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Guia para

Ministros
Adventistas do Sétimo Dia

Preparado pela Associação Ministerial


da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia

Tradução
César Luís Pagani

Casa Publicadora Brasileira


Tatuí, SP
Título original em inglês:
S e v e n t h - d a y A d v e n t i s t M i n i s t e r ’s H a n d b o o k

Copyright © da edição em inglês: Ministerial Association


o f the General Conference o f Seventh-day Adventists, Silver Spring, EUA.
Direitos internacionais reservados.
Direitos de tradução epublicação em
língua portuguesa reservados à
C a sa P u b l ic a d o r a B r a s il e ir a
Rodovia S P 127 - km 106
Caixa Postal 34 - 18270-000 - Tatuí, S P
Tel.: (15) 3205-8800 - Fax: (15) 3205-890C
Atendimento ao cliente: (15) 3205-8888
www.cpb.com.br
6a edição: 5,1 mil exemplares
Tiragem acumulada: 14,6 milheiros
2010
Editoração: Zinaldo A. Santos e Paulo Roberto Pinheiro
Revisão: Ranieri Barreto Sales
Programação Visual: André Rodrigues
Capa: André Rodrigues
IM PR ESSO N O BRA SIL / Printed in Brazil
D a d o s In tern acion ais de C atalogação na P u b licação (CIP)
(C âm ara B rasile ira d o L ivro, SP, B rasil)

Guia para Ministros Adventistas do Sétimo D ia /


preparado e publicado pela Associação
Ministerial da Associação Geral dos Adventistas
do Sétimo D ia ; tradução César Luís Pagani. -
Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2010.

Título original: Seventh-day Adventist


minister’s handbook.

1. Adventistas do Sétimo D ia 2. Igrejas


Evangélicas - Cerimônias e práticas 3 - Ministros
do culto - Manuais, guias etc. I. Associação
Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do
Sétimo Dia.

10-00500 _____________________________________________________________________ c d d - 286.732

ín d ic es p a ra catálo go sistem ático:

1. Adventistas do Sétimo Dia : Ministros do


culto : Ministério : Manual : Cristianismo
286.732

A menos que haja menção em contrário, os textos bíblicos deste livro


rorain extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada, segunda edição.

I\ Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução


total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia
EWTo«nnuADA autorização escrita do autor e da Editora.
Tipologia: Fairfield, 11/15 - 5194/21331 - ISBN 978-85-345-1281-7
Sumário

1. O C h a m a d o ......................................................................................... 10

2. Form ação E sp iritu a l......................................................................... 14

3. Relacionamentos In terp esso ais..................................................... 18

4. Adm inistração do Tempo ............................................................... 22

5. Saúde P e ss o a l..................................................................................... 26

6. Aparência Pessoal .............................................................................29

7. Finanças Pessoais .............................................................................. 31

8. Vida Familiar .....................................................................................34

9. Ética Pastoral ..................................................................................... 37

10. Desenvolvimento Profissional ....................................................... 44

11. Relacionamento com a Organização da Ig re ja ......................... 46

12. Serviços D epartam entais ............................................................... 50

13. Norm as da I g re ja ...............................................................................76

14. Credenciais e L ic e n ç a s.................................................................... 78

15. O rdenação............................................................................................ 82

16. Cerim ônia de O rd en ação................................................................ 87

17. Implantação, Organização, União e Dissolução de Igrejas .... 93

18. Liderança da Ig re ja ........................................................................... 99

19. Ministério de Todos os Membros .............................................. 105

20. Grandes Distritos ........................................................................... 111

21. Crescimento da Ig re ja .................................................................... 114


22. O Culto de Adoração ............................................... .................... 119

23. Com panheirism o e Visitação ....................................................... 128

24. A con selh am en to.............................................................................. 133

25. A Com unidade E c le siá stic a ......................................................... 136

26. Finanças da Igreja .......................................................................... 144

27. Instalações da Igreja ...................................................................... 149

28. Disciplina Eclesiástica .................................................................. 155

29. A Escola da Ig re ja ........................................................................... 160

30. Batismo .............................................................................................. 162

31. O Rito da Comunhão .................................................................... 167

32. Casam ento ........................................................................................ 173

33. Dedicação de C r ia n ç a s.................................................................. 184

34. Unção e Libertação ........................................................................ 188

35. Funerais ............................................................................................ 193

36. Lançamento de Pedra Fundamental, Inauguração

e Dedicação de Igrejas ..................................................................203

37. Bênção Para o Lar .......................................................................... 215

38. Adm issão em um Novo Distrito ................................................. 219

39. Ju b ila ç ã o ............................................................................................ 226

índice Geral ...................................................................................... 230

-s
Agradecimentos

Por muito tempo no passado, o G uia Para Ministros


tem sido um instrumento valioso para a instrução e referência rápida
do pastor adventista do sétimo dia. Em 1992, o título deste trabalho
foi mudado para M anual Para Ministros, e novamente renomeado
como G uia Para Ministros no Concílio Anual de 1994. Floyd Bre-
see, então secretário ministerial da Associação G eral (1985-1992),
trabalhou como o principal redator da edição de 1992, a qual con­
tribuiu de modo muito significativo por quase duas décadas para o
ministério mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em razão
das rápidas m udanças na sociedade e na tecnologia, bem como do
crescimento da igreja durante esse tempo, a Associação Ministerial
da A ssociação Geral decidiu novamente revisar e atualizar a edição
anterior, para refletir as necessidades presentes do ministério pasto­
ral. Com gratidão reconhecemos a ajuda daqueles que contribuíram
para a preparação deste Guia.
P esquisa. O s secretários ministeriais das Divisões mundiais bus­
caram conselho de pastores em seus Cam pos, os quais contribuí­
ram com ideias para inclusão no Guia. Edições anteriores da revista
Ministry foram pesquisadas. A edição anterior do G uia foi estudada,
juntamente com o M anual da Igreja e o Livro de Regulamentos da As­
sociação Geral, a fim de focalizar assuntos de interesse e preocupação
dos pastores.
R ed ação. Trabalhando com base na edição de 1992, Gary Pat­
terson escreveu este manuscrito, com a assistência de Rae Patter­
son. Myrna Tetz fez a editoração principal.
Leitura. O manuscrito foi enviado a uma comissão mundial de revi­
são e leitura, composta de pastores, secretários ministeriais e adminis­
tradores para sugestões e mudanças, com menção especial para Israel
Olaore, Ranieri Barreto Sales e Bonita Shields. A aprovação final foi
realizada pela equipe da Associação Ministerial da Associação Geral:
Jonas Arrais, Jam es A. Cress, Sharon M. Cress, Willie E. Hucks II, An­
thony R. Kent, Cathy Payne, Peter J. Prime e Nicolaus Satelmajer.
P u blicação. Em relação à edição original em inglês, Cathy Pay­
ne dirigiu o processo de programação visual gráfica, Jam es Cavil re­
visou o manuscrito, Erika Miike atuou como designer e o Centro de
Recursos M inisteriais da A ssociação Geral coordenou a impressão e
distribuição do Guia.
M uitos outros contribuíram dando conselhos e dedicando tem ­
po na preparação deste Guia. A cada um estendemos nosso sincero
agradecimento.
Prefácio

Cristo convoca todos OS Seus seguidores ao m inisté­


rio, e todo cristão tem o privilégio e o dever de servir no m inisté­
rio como parte do estilo cristão de vida. M as alguns recebem um
cham ado adicional para o m inistério de tempo integral como uma
vocação, para atender especificam ente às necessidades da igreja e
conduzi-la no trabalho de m inistrar às necessidades m ais am plas
da sociedade, dando testem unho, cuidado am oroso e graça salva­
dora a um mundo agonizante. Este G uia foi preparado especifica­
mente para esses m inistérios, que se dividem principalm ente em
três categorias:
1. M inistério pastoral provido tanto para indivíduos como para o
corpo da igreja.
2. Testemunho evangelístico e proclamação do evangelho.
3. Liderança administrativa na estrutura da igreja.

Recursos
A fim de atuar efetivamente nessas áreas do ministério, o pastor
adventista precisa ser bem versado nos quatro seguintes recursos es­
senciais, que a igreja provê para a liderança ministerial e eclesiástica:
1. O M anual da Igreja, votado em uma sessão plenária da
A ssociação Geral.
2. O G uia Para Ministros, que fornece diretrizes para o trabalho
do pastor.
3. O G uia Para Anciãos, que ajuda o pastor na capacitação dos
anciãos locais como associados na obra e ministério da igreja.
4. Pastoral Ministry, uma compilação dos escritos de Ellen G.
White especificam ente voltados ao trabalho do pastor.
N um esforço de prover esses materiais para o pastor e enfatizar
a importância de seu uso no ministério, a Associação Ministerial
publicou em inglês esses quatro volumes, no mesmo tamanho e for­
mato, a fim de compor uma coleção para uso fácil.
Visto que este G uia pressupõe que o pastor tenha acesso ao
M anual da Igreja, as referências a ele serão lim itadas em exten­
são. No entanto, sendo que o M anual da Igreja perm an ece como
fonte autoritativa para o funcionam ento da igreja, e ssa s referên­
cias aparecerão com frequên cia em algu m as seçõ es deste G uia.

Todos os Ministros
A ênfase essencial do G uia Para Ministros está no ministério
pastoral. Porém, ela se aplica amplamente a todos os ministérios, e
aqueles que servem em ministérios especializados e na adm inistra­
ção tam bém serão beneficiados com sua utilização. A Igreja Adven-
tista do Sétim o Dia conta com os serviços de homens e mulheres e,
em reconhecimento desse ministério inclusivo, o G uia busca usar
linguagem abrangente em gênero.

Unidade sem Uniform idade


Sendo que os ministros adventistas têm crescido em número,
são capacitados e servem a uma multidão de etnias, culturas e lin­
guagens diferentes ao redor do mundo, é indispensável que a igreja
trabalhe com sensibilidade nas culturas em que atua. Conquanto
este G uia deva ser traduzível em muitos idiomas e adaptável às con­
dições e costum es locais, há também necessidade de haver uma
coordenação adequada de planos e programas pastorais para criar
um ministério unido em nível mundial.
Este G uia foi inicialmente preparado para incrementar a unidade
do ministério pastoral em todo o mundo e é agora apresentado em
forma revisada. Em bora nenhuma ordem fixa seja estabelecida para
as várias cerimônias da igreja, a unidade deve ser mantida na ordem
geral dos cultos e formas de adoração. “Tudo, porém, seja feito com
decência e ordem” (IC o 14:40).
Por causa da diversidade da igreja mundial, o G uia não prescre­
ve um modelo rígido, m as provê um padrão geral para cada área do
ministério. Onde a cultura for imperiosa, as Divisões podem incluir
adaptações adicionando notas de rodapé ou apêndices.
Em bora a ênfase dos manuais e guias tenda a focalizar as técni­
cas, a maior necessidade que temos como pastores é de um constan­
te relacionamento com nosso Senhor. Parte do preparo deste G uia
envolveu muita oração para que seu uso fortaleça espiritual e profis­
sionalmente o ministério da Igreja Adventista.

Jam es C ress
Secretário M inisterial da
Associação Geral dos Adventistas do Sétimo D ia1

1 Nota dos editores: o pastor James Cress faleceu em novembro de 2009.


C A P Í T U L O 1

O Chamado

Aqueles que receberam um cham ado para o m i­


nistério evangélico também recebem , ao m esm o tempo, um cha­
m ado pessoal de Cristo. Além disso, eles aceitam um convite da
com unidade da igreja, que reconhece o cham ado e o reafirm a em ­
pregando e credenciando o indivíduo para o m inistério pastoral.
Em am bos os casos, o cham ado vem de C risto e inclui três qualifi­
cações espirituais distintas.

1. Colaboradores de Cristo
O m inistério é um privilégio. Çregar o evangelho de Jesus Cristo
deve ser considerado um alto privilégio concedido à humanidade pelo
próprio Senhor, porque o chamado não é de origem humana, mas di­
vina. “A maior obra, o mais nobre esforço em que se possam homens
empenhar, é encaminhar pecadores ao Cordeiro de Deus. Ministros
fiéis são colaboradores do Senhor na realização de Seus desígnios"
(Obreiros Evangélicos, p. 18).
M inistério: um a design ação divina. “Deus tem uma igreja, e ela
tem um ministério designado por Ele” (Testemunhos Para Ministros, p.
52). Existem muitas oportunidades de trabalho no mundo empresarial
e estão abertas à escolha do indivíduo. Por causa da singularidade de
sua designação divina, o ministério é mais do que uma profissão. Ele
é uma vocação. “Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, se­
não quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão” (Hb 5:4).
P rep aro m in iste ria l. Ter recebido um cham ado ao m in isté­
rio não exclui a n ecessidade de cuidadosa capacitação e preparo
para o serviço. A ntes, ele motiva e im pele os vocacionados para
0 C ham ado 111

despender tem po e esforços indispensáveis ao cum prim ento do


cham ado. M oisés empregou muitos anos no preparo para a lide­
rança e serviço a Israel. M esm o nosso Senhor Je su s C risto d es­
pendeu décad as preparando-Se para o Seu m inistério.
O s ministros de Deus não se devem considerar “autoconvocados .
Com o ocorreu com o apóstolo Paulo, a iniciativa não é do indivíduo,
m as do Senhor. Paulo não optou pelo ministério evangélico, mas
Deus o escolheu para essa tarefa. A escolha de Paulo era atender ou
não ao cham ado divino. Um cham ado para o ministério evangélico
é um a convocação para tornar-se embaixador de Cristo. Ele exige
comprometimento pleno do indivíduo com sua alta vocação.

2. Relação Pessoal com Cristo


O s primeiros apóstolos foram bem-sucedidos no encaminhar ou­
tros a Cristo porque eles próprios já haviam se achegado ao Senhor.
Os homens podem dar aos outros apenas o que eles mesmos pos­
suem. A fim de partilhar as boas-novas da salvadora graça de Cristo,
é preciso tê-la experimentado e viver diariamente nela.
Depois dos discípulos aceitarem o convite de Cristo, eles p as­
saram os três anos seguintes em relacionamento pessoal com Ele,
aprendendo Sua maneira de servir e alcançar as pessoas. Som en­
te então se acharam preparados para ministrar com sucesso. Saulo
teve um a visão de Cristo na estrada de D am asco, e isso o levou a
perguntar: “Senhor, que queres que faça?” (At 9:6, ARC). Depois
de muita oração e busca, ele recebeu o nome de Paulo e, como
aconteceu com os dem ais apóstolos, descobriu que o poder de ape­
lar aos corações humanos resulta do relacionamento pessoal e expe­
riência com Cristo.
Se rv ir com o E le serviu. Viver como C risto viveu significa ser­
vir como Ele s;erviu. Jesu s viveu para abençoar os outros. Ele viveu
para amar. Por natureza, a humanidade já nasce egoísta, e somente
12 IG u ia Para M in istro s

pela graça podem os aprender a viver como Cristo viveu e ministrar


como Ele ministrou. O ministério de êxito segue o lema de João
Batista: “Convém que Ele cresça e que eu dim inua’’ (Jo 3:30). “Os
que possuem m ais profunda experiência nas coisas de D eus são
os que m ais se afastam do orgulho e da presunção. Com o tenham
elevada concepção da glória de D eus, sentem que lhes é dem asia­
do honroso ocupar o m ais humilde lugar em Seu serviço ’ (Obreiros
Evangélicos, p. 142).
G ostar de servir é gostar do ministério. Todavia, os ministros
precisam sentir que o ministério evangélico não os torna mais im ­
portantes do que os outros, ou que essa seja a única vocação para a
qual as pessoas são cham adas. Para um indivíduo, o trabalho mais
importante é qualquer trabalho que D eus lhe pedir para fazer, ser­
vindo à maior causa no mundo. Deus cham a a todos, cada membro
de cada congregação, para alguma forma de ministério e serviço.

3. Capacitação Pessoal Concedida por Cristo


M inistros precisam apresentar uma variedade de caracte­
rísticas, com o fidelidade, pureza moral, integridade, liderança
espiritual, inteligência, bom senso, habilidades relacionais e cap a­
cidade para ensinar. A queles que são cham ados por C risto serão
por Ele fortalecidos. A todos os que C risto cham a Ele capacita.
Ele não cham a para o fracasso. N em todos possuem os m esm os
dons, m as Ele proverá a capacitação n ecessária para a obtenção
do sucesso no cum prim ento do que ordena fazer. C om o decla­
rou Paulo: “Sou grato para com Aquele que me fortaleceu, C risto
Je su s, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-m e para
o m inistério“ (iTm 1:12).
“O s inexauríveis depósitos celestes acham-se à sua disposição.
Cristo lhes concede o fôlego de Seu Espírito, a vida de Sua própria
0 C ham ado 11 3

vida. O Espírito Santo desenvolve a máxima energia para operar no


espírito e no coração. A graça de D eus dilata e multiplica-lhes as
faculdades, e toda perfeição da natureza divina lhes vem em auxí­
lio na obra de salvar almas. íMediante a cooperação com Cristo, tor-
nam-se perfeitos n Ele, e, em sua fraqueza humana, são habilitados a
praticar as obras da onipotência" (Obreiros Evangélicos, p. 112, 113).
C A P Í T U L O 2

Formação Espiritual

O discipulado tem de Se tornar um a disciplina e s­


piritual pessoal, resultando numa dim ensão particular antes que
possa exercer influência pública. Com o resposta à iniciativa de
D eus, não podem os iniciar o discipulado por nossa própria conta.
E sse com prom isso nos leva a nos centralizarm os nEle, enquanto
C risto Se torna a paixão de nossa vida. O estudo reservado da Pa­
lavra de D eus, a m editação e a oração são elementos essenciais à
vida pessoal do pastor.
E ssen cial à liderança. O fervoroso pedido do salm ista: “Cria em
mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espíri­
to inabalável” (SI 51:10) pode ser descrito como o essencial básico
para a liderança pastoral. Sem essa dim ensão espiritual, a liderança
ministerial torna-se pouco m ais do que a implementação de teorias
psicológicas, métodos organizacionais e técnicas motivacionais. O
poder real no ministério brota da espiritualidade resultante de um
encontro pessoal com Cristo.
E sse n cial ao evangelism o. Cristo instruiu Seus discípulos: “E
Eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a M im m esm o’’
(Jo 12:32). Conhecer Jesu s e exaltá-Lo diante das pessoas resulta na
essência do êxito na conquista de almas.
E sse n cial à pregação. A preparação de serm ões requer signifi­
cativo tempo de estudo da Bíblia e oração. Ela tem de estar de mãos
dadas com a devoção pessoal e o estudo. Ninguém pode, convin­
cente e honestamente, prover material espiritual para a congregação
a menos que o poder desse material derive da experiência pessoal
com o Senhor.
F o r m a ç ã o E s p ir it u a l 11 5

Barreiras à Experiência Espiritual


1. F alta de depen dên cia. “H á risco de confiar em planos e m é­
todos humanos. Vem a tendência de orar menos e ter menos fé.
Com o os discípulos, arriscam o-nos a perder de vista nossa depen­
dência de D eus, e fazer de nossa atividade um salvador” (O Dese­
jado de Todas as Nações, p. 362). M as perder a trilha da fonte de
poder resulta em fracasso na busca da guia divina. Através de Jere­
m ias, D eus assegurou aos cativos em Babilônia que tinham perdido
o senso da Sua direção: "Buscar-M e-eis e M e achareis quando Me
buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29:13).
2. F alta de tem po. Achar tempo para a disciplina espiritual é,
basicamente, uma questão de prioridades. Todos dispõem da mesma
quantidade de tempo cada dia. O problema é como administrar o
tempo e o que selecionamos como prioridade para empregá-lo. Se
a oração, o estudo da Palavra de D eus e a devoção particular são
coisas consideradas importantes do ministério e da vida pessoal, en­
tão tempo será separado para esse fim. Jesus advertiu o povo que O
ouvia: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça,
e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33).
3. F alta de privacidade. Nem sempre é possível fixar horários
rígidos e lugares para a devoção particular. Porém, mesmo sob pres­
são das necessidades da família e da igreja, os ministros precisam
assegurar-se de separar tempo para estudo e oração. “Todos quantos
se acham sob as instruções de Deus precisam da hora tranquila para
comunhão com o próprio coração, com a natureza e com Deus. [...]
Devemos, individualmente, ouvi-Lo falar ao coração. Quando todas
as outras vozes silenciam e, em sossego, esperam os diante dEle, o
silêncio da alm a torna mais distinta a voz de D eus” (A Ciência do
Bom Viver, p. 58).
4. F alta de planejam ento. Sem um plano específico, não será
possível progredir muito na vida devocional. Dentro da agenda
161 G u ia Para M in istro s

normalmente diversificada do pastor, o plano, é claro, precisa ser fle­


xível. De fato, sem um objetivo específico e planejamento, é fácil
permitir que a devoção pessoal seja posta de lado. Em acréscimo ao
estudo particular, um grupo de apoio espiritual pode prover oportu­
nidade para compartilhar com outros as experiências espirituais.
5. Falta de disciplina. O crescimento espiritual requer autodiscipli-
na. Como qualquer atividade que requeira aptidão ou responsabilidade,
seja ela espiritual, física ou voltada para a família, cumprir a tarefa re­
quer disciplina. A vida devocional não deveria ser considerada um fim
em si mesma. O foco não deve ser posto na quantidade de tempo des­
pendido, ou no número de páginas lidas ou nos sentimentos espirituais.
Antes, o crescimento espiritual precisa estar fundamentado na comu­
nhão com Deus. "E a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, o único
Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17:3).

Métodos Devocionais
Leitura. A leitura ajuda a manter o relacionamento com Deus reno­
vado e vívido. Considere a Escritura como a forma física de Sua comu­
nicação com a humanidade e a fonte principal de estudo devocional e
oração. Seu plano de leitura não deve ignorar a valiosa contribuição de
Ellen White e também deve incluir alguns dos grandes clássicos devo­
cionais cristãos, bem como publicações ministeriais práticas.
O ração e m editação. Enquanto a oração dá ênfase à conversa­
ção, a meditação na Palavra de Deus dá relevo ao ouvir e concentrar
o pensamento em Deus. “Far-nos-ia bem passar diariamente uma
hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por
ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especial­
mente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós,
nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e
seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito” (O Desejado
de Todas as Nações, p. 83).
F o r m a ç ã o E s p ir it u a l 11 7

O ração de louvor. A oração deve começar com louvor. Pode-se


aprender muito da vida de Jesus sobre a importância e a eficácia da
oração. Ele orava bem cedo de manhã (Mc 1:35). Passava noites intei­
ras em oração (Lc 6:12). Algumas vezes retirava-Se de Seu ministério
direto para orar (Lc 5:16). Seu poder para o ministério provinha de
uma vida de oração (Lc 3:21, 22). A oração O preparou para a hora
mais escura de Sua vida (Mt 26:36-46).
O ração pen iten cial. Oração e confissão nas devoções particula­
res não podem ser consideradas da m esma forma que a oração pú­
blica, onde as pessoas normalmente oram muito sobre generalidades
com relação às preocupações dos ouvintes. O arrependimento devo-
cional deve ser muito pessoal e específico, reconhecendo as falhas
individuais e a necessidade de vitória sobre o pecado.
O ração in tercessória. Muitos são os pedidos de oração que che­
gam à igreja e ao pastor. Em seu ministério, Paulo instruiu Timóteo:
"Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, ora­
ções, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens”
(lTm 2:1). Cristo, nosso exemplo, orou até por aqueles que O esta­
vam crucificando.
C A P Í T U L O 3

Relacionamentos
Interpessoais
A instrução de Cristo a Seus discípulos antes da as­
censão foi dirigida ao cuidado pelas pessoas. E essa diretriz estende-
se a todos os aspectos do ministério pastoral. O supremo interesse
do pastor deve estar em servir às pessoas. Por importantes que sejam
o estudo, a pregação, a administração, o ensino ou outro aspecto do
ministério, se o serviço não estiver centralizado nas pessoas, o minis­
tro de Jesus Cristo não terá sucesso. As pessoas são a especialidade
do pastor. N esse trabalho, as características pessoais de integrida­
de e cordialidade superam em muito as habilidades profissionais.
“O tato e o critério centuplicam a utilidade do obreiro” (Obreiros
Evangélicos, p. 119).

Amar as Pessoas
O s pastores têm de am ar as pessoas. Jesus disse: “Nisto conhece­
rão todos que sois M eus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”
(Jo 13:35). Cristo empregou a figura do pastor de ovelhas para descre­
ver Sua relação com Seu povo e a obra do ministério. Ele declarou:
“Eu Sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mer­
cenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o
lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa.
O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as
ovelhas” (Jo 10:11-13). O mercenário vê a obra de pastorear apenas
como um trabalho que pode ser facilmente abandonado sob pressão.
M oisés, suplicando por seu povo no M onte Sinai, demonstrou
notavelmente o ideal do amor pastoral. D epois de Israel haver
R e la c io n a m e n t o s I n te r p es s o a is 11 9

adorado o bezerro de ouro, ele intercedeu junto a D eus em seu


favor. “Intercedendo M oisés por Israel, desapareceu-lhe a timidez
ante seu profundo interesse e amor por aqueles em favor dos quais
havia sido, nas m ãos de D eus, o meio para se fazerem tão grandes
coisas. [...] Seu interesse por Israel não se originara em qualquer
intuito egoísta. A prosperidade do povo escolhido de D eus era-
lhe m ais valiosa do que a honra pessoal, m ais apreciada do que o
privilégio de tornar-se o pai de um a poderosa nação” (Patriarcas e
Profetas, p. 319).
A m an do p e sso as desagradáveis. Amar a humanidade em geral
é um conceito amplamente aceito sem hesitação. M as amar pessoas
defeituosas em particular pode ser categorizado como uma das mais
difíceis tarefas de vida pastoral. O s pastores devem ser capazes de
ver as pessoas tais como são, e ainda não perder de vista aquilo em
que podem se tornar pela graça de Deus. Para ser um verdadeiro
pastor, os pastores necessitam servir como Cristo serviu. "Vendo Ele
as multidões, com padeceu-Se delas, porque estavam aflitas e exaus­
tas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9:36).
Ser compassivo como Jesu s significa ir além da mera simpatia
pela decaída natureza humana. Essa compaixão não apenas aceita
as pessoas como são em suas imperfeições, como também busca
ajudá-las a alcançar a vitória em Cristo.
A m an do p e sso a s p ertu rb ad oras. Cristo incluiu am ar pessoas
perturbadoras e m ás em Sua exortação para o bom pastorado. Às
vezes, quando as pessoas criticam, entendem mal, e até acusam fal­
samente, o exemplo de Cristo demonstra claramente a resposta de
amor do verdadeiro pastor. M esm o quando suspenso na cruz, Cristo
perdoou aqueles que o pregaram nela. Assim, Ele demonstrou que o
verdadeiro perdão está baseado não numa m udança de ações e atitu­
des daqueles que estão errados, m as na atitude de alguém que per­
doa voluntariamente.
2 0 1G u ia Para M in istro s

Perdoar genuinamente aqueles que se ocupam de maltratar os ou­


tros descreve melhor o teste do amor cristão. Se esse perdão for ou
não recebido por eles, fica sob sua própria escolha. Realmente, há
consequências que resultam de um comportamento pecam inoso ir­
reversível; no entanto, no ato de perdoar, a pessoa não precisa estabe­
lecer quem agiu errado, m as considerar o perdão como uma questão
de “suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente [...]. Assim
como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós" (Cl 3:13).

Am izades
As am izades existem naturalmente e são um dom de Deus. E n ­
tre os discípulos, Pedro, Tiago e João desfrutavam relacionamento
único e especial com Cristo. Semelhantemente, os pastores encon­
trarão e desfrutarão a amizade de pessoas com quem trabalham e
servem. Am izades fidedignas e íntimas não são apenas aceitáveis,
m as indicam competência relacional e maturidade emocional da
parte do pastor.
Todo o m undo p recisa de am igos íntim os. As am izades aju­
dam no desenvolvimento de uma visão realística de nossas virtudes
e limitações pessoais. Um amigo não apenas oferece apoio, como
também provê percepção adicional à vida e ao ministério. A pessoa
pode abrir-se e comunicar-se francamente com um amigo íntimo e,
obviamente, a esposa se torna uma fonte ideal desse tipo de am i­
zade. Todavia, a esposa não pode ser tudo o que um amigo precisa
ser, a menos que a comunicação de ideias, ideais, planos, temores,
fracassos e frustrações seja aberta, honesta e devotadamente parti­
lhada um com o outro. Embora a amizade com o cônjuge deva ser a
mais completa, se ela é a única confidente, isso torna muito pesada
a carga sobre ela.
A Associação Ministerial da A ssociação Geral deseja que o secre­
tário ministerial da A ssociação/M issão seja a pessoa disponível para
R ela c io n a m e n t o s I n te r p es s o a is 12 1

ser amigo íntimo dos pastores. Porém, frequentemente os ministros e


suas esposas não se sentem confortáveis confiando particularidades
àqueles que estão envolvidos com as questões de disciplina m iniste­
rial. N esses casos, um colega pode servir como amigo e confidente.
Tais pastores amiudadamente partilham problemas e frustrações si­
milares e compreendem a vida uns dos outros mais completamente
que qualquer outra pessoa.
A m ig o s ín tim o s na c o n g re g a ç ã o . E m bora seja n atural en ­
contrar am igos íntim os na congregação, há algu m as p recau ­
ções que precisam ser observadas em tais relacionam entos. O s
pastores precisam m anter um espírito saudável entre todos os
m em bros da congregação, evitando p arcialidade com qualquer
p esso a. P astores têm de sab er da im portân cia de se esforçar
para m anter relacionam ento am ável com os in diferentes e d e ­
sin teressad os, assim com o têm com aqueles que são en tu siastas
e cooperadores. Tam bém , a n ecessid ad e de con fid en cialidad e
restringe a p artilh a de problem as com outros na congregação.
A m izades ín tim as com an ciãos norm alm ente fogem à crítica,
porque os m em bros esperam que esse s asso ciad o s pastorais
desfru tem tal relacionam ento.
R elacion am entos com a com unidade. As comunidades adven-
tistas que procuram enaltecer valores e cumprir uma m issão não
reconhecida pelo mundo em geral podem, às vezes, ser tidas como
isoladas das comunidades dentro das quais existem. E ssas com u­
nidades podem interpretar esse foco como indiferença inamistosa
e uma noção de superioridade espiritual. O s pastores devem estar
ativamente envolvidos com a comunidade, buscando fazer parte de
associações locais de pastores e organizações de serviços à comuni­
dade. Não somente existem muitos itens de interesse comum, mas
esses podem gerar valiosas am izades profissionais que abrem opor­
tunidades para ministrar e testemunhar.
CAPÍTULO 4

Administração do Tempo

O Dom do Tempo
O tempo é concedido como um dom a todas as pessoas. A questão
não é se temos mais tempo do que os outros, mas como cada um ad­
ministra esse dom. A razão de alguns parecerem realizar mais do que
outros, está nas prioridades que escolhem e como usam o tempo. Jesus
enfatizou a importância da administração do tempo quando declarou:
“E necessário que façamos as obras dAquele que Me enviou, enquanto
é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar" (Jo 9:4).

O Sábio Uso do Tempo


1. Planeje. O planejamento aumenta a eficiência. Fixe as metas
e os objetivos priorizando as coisas mais necessárias, e então faça
um esquem a de tempo para atingir essas metas. Sem tal plano, a
pessoa pode facilmente ser conduzida de tarefa em tarefa, frequen­
temente seguindo o prazer e evitando a dificuldade, enquanto ne­
gligencia as tarefas mais importantes. “Quando vos levantardes pela
manhã, considerai, tanto quanto possível, o trabalho que deveis efe­
tuar durante o dia. C aso seja necessário, tende um bloco de anota­
ções em que escrevais as coisas a serem feitas, e estabelecei-vos o
tempo em que deveis realizar o trabalho" (Evangelismo, p. 652).
O s planos devem ser flexíveis. Não planeje de forma tão rígida
que as exceções e as emergência não possam ser tratadas. A falha
em atender a emergências em nome da adm inistração de tempo,
torna-se ofensiva àqueles que se acham em necessidade. Um plano
tão preciso e detalhado que não possa ser seguido de modo realista
provavelmente será abandonado.
A d m in is t r a ç ã o do T e m p o 12 3

O planejamento de tempo precisa ser comunicado aos colabora­


dores e tam bém à congregação. Discuta o plano de trabalho pastoral
e as responsabilidades com a com issão da igreja, e então o apresente
à congregação. Com unique com clareza que o pastor sempre estará
disponível para emergências, porém, num esforço para fazer o m e­
lhor uso do tempo disponível, são necessárias algum as limitações.
O horário do pastor pode ser afixado na porta de seu gabinete e
tam bém incluído no boletim ou em outro meio de com unicação da
igreja. Que ele faça todo esforço possível para estar disponível nos
horários marcados.
Gerenciar o uso do telefone é muitíssimo importante para as p es­
soas que cham am e as secretárias eletrônicas não devem assum ir
essa importância. A s ligações para o pastor e para o escritório da
igreja precisam ser respondidas pessoalmente. Portanto, quando são
usados dispositivos de atendimento automático, deixar de responder
prontamente é atitude inadequada e grosseira. As cham adas tam ­
bém podem ser reencaminhadas a outro ramal, em que alguém foi
designado para atendê-las.
A correspondência escrita e os e-mails podem se transformar em
significativos consumidores de tempo do pastor. Equilibrar a impor­
tância de responder e a m assa de comunicação não é tarefa peque­
na, e alguém pode facilmente chegar a extremos gastando muito
tempo em correspondência trivial ou em simplesmente não respon­
der a solicitações legítimas. Evite o trivial, m as respeite o legítimo.
É preciso cuidado naquilo que o pastor comunica, seja em cartas
ou e-mails. O que o pastor escreve tem longa vida após o momento
da escrita. Esteja certo de que as palavras registradas continuarão a
contribuir para o ministério e não para miná-lo.
2. C rie o seu horário nobre. O s níveis de picos de trabalho e
energia criativa variam de pessoa para pessoa. Para alguns, eles po­
dem ser a primeira coisa pela manhã; para outros, podem ocorrer à
2 4 1G u ia Para M in istro s

noite. N esse ponto, ninguém é melhor que o outro. É apenas ques­


tão de individualidade. Todavia, não procrastine. Faça um trabalho
criativo e bem pensado quando o nível de energia para sua realiza­
ção estiver bem elevado.
3. P rocu re a aju da de outros. Auxiliares de escritório, se dispo­
níveis, aum entam em muito a eficiência do pastor ao lidarem com
os detalhes do trabalho da igreja, como atender a cham adas telefô­
nicas, preparar boletins, marcar entrevistas, fazer anotações e con­
tatos. Poucas igrejas podem arcar com auxiliares de escritório de
tempo integral, m as alguém em meio período ou obreiros voluntá­
rios podem estar disponíveis para assistir o pastor nesses esforços.
4. A gru p e os com prom issos. Agrupe geograficamente as visi­
tas para tornar as viagens mais eficazes. O telefone pode ser uma
ferram enta útil para muitos contatos e também para aumentar a
atividade. A visitação hospitalar é importante para aqueles que
estão enfermos e suas famílias. E ssas visitas, embora possam ser
breves, ainda são de grande significado. A expectativa cultural pela
visita do pastor varia significativamente em diferentes locais e gru­
pos etários diversificados.
5. U se o tem po du as vezes. No ministério, viajar exige mui­
to tempo. Tanto as Escrituras como outros livros estão disponíveis
em gravações e podem ser ouvidos durante as viagens. Além dis­
so, disciplinar a mente para pensar, planejar, orar e mesmo prepa­
rar sermões durante o tempo de viagem, proporciona momentos de
tranquilidade para esses propósitos. O tempo de espera nos compro­
m issos, por exemplo, pode ser utilizado para planejar algum a ativi­
dade produtiva.
6. D elegue. “É grande erro manter um pastor, que tem o dom de
pregar com poder o evangelho, constantemente ocupado com assun­
tos comerciais. O que proclama a Palavra da vida não deve permitir
que dem asiados encargos sejam colocados sobre ele” (Evangelismo,
A d m in is t r a ç ã o do T e m p o 12 5

p. 91, 92). O s apóstolos aprenderam que, quando tentavam fazer


todo o trabalho da igreja por si mesmos, a obra não era realizada por
completo. Assim , eles delegaram a parte para a qual não foram dire­
tamente cham ados, dizendo: “N ão é razoável que nós abandonemos
a Palavra de D eus para servir às mesas. E, quanto a nós, nos consa­
graremos à oração e ao ministério da Palavra" (At 6:2, 4).
CAPÍTULO 5

Saúde Pessoal

Como recurso para o ministério, a boa saúde provê


a capacidade de realizar uma boa obra e exemplificar um viver pru­
dente e abstêmio. Estudos feitos pela Universidade de Lom a Linda
comprovam claramente as vantagens do estilo de vida adventista,
não apenas no aumento da expectativa de vida, m as também na m e­
lhora da saúde. “O coração alegre é bom remédio, m as o espírito
abatido faz secar os ossos” (Pv 17:22).

Saúde Física
Em bora saibam os que o estilo de vida adventista seja uma es­
colha sábia, ele não imuniza seus praticantes contra enfermidades.
Um check up físico feito regularmente pode detectar problemas que
precisam ser tratados prontamente, evitando assim resultados pos­
teriores danosos à vida. O s empregadores denominacionais propor­
cionam um a variedade de opções de saúde que devem ser seguidas
no melhor interesse tanto do indivíduo como da igreja. M anter bom
estado de saúde tam bém envolve a sábia observância de três práticas
fundamentais: dieta adequada, exercício e repouso.
1. D ieta. Ingira os alimentos certos e nas quantidades certas.
"M uitos de nossos pastores estão cavando suas sepulturas com os
dentes” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 408). “D eus não pode dei­
xar que Seu Espírito Santo repouse sobre os que, embora sabendo o
que devem comer para ter saúde, persistem numa conduta que en­
fraquecerá o corpo e a mente” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar,
p. 55, 56). A abundância de bons conselhos sobre dieta adequada e
alim entação não deveria ser apenas lida, m as seguida.
S a ú d e P e s s o a l 12 7

2. Exercício. Visto que grande parte do ministério pastoral re­


sulta numa vida sedentária, esforços determinados precisam ser fei­
tos para manter um corpo forte e em forma. "O organismo inteiro
necessita da revigoradora influência do exercício ao ar livre. Um as
poucas horas de trabalho braçal cada dia ajudariam a renovar o vigor
físico e fazer repousar e relaxar a mente. Por este meio, a saúde em
geral poderá ser promovida e maior soma de trabalho pastoral reali­
zada’’ (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 264, 265).
3. D escan so. Há ocasiões em que as exigências ministeriais
tornam difícil desfrutar o descanso apropriado. Todavia, permitir
que isso se torne um hábito permanente irá reduzir — por causa da
exaustão, incapacidade ou mesmo a morte —o volume de ministério
que pode ser realizado. D escanso e lazer são cruciais, não apenas
para o bem -estar físico, m as também para a estabilidade da família.
Porque as exigências do repouso variam de pessoa para pessoa, co­
nhecer as próprias necessidades pessoais e dormir suficientemente
cada noite não podem ser atitudes opcionais.
Reserve um dia de folga cada semana. Tire proveito das férias
anuais que a Obra propicia. Excesso de trabalho não indica grande
devoção à causa, m as insensatez. Depois de tarefas intensas e es-
tressantes, Jesu s convidou os discípulos: “Vinde repousar um pouco,
à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para
comer, visto serem numerosos os que iam e vinham” (M c 6:31).

Saúde Mental
O ministério é reconhecido como um trabalho estressante. A na­
tureza intrapessoal do ministério não apenas proporciona oportuni­
dade para alegre intercâmbio com outros, m as também ocasiões de
lutas e tristeza. Falar em público, liderança administrativa, atender
aos doentes e enlutados —tudo contribui para o estresse. Embora um
pouco de estresse possa ajudar a concentrar os esforços na tarefa,
2 8 1G u ia P a r a M in istro s

a tensão contínua, elevada e não resolvida é debilitante. C onside­


rando que a capacidade de absorver a tensão varia para cada pessoa,
conhecer os próprios limites e desenvolver métodos de lidar com ela
é vital para um ministério efetivo.
Esgotamento, definido como reação à exaustão física, emocional
e mental, é frequentemente o produto de estresse emocional repeti­
do decorrente do constante envolvimento com pessoas. Além disso,
as expectativas da congregação e da liderança do Cam po podem di­
ferir, colocando o pastor em situações em baraçosas. Buscar conse­
lho e encorajamento de outros, muitas vezes, impede o esgotamento.
Esse aconselhamento pode ser feito com o secretário ministerial,
um colega de trabalho, um amigo, um grupo de apoio ou na própria
família do pastor. Alguns Cam pos dispõem de aconselhamento anô­
nimo com conselheiros profissionais, quando necessário.
C A P (T U L 0 6

Aparência Pessoal

A aparência pessoal definitivamente exerce gran ­


de im pacto. Q uando um pastor se encontra com alguém pela pri­
meira vez, essa pessoa faz um julgam ento im ediato, detalhado ou
não, com base na aparência. Além disso, a aparência torna-se uma
influência contínua no ministério. “D eus espera que Seus p asto ­
res, em m aneiras e vestuário, representem devidam ente os princí­
pios da verdade e a santidade de seu ofício” (Obreiros Ei>angélicos,
p. 174). "O pastor que é negligente em seu traje frequentem ente
ofende os que têm gosto e finas sensibilidades” (Testemunhos Para
a Igreja, v. 2, p. 613).

Normas de Vestuário
Realmente, existe uma infinidade de estilos e opções de vestuá­
rio disponíveis, e muitos desses estilos são tidos como aceitáveis.
Contudo, pelo fato de que o ministério tem a reputação de ser uma
profissão de alto nível, as pessoas esperam que as roupas do pastor
correspondam ao padrão profissional. Um a clara indicação dessa ex­
pectativa em certas culturas pode facilmente ser determinada pela
observação do traje usado por outros profissionais na comunidade.
Vestir-se com roupas de segunda classe, em com paração a ou­
tros profissionais na comunidade, dará a im pressão de que seu
ministério tam bém é de segunda classe. A cultura e os costum es
variam am plam ente em diferentes lugares, e a idade influencia
tam bém os estilos. M as os exageros da moda devem ser evitados.
M uitas vezes, o que é visto fala m ais audivelmente do que o que é
verbalmente expresso.
3 0 1G u ia P ara M in istro s

A Aparência Deve Atrair Para Cristo


A aparência pessoal abrirá ou fechará as portas para o ministério.
“O Deus do C éu [...] é honrado ou desonrado pelo vestuário dos que
oíiciam em honra Sua” (Obreiros Evangélicos, p. 173).
1. Bom gosto. O gosto no vestir-se, incluindo os calçados, deve
ser apropriado para a ocasião. Trajes formais, como terno e gravata,
cabem melhor no púlpito bem como em casam entos e funerais. M as
não hesite em vestir-se informalmente quando a ocasião o exigir.
2. A sseio. O asseio envolve não apenas as vestes, mas a pessoa
toda. Boa aparência da pele, dentes, cabelos e unhas deve ser consi­
derada tão importante quanto o vestir-se bem. Não apenas os trajes
devem ser conservados limpos, m as também a pessoa. Tenha a hi­
giene pessoal e o asseio como vitais para representar adequadam en­
te a igreja.

A Aparência não Deveria Ser Evidente Demais


Trajes que atraem a atenção para o eu podem resultar de muitas
causas. Vestimentas sujas, aparatosas ou impróprias para a ocasião
podem difam ar tanto o ministério como a mensagem. E melhor que
a aparência passe sem ser notada, exceto por sua modéstia, adequa­
ção e bom gosto.
CAPÍTULO 7

Finanças Pessoais

As finanças pessoais têm significativo potencial tanto


para a influência positiva como para a negativa, na congregação e
na comunidade. M esmo com a melhor das intenções, o pastor pode
frequentemente ser malcompreendido na área das finanças. Se
bem que as expectativas do pastor não incluam viver na pobreza,
ao m esmo tempo, um estilo de vida de claro consum ism o e opulên­
cia arruinará o que de outro modo poderia ser um ministério bem-
sucedido. Confie na provisão do Senhor: “E o meu D eus, segundo a
Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de
vossas necessidades” (Fp 4:19).
1. H on estidade absolu ta. O s procedimentos financeiros devem
ser claramente abertos e honestos para evitar até mesm o a aparên­
cia do mal. A igreja conta com a absoluta honestidade financeira do
pastor (e com razão), e os membros esperam o m esmo dos recur­
sos da igreja, bem como dos recursos pessoais. O s membros preci­
sam saber que os recursos da igreja continuarão a ser geridos com
grande senso de integridade e responsabilidade. Proveito pessoal
derivado da posição e influência pastoral sobre decisões financei­
ras equivale a conflito de interesse e não deve ser permitido sob
nenhuma circunstância.
2. Vida responsável. O ministro cristão, como servo divinamen­
te chamado e líder da congregação, deve viver no nível econômico
geral da membresia como um todo, com o sistem a de dízimos e a es­
cala salarial da igreja designada a tornar isso possível. Embora nin­
guém deva esperar ficar rico com o salário do ministério, ao mesmo
tempo, a renda fiel e estável provida pela igreja torna possível para o
32 IG u ia Para M in istro s

ministro viver com segurança, sabendo que suas necessidades p es­


soais serão atendidas.
3. Pagam ento pon tu al d as d esp esas. Não somente a reputação
pessoal, m as também a da igreja, é influenciada pelo pagamento
pontual e fiel das contas.
4. C om p rar com inteligência, m as sem egoísm o. Cuidadoso
planejamento nas compras faz com que os recursos limitados ren­
dam melhor. M as evite procurar descontos por ser pastor, como se
os ministros m erecessem tratamento especial. Se uma empresa de­
seja oferecer à igreja preços especiais para compras, isso deve ser
considerado um presente para a igreja. Esperar receber favores p es­
soais destrói o respeito pela igreja e seu ministério.
5. Pedir e con ceder em préstim os. Somente peça empréstimos
se for extremamente necessário e ao mais baixo custo e pelo período
mais curto possível. Pedir dinheiro emprestado ou procurar doações
dos membros da igreja deve ser evitado. O potencial para desenten­
dimentos e perturbação do relacionamento com quem empresta é
grande, e o favoritismo para com ele torna-se uma fácil armadilha.
Viva dentro do orçamento. Seja inteligente e cuidadoso no uso do
crédito, pagando as contas mensalmente. Evite ser avalista ou fiador
de empréstimo de outros. O s pastores são aconselhados: “Guardem-
se com um a cerca de arame farpado contra a inclinação de entrar
em dívidas” (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 235, 236).
6. P oupança. Planeje para emergências, como necessidade de
transporte, reparos, substituição de aparelhos e despesas médicas
imprevistas. A poupança deve ser planejada e acum ulada a fim de
prover fundos para itens maiores como educação dos filhos, aquisi­
ção de automóvel, redução de pagamento na compra de uma casa e
preparo para a aposentadoria. M esm o quando tentar poupar grandes
som as e não conseguir, estabelecer o hábito de poupar é mais im-
portande do que a quantia poupada.
F in a n ç a s P ess o a is 13 3

7. Segu ro. Um seguro apropriado é necessário para proteger as


finanças pessoais, a propriedade e as responsabilidades.
8. Em pregos paralelos. O s administradores da igreja são res­
ponsáveis em prover aos ministros um salário digno. O s ministros
em tempo integral são responsáveis por viver com esse salário, a fim
de dedicar toda a sua energia em servir a igreja, não buscando ou­
tros trabalhos ou rendas, nem procurando receber por pregação em
outros lugares. “O pastor que está integralmente consagrado a Deus
recusa empenhar-se em negócios que poderiam impedi-lo de se dar
inteiramente ao sagrado ofício” (Atos dos Apóstolos, 366).
9. F am ília. As finanças pessoais são de responsabilidade da fa­
mília toda.
10. S e r um doador exem plar. Assim como a fidelidade na de­
volução do dízimo é uma expectativa bíblica e da organização que o
emprega, a generosidade do pastor na doação de ofertas promove um
positivo exemplo de liderança para os membros.
C A P Í T U L O 8

Vida Familiar

O Ministério e o Lar
R eco n h e ça as lim itaçõ es d a fa m ília com o um m odelo. Fre­
quentem ente, os mem bros da igreja olham para a fam ília do pastor
como padrão de vida familiar, e esperam que seus membros repre­
sentem o que a igreja ensina sobre com portam ento fam iliar e p es­
soal. Conquanto essa expectativa tenha algum a validade, precisa
ser reconhecido o fato de que todas as fam ílias estão sujeitas às
fragilidades e im perfeições hum anas, e que somente pela graça de
D eus e a escolha de cada indivíduo sua vida poderá harmonizar-se
com a vontade divina.
E ncontre tem po p ara a fam ília. A urgência do serviço m iniste­
rial, como um a tarefa interminável de consequências eternas, pode
colocar o trabalho da igreja acim a das necessidades familiares. Além
disso, frequentes alterações nas tarefas pastorais podem conduzir
a um senso de solidão e isolamento. A despeito disso, a família do
pastor tem prioridade máxima na vida do ministro. Porém, isso não
significa que mais tempo deve ser dedicado às preocupações fam i­
liares do que ao trabalho, m as que, em todo o planejamento e trato
com os interesses m inisteriais e o cuidado da igreja, as necessidades
da família devem ser primordiais. O cuidado extremoso com a fa­
mília tem ligação direta com o trato da igreja. “Pois, se alguém não
sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de D eus?” (lTm
3:5). “O s deveres do pastor jazem em torno dele, próximos e distan­
tes; m as seu primeiro dever é para com seus filhos. [...] O mundo
não precisa tanto de grandes espíritos, como de homens bons, que
sejam uma bênção na própria família. C oisa alguma pode desculpar
V id a F a m ilia r 13 5

o pastor de negligenciar o círculo interior, pelo mais amplo círculo


externo. O bem -estar espiritual de sua família vem em primeiro lu­
gar” (Obreiros Evangélicos, p. 204).
D ediqu e tem po suficiente à fam ília. Q uando o tempo para a
família é frequentemente interrompido ou cancelado por causa do
trabalho da igreja, ela pode sentir-se como secundária e em com ­
petição com a igreja. Evite cancelar ou adiar compromissos com a
família. Quando isso acontecer, restabeleça o compromisso familiar
na primeira oportunidade que houver.
Façam coisas juntos. Participe das tarefas diárias juntamente
com os membros da família. Envolva-se nas recreações e entreteni­
mentos que cada membro da família aprecia.
C om u n iqu e-se. As coisas mantidas em comum com a família
relacionam-se à qualidade e quantidade de esforço no sentido da
comunicação. A comunicação verbal inclui tanto conversar quanto
ouvir. Filhos e pais precisam conservar canais abertos de comuni­
cação, sem restrições de am eaças ou condenação. Com partilhar os
acontecimentos da vida diária, as experiências e percepções espiri­
tuais, tanto em relação aos triunfos como aos fracassos, às alegrias e
tristezas do dia, une a família em devotada comunhão.
E x p resse-se livrem ente. Procure algo bom e belo em sua esposa
e filhos cada dia e fale algo sobre seu respeito e apreciação por eles.
Diga somente coisas amáveis e elogiosas sobre a família quando es­
tiver no púlpito.
O re d iariam en te. Faça do culto familiar um a experiência cria­
tiva e feliz. Seja o líder espiritual da casa, m as não pretenda saber
todas as respostas. Pelo fato de que o cristianism o é uma experiên­
cia intensamente pessoal, ninguém tem todas as respostas. As fa­
m ílias necessitam conversar acerca de suas crenças e padrões, e
não sim plesm ente aceitá-los como imposição das tradições da fam í­
lia ou regras da igreja.
3 6 1G u ia Para M in istro s

Vantagens das Fam ílias Pastorais


Embora existam tensões peculiares às famílias pastorais, há tam ­
bém vantagens especiais, como mais ampla exposição às pessoas e
ideias, oportunidades de viagens e um ambiente espiritual familiar
mais seguro, comprometido em fazer o amor cristão operar. E ssas
vantagens tendem a prover:
• Forte senso de propósito e m issão na vida.
• Oportunidade de trabalhar como equipe em tarefas de signifi­
cado eterno.
• Vocação dirigida para as pessoas e voltada ao atendimendo das
necessidades humanas.
• Satisfação em levar pessoas para a família de Deus.
• O amor de amigos cristãos.
A manutenção de um a família pastoral exemplar e feliz propor­
ciona tanto alegrias presentes como recom pensas eternas no reino
de Deus. “Uma família bem ordenada, bem disciplinada, fala mais
em favor do cristianismo do que todos os sermões que se possam
pregar” (O Lar Adventista, p. 32).
C A P Í T U L O 9

Ética Pastoral

Código de Ética
A Associação M inisterial da Associação Geral, em conselho com
os pastores e administradores da igreja, preparou e recomenda a
cada pastor adventista observar o seguinte código de ética:

Código de Ética do Pastor Adventista do Sétim o Dia


Reconheço que o chamado ao ministério evangélico da Igreja
Adventista do Sétimo Dia não tem o propósito de conceder privilé­
gio especial ou posição, mas requer uma vida de devoção e serviço
a Deus, Sua igreja e ao mundo. Afirmo que minha vida pessoal e
atividades profissionais estarão alicerçadas na Palavra de Deus e su­
jeitas ao senhorio de Cristo. Estou totalmente comprometido com as
crenças fundam entais da Igreja Adventista do Sétim o Dia.
Dedico-me à manutenção de altos padrões de conduta profissio­
nal e competência em meu ministério. Proponho-me a estabelecer
relacionamentos baseados nos princípios expressos na vida e ensinos
de Cristo.
Devo, pela graça de Deus, aplicar esses padrões em minha vida,
de forma a incluir o seguinte:
1. M anter vida devocional significativa para mim mesmo e mi­
nha família.
2. D edicar tempo integral e atenção ao ministério como minha
única vocação.
3. Comprometer-me a um contínuo crescimento profissional.
4. Iniciar e manter relacionamentos de apoio profissional com
meus colegas de ministério.
3 8 1G u ia Para M in istro s

5. Praticar a m ais estrita confidencialidade profissional.


6. Apoiar m inha organização empregadora e a igreja mundial.
7. Administrar as finanças da igreja e pessoais com integridade
e transparência.
8. Entender e tratar minha família como parte fundamental de
meu ministério.
9. Praticar um estilo de vida saudável.
10. Relacionar-me dignamente com homens e mulheres.
11. Respeitar a personalidade de cada indivíduo, sem parcialida­
de ou preconceito.
12. Amar aqueles a quem eu ministro e comprometer-me com
seu crescimento espiritual.

