Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
COMARCA DE SIMÕES-PI.
DA TEMPESTIVIDADE
SINTESE DA INICIAL
Narra a inicial em apertada síntese que foi instaurado Inquérito Civil Público, para
apurar eventuais irregularidades na licitação Carta Convite nº 003/2014, que culminou com a
contratação da empresa ora requerida para realização de concurso público para preenchimento de
vagas de pessoal na administração municipal de Caridade do Piauí-PI.
PRELIMINARMENTE
In casu, onde está o objeto litigioso do processo? Onde está o alegado prejuízo?
Onde está a demonstração da violação a princípios administrativos? Diferentemente do que alega
o autor, não existe nos autos sequer indício de ato de improbidade em quaisquer de suas
modalidades.
3
administrativa não exclui a possibilidade de o Poder Judiciário apreciar
a questão julgada naquela instância, nos termos dos direitos
constitucionais de ação e de acesso à justiça (art. 5º , inciso XXXV ,
Constituição Federal ). Improbidade administrativa é uma forma
qualificada de imoralidade administrativa e que nem toda imoralidade
pode ser punida, porque a ordem moral não foi toda ela juridicizada.
Para ser considerado ímprobo, o ato do agente público deve não só ter
como conseqüências o dano ao erário e/ou a obtenção de vantagem
indevida a si próprio ou a outrem, como deve estar marcado pela
desonestidade, pela intenção de ser desleal aos princípios que norteiam
a Administração Pública. Neste caso, o agravante não obteve qualquer
vantagem com a conduta descrita pelo Ministério Público Federal, nem
causou qualquer dano ao erário. Seus comportamentos, se existentes,
não passaram de revanchismo após a confusão causada no aeroporto
pelo overbooking. Mesmo que tenha havido a ameaça, ela não é
suficiente para a caracterização do ato ímprobo, já que não efetivada.
As falas do agravante não passaram de mera ameaça, sem
concretização. Agravo provido (TRF-3 - AGRAVO DE
INSTRUMENTO AI 1493 SP 2009.03.00.001493-0 Data da publicação
12/11/2009).
De mais a mais, nos termos do que dispõe o art. 3º da LIA, a prática de improbidade,
somente deve ser atribuída ao agente que induza ou concorra para conduta ímproba. No caso, a
empresa suplicada, apresentou toda documentação exigida, tendo sido habilitada a participar do
certame, conforme se vê da inclusa Ata da sessão pública de abertura da licitação em referência.
4
DO MÉRITO
No Brasil existem vários institutos que realizam concurso público e são entidades de
ensino superior, tais como: a Fundação CESGRANRIO, a CESPE/UNB-CEBRASPE,
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS e a nível regional a NUCEPE/UESPI, sendo que nenhum
destes institutos possuem no seu ramo de atividade a expressão realização de concurso público,
porém consta em todos os CNPJ’s a exemplo do que consta no cartão de CNPJ da empresa
suplicada, o código 74.90-1/99, que autoriza os serviços e organização de concurso público
(cartões dos cnpj em anexo).
Lado outro, o simples fato de a empresa ter sido constituída em 25.03.14, não tem o
condão de afastar a possibilidade de a mesma realizar concurso público, vez que como se
comprovou em linhas volvidas, a empresa está apta a participar da organização e realização de
certame público.
Aliás, não existe nenhuma lei ou norma determinando prazo temporal mínimo de
constituição da empresa para que esta possa se habilitar a promover concurso público. De modo
que nos termos do art.5º, inciso II da Constituição da República: “NINGUÉM SERÁ
OBRIGADO A FAZER OU DEIXAR DE FAZER ALGUMA COISA SENÃO EM VIRTUDE
DE LEI”.
