesmo responsável pelo abastecimento de água de parte da empresa.
161

7.6.2.2 Cisterna

A cisterna realiza o armazenamento de água, caso ocorra problemas no


abastecimento.

7.6.2.3 Caixa d’água primária

Responsável pelo armazenamento da água, esta caixa é dividida em duas


partes, uma reservada para o processo industrial e para a caldeira e outra para o
combate a incêndio.

7.6.2.4 Abrandador

O processo de abrandamento consiste na retirada dos íons cálcio e


magnésio. Com isso, impede que os íons criem incrustações nas paredes das
tubulações e equipamentos (UNION, 2016).

7.6.2.5 Combate a incêndio

Algumas características da água como ser abundante, ter baixo custo e por
sua grande capacidade de absorver calor, a torna a substância mais usada para o
combate de incêndio (Croscato, 2014). Para o combate a incêndio serão destinados
18 m³ da caixa d’ água primaria, para o caso de alguma emergência.

7.6.2.6 Processo industrial

A água direcionada para o processo industrial será utilizada para o


beneficiamento, estamparia e caldeira. Porém, antes de seu uso alguns testes como
de pH, alcalinidade, gases dissolvidos, dureza, matéria orgânica, cloretos, sílicas e
ferros, deveram ser realizados.
162

7.6.2.7 Caldeira

Por meio de uma fonte geradora de calor a água aquecida se torna vapor.

7.6.2.8 SAMAE

O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) da cidade de


Jaraguá do Sul será responsável pelo fornecimento de água para o consumo
humano.

7.6.2.9 Caixa d’água

Armazena a água.

7.6.2.10 Consumo humano

É o consumo que os colaboradores terão durante o período de trabalho, que


é de suma importância para atendê-los.

7.6.2.11 Estação de tratamento de efluentes

Responsável pelo tratamento de efluente gerado do processo produtivo.


Para que ela possa ser descartada novamente no meio ambiente ou reutilizada,
necessita passar por alguns processos.

7.6.3 Cálculos para o Sistema de Água

7.6.3.1Combate a incêndio

A norma NBR 13714, determina que, para construções de risco médio, deve
ser capaz de suprir a vazão de 2 hidrantes simultaneamente por 30min. A rede de
163

hidrante utilizará mangueiras com vazão de 300L/min. Portanto tem-se a


necessidade de 18m³ de água a cada 3 dias.

7.6.3.1.1 Altura do reservatório de combate a incêndio

Eq. (52)

Sendo:
= Altura do reservatório de água para combate a incêndio, em m;

= Volume de água para combate a incêndio, em m³/dia;

= raio da caixa d’água, em m.

Tabela 99: Altura do reservatório para combate a incêndio


Dados Valor
Hci (m) 0,358
3
Vci (m /3dias) 18
R(m) 4
Fonte: Autoras (2016)

7.6.3.2 Processos industriais

A água destinada à utilização em processos industriais como beneficiamento


primário, estamparia e caldeira, possuirá um reservatório com capacidade de
armazenamento de 3 dias para o funcionamento de tais setores.

Altura do reservatório para os processos industriais

Eq.(53)
164

Sendo:
= Altura do reservatório de água para os processos industriais, em m;

= Volume de água para os processos industriais, em m3/3dias;

= raio da caixa d’água, em m.

Tabela 100: Consumo de água diário para os processos industriais


Processo Industrial Consumo (L/dia)
Beneficiamento Primário 238.556,86
Estamparia 1.266,67
Caldeira 1.200
Total 241.023,53
Fonte: Autoras (2016)

Sendo assim, o consumo para 3 dias da Laccio Malhas é de 723.070,59L/3dias.

Tabela 101: Altura do reservatório para consumo industrial


Dados Valor
hpi (m) 14,38
3
Vpi (m /3dias) 723,07
R(m) 4
Fonte: Autoras (2016)

7.6.3.3 Consumo humano

De acordo com Planeta sustentável (2016) uma pessoa no Brasil consome


por dia 187 L,se considerarmos que um colaborador durante o turno tem o consumo
médio de 90 L por dia e o quadro de colaboradores da Laccio Malhas será de 147, o
consumo de água potável será 13,23 m³ por dia.

