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FORMA E DESENHO
Esta obra foi publicada originalmcnte em inglês com o rindo
PRINClPLES OF FORM AND DESIGN por Van Nostrand Reinhold.
Nova York. em 1993.
Copyright © 1993 by Vau Nostrand Reinhold, A Division of International
Thomson Piiblishing Inc.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou
transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônica ou sistemas
magnéticos recuperáveis, sem permissão, por escrito, da Editor.
Ia edição
maio de 1998
2P tiragem
setembro de 2001
Tradução
ALVAMAR HELENA LAMPARELU
98-1710 CDD-745,4
índices para catálogo sistemático:
1. Desenho : Princípios : Artes 745.4
2. Forma artística : Princípios : Artes 745.4
W.W.
Englewood Cliffs, N.J.
SUMÁRIO
1
^
Setup Básico do Computador Efeitos Espaciais em
L f) O )
Programas Gráficos............... Inter-relações de Formas
Escolhendo um Programa.....
3. REPETIÇÃO
O J CM
OW
Começando a Desenhar........
V-VJ
Criando um Formato.............. Unidades de Forma.................
Obtendo um Formato Repetição de Unidades de
Vi—
C \J C \IC O C O C O C O C O C O
Composto.......................... Forma.................................
VU v—/ »
Estabelecendo a Repetição... Tipos de Repetição................
Estabelecendo a Radiação.... Variações em Repetição.........
V.
Estabelecendo a Gradação.... Subunidades de Forma e
\4 V.M N
Estabelecendo a Similaridade Superunidades de Forma
Estruturas Ativas e Visíveis.... O Encontro de Quatro Círculos
W I"
Formas Figurativas................ Repetição e Inversão.............
Imagens Tridimensionais........ Notas Sobre os Exercícios....
Prosseguindo com o Texto CO
Principal............................. 4. ESTRUTURA
Estrutura Formal.....................
Estrutura Semiformal.............
DESENHO BIDIMENSIONAL Estrutura Informal....................
Estrutura Inativa......................
Estrutura Ativa.........................
1. INTRODUÇÃO Estrutura Invisível....................
O Que é Desenho?............ Estrutura Visível......................
A Linguagem Visual........... Estrutura de Repetição..........
Interpretando a Linguagem A Grade Básica.......................
Visual............................. Variações da Grade Básica....
Elementos de Desenho...... Estruturas de Repetição
Elementos Conceituais..... Múltipla...............................
Elementos Visuais.............. Unidades de Forma e
Elementos Relacionais....... Subdivisões Estruturais....
Elementos Práticos............ Repetição de Posição............
A Moldura de Referência.... Superposição de Estruturas
O Plano da Imagem........... de Repetição.....................
Forma e Estrutura.............. Notas Sobre os Exercícios....
2. FORMA 5. SIMILARIDADE
Forma e os Elementos Similaridade de Unidades de
Forma.................................
N
Conceituais...................
M
CO
CD
Gradação de Unidades de Visuais e Relacionais....... Forma e Formato....................
Forma................................. Contrastes no Interior de uma Moldura de Referência...........
'■sfr
t—
^i ^(M ^
—
Gradação de Planos.............. Forma................................. Forma e Espaço......................
Gradação Espacial.................. A Estrutura de Contraste......... A Visualização da Forma....
Dominância e Ênfase.............
CO
Gradação de Formato............ Visualização com Linhas.........
-3-
CO
A Trajetória de Gradação......... Notas Sobre os Exercícios..... Visualização com Planos.........
A Velocidade de Gradação .... Visualização com Linhas
Padrões de Gradação............ 10. CONCENTRAÇÃO
e Planos.............................
£
A Estrutura de Gradação........ Concentração de Unidades Visualização com Pontos.........
Gradação Alternada............... de Forma em Estruturas Visualização com Textura.........
Relações de Unidades de Formais.............................. Tipos de Formas...................
Forma e Estruturas em A Estrutura de Concentração Formas Figurativas.................
um Desenho de Gradação Unidades de Forma
Formas Naturais......................
Notas Sobre os Exercícios.... em Estruturas de
Formas Feitas pelo Homem...
Concentração....................
Formas Verbais.......................
7. RADIAÇÃO Notas Sobre os Exercícios....
Formas Abstratas....................
Características de um
Tipos de Formatos...............
CO OO OO
N| Nj Sl
CD CD
cn 4^.
A Multiplicação de Planos..... III. FORMAS FIGURATIVAS Similaridade e Radiação.........
A Divisão de Planos............... Formas e Temas.................... Similaridade e Gradação.........
.ariando o Tamanho de Observando Formas Naturais Composições com
C\J
i(D— C\J
Planos................................ 166 Ramificação e Disposição em Concentração.................
CVJ
O C\J
A Transformação de Planos.... 167 Leque................................. Pontos de Concentração........
CM C\J
i—
Dobrando Planos.................... 168 Espirais e Ondulações........... Concentração Linear..............
C\J
C\J
Afinidade e Unidade............... Concentração de Planos........
Estabelecendo Volume.......... 168
Observando Formas Composições com
Regularidade........................... 169
CM C \l CVJ CVJ
CVl CM C \l C \l
CO CO CD CO
Criadas pelo Homem...... 188 Contraste.........................
Desvio...................................... 170
Os Materiais e a Reunião de Contraste de Aparência..........
Simetria.................................... 170
Partes..................*.............. Contraste de Localização.......
Assimetria................................. 171
Plantas, Elevações e Contraste de Quantidade.........
Criando Formatos Composições com
CD CO
<D
Perspectivas.....................
Orgânicos........................ 172
CM
CO
O
Composições Fechadas..... Anomalia..........................
O
Curvas em C e em S............. 172 Anomalia no Formato.............
Estabelecendo Formas
CM CM CM CM
CO CO CO CO
O
rormatos com Extremos Anomalia no Tamanho...........
t — C\J C\J
Singulares.........................
Pontiagudos...................... 173 Estabelecendo Formas Plurais Anomalia de Cor.....................
rormatos com Extremos Estabelecendo Formas Anomalia em Textura.............
Arredondados................... 173 Compostas........................ Anomalia de Posição e
união e Ligação de Formatos 174 Composições com Direção............................... 233
“alho, Rasgo e Quebra de Repetição.........................
Formatos............................ 174 Seqüência em Dois Sentidos
Cortando e Removendo Seqüência em Quatro DESENHO TRIDIMENSIONAL
Segmentada......................
Formatos........................... 176
As Três Direções Primárias ... 239
CO CD CD
Rotação e Translação............
Metamorfose e Deformação de
Rotação e Inversão................. As Três Vistas Básicas........... 240
Formatos........................... 177
Rotação e Dilatação............... Elementos do Desenho
A Proliferação de Formatos.... 177
A Interceptação de Linhas Tridimensional................... 241
Expressão Simétrica.............. 178
Estruturais Ativas............. 210 Elementos Conceituais.......... 241
Variações de uma Forma.... 179 Elementos Visuais................... 242
Composições com
Variação Interna...................... Elementos Relacionais........... 244
Gradação ......................... 212
Variação Externa..................... Gradação de Formato............ 212 Elementos Construtivos......... 245
Extensão.................................. Gradação de Tamanho........... 213 Forma e Estrutura................... 246
Superposição.......................... Gradação de Posição............. 213 Unidades de Forma................ 246
Transfiguração........................ Gradação de Direção............. 214 Repetição e Gradação........... 246
Deslocamento......................... Gradação de Proporção......... 215
Distorção.................................. Composições com 2. PLANOS EM SERIE
CO CD
CVJ
^h -
ro
C\l
■
CO
CM
05
CM
OO
u)
Variações de Posição. Estrutura de Repetição.......... Repetição do Requadro Linear
CM CM
LO LO
O
Variações de Direção. Disposição das Camadas......... Empilhamento de Unidades
CO
CD
CM
T-
Técnicas Construtivas
CO CO CO
i- “ CD CD
Organização no Interior Repetidas..........................
•*
de Cada Camada............. Adição e Subtração................
CD
CM CM
OO CO
N
CM
O
3. ESTRUTURAS DE PAREDE Ligando Unidades de Forma.. Interpenetração.......................
Cubo, Coluna e Parede......... 259 Prismas Quadrados como
Células Espaciais e Unidades de Forma 9. CAMADAS LINEARES
Unidades de Forma......... 260 ou Células Espaciais....... 288 A Construção de Camadas
Variações de Posição de
CO CO
CM CM
Unidade de Forma ou Lineares.............................
Unidades de Forma......... 261 Célula Espacial em L.......
LO
288 Variações e Possibilidades ....
Variações de Direção de Unidades de Forma em uma Gradação de Formato em
Unidades de Forma......... 262 Estrutura de Repetição.... 289 Construção de Camadas 326
Unidades de Forma como
Planos Distorcidos........... 263 6. ESTRUTURAS POLIEDRICAS 10. LINHAS DE INTERLIGAÇÃO
Estruturas de Parede que Os Sólidos Platônicos............ 295 Linhas Interligadas em
não Permanecem Planas 263 Os Sólidos Arquimedianos.... 297 uma Superfície Plana....... 333
Modificações de Células Tratamento de Face............... 299 Linhas de Interligação no
Espaciais........................... 264 Tratamento de Aresta............. 299 Espaço............................... 334
Tratamento de Vértice............ 300 Materiais e Construção.......... 336
4. PRISMAS E CILINDROS Unindo Figuras Poliédricas.... 300 Construção em Planos para
O Prisma Básico e Suas Linhas de Interligação..... 336
Variações.......................... 271 7. PLANOS TRIANGULARES Linhas de Interligação no
CO CO CO CO
Interior de um Cubo
M CD CD OD
Juntas........................................
Repetição de Unidades de Componentes do Requadro
Forma................................. 284 Linear.................................
INTRODUÇÃO GERAL
#
iMiKODncvo eekvr
Traços ou formatos podem ocorrer
espontaneamente, à medida que exploramos
instrumentos, meios ou substâncias para obter
efeitos pictóricos, escultóricos ou de textura e, neste
processo, decidimos o que é bonito ou interessante,
sem saber conscientemente como e por quê.
Podemos verter sentimentos e emoções durante o
processo, resultando em um tipo de expressão
artística que reflita nossa personalidade na forma de
nossos gostos e inclinações. Esta é a abordagem
intuitiva da criação visual.
Por outro lado, podemos criar reconhecendo
previamente os problemas específicos que precisam
ser tratados. Quando definimos as metas e os
limites, analisamos as situações, consideramos
todas as opções disponíveis, escolhemos os
elementos para síntese e tentamos propor as
soluções mais apropriadas - esta é a abordagem
intelectual. Ela requer um raciocínio sistemático com
alto grau de objetividade, ainda que a sensibilidade
e o julgamento individual quanto à beleza, à
harmonia e ao interesse devam estar presentes em
todas as decisões visuais.
Evidentemente, na tentativa de classificar e
articular princípios, enfatizei a abordagem
intelectual. Princípios se referem a relações e
estruturas específicas de elementos, formatos e
formas. Uma certa preferência pela regularidade
pode parecer prevalecer, uma vez que a
regularidade de relações e estruturas
invariavelmente tem uma base matemática e pode
ser descrita com maior precisão. Todavia, a
regularidade freqüentemente se torna um ponto de
partida a partir do qual se podem examinar as
possibilidades de transformação, modificação e
desvio parcial ou total.
Visualizar qualquer desenho regular usando
instrumentos e métodos tradicionais muitas vezes é
uma tarefa árdua. Após esboçar as idéias, utilizamos
régua e, provavelmente, compasso para construir
figuras e estruturas, desenhar os contornos com
1 4 PRINCÍPIOS de forma e desenho
caneta e preencher as áreas abertas com pincel. Isto Podemos mesmo prever que em breve o
pode tomar tempo e esforço consideráveis e o computador se tornará um instrumento
resultado pode nem sempre ser satisfatório. Se são indispensável em qualquer escritório de projeto ou
necessárias mudanças, o processo pode ter de ser nos ateliês de escolas e instituições de ensino de
repetido inúmeras vezes. Muito do trabalho é desenho. Nossa preocupação aqui é descrever qual
mecânico e cuidadoso e apresenta frustrações equipamento e software básico será adequado às
consideráveis para o desenhista principiante, que tem exigências específicas de um projetista e como
de se haver com todas as técnicas meticulosas de podemos trabalhar com o computador para seguir
acabamento. ou implementar os princípios de desenho
O advento do computador não só revolucionou elaborados posteriormente no texto principal.
nossos meios de processamento de informação,
como também possibilitou novos métodos para a Setup Básico do Computador
criação do desenho. Como o computador é Os computadores têm tamanhos, capacidades e
primariamente uma máquina de “triturar” números, preços variados. Geralmente, um desenhista
está particularmente adequado para produzir necessita um computador pessoal para mesa.
configurações de ordem estritamente matemática. Muitos computadores pessoais pertencem à
Com o desenvolvimento rápido nos últimos anos de categoria IBM-compatível e são chamados
programas gráficos e de periféricos a eles simplesmente de PCs. Estes têm várias marcas e
relacionados, o computador agora é capaz de modelos. A outra categoria principal é o Macintosh,
realizar com grande eficiência a maior parte do produzido por um único fabricante, provavelmente a
trabalho de desenho normalmente feito a lápis, um custo maior. O Macintosh se distingue pelo fato
caneta e pincel. Deste modo, ele abre novos de ser o primeiro computador a introduzir a interface
horizontes. gráfica do usuário. Isto permite que o projetista
Operar um computador hoje em dia é trabalhe diretamente com elementos pictóricos por
relativamente simples e requer apenas um período meio de comandos internos, em vez de meramente
curto de treinamento. O computador, elaborado digitar comandos verbais, e obtenha resultados
com uma tecnologia altamente sofisticada, pode ser impressos semelhantes àqueles mostrados na tela.
uma ferramenta nova e poderosa para o Por esta razão, os Macintoshes dispõem de mais
desenhista, o qual não precisa saber como os programas gráficos do que os PCs. Entretanto, a
sinais eletrônicos realmente funcionam no interior lacuna entre Macintoshes e PCs está diminuindo, à
de um circuito para produzir a imagem mostrada na medida que alguns programas para Macintosh estão
tela. O fascinante é que, por meio de operações se tornando disponíveis em versões para PCs.
simples de computação, um projetista pode No momento, o Macintosh ainda representa a
produzir com grande exatidão inúmeros efeitos melhor escolha para a profissão de projetista e,
visuais relacionados com os princípios de forma e portanto, minha discussão de técnicas de
de desenho e transformações e mudanças podem computação se concentrará neste sistema. Para
ser feitas com uma facilidade inacreditável. trabalhar eficientemente com a maior parte dos
Obviamente, estes mesmos esforços, quando programas atualmente disponíveis, um computador
executados manualmente, sem o auxílio do para fins gráficos deve ter uma memória de acesso
computador, exigiriam um número maior de randômico (RAM) de não menos do que 4
tentativas e de horas. megabytes e uma unidade de disco rígido interna ou
•NTRODUÇAO GERAL 1 5
externa com uma memória que exceda 50 programas gráficos são destinados à criação de
iegabytes. Outros equipamentos essenciais são imagens pictóricas como expressão artística, como
.ma impressora a laser em preto-e-branco comunicação visual, como padrões de superfícies e
PostScript, para obter uma reprodução nítida dos para programação visual em trabalhos de
'esultados no papel, e um scanner (leitor óptico), editoração.
:ue pode ser adquirido posteriormente, para lidar
com imagens fotográficas ou já impressas. Programas Gráficos
Todos os computadores são equipados com Evidentemente, os programas gráficos são
-ma unidade de processamento central, um monitor, nossa principal preocupação. Nestes, a tela toma o
-m teclado e um mouse. A unidade de lugar de um papel em branco, com o indicador do
: 'ocessamento central é o componente principal. mouse assumindo a função de um dedo, para
Esta apresenta uma abertura para discos flexíveis, mover, apontar e selecionar, ou da caneta, do lápis
:e forma que os programas neles gravados possam ou do pincel, para criar traços ou figuras. À medida
ser instalados no disco rígido interno ou em uma que um programa é carregado, aparece na tela uma
-nidade de disco externa. O monitor geralmente fica caixa de ferramentas, contendo uma série de
"•locado sobre a unidade central de processamento ferramentas. Quando clicamos com o mouse uma
e sua tela exibe informações e figuras das ferramentas desta caixa, o indicador se torna
monocromáticas ou coloridas. O teclado é um cursor, com um formato particular que
semelhante àquele de uma máquina de escrever, representa a ferramenta selecionada e desempenha
~as inclui teclas que desempenham funções a função designada para ela. Na parte superior da
: versas daquelas da máquina de escrever. tela há uma barra de menu a partir da qual
O mouse é um dispositivo de entrada, do tamanho podemos ter acesso a uma série de menus-cortina
oa palma da mão, para mover um indicador na tela ao deslocar o indicador. Um menu é um mostrador
e tem um botão para ser pressionado. Quando o na tela que lista todos os comandos disponíveis
^dicador está na posição desejada, o botão do para edição e visualização, assim como para efeitos
inouse estacionário pode ser “clicado” ou pode ser gráficos especiais, além daqueles disponíveis por
pressionado firmemente enquanto o mouse é
'deslocado”. Clicar e deslocar constituem as duas
operações básicas do mouse.
