Sei sulla pagina 1di 7

Autismo & Realidade

A Legislação Brasileira e o Autismo - Novembro 2010

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm

A Constituição Brasileira estabelece em seu artigo 5º os direitos e garantias individuais de cada cidadão,
brasileiro ou estrangeiro, partindo do princípio fundamental de que todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade.

Dentro do nosso sistema federativo, onde a União, os Estados e Municípios têm as suas competências
legislativas previstas na Constituição Federal, é importante lembrar, desde logo, que a União, os Estados e
os Municípios, têm competência concorrente para legislar sobre “proteção e integração social das
pessoas portadoras de deficiência” (art.24, inc. XIV, da CF).

Isto significa que a União, os Estados e os Municípios poderão legislar sobre a matéria. Entretanto, é da
competência da União legislar sobre as normas gerais, as quais deverão ser complementadas pelos Estados
e Municípios.

A nossa Constituição também estabelece que a saúde é direito de todos e dever do Estado, que deve
assegurar a toda a população o acesso universal e igualitário aos seus serviços (art.196 da CF).

A assistência social deve ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social e há previsão expressa no sentido de ser garantido um salário mínimo de benefício mensal
à pessoa portadora de deficiência que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou ser
provida por sua família (art. 203 da CF).

Da mesma forma, estabelece a Constituição que a educação é dever do Estado que deve garantir, dentre
outras coisas, o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino” (art.208, III, e §§).

CÓDIGO CIVIL

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm

O nosso Código Civil estabelece que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
civil”; que “a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida”; resguardando a lei,
todavia, os direitos do nascituro desde a concepção (arts. 1º e 2º).

O fato de o indivíduo ser dotado de direitos e deveres desde o nascimento, não significa que esses
direitos e deveres possam ser por ele exercidos pessoal e isoladamente desde o seu nascimento e ao longo
de sua existência.

Tanto assim é que a lei estabelece serem absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos
da vida civil, dentre outros, os menores de dezesseis anos e “os que, por enfermidade ou deficiência
mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos” (art. 3º, II, do CC). E mais,
Autismo & Realidade

que “são incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer”, também dentre outros, os
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos e aqueles que,”por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido” e “os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo” (art.4º, II e III, do
CC).

Pois bem, no caso dos portadores de autismo, a capacidade para os atos da vida civil pode encontrar
uma variação muito grande: capazes, relativamente incapazes ou totalmente incapazes, dependendo do
desenvolvimento específico. E a partir desse grau de desenvolvimento é que deverá ser avaliada a
capacidade do indivíduo ao atingir 18 (dezoito) anos de idade, adotando-se, ou não, medidas judiciais com
vistas a resguardar os seus direitos.

A ação de interdição é o meio processual para se obter a interdição civil de uma pessoa, total ou
parcialmente incapaz de gerir a sua própria vida e os seus bens. O nosso Código Civil dispõe que estão
sujeitos à curatela, dentre outros, “aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para os atos da vida civil” e, ainda, “os deficientes mentais”, bem como “os
excepcionais sem completo desenvolvimento mental” (art. 1767 do CC).

A interdição pode ser requerida pelos pais, tutores, cônjuge, por qualquer parente ou pelo Ministério
Público. Com a interdição, parcial ou total, há a nomeação de um curador que representará o curatelado nos
atos da vida civil, administrando seus bens e zelando por seus interesses (arts. 1767 e segs. e arts.1728 e
segs. do CC).

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm

Esta lei dispõe, de uma forma geral, sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

Nos aspectos relacionados à saúde da criança e do adolescente, o artigo 11 da lei assegura


atendimento integral, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às
ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. É assegurado tratamento especializado
aos portadores de deficiência, bem como o fornecimento gratuito de medicamentos, próteses e outros
recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.

Relativamente à educação, em seu artigo 54, III, assegura à criança e ao adolescente portador de
deficiência, atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino.

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7853.htm

Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela
jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público,
define crimes, e dá outras providências.

A lei visa assegurar às às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos
básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à
infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar
pessoal, social e econômico.
Autismo & Realidade

Para tanto, os órgãos e entidades da administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de
sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:

I - na área da educação:

a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a
educação precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais,
com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios;

b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;

c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;

d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades


hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano,
educandos portadores de deficiência;

e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos,
inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;

f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas


portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;

II - na área da saúde:

a) a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento


genético, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à nutrição da mulher e da criança, à
identificação e ao controle da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças do metabolismo e
seu diagnóstico e ao encaminhamento precoce de outras doenças causadoras de deficiência;

b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidente do trabalho e de trânsito, e de


tratamento adequado a suas vítimas;

c) a criação de uma rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação;

d) a garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos de saúde públicos
e privados, e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados;

e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado;

f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para as pessoas portadoras de deficiência,


desenvolvidos com a participação da sociedade e que lhes ensejem a integração social;

III - na área da formação profissional e do trabalho:

a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços concernentes,


inclusive aos cursos regulares voltados à formação profissional;

b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, inclusive de tempo


parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns;

c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado, de pessoas
portadoras de deficiência;
Autismo & Realidade

d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor das
pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor privado, e que
regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação, nelas,
das pessoas portadoras de deficiência;

IV - na área de recursos humanos:

a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial, de técnicos de nível médio
especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação profissional;

b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento, inclusive
de nível superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas portadoras de deficiências;

c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do conhecimento


relacionadas com a pessoa portadora de deficiência;

V - na área das edificações:

a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias
públicas, que evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam o acesso destas
a edifícios, a logradouros e a meios de transporte.