Altura do reservatório para consumo humano


165

Eq. (54)

Sendo:
= Altura do reservatório de água para consumo humano, em m;

= Volume de água para consumo humano, em m³/dia;

= Raio da caixa d’água, em m.

Tabela 102: Altura do reservatório para consumo humano


Dados Valor
Hch (m) 2,69
3
Vch (m /dia) 12,23
R (m) 1,25
Fonte: Autoras (2016)

7.6.4 Dimensionamento da Tubulação de Água

Para se determinar o diâmetro da tubulação de água, a seguinte a Equação


55 foi utilizada:

√ Eq. (55)

Sendo:
= Diâmetro da tubulação de água (pol);

= Fator de segurança;

= Massa da água (kg/h);

= Massa específica da água (kg/m³);

= Velocidade da água na tubulação.


166

A seguir a Tabela 103 apresenta o diâmetro das linhas principais de água,


considerando o fator de segurança, massa e massa específica da água, velocidade
da água na tubulação e diâmetro da tubulação.

Tabela 103: Dimensionamento da tubulação de água


Aplicação Fs Qa Va d(pol) d(comercial)
Industrial 1.2 10.042,65 1000 4 1,41 2
Hidrantes 1.2 750 1000 4 0,38 5
Potável 1.2 540 1000 4 0,32 2

Fonte: Autoras (2016)

7.7 COMBATE AO INCÊNDIO

As edificações como um todo estão sujeitas ao incêndio, grande parte dos


incêndios são iniciados por uma fonte de ignição que entra em contato com um
material inflamável. O ambiente terá uma elevação na temperatura, e fumaça e
gases quentes serão acumulados no teto. Através da condução, radiação e
convecção, ocorre a propagação do fogo para materiais combustíveis que estejam
nas adjacências (MITIDIERI; ISHIMOTO, 1998).
De acordo com Fagundes (2013), a proteção contra incêndio deve ser vista
como uma obrigação e necessidade de proteger acima de tudo as vidas humanas, e
secundariamente o patrimônio envolvido, independente do seu custo financeiro.
Diante disso, faz-se necessária a aplicação da NR-23 que regulamenta as
regras de segurança e saúde no trabalho relacionado à proteção contra incêndios.
De acordo com a norma, os locais de trabalho devem apresentar medidas e
instalações de proteção e combate ao incêndio, saídas suficientes para a rápida
retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio, equipamentos suficientes para
combater o fogo em seu início e pessoas treinadas para o uso desses
equipamentos.
A prevenção é o conjunto de normas e ações adotadas na luta contra o fogo
de forma a eliminar as possibilidades de sua ocorrência. A extinção visa eliminar o
fogo por diversos processos usando taticamente os equipamentos de combate ao
167

fogo. É de suma importância conhecer a classificação do fogo o, que é realizada


pela NR23:
Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de
queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos,
como: tecidos, madeira, papel, fibra, etc.;
Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente
em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes,
tintas, gasolina, etc.;
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como
motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio. (NR-
23,1978).
Tendo conhecimento da classificação do fogo, todos devem estar cientes de
como combater ao incêndio de forma rápida antes que ele se propague e saia do
controle e quanto mais se demora a tomar uma atitude, maiores são as
consequências causadas pelo fogo. Sendo assim a extinção de um princípio de
incêndio consiste basicamente na retirada de um dos três elementos que compõem
o fogo e pode ser feita através do abafamento, resfriamento ou retirada do
combustível (CASTELETTI, 2010).
Segundo Ferrari (2009), existem vários agentes extintores, tendo sua
aplicação diferente às formas, podendo ser usados um ou mais métodos
simultaneamente para a eliminação do incêndio. Apesar de muitas vezes serem de
fácil acesso eles devem ser utilizados de forma criteriosa, e sempre deve-se
observar a correta forma de utilização e o tipo de classe de incêndio.
A empresa como um todo terá saídas de emergências situadas
estrategicamente 30 metros uma da outra, contará com sinalizações de emergência
que orientarão os funcionários a busca da saída mais próxima. Para evitar a
propagação das chamas pela fábrica as portas que dão acessos a outros setores
serão do tipo corta-fogo. Haverá sirenes dispostas pelos setores para o aviso de
incêndio quando necessário. Os colaboradores serão instruídos aos procedimentos
que deverão ser tomados.