Ética e Com panheiros de Ministério


C om p an h eiros de m inistério. A obra do ministério predispõe
os ministros a um companheirismo compartilhado e à compreensão
dos interesses e preocupações uns dos outros. Apoiar o ministério
de um colega, partilhando ideias e conceitos ministeriais, forta­
lece o ministério. Ninguém tem toda a criatividade e a sabedoria
que o ministério necessita. Em vez de considerar outros membros
do ministério como competidores, os pastores deveriam vê-los como
apoiadores. O s concílios pastorais deveriam não apenas prover inspi­
ração e instrução em habilidades ministeriais, m as também ocasiões
para caloroso companheirismo.
P astores su pervisores. Quando dois ou mais pastores trabalham
juntos, como em grandes igrejas ou distritos, os papéis da respon­
sabilidade ministerial devem ser claramente expostos e entendidos.
Embora o serviço individual não deva ser obscurecido, a responsa­
bilidade final pelo ministério total repousa sobre o pastor supervi­
sor. O s pastores precisam se apoiar mutuamente no cumprimento
das m etas estabelecidas no programa da igreja. Qualquer tentativa
É t ic a P a s t o r a l 13 9

de colocar um pastor contra o outro e arruinar o relacionamento de


trabalho da equipe deve ser repudiada.
O programa de aspirantes ao ministério proporciona uma oportu­
nidade única para o ministério em equipe. Colocar aspirantes nesse
papel, visando à educação contínua, permite-lhes aprender enquan­
to trabalham com um ministro experiente e amadurecido. Além
disso, o pastor experiente tem a oportunidade de aprender com o
aspirante, que pode ter tido contato mais recente com os círculos
educacionais. Para ajudar nessa relação e no processo de capacita­
ção, a A ssociação Ministerial da Associação G eral preparou o G uia
de Procedimentos Para Aspirantes ao Ministério, disponível no Centro
de Recursos Ministeriais.
O an tecessor. Quando designado para uma nova igreja, não des­
carte apressadam ente o programa já estabelecido. Tenha em mente
que aqueles que passaram por ela conheceram as necessidades lo­
cais, desconhecidas de início pelo novo pastor. Avance cuidadosa,
sábia e respeitosamente, dando prosseguimento àquilo que funciona
bem, introduzindo gradualmente novos conceitos e ideias que ex­
pandirão e formarão o programa da igreja mais adiante.
O sucessor. Quando for transferido de seu posto de serviço, dei­
xe atrás de si bons registros na igreja, tais como um livro de registros
(incluindo oficiais e comissões), relatórios financeiros, atas das co­
m issões, lista de endereços dos membros, m apas assinalados com os
territórios missionários da comunidade e interesses evangelísticos.
Com partilhe informações pessoais úteis sobre compras, unidades de
saúde, livrarias e outras localidades que o pastor tenha necessidade
de acessar.
P astores de ou tras igrejas. Em alguns distritos, pode haver vá­
rias igrejas adventistas próximas. Com unicação aberta, cooperação
e respeito entre os pastores dessas igrejas são vitais para o sucesso
de todos. Além disso, cultive bons relacionamentos com os colegas
4 0 1G u ia P ara M in istro s

de ministério de outras denominações que trabalham na área. M ui­


to pode ser compartilhado com esses pastores, incluindo serviços à
comunidade e preocupações e crenças similares. Um espírito com ­
petitivo e hostil prejudica o trabalho que pode ser feito na comuni­
dade. As vezes, existe alguma associação ou organização de pastores
disponível para um ministério compartilhado.

Ética e Posição na Obra


B u sca de posição. A meta de ministério inclui serviço e não po­
sição. N a obra de Deus a promoção se torna assunto dEle. “Se al­
guns são classificados para uma posição mais alta, o Senhor deporá
o fardo não apenas sobre eles, m as sobre aqueles que os escolheram,
que conhecem seu valor e que podem com conhecimento de causa
incentivá-los para a frente" (A Ciência do Bom Viver, p. 477).
B u scan d o um alto padrão. Tenha alvos elevados, mas almeje
um alto padrão e não uma alta posição. Trabalhe diligentemente na
atribuição que lhe foi dada e deixe a promoção com Deus.

Ética e Raça
O sucesso da Igreja Adventista do Sétimo Dia na missão de al­
cançar o mundo pode ser visto no aumento do número de sua mem-
bresia ao redor do mundo: "a cada nação, e tribo, e língua, e povo"
(Ap 14:6). Com tal amplitude, não existe lugar para discriminação
racial. "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo
vos revestistes. D essarte, não pode haver judeu nem grego; nem e s­
cravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois
um em Cristo Je su s” (G1 3:27, 28).

Ética e Responsabilidade Moral


D epósito sagrado. Com o um depósito sagrado, o chamado ao
ministério envolve respeito à integridade humana. Qualquer rompi-
É t ic a P a s t o r a l 14 1

mento da confiança nessa área traz opróbrio sobre o ministério, a


igreja e Deus. É irrazoável pedir que os membros confiem nos pasto­
res que se envolvem em práticas como adultério, pedofilia, homosse­
xualismo, fornicação e outros atos sexuais impróprios.
Perdão e restau ração. Conquanto a violação desses padrões se
torne motivo para o encerramento do serviço e emprego no m inisté­
rio pastoral, o pastor despedido deve experimentar a restauração da
graça perdoadora e do amor de Deus. A igreja deve procurar restau­
rar e apoiar tais pessoas em seu relacionamento espiritual e familiar.

Ética nos Relacionam entos


Relacionam ento conjugal. Que fique claramente demonstrado
e seja amplamente observado que um forte laço de relacionamento
amoroso familiar está estabelecido entre marido e mulher. Trabalhe
diligentemente para tornar sua vida doméstica alegre e bem-sucedida.
Tal relacionamento fortalece os laços internos de amor e repele a ten­
tação externa.
R econhecim ento de vulnerabilidade. Negar vulnerabilidade às
tentações sexuais é perigoso. Brincar com flertes e fantasias é um
jogo perigoso. Se regularmente nutridos, os desejos eróticos e ro­
mânticos haverão de suplantar o pensamento racional. Perceber os
sentimentos de uma pessoa e combatê-los no início da atração pode
repelir a tentação.
Aconselham ento. Sendo que o aconselhamento espiritual faz parte
da responsabilidade do pastor, muita cautela deve ser observada nesse
trabalho. Certos aconselhamentos podem requerer um local reserva­
do, mas não privacidade de visibilidade. Os pastores em sua maioria
não são conselheiros profissionais. De fato, os pastores não foram cha­
mados para isso. N a maior parte dos casos, quando não se trate de
aconselhamento espiritual, aqueles que precisam de aconselhamento
devem ser encaminhados a conselheiros cristãos profissionais.
4 2 1G u ia Para M in istro s

Ética e Lei
Im plicações legais. Servidores da igreja, congregações e vítimas
precisam estar atentos para o potencial do comportamento sexual
impróprio. Em certas circunstâncias, as exigências legais incluem
relatório de delito sexual. Em algum as jurisdições, certos indivíduos
podem ser requisitados a relatar algum as formas abusivas (como abu­
so de menores ou de idosos), mesmo se o conhecimento de tal ato
foi obtido em caráter confidencial. Deve-se procurar aconselhamento
legal sobre as exigências nessa área.
Contudo, o comportamento sexual impróprio não está limitado a
menores. Ele também pode ocorrer entre adultos com suposto consen­
timento. Cuidado especial deve ser tomado ao tratar com indivíduos
entre os quais existe um real ou perceptível desequilíbrio de poder.
D anos. No que concerne a danos, geralmente a lei considera as
igrejas responsáveis apenas por danos que resultem de negligência.
Passos conscientes devem ser dados para manter as instalações em
condições seguras, a fim de proteger os frequentadores da igreja.
Su perv isão negligente. A supervisão negligente trata de assuntos
que dizem respeito ao exercício de cuidado suficiente na supervisão
de empregados ou obreiros voluntários. A igreja pode ser responsabi­
lizada por supervisão negligente (ou falha de supervisão) de um em ­
pregado ou voluntário, se essa pessoa for culpada de agravo.
A dm issão de p essoal. Q uando um indivíduo é colocado numa
função de confiança, é preciso tomar cuidado para garantir que
ele seja digno dela. As igrejas deveriam estabelecer uma políti­
ca de checagem do histórico de indivíduos que ocupam funções
potencialmente susceptíveis à prática de abuso e produção de danos.
Consulte sua A ssociação/M issão, agente de seguros ou um advoga­
do, quando desenvolver e implementar essa política.
Se você receber um relatório referente ao histórico de um indi­
víduo que esteja sendo considerado para uma posição de confiança,
É t ic a P a s t o r a l 14 3

e você é alertado sobre algum comportamento impróprio ligado ao


passado dessa pessoa, ou comentários a seu respeito, consulte o
escritório de sua A ssociação/M issão ou um advogado. Deve-se ter
cuidado de proteger tanto a pessoa sobre quem há algum questiona­
mento quanto a qualquer pessoa que possa ser prejudicada por uma
futura má conduta da pessoa em observação.

Ética na Adm inistração Financeira


Políticas e procedimentos para o gerenciamento de assuntos fi­
nanceiros estão claramente delineados no Livro de Regulamentos da
Associação Geral e no M anual da Igreja. As falhas em cumprir essas
políticas não apenas produz riscos de atentado contra a reputação do
obreiro e da igreja, m as também coloca o servidor em condição de
possível demissão.
CAPÍTULO 10

Desenvolvimento
Profissional
O Desenvolvim ento Com o Oportunidade
Enquanto o crescimento físico alcança um ponto final, o de­
senvolvimento profissional provê a oportunidade de continuar cres­
cendo e se desenvolvendo no ministério, contanto que se deseje.
A razão para o crescimento profissional não deve ser a obtenção de
posições, m as estar mais bem equipado para o serviço.

Obrigação da Educação Contínua


O Concílio Anual de 1986 tomou a iniciativa de “estim ular as
m esas adm inistrativas das organizações adventistas do sétim o dia a
tornar possível aos pastores adventistas obter pelo menos 20 horas
anuais de educação contínua para o ministério, ou um a m édia de
20 horas para cada ano de licenciamento. (Por exemplo, se a creden­
cial pastoral for válida por três anos, ele deve, durante esse tempo,
acum ular 60 horas de crédito.) C ursos feitos pelo pastor para ob­
tenção de créditos acadêmicos, em conexão com o programa de
educação formal aprovado pela organização empregadora, podem
ser aceitos em lugar das unidades de educação contínua (U EC). Se
no tempo da renovação da credencial ou licença do pastor, a m é­
dia anual de sua U E C for menor do que o padrão indicado de 20
horas, um representante da organização onde o obreiro serve deve
pessoalm ente aconselhá-lo e incentivá-lo a se envolver no Programa
de Educação Contínua Para o M inistério’’.
Essa educação contínua pode ser em forma de um programa de gra­
duação aprovado, classes intensivas individuais ou reuniões ministeriais
D e s e n v o lv im e n to P r o f is s io n a l 14 5

que incluam cursos de educação contínua. Além disso, a Associação


Ministerial da Associação Geral preparou cursos para esse propósito.
O s recursos estão disponíveis no Centro de Recursos Ministeriais da
Associação Geral, ou através da Associação Ministerial das Divisões.

Como Desenvolver-se
Leitura. Leia intensamente. Uma biblioteca local tem um signifi­
cativo acervo de livros e revistas úteis, e, se não estão disponíveis ali,
em geral, são franqueados através de empréstimos entre bibliotecas.
Partilhe livros com companheiros pastores. Visite livrarias, incluindo
aquelas que oferecem livros usados. Fixe um tempo para leitura e colo­
que uma meta mensal de livros e artigos de revistas para ler. Com um
volume significativo desses materiais úteis publicados nos círculos ad­
ventistas, e também selecionados de outras fontes, os pastores podem
facilmente encontrar um suprimento adequado. A revista Ministério
e o Clube do Livro da Associação Ministerial também proporcionam
uma riqueza de materiais para o crescimento profissional. Inclua tam ­
bém alguma leitura secular nesse índice de materiais a fim de manter-
se a par dos eventos atuais e tendências na sociedade.
Avaliação. As capacidades pastorais são mais bem desenvolvidas
mediante a prática seguida de avaliação e acompanhadas de um plano
de melhorias. A avaliação, às vezes, pode parecer ameaçadora, mas
recusá-la não apenas esconde fraquezas, mas também potenciais. Ela
proporciona encorajamento, destacando áreas de talento e sucesso, ao
mesmo tempo em que detecta áreas de fraqueza e falhas que podem
ser trabalhadas de tal modo que melhorem o desempenho ministerial.
C rescim en to espiritu al. No ministério, “o segredo do êxito está
na união do poder divino com o esforço humano. Aqueles que le­
vam a efeito os maiores resultados são os que mais implicitamente
confiam no braço todo-poderoso. [...] O s homens de oração são os
homens de poder” (Patriarcas e Profetas, p. 509).
CAPÍTULO 11

Relacionamento
com a Organização da Igreja
A Organização é Necessária
Estrutura e organização, uma realidade observável tanto no mun­
do físico quanto no social, permanecem como a base de toda a cria­
ção. D esde as m inúsculas partículas do átomo ao grande projeto do
cosmos, a estruturadora mão de Deus pode ser vista. “A ordem é a
lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra (Teste­
munhos Para Ministros, p. 26).
B a se bíblica p ara a organ ização da igreja. Ao longo da histó­
ria bíblica, Deus busca promover ordem e estrutura para Seu povo.
Ele deu ao antigo Israel um sistem a complexo de organização, cha­
mando-o da escravidão anômala do Egito para se tornar Sua nação
escolhida. Jesu s fundou a igreja designando Seus discípulos como
líderes, e o Espírito Santo guiava a igreja do Novo Testamento en­
quanto ela se desenvolvia em sua m issão e estrutura.
Cristo chamou a igreja à existência e, embora seja evidente que
ela existe como um a organização imperfeita (sendo constituída de
pessoas imperfeitas), “por débil e defeituosa que seja, é o único obje­
to sobre a Terra a que Ele confere Sua suprema atenção (Testemu­
nhos Para Ministros, p. 15). Ser cristão significa am ar a igreja, pois
“Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela” (E f 5:25).
B a se prática p ara a organ ização da igreja. Uma nação, um
negócio ou m esmo o corpo humano fracassariam sem organização.
A igreja, com a tarefa de proclamar a graça salvadora de D eus ao
mundo, certamente também falharia sem organização. No início da
história adventista, a necessidade de estrutura pôde ser claramente
R e la c io n a m e n t o co m a O r g a n iz a ç ã o d a Ig r e ja 14 7

observada. “Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que,


sem algum a forma de organização, haveria grande confusão, e a obra
não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável
para prover a manutenção dos pastores, para levar a obra a novos
cam pos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como
os pastores, para a conservação das propriedades da igreja, para a
publicação da verdade pela imprensa, e para muitos outros fins”
('Testemunhos Para Ministros, p. 26).

Benefícios da Organização
M uitas e variadas formas de estrutura eclesiástica podem ser
encontradas na igreja cristã. A menos que uma igreja opere como
uma unidade autônoma, haverá necessidade de liderança e associa­
ção entre as igrejas de certa denominação. O regime administrativo
da Igreja Adventista está baseado na forma representativa de gover­
no, com a unidade da igreja como parte da irmandade de igrejas em
uma A ssociação/M issão, conforme exposto no M anual da Igreja e no
Livro de Regulamentos da Associação Geral.
A s A ssociações/M issões dependem quase que totalmente dos
pastores para o crescimento e a nutrição da igreja, uma vez que os
fundos da A ssociação/M issão procedem das igrejas. O evangelismo
e o desenvolvimento da igreja acontecem nas congregações locais.
O s pastores e anciãos lideram a congregação local e pastoreiam o re­
banho. “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito
Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a
qual Ele comprou com o Seu próprio sangue” (At 20:28).
Apoio adm inistrativo. Através das ações da comissão diretiva da
Associação/M issão, os administradores assumem a responsabilidade
de providenciar pastores para as igrejas de seu território. No modelo
administrativo adventista, as instituições empregadoras têm a respon­
sabilidade de manter um sistema salarial seguro para seus pastores.
4 8 1G u ia Para M in istro s

R ecu rsos d ep artam en tais. O s diretores de departamentos ser­


vem como especialistas e disponibilizam sua capacitação aos pas­
tores, enquanto trabalham juntos na capacitação dos membros das
igrejas. Eles não têm poder hierárquico sobre os pastores, m as ser­
vem como conselheiros e provedores de recursos. O s departam en­
tais devem manter os pastores informados acerca dos programas e
materiais disponíveis para o ministério da igreja, que os apoiarão no
desenvolvimento dos objetivos e planos do pastor.
S e cretário m in isterial. O secretário ministerial é o pastor dos
pastores e oferece serviços específicos que incluem: disposição para
ouvir, supervisão dos aspirantes ao ministério, capacitação em mi­
nistérios pastorais e evangelísticos, oportunidades de educação con­
tínua, assistência na capacitação e apoio familiar para os anciãos da
igreja, apoio à família do pastor e assinatura da revista Ministério.2

Ministério Cooperativo
O ministério, como um serviço essencialmente pessoal, deve ser
executado sob a guia do Espírito Santo e de acordo com a consciên­
cia individual. Todavia, não é dada ao pastor uma licença para diri­
gir a igreja contra os princípios desta ou assum ir posições contrárias
ao que está declarado nas crenças fundam entais da igreja. "Nunca
deve um obreiro considerar virtude a persistente conservação de sua
atitude de independência, contrariamente à decisão do corpo geral'
CTestemunhos Para a igreja, v. 9, p. 260). Um pastor adventista pode
fazer um a escolha individual em aceitar dedicar-se ao serviço da
igreja. No entanto, ao se tornar servidor e líder na igreja, deve acatar
certas obrigações para com o corpo da igreja.
1. Confie na liderança. Embora a liderança da igreja não possa ser
descrita como perfeita, ela permanece como autoridade devidamente

2 Na Divisão Sul-Americana, a Associação Ministerial atende também os diáconos e diaconisas da igreja.


0 atendimento é feito em cooperação com o Ministério da Mulher.
R e l a c io n a m e n t o co m a O r g a n iz a ç ã o d a Ig r e ja 14 9

constituída na igreja. Enquanto dialoga, as variedades de opinião são


tanto boas quanto permissíveis; quando as decisões são tomadas, tor-
na-se responsabilidade do pastor apoiar a liderança. “Nutramos o es­
pírito de confiança na sabedoria de nossos irmãos” (Testemunhos Para
Ministros, p. 500).
2. Consulte a liderança. Aconselhe-se com a liderança antes de
com eçar qualquer atividade que invada o tempo normalmente de­
dicado ao ministério regular. Será útil pedir conselho antes de com ­
prar ou vender um a casa, envolver-se num programa acadêmico de
estudos ou convidar pessoas para falar na igreja.
3. Considere a liderança responsável. A forma adventista de gover­
no eclesiástico é representativa e não congregacional, provendo as­
sim um processo democrático que é um privilégio e uma obrigação
para seus membros. Conquanto sensível às necessidades e desejos
individuais da igreja, ela leva em conta uma perspectiva mais ampla,
tanto da irmandade das igrejas como da obra mundial.
CAPÍTULO 12

Serviços Departamentais

A Associação Geral oferece muitos serviços departa­


mentais destinados a prover programas e recursos para assistência
aos pastores e igrejas. A maioria desses departamentos tem repre­
sentantes nos âmbitos da Divisão, União e Associação/M issão,
embora tais departamentos devam inicialmente ser contatados na
Associação/M issão. Se não estiverem disponíveis, o contato deve ser
feito na instância seguinte da estrutura organizacional da igreja.
O Yearbook (Anuário Adventista), disponível on-line (adventist-
yearbook.org), propicia um diretório das organizações da igreja mun­
dial, como:
Sede da Associação Geral: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring,
Maryland 20904-6600. Fone: (301) 680-6000. Site da AG: www.adventist.
org. Site da Associação Ministerial: www.ministerialassociation.com.
Segue-se um a lista de departamentos, em ordem alfabética, com
um a breve declaração do propósito de cada um. Para atualizações
dos vários departamentos, acesse www.adventist.org e procure então
o departamento específico.

Ministérios Adventistas de Capelania


Propósito. O Departamento de M inistérios Adventistas de C a ­
pelania (M AC) estende a presença da igreja em lugares além da
igreja local, onde as pessoas estão em crise e carentes das boas-
novas do evangelho. E sse departamento incentiva e ajuda a equipar
a igreja para cuidar efetivamente das necessidades da comunidade
e seus ministros, bem como de populações específicas, tanto den­
tro como fora da igreja. Elas incluem estudantes de instituições
S er v iç o s D e p a r t a m e n t a is 15 1

educacionais adventistas e não adventistas, internos de prisões, pa­


cientes em hospitais, militares e outros.
P ro g ram as/recu rso s.3 O s M inistérios Adventistas de Capelania
endossam e apoiam pastores adventistas licenciados e credenciados
para servirem como capelães em instituições educacionais, institui­
ções prisionais, hospitais, divisões militares, serviços de voluntaria­
do e outros setores, bem como provê várias funções de apoio.
Endosso eclesiástico. Esse processo é um programa formal que
concede endosso aos capelães: a afirmação votada pela igreja, reque­
rida por muitos empregadores e organizações credenciadas.
Educação. O departamento fornece e/ou coordena muitas ativida­
des de educação contínua para capelães do mundo todo, e trabalha
para estabelecer nas Divisões programas de capacitação em capelania
indígena. O s pastores também podem participar com frequência des­
ses programas. Todas essas facilidades educacionais são providas sob
os auspícios do Instituto de Educação de Capelania - um currículo
de oportunidades educacionais oferecidas através da igreja mundial.
A Capelania Adventista (publicada em inglês) é uma publicação
trimestral destinada aos capelães e líderes da igreja.
O M anual de C apelania é um a publicação que proporciona
um a visão geral dos princípios do m inistério de capelania num a
variedade de am bientes. Um DVD interativo apresenta uma sín ­
tese da capelania para sem in aristas, pastores, líderes de igrejas
e outros. Program as educacionais são oferecidos para ajudar os
capelães a atender os requisitos de um desenvolvim ento profissio­
nal contínuo. Além disso, outras revistas e m ateriais são produzi­
dos para atender às n ecessidades à m edida que elas surgem . Em
algum as D ivisões, os m em bros do serviço m ilitar tam bém são
considerados.

3 A maioria dos materiais mencionados nesta seção é produzida em inglês. Os interessados poderão obter
esses recursos através da área responsável na Associação Geral.
5 2 1G u ia P ara M in istro s

Por Deus e Pela Pátria é uma publicação que proporciona recur­


sos educacionais impressos e eletrônicos tratando de assuntos rela­
cionados à vida militar.
Adicionalmente, os membros da Igreja Adventista que são m ili­
tares podem dispor de outras publicações e programas de cuidado
espiritual disponíveis.
O Ministério Adventista de Capelania oferece diretrizes de carreira
para capelães e aspirantes à capelania, conselho e educação para jovens
com vistas ao serviço público e militar, e outros assuntos relacionados.
O MAC provê assistência aos pastores na ajuda aos membros leigos en­
volvidos com esses assuntos. O departamento trabalha frequentemente
com pastores e outros departamentos como: Deveres Cívicos e Liberdade
Religiosa e o Gabinete do Conselho Geral, para solucionar impasses en­
frentados pelos adventistas em ambientes nos quais o capelão trabalha.

Agência Adventista de Desenvolvim ento


e Recursos Assistenciais
Presente em 125 países, a Agência Adventista de Desenvolvi­
mento e Recursos A ssistenciais (Adra) serve às pessoas que preci­
sam ter atendidas suas necessidades básicas tais como alimento e
água, proporcionar-lhes condições de sustento próprio, acesso a cui­
dados médicos e hospitalares, alfabetização e conhecimentos arit­
méticos, de sobrevivência e proteção contra calam idades, mesmo
depois que a atenção do mundo é desviada para outras coisas. O s
projetos visam à sustentabilidade como o princípio fundam ental de
desenvolvimento. Além de prover alívio temporário, a Adra trabalha
também para criar soluções em longo prazo. Através desses progra­
mas, as pessoas reivindicam o direito de desenvolvimento próprio,
que leva a uma estabilidade e prosperidade duradouras.
A lim ento e ág u a. Trabalhando em parceria com as comunida­
des, a Adra procura disponibilizar um a provisão suficiente de ali-
S e r v iç o s D e p a r t a m e n t a is 15 3

mentos, incluindo milho, feijões, arroz, óleo vegetal, conservas e


biscoitos nutritivos, que ajudam a suplementar o aporte de calorias.
Além disso, a Adra provê informação e instrução relativas à produ­
ção de colheitas seguras e a disponibilidade de água potável pura
através da perfuração de novos poços, reformando os velhos e m e­
lhorando os sistem as de irrigação, para permitir às pessoas e seus
rebanhos um adequado suprimento de água.
A lfab etização e aritm ética. Romper o ciclo autoperpetuado de
pobreza de muitos, requer alfabetização e aulas de aritmética. Os
programas da Adra têm demonstrado e ensinado essas habilidades
básicas, incluindo leitura, escrita e matemática, transformando radi­
calmente a vida da população, enquanto desenvolve a competência
de trabalho para as atividades cotidianas.
E stabelecen do m eios de vida. Trabalhar com indivíduos, espe­
cialmente mulheres pobres a quem usualmente é negado crédito,
ajuda e o devido respeito, transforma-lhes literalmente a vida, melho­
rando também sua capacidade de desincumbir-se das tarefas do dia a
dia. Ao conceder pequenos empréstimos e ensinando-os a criar e diri­
gir pequenos negócios, é oferecida a oportunidade de prosperar, per­
mitindo-lhes assum ir o controle de seu próprio bem-estar financeiro.
Isso produz um efeito dominó, provendo-lhes mais oportunidades de
empreendimento e estimulando a economia regional.
C u id ad o s m édicos. Tratamentos básicos e instrução sobre cui­
dados com a saúde abrangem assuntos como altas taxas de morta­
lidade infantil, saúde maternal, Aids, malária, tuberculose e acesso
precário a cuidados médicos. O s temas de saúde são abordados por
voluntários especializados em ensinar as comunidades sobre a pre­
venção da Aids, planejamento familiar, alfabetização e os efeitos da
saúde deficiente sobre o bem-estar financeiro da família. Essa visão
integral age como um catalisador para melhorar a consciência sobre
saúde e tomada de atitudes em toda a comunidade.
5 4 1G u ia P ara M in istro s

A ções de em ergência. Calam idades, sejam naturais ou provo­


cadas pelo homem, podem ocorrer a qualquer momento. Por essa
razão, a Adra prepara-se antecipadamente para dar assistência com
alimentos, roupas, água, abrigo e atendimento médico, antes que os
problemas surjam. Depois da ocorrência dos sinistros, ela providen­
cia ajuda na reconstrução de casas, infraestrutura e no desenvolvi­
mento de programas que amparam as vítimas, visando a resgatar sua
independência financeira.

Missão Adventista
Propósito. O Departam ento de M issões Adventistas (DMA)
procura estabelecer a presença adventista em todos os grupos popu­
lacionais, onde ela não existe, com o objetivo de levar esperança aos
não alcançados. A D M A cria uma consciência de m issão através de
materiais, recursos e programas destinados a informar e incentivar
os membros da igreja, com relação ao amplo alcance das atividades
missionárias da Igreja Adventista do Sétim o Dia. Isso inclui infor­
mar os membros sobre os resultados das ofertas m issionárias, e a
importância vital do contínuo apoio dessas doações.
P ro g ram as/recu rso s.4 São disponibilizados recursos aos pastores
a fim de partilharem o desafio e as oportunidades da m issão mun­
dial. E sses recursos incluem agendas missionárias, fotografias, pod-
casts, apresentações em PowerPoint, produções em vídeo, boletins
informativos, Global Mission Pioneer e histórias de m issões. O DVD
trimestral A Missão Adventista, enviado gratuitamente a cada Divi­
são para distribuição às igrejas locais, contém relatórios de conteúdo
variado sobre os projetos das ofertas do décimo terceiro sábado, bem
como a ampla diversidade da obra missionária apoiada pelas ofertas
para as m issões.

4 A maioria dos materiais mencionados nesta seção é produzida em inglês. Os interessados poderão obter
esses recursos através do site www.adventistmission.org.
S er v iç o s D e p a r t a m e n t a is 15 5

O Informativo Mundial das Missões Para Menores e o Informativo


Mundial das Missões Para Jovens e Adultos são informes trimestrais
que contêm histórias de missão, com foco especial nas ofertas do
décimo terceiro sábado. Eles são publicados em formato que pode
ser apresentado nos programas da Escola Sabatina.
Três folhetos informativos coloridos da M issão Global - Frontline
Edition, Prayer Calendar e Picture Story - contêm histórias, relató­
rios e fotos do trabalho da M issão Global ao redor do mundo.
O Mission Week é um histórico de cinco programas devocionais
diários, com ênfase na m issão e criados para crianças de cinco a
quatorze anos. E sses programas contêm vídeos de histórias, roteiros
e atividades destinadas a ensinar, inspirar e motivar as crianças a se
envolverem na obra missionária da igreja.
As preleções da SE E D S são dirigidas anualmente na Universidade
Andrews, em Berrien Springs, Michigan, Estados Unidos, e em ou­
tras localidades, a convite. O propósito da SE E D S é prover a visão e
os recursos para implantar igrejas e para os ministérios que as apoiam.
As palestras de ChurchWorks são realizadas sob convite das A s­
sociações/M issões locais. E sses programas destinam-se a pastores e
equipes de liderança leiga da igreja. A ChurchWorks expõe a visão e
ajuda os líderes a criarem estratégias para alcançar cada pessoa em
seu território, usando os dons espirituais de cada membro da igreja e
de cada pastor.
Cinco Centros de Estudo Beligioso da M issão Global estão
desenvolvendo métodos e ferramentas para ajudar a igreja a teste­
munhar efetiva e apropriadamente às pessoas de outras confissões
religiosas, incluindo judaísmo, islamismo, budismo, hinduísmo, se-
cularismo e pós-modernismo. Disponíveis aos pastores, missioná­
rios, pioneiros de M issão Global e outros membros da igreja, esses
serviços incluem programas, aulas de capacitação, seminários, sites
e vários materiais eletrônicos e escritos.
5 6 1G u ia Para M in istro s

Rádio Mundial Adventista


Propósito. A Rádio M undial Adventista, o braço radiofônico da
Igreja Adventista do Sétim o Dia, usa ondas curtas, A M /F M , satéli­
tes, divulgação pela internet e podcasts ou arquivos de áudio. E sses
program as levam a m ensagem a pessoas de difícil acesso por causa
das restrições políticas, barreiras culturais contra o cristianismo e
obstáculos geográficos. A m issão centraliza-se na transm issão da e s­
perança adventista em Cristo para os grupos de mais difícil alcance
no mundo, em seu próprio idioma. O objetivo fundamental é par­
tilhar o evangelho com pessoas que vivem em 72 países dentro da
janela 10/40, que inclui dois terços da população mundial, dos quais
menos de dois por cento são cristãos. As transm issões também atin­
gem a África, a Europa e a América Latina. A programação, desen­
volvida por um a equipe que se comunica no idioma nativo em cada
país, objetiva conectar-se com ouvintes não cristãos.
P rogram as/recu rso s. Horários dos programas podem ser encon­
trados no site da Rádio M undial Adventista: www.awr.org. O horário
pode ser procurado por país ou obtido integralmente.
Podcasting oferece várias transm issões no idioma requerido em
qualquer lugar do mundo por meio da internet. Suas informações
podem ser anunciadas amplamente ou partilhadas pessoalm ente
como forma de testemunhar.
Também estão disponíveis histórias missionárias inspiradoras e
emocionantes, que podem ser divulgadas nos programas da E sco­
la Sabatina, cultos ou em outras ocasiões. O informativo eletrônico
Inspirations está disponível no site, bem como o informativo impres­
so Transmissions e DVDs.
O s recursos promovendo a oferta anual estão à disposição na
sede da Rádio Adventista M undial ou em seu site.
Contate a sede da RAM para providenciar um orador para os pro­
gram as da igreja, reuniões cam pais ou outras ocasiões, ou ainda por
S er v iç o s D e p a r t a m e n t a is 15 7

meio de panfletos, vídeos ou programas em PowerPoint para apre­


sentação pública, folhas de atividades para crianças ou outros no­
vos recursos. O s pastores que trabalham em territórios acessíveis às
transm issões da RAM podem receber nomes de ouvintes interessa­
dos para acompanhamento.

Instituto de Pesquisa Bíblica

P ropósito. O Instituto de Pesquisa Bíblica (IPB) promove o


estudo e prática da teologia e estilo de vida adventista como en­
tendidos pela igreja mundial. Ele provê recursos teológicos para a
adm inistração e os departam entos da Associação Geral e a igreja.
O IPB identifica áreas de discussão doutrinária e teológica, buscan­
do aprimorar a compreensão e firmar compromissos com as verda­
des das Escrituras.
O IPB estim ula e facilita o diálogo com a comunidade adventista
do sétimo dia, empenhando-se em fortalecer a unidade teológica e
doutrinária na igreja mundial. O Instituto também dirige a obra da
Com issão do Instituto de Pesquisa Bíblica, que é composta de m em ­
bros de todo o mundo.
P rogram as/recu rso s. O Instituto de Pesquisa Bíblica proporcio­
na muitos recursos aos pastores, incluindo obras da livraria do site.5
Também no site estão ao dispor dos interessados documentos que
tratam da doutrina e teologia adventista e outros assuntos de inte­
resse dos pastores. Além disso, o instituto realiza seminários de e s­
tudos bíblicos e teologia.

Ministério da Criança
Propósito. O Departamento de Ministério da Criança busca
orientar as crianças, desde o nascimento até 14 anos de idade, num re­
lacionamento de amor e serviço com Jesus mediante desenvolvimento
5 www.biblicalresearch.gc.adventist.org
5 8 1G u ia Para M in istro s

de (1) ministérios voltados para a graça, onde as crianças aprendem a


desenvolver amor incondicional por Cristo; (2) ministérios inclusivos
que valorizam todas as crianças e voluntários independentemente de
raça, cor, gênero, idioma e capacidades; (3) ministérios de lideran­
ça, nos quais os voluntários são fortalecidos, capacitados e equipados
para um ministério eficaz com as crianças; (4) ministérios voltados
para o serviço, onde as crianças prestam serviços para alcançar a co­
munidade; (5) ministérios cooperativos, nos quais o departamento
trabalha ligado com outros ministérios para atingir outras metas com­
partilhadas; (6) ministérios de segurança, segundo os quais as igrejas
adotam meios de proteção para resguardar as crianças de abusos físi­
cos, espirituais, emocionais e sexuais, e (7) ministérios evangelísticos
em que as crianças não envolvidas com a igreja são apresentadas a
Jesu s através de programas de alcance como “Escola Cristã de Fé­
rias" e “Hora de Histórias”.
P rogram as/recu rsos. O Ministério da Criança uniu-se à Associa­
ção Ministerial para publicar o M anual de Pastores e Anciãos Para os
Ministérios Infantis. E sse guia prático provê ajuda, apoio e motivação
para os líderes de crianças, com a finalidade de desenvolver seus dons
e tempo, visando ao desenvolvimento da fé nas crianças da igreja.
A publicação Deus Me Ama de 28 Maneiras serve como ferramen­
ta útil para pastores que estão dando estudos bíblicos ou estudando
as doutrinas fundam entais da igreja com as crianças. O site contém
informações complementares sobre outros recursos do departamento,
bem como instruções para ajudar na capacitação de coordenadores
dos ministérios infantis, para trabalhar na igreja local.

Com unicação
Propósito. O Departamento de Com unicação busca construir
pontes de esperança, enquanto se empenha em criar uma imagem
favorável da igreja e de sua missão, vida e atividades que encorajem
S e r v iç o s D e p a r t a m e n t a is 15 9

as pessoas a se tornarem seguidoras de Cristo. E sses elos podem ser


realizados pela criação de confiança entre grupos de pessoas, por
meio de informações precisas com a utilização de tecnologia e m é­
todos modernos de comunicação, objetivando alcançar audiências
diversas tanto dentro como fora da igreja, com um programa de co­
m unicação esclarecedor, responsável e pleno de esperança.
P rogram as/recu rso s. A Rede Adventista de N otícias transm i­
te informações sobre a denominação internacional que existe além
das paredes de uma igreja. Pastores, administradores e membros da
igreja recebem e apresentam as notícias do progresso da igreja, seus
desafios e oportunidades. E ssas notícias podem ser usadas para in­
formar e inspirar os membros da igreja, bem como conectar-se às
com unidades atendidas.

Educação
Propósito. Responsável pela coordenação, promoção e qualidade do
programa educacional da igreja, o Departamento de Educação trabalha
em cooperação com os diretores de educação das Divisões. O propósi­
to do departamento é realizado mediante a coordenação das funções
da Comissão Internacional de Educação, da Comissão Internacional de
Educação Ministerial e Teológica, e da Associação Credenciada das E s­
colas, Faculdades e Universidades Adventistas do Sétimo Dia. Essas três
comissões autorizam novas instituições e programas e avaliam a extensão
em que as escolas apoiam a missão e os padrões autorizados da igreja.
O departamento presta serviços às com issões, administradores e
ao corpo docente das faculdades e universidades adventistas, pro-
vendo-lhes confiabilidade e realizando seminários para professores,
congressos para administradores e aconselhamento às instituições.
O departamento ajuda os líderes das igrejas e escolas ao tratarem
de assuntos referentes à com issão diretiva da escola, planejamento
estratégico e credenciamento.
6 0 1G u ia P ara M in istro s

As publicações do Departamento de Educação (o Jornal da Educação


Adventista, que provê informações com relação aos assuntos mais im­
portantes para os professores e administradores adventistas; e a revista
Diálogo Universitário, dirigida a estudantes de faculdades e universidades
que frequentam ou não as faculdades e universidades adventistas) servem
mundialmente de elos entre a igreja, os estudantes e professores. Essas
publicações estão disponíveis em inglês, espanhol, português e francês.
O departamento trabalha em cooperação com os departam en­
tos dos M inistérios Jovem e de Capelania, para manter contato com
estudantes adventistas de nível superior, em instituições educacio­
nais não ligadas ao sistema adventista. E sse trabalho é mais bem
executado em cooperação com os pastores das igrejas locais vizinhas
das instituições de ensino superior que possuem alunos adventistas.
P rogram as/recu rso s. O departamento proporciona vários recur­
sos: (1) M anual Adventista do Sétimo D ia de Educação Ministerial
e Teológica-, (2) G uia de Criação e Implementação de Planos-Mestres
Espirituais em Campi de Educação Superior Adventista do Sétimo
Dia; (3) Administração de Qualidade em Ensino Superior; (4) Pla­
nejamento Estratégico em Ensino Superior; (5) Portadores de Luz:
A História da Igreja Adventista do Sétimo D ia; (6) Paixão Pelo M un­
do: A História da Educação Adventista do Sétimo D ia; (7) uma série
de publicações intituladas Cristo na Sala de Aulas: Uma Abordagem
Adventista Para a Integração Fé e Ensino.
Em ligação com a Universidade Andrews, o departamento geren­
cia o banco de dados de recursos humanos de profissionais adventis­
tas do sétimo dia, possuidores de bacharelado e/ou pós-graduação.

Ministério da Família
Propósito. O Departamento de M inistério da Família procura
fortalecer o lar como ambiente básico no qual os valores espirituais
e vivenciais e o desenvolvimento de relacionamentos íntimos com
S er v iç o s D e p a r t a m e n t a is 16 1

D eus e as pessoas sejam aprendidos. O Ministério da Família focali­


za as ligações relacionais do casamento, vínculos entre pais e filhos,
e entre irmãos e outros no círculo familiar mais amplo.
C om o um m inistério de graça, o M inistério da F am ília se
em penha em cap acitar as fam ílias a fim de que alcan cem os
ideais divinos, sabendo que padecerão afliçõ es num mundo
caído. O M inistério da F am ília b u sca ajudar no crescim ento
integral de fam ílias em ocionalm ente saudáveis, resultan do em
fam ílias capazes de form ar igrejas fortes e apresentar um te ste ­
m unho cativante à sociedade. O M inistério da F am ília estim u la
a com petên cia nas capacid ad es in terp esso ais, n ece ssárias nos
relacionam entos, e provê oportun idades de crescim ento atra­
vés da edu cação e enriquecim ento da vida fam iliar. Em bora não
seja responsável pelo aconselham ento, o departam ento estim ula
indivíduos, c a sa is e fam ílias a procurar ajuda profissional q u an ­
do n ecessária.
P rogram as/recu rso s. Um ministério apropriado para as famílias
inclui guia pré-conjugal disponível a todos os casais; programas re­
gulares para o fortalecimento do casamento; educação de pais; m i­
nistério especial de necessidades relacionais de adultos solteiros,
pais solteiros e fam ílias compostas de membros de outros casam en­
tos; instruções de evangelismo de família para família, e ministérios
de apoio para ajudar famílias com necessidades especiais. A fim de
realizar tal ministério mais efetivamente, a com issão da igreja pode
estabelecer um grupo diretivo de ministérios familiares. Visando a
ajudar os pastores, líderes de igreja e com issões de ministérios fam i­
liares, o departamento oferece o seguinte:
Manuais de Ministério da Família. O Departamento de Ministério
da Família da Associação Geral e suas divisões associadas produzi­
ram esses manuais para orientar o ministério. Um dos títulos dispo­
níveis é Cuidando das Famílias Hoje. O M anual de Pastores e Anciãos
62 IG u ia Para M in istro s

Para o Ministério da Família (publicado pela Associação Ministerial)


provê orientação e guia para facilitar o ministério da família na igreja.
Currículo de livros de apoio. O departamento coordena o desen­
volvimento de um currículo de apoio para educação da vida familiar,
apresentado em livros que resumem o conteúdo do ensino central
na vida familiar para pastores e líderes de família, tais como Sexua­
lidade Humana: Compartilhando a Maravilha do Belo Dom Divino
com Seus Filhos.
Plano Anual Literário. Um livro de recursos que contém sermões,
minisseminários, histórias, artigos sobre liderança e revisões de livros
é produzido cada ano pelo departamento, para apoiar as igrejas no
planejamento e programação para a Semana Anual do Lar Cristão e
Casam ento (fevereiro) e Semana da União Familiar (setembro).
Recursos de programas específicos. O departamento produziu um
programa específico de recursos que os pastores ou líderes da igreja
podem adaptar para uso local, tais como: Preparando-se Para o C asa­
mento (guia pré-matrimonial); Cuidando do Casamento (enriqueci­
mento conjugal); Você Não Está Sozinho (ministério junto a pessoas
solteiras); Paz e Cura: Libertação dos Abusos Domésticos (violência
familiar); Fortalecendo as Ligações (breves roteiros para minisser-
mões, transm issões radiofônicas, etc.).
Desenvolvimento de liderança. O departamento provê o desen­
volvimento de liderança através do programa de certificação em
educação de vida familiar. O s fundos do curso para os diretores de
departamento na Divisão, União e A ssociação/M issão estão dispo­
níveis na A ssociação Geral. Faça contato com o departamental do
M inistério da Fam ília a respeito da disponibilidade para o desenvol­
vimento do programa e certificado para líderes leigos.
M ais in fo rm açõ es. Para mais informações sobre o departamento
e recursos disponíveis, faça contato com o diretor do Ministério da
Família da A ssociação/M issão ou com os escritórios do Ministério
S er v iç o s D e p a r t a m e n t a is 16 3

da Família da Associação Geral: Family M inistries Department,


General Conference of Seventh-day Adventists, 12501 Old Colum-
bia Pike, Silver Spring, M D 20904, USA.

Ministério de Saúde
Propósito. As metas do M inistério de Saúde envolvem a re­
velação da compaixão e cuidado de nosso Senhor Jesus, em Sua
preocupação com o bem-estar integral do ser humano. A bênção da
saúde deve ser ensinada, compartilhada e celebrada entre os m em ­
bros e a comunidade. O M inistério de Saúde, parte integrante do
ministério evangélico, incorpora pregação, ensino e cura. Enquanto
parte desse trabalho ajuda a recobrar a saúde, a essência desse m i­
nistério revela Cristo em toda a Sua beleza.
O M inistério de Saúde é a expressão ativa de cuidado pelo indi­
víduo, procurando envolver a congregação e toda a comunidade na
qual está inserida.
P rogram as/recu rso s. O Departamento de M inistérios de Saú ­
de, em cada nível organizacional, produz e fornece uma variedade
ampla de recursos. Eles incluem programas de aconselhamento aos
jovens, abandono do fumo, m udança de estilo de vida, materiais de
exposição, preparo de conferências e cursos educativos.
M ais in form ações. Visite o Departamento de Saúde da A ssocia­
ção G eral ou o site Health Connection (www.healthconnection.org)
para conhecer centenas de materiais, como DVDs, C D s e outras
ajudas à promoção da saúde.

Associação Ministerial
Propósito. A Associação Ministerial da Associação Geral dos Ad­
ventistas do Sétimo Dia disponibiliza apoio, educação contínua, incen­
tivos e recursos para os obreiros do ministério, realização e participação
de seminários, concílio de pastores e uma variedade de recursos.
6 4 1G u ia P ara M in istro s

P rogram as/recu rso s. Um resumo dos recursos providos pela


Associação M inisterial é disposto a seguir. Faça contato com a A s­
sociação M inisterial para obtenção da listagem mais atual.
Aos pastores estão disponíveis recursos e material de apoio ao
seu trabalho de evangelismo e crescimento de igreja.
O Centro de Recursos M inisteriais publica livros, folhetos, C D s
e DVDs sobre vários assuntos. N a maioria dos casos, os C am pos ou
instituições precisam enviar os pedidos com antecedência, para mi­
nimizar os custos.
A revista Ministério, uma publicação internacional para pasto­
res, vem sendo editada desde 1928 e está presentemente disponível
tanto para ministros adventistas como para clérigos de outras de­
nominações. O s pastores adventistas normalmente obtêm a revista
através do Cam po ou instituição a que estão filiados.
Sem inários de Crescim ento M inisterial e Profissional são reali­
zados via satélite e disponibilizados em sites para pastores de todo
o mundo. Através desse programa, a revista Ministério é distribuída
entre pastores de outras denominações.
O setor de recursos para anciãos é responsável pela produção de
recursos para anciãos de igrejas, incluindo a Revista do Ancião, uma
publicação disponível em todo o mundo através das A ssociações/
M issões locais. Também realiza seminários de capacitação para an­
ciãos, em cooperação com outras instâncias da igreja.
A Área Fem inina da A ssociação M inisterial (Afam) realiza sem i­
nários e disponibiliza recursos para as esposas e famílias dos pas­
tores. Além de promover eventos ao redor do mundo, ela publica a
Revista da Afam, disponível nos C am pos e instituições.
M ais in fo rm açõ es. C ada entidade da Associação M inisterial
pode ser contatada diretamente, ou contate os escritórios da A sso­
ciação M inisterial central, a fim de que seu pedido chegue às mãos
da pessoa apropriada.
S er v iç o s D e p a r t a m e n t a is 16 5

Testam entos e Legados


Propósito. O Departamento de Testamentos e Legados, um minis­
tério altamente especializado, ajuda os membros e amigos da igreja a
preparar instrumentos de doação planejada, como testamentos, legados,
anuidades e doações integrais. A missão estimula e facilita a expansão
da obra de Deus através de doações planejadas, adaptadas às juridições
locais dos doadores. Com o propósito de ajudar os membros a realizarem
suas metas financeiras e de doações, o pessoal do Departamento de Tes­
tamentos e Legados trabalha em cooperação com outros profissionais,
incluindo advogados, contabilistas, planejadores financeiros e outros.
Há dois tipos principais e gerais de testamentos: (1) revogável e
(2) irrevogável. O testamento revogável permite ao outorgante retirar
parte ou o todo da propriedade, bem como ter pleno desfrute dela
durante toda a sua vida. Após seu falecimento, a propriedade pas­
sa diretamente aos beneficiários, poupando custos testamentários
e administrativos. Um testamento irrevogável titula os ativos para a
igreja, provendo benefícios imediatos de impostos. A legislação, na­
turalmente, varia de um país para o outro.
P rogram as/recu rso s. Uma série de oito brochuras intituladas
Planejamento Para o Ciclo de Vida aborda diferentes situações fa­
miliares, etárias e existenciais, e como o departamento pode ajudar.
Acompanha as brochuras uma série de anúncios publicitários de vá­
rios tamanhos, desde página inteira até 1/8 de página, e também
sugestões para o boletim da igreja, boletim da com issão e envelopes
de dízimo, periódicos da igreja e outros meios de comunicação.
O departamento dispõe de ampla gama de seminários adequados
para reuniões pastorais, cam pais, e fins de sem ana planejados sob o
tema finanças fam iliares e testamentos, para igrejas e outras jurisdi­
ções. Na realização desses seminários, pode-se contar com o auxílio
de profissionais como advogados, contabilistas, planejadores finan­
ceiros e outros profissionais da área.
6 6 1G u ia P ara M in istro s

Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa


P ropósito. O D epartam ento de Deveres Cívicos e Liberdade
Religiosa procura promover e defender a liberdade religiosa. Liber­
dade religiosa inclui o direito de ter ou adotar a religião de esco ­
lha própria do cidadão, mudar de crenças religiosas de acordo com
sua consciência, m anifestar sua religião individualm ente ou na co­
m unidade junto aos com panheiros crentes, nos cultos, na prática,
testem unho e ensino, tudo sujeito ao respeito equivalente dos di­
reitos dos outros.
Envolvido com as relações governamentais e contatos interdeno-
minacionais, o departamento tam bém estabelece uma rede de con­
tatos com organizações não governamentais que possuem objetivos
sem elhantes na defesa da liberdade religiosa. Ele não apenas traba­
lha pelas liberdades religiosas, como também apoia a liberdade de
crença para todas as pessoas em todos os lugares.
Em vista da compreensão adventista do sétimo dia do grande
conflito e dos eventos culminantes da história humana, envolven­
do união entre Igreja e Estado, que eliminará o livre exercício da
religião, resultando em perseguição do remanescente fiel, o departa­
mento procura monitorar e interpretar as tendências atuais que pos­
sam refletir o cenário profético.
P r o g r a m a s/r e c u r so s. Enum eram os os segu in tes: festivais
de liberdade religiosa; con gressos regionais; jan ta re s an uais de
Prêm io da L iberdade; encontro de esp e c ia lista s da A sso ciação
Internacional de L iberdade R eligiosa; apresen tação televisiva de
F é e Liberdade G lobal; con gresso m undial de L iberdade R eli­
giosa; con ferên cias/sem in ários; sáb ado s de ên fase em liberdade
religiosa; M anual de Lideres de Liberdade Religiosa, Fides et L i­
bertas (Fé e Liberdade), revista da A sso ciação Internacional de
L iberdade R eligiosa; Relatório M undial de Liberdade Religiosa, e
a revista Liberty.
S er v iç o s D e p a r t a m e n t a is 16 7

Publicações
Propósito. O Departamento de Publicações atende aos membros
da igreja e o mercado em geral, provendo nutrição espiritual e al­
cance evangelístico da comunidade. Para cumprir esses objetivos, o
departamento trabalha para (1) motivar os membros da igreja para
distribuir literatura, como parte da m issão evangelística; (2) estim u­
lar o conceito do evangelismo com literatura como um ministério de
tempo integral, para isso promovendo capacitação e supervisão; e
(3) anim ar os membros na aquisição e estudo de livros devocionais,
para seu crescimento e nutrição espiritual.
P rogram as/recu rso s. O pessoal do Departamento de Publica­
ções promove sem inários de conscientização da literatura e jornadas
de evangelismo nas igrejas, visando ao envolvimento dos membros
com a literatura evangelística. O s programas de Seminário do M i­
nistério da Literatura propiciam capacitação para evangelistas de
publicações, sobre como apoiar os pastores na liderança da igreja e
no evangelismo. Jovens estudantes são recrutados nas instituições
educacionais para se unirem às cam panhas de evangelismo com li­
teratura durante as férias.
C ada ano, o departamento, em coordenação com as casas publi-
cadoras adventistas, seleciona o livro missionário do ano que é dis­
ponibilizado ao mundo todo para divulgação evangelística. As igrejas
também são encorajadas a estabelecer uma biblioteca que empreste
livros com essa finalidade.
Eventos de vendas de livros são patrocinados através das casas
publicadoras e do Serviço Educacional Lar e Saúde (Seis) em reu­
niões cam pais e nas igrejas, proporcionando literatura adventista a
preços especiais. O s livros de interesse particular para o evangelis­
mo impresso incluem: O Colportor-Evangelista, Ministério de Pu­
blicações e Milagres da Graça, um livro de ilustrações para sermõe>
com 365 experiências com literatura evangelística.
6 8 1G u ia P ara M in istro s

Outros instrumentos disponíveis incluem manual para coorde­


nadores de publicações da igreja, materiais de capacitação para o
ministério de evangelismo via publicações, apresentações em Power­
Point, apresentação em vídeo das maneiras de distribuir livros e re­
vistas, e vídeo com o tema de recrutamento de colportores regulares
e estudantis. As revistas referentes ao ministério de publicações in­
cluem O Colportor-Evangelista e Rexnsta dos Líderes de Publicações.

Escola Sabatina e Ministério Pessoal


Propósito. O Departamento da Escola Sabatina centraliza-se
tanto na Escola Sabatina como no M inistério Pessoal, através da
ênfase equilibrada e interrelacionada em companheirismo, evan­
gelismo, estudos bíblicos e missão. O departamento também pro­
porciona liderança, recursos, capacitação, criatividade e inspiração
para o preparo dos membros da igreja local, mediante ministérios
pessoais sinérgicos de educação religiosa para todas as idades.
Program as/recursos. O recurso mais amplamente conhecido e uti­
lizado provido por esse departamento é a Lição da Escola Sabatina para
todas as idades. As lições incluem: Rol do Berço (desde o nascimento até
dois anos); Jardim da Infância (de três a cinco anos); Primários (de seis a
nove anos); Juvenis (de 10 a 14 anos); Fé em Tempo Real (alternativa para
adolescentes de 13 a 14 anos); Adolescentes (de 15 a 18 anos); e Jovens (de
19 a 35 anos). Cada uma dessas publicações tem um guia para professo­
res e outros recursos. O Departamento de Escola Sabatina e Ministério
Pessoal atua como consultor no desenvolvimento da Lição de Adultos.
Enriquecendo a Escola Sabatina, vídeo acompanhado de guia
para líderes, proporciona total exploração e desenvolvimento de qua­
tro focos integrados à Escola Sabatina de Adultos. O utras mídias
disponíveis abrangem a Unix^ersidade da Escola Sabatina, um vídeo
sem anal com programa de 30 minutos, acessível através de trans­
m issão via satélite, pela internet e arquivos de vídeo e áudio.
S e r v iç o s D e p a r t a m e n t a is 16 9

O s recursos para programar a Escola Sabatina são providos atra­


vés do Cool Tools for Sabbath School, disponíveis no site do D epar­
tamento6 para ajudar especificam ente a liderança no desempenho
de suas responsabilidades. O s temas incluem: superintendência,
ensino, secretariado, investimento, escolas sabatinas filiais, música,
oração, companheirismo, evangelismo e missão. O Departamento
tam bém proporciona seminários de capacitação e de melhoria do
ensino nas classes da Escola Sabatina.
O Instituto Internacional de Ministérios Cristãos fornece cursos
especiais e certificações em educação religiosa para adultos, para
crianças, para a liderança da igreja local, evangelismo pessoal, evange­
lismo público e educação religiosa para a juventude e jovens adultos.
A série de folhetos Alcançando e Conquistando disponibiliza uma
abordagem completa e sistemática de meios mediante os quais se
pode trabalhar com membros de um grupo específico de fé. Atual­
mente há folhetos para os que testemunham junto aos mórmons,
hindus, budistas, etc. E mais opções estão sendo preparadas regu­
larmente para essa série. Programas de capacitação em técnicas de
testemunho pessoal, em como conduzir estudos bíblicos, liderança da
igreja e outras formas de ministério são apresentados em grupos de
discussão e seminários.
Sem inários e grupos de discussão com relação aos Serviços Ad­
ventistas à Com unidade estim ulam a motivação, a capacitação e os
recursos que ajudam os líderes e membros da igreja a envolver-se
mais com suas comunidades. O M anual de Serviços à Comunidade
e a seção Serviços Comunitários no site do Departamento oferecem
recursos adicionais.
Escolas bíblicas por correspondência produzem lições bíblicas
via rádio, televisão, internet, outras mídias, e vários meios de pu­
blicidade. O s estudantes desses cursos são postos em contato com
6 www.sabbath 5 choolpersonalministries.org
7 0 1G u ia Para M in istro s

os ministérios evangelísticos da igreja. As igrejas podem estabelecer


escolas bíblicas locais (Escolas de D escobertas Bíblicas) para esse
propósito. E ssas escolas bíblicas são um meio através do qual os
membros matriculam os estudantes no programa e lhes proveem li­
ções para contato pessoal, pequenos grupos, vídeos pela internet e
correspondência via correio. O departamento oferece recursos, con­
sultoria e capacitação.

Mordomia Cristã
Propósito. O Departamento de Mordomia C ristã prepara e pro­
move um a abordagem integrada da educação em mordomia, que se
centraliza no Senhorio de Jesu s Cristo. Dentro dessa moldura teoló­
gica, a mordomia identifica-se com uma vida de serviço, sacrifício e
parceria com Deus. Ela abarca mordomia financeira, que busca in­
formar, encorajar e lembrar os membros da igreja sobre sua respon­
sabilidade espiritual de devolver o dízimo e dar ofertas de gratidão a
Deus, como consequência de seu concerto de relacionamento com
Ele. E ssas ações de fidelidade e gratidão são a expressão exterior da
obra de Deus no coração dos crentes, e uma resposta de amor que
reconhece Deus como Criador, Proprietário e Mantenedor da vida.
P rogram as/recu rso s. O departamento proporciona recursos que
podem ser usados para estudo pessoal ou como instrumentalidades
para o ensino de mordomina na igreja. E sses recursos estão cata­
logados como livros e folhetos, materiais para seminários ou perió­
dicos no site do departamento', que também apresenta recursos
adicionais e atualizados. Tais materiais também podem ser solicita­
dos ao Departam ento de Mordomia da A ssociação Geral.
O s livros compreendem Raízes da Mordomia, uma teologia da
mordomia, dízimo e ofertas, e Dizimar nos Escritos de Ellen G.
White, um estudo sobre a influência das Escrituras que modelaram

7 www.adventiststewardship.com
S e r v iç o s D e p a r t a m e n t a is 17 1

a compreensão de Ellen White sobre o dízimo. Dizimar no Novo


Testamento e a Igreja Cristã aborda o tema do apoio da igreja primiti­
va ao ministério evangélico através do dízimo. Finanças Estratégicas
da Igreja: Uma Abordagem Bíblica, material baseado num seminário
de dois dias que explora o enfoque estratégico para as finanças da
igreja, fundam entado na compreensão da mordomia bíblica.
O seminário de mordomia que tem por título Deixe Deus Ser
Deus: Fundamentos da Mordomia Bíblica apresenta-se numa série
de três DVDs dirigida à base bíblica da mordomia. O periódico Mor­
domia Dinâm ica é uma publicação trimestral com artigos, sermões,
resenhas de livros e outras instrum entalidades desse ministério que
se centralizam num tópico e tema específico.

Patrimônio White
Propósito. O Patrimônio Ellen G. White foi criado por força do
testamento de Ellen White por ocasião de sua morte, para servir
como guardador de seus escritos. Seus cinco depositários cuidam
de suas cartas e manuscritos, mantêm seus direitos autorais, promo­
vem suas obras em inglês, providenciam sua tradução em outras lín­
guas e produzem compilações quando necessárias. Adicionalmente,
a pedido da A ssociação Geral, o Patrimônio W hite fornece à igreja
informações sobre Ellen G. White e a história adventista. O Patri­
mônio White tam bém opera centros de pesquisa em cada uma das
Divisões mundiais da igreja.
P ro g ra m as/recu rso s. Com o proprietário dos escritos de Ellen
G. W hite, o Patrimônio W hite trabalha com as editoras adventis-
tas, para m anter a im pressão de livros e incentivar sua circulação.
D esde 1990, o Patrimônio W hite tam bém disponibiliza os escri­
tos da Sra. W hite eletronicam ente em C D -R O M e, desde 1995,
num site da internet.8 A equipe de membros do Patrimônio está à
8 www.whiteestate.org
7 2 1G u ia Para M in istro s

disposição para falar em concílios de obreiros, reuniões cam pais e


outras reuniões sim ilares.
Anualmente, o Patrimônio White prepara um sermão, uma his­
tória para crianças e outros materiais que os pastores podem usar
no Dia do Espírito de Profecia, em outubro. E sses materiais estão
disponíveis no site do Patrimônio White (White Estate). Ademais,
o site contém guias de estudos para muitos livros de Ellen White,
acesso a um grande banco de dados, fotografias históricas e um
acervo acessível e completo das obras publicadas da autora. Outras
características incluem leitura devocional diária e o pensamento do
dia, recursos para crianças e jovens, áudios de histórias dos pionei­
ros e uma extensa coleção de materiais sobre Ellen White e o Dom
de Profecia, inclusive informações com relação às acusações feitas
por seus críticos.

Ministérios da Mulher
Propósito. O Departamento dos M inistérios da M ulher apoia,
estim ula e desafia as mulheres adventistas do sétimo dia em sua c a­
minhada diária como discípulas de Jesu s Cristo, e como membros
de Sua igreja mundial. H á seis temas desafiadores que orientam
esse propósito: saúde da mulher, abusos, pobreza, carga de trabalho
feminino, falta de capacitação de liderança, educação e analfabetis­
mo. E sses assuntos afetam as mulheres de todas as culturas, posi­
ções sociais e países.
Os objetivos do departamento incluem a educação de mulheres
na igreja e na comunidade, ao mesmo tempo em que as fortalecem
para se tornarem poderosas mulheres de Deus nas áreas de estudo
bíblico, oração e crescimento pessoal, promovendo também seu en­
volvimento com as mulheres da comunidade.
P ro g ra m as/re cu rso s. Um programa de capacitação de quatro
níveis, cham ado Programa de C ertificação de Liderança Fem inina,
S er v iç o s D e p a r t a m e n t a is 17 3

b usca capacitar as m ulheres em liderança e outros assun tos rela­


cionados, enquanto proporciona tam bém confiança na liderança
da igreja.
O Programa de Bolsas de Estudos Para os M inistérios da Mulher
dá apoio a mulheres que buscam atingir educação universitária.
O Dia de Ênfase na Prevenção de Abusos é programado, anual­
mente, para o quarto sábado de agosto. O M inistério da Mulher
encabeça esse programa departamental anual e conjunto, com des­
taque para a quebra do silêncio sobre abusos. O departamento provi­
dencia uma série de brochuras para suplementar os materiais anuais
preparados para esse dia especial.
A série de A ssu n to s D e safian te s com posta de seis brochu ­
ras fornece in form ação sobre vários tem as sign ificativos para as
m ulheres em geral. O conjunto de recursos en foca e sp e c ific a ­
m ente assu n to s de in teresse da m ulher solteira, d as ad o lescen ­
tes e jovens.
Três boletins informativos estão disponíveis no departamento:
Mosaico, noticiário mundial atualizado do ministério da mulher;
Bolsas de Estudos Para Nossas Irmãs, que trata do levantamento de
fundos de sustento para bolsas escolares; e o panfleto Toque um C o­
ração, Diga ao Mundo, um boletim informativo sobre os projetos do
ministério da mulher e auxílio no levantamento de fundos.
Um quadro de exposições didáticas sobre HIV/Aids conta a his­
tória do vírus e apresenta informações com relação ao cuidado para
com os doentes infectados.
Tam bém está disponível um a variedade de sem inários d esti­
nados a ajudar as m ulheres na área de desenvolvim ento pessoal.
Todos os anos, o departam ento publica um novo livro devocio-
nal, com textos preparados por m ulheres, cuja renda é revertida
em benefício do Program a de Bolsa de E stu dos dos M inistérios
da M ulher.
7 4 1G u ia P ara M in istro s

Ministério Jovem
Propósito. O Departamento do M inistério Jovem, fundamentado
na salvação e serviço, procura facilitar e apoiar o ministério dos pas­
tores e igrejas na conquista, capacitação, manutenção e recuperação
dos jovens. Ele presta apoio à igreja na formação de objetivos, metas,
planos e capacitação para equipar a congregação a fim de salvar sua
juventude e prepará-la para o ministério. Também se especializa em
atividades que estim ulam a compreensão cristã e a participação na
vida da igreja e serviços à comunidade, através de quatro focos prin­
cipais: discipulado, liderança, testemunho e serviço.
P rogram as/recu rsos. O departamento disponibiliza os seguintes
materiais: M anual do Ministério da Juventude Para Pastores e Anciãos,
M anual do Ministério da Juventude, História dos Desbravadores, His­
tória do Jovem Adventista, História do Aventureiro, G uia do Professor,
além do Troféu de Liderança Jovem e do Prêmio de Liderança de
Desbravadores. O livro oficial do Ministério Jovem para as igrejas
adventistas é Getting It Right, publicado pela Review and Herald.9
As funções para os vários grupos etários incluem: Liderança
Para o Program a de Líder M aster e M aster Avançado, para a faixa
etária entre 22 e 30 anos; C lube do Embaixador, para a faixa etária
dos 16 aos 21 anos; Program a dos Desbravadores, para idades en­
tre 10 e 15 anos, Programa Para os Aventureiros, para idades entre
seis e nove anos.
Ação Jovem é um a revista trimestral destinada ao uso dos pasto­
res e líderes de jovens da igreja. O s materiais para a Sem ana de O ra­
ção da Juventude são preparados anualmente para a igreja, trazendo
matérias úteis para programas sem anais da juventude.
M anuais múltiplos proveem informação para a implementação
dos programas dos jovens, e organização do Clube de Desbravadores

9 Uma versão condensada desse material, sob o título Acene o Alvo, está sendo preparada em português
pela Casa Publicadora Brasileira.
S er v iç o s D e p a r t a m e n t a is 17 5

e Clube do Embaixador. M ateriais para programas evangelístieos jo ­


vens e missão/serviço também estão disponíveis.
Uma Conferência M undial sobre Jovens e Serviço Comunitário
é realizada a cada cinco anos num local ou país selecionado. O Pro­
grama Para os M inistérios de C am pus é promovido através da orga­
nização de associações estudantis nos centros universitários. Esses
ministérios treinam os estudantes para o evangelismo, para impedir
seu isolamento, e desenvolver materiais para uso local.
CAPÍTULO 13

Normas da Igreja

A igreja, em seu sentido mais amplo, existe quando


as pessoas individualmente respondem ao chamado de Deus. M as
Deus não cham a Seu povo para o isolamento. Ele o convoca para a
comunidade, para que não deixemos de nos congregar, conforme de­
clara a Escritura (Hb 10:25). N esse modelo de ajuntamento, a igreja,
como estrutura, vem à existência. Para que isso aconteça, é natural
e necessário que alguma forma de estrutura consensual deva ocor­
rer. A fim de orientar essa estrutura, a denominação adventista do
sétimo dia tem estabelecido normas e procedimentos visando à ope­
ração harmoniosa da igreja como instituição. Três publicações fun­
dam entais estabelecem esses processos: o M anual da Igreja, o Livro
de Regulamentos da Associação Geral e o G uia Para Ministros.

Manual da Igreja
O M anual da Igreja institui diretrizes para a operacionalidade
denominacional. Estabelecido e revisado pela A ssociação Geral em
assem bleia mundial, o M anual da Igreja serve como voz autorizada
da igreja em matéria de organização e operação, e pode ser muda­
do somente pela A ssociação Geral reunida em assembleia. O s p as­
tores são responsáveis pela aplicação de suas diretrizes nas igrejas.
“Quando, numa assem bleia geral, é exercido o juízo dos irmãos reu­
nidos de todas as partes do cam po mundial, independência e juízo
particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renun­
ciados” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 260).
O M anual da Igreja tem flexibilidade, permitindo adaptações às
variadas culturas e cenários sociais, conforme refletidos nas edições
N orm as d a Ig r e ja 17 7

da Divisão. De tempos em tempos, quando a necessidade se torna


clara, é bom e necessário mudar essas diretrizes. Tais mudanças
surgem de evidentes necessidades da igreja e são sugeridas à A sso­
ciação/M issão local que as encaminha, através da estrutura organi­
zacional da igreja, para a Associação Geral.

Livro de Regulamentos10
O Livro de Regulamentos da Associação Geral (e as adaptações
que lhe são feitas pelas Divisões, Uniões e Associações/M issões)
proporciona diretrizes operacionais em vários níveis da organização
da igreja. E ssas normas são revisadas, modificadas e atualizadas por
ocasião do Concílio Anual da Associação Geral e nas reuniões de
fim de ano das Divisões.

Guia Para Ministros


O Guia Para Ministros propicia diretrizes ministeriais comple­
mentares para a operação da igreja. Preparado pela Associação M i­
nisterial da Associação Geral, em consulta com pastores e outros
líderes da igreja do campo mundial, o G uia Para Ministros é atuali­
zado quando se faz necessário.

10 A Divisão Sul-Americana publica periodicamente uma versão atualizada do Livro de Regulamentos


Eclesiástico-Administrativos, contendo todos os regulamentos, votos e deliberações a serem seguidos
dentro do território da Divisão.
CAPÍTULO 14

Credenciais e Licenças

Propósito
O agrupamento de igrejas, através da Associação ou M issão,
confere a certos homens autoridade para representar a igreja e falar
em nome dela como ministros autorizados, pela concessão de cre­
denciais e licenças. Juntamente com a administração da União, a
adm inistração do Cam po local tem a responsabilidade de supervi­
sionar a em issão dessas crendenciais e licenças. “A União, as A sso­
ciações ou C am pos partilham a responsabilidade de salvaguardar a
integridade do ministério, e deles se exige mediante ação e prática
denominacional, que garantam que as credenciais emitidas em seus
respectivos territórios sejam realmente certificadas e que seus pos­
suidores estejam em boa e inquestionável posição, e legitimamen­
te livres para aceitar convites de qualquer outro cam po de serviço”
(Livro de Regulamentos da AG, L 60 05)."
Proteção. A s credenciais e as licenças protegem as congregações
daqueles que podem iludir, deturpar ou ofender a igreja. Para que
o acesso ao púlpito seja salvaguardado, é imperioso que somente
aqueles que possuem credencial e licença ou membros constatados
da igreja sejam convidados a falar. Todavia, há vezes em que outras
pessoas como oficiais do governo, líderes cívicos ou convidados es­
pecialmente reconhecidos podem falar às congregações.
D isciplin a de M in istro s. O s ministros podem ser disciplinados
por queda moral, infidelidade, apostasia, deslealdade, desfalque ou
roubo, por apoiar atividades subversivas contra a denominação, en­
quanto se recusa a reconhecer a autoridade da igreja, ou continuada
11 Item L 60 05 do Livro de Regulamentos Edesiástico-Administtativos da Divisão Sul-Americana.
C r e d e n c ia is e L ic e n ç a s 17 9

e impenitente dissidência com relação às crenças fundam entais da


Igreja Adventista (ver ibid., L 60 20).
Tal disciplina pode afetar os ministros mediante (1) retirada da
credencial ou licença, (2) anulação da ordenação, (3) perda do vínculo
de membro da igreja, e (4) perda do emprego no ministério evangéli­
co, no magistério ou na liderança denominacional. "Onde for conve­
niente, a organização envolvida deverá providenciar um programa de
aconselhamento e orientação profissional para que o ministro e sua
família sejam assistidos na transição" (ibid., L 60 30).
Vencim ento da credencial. As credenciais e licenças são emitidas
com duração de tempo determinada pela organização empregadora e
renovadas apenas por voto da comissão apropriada. Se um indivíduo
credenciado ou licenciado deixar de ser empregado pela organização
emissora, ou se a credencial ou licença não for renovada por um novo
termo de serviço pela comissão autorizada, o obreiro cessará suas fun­
ções como obreiro autorizado. A posse de uma credencial ou licen­
ça vencida ou desatualizada não autoriza o ex-obreiro a trabalhar em
qualquer das funções para as quais foi antes autorizado.

Para Quem São Emitidas


O breiros. “Credenciais ou licenças deverão ser emitidas apenas
para servidores denominacionais de tempo integral e para aqueles
sob a supervisão das Associações/M issões, campos ou instituições
da denominação. Elas expirarão quando o período de serviço termi­
nar. Em casos especiais, uma credencial ou licença poderá ser conce­
dida a um indíviduo não empregado denominacionalmente, enquanto
estiver a serviço da igreja e sob a supervisão da organização denomi-
nacional" (ibid., E 10 80). Credenciais e licenças também podem ser
conferidas a capelães e pastores que trabalham nas escolas (ibid.,
E 10 85-90). Qualquer organização com autoridade para emitir creden­
ciais e licenças tem poder para cancelar os documentos concedidos.
8 0 1G u ia Para M in istro s

jubilados. “Credenciais honorárias eméritas serão emitidas pelas


Uniões12 para funcionários denominacionais jubilados que fazem jus
a elas e que residem no território de suas Uniões, exceto para aqueles
cujas provisões são feitas em E 10 65” (ibid., E 10 60). N a maioria dos
casos, "os servidores que recebem benefícios do plano de jubilação e ca­
pelães militares aposentados que recebem pagamento de aposentadoria
militar, se tiverem direito a credenciais ou outros documentos, devem re-
cebê-los da União/Associação em cujo território residem" (ibid., E 10 70).
Os pastores jubilados portadores de credencial honorária comu-
mente são membros de uma igreja próxima de sua residência, e devem
apoiar o pastor quando for necessário. Seu relacionamento com a igre­
ja é o mesmo de qualquer outro membro, exceto que eles ainda podem
ser chamados para batizar, realizar cerimônias matrimoniais, ordenar
líderes locais e cumprir várias funções de um ministro ordenado.

Tipos de Credenciais e Licenças


Credenciais e licenças são conferidas a servidores denominacio­
nais, de acordo com a categoria de serviço na qual se empenham.
Um a licença é emitida para obreiros novos; depois de um período de
serviço satisfatório, suas credenciais são fornecidas.
C reden cial m in isterial. A s credenciais ministeriais só são con­
cedidas a pastores ordenados.
L icen ça m in isterial. As licenças ministeriais são concedidas a
pastores não ordenados, evangelistas e professores de Bíblia, que es­
tão a caminho da ordenação. "A responsabilidade e autoridade do
pastor licenciado podem, sob certas circunstâncias, ser ampliadas
para incluir o desempenho de funções específicas do pastor orde­
nado nas igrejas para as quais foi designado. A autoridade de con­
cessão dessa responsabilidade pertence à Com issão da Divisão, que

12 No território da Divisão Sul-Americana, as credenciais honorárias são conferidas aos jubilados pelas
Associações/Missões, e não pelas Uniões.
C r e d e n c ia is e L ic e n ç a s 18 1

definirá claramente para o território as funções que podem ser dele­


gadas a pastores licenciados” (Ibid., L 25 05). “A Com issão Executiva
da A ssociação/M issão/C am po indicará, em harmonia com a diretriz
da Divisão, que funções de pastor ordenado o ministro licenciado
pode desem penhar" (Ibid., L 25 15). As exigências mínimas a se­
rem cum pridas pelos ministros ou pastores licenciados, que devem
ser atendidas antes da concessão das funções ministeriais extras, in­
cluem: conclusão do programa de capacitação ministerial, posse de
um a licença ministerial atualizada, qualificação para uma respon­
sabilidade pastoral ou ministerial, eleição e ordenação como ancião
local em cada igreja para a qual foi designado.
Credenciais e licenças missionárias. Os servidores não envolvidos
nas categorias listadas acima, que não atuam na linha ministerial, rece­
bem uma credencial ou licença missionária baseada em critérios similares.
Instrutor bíblico. Os instrutores bíblicos geralmente possuem licença
missionária por até cinco anos, e então recebem a credencial missionária.

Programa de Aspirantes ao Ministério


Os aspirantes ao ministério recebem uma licença antes da cre­
dencial, indicando que seu preparo ministerial ainda está em
progresso. Isso “quer dizer um período de serviço dedicado à capa­
citação ministerial prática, a ser efetivada após a conclusão do curso
teológico; esse período de capacitação será feito sob supervisão da
A ssociação/M issão, com um salário limitado, a fim de confirmar o
divino cham ado ao ministério" (ibid., L 10 10).
A adm inistração da A ssociação/M issão deve assegurar-se de que
seus aspirantes recebem uma experiência variada, supervisionada
e adequada, sob a liderança de pastores experientes. A Associação
iMinisterial da Associação Geral desenvolveu um M anual Para Aspi­
rantes e Supervisores de Aspirantes. E sse manual tem como objetivo
capacitar supervisores dos aspirantes e assisti-los em seu preparo.
CAPÍTULO 15

Ordenação

O rito espiritual da ordenação constitui-se no reconhe­


cimento por parte da igreja, daqueles que foram chamados e esco­
lhidos para servir em posições de liderança e serviço na igreja. Tais
ritos espirituais se estendem ao serviço no ministério evangélico
bem como a outros trabalhos da igreja.
O rd en ação p ara serviços p articu lares. Conquanto todos os
cristãos sejam cham ados para prestar serviço espiritual, o Novo Tes­
tamento retrata uma igreja organizada, administrada e nutrida por
pessoas que são especialm ente cham adas por Deus e separadas pela
imposição das mãos para determinado serviço. Anciãos e diáconos
apontados pela igreja com base em sua capacidade e experiência es­
piritual (Tt 1:5; At 6:3), e aqueles que servem no ministério evan­
gélico, são reconhecidos como receptores de um chamado divino
especial. Além da indicação e ordenação dos doze apóstolos para seu
papel singular e exclusivo (Mc 3:13, 14), as Escrituras distinguem
três categorias de oficiais ordenados:
(1) O ministro do evangelho cujo papel pode ser entendido como
pregação, ensino, adm inistração das ordenanças e cuidado pastoral
da igreja (lTm 4:14; 4:1-5).
(2) O ancião que exerce supervisão sobre a congregação local,
realizando também algum as funções pastorais (At 14:23; 20:17;
Tt 1:5, 9; lTm 3:2, 5).
(3) O diácono, a cujos cuidados são confiados os pobres e a obra
de beneficência da congregação (Fp 1:1; At 6:1-6; lTm 3:8-13).
O rden ação ao m inistério evangélico. Assim como os profetas,
sacerdotes e reis eram ungidos com azeite para funções especiais,
O rd en aç ão 18 3

o ritual da ordenação por imposição das mãos reconhece que Deus


chama alguns para propósitos exclusivos. O ato da ordenação reco­
nhece o chamado de Deus e separa o indivíduo para servir à igreja
numa função especial. O indivíduo escolhido torna-se um represen­
tante autorizado da igreja. Por esse ato, a igreja delega sua autoridade
aos pastores para proclamar o evangelho publicamente, administrar
suas ordenanças, organizar novas congregações e, dentro dos parâ­
metros estabelecidos pela Palavra de Deus, orientar os crentes.
A ordenação não é sacramental no sentido de conferir algum tra­
ço característico especial, poder ou autorização para formular dou­
trinas. O fundamento bíblico do ritual indica que ele foi uma forma
de reconhecimento de autorização para certo cargo e da competên­
cia da pessoa para o exercício dele. Por esse meio, a igreja coloca
sua aprovação sobre a obra de Deus realizada através dos seus m i­
nistros. No ato da ordenação, a igreja invoca publicamente a bênção
de D eus sobre aqueles a quem Ele escolheu e dedicou a essa obra
especial do ministério.
Q u alificaçõ es p ara a ordenação. Uma vez que os ministros ou
pastores desem penham seu ministério em uma organização terres­
tre, ela precisa determinar se há realmente um chamado genuíno ao
ministério evangélico. O chamado divino e Sua capacitação consti­
tuem o primeiro passo para o ministério. O reconhecimento e a con­
firmação desse chamado por parte daqueles que foram credenciados
a estim ar sua validade constituem o segundo passo.
O s candidatos ao ministério devem evidenciar:
Experiência espiritual. Eles precisam ter um conhecimento pro­
fundo, vivencial, e devoção à pessoa do Senhor Jesu s Cristo, que se
revela mediante um estilo de vida e reputação exemplares, em são
juízo, numa vida familiar exemplar e em traços de caráter positivos.
Conhecimento das Escrituras. O s pastores cristãos são chamados
primeiramente para o ministério da Palavra. Portanto, os candidatos
8 4 1G u ia P ara M in istro s

devem ter a mente abastecida com a verdade, ser absolutamente su­


jeitos à Palavra de Deus e preparados para penetrar e tornar claro
seu sentido correto. Deverão dar evidência de que estão habilitados e
são capazes de aplicar a disciplina da teologia em sua pregação, seu
ensino e aconselhamento.
Competência para tarefas ministeriais. O s candidatos devem
demonstrar que Deus os equipou com os dons necessários para o
ministério — dons intelectuais e de expressão que os capacitam a
proclamar, defender e ensinar a fé, e também o dom da liderança
para que possam guiar, motivar e capacitar as congregações que fo­
ram confiadas ao seu cuidado.
Um ministério frutífero. Conquanto Cristo chame naturalmente e
prepare Seus servos, abençoando seus esforços, os candidatos devem re­
velar seu chamado ao ministério tanto no êxito em ganhar almas, quan­
to na capacidade de alimentar aqueles que estão sob seus cuidados.
R espon sabilidade da ordenação. Embora a ordenação não con­
ceda nenhum poder especial ao recebedor, esse ato impõe solenes
responsabilidades. Por essa razão, não deve ser considerada com pou­
ca seriedade. O s ministros do evangelho não pertencem a si mesmos,
mas a Deus. Eles dedicam sem reservas seu tempo, talentos e vida a
Ele, pois são Seus porta-vozes e representantes de Sua igreja, com o
cuidado e a salvação de almas como pesado encargo a eles confiado.

Ordenação Autorizada
O Livro de Regulamentos da Associação Geral, seção L 35-50,
clara e amplamente estabelece os padrões e procedimentos a serem
obedecidos no processo de ordenação ao ministério evangélico. A l­
gum as Divisões autorizam a ordenação para homens e com issiona­
mento para as mulheres no ministério.13 Embora a diretriz L 35-50
seja dirigida principalmente para a ordenação de homens, ela é

13 A Divisão Sul-Americana não pratica o comissionamento de ministros, nem de homens nem de mulheres.
O rd en a ç ã o 18 5

aplicada com sensatez ao comissionamento de mulheres também.


A seção em sua íntegra não é aqui reproduzida; todavia, alguns de
seus princípios são reproduzidos.
P reparação. Reconhecendo que as Divisões estabelecem uma
norma para o processo de ordenação, recomenda-se que cada D i­
visão requeira de quatro a seis anos de trabalho no Campo, além
do padrão educacional aprovado para a formação pastoral. O tempo
desejável para a ordenação está compreendido num roteiro de dez
anos, desde a faculdade de Teologia até o trabalho no campo, in­
cluindo quatro anos de estudo universitário, dois anos de estudos de
licenciatura e quatro anos de trabalho no C am po.14 Uma alternativa
para esse esquem a é quatro anos de educação formal seguidos por
seis anos de trabalho no Campo.
Se ao término desse calendário for determinado que o candidato
não se encontra devidamente preparado para a ordenação, ele deve
passar por um a reavaliação. Se houver uma falha comum por par­
te da A ssociação/M issão no preparo de candidatos à ordenação no
tempo aprazado, a União precisaria analisar a situação.
P rocesso de autorização. Ordenação ao ministério evangélico é
a separação de um obreiro para um chamado sagrado. Esse proces­
so não é uma recompensa por serviços prestados nem oportunidade
para acrescentar título e prestígio a um obreiro. Ele precisa ser rea­
lizado sob ampla deliberação e atendimento aos procedimentos esta­
belecidos no Livro de Regulamentos da Associação Geral L 45 0515. Os
pastores ainda não ordenados devem ser avaliados anualmente por
um a com issão composta de administradores da Associação/M issão,
do secretário ministerial e de outras pessoas apontadas pela com is­
são, com respeito ao seu progresso rumo à ordenação. Orientações

14 Nas sedes do Seminário Latino-Americano de Teologia (SALT), o programa de graduação em teologia


tem a duração de quatro ou cinco anos, e o período de experiência prática no ministério antes da
ordenação é de quatro a seis anos.
15 Item L 45 05 do Livro de Regulamentos Eclesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana.
8 6 1G u ia Para M in istro s

úteis nesse processo estão disponíveis no M anual de Avaliação, pre­


parado pela A ssociação M inisterial da A ssociação Geral.
Processo de exame. “O exame de candidatos à ordenação é feito
por ministros ordenados. Representantes ordenados de Associações,
Missões, Campos, Instituições, Uniões, Divisões e Associação Geral,
que estejam presentes, podem ser convidados a assistir ao exame. Onde
for considerado aconselhável pela comissão executiva da Associação/
Missão, um ou mais membros leigos podem ser selecionados para parti­
cipar” (Ibid., L 50). Estes são os passos dados no processo de ordenação:
1. Exam e realizado por uma com issão composta de adm inistra­
dores da Associação/M issão, secretário ministerial e outras pessoas
indicadas pela com issão executiva.16
a. Recomenda-se que o secretário ministerial da União —
ou outro representante designado pela administração da
União, se o ministerial não estiver disponível — faça parte
desse processo examinador.
b. Durante o processo, é recomendado também, se o candi­
dato for casado, estender um convite à sua esposa para par­
ticipar do exame, visto que uma ordenação ao ministério
evangélico envolve mais do que o candidato.
2. Consideração pela com issão da A ssociação/M issão e recomen­
dação à com issão da União.
3. Aprovação pela com issão da União.
a. A comunicação oficial de aprovação deve ser feita ao candida­
to, juntamente com a data e o local da cerimônia de ordenação.
b. Quaisquer exames adicionais devem focalizar-se, antes de
mais nada, na afirmação e encorajamento do candidato.

16 Em alguns casos, a ordenação pode ocorrer em outros níveis da estrutura eclesiástica,


tais como Uniões, Divisões e Associação Geral, ou em instituições educacionais. Assim sendo,
devem ser seguidos os procedimentos similares envolvendo o pessoal dessas instituições,
conforme orientado pelo Livro de Regulamentos da Associação Geral L 45 05.
CAPÍTULO 16

Cerimônia de Ordenação

A ordenação inclui a dedicação formai pela igreja


de pessoas colocadas em funções de liderança e serviço. N a Igreja
Adventista, ela inclui ministros do evangelho, anciãos e diáconos.
Para os pastores, o serviço é instituído pela organização empregado­
ra e, para anciãos e diáconos, pela igreja na qual foram eleitos para
servir. Embora semelhante em muitos aspectos, a cerimônia para os
pastores é geralmente mais longa e separada, enquanto a para anciãos
e diáconos é normalmente incluída como parte do culto sabático.

Ministros
A cerimônia da ordenação ocorre tanto num evento da Associação/
Missão, como num concílio, campai ou congresso, ou na igreja em que o
ministro está servindo. Embora uma reunião campal proporcione ampla
e representativa audiência da irmandade das igrejas, ela tende a limitar
a oportunidade de participação da congregação à qual o ministro serve.
O rdem de serviço. O que vem a seguir é uma ordem típica do
ato de ordenação:
• Elino de abertura
• Oração
• Apresentação do(s) candidato(s)
• M úsica especial
• Sermão
• Resposta do candidato
• Oração de ordenação
• Ordenação
• Boas-vindas
8 8 1G u ia Para M in istro s

• Bênção
• Fila de cumprimentos
Oração de ordenação. A congregação normalmente perm anece
sentada, em reverente atitude de oração, enquanto ministros e can ­
didato se ajoelham, tendo o ordenando no meio do grupo. Aqueles
que tomam parte no ato e outros tantos que possam assim fazer,
ajoelham-se próximo ao candidato de lorma a unir-se aos celebran­
tes na imposição das mãos.
A oração de ordenação reconhece o chamado de Deus ao m inis­
tro para a sagrada obra, e a necessidade do poder divino para cum ­
prir esse chamado. E ssa oração suplica que, assim como as mãos
dos ministros estão postas sobre o candidato em reconhecimento do
divino chamado por parte da igreja, o Senhor possa conceder a bên­
ção do poder do Espírito Santo. Ao ser o ato de imposição das mãos
mencionado na oração, cada ministro ordenado coloca a mão sobre
o candidato, ou sobre as mãos im postas sobre o ordenando, para que
todos estejam unidos na imposição de mãos.
Ordenação. Levantando-se da oração, os ministros se conservam
em pé enquanto a ordenação é assim pronunciada:
D eus o chamou ao trabalho do ministério, e a igreja, em reconhe­
cimento desse cham ado o separou pela imposição das mãos. Agora,
você está investido de plena autoridade eclesiástica. Nenhum a hon­
ra maior pode advir a qualquer pessoa. Porém, tal honra também
envolve grande responsabilidade.
Eu o ordeno ao ministério como servo, fazendo do M estre o estu ­
do de toda a sua vida. Despendendo tempo com Jesus, você se tor­
nará como Ele, pois é pelo contemplar que somos transformados. “O
discípulo não está acim a do seu mestre, nem o servo, acim a do seu
senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o
seu senhor” (Mt 10:24, 25).
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
C er im ô n ia d e O rd en a ç ã o 18 9

Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usur­
pação o ser igual a Deus; antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a
forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens” (Fp 2:5-7).
“Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus.
Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque
o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou (2Tm 2:3, 4).
“Torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor,
na fé, na pureza” (lTm 4:12).
Eu o ordeno ao yninistério como pastor. Jesu s disse "Eu Sou o
Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário,
que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo,
abandona as ovelhas e foge” (Jo 10:11, 12).
Eu o ordeno ao ministério como sentinela. “Conjuro-te, perante Deus
e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela Sua manifestação e
pelo Seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, cor­
rige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Tu, po­
rém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de
um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2Tm 4:1, 2, 5).
E u o ordeno ao ministério como mestre. “Expondo estas coisas aos
irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as pa­
lavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. Tem cuidado de ti
mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo as­
sim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (lTm 4:6, 16).
“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito
Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de D eus, a
qual Ele comprou com o Seu próprio sangue” (At 20:28).
Ao terminar seu trabalho, você poderá dizer com Paulo: “C om ba­
ti o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a co­
roa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará
naquele dia; e não somente a mim, m as também a todos quantos
am am a Sua vinda” (2Tm 4:7, 8).
9 0 1G u ia Para M in istro s

Boas-vindas. Os participantes da plataforma permanecem em pé


durante as boas-vindas. Elas podem ser dadas por uma pessoa ou pelos
representantes dos vários grupos mencionados. Palavras sugestivas:
É meu privilégio dar-lhe as boas-vindas às fileiras do ministério
evangélico. Dou-lhe as boas-vindas em nome de sua A ssociação/
M issão e da igreja mundial. Seja leal à sua liderança. Faça uso de
seus serviços para apoiá-lo em seu trabalho.
Dou-lhe as boas-vindas em nome de seus companheiros pastores,
que partilham com você as alegrias, as com pensações e as cargas do
ministério. Havendo-as vivenciado antes, eles são uma fonte de sá­
bios conselhos e experiência que o auxiliarão em seu ministério.
Dou-lhe as boas-vindas em nome das congregações às quais você
serve e daquelas que ainda servirá. Elas têm o direito de esperar
muito de nós. Ê inspirador e confortante lembrar que suas orações
ascendem em nosso favor, enquanto nós, por nossa vez, as temos
como coobreiras no trabalho divino.
Como soldado de Cristo, você não estará livre de ferimentos e cica­
trizes. Nenhum de nós a eles pode fugir. No entanto, quando afinal esti­
vermos em pé, vitoriosos, junto ao mar como que de vidro, com aqueles
pelos quais labutamos, a palma da mão marcada de nosso Comandante
pousará suavemente sobre essas cicatrizes. Nossos ferimentos então pa­
recerão insignificantes, comparados aos dEle, enquanto ouvirmos a voz
do Redentor dizer: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco,
sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21).
Fila de Cumprimentos
• Oficiais da Associação/M issão, União, Divisão ou Associação
Geral entregando os certificados de ordenação.
• Pastores
• Anciãos das igrejas atualmente pastoreadas.
• Família e convidados especiais
• Auditório
C er im ô n ia de O r d en a ç ã o 19 1

Boas-vindas à esposa. Embora as esposas não sejam ordenadas, é


bom reconhecer sua efetiva parceria durante a cerimônia de orde­
nação, e dar-lhes boas-vindas na sociedade das esposas de pastores
com simpatia, flores e um presente apropriado.
Exemplo: Bem-vinda à família de mulheres cujos maridos são or­
denados ao ministério. No Éden, Adão e Eva deveriam representar
adequadam ente a imagem de Deus. No pastorado, o casal é neces­
sário para representar Cristo perante a igreja. Até onde seja possí­
vel, una-se a seu esposo para desenvolver um ministério que traga
realização a ambos. Sua unidade será um exemplo para a juventude,
um a atração aos descrentes e uma fonte de auxílio aos que os procu­
rarem. Concentre-se nas coisas positivas: viver com um marido cris­
tão, partilhar o evangelho de Jesus, saber que seus amigos a am am e
estão orando por você. E lembre-se sempre de que pode confiar to­
talmente em Jesus. A força dEle lhe dará tudo o que você necessita
para se preparar, bem como sua família e a comunidade, para o lar
definitivo no Céu. D eus a abençoe!

