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DÉBORA LEONHARDT
Lajeado
2010
DÉBORA LEONHARDT
BDU – Biblioteca Digital da UNIVATES (http://www.univates.br/bdu)
Lajeado
2010
DÉBORA LEONHARDT
BDU – Biblioteca Digital da UNIVATES (http://www.univates.br/bdu)
Banca Examinadora:
O Brasil vem enfrentando um grande problema com a destinação dos resíduos sólidos
gerados, onde a urbanização e o aumento do poder aquisitivo da população ocasionam o
aumento no consumo de bens duráveis e não duráveis e consequentemente o aumento
significativo da quantidade de resíduos sólidos. Os resíduos sólidos por sua vez, podem ser
oriundos de atividades domésticas, industriais, hospitalares, de obras civis e inúmeras outras
atividades que gerem resíduos. O presente trabalho realizará um diagnóstico dos resíduos de
Construção Civil recolhidos por caçambas de tele-entulho no Município de Lajeado - RS.
Para a realização deste diagnóstico será analisado o equivalente a 20% da produção mensal
destes resíduos, o que corresponde a 70 cargas. A análise consiste em classificar os Resíduos
da Construção Civil nas classes A, B, C e D, conforme a Resolução 307 do CONAMA -
(Conselho Nacional do Meio Ambiente). Após a análise dos resíduos de construção civil
gerados no município, pretende-se propor a melhor alternativa de disposição final para este
tipo de resíduo. Mesmo que os resíduos da construção civil não sejam considerados resíduos
significativamente perigosos pela sua composição, apresentam inúmeros problemas e
impactos ambientais devido ao seu volume e a variedade de subprodutos utilizados no ramo
da construção civil.
Brazil is facing a big problem with the disposal of solid waste, where the urbanization
and the increase of purchasing power of the population cause the increase of
consumption of durable and nondurable goods and consequently the significantly
increase of solid waste. Solid waste may be generated by domestic, industrial and
medical activities and also constructions and many other activities that generate waste.
This study will perform a diagnostic of construction waste collected by containers in
the City of Lajeado - RS. To perform this diagnostic it will be analyzed the equivalent
of 20% of the monthly production of these wastes, which corresponds to 70
containers. The analysis consists in classify the construction waste in classes A, B, C
and D according to Resolution 307 of CONAMA - (National Council of
Environment). After the analysis of construction waste generated in the city, we intend
to propose the best alternative to disposal it. Even if the construction wastes are not
considered dangerous, they represent several problems and environmental impacts due
to volume and quantity of byproducts used in the construction industry.
%: por cento
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
APP: Área de Preservação Permanente
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONSEMA: Conselho Estadual do Meio Ambiente
CO2: Dióxido de Carbono
EUA: Estados Unidos da América
hab: Habitante
kg: quilograma
m²: metros quadrados
m3: metros cúbicos
NBR: Norma Brasileira
pH: Potencial Hidrogeniônico
PIB: Produto Interno Bruto
PNRS: Política Nacional dos Resíduos Sólidos
RCC: Resíduos da Construção Civil
RCPA: Resource Conservation and Recoverin
RS: Rio Grande do Sul
RSCCD: Resíduos Sólidos da Construção Civil e Demolição
t: tonelada
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................14
2 REVISÃO LITERÁRIA...................................................................................................17
2.1 Resíduos sólidos ...........................................................................................................17
2.2 O problema dos resíduos sólidos ..................................................................................17
2.3 A indústria da Construção Civil ...................................................................................18
2.4 Resíduos da Construção Civil ......................................................................................20
2.4.1 Composição dos Resíduos da Construção Civil .......................................................20
2.4.2 Classificação dos Resíduos da Construção Civil......................................................21
2.5 Legislação que Regulamenta a Gestão de Resíduos Sólidos........................................22
2.6 A geração de Resíduos da Construção Civil e seus Impactos Ambientais...................24
2.7 Destinações para os Resíduos da Construção Civil......................................................27
2.7.1 Reutilização de resíduos da construção civil............................................................27
2.7.2 Reciclagem de Resíduos da Construção Civil..........................................................28
2.7.3 Aterro de Resíduos da Construção Civil ..................................................................31
3 METODOLOGIA.............................................................................................................32
3.1 Proposta de Trabalho ....................................................................................................32
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................................37
4.1 Identificação dos envolvidos na geração de Resíduos da Construção Civil e suas
responsabilidades......................................................................................................................37
4.2 Geração de Resíduos da Construção Civil no Município.............................................40
4.3 Caracterização e classificação dos Resíduos da Construção Civil gerados no
Município de Lajeado...............................................................................................................41
4.3.1 Demolição e reforma ................................................................................................42
4.3.2 Obras residenciais.....................................................................................................44
4.3.3 Prédios em construção ..............................................................................................47
4.3.4 Outras Obras Civis ...................................................................................................49
4.3.5 Análise Geral – Diagnóstico dos RCC em Lajeado .................................................51
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1. INTRODUÇÃO
Segundo informações apresentadas pela Revista Ecologia & Meio Ambiente, Ano VI,
n. 7 de Porto Alegre, o incremento populacional, a industrialização e o desenvolvimento
alimentam o crescimento econômico que, pelas reduções de prazos e custos, produz um
crescimento acelerado, que origina todo o tipo de resíduo, em maior quantidade nas regiões
metropolitanas, levando a degradação natural e à desagregação social.