Um computador é praticamente inútil sem o
software apropriado. Os programas de software
existem para diversos fins, mais comumente para o
processamento de texto ou para a produção de
olanilhas e bancos de dados, além dos programas
gráficos. Os programas de processamento de texto
são usados para escrever cartas, artigos e livros. Os
orogramas de planilhas são usados para o trabalho
contábil e financeiro. Os programas de bancos de
dados são empregados no armazenamento e
classificação de informação para produzir relatórios,
tabelas e listas em determinada ordem. Os
1
princípios de forma e desenho
meio das ferramentas (Fig. 1). Cada comando pode A operação do mouse é também utilizada em
conter submenus e pode proporcionar uma caixa de combinação com a pressão das teclas shift, option
diálogo para inserir dados ou para selecionar e/ou command no teclado. Embora o teclado sirva
opções. basicamente para digitar, com diferentes fontes e
A tela é composta por uma matriz de pontos tamanhos, pode ser utilizado para emitir comandos
que são inicialmente brancos. Alguns pontos de atalho e para introduzir dados numéricos que
aparecerão em preto ou, às vezes, em uma cor determinam medidas e ângulos das linhas e
selecionada, à medida que se desloca o cursor da formatos. O teclado também contém um conjunto de
ferramenta para efetuar traços ou formatos. Cada teclas de seta que permite mover o indicador do
ponto representa um elemento da imagem ou pixel. mouse ou elementos selecionados para cima, para
Há normalmente 72 pixels por polegada, o que é a baixo, para a esquerda ou para a direita.
resolução-padrão da tela. A impressão a laser Há aproximadamente seis tipos de programas
PostScript dá uma resolução muito maior aos gráficos; pintura, desenho, programação de páginas,
formatos criados. A resolução é medida em termos processamento de imagens, manipulação de fontes
do número de pontos por polegada, ou dpi. Uma e modelagem tridimensional. Um programa de
impressora a laser pode oferecer produções nítidas pintura nos permite “pintar” intuitivamente na tela e
de 300 até mais de 2 mil dpi. PostScript, uma produzir imagens de mapas de bits como pinceladas
linguagem de programação para descrição de e formatos (Fig. 2). Imagens de mapas de bits
página, desenvolvida por Adobe Systems para compostas de pixels não funcionam com a
trabalhar com impressoras a laser, ajuda a eliminar linguagem PostScript e tendem a apresentar
todas as bordas desiguais que possam ser visíveis algumas imperfeições ao longo de bordas curvas ou
na tela. diagonais. Elas são compostas de pontos
Ao movermos o indicador do mouse na tela quadrados independentes e densamente agrupados,
localizamos uma ferramenta, ao clicarmos ativamos representando os pixels afetados, e podem ser
um comando ou selecionamos um elemento, e ao ampliadas para facilitar a edição com a ferramenta
deslocarmos criamos uma linha ou formato. lápis, que acrescenta ou remove pontos (Fig. 3).
2 3
INTRODUÇÃO GERAL 1 7
Começando a Desenhar
eqüidistantes, estabelecida pelo comando de setup
Com um programa de desenho adequado já
de documento no menu arquivo.
instalado corretamente na unidade de disco rígido, o
Mais da metade das ferramentas na caixa de
programa pode ser iniciado. Na tela, aparecem a
ferramentas se destina à criação de formatos. As
barra de menu e a caixa de ferramentas. Ao se abrir
ferramentas de ponto incluem uma ferramenta de
um novo arquivo, aparece no centro da tela uma
canto, uma ferramenta curva, uma ferramenta de
moldura retangular direcionada verticalmente. Esta é
conexão e uma ferramenta de caneta. A ferramenta
a visualização fit-in-window, mostrando a página
de canto plota pontos para fazer trajetórias retas e
inteira reduzida (Fig. 12). Um comando do menu
curvas fechadas (Fig. 13). A ferramenta curva plota
visualizar na barra de menu permite modificar para
pontos para fazer linhas curvas ondulantes (Fig. 14).
uma visualização de 100% ou para outra
A ferramenta de conexão plota pontos entre
*4 15 19
22 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
33 34
^TRODUÇÃO GERAL 25
causar uma distorção irregular (Fig. 33). Ao se ativar o cópias forem desejáveis, e cada uma pode ser
comando desagrupar no menu de elemento, os movida, girada e invertida separadamente.
handles se transformam em pontos, de modo que A divisão requer um procedimento mais
cada ponto pode ser deslocado livremente para alterar complicado. Isto é possível com uma trajetória
o formato (Fig. 34). fechada não agrupada, como um retângulo ou uma
A caixa de ferramentas contém também elipse, na qual se pode empregar a ferramenta de
ferramentas para fazer mudanças em formatos faca para inserir pontos de corte. Após esta
existentes. A ferramenta rotatória serve para fazer operação, cada segmento ou par de segmentos é
mudanças de direção (Fig. 35). A ferramenta removido da trajetória por meio do indicador de
refletora serve para virar um formato de modo a seta. Utiliza-se, então, o comando de união, do
obter sua imagem invertida ou especular (Fig. 36). mesmo menu, para unir os pontos de segmentos
A ferramenta de escala serve para redimensionar e separados por meio de linhas retas. O processo tem
reproporcionar (Fig. 37). A ferramenta de de ser repetido para obter cada divisão. Os formatos
obliqüidade serve para inclinar um formato para individuais que resultam da divisão podem ser
cima, para baixo ou para os lados (Fig. 38). deslocados e girados para estabelecer uma nova
A ferramenta de aumento serve para ampliar configuração (Fig. 44).
qualquer porção do formato para auxiliar em caso Formatos superpostos podem se interpenetrar,
de modificações cruciais. A ferramenta de traço sendo que a área ou áreas de superposição exibem
serve para traçar automaticamente os contornos de o branco da tela. Este efeito é obtido ao se ativar o
um formato (Fig. 39). A ferramenta de faca serve comando de união à medida que os formatos são
para cortar e dividir uma trajetória. selecionados e desagrupados (Fig. 45).
Todos os métodos acima podem ser combinados
Obtendo um Formato Composto para chegar a um formato composto (Fig. 46).
Um formato composto consiste em dois ou mais
formatos em um processo que envolve adição, Estabelecendo a Repetição
subtração, multiplicação ou mesmo divisão. A adição Como já discutido, um formato em repetição
é a superposição de dois ou mais formatos, que pode ser usado para criar um formato composto.
podem permanecer claramente discerníveis, com Qualquer formato pode se tornar uma unidade de
atributos próprios de linha ou preenchimentos forma para repetição em uma composição (Fig. 47).
diferentes (Fig. 40), ou se fundir com o mesmo Um grupo de formatos conectados ou
preenchimento, mas sem atributos de linha (Fig. 41). desconectados também pode ser usado como
A subtração é o efeito de colocar um formato branco superunidades de forma para repetição (Fig. 48). Se
e opaco, que funciona como um formato negativo, um formato, ou um grupo de formatos, é copiado
sobre um formato preenchido (Fig. 42). pelo computador, este armazena a configuração
A multiplicação é a criação do mesmo formato mais inteira em um arquivo clipboard que permite colar
de uma vez, usando-se os comandos copiar e colar, repetidamente a configuração nos locais apontados
o comando reproduzir ou o comando duplicar, todos pelo indicador de seta da tela, de modo a produzir
no menu editar (Fig. 43). Cada cópia do formato uma composição informal.
pode ser movida com o indicador de seta ou com Ao se ativar o comando reproduzir, coloca-se
qualquer das teclas de seta no teclado, de modo a uma cópia do formato diretamente sobre o original.
obter a configuração desejada. Pode-se ter quantas A cópia permanece imperceptível até que seja
INTRODUÇÃO GERAL 27
53
55
30 PRINCÍPIOS de forma e desenho
Estabelecendo a Radiação
Qualquer elemento ou formato no interior de
uma estrutura de repetição pode ser
individualmente girado por meio da ferramenta de
rotação. A rotação sistemática de unidades de
forma adequadamente dispostas pode resultar em
um efeito de radiação (Fig. 61). Primeiro, a barra
de informação pode ser exibida para mostrar os
graus de rotação desejáveis e, então, para controle
da precisão, os dados mostrados podem ser
introduzidos em uma caixa de diálogo oferecida
pela ferramenta de rotação.
Antes de girar uma série de formatos a
intervalos regulares, o formato deve ser
reproduzido. Mediante a rotação, o original não
girado e a cópia girada são colocados lado a lado.
Então, utiliza-se o comando duplicar para obter
todas as demais cópias giradas de modo a
completar a série (Fig. 62). A questão crucial é a
localização do centro de rotação, o qual pode afetar
significativamente a composição (Fig. 63).
Elementos podem ser girados para criar um
formato composto radiado a ser usado como uma
57
superunidade de forma ou para estabelecer uma
composição formal exibindo uma estrutura de
À medida que se alcança determinado estágio radiação subjacente. Um gabarito de estrutura de
da composição, é possível transformar a radiação pode ser desenhado ao se girar linhas
composição por meio da ferramenta de escala (Fig. regularmente em uma revolução completa, com sua
53), da ferramenta de inclinação (Fig. 54), da convergência ou interseção marcando o centro e
ferramenta de inversão (Fig. 55) ou da ferramenta superpondo ao gabarito obtido uma série de
giratória (Fig. 56); dar um novo conjunto de atributos círculos concêntricos (Fig. 64). Com a estrutura de
a uma composição acabada (Fig. 57), selecionar radiação completada, fechada e transferida para a
alguns formatos para mudanças necessárias (Fig. camada de fundo, a distribuição de unidades de
58), ou repetir ou inverter a composição após forma pode revolver em torno do mesmo centro
redimensionar ou efetuar outras mudanças de modo com o mesmo ângulo de rotação que as linhas
a obter uma maior complexidade (Fig. 59). estruturais (Fig. 65).
Finalmente, podemos recortar e emoldurar a Se não for utilizado um gabarito de estrutura,
composição com uma trajetória de clipping, pode-se diretamente reproduzir ou girar um formato
-RODUÇÃO GERAL
32 PRINCÍPIOS de forma e desenho
Estabelecendo a Gradação
O menu elemento oferece um comando misturar
que produz a graduação quase que
instantaneamente. Para efetuar uma mistura,
devem-se primeiro selecionar dois formatos que
definam o começo e a extremidade da mistura.
Cada formato deve ser primeiro desagrupado, para
que um dos pontos em sua trajetória possa ser
selecionado para refrear a mistura. Uma caixa de 65
diálogo aparece quando o comando é ativado e
nesta se pode introduzir o número de passos, o desagrupada para se efetuar mudança em formatos
qual pode variar de um a centenas. Não só os individuais dentro da série (Fig. 70).
formatos podem ser misturados, como também Locais de mistura intermedeiam os formatos de
espessuras de linhas e cores. Após a mistura, a modo eqüidistante, oferecendo uma gama de
série de formatos aparece como um grupo, mas unidades de forma em gradação, as quais podem ser
pode-se manter pressionada a tecla de opção à subseqüentemente repetidas ou misturadas de novo
medida que se usa o indicador de seta para para obter uma composição com uma estrutura de
subselecionar um formato no começo ou na repetição subjacente (Fig. 71). Ao se misturar duas
extremidade da mistura e fazer as mudanças retas paralelas de mesma espessura, mas de
necessárias (Figs. 66-8). Qualquer mudança afetará diferentes tons de cinza, por meio de muitos passos,
a série inteira de formatos misturados. A série pode-se obter um plano com gradação tonal suave
inteira pode ser mais alterada (Fig. 69) ou (Fig. 72). Ao se misturar dois formatos lineares de
direções diferentes, pode-se estabelecer o efeito de
radiação (Fig. 73). Entretanto, o comando misturar
não permite a construção instantânea de uma
estrutura de gradação. Esta pode ser construída
independentemente, com guias ou linhas obtidas com
uma ferramenta adequada. Com a estrutura de
gradação como um gabarito de fundo, pode-se utilizar
o comando misturar para criar uma série de unidades
de forma em gradação de tom, de formato ou de
outros tipos para posicionamento manual (Fig. 74).
Estabelecendo a Similaridade
Em uma composição que contém formatos
repetidos segundo uma estrutura formal, o efeito de
64
PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
fundo e a unidade de forma associada podem ser trajetórias, podem ter atributos de linha e de
vistos como um formato composto. preenchimento e ser transformados e repetidos pa;
Ao se conferir atributos de linha para o formato estabelecer uma composição (Fig. 85). Um formate
de fundo, que pode ou não ter um preenchimento, também pode ser traçado com a ferramenta de
produz-se uma estrutura visível. Linhas estruturais traço, mas o traçado automático de formatos
tornam-se então elementos em forma de treliça complexos nem sempre produz resultados
que trabalham com as unidades de forma (Fig. 84). satisfatórios.
Ao se conectar um scanner ao computador,
Formas Figurativas pode-se incorporar uma imagem fotográfica ou
Formatos obtidos por meio da ferramenta tipo, impressa a ser manipulada e repetida (Fig. 86) ou
utilizando-se uma fonte pictórica, podem constituir usada como um gabarito sobre o qual se pode
formas figurativas. Após sua conversão em traçar com a ferramenta de traço ou redesenhar
82 84
INTRODUÇÃO GERAL 3 a
Imagens Tridimensionais
Um programa de desenho não se destina
especificamente à criação de imagens
tridimensionais. A mistura de formatos simples que
se superpõem em uma fileira, entretanto, pode
produzir a ilusão de uma forma tridimensional
composta por planos em série (Fig. 88). Uma
simples moldura linear que dá uma ilusão
tridimensional também pode ser criada com a
ferramenta de caneta ou qualquer outra ferramenta
apropriada (Figs. 89-90). Na maioria dos casos,
uma forma tridimensional que parece boa em
determinada vista bidimensional pode ser muito
comum ou mesmo desapontadora na vida real,
podendo ser impossível construí-la com materiais
físicos quando os elementos precisam ser
solidamente unidos ou apoiados. Exercícios em
desenho tridimensional devem ser realizados com
modelos reais. O projeto com auxílio do computador
se destina ao usuário avançado, que conta com o
computador principalmente para acelerar a
produção de plantas e elevações e para
apresentações em perspectiva.
Elementos de Desenho
Minha teorização começa com uma lista de
elementos de desenho. Esta lista é necessária
porque os elementos formarão a base de todas as
nossas discussões futuras.
Os elementos, na verdade, estão muito
relacionados entre si e não podem ser facilmente
separados em nossa experiência visual geral.
Tomados individualmente, podem parecer um tanto
abstratos, mas juntos determinam a aparência e área ou espaço. É o início e o fim de uma linha e
conteúdo finais de um desenho.
está onde duas linhas se encontram ou se cruzarr
Podem-se distinguir quatro grupos de elementos:
(Fig. 1a).
(a) elementos conceituais;
(b) Linha - À medida que um ponto se move,
(b) elementos visuais;
sua trajetória se torna uma linha. Uma linha tem
(c) elementos relacionais;
comprimento mas não tem largura. Tem posição e
(d) elementos práticos.
direção. É limitada por pontos. Forma a borda de
E ementos Visuais a
Quando desenhamos um objeto no papel,
empregamos uma linha que é visível para
eoresentar uma linha que é conceituai. A linha
sível não só tem comprimento como tem largura.
5-a cor e textura são determinadas pelos
-ateriais que usamos e pela maneira como o
■azemos.
Desse modo, quando elementos conceituais se
mmam visíveis, eles têm formato, tamanho, cor e
-extura. Elementos visuais formam a parte mais
iroeminente de um desenho porque são aquilo que
oodemos ver de fato.
(a) Formato - Qualquer coisa que pode ser
. sta tem um formato que proporciona a identificação
principal para nossa percepção (Fig. 2a). d
(b) Tamanho - Todos os formatos têm um
tamanho. O tamanho é relativo se o descrevemos
em termos de grandeza ou pequenez, mas é
também fisicamente mensurável (Fig. 2b).
