PRÉ-CÁLCULO - COMPLEMENTO DE TRIGONOMETRIA - 2018.

Funções Trigonométricas Circulares Como já foi visto, dado um angulo  e um ponto P

da circunferência, associado a  , fazemos a
y
projeção desse ponto no eixo dos senos ( 0B ) e
B C G encontramos o ponto D. A medida 0D é o seno de
F  ou, simplesmente, sen( ) .
D P
y
A´  B
0 E A x
+ +
A´
0 A x
B´ - -

Consideremos um ciclo trigonométrico de origem A. B´

Para estudarmos as funções circulares, daremos
"nomes" aos quatro eixos desse ciclo: Assim, verificamos que:
0B  eixo dos senos;
 P Projeção no eixo dos senos sen( )
0 A  eixo dos cossenos;
0 P=A 0 00  0
AC  eixo das tangentes;

BC  eixo das cotangentes. P=B B 0B  1
2
Assim sendo, definimos:
 P=A´ 0 00  0
sen( )  0D ; cos( )  0E ; tg( )  AF ; 3
cot g( )  BG . 2
P=B´ B´ 0B´  1
2 P=A 0 00  0

Função Seno Podemos então escrever:

y
B  sen( )
0 0
D P 
 1
 2
sen( )
A´


  0
0 A x 3
2
1
2 0

Propriedades:
B´ a) Como a projeção do ponto P está no ciclo
trigonométrico, e este tem raio igual a 1, a imagem
da função seno é o intervalo [1,1] , isto é
1
 1  sen( )  1, (significa que essa função é Primeiramente, sabemos que  1  sen( )  1 , isto
limitada).    
é,  1  sen   1. Daí,  3  3sen   3 . Assim,
2 2
b) Nos 1o e 2o quadrantes, como a projeção de P
Im(f )  [3,3] .
está acima do eixo x, o seno é positivo;
equivalentemente, nos 3o e 4o quadrantes, a
projeção está abaixo do eixo x, logo o seno é Além disso, de maneira continuada, vamos fazer a
negativo. tabela dessa função:

c) Nos 1o e 4o quadrantes, à medida que o angulo

sen( ) x
cresce, o seno também cresce; logo a função é   x
crescente aí. Equivalentemente, nos 2o e 3o 2
quadrantes, o seno é decrescente. 0 0 0 0
 
1 
d) Como, a partir de 2 (uma volta inteira no ciclo), 2 2
o seno se repete, a função é periódica de período  0  2
2 . 3 3
1 3
2 2
e) D(f )  R . 2 0 2 4

Vamos, então, esboçar o gráfico da função x x

sen  x 3.sen 
f : R  [1,1] 2 2
, chamado senoide.
x  f ( x)  senx 0 0 0
1  3
2
y

 0 0
1 3 3
4

0 0



Verificamos, então, que o período dessa função é
4 4  0 . Utilizando a última tabela, o gráfico


x
tem a forma:
         
 y








 

 

         

Podemos notar que a função seno é uma função 

ímpar, isto é, sen( x)   sen( x) (seu gráfico é



simétrico em relação à origem).



Exemplo: 

x
Esboçar um período da função y  3sen  ,
2


determinando sua imagem.

Função Cosseno
y
B

2
A´ 
0  
cos( ) E A x
  1  cos( )  1, (significa que essa função é
limitada).

b) Nos 1o e 4o quadrantes, como a projeção de P

está à direita da origem, o cosseno é positivo;
equivalentemente, nos 2o e 3o quadrantes, a
projeção está à esquerda da origem, logo o cosseno
é negativo.

Como já foi visto, dado um angulo  e um ponto P c) Nos 3o e 4o quadrantes, o cosseno é crescente e
da circunferência, associado a  , fazemos a nos 1o e 2o quadrantes, o cosseno é decrescente.
projeção desse ponto no eixo dos cossenos ( 0 A ) e
d) Como, a partir de 2 (uma volta inteira no ciclo),
encontramos o ponto E. A medida 0E é o cosseno
o cosseno se repete, a função é periódica de período
de  ou, simplesmente, cos( ) .
2 .
y
B e) D(f )  R .

Vamos, então, esboçar o gráfico da função

- + f : R  [1,1]
A´ , chamado cossenoide.
0 x  f( x)  cos x
A x
y
- +

B´


Assim, verificamos que:

Projeção no eixo dos

 P cos( ) x

cossenos    

0 P=A 0 0A  1

P=B B 00  0
2 

 P=A´ 0 0 A´  1
3
2
P=B´ B´ 00  0
2 P=A 0 0A  1
Podemos notar que a função cosseno é uma função
Podemos então escrever: par, isto é, cos( x)  cos(x) (seu gráfico é simétrico
em relação ao eixo das ordenadas).
 cos( )
0 1 Exemplo:
 1  
0 Esboçar um período da função y  cos 2x   ,
2 4  4
 1 determinando sua imagem.
3
2
0
Primeiramente, sabemos que  1  cos( )  1, isto
2 1
 
é,  1 cos 2x    1. Daí,
Propriedades:  4
a) Como a projeção do ponto P está no ciclo 1 1   1  1 1
  cos 2x    . Assim, Im(f )   , 
trigonométrico, e este tem raio igual a 1, a imagem 4 4  4 4  4 4
da função cosseno é o intervalo [1,1] , isto é .