Quanto aos resíduos da construção civil, embora não sejam os resíduos mais
incômodos, sob o ponto de vista da toxidade, assustam pelo seu volume crescente, e requerem
medidas imediatas. Hoje no Brasil, apenas alguns municípios possuem políticas adequadas
para o gerenciamento deste tipo de resíduo. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico (IBGE, 2000), apenas 32,2% dos municípios brasileiros destinam adequadamente seus
resíduos sólidos, sendo 13,8% em aterros sanitários e 18,4% em aterros controlados, e 5% dos
municípios não informou para onde destinam seus resíduos. No restante, os resíduos sólidos
são descartados em depósitos irregulares, conhecidos como “lixões”, os quais são
caracterizados por não possuírem qualquer tipo de controle.
No Brasil, a legislação que regulamenta a gestão dos resíduos sólidos, mesmo que de
uma maneira ampla, é a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
307/2002. No Rio Grande do Sul (RS), foi instituída a resolução do Conselho Estadual do
Meio Ambiente (CONSEMA) 109/2005, ambas estabelecem as diretrizes para a elaboração
dos Planos Integrados dos Resíduos da Construção Civil.
16
Dentro deste contexto, o município de Lajeado – RS, como a maioria dos demais
municípios do Estado, ainda está se organizando para cumprir estas Resoluções. Diante deste
quadro, este trabalho consiste em realizar um diagnóstico dos Resíduos da Construção Civil
(RCC) recolhidos por caçambas de tele-entulho no município de Lajeado, onde os objetivos
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Conforme a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 225, “todos tem o direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como o uso comum do povo e essencial a
sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
Este trabalho está dividido em capítulos, sendo que após esta introdução é apresentada
a revisão literária, capítulo 2, onde são abordados com maior profundidade os temas
referenciados ao presente trabalho. No Capítulo 3 apresenta a proposta de trabalho, por fim,
no capítulo 4, estão os resultados obtidos durante o desenvolvimento do trabalho, seguido de
uma proposta para o gerenciamento dos RCC no município de Lajeado. Após, será realizado o
fechamento com a conclusão de trabalho.
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2 REVISÃO LITERÁRIA
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Atribui-se ainda a resíduos sólidos, resto ou sobra das mais diversas atividades diárias
do homem em sociedade, animais ou de fenômenos naturais, cuja destinação deverá ser
ambientalmente e sanitariamente adequada. Os resíduos sólidos, popularmente conhecidos
como lixos, podem ser oriundos das mais diversas atividades, sejam elas, domésticas,
comerciais, industriais, agrícolas, de construção civil, hospitalar, entre inúmeras outras.
Estes resíduos em sua maioria são gerados após a produção ou transformação de bens
de consumo, gerando uma quantidade significativa de lixo, principalmente nos grandes
centros urbanos. Grande quantidade dos resíduos sólidos é composto por materiais recicláveis
que podendo retornar à cadeia de produção, já outros componentes são altamente perigosos ao
meio ambiente e necessitam um tratamento adequado.
Enquanto países em desenvolvimento, como o Brasil destinam apenas 11% dos resíduos
para aterros sanitários controlados, países como Suécia e Noruega, estão muito a frente. A
união Européia é progressiva, o não comprimento significa advertência e punições. Na
Suécia, a proposta é eliminar a coleta de resíduos domiciliares, com a instalação de postos
públicos para receber o lixo do cidadão. Já na Noruega, onde o território é pequeno, o
governo investe em composteiras (Brasil & Santos, 2004).
Segundo Filho et al. (2007), tudo que nos cerca será resíduo um dia, casas, pontes,
veículos, móveis. A esse total, devemos somar todos os resíduos do processo de extração de
matéria-prima e a produção destes bens. Assim, em qualquer sociedade, a quantidade de
resíduo gerado supera a quantidade de bens consumidos.
a uma relação de 100 a 200 vezes maior o consumo em massa de materiais na indústria da
construção civil, em relação à indústria automobilística.
12%
23%
6%
59%
A geração de resíduos sólidos neste ramo da indústria, que utiliza quase sempre
recursos não-renováveis, e onde resíduos sempre são gerados, ocorrem por meio de diversos
processos produtivos relacionados à execução de empreendimentos imobiliários, como
modernização, demolição e construção de novas obras, devido principalmente ao crescimento
populacional e o aumento do número de pessoas em centros urbanos (John, 2000).
Este assunto voltou às discussões devido às questões ambientais atuais, pois uma vez
que desperdiçar materiais, seja na forma de resíduo, ou sob a forma natural, de uma maneira
geral significa desperdiçar recursos naturais e perdas financeiras, fato este que coloca a
construção civil no centro das discussões na busca do desenvolvimento sustentável nas suas
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diversas dimensões.
Porém devido a sua composição alguns RCC podem ser classificados como resíduos
perigosos, classe I, ou seja, são aqueles resíduos cuja suas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas podem acarretar em riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio ambiente,
quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada, conforme NBR 10.0004.
outros metais, plásticos, vidros e papéis. Ainda os resíduos de tijolo, argamassa e areia são os
mais gerados, independentemente do tipo de obra considerada, uma vez que as suas
porcentagens não variam significativamente entre um tipo e outro.
2.4.2.1 Classe A
2.4.2.2 Classe B
São resíduos recicláveis para outra destinação, tais como plásticos, papel / papelão,
metais vidros, madeiras e outros.
2.4.2.3 Classe C
2.4.2.4 Classe D
Já em 1988 a Constituição Federal Brasileira, em seu artigo número 225, diz que:
Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como o uso
comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público
e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
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gerações.
O mesmo foi trazido na Constituição do Estado do Rio Grande do Sul em seu artigo
número 251.
Além disso, a resolução determinou um prazo de 18 meses (até julho/2004) para que
os Municípios e o Distrito Federal parem de dispor os RCC em aterros de resíduos
domiciliares, ou em áreas impróprias e irregulares.
Ainda, a Resolução diz também que os geradores deverão ter como objetivo prioritário
a não geração de resíduos e secundariamente a redução, a reutilização, a reciclagem e a
destinação final deste tipo de resíduo. Conforme informações contidas na própria Resolução,
reutilização é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo, e
reciclagem é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido à
transformação.
24
No ano de 2005, o CONSEMA criou a Resolução 109 que estabeleceu diretrizes para
elaboração do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, a ser
elaborado pelos Municípios. Esta resolução foi embasada na Resolução CONAMA 307.
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Desta maneira cabe aos municípios legislar sobre o gerenciamento dos RCC,
facilitando a proteção ao Meio Ambiente, através da escolha inteligente do local para
deposição dos mesmos, as penalidades pelos despejos em locais inadequados, entre outras
ações. Mas ao mesmo tempo, conforme Silva & Brito (2006) identificar um local para a
deposição destes resíduos é um desafio complexo ao órgão municipal, pois além de levar em
consideração a preservação dos recursos naturais, evitando impactos ambientais, se deve
também assegurar condições de vida digna a população menos favorecida, proporcionando a
toda a sociedade o processo de desenvolvimento das cidades.
Através desta legislação fica clara a responsabilidade do gerador deste tipo de resíduo,
(construtoras e pessoas físicas) pelo transporte e destinação final dos mesmos. Com isso
alimentando mais um ramo da indústria da construção civil, as empresas de armazenamento e
transporte de RCC em caçambas basculantes estacionárias que facilitam o transporte até o
local destinado pelo órgão ambiental para deposição adequado destes resíduos.
Em cidades de médio e grande porte a produção de RCC varia de 230 a 760 hg/hab
ano, média de 500 hg/hab ano, pode-se então, estimar um montante de 68,5x106 t RCC/ano
visto que, no Brasil, 137 milhões de pessoas vivem no meio urbano (John, 2004).
25
Grande parte dos resíduos gerados no setor da construção civil são oriundos das perdas
e desperdícios durante a realização de obras civis, processos como incorporação de
instalações em paredes de alvenaria que exigem a quebra parcial da parede recém construída e
sua reconstrução com argamassa, serve como exemplo (John, 2004).