Anciãos e Diáconos
Logo após a igreja eleger novos anciãos e diáconos, deve-se m ar­
car uma cerimônia de ordenação para dedicá-los aos seus encargos.
Tais cerimônias devem ser realizadas por um pastor ordenado. An­
ciãos e diáconos devem ser pessoas de experiência e escolhidas com
sabedoria. Por ato do Concílio Anual de 1975, reafirmado no C oncí­
lio Anual de 1984, tanto homens como mulheres são elegíveis para
servir como anciãos e receberem a ordenação para essa posição de
serviço na igreja.17
A nciãos. A forma apropriadada de ordenação de anciãos envolve
as seguintes características:

17 A Divisão Sul-Americana adota a prerrogativa conferida pelo mesmo voto mencionado aqui de não
aprovar a ordenação de mulheres como anciãs em seu território.
92 IG u ia Para M in istro s

Com um ministro ordenado na liderança, outros ministros orde­


nados e anciãos da congregação são convidados a participar nesse
ritual. No tempo aprazado, comumente durante o culto matutino do
sábado, os candidatos e participantes são convidados a se unirem
ao ministro diante da congregação. Passagens bíblicas apropriadas
como 1 Timóteo 3:1-7 devem ser lidas, acom panhadas de breves co­
mentários sobre o trabalho de um ancião na igreja.
O candidato e os participantes ajoelham-se em conjunto. O mi­
nistro pede para que D eus abençoe o reconhecimento da igreja de
que o Espírito Santo chamou o candidato para tal ofício. As mãos da
ordenação são im postas sobre a cabeça do candidato durante a ora­
ção. O s pastores assistentes e anciãos juntam -se ao pastor oficiante
na imposição das mãos.
Depois da oração, o ministro e aqueles que o assistem apertam a
mão do candidato e compartilham palavras de encorajamento. Um
certificado de ordenação deve ser entregue nessa ocasião. O recém-
ordenado pode então retornar à congregação ou sentar-se à platafor­
ma para tomar parte da continuidade do serviço.
Um a vez ordenado como ancião da igreja, o oficial não precisa ser
ordenado novamente, após cada eleição como ancião de algum a ou­
tra igreja. Aquele que foi ordenado pode ainda exercer a função de
diácono sem qualquer ordenação.
D iácon os e d iaco n isas. A cerimónia de ordenação de um diá­
cono é muito semelhante à do ancião. A passagem escriturística su­
gerida é 1 Timóteo 3:8-13. De acordo com o M anual da Igreja, p.
58, “a igreja pode fazer arranjos para uma adequada cerimônia de
adm issão das diaconisas em seu cargo, a ser dirigida por um pastor
ordenado com credenciais da ativa”. A passagem bíblica sugerida é
Romanos 16:1 e 2.
CAPÍTULO 17

Implantação,
Organização, União
e Dissolução de Igrejas
Com a passagem do tempo, m udanças na população,
dem ografia, m em bresia da igreja e finanças podem tornar n ecessá­
rio o estabelecim ento de igrejas para servir outras áreas geográfi­
cas. Com o resultado dessas variáveis, pode ser conveniente fundar
um a nova congregação e, em seguida, organizar um a nova igreja.
Unir duas ou m ais igrejas num a congregação pode ser o m ais sá­
bio curso de ação, ou, por vezes, pode ser necessária a dissolução
de um a igreja existente. O M anual da Igreja apresenta detalhada­
mente essas norm as e procedim entos. Para a finalidade deste ma­
nual, serão abordados principalm ente os aspectos program áticos
d essas atividades.

Im plantando uma Nova Igreja


Um dos métodos mais produtivos de crescimento de igreja é a
implantação de novas congregações. As igrejas estabelecidas que de­
cididamente buscam fomentar novas congregações como meios de
alcance evangelístico são fortalecidas nesse processo. Quando uma
igreja alcança o tamanho no qual seus oficiais podem executar m e­
lhor suas tarefas de pastoreio, alimentação e capacitação de mem­
bros, a igreja pode muito bem fundar uma nova congregação. Sob
circunstâncias comuns, igrejas que têm atingido de 300 a 500 mem­
bros, geralmente são grandes o suficiente para considerar o estabele­
cimento de um a nova congregação.
9 4 1G u ia Para M in istro s

Implantar um a nova igreja terá o duplo efeito de envolver mais


membros no trabalho e estabelecer uma congregação numa nova
área que precisa ser atendida. Geralmente, pessoas não frequenta­
doras de igreja dificilmente vão a uma igreja que esteja a mais de
meia hora distante de sua residência. Estudos em crescimento de
igreja também indicam que novas igrejas tendem a reavivar m em ­
bros inativos mais prontamente do que as igrejas mais antigas. De
maneira ideal, a implantação de novas igrejas deve estar baseada
num ministério de ganho de alm as e não em interesses próprios ou
divisões de um a igreja existente.

Com o Com eçar uma Nova Igreja


Em estreita cooperação com a A ssociação/M issão local, determi­
ne um lugar que tenha grande necessidade de uma nova igreja, atra­
vés do estudo demográfico e crescimento populacional. Localize a
nova igreja num lugar acessível a uma parte significativa de pessoas
não alcançadas, e projete sua cultura e serviços para atender às ne­
cessidades desse grupo populacional.
Desenvolva o interesse na área visada através de estudos bíbli­
cos nos lares e ministérios de pequenos grupos, que podem se tor­
nar igrejas nos lares. Com ece uma Escola Sabatina filial. M antenha
reuniões evangelísticas na área e forme um grupo de voluntários de
um a igreja estabelecida, que se disponham a atender e apoiar a nova
organização por um tempo específico, talvez dois ou três anos. O
M anual da Igreja provê procedimentos específicos para a organiza­
ção de um novo grupo de pessoas.

Preparação Para a Organização de uma Nova Igreja


Quando se torna evidente que uma nova igreja tem condições de
obter sucesso, deve-se encaminhar um pedido para que a administra­
ção da Associação/M issão a organize formalmente. A organização da
Im p l a n t a ç ã o , O r g a n iz a ç ã o , U n ião e D is s o l u ç ã o de Ig r eja s 19 5

igreja deve ser presidida por um ministro ordenado. Embora a autoriza­


ção para formar novas igrejas seja concedida a todos os ministros orde­
nados, o presidente da Associação/M issão “sempre que possível, deve
ser convidado para estar presente’’ (Manual da Igreja, p. 209).
Provisões devem ser feitas para que haja uma listagem de assi­
naturas dos membros. As transferências de membros que deseja­
rem unir-se à nova igreja a partir das congregações já estabelecidas,
devem ser processadas através dos canais regulares. Devem estar
disponíveis os necessários livros de registro e materiais para o novo
tesoureiro, contador e outros oficiais escolhidos.
Providencie todo o material para a Santa Ceia. Considerando
que a realização da Santa Ceia no dia da organização de uma igreja
pode exigir um programa muito longo, ela deve ser feita im ediata­
mente, talvez no primeiro culto regular de adoração.

O rganizando o Culto Para a Nova Igreja


A seguinte ordem de culto apresenta o processo esquematizado
no M anual da Igreja, para a organização de igrejas:
• Hino de abertura
• Oração
• Breve resumo das doutrinas fundam entais
• Formação de núcleos
• Aceitação dos membros por votação do núcleo
• Formação de uma comissão de nomeações
• Canto congregacional e testemunho
(enquanto a com issão de nomeações trabalha)
• Votação dos novos oficiais
• Ordenação de novos anciãos e diáconos
• Desafio à nova igreja e seus membros
• Resposta da igreja
• O ração de dedicação
9 6 1G u ia Pa ra M in istro s

Se for conveniente, podem ser realizadas várias reuniões para


organizar uma nova igreja. N elas, pode-se convidar a igreja esta­
belecida a celebrar uma Santa C eia, sexta-feira à noite; no sábado
pela m anhã, um ritual de ordenação para demonstrar o reconhe­
cimento da igreja aos membros indicados; um a cerimônia sabática
vespertina de organização, enquanto a nova igreja é estabelecida;
jantar de confraternização.

Unindo Igrejas
A união de igrejas envolve mais que apenas a transferência de
membros de um a igreja para outra e o fechamento das antigas ins­
talações. N a união de igrejas, as congregações anteriores deixam de
existir e um a nova igreja é formada. O processo para esse ato está
registrado no M anual da Igreja.
Antes da reunião para a unificação das igrejas, a questão deve
ser cuidadosamente discutida pelas igrejas unificadas com a A sso­
ciação/M issão, para que a fusão possa ter lugar. As igrejas envolvi­
das devem se engajar individualmente num extenso exame da opção
pela unificação e estar de acordo em que este se constitui num
sábio e desejável plano de ação a ser adotado. Somente numa reu­
nião administrativa devidamente convocada pode a escolha ser fei­
ta. Depois de feita a decisão mútua para a união, as igrejas podem
requerer autorização da com issão executiva da A ssociação/M issão
para realizar a unificação.
Depois de receber a recomendação da com issão diretiva da A s­
sociação/M issão, as igrejas preparam um documento de acordo de
unificação que inclui as razões para a unificação, planos para dispo­
nibilidade de bens, arranjos financeiros, um novo nome para a igreja
e itens relevantes para a união. N um a reunião conjunta presidida
por um ministro ordenado, as igrejas votam a aceitação do docum en­
to de unificação consumando-a desse modo. Uma solicitação é,
Im p l a n t a ç ã o , O r g a n iz a ç ã o , U n ião e D is s o l u ç ã o d e Ig r e ja s 19 7

então, submetida à seguinte assembleia da A ssociação/M issão, para


a aceitação da nova igreja na irmandade de igrejas dessa instituição.
Com a formação da nova igreja, todos os cargos oficiais das igre­
jas anteriores ficam vagos, com um a com issão de nom eações esco­
lhida para a seleção dos novos oficiais da igreja, a fim de preencher
as posições de liderança para o restante do ano eclesiástico. O s re­
gistros, livros e contas bancárias das duas igrejas tornam-se parte
da nova igreja.

Dissolução de Igrejas
A ação de desativar igrejas raramente acontece nas congregações
adventistas. A s razões para a dissolução incluem perda de membros,
disciplina eclesiástica e apostasia ou rebelião. Quando tal ação se
torna necessária, é importante ter certeza de que todo esforço foi
feito para evitar esse processo. Deliberação cuidadosa com a lideran­
ça da A ssociação/M issão deve ser levada em conta.
Nenhum critério preciso existe para decidir quando uma igreja
se torna muito pequena para continuar existindo efetivamente. O
M anual da Igreja sugere que isso ocorre quando “são perdidos tan­
tos membros por m udança de suas cercanias ou por morte, ou por
apostasia, que a existência da igreja se vê am eaçada”. Todavia, se
os membros estão contentes e profundamente apegados à sua igre­
ja, a dissolução se torna muito difícil e talvez imprópria. Membros,
cujo potencial em liderança não esteja sendo atualizado em outra
congregação, podem estar dispostos a transferir sua filiação e ajudar
na direção. Q uando a dissolução for a forma escolhida, os membros
procurarão transferir-se para outras igrejas, ou, se não for possível,
para a igreja da A ssociação/M issão. Com todos os membros transfe­
ridos, a igreja é efitivamente dissolvida.
Normalmente, igrejas que apostataram têm algum a dissidência
teológica ou de procedimento com a igreja. Entre elas pode haver
9 8 1G u ia P ara M in istro s

indivíduos cuja dissidência seja extrema e cuja influência tem pro­


duzido confusão. Todo esforço deve ser feito para trazê-los à har­
monia e ao companheirismo com a igreja. Se esses esforços forem
inúteis, a com issão diretiva da A ssociação/M issão, após cautelosa
consideração, recomendará à assem bleia da A ssociação/M issão que
a igreja seja retirada da irmandade. A questão da membresia indivi­
dual será tratada de acordo com a diretriz da igreja.
C A P Í T U L O 1 8

Liderança da Igreja

Estabelecer o reinO de Deus na lerra 0 rechaçar as for-


ças do mal, ao m esmo tempo em que cuida da realização integral
desse reino, em seu triunfo final na segunda vinda de Cristo, consti­
tui-se o propósito da igreja. Tendo isso como razão para sua existên­
cia, a igreja não se torna estática, m as dinâm ica em seu crescimento
e movimento. A igreja tem uma visão do futuro e direção em sua
obra. Com o qualquer grupo que trabalha unido, existe necessidade
de liderança a fim de atingir os objetivos de modo coeso. Na igreja, o
pastor é nomeado e esperado como tal líder. Essa nomeação autoriza
os ministros a atuar em todas as áreas de responsabilidade pastoral,
tanto pessoalm ente como por delegação e adm inistração de outros
líderes da igreja. “Todos os ramos da obra têm a ver com os pasto­
res” (Testemunhos Para a Igreja, v 5, p. 375). Isso não significa que
eles pessoalm ente têm de realizar todo o trabalho da igreja, m as que
toda obra está sob sua supervisão. Eles são responsáveis por supervi­
sionar e apoiar cada departamento e programa, trabalhando em co­
operação com os anciãos locais e outros oficiais devidamente eleitos
pela congregação.
L id e ran ç a serv ido ra. A liderança cristã é uma liderença de
serviço. Igrejas saudáveis e prósperas normalmente têm um a li­
derança pastoral forte e efetiva. M as forte não significa liderança
dom inadora ou m anipuladora. “Então, Jesu s, cham ando-os, disse:
Sabeis que os governadores dos povos os dom inam e que os m aio­
rais exercem autoridade sobre eles. N ão é assim entre vós; pelo
contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que
vos sirva" (M t 20:25, 26).
1 0 0 1G u ia Para M in istro s

Personalidade e estilo de liderança estão intimamente relacio­


nados ao modo natural com que os ministros dirigem; todavia, os
líderes devem se adaptar às diferentes situações e necessidades
daqueles a quem servem em seu ministério. A liderença servidora
exige adaptação e flexibilidade. O apóstolo Paulo dá um exemplo
dessa adaptação, dizendo: “Porque, sendo livre de todos, fiz-me e s­
cravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi,
para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus [...]. Fiz-
me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me
tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar al­
guns” (IC o 9:19, 20, 22).
V isualização. Sem ter uma visão de sua m issão e de seu futu­
ro, um a igreja tende a estagnar e repetir ritualisticamente seu com­
portamento passado. M as a visão do futuro não ignora o passado. A
igreja deve visualizar tanto o que é como o que deve ser. A liderança
pastoral requer um a visão que não somente trate do que a igreja pre­
cisa ser, m as tam bém mova os membros a alcançar o objetivo. M e­
diante a poderosa pregação da Palavra e um a motivação atraente da
membresia, isso pode ser conseguido.
O rgan ização. Uma igreja visualiza onde está e para onde deseja
ir pela conscienciosa organização de seus recursos e pessoal, para
a realização de planos e objetivos específicos. Há pouco valor em
fazer planos, a menos que a igreja tenha pessoas com capacidade e
interesse em os levar a cabo. Isso requer recrutamento, capacitação
e compromisso com a tarefa.
D elegação. Muito do trabalho da igreja pode e deve ser realiza­
do por seus membros. A liderança servidora não se torna compro­
metida em com partilhar autoridade. Frequentemente a liderança
na igreja falha em delegar, porque o pastor acha mais fácil fazer
o trabalho do que recrutar, motivar e capacitar a liderança. E ssa
pode ser um a noção válida se os negócios primordiais da igreja
L id e r a n ç a da Ig r e ja 1 1 0 1

forem um a obra já realizada. M as seu objetivo essencial é o cres­


cimento espiritual e o bem -estar de seus membros, e membros en­
volvidos na obra da igreja têm mais probabilidades de perm anecer
espiritualm ente fortes.
Su perv isão . Um a vez que o trabalho tenha sido delegado, é pre­
ciso que haja supervisão não de maneira invasiva e controladora,
m as mediante apoio estimulante e avaliação de desempenho. Re­
compense e reconheça o bom trabalho. Ajude e apoie, quando ne­
cessário, e esteja disposto a permitir que outros recebam o crédito
quando o trabalho for bem feito.

Estabelecer Objetivos
O s objetivos esclarecem o que a igreja precisa fazer e como seus
membros planejam atingi-los. Pelo menos uma vez por ano, e prefe­
rivelmente um a vez por trimestre, a igreja deve revisar as metas que
estabeleceu para si mesm a e como tais m etas estão sendo alcança­
das. O tempo mais importante para a revisão dos objetivos previa­
mente escolhidos e a adição de novos é por ocasião da eleição de
novos oficiais. O s líderes escolhidos e as com issões formadas devem
depender não apenas do que foi feito no passado, mas também do
que se planejou para o futuro. O s objetivos são mais bem atingidos a
partir de um diálogo com a congregação. Pastores e membros da co­
m issão diretiva devem procurar a participação congregacional com
relação às aspirações e necessidades da membresia, obtendo assim
subsídios da congregação.
O bjetivos alcan çáveis. Estabeleça objetivos que sejam atingí­
veis. Projetar planos financeiros irreais não apenas provoca dívidas,
como também cria desapontamento entre os membros. Sem elhan­
temente, promover expectativas irreais no programa de aumento de
membros e realizações da igreja produzirá desestím ulo e anulará a
participação congregacional.
102 IG u ia Para M in istro s

O bjetivos m en suráveis. Nem todos os aspectos da vida da igreja


e sua espiritualidade são facilmente mensuráveis. Por causa da difi­
culdade de avaliar o sucesso ou fracasso sem mensurabilidade, pro­
cure algum a forma de indicação da realização dos objetivos.

Com issões
O apóstolo Paulo evoca a metáfora do corpo humano ao retratar
a função da igreja. A cooperação harmoniosa das várias partes do
corpo ou da igreja é igual a sucesso. Assim como o corpo, a igre­
ja tem diversidade de funções e opiniões, m as através do sistema
de com issões essas várias funções e opiniões podem contribuir para
um todo harmonioso e produtivo. “Ao dar conselho para o avanço da
obra, homem nenhum sozinho deve ser um poder dominante, uma
voz por todos. O s métodos e planos que forem propostos devem ser
considerados com cuidado, de modo que todos os irmãos possam
pesar os méritos relativos e resolver que métodos e planos devem ser
seguidos (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 259).
Semelhantemente ao corpo, a igreja funciona na base de parti­
cipação em grupo. "N ão havendo sábia direção, cai o povo, mas na
multidão de conselheiros há segurança” (Pv 11:14). Juntos, todos nós
somos mais sábios do que qualquer um de nós sozinho.
E stru tu ra da com issão. A reunião administrativa da igreja é a
mais alta autoridade da igreja local. E ssas reuniões "podem ser rea­
lizadas uma vez por mês ou uma vez por trimestre, de acordo com
as necessidades da igreja” (M anual da Igreja, p. 87). Além disso, a
votação dos assuntos pelos membros é frequentemente feita durante
o culto de adoração no sábado.
A com issão da igreja é a mais elevada autoridade seguinte do sis­
tema de com issões da igreja local. O pastor geralmente preside a co­
m issão da igreja, m as pode transferir sua posição a outro membro
da igreja. Além dessas duas posições, o pastor deve evitar presidir
L id e r a n ç a d a Ig r e ja I 103

grande número de com issões adicionais, m as ele ou um ancião de­


signado pode servir como membro ex-officio de cada comissão.
O quorum para a realização dos negócios deve ser estabelecido
para o trabalho das várias com issões e conselhos da igreja.
N íveis de tom ad a de decisão. A s decisões devem ser tomadas
pela com issão m ais apropriada. C ada com issão precisa ter bem defi­
nidos os termos de referência e autoridade e operar dentro desses li­
mites. Por causa do desperdício de tempo e talentos para duplicar a
responsabilidade pela tomada de decisão entre duas com issões, cada
uma delas deve conhecer suas respectivas áreas de atuação e autori­
dade, para agir ou recomendar a aprovação por outra instância.
Presidindo com issões. As com issões atuam melhor quando os
membros são informados de seus propósitos e da agenda a ser trata­
da. A seguir estão algum as sugestões para a preparação e funciona­
mento de com issões:
Preparação da agenda. Uma lista contém os itens para considera­
ção da com issão e sobre os quais debater. C ada membro da comissão
deve receber uma cópia da agenda. Se a agenda for estabelecida com
antecedência, ela só poderá ser modificada por voto de comissão.
Pontualidade. As com issões devem ter um horário fixado. Tanto o
início quanto o término dentro do tempo preestabelecido fortalece a
frequência pelos membros da comissão. As com issões que esgotam
os limites físicos e emocionais dos membros frequentemente não
chegam a boas decisões. “Com a esperança de chegar a uma deci­
são, prolongam suas reuniões até altas horas da noite. [...] Se forem
concedidos ao cérebro períodos apropriados de repouso, os pensa­
mentos serão claros e incisivos, e os trabalhos serão feitos com rapi­
dez" (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 256).
Cooperação. O s membros devem ser levados a possuir espírito de
equipe e cooperação. A presidência tem muito que fazer para criar
esse tipo de espírito. O diálogo deve fluir livre e diretamente de
1 0 4 1G u ia Para M in istro s

pessoa para pessoa. Compreenda e siga pelo menos informalmente


as regras de procedimentos parlamentares, estabelecendo um senso
de justiça e um processo democrático.
Participação. Procure garantir participação ampla e encoraje
cada membro a se unir à discussão. Evite o domínio do processo por
qualquer indivíduo ou grupo. Busque especificam ente a inclusão
dos mais tímidos, convidando-os a expressar sua opinião.
Respeito pelas ideias. Com o presidente da comissão, o pastor deve
se posicionar com a maior imparcialidade e neutralidade possível. Se
não puder agir dessa maneira em relação a algum ponto, pode ser
oportuno transferir a presidência a outra pessoa, a fim de entrar na
discussão mais diretamente. Defenda e pratique a confidencialidade
da comissão. A discussão franca de assuntos delicados não deve ul­
trapassar as fronteiras da comissão.
Foco no assunto. Às vezes, a atenção da comissão é desviada do
assunto que está sendo discutido, e um debate sobre itens não rela­
cionados acaba tendo lugar. A presidência precisa levar a comissão
de volta ao assunto em pauta.
Sumário. Repita e sumarize a discussão e o trabalho, no senti­
do de obter consenso. Geralmente haverá acordo sobre um assun­
to quando todos os ângulos forem analisados. O chamado à votação
não tem o propósito de reprimir a discussão, m as atingir o consenso
sobre uma decisão.
Registro e realização de atas. As atas da reunião devem ser lidas
e aprovadas pela com issão na reunião seguinte. O s registros devem
ser mantidos como lembrança de quais ações e tarefas são necessá­
rias para a implementação após a reunião, e como fonte de avaliação
da efetividade da com issão e suas decisões.
Apoio à decisão. Quando uma ação é tomada, é dever de todos os
membros da com issão apoiá-la, a despeito de alguns terem votado
favoravel ou desfavoravelmente.
CAPÍTULO 19

Ministério
de Todos os Membros

A Grande Com issão foi dada claramente a todos os


cristãos e não apenas aos discípulos a quem ela foi primeiramen­
te endereçada, nem a um seleto grupo de ministros profissionais.
Igualmente, os dons do Espírito são concedidos a todos, "com vistas
ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço,
para a edificação do corpo de Cristo (E f 4:12). C ada um que recebe
o Espírito Santo é dotado de dons ministradores destinados ao uso
no ministério para Cristo.
A palavra grega laos, da qual deriva o vocábulo "leigo", nada tem
que ver com estado amadorístico e secundário dentro da igreja. An­
tes, ela inclui todo o povo de Deus. Uma distinção falsa e artificial
separa a obra da igreja dos leigos, e a coloca nas mãos do clero, como
se a obra do ministério fosse responsabilidade exclusiva de um pro­
fissional assalariado. A liderança na igreja se torna responsabilidade
daqueles que foram chamados e designados para funções específi­
cas, todavia, a tarefa de ministrar no sentido mais amplo deve ser
reconhecida como de todos os membros da igreja. "Não somente so­
bre o ministro ordenado repousa a responsabilidade de sair a cumprir
esta missão. Todo o que haja recebido a Cristo é chamado a trabalhar
pela salvação de seus semelhantes” (Atos dos Apóstolos, p. 110).
O desafio. Ao tempo de Sua ascensão, Jesu s comissionou a igreja
nos seguintes termos: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
a toda criatura” (M c 16:15). Ao Seu pequeno grupo de seguidores
essa m issão deve ter parecido uma tarefa impossível, até que eles
1 0 6 1G u ia Pa ra M in istro s

compreenderam Seu plano para o cumprimento. A obra deve ser


realizada, não por nossa própria vontade individual ou grande talen­
to, m as pelo Espírito Santo trabalhando através de nós. N esse plano
não existe hierarquia, pois todos são ministros desempenhando al­
gum ministério para o qual foram especialm ente dotados.
É fácil pensar primeiramente na igreja como um a organização
ou instituição, em vez de um lugar de companheirismo e com uni­
dade de fé, que é o significado predominante de “igreja'' no Novo
Testamento. Às vezes, nós entendemos que o papel de membros
da igreja é meramente ajudar os ministros profissionais a fazer seu
trabalho, quando, de fato, a função da liderança ministerial inclui
ajudar o povo a trabalhar. “Se os pastores dessem mais atenção a
pôr e manter seu rebanho ativamente ocupado na obra, haveriam
de realizar m ais benefícios, ter mais tempo para estudar e fa­
zer visitas m issionárias, e também evitar muitas cau sas de atrito"
(Obreiros Evangélicos, p. 198).
A cada um que recebe o Espírito Santo é concedido um dom de
ministério, m as nem todos recebem o m esmo dom. C ada pessoa de­
veria aceitar a responsabilidade pelos dons que Deus proveu para o
ministério. Presum ir que todos devam se empenhar no mesmo mi­
nistério é não compreender os dons do Espírito. “A obra de Deus
na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as
mulheres que constituem a igreja participem do trabalho e unam os
seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja" (Serviço Cristão, p.
68). A prova do evangelismo não é apenas quantos vêm à igreja para
os cultos, m as quantos saem à comunidade para servir.

Motivando Voluntários
Liderar voluntários na igreja é muito diferente de gerenciar em ­
pregados remunerados, que têm de fazer um trabalho quer queiram,
quer não, a fim de ganhar a vida. Líderes servidores não presumem
M in istério d e Todos os M em br o s 11 0 7

ter autoridade sobre os obreiros da igreja. E sses obreiros trabalham


espontaneamente. O sucesso na liderança pastoral está ligado à ca­
pacidade de motivar voluntários.
P regu e com in spiração. A pregação centralizada em Cristo e bi­
blicamente fundam entada inspira as pessoas a fazer a obra da igreja
por razões espirituais e altruísticas. O serviço cristão deve ser reali­
zado não com o propósito de obtermos a salvação, m as porque fomos
salvos. A verdadeira motivação para o serviço está baseada na grati­
dão e não na culpa.
Envolva os m em bros no planejam ento. Tarefas im postas sobre
pessoas que não participam do planejamento geram resistência. Se
elas forem envolvidas no planejamento, tratarão o projeto como um
desafio pessoal. O ato de planejar deixa claros o propósito e a missão
do projeto, fazendo com que as pessoas se envolvam neles. Quando
o processo de planejamento entusiasm a os membros em relação ao
programa, eles desejarão ajudar em sua realização.
D efin a as tarefas. Sem a clara compreensão do que uma de­
terminada tarefa requer, é pouco provável que as pessoas aceitem
o trabalho. Tarefas mal definidas conduzem à frustração, tanto para
aqueles que estão tentando realizá-las, como para os que tentam
motivá-los ao trabalho. As descrições do que se requer de cada fun­
ção de serviço na igreja devem ser muito bem esclarecidas.
R econ h eça e aprecie o serviço fiel. Os líderes de igreja podem
não estar buscando elogios, m as procurando indicadores com rela­
ção ao sucesso de seu trabalho e apreciação de seu serviço. Eles ne­
cessitam saber que seu trabalho é valorizado.
Proteja os líderes da sobrecarga. Frequentemente, os auxiliares
que revelam maior disposição para o trabalho na igreja são sobrecarrega­
dos até a exaustão. São pessoas com muitas ocupações e trabalho, além
das responsabilidades com a comunidade e a família. Trabalho excessivo
colocado sobre elas pode levá-las a querer deixar de ajudar.
108 IG u ia Pa r a M in istro s

C om p artilh e a respon sabilidade. Trabalhar com voluntários so­


bre quem o pastor tem pouco controle direto se torna um desafio. Às
vezes, pode parecer m ais fácil apenas cumprir uma tarefa específica
do que depender do trabalho de voluntários. M as o ministério da
igreja pertence a todos. Ellen White declara: "A carga do trabalho
da igreja deveria ser distribuída entre os membros individualmente"
(.Review and Herald, 9 de julho de 1895).

Trabalhando com os Líderes da Igreja


A igreja com o um corpo. Com o vasto alcance do trabalho da
igreja e as tantas habilidades para ele requeridas, nenhuma pes­
soa, incluindo o pastor, tem todos os dons necessários para reali­
zá-lo. M as os dons do Espírito de D eus satisfazem as necessidades
da igreja. Nenhum indivíduo sozinho representa o todo do corpo de
Cristo. "Se forem dirigir setores de trabalho para os quais não estão
aptos, seus esforços para apresentar a Palavra serão m alsucedidos”
('Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 246).
T rabalho com os an ciãos. “O pastor não deverá monopoli­
zar todos os setores de responsabilidade, m as partilhá-los com o(s)
ancião(s) local(is) e outros oficiais. [...] O(s) ancião(s) deve(m) partici­
par da responsabilidade pastoral, a qual abrange visitar os membros
da igreja, atender aos enfermos, preparar ou dirigir cerimônias de
unção e dedicações de crianças, e encorajar os que estão desanim a­
dos” (M anual da Igreja, p. 51, 52).
D ons e atrib u içõ es com binados. Q uando o programa da igreja
é planejado, deve-se dar atenção aos dons que estão disponíveis na
congregação. Identifique as capacidades e combine-as com o pro­
grama. O trabalho com a comissão de nomeações da igreja provê
oportunidade de estruturar um grupo de oficiais, combinado com
os planos e programas que serão realizados. Quando a com issão se
reúne, os planos e as descrições dos trabalhos devem estar à mão,
M in istér io d e T odos os M em br o s 11 0 9

provendo assim a comissão com listas do tipo de pessoal necessário


para ocupar os diferentes cargos.
In vestid u ra de oficiais. Um a cerim ônia de investidura formal
para os líderes da igreja no início do ano eclesiástico enfatiza o
significado das fun ções para as quais foram nom eados e propor­
ciona um a ocasião para a igreja reconhecer e dedicar sua lideran­
ça. O seguinte diálogo litúrgico de dedicação é um exemplo do
que pode ser feito:

Líder: Para a adoração de Deus e o trabalho da igreja...


O ficiais: Nós nos dedicamos.
Líder: Para o cumprimento dos deveres a nós designa­
dos sob a guia divina, e para a edificação e lide­
rança de jovens e idosos...
O ficiais: Consagram os os nossos serviços.
Líder: Para dar um exemplo reto de viver cristão em
nossos lares, em nosso trabalho e diante de todos
com quem entramos em contato...
O ficiais: Empenham os nossa vida.
Líder (diri-
gindo-se à
congregação): Irmãos, todos ouviram seus líderes prometer
cumprir fielmente, pela graça de Deus, os de­
veres para os quais foram eleitos. O s irmãos se
comprometem a unir-se aos oficiais, dando-lhes
apoio e assistência, e orando por eles enquanto
trabalham junto com vocês, fazendo a obra de
Cristo na igreja?
C on gregação: N ós nos comprometemos.
Líder: [oração de dedicação]
1101 G u ia P ara M in istro s

Capacitação de Membros
“Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cris­
tãos. Seus membros devem ser instruídos em dar estudos bíblicos,
em dirigir e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira
de auxiliar os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos não
convertidos. Deve haver cursos de saúde, de arte culinária, e classes
em vários ramos de serviço no auxílio cristão. Não somente deve ha­
ver ensino, m as trabalho real, sob a direção de instrutores experien­
tes” (A Ciência do Bom Viver, p. 149).
R ecu rsos da A sso ciação /M issão . A liderança da A ssociação/
M issão e a estrutura departamental dispõem de materiais e pessoal
de apoio para a capacitação dos membros. Eles são especializados
em seus cam pos de atuação e muito podem ajudar na condução de
seminários e cursos de capacitação.
R ecu rsos con gregacion ais. Use as habilidades disponíveis na
congregação. Alguns irmãos podem ter ocupado por muitos anos vá­
rios cargos de liderança na igreja. E ssa experiência pode ser com­
partilhada e transmitida aos novos oficiais. Outros podem ter sido
especialm ente capacitados em áreas úteis aos cargos da igreja. Esses
tam bém podem fazer parte do processo de capacitação.
C A P Í T U L O 20

Grandes Distritos

A maioria das igrejas adventistas é disposta em alguma


configuração distrital de múltiplas igrejas; poucas igrejas relativamente
permanecem isoladas. Em algumas Divisões, um pastor e seus asso­
ciados podem ser designados para liderar até mais de vinte congrega­
ções. A liderança pastoral em tal estrutura exige capacidades especiais
em delegação, capacitação e administração. N esses casos, os pastores
podem se reunir com a congregação apenas poucas vezes por ano, e
não podem relacionar-se intimamente com cada congregação. Por isso,
cuidadosa atenção deve ser dada à localização da residência pastoral, a
fim de otimizar tanto as viagens como os interesses da família.
C ap ac itaç ão de liderança. N essas igrejas, torna-se necessária
a capacitação dos oficiais e a delegação de responsabilidades de li­
derança a eles. E sses líderes fazem a maioria dos sermões, condu­
zem o evangelismo, alimentam espiritualmente os membros de sua
congregação e adm inistram várias funções eclesiásticas. O s pastores
desses distritos atuam basicam ente nas áreas de planejamento, ad­
ministração, fixação de alvos e educação. Capacitar esses oficiais e
trabalhar com eles é de importância vital. D essa capacitação devem
constar os seguintes itens:
• Preparo e apresentação de serm ões
• Com o conduzir com issões
• Visitação
• Departam entos da igreja
• Cuidados com a propriedade da igreja
• História adventista e sua mensagem
• Cuidado de novos membros
1121 G u ia Para M in istro s

R ecom enda-se que as con gregações ou A sso ciaçõ e s/M issõ e s


m inistrem , no m ínim o, um sem inário de capacitação para an ­
ciãos a cada ano. As con gregações devem cobrir as d e sp e sa s de
viagem dos an ciãos que participarem d e sses encontros. Além
disso, os pastores devem planejar reuniões trim estrais com os
an ciãos do distrito. E ssa s reuniões focalizarão os planos para o
distrito, bem com o para as con gregações in dividuais, abordando
assu n to s com o evangelism o, preparo e apresen tação de serm ões,
visitação, m etas da igreja e do distrito, e o itinerário do pastor. A
capacitação de an ciãos pode tam bém ser dirigida durante esses
encontros trim estrais.
Itinerário pastoral. O itinerário do pastor deve ser planejado
com antecedência suficiente para que cada congregação saiba quan­
do esperar a visita e o sermão do pastor. Isso proporcionará oportu­
nidade para contato pessoal com os membros, e agendar batismos
durante a visita pastoral. Haverá ocasiões em que emergências como
enfermidades e funerais interferirão no itinerário planejado, m as ou­
tras cerimônias especias podem ser fixadas com antecedência e in­
cluídas na agenda.

Reuniões Distritais
Um encontro trimestral durante o qual a membresia do distrito
seja reunida durante um fim de sem ana permite uma oportunidade
a mais para o pastor experimentar companheirismo com os m em ­
bros das suas igrejas. E ssas reuniões são semelhantes às reuniões
cam pais, provendo chances para:
• Com panheirism o entre os membros das várias congregações.
• Coordenação de planos evangelísticos no distrito.
• Com partilham ento das alegrias e preocupações dos membros
das várias igrejas.
• Fortalecimento do trabalho dos departam entos da igreja.
G ra n d es D ist r ito s 1 1 1 3

• Planejamento de empreendimentos conjuntos tais como a


construção de um edifício ou a implantação de uma cam pa­
nha evangelística.
• Programa para as crianças e grupos de jovens.
O s membros do distrito escolhem os líderes participantes dessas
reuniões. Juntam ente com o pastor, esses líderes fazem planos para
a reunião distrital. O s líderes da A ssociação/M issão devem ser con­
vidados a participar, exercendo sua influência, compartilhando suas
especialidades e orientações no planejamento desses eventos.
CAPÍTULO 21

Crescimento da Igreja

Novos Membros
As igrejas continuam a existir somente por um consistente aumen­
to de novos membros. Sem esse crescimento, a membresia diminui­
rá, não apenas pelo motivo de mudança das pessoas para outro lugar,
mas, ao longo do tempo, pelo envelhecimento e morte de seus mem­
bros idosos, até finalmente não ficar ninguém na congregação. Sem
novos membros, a igreja está sentenciada à extinção. H á três fontes
de crescimento numérico de membros: biológica, transferência e
evangelismo, e cada um a é vital e importante ao futuro da igreja.
C rescim en to biológico. As crianças da igreja são seu mais valio­
so recurso. O desejo mais afetuoso da família da igreja e da família
sanguínea centraliza-se em seus filhos, com a oração de que eles se­
jam parte do reino de D eus tanto no presente como no porvir. Por
m ais im portantes que outros meios de crescimento possam ser para
o futuro da igreja, nenhum pode ser mais importante que salvar os
próprios filhos. Seria uma imitação caricata se a igreja em penhas­
se seus esforços para salvar o mundo, às custas da salvação de suas
crianças. Aqueles que crescem sob os cuidados da igreja preservarão
muito bem a sua herança. Por isso, a igreja provê os programas da
Escola Sabatina e m ateriais para suas crianças desde a mais tenra
idade, e continua trabalhando em favor delas com a educação cristã
e os ministérios jovens, para assegurar seu crescimento na graça.
A igreja precisa estar atenta e tem de exercer vigilância inten­
cional sobre suas crianças em desenvolvimento, enquanto propicia,
a seu tempo, a preparação para o batismo e sua plena aceitação
como membros. “As crianças de oito, dez ou doze anos já têm idade
C r e s c im e n t o da Ig r e ja 1 1 1 5

suficiente para serem dirigidas ao tema da religião individual. Não


ensinem seus filhos com referência a um tempo futuro em que eles
terão idade suficiente para se arrependerem e crerem na verdade.
C aso sejam devidamente instruídas, crianças bem novas podem ter
ideias corretas quanto a seu estado de pecadores, e ao caminho da
salvação por meio de Cristo" (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 400).
Em lugares onde exista escola disponível na igreja, é bom preparar
um a classe batism al em conexão com o culto e ênfase espiritual no
programa da escola. C aso não haja escola na igreja, deveriam ser fei­
tos arranjos para instituir um a classe batism al em conexão com as
atividades da igreja e das famílias.
C rescim en to por transferência. Quando os membros se mu­
dam de um lugar para outro, deve ser feito contato com eles m edian­
te a assistência em sua transição para a membresia da igreja irmã
na nova área. O s procedimentos para a transferência de membros
são dados no M anual da Igreja. Tanto a igreja como o membro indi­
vidualmente são beneficiados quando um plano ativo e bem esque­
matizado é posto em ação para facilitar a transferência de membros.
A notificação da mudança de um membro para um novo local deve
ser dada à igreja m ais próxima, a fim de manter contato e assisti-lo
em sua recepção na nova comunidade de fé.
C rescim en to por evan gelism o. O pastor é um evangelista; e
a igreja, um centro evangelístico. No culto de adoração, na Escola
Sabatina e em cada programa, a igreja precisa m anter sempre em
mente os visitantes e convidados que não são membros. Tudo o
que é dito deve passar pelo filtro ganhador de alm as. “Com o isso
soa a alguém que não é membro? Com o isso é percebido por al­
guém que não é cristão?” Em bora a com preensão doutrinária e
bíblica seja da m ais alta im portância, o terno com panheirism o é
m ais importante. Em tal ambiente, a pessoa passa de uma nova
conversão ao pleno discipulado.
1161 G u ia P a r a M in istro s

O s membros da igreja do Novo Testam ento iam a todos os luga­


res contando a história de Jesus. A maioria dos novos conversos foi
ganha por membros companheiros de trabalho e tam bém em sua
vizinhança. Isso pode ser realizado por meio de um amplo quadro
de program as evangelísticos, incluindo aulas de culinária, progra­
m as de saúde e atividades recreativas. “Q ue os membros da igreja
cum pram fielmente durante a sem ana a sua parte, e narrem no sá ­
bado suas experiências. A reunião será então como alimento a seu
tempo, trazendo a todos os presentes nova vida e vigor” (Obreiros
Evangélicos, p. 199).
Se cada programa da igreja - Escola C ristã de Férias, aulas de
arte culinária, eventos de saúde, programas da Escola Sabatina para
crianças e jovens, iniciativas missionárias da Adra, eventos sociais
da igreja, envolvimento com a comunidade, programas jovens - fos­
se considerado e consolidado como evento evangelístico, as reuniões
evangelísticas seriam muito mais produtivas.
Esteja atento às p essoas na com unidade que estejam p assan ­
do por experiências como nascim entos, falecim entos e form aturas.
Aproveite a ocasião para enviar um cartão de felicitações, p êsa­
m es, ou de am izade. O btenha inform ações com relação às pessoas
recém -chegadas ao bairro, e envie-lhes um a carta dando-lhes as
boas-vindas à com unidade, incluindo um a lista de serviços ofere­
cidos pela igreja e um convite para assistir aos cultos de adoração.
Envolva-as regularm ente em algum a forma de reuniões evangelís­
ticas ou sem inários.
P reocupação com m em bros inativos. Membros ativos, especial­
mente anciãos, podem ser úteis na recuperação de membros inativos,
porque eles foram amigos no passado e entendem algumas das razões
que os levaram a se afastar. Aqueles que trabalham com membros ina­
tivos precisam estar preparados para ouvir coisas desagradáveis sem
ficar desanimados ou na defensiva. As pessoas geralmente se afastam
C re s c im e n t o d a Ig r e ja 1 1 1 7

por causa de alguma possível coisa desagradável que ela observou ou


experimentou dentro da igreja, ou por influências externas. Com fre­
quência, elas precisam de um ouvido amigo e um coração amoroso.