3
Além disso, de maneira continuada, vamos fazer a Como já foi visto, dado um angulo  e um ponto P
tabela dessa função: da circunferência, associado a  , estendemos a reta
OP até encontrar o eixo das tangentes ( AF ) e
cos( ) 
   2x  x encontramos o ponto F. A medida AF é a tangente
4 de  ou, simplesmente, tg( ) .

0 1 0
8 y
  3 B
0
2 2 8
5 - +
 1 
8 A´
3 3 7 0 A x
2
0 2 8 + -
9
2 1 2
8 B´

  1  
cos 2x   x  cos 2x   Assim, verificamos que:
 4 4  4
 1
1
8 4
3
0 0
8
5 1
1 
8 4
7
0 0
8
9 1
1
8 4

Verificamos, então, que o período dessa função é 

 9    P Ponto F tg( )
   . Utilizando a última tabela, o gráfico tem
 8 8 0 P=A A AA  0
a forma: 
P=B  
y 2
 P=A´ A AA  0
 3
P=B´  
2
2 P=A A AA  0


Podemos então escrever:

x

    

 tg( )
0 0



2

 0
3

2
2 0
Função Tangente y
B 4
F
P 
 
Repare que, de 0 a , a tangente vai crescendo até
2 Podemos notar que a função tangente é uma função
a reta ficar paralela ao eixo das tangentes, o mesmo ímpar, isto é, tg( x)  tg( x) (seu gráfico é
 simétrico em relação à origem).
acontecendo de  a 3 ; de  a , assim como de
2 2
3 Exemplo:
0a (no sentido horário), a tangente é sempre  
2 Esboçar um período da função y  2tg x   ,
negativa e vai se tornando cada vez menor, até a  4
reta ficar paralela ao eixo das tangentes também. determinando sua imagem.

Propriedades: Primeiramente, sabemos que Im(f )  R .

a) Como o eixo das tangentes é tangente ao ciclo
trigonométrico, a tg( ) pode assumir qualquer valor Além disso, de maneira continuada, vamos fazer a
real, isto é, Im(f )  R (significa que essa função não tabela dessa função:
é limitada).

o o  tg( )  x x
b) Nos 1 e 3 quadrantes, como a projeção de F 4
acima do ponto A, a tangente é positiva; 
equivalentemente, nos 2o e 4o quadrantes, a   
2   
tangente é negativa. 2 4

c) A função é monótona crescente, isto é, cresce em 0 0 0
4
todo o seu domínio.
  3

d) Como, a partir de  , a tangente se repete, a 2 2 4
função é periódica de período  .
   
tg x   2.tg x  
    4 x  4
e) D(f )  x  R x   k , k  Z  .
 2 

  
Vamos, então, esboçar o gráfico da função 4
f : AR  R 
, onde 0 0
x  f ( x)  tgx 4
   3
A  x  R x   k , k  Z  chamado  
2 4
 
tangentoide.
Verificamos, então, que o período dessa função é  .

y Utilizando a última tabela, o gráfico tem a forma:
y











x

      

            














5
  cot g( )
0 

0
2
 
3
2
0
2 


Função Cotangente Repare que, de a 0 , a cotangente vai crescendo
y 2
cot g( )
B 
   G até a reta ficar paralela ao eixo das cotangentes, o
3
mesmo acontecendo de a  (no sentido
P 2
 3
horário); de a  , assim como de a 2 , a
 2 2
A´
0 A tangente é sempre negativa e vai se tornando cada
x
vez menor, até a reta ficar paralela ao eixo das
tangentes também.

Propriedades:
B´ a) Como o eixo das cotangentes é tangente ao ciclo
Como já foi visto, dado um angulo  e um ponto P trigonométrico, a cot g( ) pode assumir qualquer
da circunferência, associado a  , estendemos a reta valor real, isto é, Im(f )  R (significa que essa
OP até encontrar o eixo das cotangentes ( BG ) e função não é limitada).
encontramos o ponto G. A medida BG é a
cotangente de  ou, simplesmente, co tg( ) . b) Nos 1o e 3o quadrantes, como o ponto G está à
direita do ponto B, a cotangente é positiva;
y equivalentemente, nos 2o e 4o quadrantes, a
B cotangente é negativa.

c) A função é monótona decrescente, isto é,

- +
decresce em todo o seu domínio.
A´
0 A x d) Como, a partir de  , a cotangente se repete, a
+ - função é periódica de período  .

B´ e) D(f )  x  R x  k , k  Z .

Assim, verificamos que: Vamos, então, esboçar o gráfico da função

f : AR  R
, onde
 P Ponto G cot g( ) x  f( x)  cot gx
0 P=A   A  x  R x  k , k  Z chamado cotangentoide.

