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E. E.

RENATO FILGUEIRAS

PORTIFÓLIO

PARASITOSE

ALUNO: Luis Henrique

PAPAGAIOS
2018
VÍRUS

DENGUE

Sintomas
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A infecção
por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início
abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no
corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.
Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença pode ser
difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua,
vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.

Transmissão
A principal forma de transmissão é pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Há
registros de transmissão vertical (gestante - bebê) e por transfusão de sangue. Existem
quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

Prevenção
Uma forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre
limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele
durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às
picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas
também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam
boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas
acamadas e trabalhadores noturnos).
RAIVA

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o
homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de
aproximadamente 100%.

Transmissão
A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente
por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou
lambedura desses animais.

O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com
uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. O período
de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura,
arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da
proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de
partículas virais inoculadas e cepa viral.
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do
aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período
de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a
apresentação dos sintomas.

Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais


silvestres. Entretanto sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por
longo período, sem sintomatologia aparente.

Sintomas
Após o período de incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos inespecíficos
(pródromos), que duram em média de 2 a 10 dias.

Nesse período o paciente apresenta mal-estar geral, pequeno aumento de


temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento,
irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. Podem ocorrer linfoadenopatia,
hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da
mordedura, e alterações de comportamento.

A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade


crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados, e/ou
convulsões. Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o
paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa (“hidrofobia”). Os
espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações
cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. Observa-se, ainda, a
presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia, fotofobia.

O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação


de quadro comatoso e a evolução para óbito. O período de evolução do quadro clínico,
depois de instalados os sinais e sintomas até o óbito, é, em geral, de 2 a 7 dias.

Diagnóstico
A confirmação laboratorial em vida, dos casos de raiva humana, pode ser
realizada pelo método de imunofluorescência direta, em impressão de córnea, raspado
de mucosa lingual ou por biópsia de pele da região cervical (tecido bulbar de folículos
pilosos).

A sensibilidade dessas provas é limitada e, quando negativas, não se pode excluir


a possibilidade de infecção. A realização da autópsia é de extrema importância para a
confirmação diagnóstica.

Prevenção
No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser
procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente
com água e sabão e aplicar produto antisséptico.
O esquema de profilaxia da raiva humana deve ser prescrito pelo médico ou
enfermeiro, que avaliará o caso indicando a aplicação de vacina e/ou soro.

Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por
10 dias para ver se ele manifesta doença ou morre. Caso o animal adoeça, desapareça
ou morra nesse período, informar o serviço de saúde imediatamente.

A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses


animais, e consequentemente a raiva humana.

Deve-se sempre evitar de se aproximar de cães e gatos sem donos, não mexer
ou tocá-los quando estiverem se alimentando, com crias ou mesmo dormindo.

Nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente,


principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não
habituais.

Tratamento
A raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor medida de
prevenção é a vacinação pré- ou pós-exposição. Quando a profilaxia antirrábica não
ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar uma protocolo de tratamento da raiva
humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros
medicamentos específicos. Entretanto, é importante salientar que nem todos os
pacientes de raiva, mesmo submetido ao protocolo sobrevivem.

AIDS

A aids é causada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV é a


sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, responsável por defender o
organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é
alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se
multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos
sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a
outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de
seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação,
quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante
fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Assim pega:
 Sexo vaginal sem camisinha;
 Sexo anal sem camisinha;
 Sexo oral sem camisinha;
 Uso de seringa por mais de uma pessoa;
 Transfusão de sangue contaminado;
 Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na
amamentação;
 Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Assim não pega:


 Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
 Masturbação a dois;
 Beijo no rosto ou na boca;
 Suor e lágrima;
 Picada de inseto;
 Aperto de mão ou abraço;
 Sabonete/toalha/lençóis;
 Talheres/copos;
 Assento de ônibus;
 Piscina;
 Banheiro;
 Doação de sangue;
 Pelo ar.

Prevenção
O Ministério da Saúde adota a estratégia de prevenção combinada ao HIV, que consiste
no uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção, aplicadas em diversos níveis
para responder a necessidades específicas de determinados segmentos populacionais e
de determinadas formas de transmissão do HIV.
Para saber mais sobre a prevenção combinada, clique aqui.