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O Brasil desperdiça uma quantidade muito grande de resíduos, o que pode variar dos
diversos estados da federação, mas este problema não atinge somente países em
desenvolvimento como o Brasil, alguns países desenvolvidos também sofrem com este tipo de
problema, conforme tabela 1.
Como vimos na tabela 1, na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, a quantidade
de resíduos gerados é bastante significativa, correspondendo a 58.000 t/mês.
Entre os impactos ambientais que a disposição inadequada dos RCC pode gerar a
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• Degradação de ecossistemas;
• Obstrução dos sistemas de drenagem, tais como piscinões, galerias, sarjetas, etc;
• Existência e acúmulo de resíduos que podem gerar risco por sua periculosidade;
• Poluição visual.
Outro aspecto importante é a grande semelhança dos RCC aos agregados naturais e
solos, em razão de suas características químicas e minerais. Entretanto, os RCC podem
apresentar outros tipos de resíduos como óleos de maquinários utilizados na construção,
27
pinturas e restos de telhas de cimento amianto, que podem causar impactos ao solo, águas e
ar.
Existem ainda, outros usos para os resíduos reciclados da construção civil, como:
cascalhamento de estradas, preenchimento de vazios em construções, preenchimento de valas
de instalações e reforços de aterros (gabiões).
Conforme Lima (2009), algumas prefeituras como Belo Horizonte, estão implantando
locais apropriados para receber os RCC, locais conhecidos como usinas para reciclagem de
entulhos. Estes locais são constituídas basicamente por um espaço para deposição do resíduo,
uma linha de separação, um britador que processa o resíduo na granulometria desejada e um
local de armazenamento, onde o entulho já processado aguarda para ser utilizado, conforme
figura 3.
contexto, como um grande potencial para reutilizar e reciclar seus resíduos, devido a
viabilidade que apresenta de incorporação desses resíduos nos materiais de construção,
possibilitando ainda inúmeros benefícios ao meio ambiente, entre eles:
• Além de ser, sem dúvida, a melhor alternativa para destinação correta dos
RCC.
Aterro de resíduos da construção civil é uma área destinada a disposição final dos
RCC gerados. Este aterro pode funcionar para recebimento de pequenas quantidades de
resíduo, apenas para nivelamento de terreno (terraplenagem) ou como área para recebimento
de resíduos inerteis.
O aterro de resíduos inerteis, assim como a terraplenagem são áreas onde são
empregadas técnicas de disposição de RCC Classe A, ou seja, resíduos inertes. Estas
alternativas visam apenas a estocagem de material segregado, de forma a possibilitar o uso
futuro da área. Neste local também são empregados princípios de engenharia para confiná-los
ao menor volume possível, de maneira a não causar danos à Saúde Pública, e ao Meio
Ambiente.
Logo, os resíduos devem receber outro forma de destinação, onde cabe ao gerador
obter informações junto ao fabricante.
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3 METODOLOGIA
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Os prestadores de serviços também foram identificados nas ruas da cidade, através das
caçambas basculantes estacionárias identificadas com a logo-marca da Empresa.
Finalizando a primeira etapa, foi verificado que o município de Lajeado não está
enquadrado na Resolução 307 do CONAMA e Resolução do CONSEMA 109, ou seja, não
elaborou e implantou o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, previsto
pelas Resoluções.
Após a classificação dos resíduos entre as quatro Classes acima, estes ainda foram
classificados e quantificados através da utilização de percentual de cada tipo de resíduo
presente em cada caçamba basculante estacionária analisada, conforme tabela 3.
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Classificação
(Resolução 307
Resíduo Percentual (%) Volume (m³) CONAMA)
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Areia A
Argamassa A
Brita A
Carpete B
Cerâmica A
Concreto A
Gesso C
Isopor -
Lâmpadas -
Louças A
Madeira B
Manta Asfáltica C
Material elétrico B
Material orgânico * -
Metais B
Óleos e graxas D
Papel e papelão ** B
Plásticos B
PVC B
Rolos e pincel *** D
Solos (rochas) A
Solos (terra) A
Tecido -
Telhas A
Tijolos A
Tintas D
Vidros B
*Material orgânico compreende resíduo orgânico doméstico e resíduo verde (oriundo de podas de árvores e arbustos).
**Papel e papelão contaminados com argamassa.
***Rolos e pinceis contaminados por tintas e/ou solventes.
Após a classificação e caracterização dos RCC com a utilização das tabelas acima, os
RCC puderem ser classificados de acordo com a Resolução CONAMA 307 e Resolução do
CONSEMA 109, em suas classes A, B, C e D, conforme tabela 4.