Confirm ando Novos Membros


A Grande Com issão de Cristo para Sua igreja ordena: “Fazei dis­
cípulos de todas as nações" (Mt 28:19). O s membros mal preparados
tornam fracas as igrejas. “A aquisição de membros que não foram
renovados no coração e reformados na vida é uma fonte de fraqueza
para a igreja. E sse fato é muitas vezes passado por alto. Alguns p as­
tores e igrejas acham-se tão desejosos de assegurar um aumento de
membros, que não dão testemunho fiel contra hábitos e costumes
não cristãos. Aos que aceitam a verdade não é ensinado que eles não
podem, sem perigo, ser mundanos em sua conduta, ao passo que de
nome são cristãos" (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 172).
In stru ção an tes do batism o. O s que pretendem congregar na
igreja necessitam conhecer os princípios que a dirigem. Eles não de­
vem ser anim ados a se comprometer sem saber com o que estão se
comprometendo. A instrução batismal deve abranger múltilas face­
tas - leitura pessoal e estudo, estudos bíblicos, reuniões públicas e
classes batism ais. Um dos meios mais produtivos de instrução no
programa evangelístico da igreja centraliza-se na classe bíblica do
pastor. A classe frequentemente tem lugar durante o tempo regu­
lar de funcionamento das unidades da Escola Sabatina, e se destina
especificam ente a novos membros e interessados. A classe estuda
lições doutrinárias especiais e assuntos da vida espiritual. A m es­
ma série pode ser repetida de tempos em tempos, uma vez que os
membros da classe, enquanto crescem na experiência cristã, passam
a frequentar as unidades da Escola Sabatina.
C ada candidato ao batismo deve ser examinado com respeito às
crenças fundam entais da Igreja Adventista, conforme registradas no
1181 G u ia P ara M in istro s

certificado de batismo. Nenhum a pessoa ou grupo externo à congre­


gação tem autoridade de acrescentar ou tirar nomes do rol de m em ­
bros da igreja. E ssa responsabilidade é exclusiva da igreja em uma
reunião administrativa.
G u ard iõ es dos novos m em bros. O companheirismo cristão e
a comunidade se destacam como essenciais para a estabilidade da
igreja. Todavia, os novos membros podem não conhecer ninguém na
igreja e achar difícil integrar-se a uma bem estabelecida ordem so­
cial. Para superar essa desvantagem, a igreja precisa de um progra­
ma de guardiões espirituais para os novos membros —um sistema de
amizade onde cada novo membro é acompanhado por um membro
mais experiente. “O s recém-chegados à fé devem receber um trato
paciente e benigno, e é dever dos membros mais antigos da igreja
cogitar meios e modos para prover auxílio, simpatia e instrução para
os que se retiraram conscienciosamente de outras igrejas por amor
da verdade, separando-se assim dos cuidados pastorais a que esta­
vam habituados" (Evangelismo, p. 351).
Incentive a particip ação. Anime o novo membro a descobrir
seus dons espirituais e a se envolver no ministério que mais se adap­
ta a esses dons. Quando as pessoas se convertem, devem ser postas
a trabalhar imediatamente. E, ao trabalharem segundo sua capaci­
dade, se tornarão mais fortes” (ver Evangelismo, p. 355). O s recém-
convertidos estão numa posição especial para alcançar sua família
e amigos que não fazem parte da comunidade adventista. O efeito
combinado da influência dos novos membros sobre os velhos amigos
e o exemplo atrativo de uma vida transformada torna-se um podero­
so instrumento para atrair novos crentes. E sse tipo de oportunida­
de nos reporta a Jesu s enquanto instruía o ex-endemoninhado: “Vai
para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez
e como teve compaixão de ti” (Mc 5:19).
C A P Í T U L O 22

O Culto de Adoração

Culto Congregacional
Ao longo da Bíblia, Deus convoca Seu povo à adoração, e essa
experiência deve ser tanto individual como corporativa. Uma pessoa
não tem necessariam ente de fazer parte de uma congregação para
adorar a Deus. Contudo, a Bíblia claramente recomenda a adoração
coletiva. A fim de adorar juntos, são necessários ordem e planeja­
mento. O s modelos bíblicos de culto de adoração apresentam quatro
ações básicas da parte dos adoradores: cantar, orar, doar e pregar.
Elas contribuem para a experiência de adoração pessoal num am ­
biente corporativo. Tal culto enfatiza tanto a transcendência como
a imanência de Deus. Deus é grande e está ali; Deus está acima de
nós e está entre nós.
Em bora o culto não deva ser um entretenim ento religioso, ele
deve cativar e prender o interesse da congregação, enquanto ela é
levada ao encontro com D eus. Em bora o culto não deva ser ap e­
nas para exposição doutrinária, a pureza e clareza da doutrina de­
vem ser parte integrante da verdadeira adoração. A inda que não
deva ser apenas para propósitos de fazer apelos evangelísticos, ele
deve levar os adoradores a comprometer a vida com D eus. O pro­
pósito da adoração corporativa é sim plesm ente entrar em com u­
nhão com D eus, nosso Criador e Redentor, com oração, regozijo,
contrição e hum ildade.
C u lto inspirador. O anjo de Apocalipse 14:7 declara: “Temei a
D eus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai
Aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.”
Isso convoca os adoradores a respeitar, reverenciar e temer; o culto
1 2 0 1G u ia Para M in istro s

congregacional leva o povo à sala do trono divino. "A menos que aos
crentes sejam inculcadas ideias precisas acerca da verdadeira adora­
ção e da verdadeira reverência, prevalecerá entre eles uma crescente
tendência para nivelar o que é sagrado e eterno ao que é comum. E
os que professam a verdade serão uma ofensa a D eus e um a lástima
para a religião” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 500).
A doração prazerosa. O Salm o 100 nos convida: “Celebrai com
júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apre­
sentai-vos diante dEle com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi
Ele quem nos fez, e dEle somos” (versos 1-3). A emoção sincera é
parte integrante do verdadeiro culto, e sua expressão pode ser aberta
e francam ente demonstrada.
A doração significativa. O culto de adoração apela à mente e é
sempre intelectualmente saudável. Deus convida Seu povo: “Vinde,
pois, e arrazoemos” (Is 1:18).
A doração experim ental. O culto não é prestado por procuração;
ele é experimental. Ninguém pode adorar em lugar de outro. O cul­
to não deve ser um a rotina ou cerimônia realizada para nós através
de outras pessoas. Ele não é uma tradição, nem evento para um es­
pectador passivo. A adoração compreende uma interação pessoal en­
tre o Criador e a criatura —um encontro com Deus.
A doração participativa. Aqueles que dirigem o culto de adora­
ção devem envolver o máximo possível de participantes, incluindo
jovens e crianças. O s oficiantes do culto devem ser representantes
dos princípios adventistas do sétimo dia e de seus valores. Quando
os membros sentem que os líderes têm um ministério a oferecer à
congregação, eles intensificam seu compromisso com a igreja e seus
programas. O s anciãos não devem achar que é sua obrigação apre­
sentar e realizar cada aspecto do culto de adoração. O envolvimento
de todos aumentará o espírito de alegria. A juventude deve ser con­
vidada a fazer orações, introdução para ofertas, leitura bíblica, etc.
0 C u lto d e A doração 1 1 21

Elem entos de Adoração


A adoração congregacional pede o melhor e mais cuidadoso pla­
nejamento, e quanto melhor o planejamento, mais confortável e
restaurador será o serviço de culto. Embora o propósito do plane­
jamento não deva ser o estabelecimento de formatos rígidos, deve
prover um a sequência suave dos elementos do culto. "Não é seu de­
ver colocar algum a habilidade, estudo e planejamento na questão de
dirigir reuniões religiosas, imaginando como elas deveriam ser con­
duzidas de forma a produzir a maior quantidade de bem, e deixar a
melhor impressão sobre todos os que assistem ?" (Ellen G. White,
Review and Herald, 14 de abril de 1885).
O pastor tem responsabilidade direta pela adoração sabática
e deve recrutar o auxílio dos líderes da igreja tanto na preparação
como na execução do programa, envolvendo-os como coordenadores
do culto e membros da com issão de adoração. Premido pela respon­
sabilidade primordial de pregar o sermão, o pastor pode delegar a
associados competentes os detalhes de preparo do pessoal e instala­
ções da igreja para o culto. Uma lista de checagem para o sábado de
m anhã é muito útil para revisar as partes, como o preparo das m úsi­
cas selecionadas, as condições do serviço de som, do pessoal com po­
nente da plataforma, dos arranjos da plataforma e outros detalhes.
P reparo da con gregação. Quando o povo entra no templo, po­
derá haver algum movimento e conversação como parte do com pa­
nheirismo e atividade da congregação. Um prelúdio musical gravado
ou executado ao vivo pode ajudar a tornar esse tempo mais confor­
tável. Tentativas de abafar essa atividade em nome da reverência às
vezes se tornam desnecessárias e irreais, podendo criar tensão entre
os adoradores. Todavia, uma atitude reverente em preparação para o
culto deve ser mantida.
O período de saudações e anúncios pode servir para direcionar a
atenção dos congregantes e atraí-los para uma atitude de adoração.
122 IG u ia Para M in istro s

Tais anúncios elevem focalizar a vida da igreja, evitando que sejam


promocionais ou cam panhas de levantamentos de fundos. Que os
anúncios criem um a atmosfera de afeto e companheirismo, tornan­
do-os uma parte da vida da igreja. Então, encerre-os com um cha­
mado à adoração.
C an to . O canto congregacional e a m úsica esp ecial são p ar­
tes vitais na experiência de culto. A inspiração surge não apenas
das palavras em pregadas e do poder em ocional da m úsica, m as
da experiência de cantar como um a com unidade de adoração.
As m úsicas para crian ças e juventude devem ser incluídas, pos-
sibilitando-lhes envolvimento e participação im portante no culto.
“A m úsica deve ter beleza, suavidade e poder" (Testemunhos Para
a Igreja, v. 4, p. 71). O s corais, conquanto sejam um a bênção no
culto, não devem substituir o canto congregacional. “A aptidão
de cantar é um talento que exerce influência, a qual D eus d e­
seja que todos cultivem e em preguem para glória de Seu nome"
(.Evangelismo, p. 504).
Com a grande variedade de gostos m usicais e tradições refle­
tida nos diferentes grupos etários, nas características da igreja e
experiências culturais, a tentativa de estabelecer padrões e fórm u­
las rígidos para a m úsica aceitável, frequentem ente, se torna um
ato divisor e inócuo. O que alguém pode achar apropriado para o
culto, outro pode considerar inadequado. Em bora se deva evitar
o m áxim o possível causar desgosto a alguém , as congregações de­
vem reconhecer a im portância de ter variedade de opções m usicais
que atendam aos diferentes grupos na igreja. A m úsica escolhida
deve refletir os princípios e ensinos bíblicos.
O ração. No culto de adoração existem várias oportunidades para
a oração. C ada uma tem propósito e significado específicos, que têm
de ser considerados com antecedência e ser refletidos na linguagem
usada na oração.
0 C u lto de A d o r a ç ã o 11 2 3

Invocação. O culto é normalmente iniciado com uma oração bre­


ve de invocação, com a congregação em pé, reconhecendo e convi­
dando a presença de Deus.
Oração pastoral. M ais adiante no culto, normalmente em segui­
da a um hino congregacional ou leitura bíblica, alguém faz a ora­
ção pastoral. O s elementos dessa oração incluem louvor e gratidão a
D eus por Sua graça e Suas bênçãos; confissão de pecado e busca de
perdão; pedidos gerais e específicos por direção, graça e misericór­
dia curativa; intercessão nos assuntos da igreja, na comunidade e no
país, e comprometimento no serviço.
Normalmente, essa oração é a mais longa das orações do culto.
Conform e frequentemente exemplificado na Escritura, a congrega­
ção se ajoelha para a oração. Todavia, pode haver ambientes e si­
tuações em que ajoelhar não seja uma opção prática. Alguns, por
causa de sua condição física não podem fazê-lo, e esses não devem
ser considerados inferiores ou sacrílegos ao manter outra postura na
oração. “Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados
de joelhos" (A Ciência do Bom Viver, p. 510).
O cuidadoso planejamento antecipado da oração possibilita es­
tabelecer o que nela será incluído bem como seu tempo de dura­
ção. “Um ou dois minutos é tempo suficiente para qualquer oração
habitual" (Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 581). “Não se exigem
orações verbosas, com caráter de sermão, e que são fora de lugar
em público. Uma oração breve, feita com fervor e fé, abrandará o
coração dos ouvintes; mas, durante as orações longas, eles esperam
impacientemente, como se desejassem que cada palavra fosse o final
da mesma" (Obreiros Evangélicos, p. 179).
Ações de graças. A oração de ação de graças pode ocorrer antes do
ofertório ou depois dele, enquanto os diáconos levam à frente as ofer­
tas da congregação. A oração, normalmente curta, inclui louvor pelas
bênçãos recebidas pela congregação como um todo e individualmente.
1 2 4 1G u ia Para M in istro s

Se a oração for feita antes da oferta, a congregação costumeiramen-


te permanece sentada. Se em seguida à oferta, algumas congregações
ficam em pé e cantam a doxologia enquanto as ofertas são levadas à
frente, acompanhadas pela oração de ação de graças.
Bênção. E ssa oração tem propósito definido: despedir a congrega­
ção com a bênção de Deus. Ela não é um resumo do sermão ou uma
ocasião para pedidos específicos que já devem ter sido feitos na ora­
ção pastoral. E ssa oração deve ser breve e pode provir diretamente
das Escrituras. O hinário contém declarações de bênçãos que ser­
vem apropriadamente a esse propósito.
O fertas. Com o parte direta da adoração, as ofertas têm grande
potencial para ensinar os conceitos cristãos de abnegação, sacrifí­
cio e confiança. O apelo para as ofertas precisa enfatizar uma m o­
tivação espiritual. Também deve explicar a necessidade financeira
e como apoiar o trabalho da igreja. Ele deve ser breve, inteligente e
reverente. M ais que uma cam panha para levantamento de fundos,
a oferta é uma oportunidade para que a congregação expresse lou­
vor a D eus devolvendo a Ele um dízimo de Suas bênçãos, e ofertas
de apreciação por Sua graça mantenedora. Através do dízimo e das
ofertas, a congregação reconhece as bênçãos de Deus recebidas du­
rante a sem ana; que Ele é Senhor e que tudo o que temos pertence
a Ele. E ssas dádivas indicam que nosso amor por Ele flui livremente
de um coração agradecido.
Serm ão. O culto, centralizado na autorrevelação de D eus através
das Escrituras, torna-se um ato racional porque o divino está sendo
revelado em palavras inteligíveis à mente humana. Aprendemos com
essas palavras e recebemos instrução no serviço cristão e na discipli­
na. E nos regozijamos nas boas-novas de salvação. Essa revelação de
Deus coloca pesada responsabilidade sobre o culto, tanto naqueles
que a proclamam como nos que a ouvem. A pregação permite que
a congregação ouça a mensagem do Senhor através das Escrituras.
0 C u lto de A d o r a ç ã o 11 2 5

Pre-paração. A fim de atender devidamente às necessidades e s­


pirituais da congregação, os líderes devem planejar um calendário
anual de serm ões. Isso envolve considerar não apenas o que deve
ser apresentado no futuro, m as também o que foi apresentado no
ano anterior, ou m esmo antes disso. Procure saber o que foi abor­
dado, o que foi negligenciado e o que foi superenfatizado. O s tem as
devem coincidir com os eventos do calendário, com os programas
da igreja e da escola.
O planejamento anual produz vários benefícios. Ele proporciona
equilíbrio na seleção dos assuntos e permite estabelecer, com ante­
cedência, arranjos para a cerimônia de culto em áreas como música,
leitura bíblica e histórias para crianças. O planejamento antecipado
dá oportunidade para aqueles que costum am levar visitas ao culto,
no sentido de selecionarem os serviços que apelem para cada públi­
co específico. Além disso, o planejamento anual dá aos pregadores
tempo para desenvolver os temas planejados, reduzindo a pressão do
preparo dos serm ões na última hora. Obviamente, esse plano anual
deve ter certa flexibilidade, por causa de eventos especiais e emer­
gências que possam ocasionalmente interferir no cronograma.
Procure meios criativos de expor o material do sermão. Às vezes,
a criatividade parece brotar de uma singular inspiração. Porém, com
muita frequência, é fruto de esforços diligentes. Pode ser mais fá­
cil utilizar modos de expressão com os quais estam os familiarizados,
m as esses tam bém podem se tornar enfadonhos para os ouvintes,
sem ana após semana. No fator criatividade, a com issão de cul­
tos pode fazer bom trabalho. Nenhum a pessoa tem todas as novas
ideias, m as na troca de pensamentos, a criatividade floresce.
Escrituras. A leitura da Bíblia como proclamação tem significativo
poder no culto e apresenta a palavra do Rei do Universo à congrega­
ção. Ela também convoca, de modo poderoso, à adoração e dirige a
mente para o tema e ênfase do culto de adoração do dia. Cuidadoso
126 i G u ia P a ra M in is tro s

planejamento, seleção e repetição precisam ser feitos com relação à


leitura da Palavra de Deus. Leituras responsivas envolvem diretamen­
te a congregação, dando-lhe oportunidade tanto de ouvir como de re­
petir as Escrituras. Há muitas leituras assim no hinário, mas pode
haver leituras especificamente preparadas no boletim da igreja ou
projetadas numa tela, que se refiram diretamente à mensagem do dia.
Ministrando às crianças. O interesse das crianças deve ser tido
em mente com relação ao culto. Obviamente, com o distanciamento
etário entre adultos e crianças, nem sempre se pode atingir de uma
só vez cada nível. No entanto, com planejamento cauteloso, mesmo
as crianças pequenas podem desfrutar momentos de interesse no
culto. Alguns descobriram que uma história para crianças antes do
sermão atende a essa preocupação. As crianças são convidadas para
ir à frente e sentar-se durante o tempo da historinha, e essa pode
apropriadamente estar ligada ao tema do sermão do dia.
Somente pessoas que tenham amor particular pelas crianças e
capacidade de contar histórias podem com propriedade ajustá-las ao
tema do dia. O tempo para essa parte precisa ser cuidadosamente
observado para não passar de cinco minutos.
M uitas igrejas recebem as ofertas das crianças durante o mo­
mento da história e usa os fundos arrecadados para apoiar os pro­
gram as educacionais e infantis na igreja. Alguns podem ser avessos
a receber mais de um a oferta no culto, m as outros gostam de dá-las
às crianças e vê-las levar à frente. E sse gesto contém a vantagem
adicional de orientar as crianças no hábito de dar.
O sermão. O sermão deve sempre ser centralizado na Bíblia. Ser­
mões bíblicos não apenas incluem a Bíblia, m as começam com ela.
O s pregadores bíblicos vão primeiro à Bíblia na preparação de seu
sermão. A pregação bíblica não procura um texto que concorde com
o que o orador deseja dizer, m as busca descobrir o que a Bíblia diz.
Muitos temas bíblicos são úteis para se fazer séries de pregações,
0 C u lto d e A d oração 11 2 7

particularmente estudos de um livro, ou tópicos tais como os dez


mandamentos, as sete derradeiras palavras de Cristo, ou as bem-
aventuranças. M as, em geral, é m ais sábio manter a série de prega­
ções dividida em três ou quatro sermões. No caso de uma série mais
longa, ela pode ser intercalada com outros temas.
Embora a mensagem do sermão deva ser considerada de impor­
tância fundam ental, mesmo as melhores mensagens, se pobremente
proclamadas, são ineficazes. Além de reconhecermos que entrete­
nimento não é o objetivo do culto de adoração, usá-lo como excusa
para pregações fracas não é aceitável.

Ordem no Culto
C ostum am os pensar em adoração como consistindo no pastor
como agente, em D eus como inspirador e a congregação como au­
ditório. N a verdade, o culto legítimo consiste na congregação como
protagonista, o pregador como inspirador e Deus como o auditório.
“Muitos dos cultos públicos a Deus consistem em louvor e oração, e
cada seguidor de Cristo deveria envolver-se nessa adoração" (Ellen
G. White, Signs of the Times, 24 de junho de 1886). Assim, para
cada adorador, a adoração se torna um evento participativo. Modelos
de cultos de adoração podem ser encontrados no M anual da Igreja.
C A P Í T U L O 23

Companheirismo e Visitação

Para a comunidade da primitiva igreja neotestamen-


tária, o conceito de amizade compartilhada ou koinonia era essen­
cial. Sobre o crescimento dos membros da igreja, Lucas relata: “E
perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir
do pão e nas orações. Diariamente perseveravam unânim es no tem ­
plo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com
alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a
simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor,
dia a dia, os que iam sendo salvos" (At 2:42, 46, 47).
N essa associação de companheirismo cristão, tanto o indivíduo
como a igreja são fortalecidos. Embora a importância da frequên­
cia à igreja não deva de modo algum ser minimizada, precisamos
reconhecer que essa atividade, em si mesma, não é suficiente para
atender às necessidades de contato e interação entre os membros.
Associar-se por um a ou duas horas no culto de sábado não repre­
senta todos os benefícios e alegrias da experiência cristã de com­
panheirismo. O autor de Hebreus nos adverte: “Guardem os firme a
confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a prom essa é fiel.
Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estim ularm os ao
amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é cos­
tume de alguns; antes, façam os adm oestações e tanto mais quanto
vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10:23-25).
O companheirismo cristão e a visitação envolvem aspectos vi­
tais do ministério da igreja e devem ser considerados não como de­
ver a ser cumprido por um só indivíduo, mas um estilo de vida a
ser desfrutado por toda a comunidade eclesial. De certo modo, as
C o m p a n h e ir is m o e V is it a ç ã o 11 2 9

igrejas menores podem naturalmente encontrar companheirismo


m ais inclusivo de todos os membros, enquanto que em igrejas gran­
des pode ser necessário instituir redes de pequenos grupos que in­
cluam membros que, de outra maneira, seriam despercebidos. Há
cinco preocupações básicas em relação às quais a igreja e o pastor
precisam estar atentos:
(1) Com panheirism o cristão
(2) N ecessidades espirituais e encorajamento
(3) Membros ausentes
(4) Visitação hospitalar
(5) Luto e apoio a quem está no fim da vida

C om p an h eirism o cristão. Um a ampla variedade de atividades


sociais e espirituais pode ser agrupada sob o título de companhei­
rismo cristão. E ssas atividades servem ao propósito de não apenas
manter companheirismo com os membros da igreja, m as também
alcançar a comunidade maior. Incluídas nesse contexto estão as ati­
vidades em grupo como estudo bíblico, oração, recreação, passatem ­
pos, música, serviços à comunidade, clubes de jardinagem, e muitas
outras atividades limitadas apenas pela imaginação. A igreja serve
como ponto de convergência para o companheirismo, fortalecendo
seus membros e alcançando também a comunidade.
N ecessid ad es esp iritu ais e encorajam ento. O s anciãos nom ea­
dos para auxiliar o pastor no apoio aos membros devem manter
estrita vigilância sobre as necessidades espirituais dos membros,
visitando e animando aqueles que estão desanim ados ou negligen­
ciando sua experiência cristã e seu compromisso com Cristo. O tra­
balho feito pelos anciãos não dispensa a visitação pastoral.
M em bros au sen tes. M embros que não têm condições de fre­
quentar os cultos e participar das atividades de companheirismo
da igreja podem facilmente ser negligenciados. Um planejamento
1 3 0 1G u ia Para M in istro s

cuidadoso deve ser feito para manutenção de contatos regulares com


eles, proporcionando-lhes informação, estímulo e materiais de in­
teresse da igreja. Eles devem receber regularmente exemplares do
boletim e do jornal da igreja, e um áudio ou vídeo dos cultos de ado­
ração (ou, onde possível, apresentações de mídia eletrônica ao vivo
dos serviços de culto). O serviço trimestral de Santa C eia deve ser
providenciado pela igreja para esses irmãos.
V isitação hospitalar. Quando os membros estão enfermos, parti­
cularmente durante uma hospitalização, a visitação feita pelo pastor
e os anciãos se torna altamente importante. Quando for necessário,
o pastor e os anciãos devem realizar um serviço de unção, conforme
descrito no capítulo 34. Frequentemente, o pastor não sabe quando
os membros estão hospitalizados. A ssim sendo, deve ser estabelecida
uma boa rede de infirmações para possibilitar esse conhecimento.
A internação hospitalar tende a ser curta, o que requer ação rápida
para fazer contato antes que os pacientes recebam alta.
As visitas hospitalares devem ser breves, particularmente quando o
paciente está sofrendo dor, recuperando-se de cirurgia ou sob a influên­
cia de medicação pesada. Fale poucas e bem escolhidas palavras de
apoio e encorajamento, seguidas de uma leitura da Escritura e oração.
Não obstante a permanência em hospital ser comumente es-
tressante para os pacientes e seus familiares, o nascimento de uma
criança é usualmente uma ocasião festiva na qual o pastor pode visi­
tar a família a dar graças pelo novo ser.
Lu to e apoio a quem está no fim da vida. Antes da segunda
vinda de Cristo, todos enfrentarão o momento do fim da vida nes­
te mundo. Para alguns, a morte acontecerá num instante, m as para
a maioria haverá um tempo de declínio e reconhecimento de que a
vida está-se esvaindo. Especialm ente durante esse tempo, o apoio e
a segurança da família da igreja são necessários. E sses são tempos
de tristeza e perda que devem ser reconhecidos e aceitos, embora
C o m p a n h e ir is m o e V is it a ç ã o 1 1 3 1

no companheirismo cristão não nos entristeçam os “como os demais,


que não têm esperança” (lTs 4:13). A garantia da salvação e restau­
ração encontrada nas Escrituras e palavras de conforto por parte do
pastor e dos membros da igreja são os últimos e melhores dons de
amor que alguém pode receber. N a hora da perda de um ente que­
rido, o apoio pastoral e dos anciãos e a visitação se tornam vitais
para a família. O s costum es para a prática dos arranjos funerários
variam muito, e o pastor deve saber como, quando e onde atender as
necessidades dos enlutados. Em geral, uma visita à casa do membro
é apropriada para levar conforto e apoio à família. Pessoas reprimem
sua dor de diversas maneiras. A sensibilidade a essa realidade ajuda
a encorajá-los a pôr sua esperança e confiança no amante Pai celes­
tial. O capítulo 35 trata dos serviços fúnebres.

Leituras Bíblicas Sugeridas Durante a Visitação


Textos gerais da Bíblia:
Salm os 23; 46; 103; 121
Jerem ias 30:17
M ateus 11:28-30; 15:30, 31
Romanos 5:3-5; 8:16-39
Tiago 5:13-16
3 João 2

Antes de cirurgia:
Salm os 91; 103:1-5
Isaías 43:1-3; 58:8, 9

No sofrimento:
Isaías 26:3, 4
M ateus ] 1:28, 29
João 14:27
132 IG u ia Para M in istro s

Enfrentando a morte:
Salm os 23; 90:1-6, 10
Isaías 56:11
João 3:14-16; 14:1-4, 25-27
Romanos 8:35-39
2 Coríntios 5:1-4

N a recuperação:
Salm os 34:4-8; 107:1-9
Lucas 17:12-18

Nascimento de criança:
M ateus 18:1-6
M arcos 10:13-16
Lucas 1:46-49

Visitação Pastoral
Muitos membros da igreja entendem a visitação no lar como uma das
responsabilidades do pastor. Realmente, tal prática ajuda a estimular a vida
espiritual dos membros e ter em primeira mão o conhecimento das neces­
sidades espirituais da igreja. Em algumas situações, por causa do tamanho
da congregação ou distrito, ou da distância geográfica, o pastor necessitará
de assistência na manutenção do programa de visitação com os membros.
Em algumas grandes cidades, muitos membros vivem em edifícios ou con­
domínios fechados, fazendo a visitação parecer mais desafiadora.
Em tais situações, um plano que organize os membros em unidades,
sob a direção de um ancião assistido por diáconos e diaconisas, torna
essa visitação mais praticável. O ancião lidera o planejamento de visi­
tação e os grupos reunidos que elevam a força espiritual dos membros.
De tempos em tempos, o pastor pode ser convidado a encontrar-se com
o grupo a fim de partilhar informações e confraternizar com eles.
C A P Í T U L O 24

Aconselhamento

Embora OS pastores ofereçam principalmente recur­


sos espirituais para aqueles que buscam conselho, também podem
ser requisitados para orientar em outras áreas de interesse. Muitos
veem os pastores como pessoas de experiência e sabedoria em áreas
que podem incluir preocupações familiares, decisões sobre plane­
jam ento do futuro, assuntos financeiros, assuntos sociais e estres­
se emocional, só para mencionar alguns. Embora a experiência e a
orientação espiritual sejam de grande importância nesses assuntos,
os indivíduos precisam reconhecer claramente que o aconselha­
mento profissional não faz parte do chamado do pastor. Fazer clara
distinção entre as preocupações pastorais e a necessidade de orien­
tação de um conselheiro profissional torna-se vital, na medida em
que os pastores interagem com membros em dificuldade.
Q uando os pastores oferecem aconselham ento além de sua c a­
pacidade e especialidade, põem em perigo a pessoa aconselhada e
tam bém arriscam -se a enfrentar problem as legais. D oenças m en­
tais e com portam ento psicótico, por exemplo, não estão na área
do aconselham ento pastoral. Poucos pastores são capacitados nes­
sas áreas, e tais assuntos devem ser levados aos profissionais de
saúde mental.

Aconselham ento nas Crises


Geralmente, o aconselhamento dos pastores deve estar limitado
a crises de curto prazo. Dar apoio e encorajamento para os membros
que estão enfrentando decisões difíceis ou estresse em sua vida é
parte do ministério.
1 3 4 1G u ia Para M in istro s

O u ça. O ato de ouvir mostra ao aconselhado que alguém se


preocupa com ele. Falar de problemas com alguém que tem outra
perspectiva ajuda a esclarecer a questão para o aconselhado. Ao
verbalizar seus sentimentos, as pessoas se deslocam das respostas
emocionais para um nível mais racional de pensamento, e começam
a descobrir respostas para si mesm as. Um ouvir atencioso também
esclarece o problema para o conselheiro. N o caso de problemas re­
lacionais, todavia, evite assum ir que aquilo que apenas uma pessoa
diz fornece uma completa e precisa compreensão do problema.
C oncentre-se n as soluções. Gaste o tempo de aconselhamento
na busca de soluções e não em repetir os problemas. Algumas pessoas
tendem a repetir várias vezes o problema, querendo apenas simpatia, e
resistem a qualquer ajuda no sentido das soluções. Mesmo assim, não
tente resolver os problemas das pessoas. Esclareça e defina o proble­
ma real e ajude-as a trabalhar no sentido de encontrar uma solução.
O riente n a escolha de um plano. As pessoas aconselhadas acha­
rão mais fácil concentrar-se na solução, se puderem ver várias opções.
Ajude-as a decidir qual a melhor opção e faça um plano para colocá-la
em prática. A tarefa do pastor deve ser encorajá-las a pôr em prática
sua própria decisão. Se o aconselhado não seguir o plano definido, será
mais sábio questionar o gasto adicional de tempo em aconselhá-lo.
O re com os acon selh ad os. O ração focaliza a atenção do acon­
selhado na fonte mais segura, mais duradoura de ajuda, mediante
compromisso de sua vida com o serviço e a vontade de Deus.
Pratique a con fidencialidade. A confidencialidade não é so­
mente ética, m as um a exigência legal. Todavia, em algum as si­
tuações, há exigências legais de relatar certas atividades que o
consulente possa revelar numa sessão de aconselhamento, tais como
abuso de idosos ou crianças, etc., a fim de evitar a prática de certos
crimes. O s conselheiros também podem ser responsabilizados por
falhar em advertir acerca de uma am eaça contra a vida de alguém.
A c o n selh a m en to 1 1 3 5

Aconselham ento Partilhado


P rofission ais. Em algum as congregações pode haver membros
profissionalmente capacitados em algum a área de aconselhamento.
O pastor pode explorar essas especialidades e valer-se de tais pes­
soas não apenas para consultar os aconselhados, m as também para
capacitar os membros dispostos a partilhar as necessidades de acon­
selhamento da igreja.
C on gregação. O s membros da igreja têm a responsabilidade
cristã de assistir outros membros. “Levai as cargas uns dos outros
e, assim , cumprireis a lei de Cristo" (G1 6:2). Alguns na congregação
podem já ter enfrentado e resolvido problemas que os consulentes
estão vivendo. O s grupos de apoio são úteis quando pessoas com
necessidades sem elhantes não apenas partilham e buscam soluções
para seus problemas, mas oram e apoiam-se um as às outras. Além
disso, um centro de recursos da igreja pode providenciar livros, pan­
fletos e apresentações em vídeo com informação prática e orienta­
ções sobre como lidar com problemas típicos.
CAPÍTULO 25

A Comunidade Eclesiástica

As comunidades eclesiásticas resultam de indivíduos que


respondem ao chamado de Deus para fazer parte de Seu povo e edifi­
car Seu reino. Embora o culto coletivo possa ser a mais visível e mais
frequentada atividade de grupo da igreja, ele certamente não é o úni­
co empreendimento. A diversidade de interesses e dons espirituais na
igreja não é acidental. Assim, os vários grupos se reúnem naturalmente
em torno de diferentes atividades e ministérios da igreja. A fim de aten­
der a essa necessidade, esforço contínuo e consciente precisa ser feito
para criar uma rede de atividades nas quais os membros sejam atendi­
dos, e aqueles de fora da comunidade da igreja também sejam atraídos.
O amor cristão produz unidade. "Nisto conhecerão todos que
sois M eus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35).
“Q uando houver ação harmoniosa entre os membros individuais da
igreja, quando houver m anifesto amor e confiança de um irmão para
com outro, haverá proporcional força e poder em nossa obra, para a
salvação dos homens” (Testemunhos Para Ministros, p. 188).

Com unicação com os Membros


O companheirismo cresce quando as pessoas mantêm coisas em
comum. Algum as pessoas vão à igreja não tanto por razões doutri­
nárias, m as para encontrar um sistem a de apoio cristão. Por outro
lado, outras pessoas deixam de frequentar, a igreja, não por que
descreiam das doutrinas, m as por não encontrarem o apoio e com ­
panheirismo que buscam . A boa com unicação entre os membros fa­
cilita melhor compreensão e convivência entre eles, aumentando o
companheirismo.
A C o m u n id a d e E c l e s iá s t ic a 11 3 7

Boletim sem an al da igreja. O s boletins impressos da igreja


proporcionam o resumo dos programas do sábado, anúncios e in­
formações referentes ao programa da igreja durante a sem ana, e in­
formações padronizadas como a lista da equipe diretiva da igreja,
meios de contato e um resumo das doutrinas. O s boletins contêm
ainda uma seção própria para comunicação de inform ações e neces­
sidades ao pastor.
Um a seção ou página do boletim pode incluir artigos de interes­
se das crianças, apresentando um quebra-cabeça para resolver, um
desenho para colorir ou um esboço de sermão que estimule fazer
anotações.
Telefone. Sistem as de mensagens telefônicas automáticas apre­
sentam muitas opções de comunicação. Quando a rápida comunica­
ção de uma mensagem pré-gravada se torna necessária, a transmissão
eletrônica é rápida e eficiente. Porém, os membros organizados em
sistema de ramais telefônicos dão um toque mais humano. O s celu­
lares também podem ser instrumentos úteis.
Jo rn a l inform ativo da igreja. Algumas igrejas têm o hábito de
fazer jornais informativos mensais. Eles ajudam os membros a se
manter atualizados com o programa da igreja, seus planos e ativi­
dades, e tam bém são um meio de comunicação de itens que podem
ser de natureza mais secular do que aqueles ajustáveis à programa­
ção de sábado pela manhã. E sses boletins podem ser distribuídos
pelo correio ou por e-mails (estes são muito menos dispendiosos e
não consomem muito tempo). Enviar uma carta via correio pode
também ajudar a manter atualizados os endereços dos membros.
Ademais, o site da igreja pode ser um dos mais eficientes e econômi­
cos meios de comunicação.
Mensagem de saudação do pastor. Ela pode incluir um desafio es­
piritual, palavras de estímulo, um relatório das atividades da igreja
ou uma história inspiradora. iVlas precisaria ser breve e atraente.
1 3 8 1G u ia P ara M in istro s

Calendário. Um calendário contendo as atividades a ocorrer du­


rante o mês não apenas serve como lembrete do horário desses even­
tos, m as também ajuda a despertar o interesse em comparecer. Visto
que alguns podem levar esse calendário para casa para não perder
tais atividades, ele deveria ser preparado num formato atrativo. Você
até poderá incluir nesse calendário os títulos dos sermões. Isso pre­
para os adoradores para o tema do dia, e pode tam bém ajudar a des­
pertar o interesse de assistir e convidar visitantes.
Notícias. A s notícias dos eventos da igreja e os pessoais são de
interesse dos membros, incluindo assuntos como casam entos, n as­
cimentos, dedicações de crianças, batismos, formaturas, aniversá­
rios, enferm idades e mortes. Uma lista de aniversariantes anim a os
membros a enviar congratulações e a fazer planos para a comemora­
ção conjunta. A exatidão das notícias deve ser confirmada antes da
publicação e, no caso de enfermidades, aqueles que estão enfermos
devem ser consultados antes da divulgação.
Assuntos para crianças e jovens. Informações referentes às reali­
zações de crianças e jovens, particularm ente as escolares, atraem a
atenção de boa audiência e mantém a familia da igreja informada
sobre o desenvolvimento de suas crianças. Q uando possível, fotos
acom panhando os eventos publicados e inform ações dão vida à his­
tória. Isso tam bém comunica aos mais jovens o amoroso e cuida­
doso interesse de sua família da igreja. A página das crianças com
enigmas, quebra-cabeças bíblicos e jogos amplia o interesse no bo­
letim informativo.
A n u ário d a ig reja. O anuário da igreja desenvolve e estim ula
efetivam ente o com panheirism o na com unidade ecJesiaJ, esp ecial­
mente quando é ilustrado. A publicação dos nom es dos membros
da igreja faz com que eles se tornem m ais fam iliarizados uns com
os outros. Um a boa ocasião para publicar o anuário é após as
eleições na igreja e durante o planejam ento para o ano seguinte.
A C o m u n id a d e E c l e s iá s t ic a 11 3 9

Pode ser incluído um resum o do programa anual, contendo estes


itens:
• Declaração de missão da igreja.
• Um resumo histórico da igreja.
• Uma mensagem do pastor, que pode incluir os objetivos para o
novo ano.
• Horário das reuniões de sábado, incluindo cerimônias de comunhão.
• Eventos especiais, seminários, programas, e quando serão realizados.
• Nomes dos oficiais da igreja.
• Horários regulares das reuniões de comissões.
• Datas de aniversário dos membros (omitir o ano do nascimento).
• Itinerário do pastor.
• Números de telefones e e-mails mais usados.
• Nom es dos líderes da A ssociação/M issão (administradores e
diretores de departamentos).
• Endereços e número dos telefones de instituições locais, em ­
presas ou instituições dirigidas por membros da igreja.

Ministérios em Grupos
“A formação de pequenos grupos, como uma base de esforço cris­
tão, é um plano que tem sido apresentado diante de mim por Aquele
que não pode errar. Se houver grande número na igreja, os mem­
bros devem ser divididos em pequenos grupos, a fim de trabalharem
não somente pelos outros membros, mas também pelos descrentes"
(.Evangelismo, p. 115). O interesse na formação de tais ministérios
em grupos pode variar amplamente em diferentes localidades. Inte­
resse e criatividade abrirão oportunidades a inúmeras possibilidades
para o trabalho da igreja e a irmandade. A lista seguinte inclui algu­
mas das mais comuns categoriais de pequenos grupos.
G rupos de oração. A tradicional reunião noturna de oração no
meio da semana, conhecida como a mais antiga tradição de ministério
140 IG u ia Pa r a M in istro s

de grupo, permanece como ideal para muitos. Porém, a programação


e os formatos podem não se ajustar bem ao interesse de muitos que
gostariam de estar presentes a, por exemplo, um desjejum de oração,
antes de ir para o trabalho. Outros podem querer um grupo de oração
na hora do almoço. Estimular várias ocasiões e opções para o ministé­
rio da oração aumentará grandemente a participação.
G ru p o s de estu do da Bíblia. O mais antigo grupo de estudo da
Bíblia nos círculos adventistas é o estudo da lição nas unidades da
Escola Sabatina. Estendendo-se convenientemente além da reunião
de sábado pela manhã, esse companheirismo funciona como um p e­
queno grupo ideal para a descoberta das necessidades de seus m em ­
bros. Com o ocorre com os grupos de oração, outros também podem
frequentar os gupos de estudos bíblicos em outros locais, dias e ho­
ras durante a semana. Alguns grupos podem se desenvolver tendo
como base assuntos de interesse comum, laços de amizade ou con­
veniência de horários e localidades.
G ru p o s de sem in ário s e apoio. As pessoas tendem a mostrar
interesse em frequentar a igreja depois de eventos como casamento,
nascimento de um a criança, mudança de residência, divórcio, mor­
te de um ente querido e outros pontos de m udança de vida. Tais
pessoas podem ser facilmente atraídas para assistir a um programa
regular de sem inários sobre vida familiar, classes de pais, encontro
de casais e muitos outros programas versando sobre atendimento
a necessidades espirituais, mentais e físicas. A base da sociedade
sempre foi a família, tanto a família biológica como a família da igre­
ja e da comunidade. Deus criou a família no Jardim do Éden e lhe
ordenou: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra e sujeitai-a”
(Gn 1:28). Enriquecer o casam ento e a família não apenas cumpre
essa responsabilidade, como também fortalece a igreja.
E vangelização e serviço à com unidade. Depois de se fazer uma
pesquisa sobre necessidades e interesses da comunidade, pequenos
A C o m u n id a d e E c l e s iá s t ic a 1 1 4 1

grupos podem ser formados para desenvolver companheirismo e ins­


trução direcionados a essas necessidades. Nem todos os membros
são dotados ou se empenham no mesmo tipo de ministério. Aque­
les que têm os m esmos talentos e interesses podem multiplicar sua
efetividade num esforço conjunto. A Sociedade de Dorcas é um dos
mais antigos grupos nessa categoria. As opções de serviço são vir­
tualmente ilimitadas, tais como formar grupos que reunam famílias
com crianças para recreação e companheirismo, jardinagem, conser­
to de automóveis, visitação a idosos e doentes, entre outras opções.
R eu n iões so ciais. A força do companheirismo pode ser encon­
trada numa refeição conjunta, num recital ou num piquenique. Reu­
niões sociais não necessitam ter qualquer motivo especial para ser
desfrutadas. Fomos criados como seres sociais e a celebração dessa
índole concedida por Deus é razão suficiente para o companheiris­
mo. Programas da escola, igreja e comunidade são ocasiões ideais
para essas reuniões.
R ecreação e passatem p os. Alguns gostam de correr. Outros
gostam de caminhar. Outros, de nadar. Ainda outros apreciam ati­
vidades esportivas. H á pessoas que gostam de colecionar selos, de
jardinagem , costurar, ou observar pássaros. A lista é ilimitada. M as
a maioria aprecia envolver-se nessas atividades com outras pessoas.
O companheirismo na igreja deve ser amplo o suficiente para unir as
pessoas nessas atividades e assim aprimorar o gozo do companhei­
rismo cristão.
U m a igreja acolhedora. Quando visitantes vão à igreja, eles estão
procurando algo, e a sua frequência à igreja se torna uma oportunida­
de e uma responsabilidade de ajudá-los a achar o que procuram. Os
programas da igreja devem ser planejados com a intenção e a com­
preensão de que os visitantes estarão presentes. Embora seja bom
e apropriado saudá-los à entrada, a hospitalidade pode ir bem além
das portas. Ajuda para encontrar vaga no estacionamento pode ser
142 IG u ia Para M in istro s

necessária em igrejas maiores. Quando o tempo é inclemente, cuida­


do especial deve ser dispensado para manter as pessoas secas e aque­
cidas enquanto saem do veículo para entrar na igreja. As crianças
devem ser encam inhadas para sua divisão própria na Escola Sabati­
na, e os nomes dos convidados anotados no livro de visitas. Embora
genuíno afeto e companheirismo não possam ser organizados nem
fabricados, a existência de um plano que os permita fluir de manei­
ra fácil e confortável deixará os visitantes à vontade e estimulados a
participar do companheirismo da igreja.
O s alm o ços de con fratern ização. O s almoços sabáticos de con­
fraternização proporcionam aos convidados hospitalidade e com pa­
nheirismo por parte dos membros da igreja. Nem todos os membros
desejarão participar de um almoço assim toda sem ana, mas, dividin-
do-se os membros em equipes dentro de um sistem a de rotatividade,
a responsabilidade se torna uma alegria e um privilégio.

Promoção de Programas
Para tirar proveito do amplo conjunto de atividades e programas
disponível, é necessário fazer escolhas que se ajustem à m issão da
igreja. Também é preciso planejar as várias atividades, de tal modo
que não prejudiquem o sucesso um as das outras ou cansem os
membros com muita promoção. No entanto, sem promoção, poucos
se tornarão cientes das atividades e isso resultará em falta de parti­
cipação. O que é promovido é apoiado. A questão não é promover,
m as como promover.
Planejam ento de program as. Ao fazer os planos anuais para
a igreja, reúna-se com a com issão da igreja e prepare o calendário
que inclua os principais programas. Então, através dos vários meios
de comunicação disponíveis, mantenha os membros interessados
nos eventos futuros, com o apropriado tempo para prepará-los. Os
detalhes são mais fáceis de entender quando escritos e repetidos.
A C o m u n id a d e E c l e s iá s t ic a 11 4 3

Faça com que as informações estejam disponíveis através do boletim


da igreja e do jornal informativo da igreja, ou talvez com um disposi­
tivo de m etas visível na igreja.
Prom oção no culto. Visto que o culto sabático é geralmente a
reunião m ais assistida da igreja, as pessoas responsáveis pelos vários
programas podem divulgá-los durante o momento dos anúncios. As
atividades de alguns departamentos podem ser promovidas duran­
te todo o culto. Embora evitando o excesso promocional, deve ser
lembrado que o trabalho da igreja se desenvolve como resultado do
culto. A promoção nunca deve estorvar a espiritualidade, mas as ati­
vidades da igreja como Escola C ristã de Férias, Sábado dos D esbra­
vadores ou de Liberdade Religiosa podem muito bem ser realizadas
de modo a trazer benefício espiritual a todos os membros.
C A P Í T U L O 26

Finanças da Igreja

A mordomia cristã como princípio bíblico ensina que


a vida é um a oportunidade dada por D eus para aprenderm os a
ser fiéis mordomos nos assuntos tem porais, sendo assim prepara­
dos para exercer a mordomia m ais elevada nos assuntos eternos.
E sse foi o princípio ensinado por Je su s na parábola dos talentos:
"D isse-lhe o Senhor: M uito bem , servo bom e fiel; foste fiel no
pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor"
(M t 25:21). Dízim os e ofertas não devem ser resposta a cam pa­
nhas de levantam ento de fundos para a igreja, m as um reconheci­
mento voluntário do senhorio divino em todas as coisas e de Suas
bênçãos sobre Seu povo.

Motivação Para Dar


M otivação do evangelho. As pessoas dão quando são motivadas
pela graça de D eus e o dom da salvação. As despesas da igreja devem
ser atendidas por aqueles cujo coração foi transformado, não por per­
suasão humana, m as pelo evangelho. A maior motivação é o amor.
A pessoa agradecida tem um coração generoso.
A to de ad o ração. As pessoas entregam suas oferendas como
um ato de adoração. Q ualquer outro motivo, como medo, culpa ou
tentativas de obter favores, desvirtua e distorce a vontade de Deus.
A poio à m issão. As pessoas serão liberais, se entenderem e cre­
rem na m issão da igreja, e veem que seu apoio faz avançar tanto a
m issão local como a mundial. “A doação sistem ática não se deveria
tornar com pulsão sistem ática. É a oferta voluntária que é aceitável
a D eus” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 396).
F in a n ç a s d a Ig r e ja 11 4 5

M aneiras de Doar
D oação sistem ática. Com o acontece no âmbito pessoal, o modo
mais efetivo de cuidar das finanças da igreja é ter um plano e um
orçamento. M ediante cuidadoso planejamento com antecedência, a
obra da igreja no lar e ao redor do mundo funciona eficiente e efe­
tivamente. Com esse plano transmitido à membresia da igreja, as
pessoas são capazes de fazer sábias escolhas nas doações. A doação
sistem ática através de um sistem a de ofertas é a maneira ideal de
apoiar os ministérios da igreja. “Fazer apelos urgentes não é o melhor
plano para levantar recursos" (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 511).
D oações p o sp o sta s. O s planos de mordomia de longo prazo de­
vem também incluir informações com respeito a testamentos e le­
gados, estim ulando assim os membros a deixar uma doação para a
igreja em seu testamento ou legado.
P rojeto de d o ações. De vez em quando, surgem necessidades
e projetos especiais, e apelos devem ser feitos solicitando o apoio
da igreja. C onquanto uma necessidade ocasional seja frequente­
mente oportunidade para dar, apelos reiterados debilitam a m issão
m ais am pla da igreja e dirigem os fundos de maneira desequ ili­
brada para os projetos que têm melhor apresentação ou mais forte
atratividade emocional.
D oações por im pulso. Q uando necessário, alguém pode doar
por impulso. M as, assim como o impulso retira dos fundos pessoais
de alguém, ele pode conduzir a um esgotamento de finanças que
poderiam ter sido usadas mais sabiamente.

Cuidado no Gerenciam ento dos Fundos da Igreja


O s pastores devem ser vistos como modelos da mordomia cristã
cuidadosa e fiel, que promove um gerenciamento financeiro sólido
na igreja. Embora reconhecendo as ofertas como fruto de adoração
a Deus, elas precisam ser adm inistradas de maneira que Ele possa
1 4 6 1G u ia Para M in istro s

aprovar. O s membros da igreja que possuem habilidades de adm inis­


tração financeira e contábil devem ser convocados para supervisio­
nar o manuseio de fundos da igreja.
Controle interno. Um sistema de controle interno reduz o risco
de desvio de ativos, remove a tentação desnecessária, melhora a preci­
são dos registros financeiros e protege tesoureiros e pastores de falsas
acusações. As ofertas devem ser contadas por duas ou mais pessoas
sem ligação com a tesouraria, e registradas separadamente por elas.
Todos os fundos têm necessidade de ser registrados nos livros da te­
souraria, e ninguém deve tomar empréstimos das ofertas. D espesas
incursas no orçamento aprovado devem ser reembolsadas pelo tesou­
reiro após a entrega dos recibos devidos, declarando que fundo deve
ser debitado e a quem elas deveriam ser pagas. D espesas não incluí­
das no orçamento devem ser aprovadas pelo tesoureiro ou pela comis­
são da igreja, dependendo das importâncias preestabelecidas.
T esoureiro de igreja. A primeira responsabilidade do tesoureiro
é com a com issão da igreja. O tesoureiro reporta-se à com issão para
aprovação de relatórios financeiros regulares e claros. Algum as igre­
jas podem ter uma com issão financeira, que fornece orientações ao
tesoureiro, m as essa comissão também deve estar sujeita à comissão
da igreja. O pastor tam bém deve trabalhar em conjunto com o te­
soureiro, mas, como a com issão financeira, está sujeito à comissão
da igreja em m atérias financeiras. Além dos relatórios à comissão,
o tesoureiro também tem a responsabilidade de prestar relatório à
igreja na reunião de negócios. A com issão pode votar certos fundos a
ser usados a critério do pastor, m as os pastores não estão livres para
usar os fundos da igreja fora desses parâmetros.
P reparo de orçam en tos. O planejamento do programa anual da
igreja tem de preceder à preparação do orçamento. E ssa providên­
cia evita que o orçamento se baseie em "progresso circular” —usan ­
do o programa do ano anterior para determinar o novo programa e
F in a n ç a s d a Ig r e ja 11 4 7

também o orçamento. O orçamento deve ser votado na reunião ad­


ministrativa, na qual todos os membros têm oportunidade de ex­
pressar seus pontos de vista e aceitar a propriedade do plano. Um
modelo simples de orçamento é fornecido no M anual da Igreja.
O brigações da igreja. As diretrizes referentes à incorrência de
débitos pela igreja são dadas no M anual da Igreja. Seguir cuidado­
samente as orientações ajuda a prevenir o endividamento da igreja
em longo prazo. A implementação dessas recomendações promove
condições financeiras saudáveis, conducentes ao prosseguimento da
m issão da igreja no mundo.
C om prom isso. A seguinte Declaração de Compromisso Pessoal
com a Integridade e Transparência Financeira da Igreja, votada pelo
Concilio Anual da Associação Geral em 2002, deve ser lida e assi­
nada por todas as pessoas em posição de liderença na igreja.

Declaração de Com prom isso Pessoal com a


Integridade e Transparência Financeira da Igreja
O papel da liderança é crítico para o desenvolvimento da con­
fiança dos membros em sua igreja e no fortalecimento de seu rela­
cionamento com Deus. É responsabilidade da liderança da igreja ser
transparente e crível em todas as suas lides.
O apóstolo Paulo proporciona um exemplo bíblico desse tipo de
liderança: “E, com ele, enviamos o irmão cujo louvor no evangelho
está espalhado por todas as igrejas. E não só isto, m as foi também
eleito pelas igrejas para ser nosso companheiro no desempenho des­
ta graça m inistrada por nós, para a glória do próprio Senhor e para
mostrar a nossa boa vontade; evitando, assim, que alguém nos acuse
em face desta generosa dádiva administrada por nós; pois o que nos
preocupa é procedermos honestamente, não só perante o Senhor,
como também diante dos homens" (2Co 8:18-21).
Ellen G. White declara, no contexto do trato com os dízimos e
148 IG u ia P ara M in istro s

o aspecto financeiro da liderança da igreja, que “aqueles em cargos


de responsabilidade devem agir de tal modo que as pessoas tenham
firme confiança neles. E sses homens não deveriam temer levar a pú­
blico tudo o que diz respeito ao gerenciamento da obra” (Manuscript
Releases, v. 13, p. 198).
A liderança da igreja considera-se responsável diante de Deus, de
Sua igreja e das orientações publicadas da igreja quanto à utilização
dos recursos financeiros. Assim, a igreja está comprometida com a
integridade e a liderança transparente, o que estimulará a confiança
em D eus e em Sua igreja. É responsabilidade da liderança da Igre­
ja Adventista do Sétim o Dia prover informações referentes aos m o­
vimentos financeiros da organização, de modo que sejam claras e
compreensíveis. D etalhes concernentes ao indivíduo e suas finanças
devem ser respeitados e mantidos em confidencialidade. Todos os
outros procedimentos e informações financeiras apropriadas das or­
ganizações da igreja, devem ser reportados regular e completamente
aos respectivos grupos organizacionais constituídos.
Reconhecendo que a igreja me confiou uma função de liderança,
aceitando minha participação como modelo para outros membros,
e reconhecendo minha responsabilidade perante Deus e a igreja,
confirmo a Declaração de Compromisso Pessoal Com a Integridade
e Transparência, e conservarei esse documento como lembrete de
meu compromisso pessoal.

Assinatura: ________________________________________________

Organização:

Data: ______
C A P Í T U L O 27

Instalações da Igreja

Falando tecnicamente, um edifício pode ser chamado


de um a estrutura física. Todavia, com a passagem do tempo, o pré­
dio de um a igreja consagrada assum e um significado maior do que
meramente um a construção. O investimento de finanças e esforço
pessoais, as experiências de companheirismo e adoração, as dedi­
cações de crianças, batismos, formaturas, casam entos, funerais e a
experiência espiritual da congregação, tudo contribui para am ar e
respeitar as instalações muito além de sua simples estrutura. Como
o lar físico da congregação, o prédio da igreja deve ser tratado com
cuidado e respeito.

