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I - INTRODUÇÃO
Ao lermos a Bíblia nos deparamos com o questionamento do
Salmista: Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?
(Salmo 11.3). Atualmente, esta questão está amplificada. Vivemos em um
mundo conturbado, onde os fundamentos da ética e da moral estão abalados,
e porque não dizer, em alguns casos, destruídos.
Neste contexto, como Igreja, o que devemos fazer?
A Igreja não pode ficar apática diante de tudo que acontece no mundo,
pois sua missão como sal da terra e luz do mundo é influenciar, modificar o
ambiente (Mt. 5.13-16). Só através de verdadeiros discípulos de Jesus,
comprometidos em viver integralmente o Evangelho é que a Igreja vencerá toda
a corrupção deste mundo atual.
O entendimento que muitos têm é que os cristãos vão à Igreja. As
Escrituras nos afirmam que eles são a Igreja (1 Co. 6.19). Onde um cristão
verdadeiro estiver presente, ali estará a Igreja. E, o crente, como Igreja, deve
sempre estar cumprindo sua missão (Mt. 28.19-20).
Diante disso, fica a pergunta que tenho ouvido de muitos líderes: Por
que o DISCIPULADO é tão importante?
Bem, vejo que o discipulado é, de longe, a ferramenta mais
importante para preparar os crentes para influenciar positivamente este
mundo. Não existe outra maneira da Igreja crescer, em quantidade e com
qualidade, se não for através do Discipulado. É no discipulado que os novos
convertidos são orientados para enfrentarem os desafios do presente século e
é onde são treinados para o serviço do Mestre.
O Discipulado é extremamente importante para a Igreja hoje. Só através
do trabalho do Discipulado é que a Igreja poderá vencer os desafios que nos
são apresentados na atualidade.
2. O desafio da secularização
Segundo R. N. Champlin secularização “vem do latim saeculum,
“pertencente a uma era”. Nos círculos religiosos recebe o sentido de “aquilo
que pertence ao mundo de nosso tempo”. Desde a era medieval, este termo foi
designado para aquilo que não estava ligado à religião, ou que fosse contrário
à própria religiosidade.
A secularização procura tirar da consciência coletiva tudo o que é religioso
ou sobrenatural. Para os secularistas apenas aquilo que é material é a
verdadeiro. Eles vivem apenas para as necessidades do hoje.
Dentro deste contexto surgem as ideias humanistas, que dizem que é
possível fazer o bem sem estar envolvido com Deus, com a Igreja ou com a
própria religião. O secularismo exclui Deus do mundo e da vida humana diária.
Assim, as pessoas buscam equivocadamente o bem à parte de Deus.
Este é um dos grandes desafios do nosso tempo: uma sociedade que nega
a Deus, e que aceita a religiosidade apenas no âmbito pessoal e subjetivo. Se
antigamente combatíamos a “religião”, do ponto de vista do catolicismo romano
e suas heresias, tínhamos um ponto de partida para iniciar o diálogo e
apresentar Jesus. Agora, na era pós-moderna, o desafio da secularização
torna-se um grande impedimento, pois o assunto da fé foi relegado ao âmbito
particular e cada um segue a sua própria verdade. Certo dia li em uma camiseta
a seguinte frase: “não me siga, também estou perdido!”.
O pior é o que secularismo pós-moderno acaba repercutindo na vida de
muitos crentes. Certos “cristãos” dos dias atuais tendem a fazer a separação
entre o eclesiástico e o secular, entre vida na Igreja e vida privada. E o resultado
são pessoas que tem atividades na Igreja, professam o cristianismo, participam
da Santa Ceia, mas fora da Igreja praticam coisas que não agradam a Deus,
dizendo que na Igreja deve se comportar de um jeito, e na vida secular, de
outro.
A causa deste dualismo, desta “bipolaridade espiritual”, é que este problema
não foi tratado no início, quando a pessoa se decidiu para Cristo. Neste
aspecto, o discipulado vem como uma ferramenta capaz de enfrentar e curar
este desvio. A importância do discipulado se dá em preparar o novo convertido
para enfrentar a tendência secularizante da sociedade em que ele vive.
Por meio do Discipulado, o neoconverso vai saber que tudo o que ele fizer
deve ser para a glória de Deus (1Co. 10.31). E onde ele estiver ele deve viver
para Deus. Assim, um novo convertido se torna um verdadeiro discípulo de
Jesus que assume sua cruz e segue a Cristo (Lc. 9.23). Deus está presente em
todas as áreas da vida humana (Sl. 139).
PARA REFLETIR: