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Primeia Parte PRINCIPIOS GERAIS capiruto 1 NATUREZA DO SIGNO LINGUISTICO §1. Stono, siontricapo, sioniFicanre, Para certas pessoas, reduzida a seu pri seneial, € uma stomenclat ier, uma lista de t que correspondem a outras tantas coisas,” Por exemplo: Tal concepgio é em numerosos aspectos, Supée idéias completamente feitas, preexistentes as palavras (ver, sObre isso, mais adiante (p. 130); ela nfo nos diz se a par lavra € de natureza vocal ou fquica, pois arbor pode ser considerada sob um ow outro :QU0S aspecto; por fim, ela faz \ zQuos neulo ARBOR titui uma operagfo muito si ete. ete, ples, o que esti bem longe da verdade. Entretanto, esta. visio simplista pode aproximar-nos da verdade, mostrando-nos que a unidade lingiiistica ¢ uma coisa dupla, constituida da unigo de dois témos Vimos na p. 19 s., @ propésito do circuito da fala, térmos implicados no signa lingiiistico sio ambos ps! ro, por um vineulo de associagio. nto, tico une no uma coisa ¢ uma palavra, mas Esta nfio é @ som ma- npressio, (empreinte). p Kacio. 4 sensorial e, se chegammos a chav © thro da associagio, 0 c O carater psiquico de nossas imagens act mente quando observamos nossa propria Ii movermos os labios 3 falar conosco mentalmei as palavras da comp no pode convir stndo A palavra falada, x no discurso, Com falar de evita-se 0 mal-entendido, des- je imagem actistica, % realizagio da sons ¢ de sflabas de uma palavra, ma entidade psiquica de duas ela. figura: es dois elementos estio inte unidos e um reclama 0 Quer busquemos o sentido lavra latina arbor, ou a pa- Tmagem favra com que o latin d actstica ceito “Arvore”, est sdmente as vineulagdes consagra- das pela lingua nos parecem con- amos t0da e qualquer outra que formes se possa V7 6 téemo de imagem acistica parecerd, talvez, muito estreito, pois, ao lado da tepresentagio dos sons ede uma palavra, cxiste também ade sua atti 1 imagem muscular do ato fonatério, Para F. de ‘essencialmente um depésito, uma bids de fora ( ‘A imagem acistica é por exc representagdo natural da palawta enqwuanto fato de lingua virtual, fora’ de (da tealizacio pela fala. O aspecto motor pode, entio, ficar subenten- ‘no ocupar mais que um lugar’ subordinado em ica (Ore). Saussure, por relagio A imagem » 80 se designissemos as trés no- ses aqui presentes por nomes que se relacionem entre si, a0 mesmo tempo que se opdem, Propomo-nos a con signo para designar o total, ¢ a actistica respectivamente por significad dois térmos tém a vantage a, quet entre si, quer do total de se nos contentamos cam ue fazem parte, Quanto a porque nie sabemos, por a lingua usual nenhum ‘Ao enuncid. mesmos de todo estudo d s, vamos propor os principios ordem, § 2. Prmtemo rRiNcfri0: A ARBITRARIEDADE DO sIGNO. © Iago que une o significante ao significado é arbitrério ‘ou endo, visto que entendemos por signo o total resultante da astociagio de um significante com um significado, podemos Gizer mais simplesmente: o signo lingiilstico é arbitrdrio Assim, a idéia de “mar” nfo esté ligada por relagio algu- rma interior & seqiiéncia de sons m-a-r que the serve de significan- te; poderia ser representada igualmente-bem por outra seqiiénci al io importa qual; como prova, temos as diferengas entre as linguas v a propria existéncia de linguas diferentes: 0 significado da palavra francesa boeuf (“boi”) tem por significante b-d-f de um lado da fronteira franco-germanica, e o-k-s (Ochs) do outro, © principio da arbitrariedade do signo nfo é contestado € mais f4cil descobrir_ uma ve © principio ® verdade que nem téday apare- cem, & primeira vista, com igual evidéncia; somente ao cabo de varias voltas € que as descobrimos e, com elas, a importéncia primordial do prinefpio. Uma observagao de passagem: quando a Semiologia estiver organizada, deverd averiguar se os modos de expressio que s€ basciam em signos inteiramente naturais — como a pantomi- ma — Ihe pertencem de direito. Supondo que a Semiologia os acolha, sew principal objetivo nfo deixara de ser 0 conjunto de sistemas baseados na arbitrariedade do signo. Com efeito, todo meio de expressio accito numa sociedade repousa em principio num hébito coletive ow, o que vern a dar na mesma, na convengdo. Os signos de cortesia, por exemplo, dotados freqlientemente de certa expressividade natural (lembremos os chineses, que satidam seu imperador prosternando-se nove vézes i 0 cho) nao estio menos fixados pot uma ¥ gra que obriga a empregéctos, nilo_seu_valor_ in se, pois; dizer nteiramente_arbitréri methor seco. Pode- izam ido sistema expresso, é também o mais caracterfstico de todos; nesse sentido, a Lingtifstica pode crigirse em padrio de téda Semio- , se bem a lingua nao seja sendo um sistema particular, ea palaa simbalo para designar ‘ais