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O não cumprimento da obrigação pode proceder de causas imputáveis ao devedor ou de causas a este

não imputáveis, o que sucede quando procede de facto de terceiro, de caso fortuito ou de força maior,
ou de facto do credor; e pode – considerando o efeito sobre a relação creditória – assumir as
modalidades de não cumprimento definitivo, mora ou cumprimento defeituoso.

2. A mora é, em sentido amplo, o mero retardamento da prestação: esta não foi executada no momento
próprio, mas ainda é possível, por continuar a ter interesse para o credor.

3. A mora pode provir de causa imputável ao devedor ou de facto imputável ao credor, e pode ainda
resultar de circunstâncias não imputáveis nem ao devedor nem ao credor, como sucede em certos casos
de impossibilidade transitória ou temporária.

4. Nestes casos, se da mora resultaram danos para o credor, não sendo esta imputável ao devedor, este
não responde por tais danos; mas não fica exonerado da obrigação, visto que o impedimento ao
cumprimento é apenas temporário.

5. Relativamente ao tempo do seu vencimento, as obrigações classificam-se em obrigações puras – as


que, por falta de estipulação ou disposição em contrário, se vencem logo que o credor, mediante
interpelação, exija o seu cumprimento – e obrigações a prazo ou a termo – aquelas cujo cumprimento
não pode ser exigido ou imposto à outra parte antes de decorrido certo período ou de chegada certa
data.

celebraram afinal um verdadeiro contrato promessa de cessão de quota, mas sendo esse contrato nulo
por vício de forma, em virtude de não ter sido celebrado por escrito), alegando, para tanto e em síntese,
que “foi a A quem se recusou a assinar o contrato-promessa de cessão de quota, tendo este sido
assinado apenas pelos RR”, pelo que o pedido de restituição do sinal é um verdadeiro abuso de direito
(“no caso ‘sub judice’, a sentença é errónea, porque conflitua com os valores da segurança, certeza
jurídica, imanentes à exigência da forma escrita dos contratos e o princípio de justiça, ou ideia de
direito, por causa do abuso de direito”, aduzem). E nem há qualquer enriquecimento ilícito (“os factos
provados justificam a deslocação patrimonial da quantia entregue a título de sinal por parte da A, para o
património dos RR, não existindo qualquer obrigação de restituição”). Termos em que deve ser dado
provimento ao recurso e ser revogada a sentença impugnada, absolvendo-se os Réus do pedido.

A recorrida D…………… vem contra-alegar, para dizer, também em síntese, que não assiste razão aos
recorrentes, pois que, ao contrário do que ora sustentam, “o vício determinante da nulidade formal do
contrato promessa de cessão de quotas verifica-se no momento em que o contrato se tem por
celebrado, isto é, em finais do mês de Dezembro de 1999/inícios do mês de Janeiro de 2000”, aí
devendo, pois, situar-se a avaliação da “actuação da Autora, em termos da confiança criada na outra
parte, a fim de se aquilatar da eventual frustração desse capital fiduciário”. E “da factualidade provada,
não resulta minimamente demonstrado que a não redução a escrito do contrato promessa em causa,
aquando da sua celebração, haja sido imputável à Autora”, pelo que, também por isso não há qualquer
invocação de nulidades em abuso de direito

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