(c) Cor - Um formato se distingue de seu
entorno devido à cor. A cor aqui é utilizada em seu
sentido amplo, compreendendo não apenas todos
os matizes do espectro, mas também os neutros
i preto, branco e todos os cinzas intermediários) e
iodas as suas variações tonais e cromáticas
‘ Fig. 2c)
(d) Textura - A textura se refere às
características da superfície de um formato. Esta
oode ser simples ou decorada, lisa ou áspera, e pode
agradar tanto ao sentido do tato quanto ao olhar
(Fig. 2d) ■j
Elementos Relacionais
Este grupo de elementos governa a localização
e inter-relações dos formatos em um desenho.
Alguns podem ser percebidos, como a direção e a
■
posição; alguns são para ser sentidos, como o
espaço e a gravidade.
(a) Direção - A direção de um formato depende
do modo como está relacionado com o observador,
PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHC
com a moldura que o contém ou com os demais considerada como parte integrante do desenho. Os
formatos próximos (Fig. 3a). elementos visuais da moldura visível não devem se
(b) Posição - A posição de um formato é desprezados. Se não houver uma moldura real, as
entendida pela sua relação com a moldura ou com bordas de um cartaz, a página de uma revista, as
a estrutura (ver Capítulo 4) do desenho (Fig. 3b). várias superfícies de um pacote, todas se tornam
(c) Espaço - Formatos de qualquer tamanho, molduras de referência para os respectivos
mesmo que pequenos, ocupam espaço. Portanto, o desenhos.
espaço pode ser ocupado ou deixado vazio. Pode A moldura de referência de um desenho pode
ser também plano ou ilusório, sugerindo ser de qualquer formato, embora normalmente seje
profundidade (Fig. 3c). retangular. O formato do corte de uma folha
(d) Gravidade - A sensação de gravidade não é impressa é a moldura de referência do desenho q
visual mas psicológica. À medida que somos atraídos está contido nesta.
pela gravidade da terra, tendemos a atribuir peso ou
leveza, estabilidade ou instabilidade a formatos O Plano da Imagem
individuais ou grupos de formatos (Fig. 3d). Dentro da moldura de referência está o plano a
imagem. O plano da imagem é de fato o plano da
Elementos Práticos superfície do papel (ou qualquer outro material)
Os elementos práticos estão subjacentes ao sobre o qual o desenho é criado.
conteúdo e extensão de um desenho. Embora Formatos são pintados ou impressos
estejam além do escopo deste livro, gostaria de diretamente sobre este plano da imagem, mas
mencioná-los aqui: podem dar a impressão de estar acima, abaixo ou
(a) Representação - Quando um formato é não paralelos a este plano devido a ilusões
derivado da natureza ou do mundo feito pelo espaciais, que serão amplamente discutidas no
homem, ele é figurativo ou de representação. Capítulo 12.
A representação pode ser realista, estilizada ou
quase abstrata. Forma e Estrutura
(b) Significado - O significado está presente Todos os elementos visuais constituem o que
quando o desenho transmite uma mensagem. geralmente chamamos “forma”, que é a nossa
(c) Função - A função está presente quando o preocupação principal na presente investigação
desenho serve a um propósito. sobre a linguagem visual. Forma, neste sentido, nã:
é apenas uma figura que é vista, mas um formato
A Moldura de Referência de tamanho, cor e textura definidos.
Todos os elementos acima normalmente A maneira como a forma é criada, construída o.
existem no interior de uma fronteira, que chamamos organizada em conjunto com outras formas é
de “moldura de referência”. A moldura de referência freqüentemente governada por certa disciplina à
marca os limites externos de um desenho e define qual chamamos “estrutura”. A estrutura que envolve
uma área dentro da qual os elementos criados e o os elementos relacionais é também essencial em
espaço vazio residual, se houver algum, trabalham nossos estudos.
juntos. Tanto a forma como a estrutura serão
A moldura de referência não é necessariamente extensamente discutidas nos capítulos que se
uma moldura real. Se assim for, então deve ser seguem.
ESENHO BIDIMENSIONAL
e
M
% mm
DESENHO BIDIMENSIONAL
ía) Geométricos - construídos matematicamente reconhecida como positiva e uma branca como
-3- 7a). negativa. Porém tais atribuições não são sempre
(b) Orgânicos - limitados por curvas livres, verdadeiras. Em especial quando as formas se
-gerindo fluidez e crescimento (Fig. 7b). interpenetram ou se intersecionam (ver a seção
(c) Retilíneos - limitados por linhas retas que sobre inter-relações de formas, adiante neste
~ão se relacionam umas às outras capítulo), o que é positivo e o que é negativo não é
matematicamente (Fig. 7c). mais facilmente distinguível.
(d) Irregulares - limitados por linhas retas e A forma, seja ela positiva ou negativa, é em
rjn/as que não se relacionam umas às outras geral entendida como o “formato”, que se encontra
-aíematicamente (Fig. 7d). sobre um “fundo”. Aqui, “fundo” denota a área que
(e) Feitos à mão - caligráficos ou criados à circunda a forma ou o “formato”. Em casos
“ão sem o auxílio de instrumentos (Fig. 7é). ambíguos, a relação figura-fundo pode ser
(f) Acidentais - determinados pelo efeito de reversível. Isto será discutido no Capítulo 12.
rrocessos ou materiais especiais, ou obtidos
rCidentalmente (Fig. 7f). Forma e Distribuição de Cor
Formas planas podem ser sugeridas por meio de Sem modificar nenhum dos elementos em um
contorno. Neste caso, deve ser considerada a largura desenho, a distribuição de cores dentro de
linhas utilizadas. Pontos dispostos em uma fileira determinado esquema colorido pode ter uma ampla
ambém podem contornar uma forma plana. gama de variações. Tomemos um exemplo muito
Pontos ou linhas densa e regularmente simples. Suponhamos que dispomos de uma forma
agrupados também podem sugerir formas planas. que existe no interior de uma moldura, e que só
Eles se tornam a textura do plano. possamos usar preto e branco. Quatro tipos diferentes
de distribuição de cor poderiam ser obtidos:
Forma Enquanto Volume (a) forma branca sobre fundo branco (Fig. 9a);
A forma enquanto volume é completamente (b) forma branca sobre fundo preto (Fig. 9b);
i usória e exige uma situação espacial peculiar. Uma (c) forma preta sobre fundo branco (Fig. 9c);
discussão completa deste assunto se encontra no (d) forma preta sobre fundo preto (Fig. 9d).
Capítulo 12. Em (a), o desenho é todo branco e a forma
desaparece. Em (b), temos uma forma negativa. Em
Formas Positivas e Negativas (c), temos uma forma positiva. Em (d), o desenho é
A forma é geralmente apreendida como todo preto e a forma desaparece do mesmo modo
ocupando espaço, mas também pode ser vista como que em (a). Evidentemente, podemos ter a forma
um espaço vazio circundado por espaço ocupado. contornada em preto em (a) e contornada em
Quando é percebida como ocupando um branco em (d) (Fig. 10).
espaço, nós a chamamos forma “positiva”. Quando Se o desenho aumenta em complexidade, as
é percebida como um espaço vazio circundado por diferentes possibilidades de distribuição de cor são
espaço ocupado, nós a chamamos forma “negativa” também ampliadas. A título de ilustração, mais uma
(Fig. 8). vez, temos dois círculos que se cruzam dentro de
Em desenho branco-e-preto, tendemos a uma moldura. No exemplo anterior, temos apenas
considerar o preto como ocupado e o branco como duas áreas definidas onde podemos distribuir
não ocupado. Assim, uma forma preta é nossas cores. Agora, dispomos de quatro áreas.
DESENHO BIDIMENSIONAL 49
-mda fazendo uso de preto e branco, podemos é visível. Uma forma nova, menor, emerge como
aoresentar dezesseis variações distintas em vez de resultado da interseção. A interseção pode não nos
apenas quatro (Fig. 11). remeter às formas originais a partir das quais foi
criada (Fig. 12g).
As Inter-relações das Formas (h) Coincidência - Se aproximarmos ainda
As formas podem se encontrar de inúmeras mais as duas formas, elas coincidem. Os dois
maneiras. Acabamos de demonstrar que quando círculos tornam-se um só (Fig. 12/?).
uma forma cruza outra, os resultados não são tão Os vários tipos de inter-relações devem sempre
simples quanto poderíamos imaginar. ser explorados quando se organizam as formas em
Tomemos de novo dois círculos e vejamos como um desenho.
estes podem ser unidos. Escolhemos dois círculos
de mesmo tamanho para evitar uma complicação Efeitos Espaciais em Inter-relações de Formas
zesnecessária. Podem ser apontadas oito formas Separação, contato, superposição,
z ferentes de inter-relação: interpenetração, união, subtração, interseção ou
(a) Separação - As duas formas permanecem coincidência de formas - cada tipo de inter-relação
separadas uma da outra, embora possam estar produz diferentes efeitos espaciais.
muito próximas (Fig. 12a). Na separação, ambas as formas podem parecer
(b) Contato - Se aproximarmos as duas eqüidistantes do olhar ou uma mais próxima e a
*ormas, estas começam a se tocar. O espaço outra mais distante.
contínuo que as mantém separadas em (a) é então No contato, a situação espacial das duas formas
rompido (Fig. 12b). também é flexível como na separação. A cor
(c) Superposição - Se aproximarmos ainda desempenha um papel importante na determinação
mais as duas formas, uma cruza a outra e parece da situação espacial.
estar sobre ela, cobrindo uma porção da forma que Na superposição, é evidente que uma forma se
oarece estar por baixo (Fig. 12c). encontra na frente ou sobre a outra.
(d) Interpenetração - O mesmo que (c), porém Na interpenetração, a situação espacial é um
ambas as formas parecem transparentes. Não há pouco vaga, porém é possível colocar uma forma
nenhuma relação evidente do tipo em cima-embaixo sobre a outra pela manipulação de cores.
entre elas mesmas, e os contornos de ambas Na união, em geral as formas parecem
oermanecem inteiramente visíveis (Fig. 12d). eqüidistantes do olhar porque se tornam uma forma
(e) União - O mesmo que (c), porém as duas nova.
formas são unidas e se tornam uma forma nova, Na subtração, assim como na interpenetração,
maior. Ambas perdem uma parte de seus contornos somos confrontados com uma nova forma.
quando estão em união (Fig. 12e). Nenhuma variação espacial se faz possível.
(f) Subtração - Quando uma forma invisível Na coincidência, temos somente uma forma, caso
cruza uma visível, o resultado é a subtração. as duas formas sejam idênticas em formato, tamanho
A porção da forma visível que é coberta pela invisível e direção. Se uma for menor em tamanho ou
'.ambérn se torna invisível. A subtração pode ser diferente em formato e/ou direção em relação à outra,
considerada como a superposição de uma forma não haverá nenhuma coincidência real, e ocorre a
negativa em uma positiva (Fig. 12/). superposição, a interpenetração, a união, a subtração
(g) Interseção - O mesmo que (d), mas ou a interseção, trazendo consigo os possíveis efeitos
somente a porção onde as duas formas se cruzam espaciais que acabamos de mencionar.
50 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENH
d
DESENHO BIDIMENSIONAL 51
Repetição e Inversão
m m m WMM i
MttttSttMtMMM
MStSSSStttMMM*
mmnummm
MNtltttStttMM
•MMttttSttSMM
........ .
A inversão é um caso especial de repetição. Por
inversão queremos dizer que uma forma está
refletida como em um espelho, resultando em uma
nova forma que se assemelha muito à original,
salvo que uma é destra e a outra canhota e nunca
coincidem exatamente.
A inversão só é possível quando a forma não é
i
simétrica, pois uma forma simétrica vem a ser a
mesma forma na inversão.
A rotação de uma forma em qualquer direção
nunca pode produzir sua forma invertida. A forma
invertida implica um conjunto completamente
diferente de rotações (Fig. 16).
Todas as formas simétricas podem ser divididas
i
em duas partes: uma forma componente e sua
reflexão. A união destas duas partes produz a forma
simétrica.
•• •• ••••• •• •• •• «« ti«
Notas Sobre os Exercícios
As figuras 17a, b, c, d, ee f representam os
resultados de um problema simples: a repetição de
unidades de forma (círculos) de mesmo formato e
tamanho. Não há restrição alguma quanto ao
número de círculos usados.
As figuras 18a, b, c, d, e,f, ge h representam os
resultados de um problema mais complexo: pedimos
aos alunos que utilizassem de duas a quatro
unidades de forma (círculos) de mesmo formato e
tamanho para construir uma superunidade de forma,
que é então repetida quatro vezes para fazer um
desenho. Dois níveis de raciocínio estão envolvidos
aqui. Primeiro, as unidades de forma não são
diretamente usadas para criar o desenho, mas são
agrupadas para compor superunidades de forma.
Depois, as superunidades de forma são utilizadas
no desenho final. O número de círculos a serem
usados neste problema não deve ser inferior a oito e
superior a dezesseis.
Os resultados do primeiro problema parecem ser
mais satisfatórios, porque há menos restrições; além
3 DIMENSIONAL
♦♦♦♦♦♦♦♦
♦♦♦♦♦♦♦♦
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*y O
56 PRINCÍPIOS de forma e desenho
c d
intermediário de cinza. Isto pode limitar muito, branco, tão essenciais em todas as atividades de
oorém pode ajudar o iniciante a ganhar uma desenho que requerem a tecnologia da
::mpreensão exaustiva das relações em preto-e- impressão.
d
J
DESENHO BIDIMENSIONAL 59
Estrutura Informal
A maioria dos desenhos tem uma estrutura. Uma estrutura informal normalmente não dispõe
A estrutura serve para controlar o posicionamento de linhas estruturais. A organização em geral é livre
das formas em um desenho. Por que um grupo de e indefinida. Chegaremos a este tipo de estrutura
unidades de forma está exibido em uma fileira e as quando discutirmos contraste no Capítulo 9.
unidades eqüidistantes umas das outras? Por que Também se discorrerá sobre a estrutura informal no
um outro grupo de unidades de forma sugere um Capítulo 10.
padrão circular? A estrutura é a disciplina
subjacente para tais disposições. Estrutura Inativa
A estrutura geralmente impõe ordem e Todos os tipos de estrutura podem ser ativos ou
predetermina relações internas de formas em um inativos.
desenho. Podemos ter criado um desenho sem Uma estrutura inativa é constituída por linhas
termos pensado conscientemente em estrutura, estruturais puramente conceituais. Estas linhas
porém a estrutura está sempre presente quando há estruturais são construídas em um desenho a fim
organização. de orientar a localização de formas ou unidades de
A estrutura pode ser formal, semiformal ou forma, mas nunca interferem em seus formatos nem
informal. Pode ser ativa ou inativa. Pode ser dividem o espaço em áreas distintas onde as
também visível ou invisível. variações de cor podem ser introduzidas (Fig. 19a).
21
22
DESENHO BIDIMENSIONAL 6 1
para além da área definida pela subdivisão estrutural. forma positivas. Linhas estruturais negativas são
Quando isto ocorre, a porção da unidade de forma consideradas visíveis, pois têm uma largura definida
que se encontra fora dos limites, conforme que pode ser vista e mensurada (Fig. 20b).
claramente demarcados pelas linhas estruturais Linhas estruturais positivas e negativas podem
ativas, pode ser excluída. Deste modo, o formato de ser combinadas em um desenho. Por exemplo,
uma unidade de forma é afetado (Fig. 19c). todas as linhas estruturais horizontais podem ser
(c) Quando a unidade de forma invade o positivas e todas as linhas estruturais verticais
domínio de uma subdivisão estrutural adjacente, a negativas (Fig. 20c).
situação pode ser considerada como o encontro de Linhas estruturais visíveis e invisíveis também
duas formas (a unidade de forma e sua subdivisão podem ser usadas juntas. Isto significa que
estrutural adjacente), podendo ocorrer podemos ter somente as verticais ou as horizontais
interpenetração, união, subtração ou interseção, visíveis. Ou linhas estruturais visíveis e invisíveis
conforme se desejar (Fig. 19d). podem ser usadas alternada ou sistematicamente,
(d) O espaço isolado por uma unidade de forma de modo que as linhas estruturais visíveis
em uma subdivisão estrutural pode ser unido com demarquem divisões, cada uma das quais de fato
qualquer unidade de forma ou subdivisão estrutural contendo mais do que uma subdivisão estrutural
próxima (Fig. 19e). regular (Fig. 20d).
/ 7
DESENHO BIDIMENSIONAL 63
m
.n
DESENHO BIDIMENSIONAL 65
Repetição de Posição
Este assunto já foi mencionado no capítulo
anterior. Repetição de posição significa que as
jnidades de forma estão todas posicionadas
exatamente do mesmo modo no interior de cada
subdivisão.
Em uma estrutura inativa (e invisível) há sempre
uma repetição de posição, porque se o
posicionamento de unidades de forma no interior de
cada subdivisão variar, a regularidade da estrutura
de repetição pode ser facilmente destruída.
Em uma estrutura ativa (visível ou invisível), a
repetição de posição não é sempre necessária.
