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Resumo
A dor cervical é ocasionada na maioria das vezes por alterações mecânico-posturais. Dentre
diferentes técnicas a quiropraxia como método de terapia manual vem sendo utilizada por
fisioterapeutas no Brasil. O presente trabalho tem como objetivo realizar um levantamento
bibliográfico sobre a aplicação da terapia manual, mas precisamente a quiropraxia, como
forma de amenizar dores da coluna cervical. A metodologia utilizada foi a pesquisa
bibliográfica, tendo como base as vertentes teóricas de vários autores que escreveram sobre
o assunto. Os resultados indicam que a Quiropraxia, que se dedica ao diagnóstico,
tratamento e prevenção de alterações do sistema músculo-esquelético e os efeitos destas
sobre o sistema nervoso e a saúde em geral, sem uso de drogas ou cirurgia, tem sido indicada
como coadjuvante no tratamento da cervicalgia, aumentando a preservação da saúde, com
redução da dor e do desconforto. Portanto, a técnica supracitada mostrou-se ser eficaz no
tratamento da dor cervical, sendo necessária a realização de maior número de ensaios
clínicos controlados e aleatórios envolvendo a quiropraxia, principalmente nas hérnias de
disco, bem como a utilização de métodos de avaliação mais fidedignos, a fim de comprovar
os seus reais efeitos.
Palavras-chave:Coluna vertebral;Cervicalgia; Quiropraxia.
1. Introdução
Segundo a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), (2009), Cervicalgia é um
problema comum em todo o mundo, pelo menos no mundo industrializado, e constitui causa
importante de incapacidade. O pescoço controla os movimentos da cabeça em relação ao resto
do corpo. Uma vez que os olhos e os órgãos vestibulares são localizados na cabeça,
informações vindas dos mecanorreceptores das estruturas do pescoço são cruciais para
interpretar os dados vestibulares e para controlar as funções motoras que dependem das
informações visuais. A cervicalgia pode, assim sendo, ter profundas consequências.
O paciente com cervicalgia adota uma postura de rigidez quantos aos movimentos além de
alteração na mobilidade do pescoço referindo dor a palpação da musculatura do pescoço e
ombro com irradiação para membros superiores nos casos grave (MOORE, 2001).
Geralmente o paciente apresenta dor de leve a moderada, com sensação de cansaço,
parestesia, sensibilidade e paresia desencadeado pelas alterações neurológicas, atenuando com
fraqueza muscular geralmente progressiva. São comuns alterações nos reflexos de inserções
dos grupos musculares envolvidos, como punho, ombro e cotovelo (KNOPLICH, 1999;
PETERSON, 2002).
Visando o melhor conforto do paciente com cervicalgia, a quiropraxia se mostra como uma
forma de melhorar o condicionamento muscular, pois a terapia trabalha com estímulo do
sistema nervoso promovendo interação com demais organismos envolvidos na dor.
Segundo Sobral et al. (2010), as cervicalgias são comuns em diversas faixas etárias de ambos
os sexos, possuindo elevada predominância nas síndromes dolorosas corporais, sendo a
segunda maior causa de dor na coluna vertebral, perdendo apenas para a dor lombar. A
cervicalgia acomete um número considerável de indivíduos, com média de 12% a 34% da
população adulta em alguma fase da vida, com maior incidência no sexo feminino, trazendo
prejuízos nas suas atividades de vida diária. Esta doença raramente se inicia de maneira
súbita, em geral pode estar relacionada com movimentos bruscos, longa permanência em
posição forçada, esforço ou trauma.
De acordo com Viscaíno(2006), os fatores etiológicos das cervicalgias podem ser:
- Processos inflamatórios: artrite reumatoide ou espondilite anquilosante;
- Transtornos estáticos congênitos: costela suplementaria ou vértebra supernumeraria ou
cuneiforme situada bacia D1-D2-D3;
- Alterações da estática adquiridos: cifolordose ou dorso plano;
- Fatores mecânicos: traumatismos diretos ou indiretos, bruscos, movimentos que não são
executados com a coordenação precisa e posturas incorretas;
- Fatores fisiológicos: alterações vasculares.