7.7.1 Extinção por meio de água

De acordo com a NR-23, as indústrias que apresentarem mais de 50


funcionários, deve possuir um aprisionamento conveniente de água sob pressão, a
168

fim de, a qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A. Mas este meio
de extinção não deve ser empregado nos seguintes casos:

 Nos fogos da Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina;


 Nos fogos da Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada; e
 Nos fogos da Classe D.
A NBR 13714 apresenta condições mínimas exigíveis para que os hidrantes
estejam dispostos de maneira correta e que sejam identificados para uso exclusivo
de combate a incêndio. A Tabela 104 a seguir, apresenta os tipos de mangueiras
para extinção do fogo, os quais variam de acordo com seu tipo de esguicho,
diâmetro, comprimento máximo, saídas e vazão:

Tabela 104: Tipos de mangueira para extinção do fogo


Mangueira
Tipo Esguicho Diâmetro (mm) Saídas Vazão (L/min)
80 ou 100
1 Regulável 30 1

Jato Compacto ∅16 mm ou 300


2 30 2
regulável
Jato Compacto ∅25 mm ou
3 30 2 900
regulável
Fonte: NBR. 13714:200

A Laccio Malhas em conformidade com a NBR 13714 posicionará os


hidrantes internos a 5 metros das portas de saídas e 1,5 metros da altura do piso no
total de 8 hidrantes internos. Serão utilizados na empresa o tipo 2, com o esguicho jato
compacto ou regulável com diâmetro de 16 mm. O comprimento da mangueira será de
30 metros e sua capacidade de vazão será de 300 litros/min. E quanto aos hidrantes
externos serão 5, um em cada extremidade do setor fabril e um ao meio do prédio
administrativo com o refeitório, seguindo as recomendações de que “Em
estabelecimentos fabris com arruamentos, a rede de abastecimentos de água deve
alimentar hidrantes de coluna nos passeios, distanciados de 90 em 90 metros
(CROSCATO, 2014).
169

7.7.2 Extintores

Os extintores adequados são escolhidos de acordo com o tipo de incêndio


classificados de acordo com a NR-23. Os tipos de extintores existentes são:

 Extintor tipo “Espuma” utilizado nos fogos de Classes A e B;


 Extintor tipo “Dióxido de Carbono” será usado, preferencialmente, nos
fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de
Classe A em seu início;
 Extintor tipo “Químico Seco” usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As
unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre
rodas. Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo “Químico Seco”,
porém o pó químico será especial para cada material.
 Extintor tipo “Água Pressurizada”, ou “Água Gás”, deve ser usado em
fogos Classe A, com capacidade variável entre 10 e 18 litros.
Por meio da Equação 56, pode-se determinar o numero de extintores
necessários por setor, que é representado pela Tabela 105.

Eq. (105)

Sendo:

= Quantidade de extintores;

= Área do ambiente, em m²;

= Área máxima protegida, em m²

Tabela 105: Número de extintores por setor (continua)


Área Máxima
Área Quantidade de
Ambiente Risco Classe Protegida
(m²) extintores
(m²)

Guarita A Pequeno 9 500 1


Sala de treinamento A Pequeno 72 500 1
Copa A Pequeno 6 500 1
170

Tabela 105: Número de extintores por setor (conclusão)


Área Máxima
Área Quantidade de
Ambiente Risco Classe Protegida
(m²) extintores
(m²)

Marketing e TI AC Pequeno 24 500 1


Corredor 1º andar A Pequeno 44 500 1
Corredor 2º andar A Pequeno 32 500 1
Corredor A Pequeno 36 500 1
Manutenção C Médio 24 250 1
Limpeza e depósito de prod. de
limpeza
B Pequeno 24 500 1

Almoxarifado AC Pequeno 24 500 1


Sala de administração AC Pequeno 9 500 1
RH AC Pequeno 9 500 1
Sala de segurança do trabalho AC Pequeno 9 500 1
Sala financeira AC Pequeno 9 500 1
Setor de compra e venda AC Pequeno 12 500 1
Refeitório AC Médio 150 250 1
Armazém de fios A Médio 405 250 2
Malharia AC Grande 806 150 5
Beneficiamento AC Grande 1083 150 8
Armazém intermediário A Médio 234 250 1
Estamparia AC Grande 216 150 2
PCP AC Pequeno 28 500 1
PDP AC Pequeno 12 500 1
Expedição AC Pequeno 840 500 2
Revisão AC Pequeno 208 500 1
Laboratório ETE AC Pequeno 63 500 1
Laboratóri
AC Pequeno 63 500 1
o de qualidade