As linhas estruturais ativas ou visíveis garantem
suficiente disciplina de repetição, de tal modo que a
66 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESEN
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68 princípios de forma e desenh:
DESENHO BIDIMENSIONAL 69
Similaridade de Formato
A similaridade de formato não significa
Formas podem ser semelhantes sem ser simplesmente que as formas parecem ser mais ou
dênticas. Se não forem idênticas, não se encontram menos as mesmas aos nossos olhos. Algumas
em repetição, estão em relação de similaridade. vezes, a similaridade pode ser reconhecida quando
Aspectos de similaridade podem ser facilmente as formas pertencem todas a uma mesma
encontrados na natureza. As folhas de uma árvore, classificação e estão relacionadas umas às outras
as árvores em uma floresta, os grãos de areia em não tanto visualmente como talvez psicologicamente.
jTia praia, as ondas do oceano são exemplos A similaridade de formato pode ser criada por
vividos. um dos seguintes modos:
A similaridade não tem a regularidade rígida da (a) Associação - As formas são associadas
repetição, mas mantém consideravelmente o umas às outras porque podem ser agrupadas de
sentido de regularidade. acordo com seu tipo, sua família, seu significado ou
sua função. O âmbito da similaridade aqui é
Similaridade de Unidades de Forma particularmente flexível. Por exemplo, os alfabetos de
A similaridade de unidades de forma em um um único tipo e peso definitivamente se assemelham,
desenho geralmente se refere, principalmente, à porém podemos expandir esta gama a fim de incluir
similaridade de formatos. No interior de uma todos os alfabetos, independentemente de tipo ou
estrutura de repetição, os tamanhos de unidades de peso. O âmbito pode ser ainda mais ampliado a fim
*'orma também têm de ser semelhantes. de incluir todas as formas de escrita humana (Fig. 27).
Como no caso da repetição, a similaridade deve (b) Imperfeição - Podemos começar com um
ser considerada separadamente com relação a formato que é considerado como nosso formato
:ada um dos elementos visuais e relacionais. ideal. Este formato ideal não aparece em nosso
O formato é sempre o elemento principal no desenho, mas em vez disso, temos todas as suas
estabelecimento de uma relação de similaridade, variações imperfeitas. Isto pode ser obtido de
oorque formas dificilmente podem ser consideradas diversas maneiras. O formato ideal pode ser
similares se forem semelhantes em tamanho, cor e desfigurado, transformado, mutilado, recortado ou
:extura, porém diferentes em formato. quebrado, conforme se queira (Fig. 28).
Obviamente, o grau de similaridade de formato (c) Distorção espacial - Um disco redondo, se
oode ser bastante flexível. A figura A pode parecer girado no espaço, parecerá elíptico. Todas as
muito diferente da figura B, mas em contraste com formas podem ser giradas da mesma maneira e
a figura C, as figuras A e B possuem alguma podem até mesmo ser quebradas ou torcidas,
'elação de similaridade. Quão amplo ou estreito resultando em uma grande variedade de distorções
este grau de similaridade deve ser é determinado espaciais (Fig. 29).
ceio desenhista. Quando é estreito, as unidades de (d) União ou subtração - Uma forma pode ser
:orma semelhantes podem parecer ser quase composta por duas formas menores que são unidas
repetitivas. Quando amplo, as unidades de forma ou pode ser obtida pela subtração de uma forma
semelhantes são vistas mais como formas menor de uma forma maior. As múltiplas maneiras
PRINCÍPIOS DE FORMA E DESEN-
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DESENHO BIDIMENSIONAL 71
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DESENHO BIDIMENSIONAL
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2 5 ______ — __ __
DESENHO BIDIMENSIONAL
Sem alterar a velocidade, uma trajetória indireta Movimento em ziguezague - Significa que as
:e gradação normalmente necessita de mais unidades de forma de um mesmo passo estão
oassos do que uma trajetória direta. dispostas em ziguezague e são transformadas na
mesma velocidade (Fig. 41).
Padrões de Gradação Em nossos diagramas, são mostradas apenas
Em um desenho de gradação, dois fatores são vinte e cinco subdivisões estruturais (cinco fileiras
importantes na construção de padrões: a gama de com cinco subdivisões cada). Obviamente, um
gradação e a direção do movimento. padrão de gradação normal é muito maior e o
A gama de gradação é marcada por uma número de passos pode ser aumentado
situação de início e uma de término. Em alguns infinitamente. Pequenos padrões estandartizados
casos, em que a trajetória de gradação não é de gradação também podem ser repetidos e
direta, mas indireta, devem-se levar em conta dispostos para formar um padrão maior de
situações intermediárias. O número de passos entre gradação. Por exemplo, seções de movimento
as situações de início e término determina tanto a paralelo podem ser unidas para formar um desenho
. elocidade quanto a amplitude da gama de de gradação nas maneiras sugeridas na figura 42.
gradação. É essencial notar que a gradação pode ir da
A direção do movimento se refere às situação de início para a de término e então voltar
orientações das situações de início e de término e para a situação de início por meio da inversão dos
sua inter-relação. As unidades de forma da situação passos, como no exemplo 1-2-3-4-5-4-3-2-1. Caso
de início podem estar todas alinhadas em uma necessário, a seqüência pode ser repetida várias
dleira e prosseguir no sentido do comprimento, da vezes com transições suaves. Se intervalos
largura ou de ambos, com passos regulares rumo à regulares do padrão de gradação forem desejáveis,
situação de término. A diagonal e outros modos de a gradação pode prosseguir da situação de início
progressão também são possíveis. Alguns padrões até a situação de término e recomeçar
típicos de movimento em gradação são: imediatamente, como em 1-2-3-4-5-1-2-3-4-5.
Movimento paralelo - Este é o mais simples.
As unidades de forma são transformadas A Estrutura de Gradação
gradualmente por meio de passos paralelos. No Uma estrutura de gradação é semelhante a uma
movimento paralelo, o ápice é normalmente uma estrutura de repetição, excetuando-se o fato de que
linha reta. (Na figura 39, favor notar que os as subdivisões estruturais não permanecem
numerais representam os graus variáveis de repetitivas, mas mudam em tamanho, em formato ou
gradação e que as linhas contínuas dividem a área em ambos, em uma seqüência gradual sistemática.
em zonas, sendo que cada zona contém unidades A maioria das estruturas de repetição pode ser
de forma de mesmo passo.) convertida em estruturas de gradação. Examinemos
Movimento concêntrico - Significa que as estas possibilidades do mesmo modo que discutimos
unidades de forma são transformadas em camadas as variações da grade básica no Capítulo 4.
concêntricas. Se a situação de início se encontra (a) Mudança de tamanho e/ou proporção -
em um canto do desenho, então o padrão é As subdivisões estruturais da grade básica podem
somente parcialmente concêntrico. No movimento gradualmente aumentar ou diminuir (acompanhadas
concêntrico, o ápice pode ser um ponto, um ou não por uma mudança de proporção) de uma
quadrado ou uma cruz (Fig. 40). para a seguinte. As linhas estruturais verticais ou
80 PRINCÍPIOS de forma e desenho
44
DESENHO BIDIMENSIONAL 8 1
gradualmente se expandirem ao mesmo tempo e na Deve-se notar que tanto as unidades de forma
mesma direção. Isto está ilustrado na figura 45b, como a estrutura, ou ambas, podem estar em
sendo que as faixas pretas representam as fileiras gradação. Uma estrutura de repetição é flexível o
A e as faixas brancas representam as fileiras B. suficiente para conter a maioria dos tipos de unidades
A ilustração pode parecer um tanto complicada, de forma gradativas, enquanto uma estrutura de
mas o método de construção pode ser bastante gradação pode encerrar muitas restrições.
simples. A largura combinada de cada par de fileiras Em uma estrutura de gradação, as subdivisões
A e B deve sempre permanecer constante (ou em estruturais podem variar de muito grandes até muito
uma gradação muito lenta). Assim, podemos pequenas, ou de muito estreitas até muito largas.
primeiro dividir a largura toda da área do desenho Elas mudam tanto em formato como em tamanho,
em fileiras combinadas de A+B, e então podemos tornando difícil a acomodação de tipos mais
dividir ainda mais cada uma das fileiras combinadas complexos de unidades de forma.
em uma fileira A e uma fileira B, permitindo
cuidadosamente que A se expanda passo a passo Notas Sobre os Exercícios
de uma fileira combinada para outra. Como a As figuras 46a, b, ce d exemplificam o uso de
largura da fileira combinada é constante, se A se unidades de forma gradativas (círculos, neste caso)
expandir, B automaticamente se contrai. em uma estrutura de repetição. Compare estas às
figuras 17def, que apresentam círculos repetidos
Relações de Unidades de Forma e Estruturas em uma estrutura de gradação. As figuras 47a até h
em um Desenho de Gradação exemplificam o uso de unidades de forma
Um desenho de gradação pode ser obtido de gradativas (neste caso um alfabeto estilizado) em
uma das seguintes maneiras: unidades de forma uma estrutura de gradação. Enquanto o último
gradativas em uma estrutura de repetição; unidades problema representa uma nova alternativa de ação,
de forma repetitivas em uma estrutura de gradação; o primeiro está estreitamente relacionado a todos
e unidades de forma gradativas em uma estrutura os problemas expostos nos capítulos anteriores,
de gradação. tendo o círculo como motivo recorrente.
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86 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
DESENHO BIDIMENSIONAL 87
conter um centro distorcido ou vários centros centro de radiação pode ser expandido e formar um
ocultos (Fig. 49f). triângulo, quadrado, polígono ou figura em estrela
(g) Rotação gradual de camadas (Fig. 50c/).
concêntricas - Se as camadas concêntricas não
são círculos perfeitos, mas quadrados, polígonos ou Superposição de Estruturas de Radiação
formatos irregulares, podem ser gradualmente Como ressaltado anteriormente, os três tipos de
giradas (Fig. 49g). estrutura de radiação são interdependentes.
(h) Camadas concêntricas com radiações A menos que as unidades de forma sejam
centrífugas - Radiações centrífugas podem ser justamente as próprias linhas estruturais tornadas
construídas no interior de cada camada concêntrica visíveis, cada tipo de estrutura de radiação
(Fig. 49/?). geralmente exige uma outra a fim de produzir
(i) Camadas concêntricas reorganizadas - As subdivisões estruturais delgadas para a
camadas concêntricas podem ser reorganizadas de acomodação de unidades de forma (Fig. 51a).
tal modo que algumas das linhas estruturais A superposição neste caso é apenas uma
possam ser quebradas e ligadas a outras linhas necessidade prática. O tipo de estrutura de
estruturais, resultando em padrões tramados com radiação que irá dominar durante esta superposição
um ou mais centros (Fig. 49/). depende do formato e posicionamento das
unidades de forma.
A Estrutura Centrípeta Algumas vezes uma estrutura de radiação é
Neste tipo de estrutura, seqüências de linhas superposta a outra, de mesmo tipo ou não, com um
estruturais quebradas ou curvadas são puxadas em propósito diferente. O resultado é uma composição
direção ao centro. O centro não é o local para onde complexa, que freqüentemente produz padrões
todas as linhas estruturais convergirão, mas o ponto ondeados interessantes como nos tecidos em
para o qual todos os ângulos ou curvas formados chamalote (Fig. 51b).
pelas linhas estruturais apontam.
(a) A estrutura centrípeta básica - Consiste Radiação e Repetição
em setores iguais, no interior dos quais são Uma estrutura de radiação pode às vezes ser
construídas linhas paralelas eqüidistantes aos dois superposta a uma estrutura de repetição. Com a
lados retos do setor, formando uma série de estrutura de repetição permanecendo inalterada, as
ângulos que vão em direção ao centro (Fig. 50a). linhas estruturais de radiação podem ser levemente
(b) Mudança de direção de linhas estruturais - deslocadas de tal modo que sua continuidade de
As linhas paralelas na estrutura centrípeta básica uma subdivisão estrutural de repetição para outra é
podem mudar de direção, de tal modo que ângulos interrompida, provocando um sentido de movimento
cada vez mais agudos ou obtusos sejam formados (Figs. 52a e b).
nos pontos de junção das linhas estruturais (Fig. 50b). Uma estrutura de radiação também pode ser
(c) Curvatura e quebra de linhas estruturais - superposta a formas repetitivas simples orientadas
As linhas estruturais podem ser curvadas ou por uma estrutura de repetição inativa (Fig. 52c).
quebradas regularmente, criando mudanças
complexas no interior do padrão (Fig. 50c). Radiação e Gradação
(d) Expansão do centro de radiação - Ao se A maioria das estruturas de radiação ilustradas até
deslizar os setores de uma estrutura centrípeta, o aqui são construídas com ângulos e/ou espaçamento
92 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
:esenho bidimensional 93
-: e: livos. Entretanto, ângulos e/ou espaçamento centro em direção ao anéis externos. As unidades
duais podem ser usados em um grande número de forma se ajustam a essas subdivisões do
:asos (Figs. 55/e g). mesmo modo que se ajustam àquelas em uma
Jma estrutura de radiação pode ser superposta estrutura de gradação. Evidentemente, também é
.ma estrutura de gradação ou a um grupo de possível subdividir cada anel concêntrico de uma
:ades de forma graduais do mesmo modo que é outra maneira, se assim se desejar (Fig. 53e).
.rerposta a uma estrutura de repetição ou a um Em uma estrutura centrípeta regular, as
*.oo de unidades de forma repetitivas. subdivisões são definidas por conjuntos de linhas
paralelas que se enrolam ou se quebram em
5 .odivisões Estruturais e Unidades de Forma direção ao centro. Estas podem ser ainda
Subdivisões estruturais em uma estrutura de subdivididas pela sobreposição de conjuntos de
ri ação são geralmente ou repetitivas ou linhas paralelas de uma outra estrutura centrípeta
i-aaativas, embora possam também ser similares ou de uma estrutura concêntrica (Figs. 53/, g, h e /).
-~a às outras ou claramente distintas.
Em uma estrutura centrífuga, as subdivisões Unidades de Forma em Radiação
ião geralmente repetitivas tanto em formato como Já falamos de unidades de forma em repetição,
f m tamanho. As unidades de forma se ajustam a similaridade e gradação, e em cada uma destas
essas subdivisões do mesmo modo que se ajustam disciplinas podem ser considerados todos os
ideias em uma estrutura de repetição, exceto pelo elementos visuais e relacionais. A radiação é um tipo
de que as subdivisões normalmente carregam de disciplina que envolve somente estrutura. Se
is unidades de forma em sua rotação direcional. As tivermos de falar de unidades de forma em radiação,
.'idades de forma podem se conformar à direções trata-se do movimento concêntrico já discutido na
:as subdivisões ou manter um ângulo constante em seção intitulada “Padrões de Gradação” do capítulo
e ação ao eixo de cada subdivisão (Figs. 53a e b). sobre gradação. 0 movimento concêntrico cria uma
Dentro de cada uma das subdivisões em uma sensação de radiação, mas é basicamente um uso
asírutura centrífuga, podem ser construídas gradativo de unidades de forma. Na rotação de
subdivisões mais delgadas, se desejado. Uma planos, as unidades de forma podem ser giradas de
seqüência de linhas paralelas pode ser empregada tal modo que todas apontam para o centro físico do
cara este fim, mas não há praticamente limite para desenho. Na progressão de planos, estes podem se
as maneiras de fazer mais subdivisões (Fig. 53c). mover gradualmente em direção ao centro ou dele
Em uma estrutura concêntrica regular, as se afastando, de um anel concêntrico para o
subdivisões se dão em forma de um anel que só próximo (Fig. 54a).
rode acomodar unidades de forma de natureza As unidades de forma podem ser desenhadas
near. Normalmente se faz necessária uma como padrões de radiação em miniatura dispostos
estrutura centrífuga para efetuar subdivisões repetitiva ou gradativamente em uma estrutura de
celgadas, e cada anel pode ser girado de maneira repetição. 0 efeito é ainda muito semelhante à
.ariável, se necessário, de tal modo que as radiação (Fig. 54b).
subdivisões em um anel não tenham de se alinhar
àquelas do anel seguinte (Fig. 53c/). Em geral, as Unidades de Forma Superdimensionadas
subdivisões obtidas desta maneira são repetitivas Uma unidade de forma às vezes pode ser
dentro de cada anel, porém gradativas a partir do quase tão grande quanto o próprio padrão de
PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
radiação, ou seu comprimento ou largura podem ser regular. O padrão desenhado ou pintado sobre o
comparáveis ao diâmetro de radiação. Estas papel pode ser fotografado com lentes especiais,
unidades de forma superdimensionadas podem ser através de uma tela transparente texturizada ou sot
giradas ao longo de uma estrutura centrífuga, determinado ângulo. Pode também ser enrolado,
mantendo uma relação fixa com cada uma das vincado, dobrado ou amassado e então
linhas estruturais. Durante a rotação, uma unidade transformado em um formato plano por meio da
de forma irá inevitavelmente cruzar várias unidades fotografia.
de forma ou todas elas, e uma manipulação
cuidadosa de superposição, interpenetração, união, Notas Sobre os Exercícios
subtração e interseção produzirá resultados muito As figuras de 55a até n ilustram desenhos de
interessantes (Fig. 54c). radiação com unidades de forma de natureza mais
ou menos linear. Em alguns exemplos, as unidades
Radiação Irregular e Distorcida de forma são simplesmente as linhas estruturais
Qualquer variação irregular de estruturas de tornadas visíveis; em outros, são desenhadas para
radiação regulares pode ser feita, se desejado. se ajustarem às subdivisões estruturais.