- Fatores psíquicos: supervalorização desta dor.
A quiropraxia baseia-se em técnicas de ajustes quiropráxicos, que devolvem os movimentos
artrocinemáticos, micro movimentos normais à coluna vertebral, reduzindo a compressão
neural responsável pela sintomatologia dolorosa daquele determinado dermatómo.
O estudo da quiropraxia iniciou em 1895 comD.D. Palmer, formando especialista no estado
de Iowa, nos Estados Unidos da América em 1897.
O termo “Quiropraxia”, derivado de duas raízes gregas: Quiro - mãos e Praxis - praticar
“praticar com as mãos”, é atribuído a D.D. Palmer e lhe foi dado por um paciente o
Reverendo Samuel Weed(PETERSON, 2002).
D.D Palmer incluiu em seu estudo de mobilização para descompressão articular, métodos da
osteopatia e acrescentou manipulações inventadas por ele próprio. Em sua formação médica
nos Estados Unidos, houve uma grande reforma na medicina baseada em evidência, o que
permitiu em 1987 a primeira escola de quiropraxia, sendo que logo em seguida no ano de
1905 houvesse o licenciamento da prática na área de saúde. Com o passar dos anos o
governos dos Estados Unidos promoviam financiamento para a prática da quiropraxia como
benefícios na preservação da saúde humana (FRISCH, 2005).
No Brasil, os primeiros profissionais formados nos Estados Unidos, utilizaram a prática da
quiropraxia a partir da década de 80 e 90. Mas foi em 1998, que houve através do programa
Feevale, a preocupação de formação em docência da pratica quiropráxica. Dois anos depois
duas faculdades iniciaram atividades na graduação, autorizadas pelo MEC.
Atualmente existe um Projeto de Lei 4199/2001 que prevê a regulamentação da quiropraxia
no Brasil, a exemplo que acontece no restante do mundo, de acordo com as recomendações da
OMS, por já ter tramitado por todas as comissões de mérito, encontra-se pronto pauta do
Plenário da Câmara dos Deputados em Brasília.
O alicerce do tratamento é com uma boa anamnese detectar o ponto de etiologia da dor como
forma de interferir na ação neurológica que provoque a dor, realizando descompressão,
facilitação de movimento e relaxamento. Com isso, este tipo de terapia manual deve-se
utilizar métodos diagnósticos que investiguem a etiologia, patogênese, envolvimento
mecânico da dor, atuando assim na neurofisiologia musculoesquelética da coluna cervical,
bem como a articulações do cíngulo do membro superior, e articulações atlanto occipital
(FRISCH, 2005).
Segundo Souza (2006), a quiropraxia na região cervical apresenta ótimos resultados e
rapidamente, pois é uma região que faz movimentos de flexão, extensão, rotação, inclinação;
e quando uma vértebra não se articula bem com a outra, limita o movimento e ocorre uma
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2. A Coluna Vertebral
A coluna vertebral compõe 20% do peso corporal total, além de ter a como composição de
tecido conjuntivo e vértebras, que estão sobrepostas em forma de uma coluna. A coluna
vertebral é constituída por 24 vértebras, sacro, cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno
e costelas, o esqueleto axial (KNOPLICH, 1999).
A coluna vertebral é uma série de ossos individuais, chamados vértebras que, ao serem
articulados, constituem o eixo central esquelético do corpo. A coluna vertebral é flexível,
porque as vértebras são móveis, mas a sua estabilidade depende principalmente dos músculos
e ligamentos (MOORE, 2001).
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 20ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Figura 1 - Visão Geral da coluna vertebral.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 20ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Figura 2 - Vértebra cervical.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.20ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Figura 3 - Atlas vista superior.