É de relevo apontar o artigo 8º da lei:

“Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa:

I - recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de
aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos
derivados da deficiência que porta;

II - obstar, sem justa causa, o acesso de alguém a qualquer cargo público, por motivos derivados
de sua deficiência;

III - negar, sem justa causa, a alguém, por motivos derivados de sua deficiência, emprego ou
trabalho;

IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar e


ambulatorial, quando possível, à pessoa portadora de deficiência;

V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial
expedida na ação civil a que alude esta Lei;

VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto
desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público.”

DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm
o
Regulamenta a Lei n 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.
Autismo & Realidade

Dentre outros aspectos, relevante destacar que o inciso IV do artigo 4º do decreto estabelece
critérios para o enquadramento nas diversas modalidades de deficiência, sendo que para fins de
deficiência mental prevê “funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com
manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades
adaptativas, tais como: a) comunicação; b) cuidado pessoal; c) habilidades sociais; d) utilização
dos recursos da comunidade; e) saúde e segurança; f) habilidades acadêmicas; g) lazer; e
h) trabalho.”

LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm

Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e contempla, no inciso III, do artigo 4º o


dever do Estado com educação escolar pública efetivado mediante, dentre outras, a garantia de atendimento
educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede
regular de ensino e, se necessário, com serviços de apoio especializado.

Não sendo possível a intregração do educando portador de necessidades especiais na rede regular de
ensino, o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, conforme
estabelece o seu artigo 58, já com início na educação infantil (de 0 a 6 anos).

DECRETO Nº 6.571, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6571.htm
o
Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei n 9.394,
o
de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto n 6.253, de 13 de novembro de 2007 que, por
sua vez, dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação – FUNDEB.

LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10216.htm

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo
assistencial em saúde mental; disciplina a internação como medida excepcional.

LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8213cons.htm

Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.

O artigo 16, inciso I, coloca na condição de dependente do segurado o filho ou o irmão inválido, mesmo
maior de 21 anos.
Autismo & Realidade

DECRETO No 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm

Aprova o regulamento da Previdência Social e dá outras providências.

Importante destacar que o artigo 25 disciplina as condições para que o filho inválido, maior de 21
anos, figure como dependente do beneficiário. Para tanto, estabelece a necessidade de exame médico-
pericial que demonstre, cumulativamente: a) que a incapacidade para o trabalho é total e permanente; que
a invalidez é anterior a eventual causa de emancipação civil ou anterior à data que completou 21 anos; e que
a invalidez manteve-se de forma ininterrupta até o preenchimento de todos os requisitos de elegibilidade ao
benefício, nos termos do artigo 77,§2º, inciso II, da Lei nº 8.213/91.

INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 45, DE 6 DE AGOSTO DE 2010 – DOU DE 11/08/2010

http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/38/INSS-PRES/2010/45_1.htm#cp4_s4_sb10

Estabelece rotinas para agilizar e uniformizar a análise dos processos de administração de


informações dos segurados, de reconhecimento, de manutenção e de revisão de direitos dos beneficiários da
Previdência Social, para a melhor aplicação das normas jurídicas pertinentes.

Relativamente à pensão por morte, prescreve que somente será devida ao filho e ao irmão cuja
invalidez tenha ocorrido antes da ocorrência de uma das hipóteses do inciso III do art. 26 e desde que
reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do
segurado.

LEI Nº 8989, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1995

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8989.htm#art9

Dispõe sobre a Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, na aquisição de automóveis
para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de
deficiência física, e dá outras providências

PORTARIA INTERMINISTERIAL MS-SEDH Nº 02, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2003

http://www.mpdft.gov.br/sicorde/Leg_PortIM02_20031121.htm

Define critérios e requisitos para emissão de laudos de avaliação de pessoas portadoras de deficiência mental
severa ou profunda, ou autistas com a finalidade de obtenção da isenção do Imposto sobre Produtos
Industrializados(IPI) na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros,
diretamente ou por intermédio de seu representante legal conforme expresso no artigo 2o-, IV, § 4o- da Lei
no- 10.690/ 2003.
Autismo & Realidade

DECRETO No 129, DE 22 DE MAIO DE 1991

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0129.htm

Promulga a Convenção nº 159, da Organização Internacional do Trabalho - OIT, sobre Reabilitação


Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes.

LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9656.htm

Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde e institui em seu artigo 10 o “plano
referência à saúde” que deve abranger as doenças listadas na Classificação Estatística Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de Saúde.

Resolução CONSU n.º 11

http://www.ans.gov.br/portal/site/legislacao/legislacao_integra.asp?id=80&id_original=0

Dispõe sobre a cobertura aos tratamentos de todos os transtornos psiquiátricos codificados na


Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à saúde.

Determina, em seu artigo 1º, que as operadoras de planos e seguros privados de assistência à
saúde, definidas no art. 1º da Lei nº 9.656/98, ficam obrigadas ao tratamento de todos os
transtornos psiquiátricos codificados na Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde/10ª Revisão – CID – 10, de acordo com as diretrizes
estabelecidas nesta Resolução e normas complementares que venham a ser expedidas pelo
Ministério da Saúde, de acordo com sua competência normativa e fiscalizadora na saúde.

Potrebbero piacerti anche