A irregularidade pode estar apenas em uma seção Nenhum esforço é feito aqui para agrupar os
de um padrão regular, porém o desenho todo pode exemplos nos três tipos de estrutura de radiação
ser criado tendo um centro indefinido, com discutidos neste capítulo porque, embora alguns
elementos radiais desigualmente dispersos ou com sejam imediatamente distinguíveis como este ou
séries de anéis concêntricos irregulares. aquele tipo, a maioria é uma mistura dos diferentes
A fotografia e outros meios mecânicos podem tipos. Sugerimos que estes exemplos sejam
ser utilizados para distorcer um padrão de radiação cuidadosamente analisados.
DESENHO BIDIMENSIONAL 95
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96 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
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98 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
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DESENHO BIDIMENSIONAL 1 01
A regularidade pode ser transformada de um unidades de forma que não estejam totalmente
*.co para outro quando as unidades de forma confinadas em suas respectivas subdivisões.
anômalas também estabelecem um tipo de (c) Podem ser distorcidas à medida que as
'egularidade entre elas. Estas unidades de forma subdivisões são distorcidas, mas sua relação com
í.*ómalas não estão apenas relacionadas entre si, as subdivisões permanece consistente.
~as estão também dispostas regularmente. Isto é (d) Podem se tornar anômalas ao mesmo tempo
:omo fundir ou anexar dois grupos diferentes de que mantêm um tipo de regularidade entre si.
-ridades de forma regulares. O grupo minoritário é (e) Podem se tornar variadamente anômalas.
a anomalia em termos da maioria, porém A anomalia estrutural pode atrair a atenção
£ gumas vezes tal distinção pode ser bastante vaga quando ocorre de modo bem perceptível em uma
rg. 56c). área restrita. Mesmo que todos os elementos
A regularidade pode ser rompida quando visuais das unidades de forma permaneçam
dades de forma em uma ou mais áreas parecem imutáveis, a anomalia estrutural estica ou comprime
r3tar rasgadas, rachadas, fraturadas ou dissolvidas, o espaço, o que faz com que o olhar seja facilmente
sto pode ser mais eficaz se a estrutura for também atraído para focalizá-la (Fig. 57a).
rerturbada (Fig. 56d). A monotonia na regularidade pode ser aliviada
pela ocorrência freqüente de subdivisões estruturais
Anomalia em Estruturas anômalas distribuídas de modo ordenado ou casual
As estruturas regulares são aquelas de por todo o desenho. Isto causa variações
■-petição, gradação e radiação. Estruturas de interessantes de espaço vazio e posicionamento de
s milaridade são menos regulares, porém ainda unidades de forma, cujos formatos e/ou tamanhos
“antêm certo grau de regularidade. podem ou não ser afetados (Fig. 57b).
A anomalia em uma estrutura regular ocorre A área ou áreas de anomalia podem
:,ando as subdivisões estruturais em uma ou mais simplesmente ter um outro tipo de regularidade,
£-eas do desenho mudam em formato, tamanho ou diferente da disciplina geral. A transformação da
: reção, tornando-se deslocadas ou caindo em regularidade pode levar a composições semiformais
: jmpleta desorganização. Isto marca um passo a inesperadas (Fig. 57c).
^ais rumo à informalidade, porém a estrutura ainda A ruptura em uma estrutura regular significa que
i formal com exceção das áreas anômalas. a estrutura é completamente destruída em uma ou
Evidentemente, as unidades de forma estão mais áreas de anomalia. As linhas estruturais
:ontidas em estruturas desta natureza. Em áreas tornam-se emaranhadas, as subdivisões distorcidas
ande ocorre a anomalia estrutural, as unidades de ou deslocadas, ou a estrutura se desintegra
■:rma podem ser afetadas em uma ou mais das parcialmente (Fig. 57af).
seguintes maneiras:
(a) Seus elementos visuais permanecem Notas Sobre os Exercícios
'alterados, mas podem ser forçados a mudar de Os usos da anomalia estão ilustrados nas
oosição ou direção, possivelmente cruzando figuras 58a, õ, c, d, e, f, g, h, ie j. As unidades de
sjbdivisões estruturais ou unidades de forma forma nestes exercícios são principalmente de
adjacentes. natureza linear. Não há restrições quanto à maneira
(b) Seus elementos visuais permanecem como a regularidade geral domina o desenho
"lalterados, mas as linhas estruturais anômalas, e como a anomalia é introduzida. Favor observar o
sendo ativas neste caso, podem cortar porções das efeito de anomalia em cada um destes exemplos.
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DESENHO BIDIMENSIONAL 1 03
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1 04 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
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ZESENHO BIDIMENSIONAL 1 07
: rsente livro, porém alguns casos comuns podem ao desvio delas. Uma forma estável é estática,
r* mencionados aqui: claro/escuro, brilhante/opaco, enquanto uma forma instável sugere movimento.
. .ente/frio etc. (Fig. 59c). A leveza ou o peso de uma forma podem ser
d) Contraste de textura - A textura constituirá devidos ao uso da cor, mas também são afetados
. '.ema de um próximo capítulo. Todavia, alguns pelo formato e pelo tamanho (Fig. 59h).
: asos típicos de contrastes de texturas são:
:: áspero, fino/grosseiro, regular/irregular, Contrastes no Interior de uma Forma
:5Co/polido etc. (Fig. 59af). É comum que formas individuais ou unidades de
e) Contraste de direção - Duas formas forma contenham elementos contrastantes que
: - = squer que se encontrem a 90 graus estão em podem ajudar a fazê-las mais interessantes.
. imraste máximo. Duas formas diretamente em Algumas vezes o contraste existe sem ser notado,
r':e uma da outra criam um contraste de direção mas o desenhista deve estar atento à sua
:e ".atureza bem diferente, porque não são não- presença. O uso eficaz do contraste é de suma
:i'alelas, embora uma delas tenha sido girada 180 importância em desenho.
maus (Fig. 59e). A fim de aguçar nossa consciência de
f) Contraste de posição - A posição de uma contrastes no interior de uma forma, vamos tomar
imia é reconhecida pela relação com a moldura de agora quatro formas para serem examinadas
Gerência, com o centro, com a subdivisão estrutural cuidadosamente:
me a contém, com as linhas estruturais próximas ou A figura 60a é composta por três linhas de
::m uma outra forma. Os contrastes de posição aresta - duas linhas retas de mesmo comprimento
"a^s comuns são: em cima/embaixo, alto/baixo, que são parte de um quadrado - e uma linha curva
asquerda/direita, central/excêntrico (Fig. 59f). que é parte de um círculo. Há um contraste de
(g) Contraste de espaço - O espaço também formato (angular/não-angular).
t assunto de um capítulo posterior. Quando o A figura 60b é composta por um quadrado e um
rsoaço é considerado como uma superfície plana, círculo. O círculo é obviamente menor do que o
:s contrastes são percebidos como quadrado. Deste modo, não há simplesmente um
: upado/desocupado ou positivo/negativo. contraste de formato (angular/não-angular), mas
: espaço vazio pode ser visto como congestionado também um contraste de tamanho (grande/pequeno).
: j expansivo e encerrar contraste de formato e A figura 60c é composta por um quadrado e
•.amanho se for lido como uma forma negativa. dois círculos. Os círculos são pequenos, como na
1 .ando o espaço é considerado ilusório, as formas figura 60b. Deste modo, há um contraste de formato
codem dar a impressão de avançadas ou e um contraste de tamanho no conjunto, além de
•acuadas, próximas ou distantes, planas ou um contraste de posição (esquerda/direita) entre os
' dimensionais, paralelas ou não paralelas ao dois círculos pequenos.
: ano da imagem etc., em contraste espacial uma Assim como a figura 60c, a figura 60d é
:om a outra (Fig. 59g). composta por um quadrado e dois círculos, mas de
(h) Contraste de gravidade - Há dois tipos de uma outra maneira. Há contrastes de formato, de
contraste gravitacional: estável/instável e tamanho e de posição. Mais ainda, há um contraste
ave/pesado. A estabilidade ou a instabilidade de espaço (positivo/negativo), porque um círculo
:odem ser devidas ao próprio formato ou devidas à está unido ao quadrado, enquanto o outro está
::nformidade, à verticalidade, à horizontalidade ou subtraído do mesmo.
1 08 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
DESENHO BIDIMENSIONAL 1 09
f
1 1 2 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
DESENHO BIDIMENSIONAL 1 1 3
Quando há mais que um único tipo de unidade (c) Concentração em direção a uma linha -
de forma em um desenho, a concentração de um Isto significa que as unidades de forma se
tipo e a dispersão de um outro (ou outros) podem aglomeram em torno de uma linha conceituai
produzir efeitos de dominância e ênfase. preestabelecida no desenho.
Na concentração, cada elemento visual ou A densidade máxima ocorre ao longo da linha.
relacional pode ser considerado separadamente. A linha pode ser reta ou de qualquer formato simples
Por exemplo, em uma estrutura de repetição as Quando é usada mais de uma linha conceituai
unidades de forma podem ser repetitivas em todos preestabelecida, estas podem ser linhas de uma
os elementos exceto na cor, que pode ser estrutura formal. A concentração em direção a uma
distribuída concentradamente. linha se aproxima do efeito de gradação (Fig. 65c).
(d) Concentração para longe de uma linha -
A Estrutura de Concentração Este é o inverso de (c), gerando espaço vazio ou
Quando uma estrutura formal não é utilizada, escassez extrema na área imediatamente
as unidades de forma podem ser organizadas circundante da linha (Fig. 65d).
livremente para alcançar o efeito de concentração. (e) Concentração livre - Isto significa que as
Isto produz uma estrutura de concentração unidades de forma estão agrupadas livremente,
totalmente informal. Algumas vezes, uma estrutura com a densidade e a escassez variando no
formal pode ser usada apenas para dar algumas desenho. Neste caso, a organização é
diretrizes para a distribuição das unidades de completamente informal, em muito se
forma. As estruturas de concentração deste tipo assemelhando à estrutura de contraste. Prevalece o
podem ser ditas semiformais. contraste maior ou menor, mas este deve ser
Sugerem-se os seguintes tipos de estruturas de cuidadosamente manipulado a fim de criar sutileza
concentração: e/ou drama visual (Fig. 65e).
(a) Concentração em direção a um ponto - (f) Superconcentração - Significa que as
Significa que as unidades de forma se aglomeram unidades de forma estão densamente agrupadas
em torno de um ponto conceituai preestabelecido no por todo o desenho ou por uma área bastante
desenho. A densidade chega ao máximo onde está ampla do desenho. Se as unidades de forma são
este ponto e rareia, gradualmente, nas áreas de tamanho semelhante e agrupadas de modo
circundantes. O efeito é um tipo de radiação bastante regular, o resultado da superconcentração
informal, ainda mais acentuado se as direções das pode se tornar uma estrutura de similaridade, em
unidades de forma forem dispostas radialmente. que cada unidade de forma ocupa igual quantidade
O número de pontos preestabelecidos pode variar de espaço.(Fig. 65f).
de um a muitos; os pontos podem ser orientados por (g) Desconcentração - É o inverso de (f). Aqui.
uma estrutura formal. O grau de concentração em as unidades de forma não ficam concentradas em
direção a cada ponto pode ser uniformemente lugar algum, mas são ralamente dispersas por todo
similar, alternadamente similar, vagamente gradativo o desenho ou por uma área bastante grande.
ou completamente diferente (Fig. 65a). A dispersão pode ser por igual, desigual, sutilmente
(b) Concentração para longe de um ponto - rítmica ou vagamente gradativa. Pode-se obter uma
É o inverso de (a), com espaço vazio ou escassez estrutura semelhante, se unidades de forma de
extrema nas áreas imediatamente circundantes do tamanho similar forem espalhadas de modo
ponto conceituai (Fig. 65b). bastante regular (Fig. 65g).
DESENHO BIDIMENSIONAL 1 1 5
1 1 6 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
DESENHO BIDIMENSIONAL 1 1 7
ser tintados e impressos sobre uma outra superfície fotográficas, pintadas, intencionais ou acidentais
a fim de criar uma textura visual, a qual pode ser existentes na superfície dos materiais.
decorativa ou espontânea, dependendo de como a Materiais sem imagens - Estes materiais são
técnica é trabalhada. Podem-se transferir imagens coloridos por igual e têm textura uniforme. Apenas o
pintadas à mão de uma superfície para outra formato dos pedaços cortados ou rasgados
quando a tinta ainda está úmida. A fricção com lápis aparecem no desenho. Exemplos de tais materiais
ou qualquer meio adequado de papel macio e fino são papel ou tecido de cores chapadas ou com
sobre uma superfície áspera também produz efeitos padrões minúsculos espalhados de modo regular
de textura (Fig. 68b). por toda a superfície, folhas impressas de tipos
(c) Pulverização, salpicado, despejo - pequenos e aglomerados, áreas selecionadas de
A tinta líquida, diluída ou engrossada na fotografias, superfícies contendo textura espontânea
consistência desejada pode ser pulverizada, com um mínimo de contrastes (Fig. 69a).
salpicada ou despejada sobre uma superfície. Materiais com imagens - Estes materiais -
Muitas vezes pode-se obter uma textura como papel ou tecido impresso com padrões
espontânea, mas a pulverização cuidadosamente desiguais ou tratados com textura espontânea,
controlada também pode produzir textura fotografias com fortes contrastes de tom ou de cor,
decorativa (Fig. 68c). folhas de papel impressas com tipos grandes ou
(d) Mancha, tintura - Uma superfície com tipos grandes e pequenos etc. - contêm
absorvente pode ser manchada ou tingida para imagens de considerável visibilidade. Tais imagens
obter algum tipo de textura visual (Fig. 68d). são usadas abstratamente na colagem,
(e) Defumação, queima - Uma superfície pode independentemente de conteúdos figurativos ou
ser exposta a uma chama para obter um tipo de literais. São vistas como formas tão ou mais
extura. Às vezes, podem-se usar marcas de importantes que formatos cortados ou rasgados de
queimado (Fig. 68e). materiais (Fig. 69b).
(f) Ranhura, raspagem - Uma superfície Materiais com imagens essenciais -
o ntada ou tintada pode ser arranhada ou raspada Imagens presentes nos materiais a serem usados
:om algum tipo de ferramenta dura ou afiada para são essenciais quando têm um conteúdo figurativo
'0' sua textura enriquecida (Fig. 68f). definido ou quando têm de manter sua identidade,
(g) Processos fotográficos - Técnicas especiais não devendo ser destruídas durante o processo de
:e câmara escura podem acrescentar texturas colagem. Neste caso, são mais importantes do
Teressantes a imagens fotográficas (Fig. 68c;). que formatos cortados ou rasgados de materiais, e
a colagem tem, assim, uma outra natureza. Em
Colagem geral, os materiais com significado figurativo são
Uma maneira direta de utilizar a textura visual fotografias, que podem ser desmembradas e
um desenho é a colagem, processo de grudar, rearranjadas ou combinadas com outras
.: ar ou afixar pedaços de papel, tecido ou outros fotografias para fins dramáticos ou efeitos
-ateriais planos sobre uma superfície. Tais materiais especiais. Materiais com imagens abstratas
: :3em ser divididos em três grupos principais, também podem ser desmembrados e rearranjados,
:ependendo da presença de imagens ou de sua resultando em transformações ou distorções sem
"oortância. O termo “imagem”, aqui, refere-se a que as imagens originais se tornem
: -aisquer formas ou marcas impressas, irreconhecíveis (Fig. 69c).
1 20 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
DESENHO BIDIMENSIONAL 1 23
b
1 24 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
DESENHO BIDIMENSIONAL 1 25
O H N 3 S 3 Q 3 VIAJHOd 3 Q SOIdjONIÜd 92 l.