Sintomas
Quando ocorre a infecção pelo vírus HIV, o sistema imunológico começa a ser atacado.
E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, em que ocorre a incubação do HIV
(tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse
período varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a
infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos
com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa
despercebida.
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as
constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o
suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma
equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos
eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a
infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos
linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo
de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800
a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores
noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que
recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-
se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber
da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer
de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por
isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de
risco, procure uma unidade de saúde imediatamente, informe-se sobre a Profilaxia Pós-
Exposição (PEP) e faça o teste.
Encontre aqui um serviço de saúde perto de você.
Diagnóstico do HIV
Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a
expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com
regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de
saúde ganha muito em qualidade de vida.
Além disso, as mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos sem
o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.
Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou
compartilhado seringas, faça o teste anti-HIV. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito
a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais
e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.
Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da
execução dos testes, há um processo de aconselhamento, para facilitar a correta
interpretação do resultado pelo (a) usuário (a). Também é possível saber onde fazer o
teste pelo Disque Saúde (136).
Além da rede de serviços de saúde, é possível fazer os testes por intermédio de
uma Organização da Sociedade Civil, no âmbito do Programa Viva Melhor Sabendo.
Em todos os casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a
contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca
por anticorpos contra o HIV no material coletado. Esse período é chamado de janela
imunológica.
Tratamento para o HIV Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na
década de 1980 para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Esses
medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, o
uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das
pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças
oportunistas.

Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo


com HIV que necessitam de tratamento.

Atualmente, existem 22 medicamentos, em 38 apresentações farmacêuticas,


conforme relação abaixo:
HEPATITES A, B E C

Existem doenças que são bem conhecidas pela maioria da população, mas que seguem
negligenciadas, seja pelos descuidos preventivos ou mesmo pela certeza de que nunca
será uma vítima da enfermidade. No entanto, pela facilidade de transmissão, algumas
delas devem sempre ser motivo de preocupação.

Uma delas, a hepatite, causa uma inflamação no fígado, e pode ser fatal, em algumas
circustâncias. Ela pode ser transmitida por vários tipos devírus, bactérias e parasitas,
e também ocorrer em decorrência do uso de certos medicamentos, abuso de bebidas
alcoólicas, ingestão de cogumelos venenosos ou estar relacionada a outra doença,
como lupus, fibrose cística, artrite reumatoide, entre outras.

As formas mais comuns no Brasil, no entanto, são as hepatites A, B e C. Por isso, abaixo
conheça em detalhes cada uma delas.

Hepatite A

A hepatite A é causada por um vírus chamado VHA. Esse microorganismo pode ser
transmitido pelo contato com água ou alimentos contaminados, principalmente frutos
do mar e vegetais. Ela também pode ser passada de pessoa doente para pessoa
saudável, por via oral-fecal.

Vale lembrar que o vírus sobrevive por até quatro horas na pele das mãos de quem está
infectado. A doença pode ainda ficar incubada por até seis semanas, no entanto, nesse
período já é possível transmitir a enfermidade. É muito comum em lugares carentes de
saneamento básico.

A hepatite A pode ser assintomática, mas quando há presença de sintomas, eles


costumam ser os seguintes:

Sintomas de Hepatite A

 Náuses e vômitos

 Febres

 Dores musculares

 Cansaço e mal estar;


 Icterícia

 Fezes esbranquiçadas e urina escura

Tratamento da Hepatite A

O tratamento da hepatite A consiste em amenizar os sintomas e geralmente


desaparece, esponteanemente, em até dois meses. Algumas pessoas, no entanto,
podem levar até seis meses para limpar o organismo do vírus.

Raramente a hepatite A evolui para uma complicação mais séria, como a hepatite
fulminante, que é quando o fígado para de funcionar, mas pode ocorrer. Existem duas
vacinas contra a doença.

Hepatite B

Transmitida pelo contato com sangue, saliva, sêmen ou secreções vaginais, a


hepatite B é causada pelo vírus VHB, que ataca as células do fígado e pode resultar em
hepatite aguda, crônica ou fulminante.

Ela é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível – DST – e pode ser


transmitida também pelo contato com objetos contaminados, de mãe para filho (na
gestação, parto e pós parto) e transfusões de sangue, embora o risco seja muito baixo
nesse último caso.