Instalações Existentes
Os diáconos estão encarregados de cuidar do prédio da igreja.
Embora trabalhadores de manutenção e segurança possam ser em ­
pregados para cuidar das instalações, os diáconos devem assum ir a
responsabilidade de supervisionar esse trabalho. Instalações em es­
tado precário não são atraentes aos visitantes e à comunidade próxi­
ma, e causam impacto negativo sobre a percepção externa da igreja.
As pessoas facilmente podem se tornar tão acostum adas à aparência
do edifício, que os cuidados e a manutenção necessários são passa­
dos por alto. Normalmente, as igrejas não são atraentes, não tanto
por causa de serem antigas ou não tão bem construídas, m as em
virtude da manutenção deficiente.
Ordem, limpeza e bom gosto na decoração devem ser cuidado­
sam ente observados. O s diáconos e outros líderes da igreja n ecessi­
tam vistoriar periodicam ente o edifício, como se fossem visitantes
1 5 0 1G u ia Para M in istro s

tendo sua primeira im pressão das instalações. Um a lista de itens a


ser conferidos ajuda na avaliação. O s itens considerados incluem
terreno, placas, acabam ento exterior, hall de entrada, decoração
interior, banheiros, proteção contra incêndios e outros. As in stala­
ções da igreja devem ser seguradas de acordo com a orientação da
A ssociação/M issão.

Instalações Alugadas
Às vezes, congregações adventistas acham necessário alu­
gar prédios. Visto que o uso adventista do edifício da igreja acon­
tece, maiormente no sábado, existe a oportunidade de partilhar o
uso com aqueles que usam basicamente a igreja aos domingos, seja
alugando para esses grupos, ou deles mesmos. Se bem que alugar
instalações de outras igrejas seja uma solução temporária para con­
gregações adventistas em transição, os membros normalmente veem
isso, em longo prazo, como uma providência insatisfatória. Com o
passar do tempo, o desejo e a conveniência de ter sua própria igreja
leva a congregação a adquirir uma propriedade.
Porém, se outro grupo da igreja na comunidade perdeu seu lugar
de adoração, permitir-lhes ou mesmo convidá-los a alugar uma igreja
por certo período de tempo, pode ser a coisa mais cristã a fazer. Em
tais circunstâncias cada parte do contrato de aluguel deve ser clara­
mente registrada num documento legal obrigatório, assinado pelos in­
quilinos e pelo departamental da Associação/M issão designado para
cuidar das propriedades da igreja e com a aprovação da Associação/
Missão. O advogado da Associação/M issão deve ajudar na elaboração
desses documentos. A renda do aluguel pode ser passível de taxação
sob certas circunstâncias. Esteja certo de que a empresa seguradora da
igreja tenha conhecimento desse contrato de aluguel e tem plano de
cobertura. Os locatários devem fazer um seguro para cobertura para a
eventualidade de um acidente enquanto estão alugando a propriedade.
In s t a l a ç õ e s d a Ig r e ja 1151
Aluguel de edifícios em longo prazo para outras igrejas ou orga­
nizações deve ser tratado com cautela. As práticas e reputação de
alguns grupos podem afetar tanto o nível de conforto da congrega­
ção quanto a visão da comunidade. E sses aluguéis podem levar a
mal-entendidos, produzir gastos extras nos edifícios e aumentar os
custos de manutenção e utilidade. As congregações que alugam suas
igrejas a fim de conseguir rendas adicionais ficam frequentemente
desapontadas com os resultados.

Novas Instalações
Por várias razões, de vez em quando as igrejas precisam se mudar
para nova localidade. N essa situação, elas devem consultar a lide­
rança da A ssociação/M issão local. A congregação pode ter cresci­
do de tal modo que seja forçada a procurar instalações maiores, ou
implantar uma nova igreja. Pode estar procurando atender melhor
aos frequentadores, ou talvez tenha perdido a posse da propriedade.
E ssa transição pode ser realizada quer pela construção de novas ins­
talações ou pela aquisição de um a já existente. Qualquer que seja o
caso, os assuntos tratados na decisão são quase os mesmos.
C en tralid ad e e acessibilidade. Um estudo demográfico vai ava­
liar se o terreno está bem localizado entre as pessoas a quem a igrejj
planeja ganhar e servir, focalizando-se mais nas pessoas a serem al­
cançadas do que nos membros atuais. As questões a serem conside­
radas incluem padrões de crescimento, estabilidade da vizinhan^.-..
disponibilidade de transporte público e área de estacionamento. A
correta localização pode tornar as instalações da igreja utilizáveis
nos dias de sem ana como creche ou clínica médica, lugar para sem i­
nários, aconselhamento e outros programas.
Visibilidade. Um edifício atraente e bem visível numa rua movi­
mentada é um a propaganda constante e positiva da igreja e o que ela
representa.
152 I G u ia P a ra M in is tro s

A cessib ilidad e. Conquanto seja importante trabalhar dentro de


um a variedade do que a congregação possa dispor, permitir que os
custos excedam a todas as outras considerações expõe um método
míope de planejamento. Construir uma igreja em um lugar pobre,
porque o terreno foi doado ou adquirido a baixo preço, pode ser,
no final das contas, m ais dispendioso do que erigir a igreja em um
terreno melhor.
T am anh o. Um edifício muito pequeno não deixa lugar para ex­
pansão; instalações muito grandes exigem manutenção dispendiosa.
O s planos de longo prazo da congregação precisam ser levados em
consideração. O potencial para outras instalações no local deve ser
discutido, tais como uma escola, um centro de serviços à comunida­
de e instalações recreativas.
R estrições. Regulamentações de zoneamento, acordos e restri­
ções de construção são coisas que precisam ser cuidadosam ente
pesquisadas e registradas. N a organização adventista, as proprieda­
des da igreja precisam ser mantidas em nome de uma instituição
legal criada pela A ssociação/M issão para esse propósito. A transfe­
rência de propriedade deve ser feita com a ajuda de um advogado ou
outro profissional credenciado, ou entidade reconhecida pela legisla­
ção local e licenciada na jurisdição da propriedade.

Projeto
A traente. O equilíbrio entre atratividade e extravagância no pro­
jeto deve ser cautelosamente mensurado. “Orgulho vão, que é exibido
em vistosos adornos e ornamentos desnecessários, não agrada a Deus.
M as Aquele que criou para o homem um mundo formoso e plantou
um lindo jardim no Éden, com toda variedade de árvores frutíferas e
ornamentais, que decorou a Terra com as mais encantadoras flores de
inúmeras espécies e matizes, deu provas tangíveis de que Ele Se agra­
da com o que é belo” (Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 258).
In s t a l a ç õ e s d a Ig r e ja 11 5 3

F u n c io n alid ad e . Além da funcionalidade para a adoração, d e­


vem ser considerados outros serviços que o edifício pode oferecer.
Am pla provisão deve ser feita para reuniões sociais e necessidades
evangelísticas da igreja, bem como as das crianças e da juventude.
Um bom arquiteto deve ser contratado para evitar futuros d esa­
pontam entos com o projeto de um edifício tido como belo e fu n ­
cional. As n ecessidades dos adoradores com deficiências devem
ser consideradas.
F lexibilidade. O estilo tradicional de bancos fixos e piso incli­
nado torna o uso do templo inviável para qualquer tipo de atividade,
exceto um a palestra ou reunião do tipo de um concerto. Bancos per­
m anentes para corais na galeria também inibem o uso desse espaço
para outros propósitos. Uma audiência pequena num grande salão
abafa o entusiasm o e torna a reunião um fracasso. Q uando o tam a­
nho do salão é compatível com o tamanho da audiência, o espírito
do encontro é grandemente aumentado. O templo ideal tem partes
que podem ser abertas ou fechadas, dependendo do tamanho da au­
diência. Salas menores para grupos menores servem como classes
da Escola Sabatina.
A amplificação de som deve ser flexível. M úsica e pregação ten­
dem a competir uma com a outra em suas necessidades sonoras.
A acústica deve ser boa o suficiente para que a música seja brilhan­
te e as pessoas cantem com entusiasmo, m as atenuada o bastante
para que a pregação não crie eco desagradável. Devem ser tomadas
providências para um sistema atrativo de projeção de vídeos, sem a
necessidade de elevar ou baixar o equipamento de projeção.
Projetado para adoração e com pan heirism o. Até poucos anos
atrás, os templos costumavam ser longos, retangulares e estreitos,
separando assim os adoradores uns dos outros e de seus líderes no
culto. Parte da adoração compreende companheirismo, pessoas
reunidas um as com as outras e com Deus. Idealmente, os templos
1 5 4 1G u ia Para M in istro s

deveriam ser projetados para que os adoradores fiquem bem juntos


uns dos outros e próximos de seus líderes. Normalm ente localizado
no centro da plataforma, o púlpito das igrejas adventistas enfatiza a
centralidade da pregação da Palavra no culto.
C A P Í T U L O 28

Disciplina Eclesiástica

Os pastores e as Congregações são responsáveis pela


disciplina na igreja. Deus os identifica como "atalaias" no livro de
Ezequiel: “A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia so­
bre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da M inha boca e lhe
darás aviso da M inha parte. Se eu disser ao perverso: O perverso,
certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu
caminho, morrerá esse perverso na sua iniquidade, m as o seu san­
gue Eu o demandarei de ti. M as, se falares ao perverso, para o avisar
do seu caminho, para que dele se converta, e ele não se converter do
seu caminho, morrerá ele na sua iniquidade, mas tu livraste a tua
alm a” (Ez 33:7-9).
A disciplina na igreja requer delicado equilíbrio entre a firmeza
de princípios, a concessão do perdão e amorosa bondade. “Precisa­
mos guardar-nos contra a indevida severidade no trato com os que
erram; m as precisamos também ser cuidadosos para não perder de
vista a excessiva malignidade do pecado. H á necessidade de mos­
trar-se paciência e amor semelhantes aos de Cristo pelo que erra.
m as há tam bém o perigo de se mostrar tão grande tolerância pelo
seu erro que ele se considerará não merecedor de reprovação e a re­
jeitará como inoportuna e injusta" (Atos dos Apóstolos, p. 503, 504 .

A Im portância da Disciplina
Em uma sociedade permissiva, a igreja precisa reconhecer que
os padrões não obrigatórios são desprezados. N a disciplina da igreja,
dois extremos são frequentemente praticados: negligência da parte
de alguns e aspereza e severidade por parte de outros. M as nenhum
1 5 6 1G u ia P ara M in istro s

desses dois extremos consiste de uma justificativa para falhar no


exercício da disciplina na igreja. A disciplina é essencial para preser­
var a integridade da igreja.

Propósito da Disciplina
A disciplina deve ser considerada não um ato de punição, m as
uma tentativa de restaurar as pessoas ao discipulado. A disciplina
funciona como salvaguarda da igreja, a fim de preservar a pureza da
doutrina e do comportamento em seus membros.
A disciplin a honra a C risto. “Irmãos, se alguém for surpreendi­
do nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de
brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as
cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de C risto” (G1 6:1, 2).
A disciplin a restau ra pecad ores. O Bom Pastor deu prioridade
a uma ovelha que estava perdida. Ele foi atrás dela não para culpá-la
ou puni-la, m as para levá-la de volta ao aprisco. O ato de disciplinar
deve ser um meio de alguém que está desviado voltar ao rebanho.
A d iscip lin a revela cuidado. O amor precede o castigo. Deus
diz: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e
arrepende-te” (Ap 3:19).

Adm inistrando a Disciplina


O M anual de Igreja trata extensivamente da disciplina, expondo
definições, causas e procedimentos a serem seguidos. Sem repetir
essas informações em detalhes, as seguintes diretrizes proporcio­
nam conselhos na direção do processo de disciplina na igreja.
Siga o M an u al d a Igreja. O M anual, da Igreja representa a
com preensão adventista dos princípios bíblicos de disciplina e sua
sabedoria, desenvolvidos através de experiência e discussão. Igno­
rar o M anual significa ir na contramão da posição oficial da igre­
ja mundial. Use-o tanto como guia e tam bém como proteção para
D is c ip l in a E c l e s iá s t ic a 11 5 7

aqueles que precisam lidar com assuntos disciplinares. A falha em


seguir esses procedimentos pode, em alguns casos, ser passível de
responsabilidade legal.
E nfatize o perdão. As pessoas que são disciplinadas podem ver
esse processo como rejeição e punição, antes que uma tentativa de
restauração. Podem achar difícil crer que Deus as perdoa quando os
membros da igreja aparentemente não o fazem. Assim, qualquer ato
de disciplina precisa ser acompanhado da ênfase no perdão. “Se teu
irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.
Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter conti­
go, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe” (Lc 17:3, 4). “Se seus ir­
mãos erraram, você tem de perdoá-los. Você não deveria dizer, como
alguns o tem feito, que deveriam saber melhor do caso: 'Não acho
que eles sentem suficiente humilhação. Não penso que eles sentem
sua confissão.’ Que direito tem você de julgá-los, como se lhes pudes­
se ler o coração?” (Ellen G. White, Mamiscript Releases, v. 15, p. 184).
D isciplin a bíblica. As palavras de Jesus registradas em M ateus
18:15-17 esboçam o procedimento a ser seguido no trato com o peca­
do na igreja. Primeiramente, dirija-se à pessoa e trate do assunto di­
retamente com ela. Se isso não resolver, faça-se acompanhar de uma
ou duas testemunhas. Se o problema persistir, leve o assunto à igreja.
Se o culpado não ouvir a igreja, considere-o como excluído da igreja.
"Nenhum oficial da igreja deve aconselhar, nenhuma comissão
recomendar e igreja algum a votar a eliminação dos livros do nome
de alguém que haja cometido falta, sem que as instruções de Cristo
a esse respeito sejam fielmente cum pridas” (Testemunhos Para a Igre­
ja , v. 7, p. 262). Sob certas circunstâncias, existe o risco de integri­
dade física; nessas ocasiões, pode ser desaconselhável para a parte
agravada ir sozinha em busca da solução.
D isciplin a no tem po certo. Enfrentar o pecado com prontidão
pode levar ao arrependimento. Todavia, por causa da aversão ao
1 5 8 1G u ia Para M in istro s

confronto, o assunto pode não ser tratado até que m eses ou m es­
mo anos se passem . Então, quando o indivíduo pede transferên­
cia para outra congregação, a igreja nega a carta de recom endação
com base no que aconteceu muito tempo antes. A igreja, indis­
posta a agir quando o pecado se tornou claro, coloca-se a si m es­
ma numa posição negligente e implacável. “Não se deve recorrer
a m edidas drásticas ao se lidar com os que erram; m edidas mais
suaves produzirão muito mais efeito. Depois de todos os m elho­
res meios terem sido tentados sem sucesso, espere pacientemente
e veja se D eus não m udará o coração do errante" (Ellen G. White,
M anuscrift Releases, v. 15, p. 197).
D iscip lin a volu n tária. Se a disciplina parecer inevitável, o
ofensor, tendo oportunidade, poderá escolher retirar-se volunta­
riamente. Sob tais circunstâncias, isso poupa discussão pública
desnecessária sobre o assunto e constrangimento ao indivíduo. A
disposição pessoal do ofensor em retirar-se da igreja pode fazer com
que ele se sinta menos rejeitado do que quando forçado a agir as­
sim. Pode acontecer, entretanto, que seja necessário para a igreja
assum ir uma posição contra uma violação flagrante e conhecida
dos padrões eclesiásticos. Isso deve ser feito de maneira firme, o
mais bondosam ente possível.
D isciplin a im parcial. A disciplina não deve ser baseada sobre
quantos amigos ou que posição o ofensor tem na igreja e na comu­
nidade. Aqueles que estão envolvidos com seu problema ou estejam
intimamente associados com ele não devem participar da decisão do
caso. Somente uma reunião administrativa da igreja está autorizada
a tomar as decisões disciplinares finais.
D efen da a con fidencialidade. Num a reunião administrativa, os
membros têm o direito de fazer perguntas detalhadas. Norm alm en­
te, porém, eles farão com que os detalhes constrangedores perm a­
neçam com o grupo menor, tal como o de anciãos da igreja ou a
D is c ip l in a E c l e s iá s t ic a 11 5 9

comissão. O pastor não deve estar sozinho ao inteirar-se de todos os


detalhes dos assuntos disciplinares. O procedimento no trato de tais
matérias, esboçado em M ateus 18, declara que “pelo depoimento de
duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça” (v. 16). A con­
fissão pública tem seu lugar se a ofensa foi pública, m as a igreja deve
recebê-la no espírito de perdão e aceitação, em vez de punição.
M an ten h a contato. Se bem que o objetivo da disciplina cristã
inclua atrair o membro errante de volta à comunidade congrega-
cional, às vezes um coração rebelde pode rejeitar os mais amáveis
esforços de reconciliação. De vez em quando, membros atenciosos
deveriam empenhar-se em manter contato com os membros afasta­
dos e fazer com que saibam que são lembrados e sua falta sentida.
Isso pode ser especialm ente importante quando a transgressão re­
sultar em aprisionamento.
C A P Í T U L O 29

A Escola da Igreja

A igreja administra um sistema educacional para garan­


tir que seus filhos possam receber uma equilibrada educação física,
mental, espiritual, social e vocacional, em harmonia com os padrões e
ideais denominacionais, tendo Deus como fonte de todos os valores mo­
rais e da verdade. O interesse da igreja inclui a restauração da imagem
de Deus na humanidade, resultando num excelente desenvolvimento
integral da pessoa, tanto para esta vida como para a vida futura. O ver­
dadeiro conhecimento de Deus, o companheirismo e a amizade com o
Senhor no estudo e no serviço, e a semelhança com Ele no desenvolvi­
mento do caráter, são a fonte, os meios e o alvo da educação adventista.
Escolas gerenciadas pela igreja farão seus melhores esforços para
prover aos alunos um a educação dentro da moldura da ciência da
salvação, incluindo a ordem fundam ental dos processos de aprendi­
zado, capacidades vocacionais, educação cívica e maturidade ética.
Eles podem apontar para o alcance dos objetivos de dedicação es­
piritual, autorrealização, ajustamento social, autossuficiência econô­
mica, responsabilidade cívica e m issão e serviço mundiais, mediante
ensino de alta qualidade centralizado em Jesus Cristo.

A Im portância da Educação Cristã


O que a igreja faz com suas crianças é de importância suprema para
Cristo, porque Ele instruiu Seus discípulos: “Deixai os pequeninos,
não os embaraceis de vir a Mim, porque dos tais é o reino dos Céus”
(Mt 19:14). O apóstolo Paulo admoesta os pais: “Criai-os na discipli­
na e na admoestação do Senhor” (Ef 6:4). “No mais alto sentido, a obra
da educação e da redenção são uma” (Educação, p. 30). Em algumas
A E sco la d a Ig r e ja 11 6 1

congregações, o funcionamento da escola da igreja receberá a maior parte


do orçamento da igreja, a fim de prover esse serviço vital às suas crianças.

Prom oção da Educação Cristã na Igreja


Sáb ad o A nual da E d u cação C ristã. Antes do começo do ano
escolar, faça um culto sobre a educação cristã. Convide professores
da escola da igreja a comparecerem perante a congregação para uma
oração de dedicação. O s alunos da escola adventista e seus pais tam ­
bém devem ser incluídos nessa cerimônia de dedicação. Além desse
sábado anual de educação, os estudantes individualmente e grupos
da escola devem ser regularmente apresentados como parte do culto.
Apoio de professores. Pastores e professores são parceiros no mi­
nistério. O s pastores devem se envolver com o programa da escola,
visitando as salas de aula com frequência, ensinando classes bíblicas
e participando dos programas e atividades da escola. As crianças em
idade escolar são de interesse prioritário para o batismo. Trabalhando
com os professores na condução de classes batismais e ênfase espiri­
tual, capitalizarão na primeira idade o compromisso da vida das crian­
ças com Cristo. Os filhos do pastor deveriam frequentar a escola da
igreja, como indicação do apoio à escola por tarte da família pastoral.
C reches. Muitos pais procuram um lugar bem qualificado e con­
fiável para cuidar de seus filhos, enquanto eles vão trabalhar. A igreja
e a escola podem ter instalações utilizáveis para esse propósito. M an­
ter uma creche pode ser um mecanismo para fomentar a frequência à
Escola Sabatina. As amizades resultantes e a boa vontade produzida
provarão ser uma forte influência evangelística também para os pais.
E d u cação religiosa paralela. Em ambientes onde a disponibili­
dade de escolas adventistas não existe, providencie-se um programa
estrutural que reúna as crianças antes e depois da escola, ou nos
finais de sem ana, para receber instrução bíblica e a nutrição espiri­
tual que deveriam ter se houvesse uma escola disponível na igreja.
C A P Í T U L O 30

Batismo

Em Suas derradeiras palavras aos discípulos, Jesus os


instruiu a ir e fazer discípulos de todas as nações, com o batismo ser­
vindo como símbolo de união com o reino de Deus. Esse ritual sagra­
do de iniciação envolve ensino (Mt 28:20), arrependimento (At 2:38),
fé (At 8:12), nova vida em Cristo (Rm 6:4) e companheirismo com
Seu povo (At 2:46, 47). Como tal, esse evento se torna de magna im­
portância tanto na vida do indivíduo como na da igreja, e deve rece­
ber o devido reconhecimento, digno do significado que ele representa.
Dois compromissos são vivenciados no ritual do batismo: o
candidato se entrega a Cristo e à Sua igreja, e a congregação se com­
promete a amar, proteger e envolver o candidato na igreja. Quando
realizado como parte do culto sabático de adoração, deve-se dar ao
batism o a maior importância para que os candidatos compreendam
plenamente o significado do ato. Q uando o batismo é feito como ce­
rimônia separada, um breve sermonete sobre o significado da orde­
nança é proveitoso.

Antes do Batismo
H orário. O batismo requer uma decisão individual. A experiên­
cia de Filipe e o tesoureiro etíope indica o imediatismo da decisão
pelo batismo. “Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar
onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui, água; que impede que
seja eu batizado? Filipe respondeu: E lícito, se crês de todo o cora­
ção. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesu s Cristo é o Filho de
Deus. Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Fili­
pe batizou o eunuco” (At 8:36-38).
B a t is m o 11 6 3

Talvez não muitos batismos ocorram com tal imediatismo, dada


a necessidade de preparações apropriadas, entre as quais um pro­
vimento suficiente de água. Contudo, a longa demora nesse prepa­
ro não é indicada no modelo bíblico. As igrejas não apenas devem
agendar regularmente os batismos, m as também estar preparadas
para realizar um batismo em curto prazo. Um horário regular e o
planejamento dos batismos na igreja não apenas abrem caminho
para aqueles que procuram esse sagrado rito, m as estim ulam a igre­
ja a alcançar pessoas para batizá-las. As igrejas devem planejar pelo
menos um batism o a cada trimestre e as igrejas grandes poderiam
fixar o batismo uma vez por mês ou mais.
L o cal. O batismo consiste de um evento individual e comunitá­
rio. Fam iliares e amigos dos batizandos geralmente desejam celebrar
o evento com eles. Embora muitos batismos ocorram no batistério
da igreja, diante da congregação, alguns preferem ser batizados em
outros lugares, como um rio ou lago. Outros preferem ser batizados
sozinhos; outros, ainda, escolhem fazer parte de um batismo em
m assa de centenas e mesmo milhares de pessoas.
P rep aração d as in stalaçõ es. No preparo para a cerimônia ba­
tismal, o pastor, os diáconos e as diaconisas têm a responsabilidade
de atender às necessidades físicas da ocasião. No batistério, a água
deve ser provida e aquecida com antecedência. Um cuidado especial
precisa ser tomado relativamente aos equipamentos elétricos próxi­
mos à água. Equipam entos de som e de vídeo, luzes e aquecedores
precisam ser checados e instalados de tal modo que não sejam al­
cançados por aqueles que estão no batistério.
Roupões batism ais, toalhas e recintos para troca devem ser pro­
videnciados. Embora as instalações possam ser bastante diferentes
nos batism os ao ar livre, o mesmo nível de cuidado e apoio tem de
ser providenciado tanto quanto possível. Aqueles cujas deficiên­
cias demandem assistência ou mesmo transporte para a água talvez
164 !G u ia Para M in istro s

possam ser imersos sentados numa cadeira. Em situações médicas


extremas, a cerimônia pode acontecer dentro de uma residência ou
hospital, utilizando-se uma banheira.
P rep aração p essoal. O s procedimentos de batismo devem ser
claramente ensaiados com os batizandos. Alguns ficam receosos de
estar perante a congregação. Outros têm medo de ser submersos na
água. A segurança com relação a essas questões é vital e importante
para eles, e saber exatamente o que vai acontecer ajuda a aliviar e s­
sas preocupações.
T raje b atism al. Onde for possível, a igreja deve providenciar
trajes batism ais apropriados, como becas. São sugeridos roupões
escuros, uma vez que os brancos são mais transparentes quando
molhados. Pesos fixos nas bainhas evitam a flutuação do traje no
momento da entrada na água. O s candidatos devem vestir roupas
de baixo ou trajes de banho sob o roupão. Se não houver roupões
disponíveis para o batismo, os candidatos devem levar um conjunto
completo de roupa para vestir na hora do batismo.
A utorização para batizar. O M anual de Igreja estipula: "N a
ausência de um ministro ordenado, o ancião deverá solicitar que o
pastor geral do Cam po local tome as devidas providências para a
realização do batism o dos que desejam unir-se à igreja.” A determi­
nação de quem, além do ministro ordenado, pode ser autorizado a
realizar um batism o é regida pelo M anual da Igreja e o Livro de Re­
gulamentos da Associação Geral.18
R ecebim ento dos novos m em bros. A votação para receber os
candidatos ao batismo como membros da igreja deve ser realizada
antes do batismo. Pode-se pedir aos candidatos que fiquem à fren­
te enquanto se processa a votação, e depois recebê-los e saudá-los
como membros da igreja.

18 Item L 25 15 do Livro de Regulamentos Edesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana.


B a t is m o 11 6 5

Durante o Batismo
A p resen tação do can d id ato . Enquanto o candidato entra no
batistério e o oficiante da cerim ônia o apresenta à congregação,
fam iliares e am igos que foram decisivos em sua vida podem ser
convidados a ficar em pé em honra à ocasião. A lgum as poucas pa­
lavras sobre a experiência do candidato e como ele aceitou a C ris­
to são apropriadas. Q uando vários membros de um a fam ília são
batizados na m esm a cerim ônia, é bom que eles entrem na água
juntos, se as dim ensões do tanque forem adequadas o suficiente
para acomodá-los.
Im ergindo o candidato. O oficiante do batismo precisa reco­
nhecer a importância de segurar bem o candidato que está sendo
imerso, enquanto lhe permite agarrar-se firmemente ao seu braço.
Isso proporciona sensação de segurança particularmente para aque­
les que têm medo de água. Colocar cuidadosamente um lenço sobre
o nariz e a boca do batizando evita o desconforto da penetração da
água nas narinas e boca enquanto ele estiver submergindo. D adas
as naturais propriedades da flutuação, o peso do indivíduo não re­
presenta preocupação nem para imergi-lo nem para trazê-lo de volta
à posição vertical, quando realizadas num movimento lento e sua­
ve. O s indivíduos de estatura elevada podem ser instruídos a dobrar
seus joelhos para ajudar o ato de imersão.
Identifique o compromisso do batizando numa breve declaração
tal como: “Em virtude de sua profissão de fé em Cristo como seu
Salvador e desejo de viver uma nova vida nEle, eu o batizo em nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo.“
Apelo. O encerramento do batismo oferece oportunidade para
um apelo a ser feito àqueles que gostariam de ser incluídos no pró­
ximo batismo e para anunciar a data de sua realização. A cerimônia
batism al é então encerrada com um a oração feita desde o batistério.
1 6 6 1G u ia Para M in istro s

Em Seguida ao Batismo
B oas-vin das. N o final da cerimônia deve ser definido um local
onde todos passam saudar os recém-batizados e recebê-los no com­
panheirismo da igreja.
R efeição de con fratern ização. Quando for possível, a realização
de uma refeição de confraternização em homenagem aos batizandos
oferece oportunidade para uns minutos adicionais de apresentação e
celebração da família.
D esign an do m entores esp iritu ais. O s novos membros precisam
de apoio, amizade e estímulo por parte dos membros mais antigos
da igreja. Particularmente os anciãos devem assum ir essa responsa­
bilidade como mentores espirituais para velar pelos recém-batizados.
M as outras pessoas com o dom de assistência e encorajamento po­
dem também ser incluídas.
CAPÍTULO 31

O Rito da Comunhão

Instituída por Cristo na última ceia com Seus discí­


pulos, a cerimônia de comunhão funciona como oportunidade para
relembrar o sacrifício de Cristo e para edificação da comunidade
eclesiástica. A solenidade da ocasião e o companheirismo que ela
proporciona fazem dela um incentivo para renovação espiritual e
ânimo da congregação. Realizar a cerimônia de comunhão é um dos
m ais sagrados deveres do pastor e do ancião. “Todas as coisas rela­
cionadas com este rito devem sugerir um preparo tão perfeito quan­
to possível" (Evangelismo, p. 277).
As tradições relativas à observação desse sagrado serviço
variam de lugar para lugar e, em bora essas possam não ter n e­
cessariam ente base ou ordem bíblicas, é atitude inteligente e
apropriada conduzir a cerim ônia de tal m aneira que seja confortá­
vel para os participantes.
Frequ ên cia. Habitualmente, as igrejas adventistas realizam a ce­
rimônia de comunhão no culto de adoração, um a vez por trimestre,
normalmente no primeiro ou último sábado do trimestre. Porém, e s­
sas não são datas rigidamente fixadas. A Escritura não determina a
frequência ou tempo para esse serviço; apenas diz: “Porque, todas as
vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte
do Senhor, até que Ele venha” (IC o 11:26).
Além das cerimônias trimestrais, a Santa C eia pode ser realizada
em outras ocasiões, como à noite, à luz de velas, no culto de ano-
novo, ou no encerramento de uma sem ana de oração.
A Santa C eia deve ser incluída no calendário anual da igre­
ja e anunciada com bastante antecedência, permitindo aos líderes
1 6 8 I G u ia P a r a M in istro s

da igreja tempo suficiente para os arranjos quanto aos emblemas e


equipamento necessário à programação.
O fician tes. O s pastores ou anciãos ordenados estão autorizados
a dirigir o serviço da Comunhão, assistidos pelos diáconos e diaco­
nisas no m anuseio e distribuição dos elementos e provisão do m ate­
rial necessário para a ordenança da humildade.
P articipan tes. O s adventistas praticam a comunhão aberta,
convidando à participação aqueles que se entregaram a Cristo. “O
exemplo de Cristo proíbe exclusão da ceia do Senhor. Verdade é que
o pecado aberto exclui o culpado. Isto ensina plenamente o Espíri­
to Santo (IC o 5:11). Além disso, porém, ninguém deve julgar. Deus
não deixou aos homens dizer quem se apresentará nessas ocasiões.
Pois quem pode ler o coração?" (O Desejado de Todas as Nações, p.
656). A consciência individual é o árbitro da participação. Não há
autoridade para a im posição de outras restrições.
De acordo com o apóstolo Paulo, "aquele que comer o pão ou beber
o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Se­
nhor” (ICo 11:27). Essa referência trata particularmente da maneira pela
qual essa comemoração é observada. Embora o companheirismo seja
parte da ocasião, ela é espiritual. E uma oportunidade para os membros
renovarem sua fé em Jesus e seu companheirismo com outros crentes.
Nenhum a idade específica é estabelecida segundo a qual as
crianças devem ser estim uladas a participar. A época de conscien­
tização do significado da cerimônia varia para cada pessoa. A Igreja
Adventista do Sétim o Dia concorda coletivamente que as crianças
estão autorizadas a participar ativamente do serviço da comunhão
quando tiverem feito sua entrega a Jesu s no. batismo. Para informa­
ções adicionais referentes à participação de crianças nos serviços da
comunhão, o M anual da Igreja deve ser consultado.
O serm ão. Por causa dos elementos adicionais da Santa C eia
no culto sabático de adoração, a ordem regular do culto pode ser
0 R ito da C o m u n h ã o 11 6 9

abreviada, inclusive o sermão, a fim de se ajustar ao tempo fixado


para o serviço. Isso é particularmente importante em igrejas que
realizam múltiplos cultos de adoração, requerendo-se a fixação do
tempo de cada um deles. O sermão da Santa C eia é normalmente
proferido antes da participação na ordenança da humildade, e não
deveria exceder a dez minutos. A Santa C eia não é fundam ental­
mente um culto de pregação.
A cerim ôn ia d a h u m ildade (lava-pés). A narrativa do lava-pés,
registrada no Evangelho de João, é parte integrante da Santa Ceia.
Jesu s “levantou-Se da ceia, tirou a vestimenta de cim a e, tom an­
do uma toalha, cingiu-Se com ela. Depois, deitou água na bacia e
passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha
com que estava cingido’ (Jo 13:4, 5). Com pletando essa tarefa, Ele
retornou à m esa e disse: “Ora, se Eu, sendo o Senhor e o M estre,
vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.
Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós
tam bém ” (v. 14, 15).
Devem ser tom adas providências para que homens e mulheres
participem da ordenança em salas separadas se assim for determ i­
nado, ou, conforme declarado no M anual da Igreja, p. 94: “Em lu­
gares onde for socialm ente aceitável e onde o vestuário for tal que
não haja im odéstia, podem-se fazer arranjos separados para que
marido e esposa ou pais e filhos batizados participem juntos da ce­
rimônia do lava-pés." Deve-se cuidar de prestar assistência àqueles
portadores de lim itações para que sua participação não seja im pe­
dida ou dificultada.
O s diáconos e diaconisas são responsáveis por providenciar ba­
cias, água e toalhas para esse serviço. Além disso, devem prover um
lavabo, juntam ente com sabonete e toalhas, para que todos possam
lavar as mãos após a cerimônia. O s participantes retornam ao tem ­
plo logo após o término do rito.
1 7 0 1G u ia Pa ra M in istro s

Se o templo ficou vazio durante o lava-pés, e se os visitantes fo­


ram convidados a permanecer ali, deve ser planejada uma sequên­
cia para manter a reverência. Podem ser tocadas algum as músicas.
Pode ser contada um a história para crianças não batizadas. Designe
alguém para contar histórias que ilustrem as lições da Comunhão.
E ssa cerimônia deve ser uma ocasião em que as crianças se sintam
especialm ente incluídas, embora não participem do rito.

A Santa Ceia
O cântico de hinos relacionados com a Santa Ceia por parte da con­
gregação, ou a execução de outras músicas apropriadas, ajuda a criar
um espírito de silenciosa contemplação, enquanto os líderes se prepa­
ram e tomam seu lugar à M esa da Comunhão, seguidos pelos diáconos
e diaconisas que tomam assento na primeira fila de bancos. Os emble­
mas da Santa Ceia devem ser cobertos antes e depois da cerimônia. O
pastor oficiante ou os anciãos descobrem o pão, seguindo-se a leitura
de um texto apropriado como 1 Coríntios 1:23, 24. A congregação per­
manece sentada em atitude de reverência, e aqueles que estão à frente
ajoelham-se enquanto um ancião pede a bênção de Deus sobre o pão.
Erguendo-se da oração, o pastor e os anciãos simbolicamente
partem o pão, que já foi, em sua maior parte, fragmentado antes da
cerimônia. Com o indicação do cuidado com a higiene, uma bacia
e um recipiente com água e uma toalha devem ser colocados sobre
a m esa para a lavagem das mãos, antes do partir do pão. Então, as
bandejas são entregues aos diáconos, que distribuem o pão à con­
gregação. Quando os diáconos voltarem de servir à congregação, os
anciãos e o pastor servem-se uns aos outros. O oficiante repete uma
frase apropriada como as palavras de Jesu s em 1 Coríntios i 1:24, e
pede à congregação que participe do pão com oração silenciosa.
Em seguida, o líder cobre o pão e descobre os cálices de vinho,
lendo um texto como 1 Coríntios 11:25 e 26. Um ancião profere uma
O R ito da C om unhão 1171

oração de bênção sobre o vinho e o processo de distribuição é repeti­


do. O líder repete uma frase como as palavras de Jesus em 1 Corín-
tios 11:25, e pede à congregação que participe do vinho, com oração
silenciosa. Se houver suportes nos bancos, os cálices usados são co­
locados no lugar pelos participantes. Se não estiverem disponíveis,
os diáconos retornam à congregação para o recolhimento dos cálices,
trazendo-os de volta à m esa da Ceia, onde são novamente cobertos.
A lguns utensílios do serviço da Santa C eia são projetados para
servir tanto o pão como o vinho sim ultaneam ente. Em tais cir­
cun stân cias, a cerim ônia prossegue conform e o que já foi dito
anteriorm ente, com oração de bênção pronunciada sobre am bos
os em blem as antes da distribuição, e os participantes receben­
do-os ao m esm o tempo. Recom enda-se que sejam usados cálices
individuais da Santa C eia, fazendo com que toda a congregação
participe do vinho ao m esm o tempo, como m edida higiênica e
preventiva para a saúde.
No encerramento da cerimônia, é cantado um hino, conforme o
padrão da Santa Ceia feita com os discípulos, durante a qual todos
cantaram um hino e saíram. Frequentemente, é usada uma estrofe
de um hino bem conhecido cantada sem acompanhamento, dando
mais espontaneidade ao cântico. Enquanto a congregação deixa o
recinto, é costum e de muitas igrejas que os diáconos fiquem à porta
e recebam uma oferta destinada aos pobres.

Depois da Santa Ceia


Em blem as da Ceia não utilizados na cerimônia devem ser dis­
postos de maneira respeitosa. N ão há instrução bíblica ou ordem
formal para o processo dessa disposição, mas é costume que o vinho
seja derramado no solo e o pão seja queimado.
Anciãos, diáconos e diaconisas são responsáveis por servir a C o ­
munhão ou Santa C eia para os doentes ou fisicamente incapazes de
172 IG u ia Para M in istro s

estar presentes no templo. O rito do lava-pés pode não ser incluído


nesse serviço se as circunstâncias indicarem não ser próprio.

Preparação do Em blem a
Pão sem fermento e suco de uva não fermentado devem ser usa­
dos na C eia do Senhor. Onde for impossível obter uvas ou suco de
uva, pode ser usado suco feito com passas. Em áreas isoladas onde
nenhum deles se acha prontamente disponível, a A ssociação/M issão
providenciará informações com relação aos substitutos corretos.
R eceita do pão. As congregações podem ter uma receita de pão
para a Santa C eia que seja de sua preferência, m as os ingredientes
são basicam ente os que dispomos abaixo:

1 xícara de farinha (preferivelmente integral)


1/4 de colher (chá) de sal (opcional)
2 colheres (sopa) de água
1/4 de xícara de azeite ou óleo vegetal

Peneire a farinha e o sal juntos. Coloque a água no óleo, mas


não mexa. Acrescente a eles os ingredientes secos e misture com
um garfo até que toda a farinha seja umedecida. Estenda a m as­
sa até atingir uma espessura de 1/8 de polegada ou três milímetros.
Coloque numa bandeja não untada e marque a m assa em quadradi­
nhos pequenos. A sse a 230°C por dez a quinze minutos ou até que a
m assa fique levemente dourada. Preste atenção, durante os últimos
minutos, para evitar a queima do pão. A porção da receita dá para
50 pessoas.
CAPÍTULO 32

Casamento

O casamento é uma das mais alegres celebrações da


igreja e um a deleitosa responsabilidade pastoral. E uma oportuni­
dade de m inistrar numa celebração alegre e espiritual para os ca­
sais, suas fam ílias e amigos. “O vínculo da família é o mais íntimo,
o m ais terno e sagrado de todos na Terra. Foi designado a ser uma
bênção à humanidade. E assim o é sempre que se entre para o ca­
samento inteligentemente, no temor de Deus, e tomando em devida
consideração as suas responsabilidades” (O Lar Adventista, p. 18).

Aconselham ento Pré-Conjugal


Embora diferentes circunstâncias de tempo e distância possam
tornar difícil para o pastor conseguir um horário de aconselhamento
pré-conjugal, esse passo vital na preparação para o casamento não
deve ser negligenciado. O s noivos normalmente planejam e progra­
mam seu casam ento com antecedência suficiente para que o p as­
tor ou algum outro conselheiro qualificado tenha chance de realizar
esse trabalho que é parte do planejamento matrimonial. O D epar­
tamento dos M inistérios da Fam ília da A ssociação G eral dispõe de
material suficiente para aconselhamento pré-conjugal, o qual está
disponível nos S E L S e livrarias adventistas.
“A adoração de D eus, a observância do sábado, a recreação,
a associação, o uso de recursos finan ceiros e a edu cação dos fi­
lhos são com ponentes responsáveis por ditosos relacionam entos
fam iliares. Visto que as divergências n estes asp ecto s frequ en te­
m ente podem conduzir à deterioração d esses relacionam entos,
a desânim o e m esm o a perda com pleta da experiência cristã,
1 7 4 1G u ia Para M in istro s

a preparação adequad a para o casam en to deve incluir o acon ­


selham ento pastoral n essas áreas, an tes do enlace m atrim on ial”
(.M anual da Igreja, p. 183).
Com a prática difundida de contato sexual pré-marital, a Aids
e outras doenças sexualmente transmissíveis estão espalhadas pelo
mundo. A virgindade antes do casam ento e a fidelidade aos vo­
tos matrimoniais após o casam ento são vitais na proteção do casal
contra esses perigos. Se não observaram no futuro cônjuge total
honestidade nem fizeram cuidadoso exame médico, devem ser acon­
selhados a isso antes das núpcias.

Requisitos Legais
Quem oficia um casam ento tem a responsabilidade de estar in­
formado com relação às leis e aos requisitos conjugais na jurisdição
sob a qual o casam ento ocorre, cumprindo os prerreq ui sitos para o
registro e obtenção da licença. Em lugares onde o pastor não tem
autorização para realizar a cerimônia civil, os noivos podem realizar
esse ato e, em seguida, a cerimônia religiosa dirigida pelo pastor.19

Exigências Denom inacionais


O fician tes au torizados. “N esta cerimônia, a exortação, os votos
e a declaração de casam ento são dados unicamente por um pastor
ordenado, exceto nas áreas em que a M esa da Divisão tomou um
voto aprovando que ministros licenciados ou comissionados, escolhi­
dos, que foram ordenados como anciãos locais, realizem a cerimônia
de casam ento” (M anual da Igreja, p. 52, 53).
M a trim ô n io s d e s a c o n se lh a d o s. “É m ais provável que o
casam en to perdure e a vida fam iliar cum pra o plano divino se
o m arido e a esp o sa estão unidos e vin cu lados pelos m esm os

19 No território da Divisão Sul-Americana, os pastores são orientados a realizar a cerimônia de casamento


após os noivos terem consumado o casamento civil, demonstrando isso através da certidão legal.
C a s a m e n t o 11 7 5

valores esp iritu ais e estilos de vida. Por esta s razões, a Igreja
A dventista do Sétim o D ia d esacon selh a energicam ente o c a sa ­
m ento entre um adven tista do sétim o dia e um a p esso a que não
o é, e recom enda com m uita in sistên cia que os p asto res adven-
tistas do sétim o dia não realizem tais c asam en to s” (M anual da
Igreja, p. 183, 184).
“A felicidade e prosperidade da relação matrimonial depende da
unidade dos cônjuges; m as entre o crente e o incrédulo há uma dife­
rença radical de gostos, inclinações e propósitos. Estão a servir dois
senhores, entre os quais não pode haver concórdia. Por mais puros e
corretos que sejam os princípios de um, a influência de um com pa­
nheiro ou companheira incrédula terá uma tendência para afastar de
D eus” (Patriarcas e Profetas, p. 174).
Novo c asam en to não recom endado. O capítulo 15 do M anual
da Igreja trata do assunto do casamento, divórcio e novo casamento,
anotando dez requisitos relacionados à propriedade do novo casa­
mento após um divórcio. Seguindo-se a essa lista, temos a seguinte
declaração: “Nenhum pastor adventista do sétimo dia tem o direito
de oficiar em um a cerimônia de segundas núpcias de pessoa que,
sob a estipulação dos parágrafos precedentes, não tenha o direito bí­
blico de tornar a casar-se.”
C erim ôn ia im própria. O casam ento na igreja é, primeiramente,
um compromisso espiritual e um ato litúrgico. Um a cerimônia nup­
cial na qual interesses seculares obscurecem as questões espirituais
caracteriza-se como cerimônia inadequada para um pastor realizar.

Requerim entos da Igreja


D iretrizes para a cerim ônia de casam ento. A igreja deve reco­
nhecer a prudência e a conveniência de estabelecer diretrizes para
uma cerimônia nupcial no uso de suas instalações. E ssas condutas
devem ser fornecidas àqueles que solicitam o uso da igreja para uma
1 7 6 1G u ia Para M in istro s

cerimônia de casamento. As normas de procedimento podem variar mui­


to em diferentes localidades, mas devem incluir questões como estas:
• Quem pode usar as instalações.
da igreja para um a cerimônia nupcial.
• Quem deve oficiá-la.
• Decoração adequada.
• M úsica apropriada.
• O que constitui padrão para o vestuário apropriado.
• Orientações para os fotógrafos.
• Diretrizes de recepção festiva,
se for realizada na igreja.
• Cobrança de taxas.
• Equipam entos e serviços disponíveis.

P articipan tes. De todas as cerimônias e eventos da igreja, mais


do que qualquer outra função, o casam ento pode envolver mais p es­
soas que não sejam membros da igreja. Amigos e membros da fam í­
lia podem ser convidados a participar da cerimônia como parte da
festa nupcial ou em apresentações musicais. D esde que essa partici­
pação atenda aos padrões da igreja, não há restrições para ela.

Planejando o Casam ento


Sim plicidade. Embora o ministro não deva procurar controlar os
detalhes e o planejamento da cerimônia de casamento, a simplicidade
e a economia devem ser incentivadas. “Seja todo passo em direção ao
casamento caracterizado pela modéstia, simplicidade, e sincero propó­
sito de agradar e honrar a Deus" (A Ciência do Bom Viver, p. 359).
P lanejam ento an tecipado. Logo no início do planejamento,
o pastor deve discutir com a noiva e o noivo os planos específicos
para a cerimônia nupcial, assistindo-os numa bem planejada ordem
do programa. Alguns casais já possuem planos detalhados para a
C a s a m e n t o 11 7 7

cerimônia; outros não têm ideia do que está envolvido. O pastor deve
evitar o papel de coordenador do casamento, embora a sequência da
cerimônia possa ser um passo de muito significado a ser influenciado
pelo pastor, provendo aconselhamento com respeito a assuntos como
a colocação dos familiares no auditório, a posição dos participantes
na plataforma e outros detalhes afins.
Ensaio. A maioria dos participantes de uma cerimônia matrimo­
nial não está acostumada a aparecer perante um auditório e pode se
sentir insegura e nervosa na ocasião. Muitos deles podem também
não ser conhecidos uns dos outros. O ensaio pode reduzir grandemen­
te essas tensões e promover a segurança da celebração do casamento.
A cooperação com o coordenador do casamento, reunidos os partici­
pantes para a organização do processo, cria senso de companheirismo e
dá orientação espiritual para que os procedimentos se tornem valiosos.
Depois das palavras encorajadoras de abertura, uma leitura bíbli­
ca e oração, a abordagem mais fácil pode ser colocar todos os parti­
cipantes nos devidos lugares em que estarão durante a cerimônia, ao
mesmo tempo em que cada parte do serviço é explicada. Depois des­
sa explanação, eles devem dirigir-se aos seus lugares, dos quais sairão
para a cerimônia e, então, fazer a entrada em suas devidas posições.
O pastor deve uma vez mais repassar a sequência da cerimônia e, então,
o casal deve sair como se estivessem no encerramento da cerimônia.