DESENHO BIDIMENSIONAL 1 27
todos de mesma cor, podem ser usados como na figura 76a, que pode ser interpretada seja como
formas planas para sugerir uma profundidade um formato visto de cima, seja como um formato
ilusória, porém é difícil fazer com que funcionem visto de baixo. Ambas as interpretações são
juntos para sugerir volume. Planos em diferentes válidas. A flutuação espacial cria movimentos
cores chapadas podem representar volume com ópticos interessantes.
grande eficácia (Fig. 75b). O espaço conflitante é similar ao flutuante, no
(c) Planos uniformemente texturizados - entanto intrinsecamente diferente. O espaço
Um plano uniformemente texturizado é flutuante é ambíguo, porque não há um modo
diferenciável de um outro, ao qual esteja contíguo definido pelo qual se possa interpretar a situação
ou superposto, mesmo que a textura dos dois espacial; já o espaço conflitante cria uma
seja a mesma. Isto ocorre porque o padrão da situação espacial absurda que parece
textura de um plano não tem de se estender para absolutamente impossível de ser interpretada. No
o plano adjacente. Certos tipos de textura têm espaço conflitante, sentimos que estamos de fato
jma forte sensação de direção que pode dar olhando para baixo se vemos somente uma parte
ênfase para planos que não são vistos de frente, do desenho e sentimos que estamos de fato
mas de lado. Linhas paralelas de mesma largura olhando para cima se vemos somente uma outra
9 densamente espaçadas ou padrões regulares parte do desenho. Todavia, quando o desenho é
de pontos podem formar planos texturizados, que visto como um todo, as duas experiências visuais
oferecem muitas possibilidades para o desenhista estão em sério conflito e não podem ser
Fig. 75c). reconciliadas. A situação é absurda porque não
(d) Planos gradativamente coloridos ou existe na realidade. De algum modo, evoca uma
texturizados - Planos gradativamente coloridos ou tensão visual estranha que oferece muitas
exturizados têm um efeito diferente na criação da possibilidades interessantes para artistas e
usão espacial. Eles sugerem padrões de luz e desenhistas (Fig. 76b).
sombra ou brilho metálico para as superfícies,
aumentando até certo ponto o realismo. São Notas Sobre os Exercícios
:articularmente eficazes na representação de Vários tipos de espaço ilusório estão exibidos
superfícies curvas (Fig. 75c/). Planos texturizados nas figuras 77a, b, c, d, e, f, ge h. Os planos são
am perspectiva devem ser apresentados de tal construídos por padrões regulares de linhas, alguns
“odo que os padrões de textura sejam vistos repetitivos, alguns gradativos.
'ambém em perspectiva. Tais planos texturizados Se revirmos todos os exercícios ilustrados neste
"ão são uniformes mas gradativos e mesmo radiais livro, poderemos descobrir mais exemplos de
rradiando-se dos pontos de fuga). espaço ilusório. Afigura 26fsugere uma esfera
sólida. Ambas as figuras 4lg e h mostram
Espaço Flutuante e Conflitante superfícies curvas; as figuras 55b e j parecem ser
O espaço flutua quando parece avançar em um relevos, e há ainda muitas outras.
momento e recuar em outro. Já mencionamos um Os exercícios, do Capítulo 3 até o presente,
do de flutuação simples quando discutimos espaço representam uma jornada que o leitor realizou. Ele
: Dsitivo e negativo e relações reversíveis de figura- constatará que os primeiros exercícios em geral
undo neste mesmo capítulo (Fig. 72a). Uma comportam maiores restrições, exigindo mais
situação de flutuação mais dinâmica está ilustrada unidades de forma específicas.
1 32 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
b 0
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/
c r
frTP 74
□ 0
c __________
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1
B 1 ■1
76
DESENHO BIDIMENSIONAL 1 33
1 34 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
FORMA BIDIMENSIONAL
fcOBWV BI Dl WEM2IOM VT
PARTE I
ASPECTOS DA FORMA
1 38 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Em sentido amplo, tudo o que é visível tem Devido ao fato de vivermos em um mundo
forma. Forma é tudo o que pode ser visto - tudo tridimensional, nossa experiência de forma é
o que tenha formato, tamanho, cor e textura, que primariamente tridimensional. Uma forma
ocupe espaço, marque posição e indique direção. tridimensional é aquela em direção à qual
Uma forma criada pode ser baseada na realidade podemos caminhar, da qual podemos nos afastar
- reconhecível - ou abstrata - irreconhecível. ou em torno da qual podemos andar; pode ser
Uma forma pode ser criada para transmitir um vista de diferentes ângulos e distâncias. Está ao
significado ou mensagem, ou pode ser nosso alcance, podemos tocá-la ou mesmo
meramente decorativa. Pode ser simples ou manuseá-la.
complexa, harmoniosa ou discordante. Uma forma tridimensional não é
Em um sentido mais restrito, formas são necessariamente imóvel. Uma criatura viva pode
formatos positivos, auto-suficientes, que ocupam ser descrita como uma forma tridimensional que
espaço e são distinguíveis de um fundo. corre, voa, nada ou movimenta parte de seu
corpo. Uma forma tridimensional feita pelo
homem pode consistir de elementos móveis,
movíveis ou modulares. Formas tridimensionais
interagem com outras formas tridimensionais no
ambiente.
FORMA BIDIMENSIONAL 1 39
Um desenho normalmente se inicia como A forma é espaço positivo, espaço que está
uma área que é limitada por quatro margens ocupado. O espaço desocupado que circunda
dispostas ortogonalmente entre si. Estas uma forma é conhecido como espaço negativo.
margens constituem a moldura de referência, a O espaço positivo é visto como um formato
qual tem seu próprio formato. positivo (Fig. 12). Quando o espaço negativo é
No interior da moldura de referência, podem circundado por formatos positivos, torna-se um
ser introduzidas uma forma ou numerosas formato negativo (Fig. 13).
formas. Uma situação de figura-fundo então Um formato é percebido como uma forma
emerge; as formas são vistas como figuras, e o plana quando não apresenta nenhuma
espaço por trás destas formas e o espaço entre espessura, está completamente de frente para o
elas e a moldura de referência como fundo ou observador e não sugere profundidade alguma.
segundo plano na composição resultante. Uma Este é o efeito criado ao se colar um formato
composição é o efeito visual gerado pela recortado de um papel fino sobre uma outra folha
interação de figuras e fundo. de papel. Quando um formato se superpõe a
Além disso, a moldura de referência outro, alguma profundidade é criada (Fig. 14).
proporciona escala - obtemos um sentido do Quando o mesmo formato é mostrado enrolado,
tamanho das formas - e estabelece as posições dobrado ou virado, é introduzida uma forma com
e as direções dos elementos. profundidade considerável (Figs. 15-7). O mesmo
As figuras de 5 a 11 exibem a mesma forma formato pode ser mostrado em diferentes
(e o mesmo formato) em diferentes composições. tamanhos na mesma composição; uma
Observe quão diferentes resultam as seqüência de formas que recuam sugere
composições em função de diferentes molduras profundidade infinita (Fig. 18).
de referências (Figs. 5-8); como as composições Um formato ao qual se dá espessura ou
parecem menores quando a moldura de volume transforma um espaço bidimensional,
referência é grande (Fig. 9) e como podem ser plano, dentro da moldura de referência em
cortadas pela moldura de referência quando a espaço de profundidade adequada (Fig. 19).
forma se move parcialmente para além de seus Formas planas e volumosas, espaços rasos e
limites (Figs. 10-1). profundos produzem diferentes ilusões visuais,
que devem ser levadas em consideração ao se
criar desenhos bidimensionais.
1 42 PRINCÍPIOS de forma e desenho
A VISUALIZAÇÃO DA FORMA
Uma linha é criada ao se mover à mão um As áreas pretas e brancas podem ser
instrumento adequado sobre uma superfície. facilmente invertidas; uma figura preta sobre um
É fácil visualizar uma forma construída com fundo branco é transformada em uma figura
linhas. É algo como riscar, porém linhas cheias branca, ou negativa, sobre um fundo preto
de largura uniforme podem ser utilizadas na (Fig. 24).
criação do desenho. Uma forma também pode ser visualizada por
Um contorno é a expressão mais econômica meio de linhas primárias e secundárias para
de informação visual básica (Fig. 20). Se uma esclarecer sua estrutura; neste caso, linhas de
linha fina não alcança o impacto visual desejado, duas ou mais larguras uniformes podem ser
pode ser substituída por uma linha mais grossa usadas (Fig. 25).
(Fig. 21). Um formato obtido com um plano contínuo é
No interior do contorno podem ser normalmente desprovido de detalhes. Linhas
introduzidos detalhes que ofereçam informação negativas (linhas brancas sobre o plano
descritiva e reforcem as conexões e divisões de inteiramente preto) podem ser utilizadas para
elementos, o volume e a profundidade aparentes, introduzir detalhes. Linhas negativas separam um
e a seqüência espacial do primeiro para o plano largo em planos menores (Fig. 26).
segundo plano da forma (Fig. 22).
O formato contornado na figura 20 pode ser
pintado de preto para criar uma superfície plana
contínua. O resultado é uma silhueta - a
expressão mais simples de uma forma (Fig. 23).
21 22 23 24
1 44 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
26 27
FORMA BIDIMENSIONAL 1 45
Pontos repetidos podem ser dispostos para A textura pode ser criada com pontos, linhas
contornar uma forma (Fig. 28). Pontos também curtas, linhas longas ou qualquer combinação
podem ser agrupados como um plano para destes elementos. A textura pode se apresentar
sugerir uma forma (Fig. 29). Quando usados para como um padrão regular ou como um padrão
criar planos, os pontos produzem textura. irregular, com leves variações no formato ou
tamanho de elementos semelhantes (Figs. 30-1).
As texturas em geral acrescentam variações
visuais aos planos e características de superfície
às formas. A textura também pode ser aplicada
em modulações de claro-escuro para estabelecer
volume (Fig. 32).
32
1 46 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
As formas podem ser classificadas de modo Uma forma figurativa pode ser apresentada
amplo segundo seus conteúdos específicos. com realismo fotográfico ou com algum grau de
Uma forma que contenha um tema abstração - contanto que não seja tão abstrata a
reconhecível se comunica com os observadores ponto de tornar o tema irreconhecível (Fig. 33).
em termos mais do que puramente visuais. Esta Se o tema não pode ser identificado, a forma é
é chamada uma forma figurativa. Quando uma não-figurativa.
forma não contém um tema reconhecível, é Algumas vezes o tema de uma forma
considerada não-figurativa ou abstrata. figurativa é fantástico. A forma, entretanto,
apresentará uma realidade transformada, uma
realidade que sugere volume e espaço, de tal
modo que o tema fantástico transmita um tipo de
realidade ao observador (Fig. 34).
33 34
FORMA BIDIMENSIONAL
As formas figurativas podem ser ainda Formas feitas pelo homem são formas
classificadas de acordo com o assunto. Se o figurativas derivadas de objetos e ambientes
tema for algo que se encontra na natureza, a criados pelo homem (Fig. 36).
forma pode ser descrita como uma forma natural Podem mostrar edificações, mobiliário,
(Fig. 35). veículos, máquinas, ferramentas, produtos
As formas naturais incluem organismos vivos domésticos, brinquedos, aparelhos ou artigos de
e objetos inanimados que existem na superfície papelaria, para mencionar algumas
terrestre, nos oceanos ou no céu. possibilidades.
35 36
1 48 PRINCÍPIOS de forma e desenho
A linguagem escrita é constituída por Uma forma abstrata não tem um tema
caracteres, letras, palavras e numerais que reconhecível (Fig. 38). Pode ser intenção do
tornam possível uma comunicação visual precisa. desenhista criar uma forma que não represente
Uma forma baseada em um elemento de nada. Esta forma pode ter sido baseada em um
linguagem escrita é uma forma verbal (Fig. 37). tema que foi obliterado após excessiva
Uma forma verbal é figurativa quando expõe transformação, ou ter ocorrido na
uma idéia reconhecível, para além de algo que experimentação com materiais, o que levou a
apenas exista em termos materiais. resultados inesperados.
Uma forma abstrata expressa a sensibilidade
do desenhista com relação a formatos, cores e
composição sem depender de elementos
reconhecíveis.
FORMA BIDIMENSIONAL
39
1 50 PRINCÍPIOS de forma e desenho
Quando uma forma é repetida em uma Formas diferentes podem ser unidas a fim de
composição, é denominada uma forma plural. criar uma forma composta (Fig. 44).
Os componentes de uma forma plural podem Uma forma plural pode se tornar composta
variar ligeiramente, porém devem estar pelo acréscimo de um elemento que tem forma
estreitamente associados, superpostos, travados diferente.
ou unidos para serem lidos como uma única
imagem na composição (Fig. 43).
1 54 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Uma forma utilizada repetidamente em uma Duas ou mais unidades de forma podem ser
composição é uma unidade de forma (Fig. 45). agrupadas e então repetidas em um desenho.
Diferentemente dos componentes de uma Cada grupo é considerado uma superunidade de
forma plural, as unidades de forma são forma.
elementos individuais que não constituem uma Uma superunidade de forma difere de uma
forma maior. Unidades de formas são forma plural porque nesta última os elementos
freqüentemente usadas em desenhos de são combinados para produzir uma única figura;
estamparia. uma superunidade de forma pode ser constituída
por um grupo de unidades de forma frouxamente
aglomeradas.
ymnnn
WWW
nnnnn
njmnn milÊMíÊm jü
45 46
FORMA BIDIMENSIONAL 55
As formas podem ser desenhadas como A linha reta é a distância mais curta entre
formatos geométricos ou orgânicos. Em geral, as dois pontos.
formas naturais são mais facilmente adaptadas Uma linha reta com espessura tem peso,
a formatos orgânicos, enquanto as formas além de comprimento e direção (Fig. 47).
abstratas e aquelas elaboradas pelo homem são À medida que uma linha se torna mais
mais facilmente expressas como formatos pesada, suas extremidades se tornam cada vez
geométricos. mais significativas, exibindo características
Os formatos geométricos são criados próprias de um formato (Figs. 48-9).
fazendo-se uso de linhas retas e círculos. Usada como margem de um plano, uma linha
A natureza da geometria exige um planejamento divide o espaço positivo do negativo e diferencia
cuidadoso para que linhas se encontrem em um plano de outro (Fig. 50).
determinados ângulos e arcos fluam em outros,
para que o espaço seja dividido igualmente e
seja estabelecido um padrão regular.
47
49 50
1 56 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Círculos Arcos
53 56 57
FORMA BIDIMENSIONAL
T T
e/ou direções. Duas linhas podem se tocar, se
unir ou se superpor (Figs. 58-61). Linhas podem
ser unidas extremidade com extremidade ou
extremidade com lateral (Figs. 59, 62). Linhas
espessas com extremidades curvas exigem um
tratamento especial (Figs. 63-6).
Linhas espessas podem se superpor, criando 62 63
um formato negativo na área superposta (Fig. 67).
Linhas espessas e paralelas podem se tocar
L “I
ou se unir sem criar uma linha contínua. (Figs.
68-9)
64 65
L +
+ + y/
58 59 66 67
60 61 68 69
1 58 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Relacionando Círculos
OD CO
76 77
(X) 03 GD GD
70 71
lo iy
03 03 © ©
72 73 80 81
FORMA BIDIMENSIONAL 1 59
Relacionando Arcos
95 96
FORMA BIDIMENSIONAL 1 61
A Adição de Planos
131 132
129 130
<D
133
1 64 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
A Multiplicação de Planos
138
136 137
FORMA BIDIMENSIONAL 1 65
A Divisão de Planos
143
1 66 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
145 147
FORMA BIDIMENSIONAL 1 67
A Transformação de Planos
148 150
1 68 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Um plano pode ser dobrado, formando um Um formato pode ser engrossado ao longo de
canto arredondado ou pontudo. A dobra pode uma ou mais de suas arestas para estabelecer
expor o reverso de um formato, o qual pode volume. A combinação de linhas e planos ajuda a
então ser visto em contorno (Figs. 151-2). Uma distinguir o plano frontal dos planos laterais em
linha negativa pode indicar uma dobra aguda um formato (Figs. 154-5).
(Fig. 153). O volume pode ser apresentado com o
plano frontal oblíqua ou lateralmente virado
(Figs. 156-7).
Regularidade
Desvio Simetria
Algumas vezes a regularidade estrita produz Figuras simétricas são formatos regulares
uma composição rígida, e algum desvio se faz cuja metade direita constitui uma imagem
desejável. O desvio é aplicado com eficácia especular da metade esquerda. Uma linha reta
quando um ou mais componentes mudam em invisível, um eixo, divide a figura por igual (Fig.
formato, tamanho, posição ou direção sem 166). Um formato simétrico pode ser posicionado
perturbar seriamente o desenho original (Figs. horizontalmente ou sobre um plano inclinado
162-5). (Fig. 167).