Sintomas da Hepatite B

 náuseas

 febre

 dores musculares

 icterícia

 fezes claras

 urina escura

 além de cansaço

 mal estar

Na maioria das vezes, a pessoa contaminada nem percebe que está doente e o vírus é
eliminado, naturalmente. No entanto, ela pode evoluir para crônica. Quando isso
acontece, pode levar anos até que o infectado descubra a doença, e quando descobre o
quadro já está mais grave, podendo resultar em cirrose hepática ou câncer de fígado.
Tratamento da Hepatite B

O tratamento, assim como no caso da hepatite A, visa reduzir os desconfortos dos


sintomas, mas quando se trata de hepatite B crônica existem remédios a serem
administrados.

A hepatite B também tem vacina.

Hepatite C

A hepatite C é transmitida pelo contato sexual, sangue ou de mãe para filho (gestação,
parto e pós parto) e compartilhamento de objetos infectados. O vírus que a transmite
chama-se VHC e a doença costuma evoluir para crônica, na maioria dos casos. A
evolução dela costuma ser lenta e, muitas vezes, o diagnóstico demora a chegar.

Sintomas da Hepatite C

 náuseas
 icterícia
 perda de peso
 cansaço
 dores musculares
 ascite (barriga d'água)
 confusão mental, quando o quadro já está mais grave.

Tratamento de Hepatite C

Ela não tem cura em cerca de 85% dos casos, mas existe tratamento a base de
medicação, inclusive disponível gratuitamente pelo SUS.

Não existe vacina para a hepatite C.

9 dicas para evitar Hepatites

1. A vacinação é uma importante prevenção contras as hepatites A e B;

2. Use sempre preservativo nas relações sexuais;

3. Não compartilhe objetos, como itens de higiene e de manicure

4. Caso faça tatuagem, verifique as condições do ambiente e exija sempre objetos


esterilizados e/ou descartáveis

5. Evite o consumo de bebidas alcoolicas

6. Lave as mãos antes de comer e depois de usar o banheiro

7. Evite alimentos de procedência duvidosa, e tenha especial atenção com frutos do mar,
principalmente moluscos que podem reter o vírus por causa da grande quantidade de
água que têm

8. Dê prefêrencia ao consumo de água filtrada ou fervida

9. Caso suspeite de que pode estar com a doença, não hesite em procurar um médico.
BACTÉRIAS

LEPTOSPIROSE

A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida ao homem pela urina de


roedores, principalmente por ocasião das enchentes. A doença é causada por uma
bactéria chamada Leptospira, presente na urina de ratos e outros animais (bois, porcos,
cavalos, cabras, ovelhas e cães também podem adoecer e, eventualmente, transmitir a
leptospirose ao homem).

A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas, alto custo


hospitalar e perdas de dias de trabalho, além do risco de letalidade, que pode chegar a
40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de
infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações
propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a
ocorrência de surtos.

Sintomas
Os principais da leptospirose são: febre, dor de cabeça e dores pelo corpo,
principalmente nas panturrilhas. Podem também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas
formas graves, geralmente aparece icterícia (pele e olhos amarelados), sangramento e
alterações urinárias. Pode haver necessidade de internação hospitalar.

O período de incubação da doença pode variar de 1 a 30 dias, e normalmente


ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.

Transmissão
Durante as enchentes, a urina dos ratos, presente nos esgotos e bueiros, mistura-
se à enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama pode
infectar-se. As leptospiras penetram no corpo pela pele, principalmente por arranhões
ou ferimentos, e também pela pele íntegra, imersa por longos períodos na água ou lama
contaminada. O contato com esgotos, lagoas, rios e terrenos baldios também pode
propiciar a infecção.

Veterinários e tratadores de animais podem adquirir a doença pelo contato com a


urina, sangue, tecidos e órgãos de animais infectados.

Prevenção
A prevenção é por meio de medidas como:

 Obras de saneamento básico (drenagem de águas paradas suspeitas de


contaminação, rede de coleta e abastecimento de água, construção e manutenção de
galerias de esgoto e águas pluviais, coleta e tratamento de lixo e esgotos,
desassoreamento, limpeza e canalização de córregos), melhorias nas habitações
humanas e o controle de roedores;
 É importante evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que
crianças nadem ou brinquem nessas águas. Pessoas que trabalham na limpeza de
lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (ou
sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés);
 A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata as leptospiras e deve ser
utilizada para desinfetar reservatórios de água: um litro de água sanitária para cada
1.000 litros de água do reservatório. Para limpeza e desinfecção de locais e objetos
que entraram em contato com água ou lama contaminada, a orientação é diluir um
copo de água sanitária em um balde de 20 litros de água, deixando agir por 10
minutos;
 Controle de roedores - acondicionamento e destino adequado do lixo,
armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d´água,
vedação de frestas e aberturas em portas e paredes, etc. O uso de raticidas
(desratização) deve ser feito por técnicos devidamente capacitados.