Tabela 4- Modelo de tabela para classificação dos RCC conforme Resolução CONAMA 307 e
Resolução do CONSEMA 109, no município de Lajeado, nos meses de pesquisa.
Classe de
Resíduos Percentual
Classe A
Classe B
Classe C
Classe D
Total
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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O município conta com diversas empresas que realizam este tipo de atividade, sendo
que duas empresas destacam-se e são responsáveis pela maior parte do recolhimento e
transporte dos RCC gerados no município, já as demais empresas recolhem quantidades
relativamente menores.
Portanto, para o desenvolvimento deste trabalho, será mantido o sigilo das empresas,
onde estas serão chamadas de: Empresa X, Empresa Y, Empresa Z.
Onde:
É importante ressaltar que este tipo de atividade não possui Licença Ambiental emitida
pelo Órgão Municipal competente, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, devido à
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No município de Lajeado, o cedente da área pode ser representado por pessoas físicas,
que solicitam a deposição de RCC para a realização de aterros/terraplenagem (nivelamento de
terreno), ou ainda a própria prefeitura municipal, através da disponibilização de área para
deposição de RCC. O município atualmente, não disponibiliza área licenciada pelo Órgão
Ambiental competente para o recebimento de RCC, e sim área licenciada para a deposição de
resíduos verdes.
Em maio de 2010, foi levantada pelo Jornal A Hora dos Vales, a existência de um
lixão clandestino no Bairro Jardim do Centro, onde havia um grande volume de resíduos
orgânicos e resíduos de construção civil, na área que esta reservada para deposição de restos
de plantas e árvores cortadas pela Prefeitura, conforme reportagem em anexo 1, ficando
evidente a deposição dos RCC nesta área.
Sendo assim, uma fração significativa de RCC gerado no município não recebe a
disposição final correta, em áreas adequadas. O que fica evidente pela existência de inúmeros
pontos críticos em vias e logradouros públicos que sofrem pela sistemática deposição
irregular de RCC, o que comprometem a paisagem urbana (poluição visual), o tráfego de
pedestres e de veículos, a drenagem urbana, o risco de contaminação do solo e recursos
40
Conforme Junior (2007) adotou-se uma massa específica para os RCC de 1.200 kg/m³
obtém-se uma geração de 1.680 t/mês ou 56 t/dia no município de Lajeado. Considerando que
a população do município é de aproximadamente 68.000 habitantes, estima-se uma geração
per capta de 0,82 kg/hab.dia ou aproximadamente 300 kg/hab.ano. Sendo assim, verifica-se
que o valor de 300 kg/hab.ano encontrado está na faixa de valores de 230-760 kg/hab.ano
relatados por John (2004).
41
Outras Obras1; 9%
Prédios em
Construção; 10%
Obras Residenciais;
16%
Demolição e
Reforma; 65%
Empresa
X Y Z
Tipo de Resíduo Nº Cargas Nº Cargas Nº Cargas Total
a- Demolições e Reformas 27 10 9 46
b- Obras Residenciais 3 5 3 11
c - Prédios em Construção 2 2 3 7
d – Outros 4 0 2 6
Total 36 17 17 70
Nesta classe foram analisadas 46 caçambas de RCC, totalizando 65% das caçambas.
As informações dos resíduos encontrados neste grupo estão demonstradas na tabela 6, onde
consta o tipo de resíduos encontrados, o percentual, bem como a classificação de acordo com
a Resolução 307 do CONAMA.
Nessas caçambas foi constatada uma variedade muito grande de resíduos como tijolos,
concretos, argamassa, solos (terra), cerâmica, gesso, madeira, material orgânico, entre outros.
A maior parte dos resíduos foi classificada, de acordo com a Resolução 307 do CONAMA,
como resíduos Classe A, com percentuais próximos de 71,29%, seguido os resíduos Classe B
com aproximadamente 11,48%, 6,98% de resíduo Classe C e um percentual muito pequeno de
resíduo Classe D, 2,11%.