De acordo Watkins (2001), oáxis apresenta um corpo vertebral cuja face superior recebe no
seu centro a apófise odontóide, também denominado processo odontóide, e que servede pivô
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para a articulação atlanto-axial; esta face superior também dá suporte aduas faces articulares
como se fossem ombreiras, que sobressaem lateralmente para fora do corpo vertebral e estão
orientadas para cima e para fora; elas são convexas de diante para trás e planas
transversalmente. O arco posterior está constituído por duas lâminas estreitas, oblíquas para
trás e para dentro. A apófise espinhosa comporta dois tubérculos, como os restos das
espinhosas cervicais. Por debaixo do pedículo se fixam as apófises articulares inferiores com
as suas faces articulares cartilaginosas orientadas para baixo e para diante e que searticulam
com as facetas articulares superiores da terceira cervical. As apófises transversas apresentam
um orifício vertical pelo qual ascende à artéria vertebral. Não existe articulação intervertebral
entre o atlas e o áxis, mas existe um pivôentre a apófise odontóide do áxis e o arco anterior do
atlas. Em outros aspectos, as ligações entre o Atlas e o áxis são similares àquelas encontradas
entre outrasvértebra.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.20ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Figura 4 – Áxis vista posterior.
As demais vértebras cervicais são consideradas típicas, sendo similares àterceira vértebra
cervical, exceto a sétima vértebra cujo corpo é maior que o dasoutras vértebras cervicais; o
processo espinhoso é longo e saliente, o que deu origem ao nome de vértebra proeminente. O
forame transverso é menor e por ele não passa a artéria vertebral (SALTER, 2011).
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.20ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Figura 5 – Sétima vértebra cervical.
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3.3. Palpação
Através da palpação com a manobra de compressão com o polegar e a mão espalmada sob a
pele, podemos avaliar se há dor ao toque do pescoço, cintura escapular. Neste caso o paciente
pode estar sentado ou em decúbito ventral(FIGUEIRÓ, 2000).
Á palpação, os músculos posteriores se acham tensos; os movimentos do pescoço são
geralmente limitados em todas as direções exceto extensão (GONZALEZ, 2006). A dor pode
ter intensidade menor quando o paciente está deitado, mas tende a estar presente
independentemente da posição que ele assume.
3.4. Forca muscular
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A forca muscular é testada com imposição de resistência na mobilização articular, tem como
objetivo a detecção de desequilíbrio e deformidades através da cinética muscular em produzir
forca.
Assim como este teste, podemos observar a flexibilidade e grau de amplitude muscular,
observando o cumprimento do músculo que pode estar normal ou aumentado.
O fisioterapeuta pode testar a coluna vertebral através de flexão e extensão do cotovelo,
colocando resistência contra o movimento(GONZALEZ, 2006).
Para testar preensão deve-se solicitar que o paciente aperte os dedos o mais forte que puder.
4. Cervicalgia
A dor na coluna cervical acomete a região posterior do pescoço, podendo sofrer irradiação
para os membros superiores ou ser localizada.
Apesar de ser menos comum que a dor na região lombar, acredita-se que 60% da população
terá pelo menos um quadro de cervicalgia no ano, o que faz a dor ser frequente. Assim se
torna de alta incidência, principalmente em idosos e mulheres. (SHIKAMURA, 2005).
Com a tensão muscular ocorre uma inflamação, gerando fibrose, encurtamentos e restrição,
conhecida como fibrosite levando a uma enorme rigidez em áreas do pescoço e dorso, caso
haja a formação de trigger points significa intensa reação nodular inflamatória
(KNOPLICH,2006).
Como fator de risco para o início da dor, podemos incluir o sexo feminino, faixa etária
avançada, trauma, principalmente nos acidentes de automóveis que tem grande prevalência a
traumatização da coluna pelo movimento de “chicote” do cinto de segurança.
Como fatores iniciantes da dor podemos destacar o início do quadro a partir de uma causa
específica, como doenças e fraturas de ossos cervicais, uma possível infecção articular,
tumores, doenças reumatológicas. Todas essas causas acima citadas podem envolver e
modificar a estrutura da coluna cervical e assim levando a umquadro álgico.