Urge destacar que conforme se infere dos documentos já anexados aos autos por
ocasião da manifestação preliminar, a empresa requerida, apresentou no seu quadro de
colaboradores, profissionais devidamente qualificados para atuarem na área de realização de
concurso público, com graduação ou pós-graduação, sendo assim constituída de pessoas cujas
qualificações não deixam margem de dúvidas quanto à qualificação e capacidade técnica da
empresa requerida para realizar certame público, vejamos:
5
2. MARÍLIA CARVALHO TELES – Graduação e Mestrado em Ciências da
Educação;
3. VALDOMIR MARQUES DE SOUSA – Graduação e Mestrado em Ciências
Públicas;
4. ANA PAULA DE MENEZES OLIVEIRA – Graduação e Pós Graduação em
Administração;
5. MARDELEIDE DOS SANTOS OLIVEIRA – Graduação e Pós Graduação em
Letras;
6. CÉSAR ERNANI IBIAPINA RUFINO – Graduação em Administração e
Especialização em Educação.
Insta informar desde logo que as despesas oriundas da realização do concurso foram
custeadas exclusivamente com valores decorrentes dos pagamentos das inscrições por parte dos
concorrentes. O que se conclui que em nenhum momento houve lesão ao erário, como será
rechaçado adiante em tópico próprio.
De tudo que foi exposto alhures, dessume-se não haver nenhuma irregularidade
cometida pelos suplicados, pois não praticaram qualquer ato de improbidade administrativa.
Sendo que, repita-se, o que pesa sobre os mesmos, no entender da parte autoral, é o simples fato
de que a empresa vencedora não teria habilitação técnica para viabilizar o respectivo concurso, o
que a toda evidência já foi rebatido e documentalmente comprovado, ao contrário do
entendimento Ministerial.
No caso, imputa-se aos requeridos a prática de atos ilícitos descritos no art.10, inciso
VIII e caput do art.11, ambos da LIA.
Sem embargo de que a peça inaugural faz imputação genérica e não comprova o fato
de a empresa vencedora não possuir habilitação para realizar o concurso público a que alude o
presente processo.
Portanto, a firma vencedora percebeu pela prestação dos serviços executados, com a
realização do concurso, o importe de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), representado pelas
notas fiscais nºs: 141107001 e 150109002, emitidas respectivamente em 07.11.14 e 09.01.15, nos
valores respectivos de R$ 22.500,00 e R$ 17.000,00, esta paga o valor parcial de R$ 12.500,00.
O restante do produto da arrecadação foi destinado ao pagamento de despesas com taxas
bancárias pela prestação dos serviços de arrecadação, divulgação do certame e demais despesas
inerentes à realização do concurso, restando nos cofres públicos um saldo credor de R$ 2.522,67,
posição em 31.01.15 (vide extrato bancário).
Assim, sem que exista a mínima má-fé, não se pode aplicar as rígidas penalidades,
como deseja o Ministério Público, pois, é de sabença da comunidade jurídica que para aplicação
8
dos rigores da lei de improbidade faz-se necessário a exigência de bom-senso, sob pena de
abarrotar o judiciário em demandas irrelevantes como a que se apresenta no caso em liça.
Ora, o Ministério Público, no presente processo, é parte e como tal deve fazer prova
de suas alegações, nos termos do que estabelece o art. 373 do CPC, verbis:
A própria Lei nº 8.429/92, em seu art. 17, § 6º é bastante enfática em determinar que
as ações de improbidade administrativa, deverão ser instruídas com documentos ou justificativas
que contenha indícios suficientes da existência do ato ímprobo, sob pena de incorrer a parte que
alega em litigância de má-fé.
10
veiculada nos noticiários e demais informativos. Isto evita que se
coloque em risco a segurança jurídica que sob a qual deverá estar
aportado até mesmo o exercício da função pública, sem prejuízo de
estar constantemente fiscalizado pela população. (Ob. cit. pág. 161).”
Para que haja o enquadramento na figura típica de um ato ilícito administrativo, não
basta a simples causalidade material é necessário haver um liame subjetivo estabelecendo a
conexão entre a conduta típica e a participação do agente público que concorre para o ato
ímprobo. Além de que tal participação deverá ser acompanhada de dolo e de má-fé, tendente a
comprometer a dignidade da função pública ou do ato de improbidade.