Tratamento
Os casos leves são tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser
internados. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença. Ao suspeitar
da doença, a recomendação é procurar um médico e relatar o contato com exposição
de risco.

CÓLERA

O Que é Cólera
A cólera é uma grave doença bacteriana que geralmente causa diarreia e
desidratação severas. A doença é tipicamente espalhada através de água
contaminada. Em casos graves, é necessário um tratamento imediato porque a morte
pode ocorrer em algumas horas. Isso pode acontecer mesmo se você estivesse
saudável antes de pegá-lo.

O esgoto moderno e o tratamento da água eliminaram efetivamente a cólera na


maioria dos países. Ainda é um problema nos países da Ásia, América Latina, África,
Índia e Oriente Médio. Os países afetados pela guerra, a pobreza e as catástrofes
naturais têm o maior risco de um surto de cólera. Isso ocorre porque essas condições
tendem a forçar as pessoas a viver em áreas lotadas sem saneamento adequado.

Quais São as Causas da Cólera


A cólera é causada por bactérias chamadas Vibrio cholerae. Os efeitos mortais da
doença são o resultado de uma forte toxina conhecida como CTX que é produzida por
essas bactérias no intestino delgado. CTX interfere com o fluxo normal de sódio e
cloreto quando se liga às paredes intestinais. Quando a bactéria se liga às paredes do
intestino delgado, seu corpo começa a secretar grandes quantidades de água que levam
a diarreia e perda rápida de fluidos e sais.

O abastecimento de água contaminada é a principal fonte de infecção por


cólera. Frutas, vegetais e outros alimentos não cozidos também podem conter bactérias
que causam cólera.

A cólera geralmente não é transmitida de pessoa para pessoa através do contato


casual.

Quais São os Fatores de Risco da Cólera


Qualquer um pode ficar doente com cólera, mas alguns fatores podem aumentar
seu risco. Estes fatores de risco também aumentam a probabilidade de você ter um
caso grave. Esses incluem:

condições impuras (como saneamento deficiente e água contaminada)


baixos níveis de ácido estomacal (bactérias da cólera não podem viver em
ambientes altamente ácidos)

 membros da família doentes

 tipo de sangue O (não está claro por que isso é verdade, mas mais pessoas com
esse tipo de sangue parecem estar em risco de cólera)
 comendo crustáceos crus (se os mariscos vivem em águas sujas onde vivem as
bactérias da cólera, há maiores chances de se tornarem doentes)

Quais São os Sintomas da Cólera


A maioria das pessoas expostas à cólera nunca fica doente. De fato, na maioria
dos casos, você nunca saberá que você foi exposto. Uma vez que você está infectado,
você continuará a eliminar as bactérias da cólera através de suas fezes por 7 a 14 dias.
A cólera geralmente causa diarreia leve a moderada, como outras doenças.

Uma em cada 10 pessoas infectadas desenvolverá sintomas típicos dentro de


dois a três dias após a infecção. Os sintomas comuns da cólera incluem:

 início repentino de diarreia


 náusea
 vômito
 desidratação leve a grave

A desidratação causada pela cólera é geralmente grave e pode causar cansaço,


mau humor, olhos afundados, boca seca, pele arruinada, sede extrema, saída reduzida
de urina, batimentos cardíacos irregulares e pressão arterial baixa.

A desidratação pode levar à perda de minerais no sangue. Isso pode levar a um


desequilíbrio eletrolítico. O primeiro sinal de um desequilíbrio eletrolítico é cãibras
musculares severas. Um desequilíbrio eletrolítico pode eventualmente levar a choque.

As crianças geralmente têm os mesmos sintomas de cólera que os adultos. As


crianças também podem experimentar o seguinte:

 sonolência severa
 febre
 convulsões
 coma

A cólera raramente ocorre nas nações do primeiro mundo. Se você seguir


práticas de segurança alimentar adequadas, mesmo em áreas afetadas, o risco de
infecção é menor. Ainda assim, a cólera continua a ocorrer em todo o mundo. Se você
desenvolver diarreia grave depois de visitar uma área com alta taxa de cólera, você
deve consultar um médico.