Sala de ar comprimido C Médio 35 250 1


Oficina mecânica AC Médio 90 250 1
Cabine elétrica AC Grande 90 150 1
Casa da caldeira AC Grande 93,75 150 1
171

Total 45
Fonte: Autoras (2016)

A Tabela 106 descreve as informações técnicas do extintor utilizado na


empresa Laccio Malhas

Tabela 106: Características do extintor


Equipamento Extintor
Fabricante Aerotex Extintores
Modelo Portátil – 3A- 20BC- EN010
Classe de incêndio ABC
Capacidade 6 Kg
Quantidade 45
Fonte: Aerotex Extintores (2016)
172

8 PLANO DE RESÍDUOS

As indústrias de vários segmentos por várias décadas usaram os recursos


naturais sem quaisquer formas de prevenção ou conservação. Mas o uso
desenfreado acarretou em vários problemas ambientais, como alterações na
qualidade da água, solo e ar. Com isso, as indústrias tiveram que adotar práticas de
conscientização de prevenção do meio ambiente (KUNZ et al., 2002; RIBEIRO et al.,
2012).
Assim como outros países, o Brasil possui uma lei ambiental, que regula o
descarte de resíduos, sendo a LEI N°12.305/2010 que dispõe sobre seus princípios,
objetivos e instrumentos, sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao
gerenciamento de resíduos sólidos (inclusive os perigosos), às responsabilidades
dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
No entanto, cada estado possui suas próprias leis, a legislação estadual de
Santa Catarina foi regida em 2005, como LEI Nº 13.557 que no artigo 2 parágrafo V
diz:
V- padrão de produção e consumo sustentáveis, o fornecimento e o
consumo de produtos e serviços que otimizem o uso de recursos naturais,
eliminando ou reduzindo o uso de substâncias nocivas, emissões de
poluentes e volume de resíduos durante o ciclo de vida do serviço ou do
produto, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e resguardar as
gerações presentes e futuras.

A Laccio Malhas, visando se adequar a legislação ambiental vigente, bem


como conscientizar seus colaboradores e comunidade, contará com um plano de
gerenciamento de resíduos que objetiva a minimização da geração destes,
intensificando ações de reutilização e reciclagem, bem como o descarte adequado
aos resíduos industriais. Os resíduos sólidos como plásticos, papelão, resíduos
têxteis entre outros serão encaminhados para empresas de tratamento e reciclagem
responsáveis. Já os resíduos que não poderão ser encaminhados para reciclagem
ou reutilização serão levados para o aterro industrial. Os resíduos líquidos serão
destinados para a estação de tratamento de efluente pertencente à empresa.
173

8.1 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Em 2011 foi publicada a Resolução CONAMA nº 430/2011, a qual dispõe


sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências. No artigo 3 diz-se:
“Art. 3o Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser
lançados diretamente nos corpos receptores após o devido tratamento e
desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos nesta
Resolução e em outras normas aplicáveis”.
Segundo Souza (2013), pelo grande consumo de água durante os processos
de acabamento, a indústria têxtil torna-se uma das maiores consumidoras de água,
portanto uma grande geradora de efluentes líquidos. Estes tipos de efluentes são
complexos contendo corantes, compostos orgânicos, entre outros produtos. Devido
a estas características o tratamento destes efluentes se torna vital para o
lançamento no corpo receptor.