Assimetria
169
168 170
1 72 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Formatos orgânicos são formados por curvas Uma linha que se estira em uma direção
que fluem suavemente com transições única resulta em uma curva em C(Fig. 171).
imperceptíveis ou conexões salientes. As curvas O outro tipo de curva, uma curva em S, é
em geral são feitas à mão, mas algumas vezes produzido quando uma linha é estirada em duas
são utilizados instrumentos de desenho como direções (Fig. 172). Na verdade, a curva em S é
curvas francesas ou curvas flexíveis. Raramente constituída por duas curvas em C que se unem a
são usadas linhas retas. Um formato criado com partir de direções opostas.
curvas e linhas retas exibe características Ambas as curvas em C e em S podem ser
geométricas assim como orgânicas. apresentadas como voltas pequenas ou grandes
(Figs. 173-4).
173 174
FORMA BIDIMENSIONAL
Duas curvas que se encontram podem Qualquer extremo que se projete ou que
estabelecer ou um fluxo contínuo ou um extremo penetre no corpo de um formato pode ser
pontiagudo. Extremos pontiagudos podem se arredondado, suavizando-se sua ponta (Figs.
projetar do corpo de um formato (Fig. 175) ou 179-80).
nele penetrar (Fig. 177). Este extremo arredondado pode ser
Extremos embotados (Figs. 175, 177) podem exagerado com uma extremidade saliente (Figs.
ser aguçados pela extensão das curvas na 181-2).
proximidade de sua junção (Figs. 176, 178).
177 178
1 74 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Dois formatos que se superpõem (Fig. 183) Um formato (Fig. 187) pode ser retalhado
podem ser parcialmente unidos (Fig. 184). parcial ou completamente em dois ou mais
Dois formatos separados (Fig. 185) podem formatos, com a imagem total permanecendo
ser ligados por liames (Fig. 186). intacta (Figs. 188-9). Os componentes obtidos
podem ser trabalhados para introduzir pequenas
variações, se desejado.
O rasgo e a quebra de formatos resultam em
margens imperfeitas, o que introduz certa
irregularidade (Fig. 190).
Cp Cp 40 CP
•
183
cp CP
184 187 188
Uma porção, ou porções, de um formato Um formato pode ser tratado como um plano
pode ser cortada e removida, alterando suas macio que se enrola para revelar sua parte
bordas (Fig. 191), ou produzindo formatos inferior ou posterior (Fig. 195).
negativos (Figs. 192-3). Bordas cortadas podem Um formato pode também ser alterado por
ser deixadas imperfeitas para sugerir uma quebra uma torção que o afina no meio (Fig. 196).
forçada (Fig. 194).
1 76 PRINCÍPIOS de forma e desenho
199 202
FORMA BIDIMENSIONAL
203
t# w
204 207 208
4*
w i#
205 206 209 210
1 78 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Expressão Simétrica
212
As duas maneiras básicas de mudar Uma forma pode ser estendida por uma
externamente uma forma são por variações nos margem ou por camadas concêntricas (Fig. 226).
cantos (Fig. 222) e nas bordas (Fig. 223). A criação de uma moldura de determinado
Às vezes, variações internas levam a formato (Fig. 227), o acréscimo de um formato
variações externas, ou vice-versa. Variações para servir como segundo plano (Fig. 228), ou a
externas e internas combinadas podem dar introdução de camadas subseqüentes (Fig. 229)
resultados interessantes (Figs. 224-5). também podem ser utilizados como extensões.
Superposição Transfiguração
Formas podem ser superpostas a Uma forma pode ser transfigurada pela sua
determinada forma sem obliterar seu formato mudança total ou parcial em algo figurativo (Figs.
geral (Figs. 230-2). 233-5).
232 235
1 82 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Deslocamento Distorção
Uma forma pode ser retalhada ou quebrada A maneira mais simples de distorcer uma
em uma ou mais partes que são então forma é alterar a proporção entre sua altura e
deslocadas (Figs. 236-8). largura. Isto pode ser feito usando-se uma malha
quadrada superposta como guia (Fig. 239). Uma
malha de menor altura ou de largura mais
estreita é então desenhada para mapear em
detalhe a distorção do formato (Fig. 240).
A distorção na diagonal, a distorção circular
ou qualquer outra pode ser feita de modo
semelhante (Figs. 241-2).
Manipulação Tridimensional
252
245 246
1 84 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Desenvolvimentos Adicionais
A maioria das formas figurativas captura as As formas naturais são variadas, porém
características básicas dos formatos e evita possuem as mesmas características estruturais
temas que contêm detalhes pouco comuns, básicas determinadas pelas leis naturais que
menos familiares. Por exemplo, uma folha pode regem seu crescimento. É útil observar e
ser mostrada como um formato que representa identificar as forças ambientais que afetam os
árvores em geral ou como um formato que formatos de formas naturais. Os formatos dos
representa uma árvore em particular. É raro, componentes de formas naturais e o modo como
entretanto, que uma folha de formato pouco atuam estruturalmente em conjunto devem então
comum seja escolhida como o tema para um ser examinados.
desenho.
Foram sugeridas na Parte II várias maneiras
de desenhar uma forma que podem ser aplicadas
ao desenho de formas figurativas. Primeiro,
deve-se decidir como será a apresentação da
forma, se em formato geométrico ou orgânico, e
quão abstrata pode ser e ainda assim satisfazer
as metas do desenho. Em geral, é desejável um
levantamento preliminar dentre uma gama de
espécimes, de modo que suas particularidades
possam ser comparadas e características gerais
ser extraídas. É necessário desenhar um ou dois
espécimes selecionados para obter o
entendimento completo do tema.
262
FORMA BIDIMENSIONAL 1 87
Uma característica comum nas estruturas cie Formatos tineares na natureza raramente são
plantas e animais é a existência de uma espiada lineares no sentido ^eonvélnoo. tales timalos
dorsal ou coluna central com elementos que se naturais na verdade são mais ou menos
ramificam bilateralmente (Fig. 259) ou em um enrolados, em uma ou mais direções.
padrão alternado (Fig. 260). A ramificação pode Se um formato linear se comporta como uma
também tomar a forma de uma cisão - um curva em C, dando voltas em torno de um centro
elemento se cinde em dois, dois em quatro, e em um movimento gradual, forma-se uma espiral
assim por diante (Fig. 261). (Fig. 264). Sugerindo-se três dimensões, pode
Quando mais de dois elementos se ser criado um formato cônico (Fig. 265) ou
ramificam, pode resultar um padrão em leque. A tubular (Fig. 266).
disposição em leque pode ter 360°, com Se um formato se comportar como uma curva
elementos rotativos emergindo de um ponto em S, resultam ondulações estreitas ou amplas
central (Fig. 262) ou circundando um centro (Figs. 267-8). Ondulações podem formar uma
aberto mais amplo (Fig. 263). corrente chanfrada para sugerir uma terceira
dimensão (Figs. 269-70).
1 88 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Elementos de uma forma natural determinada As formas criadas pelo homem ou são feitas
- as células, seções ou camadas que constituem a mão com o auxílio de ferramentas ou
uma superfície - normalmente exibem afinidade manufaturadas por máquinas. Em geral,
(Figs. 271-2). Estes elementos não são ferramentas e máquinas são adequadas para a
repetições estritas, mas variam individual ou criação de linhas retas, superfícies planas,
progressivamente para se conformar a um ângulos retos, círculos e cilindros. Isto explica por
formato ou estrutura geral. Pode haver inúmeros que a maioria das formas feitas pelo homem
tipos de elementos, com afinidade entre mostra uma configuração geométrica. Formatos
elementos dos diferentes tipos. orgânicos são algumas vezes introduzidos como
A afinidade estabelece a unidade. A unidade decorações ou por razões ergonômicas.
também é estabelecida ao se dispor os A natureza de seus materiais e a reunião de
elementos muito próximos (Fig. 273). Transições suas partes são considerações importantes ao se
criam um fluxo suave entre elementos (Fig. 274). observar uma forma feita pelo homem. Também
é importante o estudo da forma de diferentes
pontos de vista.
Os materiais podem ser folhas finas ou Formas feitas pelo homem são
massas sólidas, transparentes ou opacos, leves freqüentemente concebidas como plantas e
ou pesados. Os materiais usados para fabricar elevações. Ao se ver a forma de cima,
formas feitas pelo homem podem ser únicos ou estabelecemos sua planta (Fig. 275). Ao observá-
podem ter partes que são reunidas. la de frente e de lado, estabelecemos suas
As partes podem ser encaixadas, grudadas elevações (Figs. 276-7). Estudos de planta e
ou juntadas por molas, pivôs ou dobradiças para elevação são as maneiras básicas de visualizar
que se movam. uma forma feita pelo homem.
A forma é então estudada de diferentes
pontos de vista, ou perspectivas (Fig. 278). Deve-
se notar que a maioria dos planos são distorcidos
quando vistos em perspectiva.
11 n
276
□Z)
©
277 278
1 90 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
O desenho com formas figurativas pode se Para criar uma forma singular, primeiro
iniciar com uma série de composições fechadas estuda-se o tema escolhido de diferentes pontos
- formas singulares e/ou formas compostas que de vista por meio de desenhos e esboços. Um
são estabelecidas sem uma moldura de desenho (Fig. 279) é então selecionado e
referência. Estas podem então ser contidas em utilizado como a base para o desenvolvimento do
molduras específicas de referência para ajudar a desenho. Devem-se considerar os aspectos
definir relações espaciais. estéticos, assim como os de comunicação.
A forma singular pode ser visualizada como um
plano chapado (Fig. 280), planos que exibem
detalhes (Fig. 281), linhas (Fig. 283), a
combinação de linhas e planos (Figs. 282, 284,
285) ou um formato texturizado (Fig. 286).
279 280
FORMA BIDIMENSIONAL 1 9 1
285 286
1 92 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
288
FORMA BIDIMENSIONAL 1 93
1 94 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
FORMA BIDIMENSIONAL 1 95
1 96 PRINCÍPIOS de forma e desenho
308
FORMA BIDIMENSIONAL 1 97
315 316
FORMA BIDIMENSIONAL 1 99
317 319
200 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHC
330 332
FORMA BIDIMENSIONAL 203
Desenvolvimento e Variações
da Estrutura de Repetição
335
204 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
339
FORMA BIDIMENSIONAL 205
206 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
346 347
FORMA BIDIMENSIONAL 207
348
208 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Rotaçao e Translaçao
Uma radiação completa pode ser recortada e Em vez de formas de tamanho uniforme,
ligada à sua imagem especular no outro lado da podem-se usar formas dilatadas. Ligeiras
lateral cortada, a qual funciona como um eixo variações de formato podem ser introduzidas
para inversão (Fig. 353). durante a dilatação, se desejado. Estas formas
podem ser giradas para obter uma radiação
segmentada, e então invertidas ou giradas
novamente a fim de obter uma radiação completa
(Figs. 354-5).
Formas dilatadas em rotação podem resultar
em uma disposição em espiral, que é um tipo de
radiação (Fig. 356).
353 354
2 1 0 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
356 357
FORMA BIDIMENSIONAL 2 1 1
360 361
21 2 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENH:
362 363
FORMA BIDIMENSIONAL 21 3
0 tamanho pode ser alterado ao se ampliar Isto é possível em uma estrutura de repetição
ou reduzir as formas dispostas em seqüência com linhas estruturais ativas que interceptam e
(geralmente em repetição). A transição pode se retalham parcialmente as formas. A altura das
dar de ritmos leves para pesados, de pesados formas diminui à medida que são gradualmente
para leves, ou de modo alternado (Fig. 364). movidas para baixo ao longo das linhas
estruturais (Fig. 365).
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364 365
21 4 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHC
Gradação de Direção
366 368
FORMA BIDIMENSIONAL 21 5
Gradação de Proporção
O estreitamento e alargamento de
subdivisões em uma estrutura de gradação
podem exigir o estreitamento e alargamento de
formas. Formas alteradas desta maneira são
afetadas por gradação de proporção, o que
envolve distorções consideráveis de formato
(Figs. 371-3).
369
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370 371
21 6 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
372
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373 374
FORMA BIDIMENSIONAL 21 7
2 1 8 princípios de forma e desenh:
0 efeito visual de uma similaridade forte é Formas similares giradas sobre uma superfície
muito parecido àquele da repetição. plana podem ser regular ou livremente agrupadas
A similaridade é obtida quando uma forma é a fim de sugerir radiação (Figs. 381-2).
repetida com leves variações externas e/ou
internas (Figs. 374-5). As formas na natureza
nunca constituem repetições rígidas; não há duas
folhas na mesma árvore que sejam idênticas.
A similaridade também pode ser estabelecida
ao se girar uma forma e exibir diferentes vistas
(Fig. 376).
Uma estrutura formal pode compreender
formas similarmente relacionadas que não estão
dispostas em alguma seqüência, introduzindo
um elemento de informalidade no desenho
(Figs. 377-9).
Um desenho mais informal é obtido quando as
formas similarmente relacionadas estão
distribuídas com densidade semelhante (Fig. 380).
381 382
FORMA BIDIMENSIONAL 2 1 9
383 384
220 princípios de forma e desenh:
Pontos de Concentração
385 387
: = V A BIDIMENSIONAL 22 1
Concentração Linear
389
388 390
222 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHI
Concentração de Planos
392 393
FORMA BIDIMENSIONAL 223
O contraste é usado para sugerir distinções O contraste pode ser aplicado a um ou mais
visuais. O contraste crescente realça a aspectos da aparência de uma forma - seu
visibilidade. Um contraste menor assimila os formato, tamanho, cor ou textura.
elementos em uma composição. Na maioria dos Figuras contrastantes podem diferir externa
casos, o contraste é usado intuitivamente pelo ou internamente, ou ter formatos básicos
desenhista, porém pode ser conscientemente diferentes (Figs. 394-5). O contraste pode ser
aplicado para permitir comparações e para introduzido relacionando-se formas grandes e
estabelecer um centro de interesse. pequenas (Figs. 396-9).
O contraste pode se referir à aparência, Em um desenho em preto-e-branco, uma
localização ou quantidade de formas. forma plana e uma forma linear estabelecem tons
contrastantes (Figs. 400-2). O contraste de
textura ocorre quando algumas formas exibem
detalhes finos e outras são simples (Figs. 403-5).
394 395
PRINCÍPIOS DE FORMA E DESEN-
FORMA BIDIMENSIONAL 225
402 403
226 princípios de forma e desenh:
Contraste de Localizaçao
404
405 406
FORMA BIDIMENSIONAL 22 I
228 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENFI
Contraste de Quantidade
412 413
FORMA BIDIMENSIONAL 229
420
FORMA BIDIMENSIONAL 23 1
Anomalia no Tamanho
422 423
232 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHC
Uma unidade de forma pode ser modificada Quando uma ou mais unidades de forma
de um formato plano para um linear para têm textura ou mais detalhes, resulta a anomalia
introduzir anomalia de “cor” em um desenho em em textura (Fig. 425).
preto-e-branco (Fig. 424).
424 425
FORMA BIDIMENSIONAL 233
427
WWWíWl
426 428
DESENHO TRIDIMENSIONAL
DE2EMH0 1KIDI WEMEIOIIVr
DESENHO TRIDIMENSIONAL 237
Elementos Visuais
Elementos Relacionais
Elementos Construtivos
^ianos em Série
Retalhamento de um Cubo
Variações de Posição
Variações de Direção
'écnicas Construtivas
66
DESENHO TRIDIMENSIONAL 259
CAPÍTULO 3: ESTRUTURAS
DE PAREDE
67
71 Células Espaciais e
Unidades de Forma
Variações de Posição de
Unidades de Forma
Variações de Direção de
Unidades de Forma
85
No interior de cada célula espac = i
unidade de forma pode ser girada e~
qualquer direção desejada. Durante : -
passo da rotação, a unidade de forre
será vista de outro modo que de fre'"-
Observemos os efeitos da rotaçã: v
um formato quadrado. Nas figuras 65 e
88, a primeira coluna vertical represe''
as vistas frontais, a segunda coluna
vertical as vistas laterais e a terceira
86
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forma travadas.
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266 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHE
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muitas vezes, o resultado dá uma
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Figura 104 - células espaciais que se
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104
DESENHO TRIDIMENSIONAL 26
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uma gradação de formatos cilíndricos.
Como o contato entre as superfícies
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curvas é bastante restrito, toda a
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estrutura da parede é bastante flexível e
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pode ser ondulada à vontade.
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Figura 110-as superfícies facetadas
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desta estrutura têm um efeito de relevo,
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obtido ao se cortar, estriar e dobrar as
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superfícies planas contínuas.
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110
PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHC
113
DESENHO TRIDIMENSIONAL 27 1
0 Prisma Oco
Unindo Prismas
0 Prisma e o Cilindro
147
O número mínimo de superfícies
planas que podemos usar para os ladcs
de um prisma é três. o que resulta em
um prisma com base e topo triangular.