Quando a dor é inespecífica, sabemos que tem inicio na coluna, porém não se sabe ao certo a
etiologia, pois ao ser realizado exames diagnósticos não são encontrados doenças acometidas
(COSTA, 2004; SULLIVAN, 2008).
Pessoas com dor na coluna cervical adquirem uma postura de defesa, com rigidez na
movimentação, o que faz alterar a mobilidade da articulação envolvida. Se formos realizar
uma palpação, o paciente irá referir dor leve e sensação de fadiga muscular. O membro
superior é afetado com alteração na sensibilidade e diminuição da forca
muscular(KNOPLICH,2006).
Alterações neurológicas como parestesia, podem ser desencadeadas com a evolução do
quadro álgico. Quando ocorre alteração nos reflexos de inserções musculares do ombro e
punho, podemos diagnosticar como afecção crônica e grave.
Outro aspecto a ser levado em consideração, segundo os comentários do autor:
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5. Tratamento da Cervicalgia
Na ortopedia o tratamento se baseia no repouso, correção postural e analgesia. Como
tratamento auxiliar é acrescentado acupuntura, terapia de relaxamento muscular e fisioterapia.
Medidas como colar cervical podem ser abordadas por períodos pequenos, pois se a dor é
crônica o melhor tratamento é bloqueio terapêutico.
Na dor crônica o tratamento é mais complexo. Necessitam-se de profissionais de várias áreas
com a introdução de medicamentos opióides, relaxantes musculares e neuromoduladores.
Podemos inserir terapia física, terapia manual, terapia nutricional e até mesmo terapia
psicológica (FONSECA, 2004; PETER, 2005).
Em pacientes graves podem ser utilizados procedimentos invasivos com bloqueio anestésico
ou inserção de toxina botulínica, radiculotomia em últimos casos.
O profissional da fisioterapia está habilitado para escolher o tratamento, que inclui exercícios
para flexibilidade, ganho de forca muscular e ADM. Podendo acrescentar crioterapia, TENS,
FES, tração, massagem (FONSECA, 2004).
Outra forma complementar é avaliando o ambiente de trabalho do paciente, pois se sabe que a
dor crônica é gerada por lesões do esforço repetitivo.
Com a terapia Manual são realizadas descompressões dinâmicas, com estabilização vertebral,
tração, exercícios musculares sempre com objetivo de aumentar o grau de mobilidade
articular, descomprimir o disco vertebral e facetas articulares, assim o nervo ganha espaço
para não mais gerar dor (FONSECA, 2004; PETER, 2005).
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Nas premissas de David (2012), a Quiropraxia é a disciplina dentro das artes naturais ligadas
à saúde, que se preocupa com a etiologia, patogênese, terapêutica e profilaxia dos distúrbios
funcionais, estados patomecânicos, síndromes de dor e outros efeitos neurofisiológicos
relacionados com a estática e a dinâmica do sistema neuro-músculo-esqueletal, relacionados a
todas as articulações axiais apendiculares e crânio-faciais.
7. Metodologia
Esta investigação caracterizou-se em um estudo bibliográfico em que se fundamentou através
de trabalhos coletados em artigos científicos de livros e da internet, pautando-se em obras
pesquisadas e publicadas a partir do ano de 1996 a 2012. Utilizando-se palavras- chave como
coluna vertebral, cervicalgia e quiropraxia. Portanto, foram selecionados apenas os artigos
que tinham relevância para o objetivo proposto.
8. Resultados e discussão
Segundo a revisão de literatura apresentada neste trabalho, com o objetivo de analisar, de
forma teórica, os resultados obtidos com o tratamento quiroprático em pacientes com
cervicalgia, pode-se verificar que a quiropraxia age na redução da dor na coluna cervical.
Como mostra os artigos revisados, em que os mesmos relatavam que os pacientes haviam se
tratado previamente por outro profissional que não o fisioterapeuta, onde não houve
resultados para alívio da dor, como descrito por Wood, 2001, em que um jovem de 32 anos de
idade, que relatava dor cervical grave, onde a Ressonância magnética tinha como laudo
protrusão discal entre C6 e C7 o mesmo foi avaliado e tratado tendo como escolha de terapia
manual a quiropraxia onde após dois meses de tratamento foi novamente avaliado utilizando
escala visual de dor, onde o mesmo referiu entre 0 a 10 uma escala de 3, havendo resposta
significativa após o tratamento. Com isso foi descartada a cirurgia.