P=B B BB  0 y
2


P=A´  
3 

2
P=B´ B´ BB´  0


2 P=A  


Podemos então escrever: 

           6





Podemos notar que a função cotangente é uma
função ímpar, isto é, cot g( x)   cot g( x) (seu Função Secante e Função Cossecante
gráfico é simétrico em relação à origem).
y
S
Exemplo: 
B P
2   
Esboçar um período da função y  cot g 3x   , 
5  4 cos sec( )
determinando sua imagem. 

 
A´  R
A
0  
Primeiramente, sabemos que Im(f )  R . sec( )
x

Além disso, de maneira continuada, vamos fazer a

tabela dessa função:
B´

 cot g( )   3x  x
4
 sec( ) y cos sec( ) y
0  0  B B
12
  
0 - + + +
2 2 12
 A´ A´
   0 A x 0 A x
4 - -
- -

 
cot g 3x   2   B´ B´
 4 x . cot g 3x  
5  4

 Essas duas últimas funções, diferentemente das

   outras funções trigonométricas, tem um eixo móvel,
12
isto é, para cada ponto P da circunferência, traçamos

0 0 a reta tangente a ela no ponto P. Essa reta corta o
12 eixo dos cossenos no ponto R e o eixo dos senos no

  ponto S. A medida 0R é denominada secante de 
4
ou, simplesmente sec( ) , e a medida 0 S é
Verificamos, então, que o período dessa função é denominada cossecante de  ou, simplesmente,
 cos sec( ) .
. Utilizando a última tabela, o gráfico tem a forma:
3
Assim, verificamos que:
y

 sec( ) Ponto
P Ponto R cos sec( )
 S
0 P=A A 1  


7
x

    


   
  A  x  R x   k , k  Z  chamado
2 P=B B 1  2 
secantoide.

P=A´ A´ -1  
3
2 P=B´   B´ -1

2
P=A A 1  

Podemos então escrever:

y

 sec( ) cos sec  )


0 1 

 1 
2

 -1 
3
 -1
2 x

2 1  
 

 

 
Repare que, de 0 a , a secante vai crescendo até 
2
a reta ficar paralela ao eixo dos cossenos, o mesmo

acontecendo de 0 a  (no sentido horário); de 
2

 a (no sentido horário), assim como de  a Podemos notar que a função secante é uma função
2
par, isto é, sec( x)  sec( x) (seu gráfico é simétrico
3
, a secante é sempre negativa e vai se tornando em relação ao eixo das ordenadas).
2
cada vez menor, até a reta ficar paralela ao eixo dos
Vamos esboçar o gráfico da função
cossenos também.
f : AR  BR
, onde
Faça essa análise para a função cossecante. x  f ( x)  cos sec x
A  x  R x  k , k  Z chamado cossecantoide.
Propriedades:
a) O domínio da função secante é y
  
D(f )  x  R x   k , k  Z  e o da função
 2  

cossecante é D(f )  x  R x  k , k  Z .


b) ambas as funções têm como imagem
Im(f )  R  (1,1) . x
  
 
c) As duas funções são periódicas de período 2 .   


Vamos, então, esboçar o gráfico da função
f : AR  BR
, onde 
x  f( x)  sec x

8
Podemos notar que a função cossecante é uma
função ímpar, isto é, cos sec( x)   cos sec( x)
(seu gráfico é simétrico em relação à origem).

Exemplos:
 
Esboçar um período da função y  3 sec 2x   ,
 3
determinando seu domínio e sua imagem.

De maneira continuada, vamos fazer a tabela desta

função:


 sec( )   2x  x
3 Relações Fundamentais
 5
  
2   12 Relação trigonométrica fundamental:
2
sen2  cos2   1

0 1 0 
6 Outras relações:
  

2 2 12 sen
a) tg 
 cos 
 1  cos  1
3 b) cot g  
3 sen tg
3 7
2  1
2 12 c) sec  
cos 
1
d) cos sec  
    sen
sec 2x   x 3  sec 2x  
 3  3 2 2
e) sec   tg   1
5 f) cos sec2   cot g2  1
  
12
 Adição de Arcos
1  3
6
 sen(a  b)  sena. cos b  senb. cos a
 
12 sen(a  b)  sena. cos b  senb. cos a
 cos(a  b)  cos a. cos b  sena.senb
1 3
3 cos(a  b)  cos a. cos b  sena.senb
7 sen(2a)  sen(a  a)  2.sena. cos b
 
12
cos(2a)  cos(a  a)  cos2 a  sen2a
Verificamos, então, que o período dessa função é  . tga  tgb
tg(a  b) 
O domínio da função é 1 tga.tgb
  k  tga  tgb
D(f )  x  R | x   ; k  Z . tg(a  b) 
 2 2  1 tga.tgb
A imagem da função é Im(f )  R  (3,3) .
Utilizando a última tabela, o gráfico tem a forma:





9




10