Se aumentarmos o número de ladcs
do prisma, os formatos da base e do
topo mudarão de triângulos para
polígonos. Quanto mais lados um
polígono tiver, ficará menos angular e
mais próximo de um círculo. Por
exemplo, um octógono é muito menos
angular do que um triângulo e, portanto
um prisma octogonal tem um corpo
muito mais arredondado do que um
prisma triangular.
Ao aumentarmos infinitamente o
número de lados de um polígono,
iremos finalmente obter um círculo. Do
mesmo modo, ao se aumentar
infinitamente o número de lados de um
prisma, iremos finalmente criar um
cilindro (Fig. 147).
O corpo de um cilindro é definido por
um plano contínuo, sem começo ou fim
com a base e o topo tendo o formato de
um círculo.
DESENHO TRIDIMENSIONAL 2
Variações de um Cilindro
152
153
278 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
163
284 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
CAPÍTULO 5: REPETIÇÃO
Estrutura de Repetição
Organização no Interior
de Cada Camada
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e unidos. O desenho é construído com
sete camadas horizontais, mas o
*
número de unidades de forma em cada
camada está em gradação.
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201
PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
CAPITULO 6: ESTRUTURAS
POLIÉDRICAS
Os Sólidos Platônicos
204
Os poliedros são figuras fascinantes
que podem ser adotadas como
estruturas básicas em desenho
tridimensional. Entre eles estão cinco
sólidos geométricos regulares
fundamentais de primeira importância.
Como grupo são chamados sólidos
205
platônicos e incluem o tetraedro (quatro
faces), o cubo (seis faces), o octaedro
(oito faces), o dodecaedro (doze faces)
e o icosaedro (vinte faces). Cada um é
construído de faces regulares, todas
congruentes, e seus vértices são
ângulos poliédricos regulares.
Os Sólidos Arquimedianos
O rombicuboctaedro, ou pequeno
rombicuboctaedro para distingui-lo do
grande, que será descrito em seguida, é
um sólido que contém vinte e seis faces,
vinte e quatro vértices e quarenta e
duas arestas (Fig. 222).
Dentre as vinte e seis faces, oito são
triângulos eqüiláteros e dezoito são
quadrados (Fig. 223).
Se repousa sobre uma de suas
faces quadradas, sua vista em planta é
um octógono (oito lados) regular. Se
repousa sobre uma de suas faces
triangulares, a vista em planta é um
hexágono (seis lados) regular (Fig. 224).
Tratamento de Face
228
Se o poliedro foi construído de modo
a ser oco, o tratamento de face mais
simples é descrever formatos negativos
em algumas ou em todas as faces,
revelando o espaço vazio interno (Fig.
229
228).
Cada face plana interna do poliedro
pode ser substituída por um formato
piramidal saliente ou invertido,
construído por planos travados ou
unidos. Deste modo, a aparência 230
externa do poliedro pode ser
transformada em um formato poliédrico
estrelado (Fig. 229).
Formatos construídos
separadamente podem ser conjugados
às faces do poliedro (Fig. 230). 231
Tratamento de Aresta
Tratamento de Vértice
O tratamento de vértice
normalmente afeta todas as faces que
se unem umas às outras no ponto único
do vértice. Uma maneira de tratar os
vértices é através do truncamento, que
significa que os vértices são removidos
e novas faces são formadas nas áreas
cortadas. O truncamento geralmente
leva à criação de uma nova figura
poliédrica. Já descrevemos o octaedro
truncado entre os sólidos
arquimedianos. O poliedro ilustrado
aqui, entretanto, não é um sólido
arquimediano pois as faces triangulares
não foram transformadas em hexágonos
regulares após o truncamento (Fig. 236).
Se o poliedro for oco, o truncamento
revela um recorte em cada vértice.
Estes recortes podem ser tratados de
modo especial para que as bordas não
sejam simples linhas retas (Fig. 237).
Formatos adicionais podem ser
formados nos vértices (Fig. 238).
246
DESENHO TRIDIMENSIONAL 303
CAPÍTULO 7: PLANOS
TRIANGULARES
Triângulos Eqüiláteros
“ê
Quatro triângulos ligados podem
formar um tetraedro completo (Fig. 261).
Cinco triângulos ligados podem
formar um tetraedro duplo no qual falta
uma face (Fig. 262).
308 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Triângulos Isósceles
O Sistema Octeto
277
278
31 2 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Juntas
Empilhamento de Unidades
Repetidas
Adição e Subtração
317
DESENHO TRIDIMENSIONAL 323
PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Variações e Possibilidades
326
32 6 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Gradação de Formato em
Construção de Camadas
Figura 333 - semelhante a figura 332, Figura 334 - esta contem vinte grupos
aqui também encontramos varinhas em ao todo, cada um construído por seis
rotação formando planos curvos, quatro varinhas em rotação e com
dos quais foram agrupados neste comprimentos gradativos. O formato
projeto. total deste projeto é um tetraedro.
333
DESENHO TRIDIMENSIONAL 329
334
335
330 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
Materiais e Construção
365
DESENHO TRIDIMENSIONAL 341
374
GLOSSÁRIO 3
profundidade em desenho de unidades de forma com um linhas estruturais que têm atributos
bidimensional. espaço gradualmente crescente ou de peso, cor e, provavelmente,
Espaço negativo. Espaço que não é decrescente entre elas em uma padrão ou textura.
preenchido ou ocupado. seqüência ordenada. Extremidade. O ponto final de uma
Espaço positivo. Espaço que é Estrutura de parede. Disposição de linha ou a parte superior ou inferior
ocupado por um formato unidades de forma tridimensionais de um prisma ou de um cilindro.
preenchido ou por uma forma para erigir um plano orientado Face. Um plano físico definido por
positiva. verticalmente. arestas e vértices em um sólido
Estrutura. Um modo de dispor Estrutura de radiação. Disposição tridimensional.
formas em uma ordem específica. de unidades de forma em rotação Figura. Formato ou forma positivos
Estrutura ativa. Uma estrutura com regular ou dilatação concêntrica. que ocupam espaço.
linhas estruturais que dividem Ver também Estrutura Centrífuga, Forma. Qualquer entidade visual que
ativamente o espaço em Estrutura Centrípeta e Estrutura compreenda todos os elementos
subdivisões estruturais restritivas e Concêntrica. visuais de formato, tamanho, cor e
que podem interceptar e cortar Estrutura de repetição. Disposição textura, sugerindo ou incorporando
formas. de formas de modo que estejam plano e/ou volume. Ver também
Estrutura centrífuga. Um tipo de todas vertical e horizontalmente Superunidade de forma e Unidade
estrutura de radiação com linhas eqüidistantes umas das outras. de forma.
estruturais que se irradiam em Estrutura de similaridade. Forma abstrata. Uma forma que não
todas as direções, a partir do Disposição de formas em faz referência a nenhuma coisa em
centro ou de sua vizinhança. subdivisões estruturais similares nosso meio cotidiano.
Estrutura centrípeta. Um tipo de mas não idênticas. Forma composta. Uma forma
estrutura de radiação construída Estrutura formal. Uma estrutura que estabelecida com diferentes
com grupos de linhas estruturais garante a disposição de unidades formas componentes que
dobradas ou curvas que exercem de forma para o estabelecimento permanecem distinguíveis.
pressão em direção ao centro. de uma composição formal Forma feita pelo homem. Uma
Estrutura concêntrica. Um tipo de mostrando determinado tipo de forma figurativa derivada de um
estrutura de radiação com regularidade. objeto ou de ambiente criado pelo
camadas de círculos ou polígonos Estrutura inativa. Uma estrutura homem.
concêntricos como linhas usada apenas para orientar o Forma figurativa. Uma forma que
estruturais que circundam um posicionamento de formatos ou representa algo que existe em
centro comum. formas em uma composição. nosso ambiente cotidiano.
Estrutura de concentração. Estrutura informal. Disposição de Forma natural. Uma forma figurativa
Disposição de formatos ou formas formatos ou formas para alcançar derivada de qualquer organismo
com concentração ocorrendo em um efeito determinado de contraste vivo, planta, objeto inanimado ou
pontos, linhas ou áreas ou de concentração, mostrando coisa que exista no mundo natural.
predeterminados para obter uma algum tipo de irregularidade. Forma negativa. Um formato oco
composição semiformal. Estrutura invisível. Uma estrutura circundado por áreas totalmente
Estrutura de contraste. Disposição que não exibe nenhuma linha preenchidas.
de formatos ou formas para obter estrutural visível. Forma plana. Uma forma que é fina
efeitos de contraste em direção, Estrutura poliédrica. Uma estrutura como papel, sem espessura
posição, espaço ou gravidade a tridimensional com disposição significativa.
fim de estabelecer uma regular de vértices, arestas e faces Forma plural. Uma forma
composição informal. repetitivos. estabelecida com unidades de
Estrutura de gradação. Disposição Estrutura visível. Uma estrutura com forma repetidas.
GLOSSÁRIO 3
Forma positiva. Uma forma que é Gravidade. Peso ou leveza de uma Multiplicação. A criação de múltiplas
preenchida com cor, padrão e/ou forma mostrando os efeitos de cópias de uma forma.
textura e que ocupa espaço. instabilidade e movimento ou de Padrão. Unidades de forma que
Forma singular. Uma forma com estabilidade e equilíbrio. cobrem uma superfície com
componentes totalmente Interpenetração. Uma situação de absoluta regularidade.
integrados que não podem ser formas superpostas em que a área Padrão de gradação. A ordem de
diferenciados individualmente. de superposição se torna uma disposição ou distribuição de
Forma verbal. Uma forma baseada forma negativa ou exibe uma cor unidades de forma em gradação.
na linguagem escrita, como diferente. Peso. Atributo dado a uma linha que
caracteres, letras, palavras e Interseção. Uma situação de formas ajuda a estabelecer a sua largura.
números. superpostas em que apenas a Plano. A superfície que cobre o
Formato. As características de uma área de superposição é visível. espaço definido pelo contorno de
linha ou de um plano, ou a Inversão. Virar um formato para um formato. O plano também define
aparência de uma forma de estabelecer sua imagem especular. os limites externos de um volume.
determinado ângulo e distância. Linha. Uma trajetória traçada por um Plano da imagem. Um plano
Um formato plano é normalmente ponto ou uma série de pontos que transparente imaginário no interior
definido por um contorno que pode se movem, com um começo e um da moldura de referência que
ser preenchido com cor, padrão fim, ou com dois pontos de coincide exatamente com a
e/ou textura. O formato é o mais extremidade. Uma linha conceituai superfície física do papel ou de
importante dentre os elementos tem comprimento mas não tem qualquer outro material sobre o
visuais. Formato e forma são às largura. A linha, enquanto forma, qual formatos e formas são
vezes usados como sinônimos; tem ambos, comprimento e mostrados. Alguns dos formatos ou
porém o formato exclui todas as largura. A linha também forma a formas podem ser vistos como se
referências a tamanho, cor e borda de um plano. situados acima ou atrás do plano
textura, enquanto a forma engloba Linhas estruturais. Linhas, da imagem com efeitos de avanço
todos estes elementos. geralmente invisíveis, usadas para ou recuo no espaço.
Formato caligráfico. Um formato construir uma estrutura ou para fazer Planos em série. Uma série de
composto de linhas e traços feitos subdivisões para o posicionamento planos dispostos ordenadamente
livremente revelando os efeitos de de formas em uma composição. em uma fileira para sugerir uma
determinado instrumento. Malha. Pontos ou linhas forma volumétrica.
Formato geométrico. Um formato horizontais/verticais regularmente Poliedro. Um sólido geométrico
composto por linhas retas e/ou espaçados para o posicionamento composto por muitas faces.
arcos circulares. de formas em uma composição. Ponto. Uma marca que localiza a
Formato orgânico. Um formato Ver também Malha básica. posição para qualquer linha ou
composto por linhas curvas que Malha básica. Linhas horizontais e formato. Não tem comprimento ou
fluem suavemente. verticais eqüidistantes formando largura e não se pretende que seja
Fundo. Espaço negativo que ocupa o subdivisões quadradas idênticas visível. Em computação, um
vazio no segundo plano. em uma estrutura de repetição. formato minúsculo e compacto
Gradação. Mudança gradual de uma Moldura de referência. A borda visível ao olho.
série de unidades de forma em circundante de uma composição. Posição. Localização de formatos ou
uma seqüência ordenada. Esta pode ser a margem do papel formas em locais específicos no
Gradações de formato, tamanho, que contém o desenho ou uma interior de uma moldura de
cor, textura, direção e posição moldura linear especialmente referência.
podem ser afetadas em separado traçada para definir a área do Preenchimento. Cor, padrão ou
ou em combinação. desenho. textura que ocupam o interior de
348 PRINCÍPIOS DE FORMA E DESENHO
um formato cujo contorno é sua imagem especular em uma podem ser ligeiramente irregulares
limitado por uma trajetória fechada. disposição bilateral. ou totalmente regulares, formando
Prisma. Uma estrutura tridimensional Similaridade. Relação entre formas um padrão.
alongada com seções transversais que se parecem umas às outras Textura tátil. Textura que pode ser
angulares. em formato. Formas similares sentida com as mãos.
Profundidade. Uma ilusão de podem variar em tamanho, cor, Textura visual. Textura que pode ser
espaço profundo, recuado por trás textura, direção e/ou posição. vista pelo olhar mas não pode ser
do plano da imagem. Subdivisão estrutural. Uma célula sentida com as mãos.
Radiação. Rotação de unidades de espacial bidimensional feita por Trajetória. Ligação linear reta ou
forma em torno de um centro linhas estruturais em uma curva entre pontos. Uma trajetória
comum para obter um efeito estrutura. se torna uma linha visível com
radiado. Subtração. Uma situação de atributos de peso e cor.
Repetição. O uso repetido de uma superposição de uma forma Trajetória aberta. Uma trajetória com
forma. Em geral, a repetição positiva por uma negativa, para pontos de extremidade que não
de uma forma inclui a repetição de que uma porção da forma positiva estão unidos.
seu formato, tamanho, cor e seja removida, revelando mais Trajetória de gradação. O modo
textura - assim como de sua área do segundo plano. como uma unidade de forma muda
direção, posição, espaço e Subunidade de forma. Componente gradualmente em formato,
gravidade porém a repetição repetitivo de uma unidade de tamanho, cor, direção e/ou
pode se restringir ao formato ou a forma. posição.
qualquer elemento específico, Superfície. Plano cobrindo o interior Trajetória fechada. Uma trajetória
com variações dos demais do contorno de um formato. que se fecha completamente, não
elementos. Superposição. Uma situação de tendo nenhum ponto de término.
Rotação. Mudança de direção de formas em que uma esconde Translação. Mudança de posição de
uma forma. parcialmente a outra. um formato sem alterar sua
Segundo plano. O espaço vazio por Superunidade de forma. Um grupo direção.
trás de todas as formas positivas de unidades mais ou menos União. Fusão de formas superpostas
em desenho bidimensional. relacionadas usadas criando uma forma maior.
Formatos escondidos por trás de repetidamente em uma Unidade de forma. Uma forma
outros formatos às vezes também composição. usada repetidamente em uma
formam parte do fundo. Tamanho. As dimensões de uma composição. Ver também
Seqüência. Repetição de unidades forma ou sua grandeza ou Subunidade de forma e
de forma em uma ou mais pequenez relativas. Superunidade de forma.
direções. A seqüência em dois Tema. Conteúdo reconhecível em Vértice. Convergência de arestas e
sentidos estabelece uma margem. uma forma figurativa. faces em uma estrutura
As seqüências em quatro e seis Textura. Marcas ou formatos tridimensional, formando uma
sentidos estabelecem um padrão minúsculos distribuídos de modo ponta saliente.
estampado. bastante homogêneo que cobrem Volume. Espaço tridimensional
Simetria. Um formato ou forma com a superfície de uma figura. Estes fechado por planos.
ÍNDICE 3
179, 216, 223, 230, 232, 238, aberta 23 unidade 61, 71, 109, 188, 284
241,243, 246, 284 clipping 30 unir 26, 159
decorativa 119, 121 fechada 24, 26, 34
espontânea 119, 121 transfiguração 99, 181 V
mecânica 119 transformação 37, 101, 167, 246,
natural 122-3 303 vértice 245, 287, 294,-301, 303-4,
organizada 122 translação 192, 208 306, 310, 312-3, 322, 334, 341,
tátil 119, 122-3 343
visual 119, 121 U vista 237-40, 258, 262, 279, 285,
tom 18, 23, 223 292, 294-7
trajetória 18, 20, 22-6, 30, 32, 36, união 49, 53, 61, 69, 77, 94, 111, volume 42, 47, 129, 143-6, 168,
241 127, 275 183, 241-3, 247, 249