Na Laccio Malhas os efluentes serão provenientes dos setores de produção


do beneficiamento primário e estamparia. O funcionamento da ETE (estação de
tratamento de efluentes) será realizado por meio de bateladas, segundo Neto e
Costa (2011), é uma solução para a utilização de um único tanque, que atua como
decantador, funcionando em ciclos, que compreendem fases de enchimento,
decantação e repouso.
A Figura 24 representa o fluxograma do processo de tratamento de efluentes
na Laccio Malhas.
174

Figura 24: Fluxograma da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE)


Fonte: Autoras (2016)

8.1.1 Descrição do Fluxograma

8.1.1.1 Gradeamento

O efluente gerado passará por essa etapa para a remoção de sólidos


grosseiros, onde o material é retido em três tipos de grade: grades grosseiras,
grades médias e grades finas. Tem como finalidade proteger os dispositivos de
transporte, as unidades de tratamento subsequentes e proteger os corpos
receptores (KURITA, 2016).
175

8.1.1.2 Tanque de equalização

Estabiliza o pH e também a vazão e mantém constante a carga de sólidos


enviada ao tratamento, homogeneizando o efluente de diversos descartes de banho.
(AGE, 2016).

8.1.1.3 Floculação

Esta etapa ocorre com adição de produtos químicos que promovem a


aglutinação e o agrupamento das partículas, tornando o peso específico maior que o
da água, facilitando a decantação (KURITA, 2016). Será utilizado o sulfato de
alumínio que serve para aglutinação de toda a matéria em suspensão e forma flocos
que ganham em densidade e se sedimentam.

8.1.1.4 Decantação

Por meio deste processo é realizada a separação dos sólidos, deixando o


efluente claro. Este efluente passa pela decantação, e o lodo é separado, já o
efluente pode ser descartado no corpo receptor (KURITA, 2016), ou então, será
utilizado na empresa para lavagem de pátios, ruas internas, chão e etc. O lodo será
destinado para o aterro sanitário.
176

9 CUSTOS E ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA

A planilha de custos segue no Pen-drive. Como conclusão da mesma temos


que o projeto industrial Laccio Malhas teve resultado viável, pois apresentou Valor
Presente Líquido positivo (R$71.484.807,69), Taxa Interna de Retorno (8,88%) acima da
Taxa Mínima de Atratividade (3,5% a.m.), índice de lucratividade de (2,64). Os mesmos
fatores de análise se deram viáveis considerando um risco negativo de 10% do
faturamento, o que se mostra bastante otimista, já que o produto produzido pela
empresa tem alta demanda.
177

10 LAYOUT E PLANTA BAIXA DE LOCALIZAÇÃO

O layout e a planta baixa de localização foram projetados utilizando o software


AUTOCAD, ambos seguem no Pen-drive. O layout e a planta baixa foram desenvolvidos
de modo que as matérias-primas e produtos acabados tenham um melhor fluxo
produtivo, dessa forma adotou-se o arranjo físico (layout) por processo.
178

11 CONCLUSÃO

Para a execução do projeto Laccio Malhas necessidade de um investimento


R$ 43.460.702.03 com um índice de lucratividade 2,64 e um taxa de retorno de
8,88%, tornando o projeto viável. Essa taxa de retorno esta em um padrão aceitável
para indústria têxtil atual.
Por meio da utilização da ferramenta de análise de SWOT, temos sobre a
Laccio Malhas:
Forças – Conhecimento do segmento, qualidade do produto, preço
competitivo, funcionários capacitados.
Fraquezas – Escassez de recursos e instabilidade no fornecimento de
matéria prima.
Oportunidades – Mercado em ascensão, possibilidade de elaboração de
artigos semelhantes à malha fitness e localizado próximo aos clientes.
Ameaças – Concorrência e avanços tecnológicos.
179

12 CATÁLOGOS

Os catálogos utilizados durante a realização deste projeto seguem no pen-


drive.
180

REFERÊNCIAS

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e-o-conforto-humano-1>. Acesso em: 01 jun. 2016.

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2016.

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http://agetec.com.br/uploads/Anexos/Tanque%20eq/Tanque%20de%20equaliza%C3
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ANSI.B.36.10. Tubulação Industrial e Estrutura Metálica. Sesi. Disponível em: <


http://www.abraman.org.br/arquivos/51/51.pdf> Acesso em: 3 jun. 2016.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004/2004:


Resíduos Sólidos – Classificação. Disponível
em:<http://www.videverde.com.br/docs/NBR-n-10004-2004.pdf>. Acesso em: 07mai.
2016.

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hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro, 2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 8995-1: Iluminação de


ambientes de trabalho - Parte 1: Interior. 1 ed. Rio de Janeiro, 2013. 54 p. Disponível
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BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº430, de


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o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento
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