Classificação
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(Resolução 307
Resíduo Percentual (%) Volume (m³) CONAMA)
Areia 2,78 5,12 A
Argamassa 11,26 20,72 A
Brita 0,00 0,00 A
Carpete 0,13 0,24 B
Cerâmica 7,72 14,20 A
Concreto 16,41 30,19 A
Gesso 6,98 12,84 C
Isopor 0,17 0,31 -
Lâmpadas 0,04 0,07 -
Louças 0,76 1,40 A
Madeira 3,70 6,81 B
Manta Asfáltica 0,00 0,00 C
Material elétrico 0,22 0,40 B
Material orgânico * 7,76 14,28 -
Metais 0,54 0,99 B
Óleos e graxas 0,11 0,20 D
Papel e papelão ** 2,80 5,15 B
Plásticos 3,50 6,44 B
PVC 0,26 0,48 B
Rolos e pincel *** 0,00 0,00 D
Solos (rochas) 0,00 0,00 A
Solos (terra) 9,59 17,65 A
Tecido 0,17 0,31 -
Telhas 0,43 0,79 A
Tijolos 22,34 41,11 A
Tintas 2,00 3,68 D
Vidros 0,33 0,61 B
*Material orgânico compreende resíduo orgânico doméstico e resíduo verde (oriundo de podas de árvores e arbustos).
**Papel e papelão contaminados com argamassa.
***Rolos e pinceis contaminados por tintas e/ou solventes.
Ainda neste grupo, observam-se a inexistência de resíduos como brita, manta asfáltica,
rolos e pinceis, solos (rochas). Todas as informações acima citadas podem ser analisadas com
maior detalhamento na ilustração 3.
44
Tijolos 22,34%
Concreto 16,46%
Argamassa 11,26%
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Cerâmica 7,72%
Gesso 6,98%
Outros * 3,16%
Madeira 3,70%
Plásticos 3,50%
Areia 2,78%
Tintas 2,00%
* Resíduos que individualmente não atingiram um percentual de 1% (brita, carpete, isopor, louças, manta
asfaltica, material elétrico, metais, óleos e graxas, PVC, rolos e pinceis, solos (rochas), tecidos, telhas, vidro,
lâmpadas).
Classificação
Volume (Resolução 307
Resíduo Percentual (m³) CONAMA)
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Nas caçambas desta classe, os resíduos como solos (terra), areia, argamassa, concreto
e tijolos em conjunto chegam a aproximadamente 70%, mas o destaque maior fica por conta
dos solos (terra) que corresponde sozinho a 29% dos resíduos analisados.
46
Neste grupo não foi encontrado nenhum percentual de resíduos da Classe C, tais como
manta asfáltica e gesso. Porém, assim como na classe anterior o percentual de material
orgânico também apresenta-se de maneira significativa, totalizando 4,91%. E os demais
resíduos como brita, carpete, isopor, louças, metais, PVC, rolos e pinceis, solos (rochas),
tecido, vidro, lâmpada que individualmente não atingiram 1%, foram demonstrados na
ilustração 4, como outros resíduos.
Areia 11,36%
Argamassa 11,36%
Concreto 10,00%
Tijolos 9,09%
Cerâmica 6,36%
Tintas 4,49%
Plásticos 4,34%
Madeira 3,82%
Outros 2,26%
Dando continuidade as análises, observa-se que o percentual das demais classes foi
muito pequeno, sendo encontrado 9% de resíduos Classe B, aqueles que são considerados
recicláveis para outros fins, como papel e papelão, PVC, vidros e outros. Além de, apenas
2,14% de resíduos da Classe C, gesso, e 3% de resíduo contaminado, Classe D.
Neste grupo foram analisadas somente 7 cargas, pois na maioria das vezes a execução
de obra de novos prédios é realizada por grandes construtoras, que realizam a segregação dos
seus RCC dentro da própria obras, não utilizando os serviços de tele-entulho terceirizado.
Logo, o material segregado por estas empresas não foi considerado na realização deste
trabalho.
48
Classificação
Percentual Volume (Resolução 307
Resíduo (%) (m³) CONAMA)
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Nestas análises não foi encontrado nenhum percentual de carpete, isopor, louças,
manta asfáltica, rolos e pinceis, solos (rochas), tecidos e telhas. E para facilitar o
entendimento, os demais resíduos da tabela 9, tais como areia, material elétrico, óleos e
graxas, plásticos, PVC e lâmpadas, que individualmente não atingiram 1% foram
demonstrados na ilustração 5 como outros resíduos.
49
Cerâmica 6,43%
Material orgânico 4,71%
Outros 3,14%
Madeira 2,86%
Tintas 2,29%
Gesso 2,14%
Brita 2,14%
Metais 1,71%
Papel e papelão 1,43%
Vidros 1,00%
Nesta classe, assim como nas demais, os materiais como concreto, tijolos, argamassa e
cerâmica apresentam um percentual significativo de destarte, podendo concluir que este tipo
de resíduo é gerado independente do tipo de obra devido a ineficiência de alguns processos
construtivos e má gestão da obra.