Outras publicações, como Ernst 2007, relatam a quiropraxia como estudo na compressão
discal onde observou efeito em pacientes que tinham dores e diminuição do movimento.
Outro estudo similar, Lehman 2005 ressalta os benefícios em protrusão discal justificando a
redução álgica, além de sinais e sintomas após testes de função muscular.
No período de inter crise, Haledeman 2005 avaliou 27 pacientes em suas ações habituais e o
mesmo constatou que após a terapia 17 pacientes não mudavam o hábito de se exercitarem
entre os horários de trabalho, o que levavam a retornar as consultas para inserção da
quiropraxia.
Licciardone (2005) considera o tratamento quiroprático essencial para cervicalgia como relata
em seu artigo. Observou que em alguns casos é necessária a realização de um trabalho
multiprofissional, com o uso de exercícios fisioterápicos e o uso de anti-inflamatório.
Evidencia que a prática é problemática quando o paciente apresentar uma hérnia de disco e
um déficit neurológico, este paciente deve ser acompanhado por um especialista além do
quiropraxista. Se não tratada por profissional adequado pode se tornar prejudicial ao paciente,
pois pode levar ruptura de artéria vertebral, trombose até mesmo aneurisma.
Um artigo publicado por Giles (1999) relata que uma manipulação inadequada na região
cervical pode agravar sinais e sintomas como a radiculopatia e a mielopatia, podendo gerar
ainda a compressão da artéria vertebral.
Alguns quiropraxistas entendem como contra indicação a realização de ajustes na presença de
protrusão discal sintomatológica (CHERKIN, 2003).
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Mas como nenhum estudo de grande escala foi realizado a respeito dos índices de
complicação na manipulação cervical na presença na cervicalgia, o ajuste continua sendo
indicado, levando-se em conta a forma e a qualificação do profissional que realizará o
tratamento.
9. Conclusão
De acordo com o que foi abordado nesse artigo, conclui-se que a quiropraxia, a qual tem por
objetivo proporcionar a volta da mobilidade articular e a descompressão do disco, foi capaz de
promover a redução dos sinais e sintomas decorrentes de fatores patológicos que geram algia
para a coluna cervical, ocasionando melhora na qualidade de vida dos pacientes.
A quiropraxia tem sua principal atuação nos sintomas radiculares,cervicalgias e cefaléias
manifestados pelos pacientes. O diagnóstico e tratamento das algias da coluna cervical é um
desafio aos profissionais da área da saúde, logo, o ajuste, só deverá ser realizado mediante a
execução e análise da anamnese, exame físico e de imagem, evitando assim possíveis danos
aos pacientes.
Portanto, a Quiropraxia é benéfica no tratamento para o alivio das dores da coluna cervical,
quando utilizada com bom senso, pois em alguns casos é de suma importância o
acompanhamento de outros profissionais, além do quiropraxista e outros métodos como os
medicamentos, entre outros, para amenizar sinais e sintomas que não podem ser tratados
exclusivamente pela quiropraxia. Além disso, é importante mencionar que o profissional ao
aplicar esta técnica seja realmente qualificado e preparado para utilizar desse recurso a fim de
não comprometer a saúde do paciente.
Sugerem-se através dessa revisão bibliográfica melhores fundamentações sobre esta terapia
manual no tratamento da dor cervical, principalmente aquelas causadas por hérnia de disco,
por ser a afecção que mais acomete o sistema neurológico, visto que a quiropraxia atua mais
neste âmbito.
Assim com maiores fundamentações e abordagem da medicina baseada em evidência
poderíamos atuar mais ativamente na prática clínica, favorecendo a atenção global em saúde
dos pacientes no geral. Sendo a quiropraxia agregada aos procedimentos terapêuticos
convencionais.
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