Ordem do Serviço
Os adventistas não prescrevem nenhuma liturgia nupcial. Os cos­
tumes referentes às cerimônias de casamento variam largamente de
acordo com as tradições culturais. Em ambientes nos quais os costu­
mes matrimoniais diferem daquele sugerido mais adiante, as Divisões
ou Uniões podem sugerir adaptações que produzam mais apropriada
ordem na cerimônia. Casamentos realizados nas casas são muito mais
simples do que as cerimônias realizadas em igrejas, que, por isso, são
1 7 8 1G u ia Para M in istro s

planejadas de acordo com o gosto e as circunstâncias das partes en­


volvidas. Casam entos em domicílio normalmente incluem convites
pessoais, enquanto a audiência de um casamento realizado em igreja
está aberta a todos.
A seguinte ordem sugestiva talvez não seja usada integralmente
ou na exata ordem definida, m as pode ser adaptada para uso, quan­
do necessário e apropriado:

Prelúdio m u sical
Livro de a ssin a tu ra s dos convidados: O livro de convidados é
geralmente assinado pelos convidados no hall. Quando houver
grande número de convidados, as páginas podem ser separa­
das e assinadas em diferentes locais, reduzindo assim o atraso
para os que entram na igreja.
Lugar dos convidados: Os coordenadores geralmente colocam os
amigos e a família da noiva sentados no lado esquerdo; e os amigos
e familiares do noivo, à direita. Um assento especial pode ser re­
servado à frente dos bancos para os pais e avós da noiva e do noivo.
E n trad a dos p ais: A entrada dos pais da noiva e do noivo assina­
la o início da cerimônia.
M ú sica esp ecial
E n trad a do p asto r e do noivo: Norm alm ente, o pastor entra
de um a sala do lado direito, posicionando-se no centro da
plataform a de frente para o auditório. Em seguida, entra o
noivo e perm anece em pé, ao lado esquerdo do pastor, com
os padrinhos ocupando seus lugares à esquerda do noivo.
O pastor deve assum ir a responsabilidade de dirigir calm a­
mente as núpcias nas várias partes da cerimônia.
E n trad a dos acom p an h an tes d a noiva: As dam as de honra, o
menino com a Bíblia e a menina com as flores (se estiverem
incluídos) entram pelo corredor central da igreja.
C a s a m en t o 11 7 9

E n trad a d a noiva: A noiva entra conduzida pelo braço direito


do pai ou tutor. Em bora não seja obrigatório a audiência fi­
car de pé nesse momento, se a m ãe da noiva assim o fizer,
todos devem acompanhá-la.
O noivo recebe a noiva: O noivo cam inha até o corredor para
encontrar-se com a noiva, onde ela e seu pai estão ao lado do
banco da família.
A presen tação da noiva: veja abaixo nesta página.
M ú sica esp ecial
A noiva e o noivo se dirigem à plataform a: Enquanto o pro-
cessional continua, a noiva e o noivo rum am para a plata­
forma, colocando-se no centro e de frente um para o outro,
diante do pastor.
Serm ão: veja a página 180.
Votos: veja a página 181.
D eclaração de casam en to: O s costum es e procedimentos legais
variam com relação à declaração de casam ento como uma
afirm ação espiritual ou legal, ou uma combinação de ambas.
O ração: Tendo comprometido seu amor e fidelidade um ao ou­
tro, o casal se ajoelha enquanto o pastor ora pedindo a ajuda
e o poder de Deus para habilitá-los a manter seu juramento e
encher seu coração e lar com o amor divino, alegria e paz.
M ú sica esp ecial: Enquanto a noiva e o noivo perm anecem ajoe­
lhados, peças musicais como o “Pai N osso” e “O ração de C a ­
sam ento” são particularmente apropriadas.
A braço de m atrim ônio
A presen tação do casal: Apresentar a noiva e o noivo agora pela
primeira vez como marido e mulher. Convidar os presentes
para a recepção, se a noiva assim pedir.
R e c e ssio n al: A noiva e o noivo saem pelo corredor central
assim que a música de encerramento começa a ser tocada.
1 8 0 1G u ia Para M in istro s

O s acom panhantes os seguem na ordem inversa de sua entra­


da, com o pastor saindo por último.
S a íd a dos pais: O s pais da noiva e do noivo saem na ordem in­
versa de sua entrada.
S a íd a d a au d iê n c ia: A saída da audiência é feita segundo a
ordem dos bancos.

Entrega da Noiva
Alguns casais ou suas famílias podem preferir omitir essa tradi­
ção, entendendo-a um a humilhação da mulher como sendo posses­
são de seu pai ou marido. Para aqueles que desejam preservar esse
ponto tradicional, o oficiante pergunta: “Quem oferece esta mulher
para casar-se com este homem?" A resposta pode ser dada pelo pai,
dizendo: “Eu”. Ou pelos pais em uníssono: “N ós”.

Sermão
O sermão de casam ento deve durar não mais do que cinco ou
dez minutos e centralizar-se no plano de Deus para o casam ento e
a unidade da família, o amor de um para com o outro no casam ento
e a imagem do amor de Cristo pela igreja como modelo desse amor.
Embora possa ser válido partilhar alguma informação pessoal, deve-
se lembrar que essa é uma cerimônia sagrada que não admite com ­
portamento jocoso e secular. Algumas passagens úteis da Escritura
sobre o tema do amor e casam ento são:
G ênesis 1:26-28 Criado à imagem de Deus.
G ênesis 2:18-24 O primeiro casamento.
Cantares de Salom ão 2 Um a canção de amor.
Cantares de Solomão 8:6, 7 M uitas águas não podem
extinguir o amor.
M arcos 10:6-9 Eles não são mais dois,
m as um a só carne.
C a s a m e n t o 11 8 1

João 2:1-10 As bodas de Caná.


João 15:9-12 Am ar um ao outro para que sua
alegria seja completa.
1 Coríntios 13 O amor nunca falha.
Efésios 5:22-28 O dever de maridos e esposas.
Hebreus 13:4 Digno de honra seja o matrimônio.

Votos
A noiva e o noivo dão-se as mãos para a troca de votos. Eles po­
dem formalmente unir a mão direita ou, de maneira mais íntima,
juntar am bas as mãos.
Votos tradicion ais. No voto tradicional, o ministro se dirige ao
noivo: “Diante de Deus e na presença destas testemunhas, você
[nome do noivo] aceita esta mulher [nome da noiva], para ser sua
legítima esposa, para viverem juntos segundo a ordem divina no sa­
grado estado do matrimônio? Promete amá-la, confortá-la, honrá-la,
cuidar dela na doença e na saúde, na prosperidade e na adversidade
e, recusando todas as outras, conservar-se apenas para ela enquanto
am bos viverem? Você promete?”
O noivo responde: “Sim.”
Então o pastor se dirige à noiva: "Diante de Deus e na presença
destas testem unhas, você [nome da noiva] aceita este homem [nome
do noivo], para ser seu legítimo esposo, para viverem juntos segundo
a ordem divina no sagrado estado do matrimônio? Promete amá-lo,
confortá-lo, honrá-lo, cuidar dele na doença e na saúde, na prospe­
ridade e na adversidade e, recusando todos os outros, conservar-se
apenas para ele enquanto ambos viverem? Você promete?"
A noiva responde: “Sim."
O ministro põe uma das mãos sobre as mãos unidas dos noivos,
dizendo: “Visto que [nome do noivo e nome da noiva] consentiram
em se unir pelos sagrados laços do matrimônio e dão testemunho
1 8 2 1G uia Para M in istro s

disso diante de D eus e de todos os que aqui se acham presentes,


comprometendo-se a ser fiéis um ao outro, e o confirmaram unindo-
se as mãos, eu, como ministro do evangelho e pela autoridade da lei
de [nome da jurisdição legal], os declaro marido e mulher. O que
D eus uniu não o separe o homem."
Voto responsivo. Se for desejável, os m esmos votos podem ser
usados em formato responsivo, com interrupções por parte da noiva
e do noivo para repetição das m esm as frases logo após o pastor, con­
forme indicado na seguinte apresentação:
“Eu, [nome do noivo ou da noiva], diante de D eus e na presença
destas testemunhas... tomo você [nome da noiva ou do noivo], como
meu legítimo(a) esposo(a)... para vivermos juntos segundo a ordem
divina... no sagrado estado do matrimônio. Prometo amá-lo(a)... hon­
rá-lo^)... e cuidar de você, na doença e na saúde... na prosperidade
ou na adversidade... e, recusando todas(os) os(as) outras(os), conser­
var-me para você... enquanto am bos vivermos.”
Votos pron u nciados pelo casal. Alguns casais gostam de pre­
parar seus próprios votos e repeti-los de memória. É bom que eles
escrevam com antecedência esses votos e deem uma cópia ao pastor.
Isso tem dois propósitos: proporcionar oportunidade para sugestões
sobre o texto e alertá-los caso tenham se esquecido de algum deta­
lhe. O s votos assim feitos devem incluir que o compromisso é total e
permanente, invocando a ajuda e a bênção de Deus para cumpri-los.
O s votos tradicionais devem servir de guia no preparo dos votos pro­
nunciados pelo casal.

Declaração de Casam ento


“Pelo poder a mim concedido como ministro do evangelho de Je ­
sus Cristo, e pela [jurisdição legal], declaro que [noivo e noiva] são
marido e mulher, segundo a ordem de D eus e de acordo com as leis
de [jurisdição legal]. ‘O que D eus uniu não o separe o homem. "
C a s a m e n t o 11 8 3

Assinatura da Certidão de Casam ento20


Em certas jurisdições nas quais a assinatura da certidão de casa­
mento é requerida após a cerimônia, isso pode ser feito na recepção.
N a maioria dos casos, a noiva e o noivo assinam , juntam ente com
as testem unhas e o oficiante. As testemunhas escolhidas geralmente
incluem a primeira dam a de honra e o padrinho principal. Em tais
situações, o ministro está investido da responsabilidade legal do re­
gistro da licença de casamento, dentro de certas limitações de tem ­
po. Geralmente, o casal recebe uma cópia; outra deve ser enviada à
jurisdição competente e, em alguns casos, fica outra cópia para os
registros do oficiante.

Taxas e Despesas
As igrejas devem estabelecer claramente a diretriz para o uso das
instalações do templo nessas ocasiões. Geralmente, os membros da
congregação estão isentos da cobrança de taxas pelo uso da igreja no
casam ento. M as, de outros que tenham interesse de usá-la, pode-se
cobrar um a taxa para cobrir as despesas da igreja pelo uso do edifí­
cio e aquelas exigíveis para o trabalho tanto do preparo antecedente
à cerimônia, como pela limpeza depois dela.
Em bora os pastores adventistas não cobrem nenhuma taxa pela
realização da cerim ônia de casam ento, quando viagens se lhes tor­
nam necessárias, é justo aceitar reem bolso pelas despesas. O casal
tam bém pode querer dar um presente ao pastor por seus serviços
e se sentirão insultados se for recusado esse sinal de gratidão. O
discernim ento pessoal deve ser cautelosam ente utilizado para ava­
liar essa questão.

20 A Divisão Sul-Americana recomenda enfaticamente que seus pastores realizem a cerimônia religiosa
apenas depois de todos os trâmites legais, solicitando dos noivos a apresentação antecipada da certi­
dão civil antes da cerimônia religiosa.
CAPITULO 33

Dedicação de Crianças

A dedicação de crianças a Deus é uma prática estabe­


lecida na Escritura e na história da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
É realizada por pastores ou anciãos ordenados.
Diferentemente das igrejas que praticam o batismo infantil, a
dedicação de crianças segue o exemplo bíblico de M aria e José de­
dicando o menino Jesu s no Templo (ver Lc 2:22). Ellen G. White es­
creveu: “O sacerdote fez a cerimônia de seu serviço oficial. Tomou a
criança nos braços, e ergueu-a perante o altar. Depois de a devolver
à mãe, inscreveu o nome Jesu s’ na lista dos primogênitos” (O Dese­
jado de Todas as Nações, p. 52).
N um a ocasião em que abençoou crianças, Jesu s deu exemplo
dessa prática ao dizer: "Deixai vir a Mim os pequeninos, não os
embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus" (Mc 10:14). “En­
tão, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava"
(Mc 10:16). “Tomem os ministros do evangelho as crianças nos bra­
ços, e abençoem-nas em nome de Jesus. Sejam dirigidas palavras do
mais terno amor aos pequeninos; pois Jesus tomou os cordeiros do
rebanho nos braços, e os abençoou" (.Evangelismo, p. 349, 350).
E ssa cerimônia enfatiza a gratidão a Deus pelo milagre do n as­
cimento, compromete os pais em criar a criança no amor de Cristo,
compromete a congregação a prover apoio aos pais nesse mister, e
dedica a criança ao serviço de Deus.

Planejando a D edicação da Criança


Ao planejar a cerimônia, é importante considerar o seguinte:
Lugar. Em algum as culturas, essa dedicação pode acontecer em
D e d ic a ç a o de C r ia n ç a s 11 8 5

casa ou outros ambientes. Todavia, na maior parte das circunstân­


cias, o ideal seria fazer a dedicação da criança como parte do culto
sabático. Uma vez que o compromisso da congregação significa um
dos propósitos da dedicação, ela deve ser realizada quando a maior
representação possível da irmandade esteja presente.
P rogram ação. A cerimônia de dedicação de crianças pode ser
programada e anunciada com boa antecedência, possibilitando bas­
tante tempo para os pais planejarem a ocasião. Com muita frequên­
cia, todavia, o serviço é programado segundo a data preferida pela
família envolvida na dedicação. Pela natureza do evento, a família
e os amigos que não são membros da congregação provavelmente
serão convidados. A esses devem ser expressados reconhecimento
e saudações especiais. Às vezes, alguns que não são membros da
igreja podem ser atraídos a solicitar tal cerimônia de dedicação para
seus filhos. Por causa dessa solicitação, e talvez durante a cerimônia,
eles podem ser levados a um companheirismo com a congregação.
A Escritura declara: “Um pequenino os guiará" (Is 11:6).
C ertificad o de dedicação. Para comemorar a ocasião, o certifi­
cado de dedicação da criança deve ser preparado com antecedência
e apresentado aos pais por ocasião da cerimônia. E sses certificados
estão disponíveis na Associação M inisterial do Cam po ou nos SE L S .
Idade. As crianças podem ser dedicadas tão cedo quanto dese­
jem os pais. C rianças além da idade de um ou dois anos raramente
participam do serviço de dedicação; todavia, não há limite de idade
fixado a esse respeito.

Celebrando a Dedicação de uma Criança


Abaixo estão as partes sugeridas da cerimônia de dedicação de
crianças:
C onvite. O s pais são convidados a estar diante da congregação
com a criança a ser dedicada. Em alguns casos, outros membros e
1 8 6 1G u ia Para M in istro s

amigos da família podem acompanhá-los, dependendo do espaço


disponível e do número de crianças dedicadas. Enquanto as fam í­
lias vêm à frente, um hino apropriado pode ser cantado pela congre­
gação. É preciso lembrar que o tempo desse evento deve ser curto,
reconhecendo-se o potencial para ansiedade e choro das crianças.
Serm onete. Algum as poucas palavras devem enfatizar o con­
certo dos pais e o compromisso da congregação, empenhando-se
em educar a criança “na disciplina e na adm oestação do Senhor”
(E f 6:4). Sugestões escriturísticas que podem ser utilizadas:

Deuteronômio 6:4-7 “Tu as inculcarás a teus filhos.”


Salm o 127:3-5, ARC “O s filhos são herança do Senhor.”
Provérbios 22:6 “Ensina a criança no caminho em
que deve andar.
Isaías 8:18 “Eis-me aqui, e os filhos que o S e ­
nhor me deu.”
M ateus 18:2-6, 10 “Vede, não desprezeis a qualquer des­
tes pequeninos."
M ateus 19:13-15 “Trouxeram-lhe, então, algumas crian­
ças, para que lhes impusesse as mãos
e orasse."
M arcos 10:13-16 “Deixai vir a M im os pequeninos,
não os embaraceis.”
Lucas 2:22-38 “Levaram-nO [Jesus] a Jerusalém."
L ucas 18:15-17 “Traziam-Lhe também as crianças,
para que as tocasse.”

No fim das breves considerações, um a declaração de compromis­


so tal como a que se segue pode ser usada:
“Ao trazer esta criança para dedicação, vocês estão aceitando
uma sagrada responsabilidade. Por este ato simbólico, vocês buscam
D e d ic a ç ã o de C r ia n ç a s 11 8 7

expressar sua crença de que esta criança não pertence somente a


vocês, m as tam bém a Deus. A congregação une-se a vocês nesta de­
dicação e se compromete a assisti-los em seu trabalho visando ao dia
em que este ato de dedicação será seguido pelo batismo e a plena
entrada desta criança na família dos membros da igreja.”
“Vocês, portanto, devem prometer fazer tudo ao seu alcance
para que esta criança cresça na doutrina e adm oestação do Senhor.
Vocês se comprometem com Deus?"
O ração. Durante a oração de dedicação, se for só uma criança a
ser dedicada, o pastor pode desejar segurá-la nos braços. M as, para
algum as crianças que têm medo de estranhos, é melhor que os pais
a segurem enquanto o pastor põe a mão sobre a cabeça da criança,
dedicando-a. Quando houver várias crianças para dedicação, o p as­
tor e os anciãos que auxiliam na cerimônia podem colocar as mãos
da m esm a forma sobre as crianças. Uma atmosfera individualizada,
relacional, deve prevalecer durante a dedicação. A menção do nome
da criança na oração acrescenta um toque pessoal que os pais reco­
nhecem como importante.
C ertific ad o s de d ed icação . O s certificados de dedicação são
dados aos pais após a oração, bem como as expressões de amor e
apoio dos anciãos para as crianças e suas fam ílias. O s líderes das
divisões infantis da Escola Sabatina podem tam bém ser envolvidos
nessa expressão.
C A P Í T U L O 34

Unção e Libertação

N a Escritura, O ato de ungir com óleo e outras substân­


cias está ligado a muitas funções diferentes, como coroação de reis,
ordenação de sacerdotes e profetas, aplicação de óleos aromáticos e
perfumes relacionados com banho e limpeza, administração, acom­
panhada de fricção, de óleos medicinais no corpo, massagem e o
embalsamamento dos mortos. Tanto a higiene pessoal como o embal-
samamento são praticados na sociedade atual sem significado religioso,
e, embora a ordenação ainda seja praticada nas comunidades religio­
sas, ela é geralmente realizada sem uso de substâncias unguentárias.
N a esfera da oração pelos doentes, a unção é presentemente
praticada na igreja, m as, às vezes, seu significado original tem sido
distorcido ou perdido no uso corrente. Ela era praticada na igreja
primitiva, junto com a oração, e tornou-se reconfortante prática m é­
dica, bem como símbolo da bênção do poder curador do Espírito
Santo. Tiago instrui o doente a cham ar “os presbíteros da igreja, e
estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do S e ­
nhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e,
se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados" (Tg 5:14, 15).
A unção não se aplica apenas a doenças, mas também ao perdão.
E tempo de séria reflexão e compromisso com a vontade de Deus, e é
em resposta à oração de fé que Seu poder restaurador e graça são con­
feridos. A unção não está reservada como o último rito para os mori­
bundos, nem há poder místico no óleo em si. Tanto Tiago como a igreja
primitiva estavam cientes de que eles se estavam colocando nas mãos
de Deus através da fé, confiando que Sua vontade seria feita na vida
deles. E nesse sentido que a igreja continua a praticar esse sagrado rito.
U nção e L ib e r t a ç ã o 11 8 9

O s antigos líderes adventistas frequentemente se envolviam na


prática da unção. Ellen White e sua família foram ungidas muitas
vezes por causa de diversas enfermidades. E ssa era a regra e não
um a exceção. A unção é um ato de fé para curar os vivos. Ela reco­
nhece os graves problemas de saúde e os enfrenta através da con­
fiança em Deus.

Preparando-se Para a Cerimônia


U n ção so lic ita d a . O doente é instruído a cham ar “os anciãos
da igreja". C onquanto a prática seja de que o próprio indivíduo
enferm o solicite a unção, pode ser que a doença im peça a pessoa
de fazer um pedido. Em tais casos é aceitável que a fam ília ou
os am igos façam a solicitação. G eralm ente esse pedido vem dos
membros da congregação, m as, dependendo da ocasião, outros
tam bém podem fazê-lo. N ão cabe ao pastor julgar o mérito do in ­
divíduo e da solicitação, m as fazer como a E scritu ra estabelece
em orar pelos doentes. O ato da unção é um evento intensam en­
te pessoal, dirigido às n ecessidades esp ecíficas e pedidos de um a
pessoa. Ele não se destina a atrair grandes auditórios. E ssa é uma
distorção da verdade.
C elebração. O pastor normalmente a conduz, assistido pela pre­
sença e orações dos anciãos. O s anciãos da igreja podem oficiar a
cerimônia da unção na ausência do ministro, m as só devem fazer
isso com a aprovação do pastor, sempre que possível. Aqueles que
oficiam precisam ter um sério compromisso com Cristo, crendo fir­
memente na cura divina e o coração preparado para a ocasião.
L ocal. O ritual da unção pode ser feito na igreja, em casa, no
hospital, enferm arias ou onde surgir a necessidade. Se for adm i­
nistrado num hospital, deve-se ter cuidado para não interferir -
trabalho da equipe médica. A extensão e a fo r m ^ ic -je j >.er _
dependem do lugar onde é realizado e da condição c : r e c e b a r
1 9 0 1G u ia Para M in istro s

P artic ip an te s. Além do pastor e dos anciãos, o recebedor da


unção pode querer convidar am igos e m em bros da fam ília. G eral­
mente, os presentes devem ser de confissão cristã, todavia, os que
não o são, m as desejam estar presentes, não devem ser solicitados
a retirar-se.
O recebedor. Pode ser que alguém que esteja sendo ungido não
deseje revelar detalhes de sua enfermidade. E ssa reticência deve
ser respeitada. O enfermo precisa ser encorajado a fazer um autoe-
xame, antes da unção, sendo-lhe garantidos o amor, a graça e o per­
dão de Deus. No preparo para o ritual, será útil sugerir a leitura do
capítulo “O ração Pelos Doentes", do livro A Ciência do Bom Viver
(p. 225). Sem pre é bom ter cuidado com o que é dito sobre a enfer­
midade na presença do doente, m esmo quando se im agina que está
inconsciente e não pode ouvir a conversa. Embora não haja indícios
de reconhecimento, ele pode ser capaz de compreender o que está
sendo dito no quarto.

Ordem do Serviço
O bservações prelim in ares. O oficiante deve começar com uma
explicação do propósito da unção e como ela acontece. O enfermo
pode desejar comentar o seu pedido de unção e testificar de sua fé
em Deus. A leitura da Escritura deve confirmar:

• Que Deus pode curar e o faz.


• Confissão e perdão dos pecados.
• Que Deus pode escolher curar através daqueles a quem Ele
concedeu dons de cura.
• Q ue a oração pela cura é sempre respondida afirmativamente
àqueles que creem, quer imediatamente, quer com o tempo, ou
na restauração de todas as coisas na segunda vinda de Cristo;
m as sempre é positiva.
U nção e L ib e r t a ç ã o 11 9 1

L eitu ra da Bíblia. Antes do ato da unção, devem ser lidos textos


selecionados, tais como:

Tiago 5:14-16 “Façam oração sobre ele, ungindo-o com


óleo."
Salm o 103:1-5 “Sara todas as tuas enferm idades.”
Salm o 107:19, 20 “Então, na sua angústia, clamaram ao Se­
nhor, e Ele os livrou das suas tribulações.”
M arcos 16:15-20 “Se impuserem as mãos sobre enfermos,
eles ficarão curados.”

A oração de unção. Embora ajoelhar-se em oração seja apropriado e


preferível em muitas situações, pode ser que fazê-lo ao redor de um leito
hospitalar seja impraticável. Se o enfermo desejar orar, que lhe seja per­
mitido fazê-lo primeiro, seguido por outros do grupo que solicitem a opor­
tunidade de orar. O pastor ou ancião deve orar por último e, na conclusão
da oração, colocar o óleo sobre a testa do enfermo, simbolizando o toque
do Espírito Santo de um modo específico e especial. Geralmente, costu­
ma-se usar óleo de oliva para esse propósito. Todavia, isso não é obrigató­
rio. O óleo deve ser aplicado na fronte e não na parte afetada do corpo.

Ministério de Libertação
O serviço da unção, conforme descrito na epístola de Tiago, re-
fere-se primariamente a enfermidades físicas e perdão. M as há tam ­
bém um ministério na Escritura direcionado à questão de possessão
demoníaca. "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e
sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste
mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes" (E f 6:12). Embora essa luta não se m anifeste igual em to­
dos os lugares, há ocasiões durante as quais os poderes demoníacos
se tornam claramente evidentes.
192 I G u ia P a ra M in is tro s

A suposição de que alguém saiba como esse poder surgirá e a meto­


dologia certa para lidar com ele ignora a variedade de meios pelos quais
ele se manifesta e como foi enfrentado no ministério de Cristo e na igre­
ja primitiva. No início de Seu ministério na sinagoga de Cafarnaum,
Jesus enfrentou um homem possuído por um demônio que O reconhe­
ceu como “o Santo de Deus” (Mc 1:24). Com uma simples declaração,
mandou que o demônio se calasse e se retirasse (verso 25). O homem foi
curado. Posteriormente, naquela mesma noite “trouxeram a Jesus todos
os enfermos e endemoninhados. E Ele curou muitos doentes de toda sor­
te de enfermidades; também expeliu muitos demônios” (versos 32, 34).
O endemoninhado de G adara estava possuído, como ele mesmo
declarou, por uma “legião de demônios (Mc 5:1-20), e Lucas relata
a expulsão de um demônio que era mudo (Lc 11:14). Em todos os
casos, o padrão é repetido. Jesu s simplesmente ordena que saiam e
eles obedecem à Sua palavra. Com esse poder, os discípulos conti­
nuaram o m esmo ministério. “Tendo Jesu s convocado os doze, deu-
lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem
curas” (Lc 9:1). “Com o os doze apóstolos, os setenta discípulos a
quem Cristo enviou mais tarde receberam dons sobrenaturais como
selo de sua missão. Quando sua obra estava concluída, voltaram
com alegria, dizendo: ‘Senhor, pelo Teu nome, até os demônios se
nos sujeitam ’ (Lc 10:17)” (A Ciência do Bom Viver, p. 94).
N o nome de Jesu s esse ministério continuou na igreja primitiva.
Novos crentes traziam "doentes e atormentados de espíritos imun­
dos, e todos eram curados” (At 5:16). Em resposta à pregação de Fi­
lipe, “espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta
voz" (At 8:7). Em suas m anifestações modernas, a possessão dem o­
níaca precisa ainda ser tratada com a mesm a ordem direta: sair em
nome de Jesus. Para um a discussão mais ampla da possessão dem o­
níaca, ver nota adicional sobre o capítulo um do Evangelho de M ar­
cos, no Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 5, p. 575.
CAPÍTULO 35

Funerais

Totalmente Contrária à natureza de Deus como Criador e


Doador da vida, a morte é comparada ao último inimigo de tudo o que é
bom, uma intrusão produzida pelo pecado na perfeição do Éden, que pas­
sou a toda a humanidade. Assim, a morte reina como invasora extempo­
rânea que interrompe todas as alegrias e planos da vida, exigindo atenção
imediata. Todavia, mesmo essa dificílima e indesejada responsabilidade do
ministro proporciona oportunidade de honrar a memória de um ser ama­
do e confortar os enlutados em sua perda, apontando-lhes o dia da feliz
reunião quando “o último inimigo a ser destruído é a morte" (lCo 15:26).

Tradição e Cultura
O ministério pelos enlutados exige respeito às tradições e cultura
no trato com a morte, mas sempre no contexto dos princípios cristãos
e da compreensão bíblica sobre o assunto. Ao lidar com funerais, as
igrejas tendem a estabelecer costumes e procedimentos que também
precisam ser respeitados e observados. Alguns entregam alimentos na
casa da família enlutada, enquanto outros providenciam a refeição na
igreja após o funeral. Outros, ainda, preferem o serviço fúnebre em
salões de instituições funerárias locais. Alguns expõem o falecido no
caixão, enquanto as pessoas chegam para o serviço fúnebre, outros o
fazem um pouco antes das pessoas saírem e outros não seguem nenhu­
ma dessas opções. O pastor deve reconhecer a importância de conhe­
cer as tradições da congregação com relação às cerimônias de funerais.
Por causa da grande variedade de culturas e congregações, ape­
nas são dadas aqui diretrizes básicas que podem exigir considerável
adaptação às situações locais.
1 9 4 1G u ia Para M in istro s

Antes da Cerim ônia


V isitando a fam ília. A visitação imediata em apoio à família se
torna um a oportunidade para proferir palavras de conforto e enco­
rajamento, leitura da Bíblia e oração, não para discurso teológico.
O s enlutados podem se lembrar muito pouco do que o pastor disse
durante o choque inicial da perda, mas se lembrarão do carinho de­
monstrado pelo apoio da presença.
O ferecen do a aju da da igreja. Sugestões específicas devem ser
dadas sobre como a igreja pode ajudar, como prestar assistência na
notificação aos parentes e amigos, atendendo ao telefone ou à porta,
cuidando das crianças, da alimentação ou preparando a casa para
receber os visitantes.
O ferecen do assistên c ia pastoral. Poucos têm tido a responsa­
bilidade de planejar um serviço fúnebre e, em face a uma morte
súbita, pode ser difícil para os enlutados considerar claramente as
opções e os detalhes do funeral. Se o processo da morte foi dem o­
rado, talvez algum as sugestões possam ser apresentadas com ante­
cedência. Todavia, mesmo nessas situações, bondosa assistência e
direção são necessárias.
A escolha de quem oficiará o funeral pode ser influenciada por
ligações com aqueles que pastorearam a família em tempos passa­
dos, particularmente se o pastor atual está na igreja há pouco tempo.
Não deve ser considerado agravo pessoal ao pastor se a família esco­
lher outra pessoa para oficiar. Pode ser necessária ajuda fazendo-se
arranjos e contatos com aqueles que serão chamados para servir
como carregadores do ataúde, providenciar música e ajudar o pas­
tor durante a cerimônia. Quando atuando como pastor convidado
na igreja de outro ministro, o pastor visitante deve lembrar-se da im­
portância de trabalhar ao lado do pastor local, motivando a família a
envolver também seu pastor na cerimônia fúnebre.
O fician do os fu n erais. A ordenação não é requerida para a
Fu n e ra is 11 9 5

ministração de funerais. Na ausência do pastor, um ancião pode


tomá-la a seu cargo. Frequentemente, um amigo ou membro da
família pode ser chamado para ajudar o pastor no serviço, lendo o
obituário, a Escritura, fazendo oração, etc. Geralmente, o agente fu­
nerário que cuida do corpo do falecido se encarregará dos detalhes
do sepultamento e da documentação legal necessária na jurisdição
em que o funeral acontece. O s pastores adventistas do sétimo dia
não cobram taxas pela realização de funerais. Todavia, é razoável re­
ceber um reembolso por despesas de viagem.
E xposição do corpo. A sabedoria da cultura deve ser respeitada
na exposição do corpo. Em algum as situações, a família e os am i­
gos são convidados para ir à funerária ver o morto. Algumas famílias
preferem manter o corpo em casa, onde recebem as pessoas num
ambiente devidamente preparado. O utras dão preferência a que as
exéquias sejam oficiadas à noite, ao redor do caixão, até o dia do se­
pultamento. Qualquer que seja a forma de exposição, ela serve para
um propósito útil. A morte precisa ser aceita antes de se iniciar o
processo de recuperação.
N as cerimônias fúnebres, o corpo pode ficar exposto para que as
pessoas prestem suas homenagens póstum as ao entrarem no recin­
to. O caixão é então fechado e a cerimônia, focalizada na esperança
e segurança, não é interrompida por uma exposição final do corpo.
O utras culturas e congregações preferem ter a visualização do corpo
no encerramento dos serviços, antes do fechamento do caixão e da
saída do féretro.

Programa Típico Para um Funeral


O ficiando o funeral. Em situações nas quais a família opta por
uma instituição funerária para o serviço, quem está no comando do
funeral deve ficar encarregado dos arranjos; e o pastor se responsa­
biliza pelos aspectos religiosos do serviço. O funeral é conduzido em
1 9 6 1G u ia Para M in istro s

conjunto entre o pastor e o encarregado dos trabalhos fúnebres. Pron­


tidão e planejamento na condução de um serviço funeral são vitais.
Atrasos e indecisão aumentam a tensão num ambiente já difícil por si.
Auxiliando os enlutados. Os enlutados normalmente são reunidos
numa sala lateral, antes de serem conduzidos a seus assentos na sala
onde se encontra o caixão. Umas poucas palavras de encorajamento, uma
oração e o apoio mútuo do grupo ajudam os enlutados a se preparar para
a finalidade do serviço. Esse ministério também serve como uma medida
da reação de dor normalmente esperada dos parentes do falecido.
O rdem do serviço. A ordem do serviço fúnebre deve ser direta
e simples. Eis uma sequência sugestiva que pode ser adaptada ou
expandida para ajudar na situação:
Acomodação da família. O s participantes entram e se sentam.
Leitura da Bíblia e oração. Os textos bíblicos podem ser utilizados
conforme sugerido a seguir, talvez combinando vários versículos. A ora­
ção inclui graças a Deus pela vida que Ele concedeu ao falecido, confor­
to para aqueles que choram e esperança da vida eterna em Cristo Jesus.
Quem ora fica em pé e a audiência permanece sentada durante a oração.
M úsica de conforto. A música executada por músicos convidados
é geralmente preferível ao canto congregacional, que não se aplica
muito bem em situações como essas, em que as emoções podem in­
terferir na capacidade de cantar.
Serm onete fúnebre e obituário. O serm onete fúnebre e o obi­
tuário, planejados para honrar a vida do falecido, podem ser
com binados num a só elocução ou feitos separadam en te. O ser­
m onete caracteriza um a recordação m ais longa em honra da
vida do falecido; o obituário dirige-se prim ariam ente aos dados
fatu ais com o data de n ascim ento, da m orte, nom es dos sobrevi­
ventes e algu n s eventos notáveis de sua vida. A lgum fato alegre
e bem hum orado pode ser lem brado n essa apresen tação, pois
ajuda a acalm ar a tensão do evento.
F u n er a is 11 9 7

Testemunhos. A lgum as p essoas acham reconfortante dar ou


ouvir testem unhos daqueles que assistem ao funeral. Em bora isso
possa ser útil em algum as ocasiões, e ssas m em órias podem se tor­
nar muito extensas, excessivam ente em otivas ou inadequadam en­
te pessoais.
Sermão. O sermão fúnebre deve ser realista em relação à morte
e esperançoso com respeito à ressurreição, reconhecendo as contri­
buições do falecido e a perda para a família, a comunidade e para
Deus. O uso de poesias pode ser marcado para o final do sermão. A
pessoa que faz o sermão deve reconhecer a importância de manter a
duração dele ajustada às outras partes do programa.
Oração. O serm ão é encerrado com uma oração de fé e esperan­
ça para o futuro, e forças para aqueles que permanecem.
M úsica de conforto. Conforme já exposto.
N este momento da cerimônia, o pastor se posiciona na cabeceira
do caixão, perm anecendo ali após os convidados e a família haverem
saído, caso essa tenha solicitado uma exposição do corpo. O pastor
então pede aos carregadores para moverem o caixão até o carro fú ­
nebre, no qual o colocarão para o transporte até o sepulcro. O pastor
pode escolher ir no carro fúnebre ou segui-lo diretamente em seu
itinerário até o cemitério.
Bíblia. Serm ões e leituras da Escritura podem ser extraídos dos
seguintes versos:

Jó 14:1,2, 14, 15 “Chamar-me-ias, e eu Te responderia.


Salm o 23 "Ainda que eu ande pelo vale da
sombra da morte."
Salm o 27 “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo.
Salm o 46 “Deus é o nosso refúgio e fortaleza.
Salm o 90 “Senhor, Tu tens sido o nosso refú-
198 IG u ia Para M in istro s

gio, de geração em geração.''


Salm o 91:1, 2, 11, 12 "Diz ao Senhor: M eu refúgio e meu
baluarte.”
Salm o 121 “O meu socorro vem do Senhor.
Isaías 33:15-17, 24 “Nenhum morador [...] dirá: Estou
doente.
Isaías 35:3-10 Deles fugirá a tristeza e o gemido."
Isaías 40:28-31 “M as os que esperam no Senhor re­
novam as suas forças.”
Isaías 43:1, 2 "Q uando passares pelas águas, Eu
serei contigo.”
João 14:1-6 “Voltarei e vos receberei para M im
mesmo."
Romanos 8:14-39 "Sabem os que todas as coisas co­
operam para o bem daqueles que
am am a D eus.”
1 Coríntios 2:9, 10 "N em olhos viram, nem ouvidos ou­
viram."
1 Coríntios 15:20-26 "O último inimigo a ser destruído é
a morte."
1 Coríntios 15:51-55 “Porque é necessário que este corpo
corruptível se revista da incorrupti­
bilidade."
Filipenses 3:20, 21 “Pois a nossa pátria está nos Céus.
1 Tessalonicenses 4:13-18 “Para não vos entristecerdes como
os demais, que não têm esperança.”
1 Tessalonicenses 5:1-11 “Quer vigiemos, quer durmamos,
vivamos em união com Ele.”
Hebreus 4:14-16 “Porque não temos sum o sacerdote
que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas.”
F u n er a is 11 9 9

2 Pedro 3:8-14 “Não querendo que nenhum pereça.”


Apocalipse 7:15-17 “Jam ais terão fome, nunca mais te­
rão sede.”
Apocalipse 14:13 “Bem-aventurados os mortos que,
desde agora, morrem no Senhor."
Apocalipse 21:1-4 “E lhes enxugará dos olhos toda lá­
grima.”
Apocalipse 22:1-5 “Contemplarão a Sua face.”

Fun eral de crian ças


2 Samuel 12:16-23 A aflição de Davi.
M arcos 10:13-16 “Tomando-as nos braços e impon­
do-lhes as mãos, as abençoava.

F un eral de jovens
Eclesiastes 11:6-10 “Alegra-te, jovem, na tua juventude.
Eclesiastes 12 “Lembra-te do teu Criador nos dias
da tua mocidade.”
Lucas 7:11-15 O filho da viúva de Naim. “Jovem.
Eu te mando: levanta-te!”

F un eral de m ulheres pied osas


Provérbios 31:10-31 “M ulher virtuosa, quem a achara'-
O seu valor muito excede o de finas
joias.”
M ateus 26:10-13 "Onde for pregado em todo o mundo
este evangelho, será também contado
o que ela fez, para memória sua.
Atos 9:36-42 Dorcas. “Era ela notável pelas boas
obras.”
2 0 0 I G u ia P a r a M in istro s

Fun eral de idosos


G ênesis 15:15 "Serás sepultado em ditosa velhice."
M ateus 11:28 “Eu vos aliviarei.”
2 Timóteo 4:6-8 “Completei a carreira, guardei a fé."

A Cerim ônia de Sepultam ento


Ao levarem o esquife para a sepultura, o líder do serviço fú n e­
bre deve evitar ao máximo cam inhar sobre outras sepulturas. No
túmulo, costum eiram ente o líder fica em pé na cabeceira do esqu i­
fe, defronte à fam ília. A utilização de m úsica à beira da sepultura
pode ser program ada segundo o costum e local e o desejo da fam í­
lia, m as ela geralmente prolonga o tempo da cerim ônia que deve
ser breve. Se organizações m ilitares ou outras participarem da ce­
rim ônia de sepultam ento, o planejam ento e a coordenação devem
ser em conjunto. A s condições atm osféricas podem acentuar a im ­
portância de se resum ir o tempo do serviço à beira do túmulo.
Sepultam ento inform al. Um sepultamento simples, informal,
pode consistir numa leitura das Escrituras e oração. 1 Tessalonicenses
4:13-18 e 1 Coríntios 15:51-55 servem muito bem a esse propósito, se­
guidas de uma oração de fé e esperança na ressurreição.
Sepu ltam en to form al. Um sepultamento formal, se preferido,
se ajusta bem com a leitura da Escritura e a oração. As formas de
enterro variam. Em alguns lugares o costume inclui o gesto do pas­
tor lançar um punhado de terra ou pétalas de flores sobre o esquife
quando a leitura é feita. Para outros, isso pode ser considerado uma
lembrança triste da fragilidade humana, a qual não tem necessidade
de ser ilustrada tão claramente.
Exemplo de um sepultam ento cristão. “Tendo em vista que Deus,
em Seu infinito amor e sabedoria permitiu que nosso(a) querido(a) ir­
mão (ou irmã) dormisse em Cristo, nós com ternura sepultamos seu
corpo na terra, na certeza e esperança de uma gloriosa ressurreição,
F un er a is 1 2 0 1

quando nosso Senhor retornar em glória. Então esse corpo de humi­


lhação será transformado à semelhança do corpo glorioso de Cristo, de
acordo com o poder de submeter todas as coisas a Si mesmo.”
Exem plo de um sepultam ente de um não cristão. “Consideran­
do como Deus, em Sua bondade e operação de Sua providência, per­
mitiu que nosso(a) amigo(a) [nome] depusesse os fardos desta vida,
nós encomendamos amorosamente seu corpo à terra, lembrando-nos
de que todas as questões da vida estão nas mãos do Pai amoroso e
compassivo, que prometeu vida eterna àqueles que O amam."
A pós o serviço. Em seguida à oração e ao término da cerimônia,
a família pode ser cumprimentada. O pastor deve então permanecer
até que todos os presentes tenham saído do cemitério.
Enterro an tes do fu n eral. Pode acontecer de o sepultamento
ser feito antes da cerimônia, talvez como um serviço privativo para
a família. Do cemitério, a família vai então à igreja para a cerimônia
pública. Em tal situação, o programa deve se concentrar mais na ce­
lebração da vida do que na lamentação pela morte.
C rem ação. Crem ação é uma apropriada alternativa ao sepul­
tamento em muitas ocasiões. O s adventistas não têm nenhuma
posição teológica contra a cremação, crendo que D eus não depende
de matéria preexistente na ressurreição, assim como não precisou
na criação. A cultura local e as sensibilidades da família podem in­
fluenciar na aceitação dessa prática.

M inistrando aos Enlutados


E steja presente. Considerando que os enlutados continuarão
a sofrer a perda do ser amado após o funeral, um contato contínuo
deve ser programado. Passada a crise imediata, e com a dispersão das
pessoas, começa a sensação de solidão. No funeral, o ministério aos
enlutados apenas começa, e deve continuar por muitos meses depois.
A igreja deve dar apoio aos enlutados mediante ministério contínuo.
202 IG u ia Para M in istro s

Seja paciente. O processo de sofrimento leva tempo. Insônia, an­


siedade, temor, raiva e preocupação com pensamentos tristes podem
continuar por um ano ou mais. Expectativas irreais de que os enlutados
“já deviam ter saído dessa” podem deixá-los ansiosos e sentindo-se cul­
pados, tornando o processo de sofrimento mais difícil. Alguns podem
expressar ira contra Deus e devem ser tratados com bondade e sem jul­
gamento prévio, enquanto são reconduzidos novamente à verdade e à fé.
O u ça. Falar e desabafar são meios efetivos de compartilhar em o­
ções e cura para o sofrimento. O s enlutados normalmente gostam
de conversar sobre seus amados que partiram, evocando preciosas e
importantes lembranças. Em certo sentido, todavia, as pessoas pre­
cisam dar adeus ao passado antes de poderem desfrutar o presente
e olhar para o futuro. M ostre-se sensível às indicações de recusa,
como indisposição de falar sobre a morte e má vontade de se separar
dos objetos pessoais do falecido.
E stim u le-os à atividade. O mais breve possível, os enlutados
devem ser animados a se envolver em algum a atividade regular que
compreenda beneficiar os semelhantes. Tornarem-se ativos num
grupo de apoio a sofredores pode ser de grande auxílio.
CAPÍTULO 36

Lançamento
de Pedra Fundamental,
Inauguração e Dedicação
de Igrejas
Um dos dias mais importantes na vida de uma con­
gregação envolve o estabelecimento de uma nova casa de adoração.
Adentrar a nova igreja pela primeira vez, e convidar a presença de
Deus para reinar supremo no novo edifício, é um privilégio sagrado
e prazeroso. A tradição e a diretriz da Igreja Adventista, todavia, re­
querem que a realização do serviço de dedicação ocorra apenas após
todo o endividamento pelo novo edifício ter sido pago.
Visto que as realidades financeiras relacionadas à construção e
aquisição de novas instalações geralmente envolvem alguns débitos
de longo prazo, isso cria certas tensões e dificuldades entre o desejo
de inaugurar um novo templo e esperar até a quitação do financia­
mento para dedicá-lo. Como resultado, a cerimônia do corte da fita
inaugural permite a utilização do novo edifício, e uma cerimônia de
consagração ou dedicação representa a comemoração de um grande
projeto concluído com sucesso, uma propriedade livre de débitos.
O s convidados são parte importante de um serviço de consa­
gração ou dedicação. Antigos membros e aqueles que apoiaram o
projeto, bem como líderes da A ssociação/M issão e os pastores que
anteriormente trabalharam no distrito, devem ser convidados a par­
ticipar. Autoridades civis e pastores da comunidade também podem
ser convidados a estar presentes.
2 0 4 1G u ia P a r a M in istro s

Ordem da Cerimônia
A ordem da cerimônia quer para a inauguração ou para a dedica­
ção pode ser muito semelhante, com algum as distinções específicas:
Hino de abertura
Oração
Reconhecimento dos membros, convidados e doadores
Histórico da igreja
Leitura bíblica
M ensagem m usical especial, ou hino pela congregação
Sermão
Ato de dedicação ou consagração
O ração de dedicação ou consagração
Hino
Bênção

H istórico da igreja. Um esboço histórico pode ser mais bem


apresentado por alguém com reconhecida e longa estada na mem-
bresia e que tenha apoiado a igreja. M embros fundadores, membros
antigos e pastores anteriores devem receber reconhecimento, fazen­
do-se menção destacada àqueles mais diretamente envolvidos com
o projeto. O histórico pode chegar ao clímax com o anúncio de pla­
nos futuros e programas para prestação de serviços à comunidade.
A igreja precisa se lembrar não apenas do passado, m as também de
projetar seu futuro.
L eitu ra da Bíblia. Leituras especiais da Escritura podem ser en­
contradas na oração de Salomão por ocasião da dedicação do templo
(lR s 8:23-25; 2C r 6:14-42). O utras passagens geralmente utilizadas
em tais ocasiões são:
Êxodo 40:33-35 “E a glória do Senhor enchia o tabernáculo.”
N eem ias 12:27 “A fim de que fizessem a dedicação com alegria.”
Salm o 84 “Quão amáveis são os Teus tabernáculos.
L a n ça m en to de P e d r a F u n d a m e n t a l , In a u g u r a ç ã o e D e d ic a ç ã o de Ig r e ja s 12 0 5

Salm o 100 "Entrai por suas portas com ações de graças."


Salm o 122 "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à
C asa do Senhor."

Serm ão. Q uaisquer dos textos mencionados acima podem ser


desenvolvidos num sermão de dedicação, observando-se particular­
mente que, além do edifício, a igreja consiste de um grupo de p es­
soas. A congregação encontra-se ali para se dedicar a Deus, e não
apenas o edifício.
A to de d ed ic aç ão . A queim a de um a cópia da hipoteca serve
com o sím bolo de que a igreja está livre de débitos. E sse pode ser
um evento apoteótico, principalm ente se a igreja contraiu dívidas
por algum tempo e se sacrificou a fim de pagá-las. A lgum as igrejas
acham apropriado cantar um hino de louvor e gratidão a D eus,
durante a queim a da hipoteca ou docum entos de dívidas. N esse
momento, pode ser feita um a leitura responsiva m ais longa, an ­
tes da oração de dedicação, envolvendo a congregação. Um exem ­
plo dado a seguir pode ser usado integralm ente ou adaptado para
atender à situação local.
O ração de ded icação. A oração de dedicação pode muito bem
ser moldada segundo a que foi feita por Salomão na dedicação do
templo, conforme registrado em 2 Crônicas 6. Essa oração merece
cuidadoso preparo. Ela pode incluir o seguinte:
• G raças a D eus por prover, mediante Seu povo, os meios e o
desejo de erigir a igreja.
• Confissão de pecados e súplica pelo derramamento do Espírito
Santo sobre a congregação.
• Orientação para a obra da igreja em edificar o reino de Deus
naquele local.
• Uma bênção para os membros e convidados.
2 0 6 1G u ia P a r a M in istro s

A oração é concluída com palavras específicas de dedicação, como:


“Dedicam os agora a Ti este edifício, ó Deus,
como uma luz nesta comunidade,
como casa de oração para todos os povos.
Para a adoração de Deus,
para a conversão de pecadores,
para a pregação de Cristo e Sua Palavra,
para a comunhão da família de Deus,
para a salvação de nossos filhos,
para ser o lugar da habitação de Deus,
dedicam os esta casa, em nome do Pai,
e do Filho e do Espírito Santo. Amém .”

Leitura Responsiva
E M e farão um san tuário.
No princípio Deus criou os céus e a Terra. Então o Senhor Deus plan­
tou um jardim a leste do Éden, e ali pôs o homem que havia formado.
D o solo fez o Sen h or D eus brotar toda sorte de árvores ag ra ­
dáveis à vista e b o as p ara alim ento.
No meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore do conhe­
cimento do bem e do mal.
Vendo a m ulher que a árvore era boa para se comer, agradável
aos olhos e árvore desejável para dar entendim ento, tomou-lhe do
fruto e com eu e deu tam bém ao m arido, e ele com eu.
A ssim , o Senhor Deus os baniu do Jardim do Éden para traba­
lharem a terra da qual haviam sido formados.
Portanto, assim com o por um só hom em entrou o p ecad o no
m undo, e pelo p ecad o, a m orte, assim tam bém a m orte p asso u a
todos os hom ens, porque todos pecaram .
A iniquidade te separou de Deus. Teus pecados ocultaram Sua
face de ti.
L a n ça m en to de P e d r a F u n d a m e n t a l , In a u g u r a ç ã o e D e d ic a ç ã o de Ig r eja s 12 0 7

E M e farão um san tu ário , p ara que E u p o ssa habitar no m eio


deles.
Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os edificadores.

C ante o hino 506:

F ortalece Tua Igreja

Fortalece Tua igreja, ó bendito Salvador;


Aquecendo nossas almas no divino, santo amor:
Vem, derrama sobre todos toda a graça de Jesus,
Dando as bênçãos da verdade que nos mostram Tua luz.

Pai, contempla Tua Igreja, vem, estende Tua mão.