11
não providas. (TRF 1ª R. – AC 2003.33.00.026449-8/BA – 3ª T. – Rel,
Juiz Tourinho Neto – DJU 28.04.2006).
14
(2006/0059673-2), 1ª Turma do STJ, Rel. Luiz Fux. J. 25.03.2008,
unânime, DJ 14.05.2008).
15
Colhe-se das lições doutrinárias e jurisprudenciais antes invocadas, que a lesão ao
erário deve ser caracterizada pela culpa grave, bem como pelo manifesto abuso de poder,
negligência e irresponsabilidade funcional.
Nenhuma dessas condutas restaram demonstradas nos autos, vez que ato de
improbidade não é um simples ato ilegal, imoral ou danoso. É um ato de corrupção, portanto o
objeto dos arts. 9°, 10 e 11, da LIA não é simplesmente o aumento patrimonial ilícito, a lesão ao
erário, nem a violação de princípios é o ato de corrupção mesmo, ou seja, o desrespeito a
probidade.
De modo que, não existe dano “presumido” ou “hipotético”, vez que para aplicação
do art. 10 da norma de regência, a lesão prevista no referido dispositivo necessita ser efetiva.
Ademais o art. 10, inciso VIII, da LIA, reclama dolo específico para a prática da
improbidade administrativa, o que não restou demonstrado.
A respeito a jurisprudência:
16
da Lei nº 8.429/1992) exige a prova de sua ocorrência, mercê da
impossibilidade de condenação ao ressarcimento ao Erário de dano
hipotético ou presumido. Precedentes do STJ: REsp 805.080/SP,
Primeira Turma, DJe 06.08.2009; REsp 939142/RJ, Primeira Turma,
DJe 10.04.2008; REsp 678.115/RS, Primeira Turma, DJ 29.11.2007;
REsp 285.305/DF, Primeira Turma, DJ 13.12.2007; e REsp 714.935/PR,
Segunda Turma, DJ 08.05.2006. 5. In casu, a ausência de má-fé dos
demandados (elemento subjetivo) coadjuvada pela inexistência de dano
ao patrimônio público, assentado no voto condutor do acórdão
recorrido, verbis: ‘Consoante se infere da perícia levada a efeito, os
serviços contratados foram efetiva e satisfatoriamente prestados, não
tendo sido registrado qualquer prejuízo ou perda financeira e/ou contábil
causado à Administração e, ao revés, reconhecida pelo Tribunal de
Contas do Estado a regularidade da licitação (fls. 857/861). Na verdade,
não restou demonstrado no curso do processo a prática de ato ilícito dos
réus que constituísse lesão ao Erário público e possibilitasse a
indenização pelos prejuízos suportados’ (fl. 1458), revela error in
judicando a análise do ilícito apenas sob o ângulo objetivo. 6. Ademais,
a exegese das regras insertas no art. 11 da Lei nº 8.429/1992,
considerada a gravidade das sanções e restrições impostas ao agente
público, deve se realizada com ponderação, máxime porque uma
interpretação ampliativa poderá acoimar de ímprobas condutas
meramente irregulares, suscetíveis de correção administrativa, posto
ausente a má-fé do administrador público e preservada a moralidade
administrativa e, a fortiori, ir além do que o legislador pretendeu. 7.
Outrossim, é cediço que não se enquadra nas espécies de improbidade o
administrador inepto. Precedentes: REsp 1149427/SC, Primeira Turma,
Julgado em 17.08.2010, DJe 09.09.2010; e REsp 734984/SP, Primeira
Turma, Julgado em 18.12.2008, DJe 16.06.2008. 8. O recurso especial
não é servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do
contexto fático-probatório dos autos, em face do óbice erigido pelo teor
da Súmula nº 7/STJ. 9. In casu, o recurso especial não reúne condições
de admissibilidade quanto à apontada violação ao art. 9º, III, § 3º, da
Lei nº 8.666/1993, mormente porque a questão relativa à participação,
nas primeiras fases de procedimento licitatório, antecedentes à
habilitação, de empresa que contava em seus quadros com a presença de
servidor da Autarquia contratante, e a posterior sanação desse vício em
razão da demissão do servidor foi solucionada pelo Tribunal a quo à luz
do contexto fático-probatório engendrado nos autos, consoante se infere
da fundamentação expendida voto condutor do acórdão recorrido,
portanto insindicável pelo STJ, ante a ratio essendi da Súmula nº 7/STJ.