Neste são consideradas as caçambas de tele-entulho que não se enquadram nas classes
acima, por não se tratar nem de reforma, demolições, obras residências e nem construções de
prédios. Estas caçambas totalizaram 6 cargas, correspondente a 9% das caçambas analisadas,
informações estas demonstrados na tabela 9, onde consta os resíduos encontrados, o
percentual, bem como a classificação de acordo com a Resolução 307 do CONAMA.
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Classificação
Volume (Resolução 307
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Nas análises deste grupo novamente os resíduos Classe de A tiveram maior percentual
e se destacaram, sendo responsáveis por 89,96% dos resíduos deste grupo, compostos
principalmente por areia, solos (terra), cerâmicas e argamassa. Já os resíduos Classe B
totalizaram 7,54% do material, representado por papel e papelão, plásticos, metais e madeira.
51
Já os materiais Classe C e D não foram detectados neste grupo. Porém 2,5% do material
analisado é representado por material orgânico, o qual não deveria ser encontrado nestas
análises, por não se tratar de RCC, conforme ilustração 6.
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Não foi encontrado neste grupo, nenhum percentual de brita, carpete, gesso, concreto,
isopor, louças, manta asfáltica, material elétrico, PVC, rolos e pinceis, solos (rochas), tecidos,
telhas, tijolos, tintas, vidros e lâmpadas.
Areia 47,00%
Cerâmica 6,69%
Argamassa 2,60%
Plásticos 2,50%
Metais 1,70%
Madeira 1,67%
Neste grupo foi detectado um percentual elevado de solos (terra) e areia, devido a
análise de caçambas de tele-entulho que continham praticamente somente estes resíduos,
oriundas de escavações.
resíduos encontrados, o percentual, bem como a classificação de acordo com a Resolução 307
do CONAMA.
Classificação
(Resolução 307
Resíduo Percentual (%) Volume (m³) CONAMA)
Areia 15,36 10,75 A
Argamassa 9,34 6,54 A
Brita 0,74 0,52 A
Carpete 0,03 0,02 B
Cerâmica 6,80 4,76 A
Concreto 11,25 7,87 A
Gesso 2,28 1,60 C
Isopor 0,11 0,08 -
Lâmpadas 0,05 0,03 -
Louças 0,19 0,13 A
Madeira 3,01 2,11 B
Manta Asfáltica 0,00 0,00 C
Material elétrico 0,16 0,11 B
Material orgânico 4,90 3,43 -
Metais 1,22 0,85 B
Óleos e graxas 0,21 0,14 D
Papel e papelão 2,29 1,60 B
Plásticos 2,76 1,93 B
PVC 0,33 0,23 B
Rolos e pincel 0,02 0,02 D
Solos (rochas) 0,00 0,00 A
Solos (terra) 24,85 17,40 A
Tecido 0,04 0,03 -
Telhas 0,11 0,08 A
Tijolos 11,43 8,00 A
Tintas 2,20 1,54 D
Vidros 0,33 0,23 B
*Material orgânico compreende resíduo orgânico doméstico e resíduo verde (oriundo de podas de árvores e arbustos).
**Papel e papelão contaminados com argamassa.
***Rolos e pinceis contaminados por tintas e/ou solventes.
53
Além do material acima descrito outros resíduos também foram encontrados, como
material orgânico, isopor, lâmpadas e tecidos, representando 5,10% do material analisado.
Informações estas contidas na ilustração 7, onde é possível analisar o percentual de cada tipo
resíduo encontrado nas 70 cargas conforme a classificação conforme a Resolução 307 do
CONAMA.
Outros; 5,10%
Classe D; 2,42%
Classe C; 2,28%
Classe A; 80,06%
Classe B; 10,13%
Areia 15,36%
Tijolos 11,43%
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Concreto 11,25%
Argamassa 9,36%
Cerâmica 6,80%
Madeira 3,01%
Plásticos 2,76%
Gesso 2,28%
Tintas 2,20%
Metais 1,21%
Brita 0,74%
Vidros 0,33%
PVC 0,33%
Louças 0,19%
Telhas 0,11%
Isopor 0,11%
Lâmpadas 0,05%
Tecido 0,04%
Carpete 0,03%
desconhecimento dos trabalhos executados por parte dos operários e chefes de obras, ou seja,
falta de mão de obra qualificada.