exatamente, o-que ‘chamamos des justamente por cau tem como. caracter ; ale nao es al entre o significante eo da justiga, a balanga, nfo poderia ser su ie ante. do nosso A palavra arbitrério requer também uma observa deve dar a idéia de que o significado dependa da Iha do que fala (ver-se-4, mais adiante, que nao esté do individuo trocar coisa alguma num signo, uma vez este le estabelecido num grupo lingilfstico); queremos: dizer @ significante é imotivado, ‘isto 6, carbitrdrio em relagio significado, com © qual ndo tem nenhum Jago. natural na rei ara terminar, duas cbjegdes que poderiam ser feitas a ste primeiro principio: 18 © contraditor se poderia apoiar nas onomatopéias para dizer que a escolha do significante nem sempre é arbite ria. Mas elas nfio sio jamais elementos orginicos de um sis- tema Lingiifstico, Seu niimero, além disso, & bem menor do que se cré, Palavras francesas como fowet (“chicote”) ou glas (“dobre de sinos”) podem impressionar certos ouvides por sua sonori- dade sugestiva; mas para ver que néo tm tal cardter desde a crigem, basta remontar 4s suas formas latinas (fouet derivado de fagus, “faia”, glas = classicum); a qualidade de seus sons atuais, ou melhor, aquela que se Ihes atribui, é um resultado fortuito da evolugio fonética, Quanto as onomatopéias auténticas (aquelas do tipo glu- -glu, tie-tac ete.), néo apenas Jo pouco numerosas, mas sua ef € jé, em certa medida, arbitraria, pois que no passam itagio aproximativa e j4 meio convencional de certos rut dos (compare-se o frant#s ouaoua © 0 alem&o wauwau). Além disso, uma ver intreduzidas na renam mais ou menos na evolugae fonética, que sofrem prova evidente de que per- deram algo de seu cardter primeiro para adquiri 0 do signo lin- giilstico em geral, que & imativado, 2." As exclamagées, bastante proximas das cnomatepéias, dao lugar a observagdes anSlogas e nio constituem maior am sa para a nossa tese. Ese tentado a ver nelas expressées espon- as da realidade, como que ditadas pela natureza, Mas, a maior parte delas, pode-se negar haja um vinculo neces- io entre o significado e 0 significante, Basta comparar duas 1as, sob @se aspecto, para ver o quanto tais expresses va 83 ingua (por exemplo, ao francés aie! jo au! e em portugués ai!}, Sabe-se tam as exclamagiés comegaram por ser palavras com nado (cf. diabo!s ou em. francés, (Hardie = u ete). Yesumo, as onomatopéias € as exclamagées so de. im- ia secundiria, e sua origem simbélica é em parte cl |. SEOUNDO FRINGfPIO; GARATER LINEAR DO SIGNIFICANTE, © significante, sendo de natureza auditiva, desenvolve-ye no tempo, imicamente, e tem as caracteristicas que toma do representa uma extensdo, € b) essa extensdo é men- uma linha, as parece que sempre se négl la. porque foi considerado dema- Codavia, éle ¢ fundamental ¢ suas conse- gene siadamente qiiéncias sio_ inca meita lei, Todo 0 mecanismo da lingua depende déle (ver p. 142). Por oposigéo aos significantes visuais. (sinais matiti- mos ele.), que podem oferecer complicagdes simuledneas em varias dimensSes, os. significantes actsticos dispdem apenas da linha do tempo; seus elementos se apresentam um apés outro; formam uma cadeia, fsse cariter aparece imediatamente quai do os repres eserita e substituimos a sucessio do tempo pela linha espacial dos signos gréficos. Em certos casos, isso no aparece com destaque. Se, por exemplo, acentuo uma parece que acumulo num sé pon- ferentes, Mas trata-se de uma ilu- juem apenas um ato fonatério; désse ato, mas sémente opos ie seacha a seu lado (ver, sSbre nao existe dualidade no cées diferentes com o yap. 151 5) 24 cariruco & IMUTABILIDADE E MUTABILIDADE DO SIGNO comunidade pésto. Nunca se consulta a Jingua poderia ser substitude por outro. fato, que parece encerrar uma contradigio, poderia ser chama- do familiarmente de “a carta forgada’”’. Dizse a lingu mas acrescentase: “O ‘signo serA éste, nfo outro. Uim individuo nao somente seria incapaz, se quisesse, de modi car em qualquer ponto a escolha feita, como também a prépri massa no pode exercer sua soberania sébre uma vinica palavra: estd atada A lingua tal qual 6 A lingua no pode, pois, equiparar.se a um contrato puro € simples, ¢ & justamente por éise lado que 0 estudo do signo Tingiifstico se. faz interessante; pois, se se quiser demonstrar que a lei admitida idade € algo que se suporta ¢ nao uma regra livremente consentida, a lingua € a que oferece a prova mais conctudente disso, ‘Vejamos entéo como o signo Fngiifstico escapa A nossa von~ tade, e tiremos em seguida as conseqiéncias importantes que decorram désse fendmeno, ‘A qualquer época que remontemos, por mais antiga que seja, a lingua aparece sempre como uma heranga da época precedente. O ato pelo qual, em dado momento, os nomes te- 85

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