10. Ad argumentandum tantum, ainda que assim não fosse, é mister
nessas hipóteses de impossibilidade alegada, que se comprove que o
servidor atuou como insider information o que, in casu, não ocorreu. 11.
Deveras, em sede de ação de improbidade administrativa da qual
exsurgem severas sanções o dolo não se presume. Precedentes do STJ:
AgRg-Ag 1324212/MG, Segunda Turma, DJe 13.10.2010; e REsp
1140315/SP, Segunda Turma, DJe 19.08.2010. 12. Recurso especial
parcialmente conhecido, e, nesta parte, desprovido.” (STJ – REsp
939.118 – (2007/0071082-0) – 1ª T. – Rel. Min. Luiz Fux – DJe
01.03.2011 – p. 376).
17
ADMINISTRATIVO – PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL
NO RECURSO ESPECIAL – DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL –
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS – ART. 541, PARÁGRAFO
ÚNICO, DO CPC C.C – 255, §§ 1º E 2º, DO RISTJ – RECLAMAÇÃO
2.138 DO STF – EFEITOS INTER PARTES – ART. 350 DO CPC –
INEXISTÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – ART. 333, I, DO CPC –
ÔNUS PROBATÓRIO DECORRENTE DAS ALEGAÇÕES DEFENSIVAS
– DANO AO ERÁRIO – CONFIGURAÇÃO – REDUÇÃO DAS
SANÇÕES – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ – AGRAVO NÃO
PROVIDO.
(...)
Dessarte, se conclui que o tipo previsto no art. 10 da LIA, cuida-se de ato desonesto,
fato ausente no presente caso, e como se comprovou ao longo desta peça contestatória, não se
identificou qualquer prejuízo ao erário, posto que não houve qualquer despesa ou pagamento
provenientes de arrecadação de receitas próprias da municipalidade, porquanto os valores pagos
à empresa organizadora do concurso, foram oriundos único e exclusivamente da arrecadação das
taxas de inscrições dos concorrentes, conforme se depreende do extrato bancário da conta
arrecadadora das taxas de inscrições, em anexo.
18
Convém destacar o ensinamento do professor CALIL SIMÃO, segundo o qual não
se pode admitir como ímprobo um ato simplesmente porque o agente o praticou sem autorização
legal.
Da abalizada lição, conclui-se somente ser ímprobo o agente que não observa o
prescrito em lei, agindo com desvio de finalidade – porém, não basta que o agente se divorcie do
previsto em lei, pois é imperioso que ele tenha o animus de alcançar benefício com tal
procedimento.
Desta forma, diante da ausência de provas que comprovem má-fé, dolo ou culpa,
bem como dano ao erário não há que se falar em cometimento de atos de improbidade, razão
pela qual a presente ação é improcedente.
Isto posto, espera-se que este digno Juízo, ao examinar os autos, o faça com os olhos
voltados para prestigiar o princípio da razoabilidade, desconsiderando as supostas irregularidades
descritas na peça Ministerial, visto que não houve lesão ao erário, nem tampouco comprovação
da prática de conduta desonesta.
Assim sendo, não restou caracterizado a perpetração de conduta dolosa que vulnere
os princípios da Administração Pública.
20
É oportuno relatar, mesmo que se admitisse a existência de ilegalidade, insta
destacar que ilegalidade e a improbidade não são, em absoluto, situações ou conceitos
intercambiáveis, não sendo juridicamente aceitável toma-se uma pela outra.
