Sei sulla pagina 1di 3

“D.

Filipa de Lencastre”

1. A primeira quadra é constituída por duas interrogações. Identifique a característica excecional de D. Filipa de

Lencastre que essas interrogações destacam e a razão apresentada para a justificar.

2. A segunda estrofe constitui uma invocação. Refira os elementos linguísticos que permitem confirmar a

afirmação.

3. Interprete os epítetos atribuídos a D. Filipa de Lencastre.

4. Justifique a interpelação dirigida à esposa de D. João I.

“D. Fernando, Infante de Portugal”

1. Esclareça o valor expressivo da utilização da primeira pessoa no poema.

2. Refira a importância da apresentação que o sujeito poético faz de si mesmo e relacione-a com o autorretrato

que vai construindo ao longo do texto.

3. Mensagem tem sido considerada uma obra híbrida em termos de género, conjugando características épicas

e líricas. Identifique, no poema, uma marca do discurso épico e outra do discurso lírico.
Soluções:

Poema: “D. Filipa de Lencastre”

1. A maternidade de “génios” (v.2), pois D. Filipa terá sido visitada por um “arcanjo” (v.3), facto que daria uma
origem divina à sua prole.

2. A presença da forma verbal na segunda pessoa do singular do modo imperativo (“Volve”) e o vocativo que ocupa
os três versos finais.

3. D. Filipa de Lencastre é incumbida de uma missão messiânica (“Princesa do Santo Gral”),


que se concretiza no facto de ser o “Humano ventre do Império”, ou seja, de ter dado à luz
os heróis que viriam a construir o império cristão e material. É ainda considerada
“Madrinha de Portugal” por, segundo a lenda popular, continuar a proteger Portugal
mesmo depois de morta.

4. A interpelação à rainha justifica-se pela valorização que Pessoa faz da sua faceta de mãe.
Tal como fora progenitora de filhos exemplares e capazes de dar ao país uma nova
dimensão agora pede-se-lhe que olhe para Portugal e com a sua bênção contribua para o
novo renascimento pátrio.

Poema: “D. Fernando, Infante de Portugal”

1. A utilização da primeira pessoa denota a identificação do sujeito lírico com a personagem


histórica a quem é dedicado o poema. Desse modo, colocando o próprio “homenageado” a
falar sobre si e sobre a sua imolação, confere-se maior credibilidade ao discurso e valoriza-
se o fracasso do herói, justificado por intenções superiores.

2. O sujeito poético apresenta-se como alguém investido por Deus para levar a cabo a sua
“santa guerra”, a sua demanda espiritual. Assume-se como um “escolhido” que, ao receber
o “gládio” divino, com ele se “Sagrou”, e como um ser a quem Cristo “doirou…com o olhar”
e preencheu com uma “febre de Além” e um “querer grandeza”. Por isso, declara a sua
coragem, pois “Cheio de Deus”, inspirado, nada será maior que a sua “alma”, ou seja, que a
sua motivação celeste.

3. Constituem marcas do discurso épico, no poema, a apresentação de um acontecimento


histórico cometido por um protagonista de alta estirpe social e moral, que concretiza uma
ação heroica e admirável, com a ajuda de um ser sobrenatural – Deus. O lirismo está
patente na utilização da primeira pessoa verbal, que confere ao discurso a subjetividade
própria dos enunciados intimistas. Por outro lado, há a interiorização da matéria histórica e
épica num sujeito lírico que se caracteriza e que descreve a realidade a partir da sua
perceção, nela fazendo interferir a sua afetividade. A forma poética, com uma
apresentação fragmentária, é também habitualmente associada ao discurso lírico.

Potrebbero piacerti anche