Dá-lhe a graça insondável da divina redenção,
Antes que ela desfaleça, e se torne sem vigor;
Vivifica, vivifica nossas alm as, ó Senhor.

Santifica Tua igreja pela graça divinal;


Faze-a sempre trinunfante no conflito contra o mal;
Dá-lhe forças na jornada em demanda para o lar,
E que esteja preparada quando Cristo regressar!

E con stru irão um a com unidade.


Q uando vocês vão a Ele, a Pedra Viva - rejeitada pelos homens
m as escolhida por D eus e para Ele preciosa —vocês também, como
pedras vivas, são edificados em casa espiritual. Vocês são o povo
escolhido, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido de
D eus, para que possam declarar os louvores dAquele que os chamou
das trevas para Sua maravilhosa luz.
Vocês não eram povo m as agora, são povo de D eus. Vocês não
208 !G u ia P ara M in istro s

tinham alcançado misericórdia, m as agora alcançaram misericórdia.


A ssim como vocês receberam a Jesu s Cristo como Senhor, per­
m aneçam nEle.
N ele radicados, e edificados, e con firm ados n a fé, tal com o
fo stes in stru ídos, crescendo em açõ es de graças.

C ante o hino 504:

D a Igreja o F un dam ento

Da igreja o fundamento é Cristo, o Salvador;


E nEle ela descansa, é forte em Seu amor;
Em Cristo edificada, bem firme ficará,
Pois sobre a Rocha eterna, jam ais se abalará.

A Pedra mui preciosa que D eus providenciou,


Sustenta pedras vivas que a graça trabalhou;
Sejam os sempre unidos, vivendo em plena luz,
E a glória desta Igreja será do Rei Jesus.

Em meio às duras lutas que deve confrontar,


Espera a Igreja, em Cristo, um dia triunfar,
Pois a visão gloriosa enfim se cumprirá,
E a Igreja vitoriosa, em paz repousará.

E desenvolverão o caráter.
(As crianças são convidadas a ir à frente para cantar depois disso.)

O uvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, po­
rém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir
na face direita, volta-lhe também a outra.
L a n ça m en to de P e d r a F u n d a m e n t a l , In a u g u r a ç ã o e D e d ic a ç ã o de Ig r e ja s 12 0 9

E , ao que quer dem an dar contigo e tirar-te a tú nica, deixa-


lhe tam bém a capa.
Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.
D á a quem te pede e não voltes as c o stas ao que d eseja que
lhe em prestes.
O uvistes que foi dito: A m arás o teu próximo e odiarás o teu ini­
migo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que
vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste,
Porque E le faz n ascer o S e u sol sobre m au s e bon s e vir ch u ­
vas sobre ju sto s e injustos.
Todo aquele, pois, que ouve estas M inhas palavras e as pratica
será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa so­
bre a rocha;
E caiu a chuva, tran sb ord aram os rios, so praram os ventos
e deram com ím peto contra aqu ela c a sa , que não caiu , porque
fora edificad a sobre a rocha.
E todo aquele que ouve estas M inhas palavras e não as pratica
será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa so­
bre a areia;
E caiu a chuva, tran sb ord aram os rios, so p raram os ventos
e deram com ím peto contra aqu ela c a sa , e ela desab ou , sendo
gran de a su a ruín a.

As crianças podem cantar um cântico infantil como este, por


exemplo:

Sobre a areia o néscio construiu;


Sua casa ele construiu [bis]
E a chuva então caiu.
A chuva caiu e a água subiu [repete três vezes]
E a casa do néscio tombou
2 1 0 1 G u ia P a r a M in istro s

Sobre a rocha o sábio construiu;


Sua casa ele construiu [bis].
E a chuva então caiu.
A chuva caiu e a água subiu [repete três vezes]
E a casa do sábio ficou.

Leitura Responsiva de Dedicação


M in istro: Para a glória de D eus, nosso Pai, por cuja graça ed i­
ficam os esta casa; para a honra de Jesu s, o Filho do D eus vivo,
nosso Senhor e Salvador; para a obra do Espírito Santo, m inistro
de vida e luz,

C on gregação: Dedicamos-Te esta casa, ó Deus.

M inistro: Para o culto, a oração e o canto,


para a pregação e o ensino da Palavra,
para a celebração das sagradas ordenanças,

C on gregação: Dedicam os esta casa.

M inistro: Para consolo dos que choram,


para fortaleza dos que são tentados,
para auxílio no viver cristão,

C on gregação: D edicam os esta casa.

M inistro: Para santificação da família,


para orientação de crianças e jovens,
para salvação de homens e mulheres,

C on gregação: Dedicam os esta casa.


L a n ça m en to de P ed r a F u n d a m e n ta l, In a u g u r a ç ã o e D e d ic a ç ã o d e Ig r e ja s 1211

M inistro: Para a defesa da liberdade,


para a educação da consciência,
para a defesa de Cristo e Sua santa lei,
para a luta contra o mal,

C on gregação: Dedicam os esta casa.

M inistro: Para auxílio dos necessitados,


para socorro dos aflitos,
para apressar a volta de Cristo,

C on gregação: Dedicamos-Te esta casa, ó Deus.

M inistro: Com o dádiva de gratidão e amor dos que experimen­


taram o dom da graça de Cristo, apresentamos esta casa como ofe­
renda voluntária ao nosso Deus.

C on gregação: Nós, o povo desta congregação, consagrando-nos


agora novamente, dedicamos todo este edifício à causa de Cristo e
ao serviço em prol da humanidade.

Agora eu o consagro a Deus e à Palavra de Sua graça, a qual


pode edificá-lo e dar-lhe herança entre aqueles que são santificados.

Fim de Sem ana Especial de Dedicação


A dedicação de uma igreja pode ser realizada em qualquer horá­
rio, inclusive no sábado de manhã. No entanto, como é um aconte­
cimento especial na vida da congregação, podem ser incluídos vários
programas especiais no fim de sem ana. Por exemplo:
Sexta-feira à noite: "N ossa igreja em consagração. Pode ser rea­
lizada um a Santa C eia e um programa musical.
2121 G u ia Para M in istro s

Escola Sabatina: “N ossa igreja em estudo.” Convide participantes


especiais, como os membros mais antigos, ou pastores anteriores.
Culto de adoração: “N ossa igreja em adoração.” Convide um ora­
dor especial.
Sábado à tarde: “Nossa igreja em dedicação." A cerimônia de dedicação.
Sábado à noite: “Nossa igreja em companheirismo." Um evento social.

Folheto de Consagração ou Dedicação


Um folheto de consagração ou dedicação se torna uma valiosa
lembrança para os membros da igreja e pode constar do seguinte:
• Ordem de serviço para a ocasião.
• Imagens do processo de construção até seu término.
• Sermonete usado durante o ato de dedicação.
• Nom es dos pastores anteriores e do atual, se possível, com fo­
tos e períodos em que trabalharam no lugar.
• Nomes dos líderes da Associação/Missão, participantes da cerimônia.
• Breve histórico da igreja, incluindo fotografias das antigas instalações.
• Nom es do arquiteto, do construtor e dos membros da com issão
de construção.
• Fatos significativos sobre a construção: datas do lançamento
da pedra fundam ental, do início da construção, do término do
projeto, os custos, capacidade de audiência e uma planta baixa
que identifique a localização e serventia de cada sala.

Lançam ento da Pedra Fundam ental


A cerimônia de lançamento da pedra fundam ental estim ula o en­
volvimento congregacional e a unidade de apoio ao projeto de edi­
ficação gerando entusiasmo, especialm ente quando os membros da
igreja estão orando e contribuindo para a construção por longo tem ­
po. Com o lançamento da pedra fundamental, eles veem que algo
tangível está acontecendo.
L an ça m en to de P e d r a F u n d a m e n t a l , In a u g u r a ç ã o e D e d ic a ç ã o de Ig r e ja s 1 2 1 3

Estabelecendo a ocasião. O lançamento da pedra fundamental


não deve necessariamente ser considerado uma cerimônia religiosa e
geralmente não é adequada às atividades do sábado. Visto que tais ati­
vidades ocorrem ao ar livre, assuntos como clima e luz disponível preci­
sam ser considerados. A fim de que esteja presente ao evento o máximo
possível de pessoas, a escolha do dia e do horário precisa ser analisada.
Convidados. O s representantes da Associação/M issão, autoridades
civis e líderes comunitários devem ser convidados. Os órgãos de comu­
nicação devem ser notificados e animados a dar cobertura ao evento.
P reparo do local. O local deve ser limpo. Talvez seja preciso
construir um a plataforma e instalar um sistem a de som. A cerim ô­
nia precisa ser vista como um grande evento. Se for longa, pode ser
necessário providenciar cadeiras. O s desenhos arquitetônicos da
construção podem ser exibidos. Uma maquete do projeto ajudará na
visualização da estrutura completa do futuro prédio.
Se o lançamento da pedra fundamental exigir o uso de pás, é
bom providenciar número suficiente delas para os que estarão envol­
vidos no ato. Com o alternativa, pode ser usada uma m áquina para
retirar a primeira cam ada de terra.
Outra opção que envolve a participação dos membros é usar
um arado. Um a longa corda é am arrada a esse arado e os irmãos o
puxam através do terreno, como símbolo do empenho conjunto na
construção do edifício. Pode ser feito um sulco cercando todo o pe­
rímetro do novo edifício, proporcionando uma visualização fácil do
local da estrutura após o término das obras.

Ordem do Serviço
H ino inicial Em razão da dificuldade de se cantar ao ar
livre, essa parte do serviço pode ser omiti­
da, especialm ente se o grupo for pequeno.
O ração Se possível, envolvendo as pessoas convidadas.
2141 G u ia Para M in istro s

L eitu ra bíblica Textos e leituras responsivas listados acima


contêm passagens adequadas para o evento.
D iscu rso s O s convidados podem ser solicitados a falar,
e uma narrativa da história da igreja, as ra­
zões para a construção e planos para o futu­
ro também podem ser abordados.
A bertura do solo O s participantes especiais na abertura do
solo, geralmente, incluem o pastor, o pri­
meiro ancião, o presidente da com issão de
construção, e alguns representantes da A s­
sociação/M issão e da comunidade. Se a edi­
ficação for uma escola, devem ser incluídos
o presidente do conselho escolar, o diretor,
um professor e um aluno.
B ênção

Colocação da Pedra Fundam ental


Semelhantemente à cerimônia de lançamento da pedra funda­
mental, o serviço de colocação pode ser feito após o início da cons­
trução e caracteriza a colocação de uma pedra que se tornará parte
do alicerce. A cerimônia pode seguir a mesm a ordem geral do lança­
mento da pedra fundamental. Textos escriturísticos recomendados:
Esdras 3:10, 11; 6:14; M ateus 21:42; Atos 4:11; 1 Coríntios 3:9-11 e
1 Pedro 2:4-8.
C A P Í T U L O 37

Bênção Para o Lar

A prática de abençoar uma casa varia de acordo com


a cultura e o desejo de cada família. A igreja mundial não possui
nenhuma tradição regular para essa cerimônia. Ela pode ser solici­
tada quando uma nova casa foi construída, adquirida ou alugada,
ou com a quitação do financiamento. Tipicamente, a cerimônia de
bênção sobre o novo lar é ministrada depois que a casa está pronta,
os móveis instalados e a família já se tenha mudado. Ela constitui
excelente oportunidade para convidar vizinhos e amigos, cristãos de
outras denominações e cristãos não praticantes, e estabelecer o lar
como um testemunho cristão à vizinhança.
Deve ser feita cuidadosa diferença entre a bênção para um lar e a
dedicação de um a igreja. Uma casa pode ser consagrada para ser um
serviço espiritual à família e à vizinhança, m as a igreja é separada
particularmente para a adoração de Deus. Uma casa pode ser aben­
çoada, m as a igreja é dedicada. A bênção da casa consagra o edifí­
cio para fomentar amor, unidade e crescimento espiritual da família
que a ocupa, e testemunhar à vizinhança do amor salvador de Jesus.

Oficiantes
Não é necessária nenhuma credencial ou ordenação para o ato
de abençoar uma casa. Um ancião pode oficiar a cerimônia, mas
deve fazê-lo com o conhecimento e a cooperação do pastor.

Programa
O s convidados se reúnem no maior cômodo da casa e. depen­
dendo do número de assistentes, o aposento pode ficar superlotado.
2 1 6 1 G u ia P a ra M in istro s

Alguns podem ficar sentados; outros em pé. Por isso, a cerimônia


deve ser breve, não mais que 30 minutos. Sugere-se a seguinte ordem:

C ân tico E sse cântico pode ser considerado opcio­


nal, dependendo da situação. E stes hinos
são apropriados: "Abençoa Este Lar" (HA,
450), “Amor no L ar” (HA, 453) e “Vem En­
tre Nós Morar" (HA, 454).
O ração de ab ertu ra A primeira oração invoca a presença de
Deus no iar. Uma vez que são previstas
três orações nessa cerimônia, a primeira e
a última devem ser breves e não repetir a
oração da bênção.
H istória d a c a sa Pode ser apresentada por um membro da
ou fam ília família, talvez o chefe da casa. Isso serve
como resumo de como essa casa veio a ser
o lar de uma nova família.
Serm onete Deve ser iniciado com a leitura da Bíblia e
o uso de referências bíblicas sobre o esta­
belecimento de lares, famílias e comuni­
dades, de acordo com o plano e as leis de
Deus, destacando a necessidade de inter­
dependência e apoio mútuos. O s textos bí­
blicos são sugeridos mais adiante.
O ração de b ên ção A família pode se ajoelhar, de mãos dadas,
formando um círculo no centro do côm o­
do, em volta do pastor também ajoelhado.
Os dem ais ficam em pé, em volta da fam í­
lia, enquanto o oficiante ora pela bênção e
proteção de D eus sobre a casa, a família, a
vizinhança e a comunidade.
B e n ç ã o P a r a o L a r 12 1 7

M ú sica esp ecial Se houver acompanhamento disponível, o


hino “Vem Entre N ós M orar” é ideal para
a ocasião.
B ê n ç ão E ssa oração deveria ser breve e não re­
petir as palavras da oração de bênção.
U m a bênção escritu rística pode ser apro­
priada, como: "O Senhor te abençoe e te
guarde; o Senhor faça resplandecer o ros­
to sobre ti e tenha m isericórdia de ti; o
Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a
p az” (N m 6:24-26).
V isita pela c a sa O an fitrião pode querer convidar os pre­
sen tes a conhecer a casa. As iguarias
são opcion ais.

Textos Bíblicos e Leituras Responsivas


T extos sugestivos
G ênesis 24:67 O lar como lugar de amor e conforto.
2 Samuel 23:15 O lar como precioso lugar de refrigério.
Salm o 127 O Senhor precisa construir a casa.
Isaías 65:21-24 Construirão casas e as habitarão.
M iqueias 4:4 Assentar-se sob sua própria videira.
Lucas 10:38-42 O lar como lugar de trabalho e adoração.

L eitu ra R esponsiva
Líder: Eterno Deus, sobre esta casa erigida para Teu ser­
viço e oferecida para Tua honra e glória,
P resen tes: N ós Te agradecemos, Senhor.
Líder: Por Tua presença, sempre que dois ou três estive­
rem reunidos em Teu nome.
P resen tes: N ós Te agradecemos, Senhor.
2 1 8 1 G u ia P a r a M in istro s

Líder: Por nos tornares Teus Filhos mediante Jesus


Cristo, nosso Salvador.
Presen tes: Nós Te agradecemos, Senhor.
Líder: Por nos dares uma família para amar e sermos
por ela amados.
Presentes: N ós Te agradecemos, Senhor.
Líder: Por nos proveres abrigo, alimento e amigos.
Presentes: N ós Te agradecemos, Senhor.
Líder: Por Tua promessa de habitar conosco em paz.
Presen tes: N ós Te agradecemos, Senhor.
Líder: Tudo Te pertence nos C éu s e na Terra.
Todos juntos: Nós exaltamos Teu nome acima de tudo. Amém.

L eitu ra altern ativa. Talvez você queira fazer algum as perguntas


à família, de maneira informal, ou por escrito, numa leitura respon-
siva, e receber suas respostas como compromisso familiar. As per­
guntas poderiam ser:
Prometem fazer desta casa um local de oração, em que o altar da
família e as devoções diárias sejam respeitadas?
Prometem fazer deste lar um local de amor e união familiar?
Prometem fazer deste lar uma luz na comunidade?
C A P Í T U L O 38

Admissão
em um Novo Distrito
Sendo que a transferência de pastores é parte integran­
te do ministério, o período de serviço para um pastor é, em média,
de três a seis anos. Alguns períodos se restringem a um ano ou dois.
Raramente o pastor fica em um lugar mais de 10 ou 15 anos. A mun-
dança existe como expectativa de serviço no pastorado e na vida da
igreja, m as não lhe é exclusiva. Aqueles que seguem carreiras no ser­
viço militar, na política, na indústria do entretenimento, nos espor­
tes profissionais e em muitas outras áreas também convivem com a
expectativa de mudança de local e liderança como parte de sua vida.
E ssas transferências podem ser tanto oportunidade como sofri­
mento para a família pastoral. Geralmente, mudar-se para uma nova
localidade torna-se estressante emocional, física e financeiramente.
Por causa dessa realidade, tanto as A ssociações/M issões como as
igrejas têm a responsabilidade de se empenhar o máximo possível
para alivar as tensões sobre a família pastoral.
A transferência também pode ser estressante para a igreja. A parti­
da de um pastor fiel e amoroso cria insegurança e uma lacuna no com­
panheirismo e no programa da igreja. Porém, ela também abre caminho
para novas ideias, que podem proporcionar renovada visão do companhei­
rismo. Nenhuma pessoa, não importa quão dotada e amada seja, tem to­
das as ideias e habilidades necessárias para o progresso da congregação.

Cerimônia de Adm issão


C e le b r a ç ã o do novo. A s A sso ciaçõ es/M issõ es e congre­
gações devem tom ar providências para que a po sse do pastor
2 2 0 1G u ia Para M in istro s

seja um im portante ato sim bólico, estabelecendo publicam ente


o novo pastorado. O s pastores não podem planejar su a própria
p o sse. O s líd eres da igreja e d ep artam e n tais da A sso c ia ç ã o /
M issão precisam trab alh ar ju n to s na p rep aração do evento.
A p o sse do p asto r deve ser p arte do culto de sáb ad o , q u ando a
m aioria dos m em bros e stá presen te. O ato deve conter a ap re­
sen tação de toda a fa m ília p asto ral, com o devido reco n h eci­
m ento público à su a im portân cia.
A p r e se n ta ç ã o do r e p r e se n ta n te do C a m p o lo c a l. O re­
p resen tan te da A sso c ia ç ã o /M issã o pode não ser m uito c o ­
n h ecido da con gregação, e deve ser ap rese n tad o pelo an cião
en carregad o , que e x p ressa rá su a ap reciação pelo trabalh o dos
d irig en tes da A sso c ia ç ã o /M issã o em p rov iden ciar lid eran ça
q u a lific a d a p ara a igreja.
O bservações do represen tante do C am po local. O represen­
tante da A ssociação/M issão transmitirá as informações relativas ao
processo através do qual o novo pastor foi selecionado, e como essa
indicação atende às necessidades da congregação e comunidade.
Também apresentará uma breve biografia da família pastoral.
B oas-vin d as pelo ancião. O ancião é designado para saudar o
pastor em nome da congregação. Toda a família pastoral pode ser
convidada a estar na plataforma para unir-se ao ancião, caso seus
membros se sintam à vontade fazendo isso. Para as crianças da fa­
mília do pastor, uma saudação de boas-vindas pode ser feita pelo(a)
professor(a) da Escola Sabatina, pelo(a) professor(a) da escola adven-
tista local, pelo líder dos desbravadores ou dos jovens, ou por crian­
ças da m esm a idade. Um a pequena lembrança de boas-vindas pode
ser providenciada.
L eitu ra R espon siva. A seguinte leitura é uma sugestão que
pode ser usada e adaptada quando necessário para adaptar-se à ceri­
mônia de boas-vindas:
22 1
A d m iss ã o em um N o v o D is t r it o 1

Ouvindo a Palavra
A ncião: N em só de pão viverá o homem, mas de
toda Palavra que sai da boca de Deus.
A Palavra do Senhor é viva e eficaz. .Mais
aguda do que espada de dois gumes, ela pe­
netra até a divisão da alm a e espírito, juntas
e medulas. Ela julga os pensam entos e ati­
tudes do coração.
C on gregação: N ada em toda a criação está oculto da vista
divina. Tudo está descoberto e patente aos
olhos dAquele a quem temos de dar contas.
Portanto, uma vez que temos um grande
Sum o Sacerdote que está nos C éus, Jesus,
o Filho de Deus, apeguemo-nos firmemen­
te à fé que professamos.
L íder da A fé vem pelo ouvir a mensagem e a men­
A sso ciação /M issão : sagem é dada através da palavra de C ris­
to. Todos os que confiam nEle nunca
serão envergonhados. O mesmo Senhor é
Senhor de todos, e Ele abençoa ricamente a
todos os que O invocam.
C on gregação: Com o podem eles invocar Aquele em quem
não creram? E como crerão nAquele de
quem nunca ouviram? E como podem eles
ouvir sem que alguém pregue para eles?
E como podem eles pregar a menos que se­
jam enviados?
222 IG u ia Pa ra M in istro s

Reconhecendo o Cham ado


Pastor: Eu ouvi a voz do Senhor, dizendo: “A quem
enviarei, e quem há de ir por nós?” Respondi:
"Eis-me aqui, envia-me a m im !” O Espírito do
Senhor D eus está sobre mim, porque o Senhor
me ungiu para pregar boas-novas aos quebran­
tados, enviou-me a curar os quebrantados de
coração, a proclamar libertação aos cativos e a
pôr em liberdade os algemados, a confortar to­
dos os que choram. E prover para aqueles que
sofrem em Sião, concedendo-lhes uma coroa de
formosura em lugar de cinzas, e óleo de alegria
em lugar de pranto, e vestes de louvor em lugar
de espírito de desespero.

Unindo-se ao Serviço
D iácono: Não é este o tipo de jejum que escolhi: soltar as
correntes da injustiça e desatar as cordas do jugo?
D iacon isa: N ão é partilhar sua comida com o faminto,
abrigar o pobre desamparado?
D iácono: Vestir o nu que você encontrou, e não recusar
ajuda ao próximo?
C ongregação: Então a Su a luz irrom perá com o a alvorada,
e prontam ente surgirá a su a cura. Su a ju stiça
o precederá e a glória do Senhor será a sua
retaguarda.

Conhecendo a Missão
Pastor: E este evangelho do reino será pregado em todo
o mundo, como testemunho a todas as nações,
C on gregação: E então virá o fim.
A d m is s ã o em um N o v o D istrito 12 2 3

Cântico
Su gestão: “Deus vos G uarde” (HA, 387)

Entendendo a Visão
L íder da Deus diz: “Nos últimos dias derramarei o Meu
Associação/M issão: Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vos­
sas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão,
e vossos jovens terão visões.” Qual é a sua visão
para o ministério nesta congregação, em pala­
vras, adoração, comunhão e serviço?
Pastor: Vejo a igreja como um a comunidade redi­
mida e unida por Deus, missionária, aberta
às revelações de Deus em Sua Palavra e ao
ministério do Espírito Santo; uma igreja e s­
piritual que adora a D eus como Criador e
reconhece a Cristo como Salvador, Amigo e
Senhor vindouro; uma igreja orientada por
uma m issão que proclama o evangelho de
modo significativo a todas as pessoas, uma
igreja unida que valoriza as riquezas da diver­
sidade e uma entidade disciplinada que pre­
para os crentes para o serviço e a liderança.

Desfrutando a Alegria
L íder da Quando vier o Filho do Homem na Sua
A sso ciação /M issão : majestade e todos os anjos com Ele, en­
tão, Se assentará no trono da Sua glória.
Então, dirá o Rei aos que estiverem à Sua di­
reita: Vinde, benditos de M eu Pai! Entrai na
posse do reino que vos está preparado desde
a fundação do mundo.
2 2 4 1G u ia Para M in istro s

Porque tive fome, e M e destes de comer;


tive sede, e M e destes de beber; era foras­
teiro, e M e hospedastes; estava nu, e Me
vestistes; enfermo, e M e visitastes; preso,
e fostes ver-Me.
C on gregação: Senhor, quando foi que Te vimos com
fome e Te demos de comer? Ou com sede
e Te demos de beber? E quando Te vimos
forasteiro e Te hospedamos? Ou nu e Te
vestimos? E quando Te vimos enfermo ou
preso e Te fomos visitar?
Pastor: O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verda­
de vos afirmo que, sempre que o fizestes
a um destes M eus pequeninos irmãos, a
M im o fizestes.

Recebendo a Bênção
Líder da Por esta causa, me ponho de joelhos diante
A ssociação/M issão: do Pai, de quem toma o nome toda família,
tanto no Céu como sobre a Terra, para que,
segundo a riqueza da Sua glória, vos conce­
da que sejais fortalecidos com poder, m e­
diante o Seu Espírito no homem interior; e,
assim, habite Cristo no vosso coração, pela
fé, estando vós arraigados e alicerçados em
amor, a fim de poderdes compreender, com
todos os santos, qual é a largura, e o com­
primento, e a altura, e a profundidade e co­
nhecer o amor de Cristo, que excede todo
entendimento, para que sejais tomados de
toda a plenitude de Deus. Ora, Àquele que
A d m is s ã o em um N o v o D istrito 12 2 5

é poderoso para fazer infinitamente mais


do que tudo quanto pedimos ou pensamos,
conforme o Seu poder que opera em nós,
a Ele seja a glória, na igreja e em Cristo
Jesus, por todas as gerações, para todo o
sempre. Amém!”

O ração de recepção. Diante da congregação, o pastor se ajoelha


(a família pode ser incluída), com o representante do Cam po local
de um lado e o ancião do outro. Outros anciãos e líderes da igre­
ja também podem ser convidados a se unir à oração. O ancião ora,
convidando a congregação ao compromisso de apoiar o novo pastor.
O representante do Cam po local ora, empossando oficialmente o
pastor como líder congregacional, e conduz os anciãos e a igreja para
darem as boas-vindas à nova família pastoral.
B oas-vindas da igreja. Depois do encerramento do culto de ado­
ração, os membros da congregação podem saudar e dar boas-vindas
ao pastor enquanto deixam o templo. Uma oportunidade adicional
para as saudações pode ser proporcionada por uma refeição amigável.

O s textos bíblicos das leituras responsivas deste capítulo foram


extraídos e adaptados da Nova Versão Internacional, incluindo os
seguintes:
Deuteronômio 8:3 M ateus 28:19, 20
Isaías 6:8 Atos 2:17, 18,
Isaías 58:6-8 Romanos 10:11-17
Joel 2:28 Efésios 3:14-21
Isaías 61:1-3 Efésios 5:27
M ateus 24:14 Hebreus 4:12-14
M ateus 25:31-40
C A P Í T U L O 39

Jubilação

Quando o apóstolo Paulo estava próximo do fim de


seu ministério, ele sintetizou com precisão os desafios de seu nobre
chamado, enquanto passava a tocha para o jovem Timóteo. Escreveu:
"Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repre­
ende, exorta com toda a longanimidade. [...] Tu, porém, sê sóbrio em
todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista,
cumpre cabalmente o teu ministério" (2Tm 4:2-5). Embora o chamado
de Deus ao serviço cristão nunca termine, chega o dia em que o mi­
nistro deve passar a responsabilidade da liderança da igreja a outros.
O s obreiros da igreja que, por causa da idade ou condições de
saúde, se aposentaram do serviço ativo merecem honra e conside­
ração. “O Senhor quer que nosso povo compreenda que os pioneiros
nesta obra merecem tudo quanto nossas instituições puderem fazer
por eles. Deus nos pede compreender que aqueles que envelhece­
ram ao Seu serviço merecem nosso amor, nossa honra, nosso pro­
fundo respeito” (Obreiros Evangélicos, p. 430).
Identidade p essoal. Naturalmente, aquele que despende muitos
anos no ministério ficará identificado com esse papel, e percebe sua
própria identidade nesse contexto. Ê, porém, um erro identificar-se
tanto com a função pastoral a ponto de perder a identidade pessoal
em seu encerramento. Papéis da vida familiar, amigos e outros in­
teresses devem ser desenvolvidos juntam ente com a identidade que
provém do papel ministerial, para que em seu término ainda haja
senso de dignidade pessoal e utilidade.
Saú d e física. A despeito da natureza basicam ente sedentária da
obra ministerial, os pastores devem manter um programa regular de
J u b il a ç ã o I 2 2 7

atividade física, não apenas para aumentar sua capacidade de tra­


balhar durante o tempo de ministério, mas a fim de desfrutar boa
saúde, permitindo uma aposentadoria ativa. “Sem o exercício fí­
sico, ninguém pode ter uma boa compleição e vigorosa saúde; e a
disciplina do trabalho bem regulado não é menos essencial para se
conseguir um a mente forte e ativa e um nobre caráter’’ (Patriarcas e
Profetas, p. 601).
S e g u ran ç a financeira. O s pastores devem consultar a organiza­
ção em que servem para determinar quais são os planos de aposen­
tadoria ou jubilação aos quais têm direito. "Por causa do crescente
controle governamental sobre os planos de aposentadoria, m udanças
financeiras e circunstâncias sociais em muitos países, não é possível
manter um a política uniforme de aposentadoria” (Livro de Regula­
mentos da Associação Geral Z 05 05).21
Os servidores denominacionais devem arcar com a responsabili­
dade de conhecer os planos de aposentadoria disponíveis para a igre­
ja bem como os sistem as de aposentadoria do governo, e participar
desses planos para assegurar uma jubilação financeiramente segura.
Tal planejamento e poupança devem começar no início da carreira
ministerial e prosseguir até o seu término. Além dos fundos da igre­
ja e dos governamentais, as economias pessoais são parte vital das
rendas da aposentadoria.
Embora Jesu s tenha advertido: “Não acumuleis para vós outros
tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde
ladrões escavam e roubam” (Mt 6:19), Ele também disse: “Negociai
até que Eu volte” (Lc 19:13). N a parábola das dez virgens (Mt 25), as
sábias fizeram provisão para esperar a vinda do noivo, ao passo que
as néscias não se importaram com isso.
Transição. Uma transição distinta precisa acontecer entre o mi­
nistério ativo e a condição de jubilado, que não mais dirige atividades
21 Item Z 05 e ZZZ Apêndice do Livro de Regulamentos Edesidstico-Administrativos da Divisão Sul-Americana.
2 2 8 1G u ia Pa ra M in istro s

da congregação onde reside. Há funções ministeriais nas quais os pas­


tores jubilados podem ser de grande benefício, tanto para a congre­
gação como para o pastor da ativa, e encontrar satisfação pessoal em
continuar sua obra.
R econhecim ento do serviço. A fim de reconhecer a contribui­
ção que os obreiros jubilados têm feito por meio de seu trabalho,
para nutrir apreciação e reconhecimento de seu permanente serviço
à igreja e aum entar sua contínua efetividade, a A ssociação M iniste­
rial faz as seguintes recomendações:
1. A organização em que servem deve apresentar um evento es­
pecial de reconhecimento, que marque claramente a transição do
ministério ativo para a jubilação.
2. O s líderes da União ou do C am po local são responsáveis por
garantir que os nomes dos jubilados estejam listados numa publica­
ção apropriada.
3. A denominação deve seguir a política de emitir credenciais
ministeriais honorárias que permitirão ao pastor jubilado desem pe­
nhar as várias funções ministeriais, mesmo não trabalhando mais
em tempo integral na denominação. O s aposentados devem respei­
tar as orientações referentes às credenciais honorárias.
4. O s líderes da Associação/M issão podem recrutar jubilados
para servir como pregadores substitutos durante impedimentos pas­
torais e como assistentes no planejamento de funções especiais. Po­
dem-lhes ser delegadas tarefas nas quais a idade e a sabedoria se
combinarão para dar bons conselhos. Eles podem ter responsabilida­
des de curto prazo para expandir, ensinar ou promover a obra organi­
zacional da igreja.
5. O s líderes da A ssociação/M issão devem instruir e, se necessá­
rio, adm oestar o pastor jubilado a não tentar controlar as atividades
da igreja a que uma vez serviu, e que agora se encontra sob nova
liderança pastoral.
J u b il a ç ã o 12 2 9

C reden ciais honorárias. As Uniões-Associações, sob recomen­


dação da A ssociação/M issão local, podem emitir credenciais honorá­
rias a obreiros aposentados, correspondentes àquelas que mantiveram
durante o serviço ativo.22 As credenciais são concedidas por tempo
determinado e precisam ser renovadas mediante voto da Associação/
Missão. A posse de uma credencial desatualizada ou vencida não au­
toriza o jubilado a trabalhar em quaisquer ofícios do ministério.
Com o portador de credencial honorária, o obreiro jubilado deve
se relacionar com a igreja do mesmo modo que qualquer outro m em ­
bro, a não ser pelo fato de que ele pode ainda realizar batismos, ca­
samentos e ordenação de líderes da igreja, especialm ente quando o
pastor não estiver disponível, ou ainda não for autorizado a realizá-
los. Para executar tais funções, o jubilado precisa fazer arranjos com
a A ssociação/M issão ou líderes distritais.
A alegria do serviço. Quando seu ministério chegou ao final,
Paulo olhou para trás e sem remorso algum disse a Timóteo: “C om ­
bati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a co­
roa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará
naquele dia; e não somente a mim, m as também a todos quantos
am am a Sua vinda” (2Tm 4:7, 8).
O ministério tem suas lutas e sofrimentos, mas a alegria e as vitó­
rias sobrepujam em muito as dificuldades, tornando-as insignificantes.
O servo fiel recebe, além de qualquer recompensa terrestre, a apro­
vação do Mestre: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco,
sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21).

22 Na Divisão Sul-Americana, os Campos locais têm a atribuição de conceder credenciais honorárias aos
pastores jubilados que residem em seus respectivos territórios.
ÍNDICE GERAL

A conselham ento 133-135 deve atrair para C risto 30


concentre-se nas soluções 134 im portância da 30
confidencialidade no 134 não deveria ser evidente demais 30
lim itações no 133 normas de vestuário 29
nas crises 133, 134 A spirantes ao ministério e ética
oriente na escolha de um plano 134 pastoral 39
ouça 134 A ssociação M inisterial 63
partilhado 135
pré-conjugal 173 B atism o 162-166
Adm inistração do tem po 22-25 antes do 162
Adm issão em um novo distrito apelo 165
219-225 autorização para batizar 164
boas-vindas da igreja 225 diáconos e diaconisas 163
cerim ônia de 219 durante o 165
leitura responsiva 220 em seguida ao 166
oração de recepção 225 horário 162
representação do Cam po local 220 imergindo o candidato 165
saudações do ancião 220 im portância do 162
Agência Adventista de local 163
Desenvolvim ento e Recursos m entores espirituais 166
A ssistenciais (Adra) 52-54 preparação das instalações 163
Amar as p essoas 18 preparação pessoal 164
Anciãos recebim ento dos novos m embros
boas-vindas ao novo pastor 220 164
cerim ônia de ordenação 91 refeição de confraternização 166
no rito da Comunhão 168, 170, 171 traje batism al 163
trabalho com os 108 Bênção para o lar 215-218
Anuário da igreja 138 Boletim sem anal da igreja 137
Aparência pessoal 29, 30
Í n d ic e G eral 1231

C apacitação de m em bros 110 servir 11


C asam ento 173-183 Código de ética 37-43
certidão de, assinatura 183 C om issão da igreja 102
aconselham ento pré-conjugal 173 de nom eações 108
assinatura da certidão de 183 Companheirismo e visitação 128-132
declaração de 182 cristão 129
ensaio 177 hospitalar 130
entrega da noiva 180 leitura bíblica 131
exigências denom inacionais 174 luto e apoio a quem está no fim
oficiantes 174 da vida 130
ordem do serviço 177 m em bros ausen tes 129
planejando o 176 necessidades espirituais e
requerim entos da igreja 175 encorajam ento 129
requisitos legais 174 pastoral 132
serm ão 180 C om prom isso Pessoal com a
taxas e d esp esas 183 Integridade e Transparência
votos 181 Financeira da Igreja,
C eia, Santa 170 D eclaração de 147
Cerim ônia da hum ildade 169 Com unhão, rito da 167-172
C erim ônias, preparo cerim ônia da hum ildade 169
bênção para o lar 215-217 depois da Santa C e ia 171
casam ento 177-183 diáconos e diaconisas no 169-172
culto de adoração 121-127 frequência do 167
inauguração de igrejas 204 oficiantes 168
lançam ento da pedra fundam ental pão, receita do 172
212 participantes 168
ordenação 82-86 pastores no 168-170
unção 189 pastores ordenados no 168
C ham ado ao ministério 10-13 preparação do em blem a 172
capacitação p essoal 12 Santa C eia 170
de Cristo 10 C om unicação 58
designação divina 10 C om unidade
privilégio 10 evangelização e serviço à 140
relação pessoal com Cristo 11 relacionam entos com a 21
232 IG u ia Para M in istro s

C om unidade eclesiástica 136-143 M inistério da 57


com unicação com os m em bros C rises, aconselham ento nas crises
136 133
ministérios em grupos 139 Culto de adoração 119-127
prom oção de program as 142 cântico 122
Confraternização, alm oços de 142, congregacional 1 19
166 elem entos de adoração 121
C onsagração ou dedicação, folheto experim ental 120
de 212 inspirador 119
C onstrução de igreja, ver Igreja, leitura da Bíblia no 125
instalações m inistrando às crianças no 126
C redenciais e licenças 78-81 ofertas 124
aspirantes ao ministério 81 oração no 122
disciplina de ministros 78 ordem no 127
em itidas para servidores participativo 120
denom inacionais 79 prazeroso 120
honorárias 228, 229 propósito do 119
instrutor bíblico 81 serm ão do 124, 126
ministerial 80 significativo 120
m issionárias 81
propósito 78 D edicação de crianças 184-187
proteção 78 celebrando a 185
vencim ento de 79 certificado 185, 187
C rescim ento da igreja 114-118 convite 185
biológico 114 idade da criança 185
confirmando novos m em bros 117 oração 187
m em bros inativos 116 planejando a 184
novos m embros 114 program ação 185
por evangelism o 115 scrm onete 186
por transferência 115 sugestões escriturísticas para 186
C rescim ento espiritual 45 D edicação de igrejas
C riança(s) fim de sem ana especial de 2 11
culto de adoração 120 folheto de consagração ou 2 12
dedicação de 184-187 D epartam entos da igreja 50-75
Í n d ic e G e r a l 12 3 3

Adra 52 Deveres cívicos e liberdade


A ssociação M inisterial 63 religiosa 66
C apelania 50 Devocionais, m étodos 16
C om unicação 58 D iáconos e diaconisas
Fam ília 60 atendem às n ecessidades do
M ordom ia 70 batism o 163
Publicações 67 cerim ônia de ordenação 92
Deveres cívicos e Liberdade na cerim ônia da Com unhão 168-
religiosa 66 171
E d ucação 59 D ieta 26
Escola Sabatina e M inistério Disciplina de ministros,
Pessoal 68 credenciais e licenças 78
Instituto de Pesquisa Bíblica 57 Disciplina na igreja 155-159
M inistério da C riança 57 adm inistrando a disciplina 156
M inistério da Família 60 bíblica 157
M inistério da M ulher 72 e confidencialidade 158
M inistério de Saúde 63 e o M anual da Igreja 156
M inistério Jovem 74 e perdão 1 57
M issão A dventista 54 imparcial 158
M ordom ia cristã 70 im portância da 155
Publicações 67 mantenha contato após a 159
Rádio M undial Adventista 56 no tem po certo 157
serviços 50-75 propósito da 156
Testam entos e legados 65 voluntária 158
W hite, Patrimônio 71 Disciplina pessoal, falta de 16
D ependência, falta de 15 D issolução de igrejas 97
D escanso 27 Distrito, novo 219-225
Desenvolvimento profissional 44, 45 Distritos grandes 111-113
através da leitura 45 capacitação de liderança 111
avaliação 45 itinerário pastoral 112
com o desenvolver-se 45 reuniões distritais 112
com o oportunidade 44 Dons e atribuições com binados
educação contínua 44 108
espiritual 45
2 3 4 1G u ia Para M in istro s

E d u cação 59 declaração de com prom isso 147


contínua 44 gerenciam ento dos fundos da
E ducação cristã 161 igreja 145
im portância da 160 m aneiras de doar 145
prom oção da 161 motivação para dar 144
Escola da igreja 160, 161 Finanças pessoais 31-33
Escola Sabatina e M inistério Financeira
Pessoal 68 ética na adm inistração 43
Esgotam ento 28 segurança, na jubilação 227
E stresse 27 Form ação espiritual 14-17
Estudos bíblicos, m inistérios em barreiras à 15
grupos 140 essencial à liderança 14
Ética pastoral 37-43 essencial à pregação 14
código de 37 essencial ao evangelism o 14
e companheiros de ministério 38 m étodos devocionais 16
e gênero 40 Fundos da igreja, gerenciam ento
e lei 42 dos 145
e posição na Obra 40 Funerais 193-202
e raça 40 antes da cerim ônia 194
e responsabilidade moral 40 cerimônia de sepultamento 200
na adm inistração financeira 43 enlutados, m inistrando aos 201
nos relacionam entos 41 exposição do corpo 195
Evangelism o 14 leituras para 197
crescim ento por 115 oferecendo ajuda 194
Evangelização e serviço à oficiando os 194, 195
com unidade 140 programa para 195
Exercício 27 tradição e cultura 193
visitando a família 194
Fam ília, ministério da 60
Família do pastor 34-36 G randes distritos 111-113
lim itações, com o m odelo 34 Grupos, m inistérios em 139
ministério e o lar 34 alm oços de confraternização 142
vantagens 36 de estudo da Bíblia 140
Finanças da igreja 144-148 de oração 139
Í n d ic e G eral 1235

de sem inários e apoio 140 com o com eçar um a 94


recreação e p assatem pos 141 im plantando um a 93
sociais 141 organização de um a 93-96
G uia Para Ministros 77 organizando o culto para a 95
preparação para a organização de
H ospitalar, visitação 130 uma 94
Hum ildade, cerimônia da 169 Inauguração de igrejas 203-212
ato de dedicação 205
Igreja(s) folheto de consagração ou
anuário da 138 dedicação 212
boletim sem anal 137 histórico da igreja 204
com o um corpo 108 leitura bíblica 204
com unidade da, ver Com unidade leitura responsiva 206
eclesiástica oração de dedicação 205
crescim ento da 114-118 ordem da cerim ônia 204
dedicação de 203-212 serm ão 205
disciplina na 155-159 Instalações da igreja 149-154
dissolução de 97 alugadas 150
escola da 160-161 existentes 149
finanças da 144-148 novas 151
fundos da, gerenciam ento dos projeto 152
145 Instituto de Pesquisa Bíblica 57
inauguração de 203-214 Instrutor bíblico 81
instalações alugadas 150
instalações da 149-154 Jornal informativo da igreja 137
liderança da 99-104 Jovem , ministério 74
líderes da 108 Jubilação 226-229
normas da 76, 77 alegria do serviço 229
credenciais honorárias 229
organização da 46-49 identidade pessoal 226
requerim entos da, casam ento 175 reconhecim ento do serviço 228
tesoureiro de 146 saúde física 226
unindo 96 segurança financeira 227
Igreja, nova transição 227
2 3 6 1G u ia Pa r a M in istro s

Lançam ento de pedra organização 100


fundam ental, inauguração e servidora 99
d edicação de igrejas 203-214 supervisão 101
Lar, bênção para o 215-218 visualização 100
leitura alternativa 218 Líderes da igreja, trabalhando com
oficiantes 215 os 108
programa 215 Livro de Regulam entos da
textos bíblicos para 217 A ssociação Geral 77
Legados e testam entos 65 referências ao 43, 47, 76, 84, 164
Leitura 16 Local, batism o 163
com o desenvolver-se 45 Luto e apoio a quem está no fim da
Leitura bíblica vida 130
em funerais 197
na dedicação de crianças 186 M aneiras de doar 145
na inauguração de igrejas 204 M anual da Igreja 76
na unção 191 e a disciplina 156
na visitação 131 referências ao 43, 47, 76, 92-97,
Leitura responsiva 115, 127, 147, 156, 164, 168,
inauguração de igrejas 206 175
investidura de oficiais 109 M editação pessoal 14, 16
lar, bênção para o 217 M em bros
posse do pastor 220 ausentes 129
Liberdade religiosa e deveres capacitação de 110
cívicos 66 inativos 116
Libertação, ministério de 191 novos 115
L icenças e credenciais 78-81 M em bros, ministério de todos os
Liderança 105-110
delegação 100 cada crente, um ministro 105, 106
ministerial 14 capacitação de 110
Liderança da igreja 99-104 motivando voluntários 106
com issões 102 trabalhando com os líderes da
delegação 100 igreja 108
estilo de 99-101 M ensagens telefônicas 137
objetivos 101 Ministerial
Í n d ic e G er a l 12 3 7

A ssociação 63 Obreiros, servidores


credencial, licença 79 denom inacionais, credenciais
liderança ministerial 14 e licenças 79
M inistério(s) O fertas na adoração 124
aspirantes ao, licença e O ficiantes
credencial 80 casam ento 174
cooperativo 48 rito da Com unhão 168
da C riança 57 O ração
da Família 60 de dedicação de crianças 187
da M ulher 72 de inauguração de igrejas 205
de Libertação, unção 191 de louvor 17
de Saúde 63 de ordenação 88
de todos os m em bros 105-110 de recepção do pastor 225
em grupos 139 de unção 191
Jovem 74 grupos de 139
Pessoal e Escola Sabatina 68 intercessória 17
M issão A dventista 54 no culto de adoração 122
M ordom ia cristã 70 penitencial 17
M otivação pessoal 16, 17
para dar 144 O rçam entos da igreja 146
para voluntários 106 O rdenação 82-86
Mulher, ministério da 72 ao ministério evangélico 82
M ú sica na adoração 122 autorizada 84
não é um a recom pensa 85
N ecessid ad es espirituais e para serviços particulares 82
encorajam ento, visitação 129 preparação para 85
N orm as da igreja 76, 77 processo de exam e 86
G uia Para Ministros 77 qualificações para 83
Livro de Regulamentos 77 responsabilidade da 84
M anual da Igreja 76 O rdenação, cerimônia de 87-92
Novo distrito, adm issão em um anciãos 91
219-225 diáconos e diaconisas 92
fila de cum prim entos 90
ministros 87
238 IG u ia Para M in istro s

oração 88 falta de, pessoal 15


ordem de serviço 87 Posse do novo pastor 219
ordenação 88 Pré-conjugal, aconselham ento 173
O rganização da igreja 46-49 Pregação 14, 107
base bíblica para a 46 na adoração 124, 126
base prática para a 46 Preparação
benefícios 47 para a cerim ônia de unção 189
é necessária 46 para a ordenação 85
ministério cooperativo 48 para a organização de um a nova
O rganização de novas igrejas 93-98 igreja 94
com o com eçar 94 para o batism o 162-164
culto para 95 Privacidade, falta de 1 5
preparação para 94 Prom oção de program as 142
Publicações, departam ento de 67
Pastor
cerim ônia de ordenação de 87-91 Rádio M undial Adventista 56
código de ética do 37 R ecreação e passatem pos 141
com panheiros de ministério e Recursos da A ssociação e
ética 38 congregacionais 110
dos pastores 48 Relacionam ento com a
e pastores de outras igrejas 39 Organização da Igreja 46-49
G uia Para Ministros 77 Relacionam entos e ética 41
Patrimônio White 71 Relacionam entos interpessoais
Pedra fundam ental, lançam ento 18-21
da 212 am ar as pessoas 18
colocação da 214 am izades 20
convidados 213 com a com unidade 21
estabelecendo a ocasião 213 no ministério 18
ordem do serviço 213 Requisitos legais, casam ento 174
preparo do local 213 Responsabilidade, com partilhe a
Perdão e disciplina 157 108
Pesquisa Bíblica, Instituto de 57 Reunião adm inistrativa 102
Planejam ento Reuniões sociais 141
envolva os m em bros no 107 Rito da Com unhão, O 167-172
Í n d ic e G e r a l 12 3 9

San ta C eia 170, ver Com unhão, celebração 189


rito da leitura da Bíblia para 191
Saúde, ministério de 63 local 189
Saú d e pessoal 26-28 ministério de 191
física 26 o recebedor 190
m ental 27 oração de 191
Sepultam ento, cerim ônia de 200 ordem do serviço 190
Serm ão participantes 190
casam ento 180 preparando-se para a cerimônia 189
dedicação de crianças 186 solicitada 189
no culto de adoração 124 Unindo igrejas 96
Serviço fiel, reconheça o 107
Sobrecarga 107 V encim ento da credencial 79
Vestuário, normas de 29
Telefone, m ensagens 137 Vida familiar 34-36
Tempo, adm inistração do 15, 22-25 Visitação e companheirismo 128-132
Tesoureiro de igreja 146 hospitalar 130
Testam entos e legados 65 n ecessidades espirituais e
Tradição e cultura, no ministério encorajam ento 129
pelos enlutados 193 Voluntários, motivando 106

U nção e libertação 188-192 W hite, Patrimônio 71

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