Continuando as análises dos resultados, estes podem ser comparados aos estudos feitos
por Lucena apud Bernardes et al. (2008), já apresentados durante o desenvolvimento deste
trabalho. Onde a autora comenta que foram constatados no Brasil que os resíduos de
construção civil são compostos, principalmente, de tijolos, areias e argamassas, resíduos de
concreto, cerâmica, gesso e madeira e seus derivados, conforme tabela
Além das tecnologias construtivas, a relação acima demonstra a diferença nos valores
de cerâmica, gesso e madeira. Fato este ligado diretamente ao poder aquisitivo dos
Lajeadenses, quando comparada com a média nacional dos brasileiros.
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De uma maneira geral, pode ser observar que grande parte dos RCC gerados é oriundo
de perdas e desperdícios durante a realização da obra civil, ou seja, inexistência ou
ineficiência da gestão de obra.
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Tal atitude é tomada por falta de conscientização ambiental dos munícipes, pois toda
a cidade é servida de coleta seletiva regular, além do número considerável de lixeiras
distribuídas pela cidade.
Figura 8 – Disposição irregular e poluição visual causada pelos RCC no município de Lajeado.
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Os locais que recebem RCC de maneira incorreta tornam-se locais atrativos para a
deposição de outros tipos de resíduos como, resíduos domésticos, resíduos comercial, além de
resíduos perigosos como lâmpadas fluorescentes, latas de tintas entre outros. Além desses
locais se serem atração de macrovetores, como: cães, gatos, ratos.
Durante a realização dos trabalhos não foi constatado a disposição dos RCC em
mananciais hídricos e em suas APPs.
61
4.5 Proposta para gestão e disposição adequada para os Resíduos de Construção Civil
Diante os resultados deste trabalho, pretende-se propor ações para melhorar a gestão
dos RCC no município de Lajeado, respeitando as características dos resíduos gerados no
município, e as diretrizes da Resolução 307 do CONAMA.
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As ações a serem propostas são se suma importância para o gerenciamento dos RCC a
curto e médio prazo, uma vez que o município apresenta-se bastante atrasado em relação às
diretrizes determinadas pelo CONAMA e com inúmeros impactos ambientais detectados.
Juntamente com as ações propostas acima, deve-se buscar informações e auxílio com
os Órgãos Ambientais para obter o Licenciamento Ambiental da atividade, pois se trata de
uma atividade de gerenciamento e processamento de resíduos sólidos, que de um maneira
geral apresentam risco ambiental.
Além de todas as ações propostas para a correta gestão dos RCC no município de
Lajeado, é necessário o desenvolvimento de ações que divulguem o projeto junto as empresas
do ramo da construção civil. Outro pilar para a consolidação do sistema é o estabelecimento
de um programa de fiscalização ambiental municipal abrangente, rigoroso, capaz de ampliar e
difundir a necessidade do cumprimento aos compromissos legais em realizar a gestão de RCC
de maneira sustentável.
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CONCLUSÃO
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O município de Lajeado, assim como a maioria dos municípios brasileiros, ainda não
realiza o manejo correto dos RCC de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Resolução
307 do CONAMA/109 do CONSEMA. O município possui sistema de transporte eficiente,
realizado por empresas privadas, porém não possui um local adequado de disposição final e,
além disto, muitos geradores desconhecem ou ignoram a atual legislação.
Sendo que destes 1.400 m³/mês, em torno de 80,06 % dos resíduos correspondem a
materiais Classe A, representados por areia, argamassa, concreto, cerâmicas, solos, tijolos
entre outros. Já os resíduos recicláveis como papel, papelão, plástico e metais representam
10,13% do material analisado. O percentual de resíduo Classe C foi representado somente
pelo gesso, pela inexistência de manta asfáltica no material analisado, totalizando 2,28%. E os
resíduos contaminados, Classe D, representaram 2,42%, onde foram encontrados tintas, óleos
e graxas.
Além dos resíduos classificados pela Resolução CONAMA 307, foi encontrado um
percentual de 5,10% de outros materiais, onde o material orgânico, resíduo doméstico,
representada 4,90% do material, e o restante são tecidos, isopor e lâmpadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. NBR 10.007: amostragem de resíduos sólidos. 31 de maio de 2004. Rio de Janeiro,
2004.
BRASIL, Presidência da República e Casa Civil, Lei 6.938 - Política Nacional do Meio
ambiente, de 31 de Agosto de 1981.
______, Presidência da República e Casa Civil, Lei 12.305 - Política Nacional dos Resíduos
Sólidos, de 02 de Agosto de 2010, Brasília, 2010.
JORNAL A HORA DOS VALES, Depósito de Material Orgânico vira lixão, de 5 de Maio
de 2010, Lajeado, 2010.
ANEXOS
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