21
PROVIDO. RECURSO ESPECIAL DE JOÃO CARLOS SANTINI
DESPROVIDO. [...]. 3. A ilegalidade e a improbidade não são - em
absoluto, situações ou conceitos intercambiáveis, não sendo
juridicamente aceitável tomar-se uma pela outra (ou vice-versa), eis
que cada uma delas tem a sua peculiar conformação estrita: a
improbidade é, dest'arte, uma ilegalidade qualificada pelo intuito
malsão do agente, atuando sob impulsos eivados de desonestidade,
malícia, dolo ou culpa grave. 4.[...]. 7. Recurso Especial de Tarcísio
Cardoso Tonhá conhecido parcialmente, e nesta extensão, provido tão
somente para reconhecer a inexistência de dolo e, consequentemente, do
próprio ato ímprobo, em relação ao contrato de prestação de serviços
advocatícios. Negado provimento ao Recurso Especial de João Carlos
Santini. (REsp. 1416313/MT, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO 1º T. julgado em 26/11/2013, DJe, 12/12/2013).
22
dilapidando efetivamente seu patrimônio ou de que eles estariam na
iminência de fazê-lo (colocando em risco eventual ressarcimento ao
erário). O requisito do periculum in mora estaria implícito no referido
art. 7º, parágrafo único, da Lei 8.429/1992, que visa assegurar “o
integral ressarcimento” de eventual prejuízo ao erário, o que, inclusive,
atende à determinação contida no art. 37, § 4º, da CF (REsp 1.319.515-
ES, Primeira Seção, DJe 21/9/2012; e EREsp 1.315.092-RJ, Primeira
Seção, DJe 7/6/2013). Ora, como a indisponibilidade dos bens visa
evitar que ocorra a dilapidação patrimonial, não é razoável aguardar
atos concretos direcionados à sua diminuição ou dissipação, na medida
em que exigir a comprovação de que esse fato estaria ocorrendo ou
prestes a ocorrer tornaria difícil a efetivação da medida cautelar em
análise (REsp 1.115.452-MA, Segunda Turma, DJ 20/4/2010). Além do
mais, o disposto no referido art. 7º em nenhum momento exige o
requisito da urgência, reclamando apenas a demonstração, numa
cognição sumária, de que o ato de improbidade causou lesão ao
patrimônio público ou ensejou enriquecimento ilícito. REsp 1.366.721-
BA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Og
Fernandes, julgado em 26/2/2014.
Muito embora não se admita no vertente caso a prática de conduta ímproba por parte
dos requeridos, por amor ao embate jurídico, urge esclarecer que o juiz mesmo na hipótese de
23
configuração de ato de improbidade, deve em caso de eventual aplicação de penalidade, observar
a gravidade do dano, e se o agente com tal prática auferiu proveito patrimonial, ocasionou
prejuízo ao erário ou ofendeu gravemente os princípios da Administração, é que não há a
obrigatoriedade de aplicação cumulativa das sanções, cabendo ao magistrado fundamentar a
dosimetria da penalidade a ser aplicada em obediência aos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade e aos fins sociais a que a Lei de Improbidade Administrativa se propõe.
“Art.12................................................................................
(...)
Parágrafo único. Na fixação das penas prevista nesta Lei, o Juiz levará
em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito
patrimonial obtido pelo agente”.
25
a) o acolhimento da preliminar suscitada, declarando a extinção do processo sem
resolução de mérito, ante a ausência de interesse de agir;
b) superada a preliminar, que no mérito, por não restar demonstrado nos autos
lesão ao erário, perda patrimonial, desvio, apropriação, ou dilapidação dos
bens ou haveres do município e nem violação aos princípios constitucionais,
quais sejam, os deveres de honestidade, legalidade e lealdade às instituições, e
nem cometimento, mesmo de irregularidade, requer seja julgada improcedente
a presente ação, diante da inexistência de qualquer prática de ato de
improbidade, apontada na inicial.
Nestes termos,
Pede deferimento.
26