Diagnóstico e Tratamento da Cólera


Se você tiver sintomas de cólera, entre em contato com seu médico. Um médico
pode confirmar que você tem cólera identificando bactérias em uma amostra de fezes.

Métodos comuns para tratar a cólera incluem:

 sais de reidratação oral


 Reidratação de líquidos intravenosos
 antibióticos
 suplementos de zinco

Estes tratamentos adicionam ao líquido no corpo e reidratam-no. Eles também


ajudam a reduzir o tempo que você tem diarreia.

Complicações da Cólera
A cólera pode ser fatal. Em casos graves, a perda rápida de fluidos e eletrólitos
pode causar a morte em apenas duas ou três horas. Mesmo em casos típicos, se a
cólera não for tratada, as pessoas podem morrer de desidratação e choque em apenas
18 horas.

Choque e diarréia grave são as complicações mais graves da cólera. No entanto,


outros problemas podem ocorrer, tais como:

 Baixo teor de açúcar no sangue


 baixos níveis de potássio
 falência renal

Prevenção da infecção por cólera


Se você estiver viajando para uma área onde a cólera é comum, suas chances de
contrair a doença ainda são baixas se você:
 lave suas mãos
 Beba apenas água engarrafada ou fervida
 evite alimentos crus e mariscos
 evite alimentos lácteos
 Coma frutas e vegetais crus que você pode descascar

Uma vez que as vacinas contra a cólera não funcionam muito bem e a maioria
das pessoas tem poucas chances de contrair cólera, seu médico não é provável que lhe
forneça uma vacinação. Se você já teve a vacina e vai estar em um país onde a cólera é
uma ameaça, você pode precisar de uma segunda dose ou reforço da vacina.

COQUELUCHE

O que é Coqueluche

A coqueluche é também conhecida como “Pertussis” (devido ao nome da bactéria


causadora), “tosse comprida” ou “tosse convulsa”. É uma doença infecciosa aguda e
transmissível, responsável por acometer o aparelho respiratório (traquéia e brônquios). A
coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, ou “bacilo de Bordet-Gengou”,
que produz uma toxina que faz com que os sintomas de tosse convulsa, constipação e
outros se manifestem. Além dessa bactéria, cerca de 5% a 20% dos casos de coqueluche
podem ser causados por um outro tipo mais grave, a Bordetella parapertussis.

A coqueluche foi descrita pela primeira vez em 1578, mas a B. pertussis só foi
isolada em 1907 por Jules Bordet e Octave Gengou. A vacina foi desenvolvida em 1926 e
o genoma da bactéria foi sequenciado em 2002.

Esta doença é extremamente grave para lactantes e crianças pequenas que não
foram vacinados, principalmente recém-nascidos com menos de 2 meses de idade que
ainda não receberam a primeira dose da vacina.

As crianças recém-nascidas têm as vias respiratórias muito finas e que podem ser
facilmente obstruídas pelo muco produzido na infecção. Por conta disso, elas podem até
correr o risco de não conseguirem respirar.

Além de ser altamente contagiosa, sua duração é de 6 a 10 semanas. Em vários


países desenvolvidos (Europa, América do Norte ou Japão, por exemplo) a cobertura de
vacinas é muito alta e são poucos os casos de coqueluche, bem como morte da criança.

Contudo, nos países em desenvolvimento, até mesmo em países emergentes,


como o Brasil, a coqueluche continua causando danos e várias mortes. Isto ocorre devido
à cobertura vacinal de adultos muito baixa eles podem transmitir a doença para bebês ou
crianças pequenas.

Em setembro de 2013, no Texas (EUA), ocorreu uma epidemia de coqueluche e


foram registradas pelo menos duas mortes. A baixa imunização de adultos foi a principal
causa, porque a maioria dos recém-nascidos e crianças pequenas foi contaminada por
adultos, apenas 12% destes adultos estavam imunizados.

No Brasil, devido à manutenção das altas coberturas de vacinação, notou-se uma


variação da incidência de casos de coqueluche, cerca de 0,32 casos para 100 mil
habitantes em 2010 contra 0,72 para cada 100 mil habitantes em 2004; no país a
notificação é compulsória.

Causas

A doença é causada pela infecção das bactérias Bordetella pertussisou Bordetella


parapertussis, as quais afetam a garganta (faringe) e causam um incômodo nela,
provocando as tosses (principal sintoma da Coqueluche).

Um indivíduo infectado pela bactéria, ao espirrar ou rir, faz com que as pequenas
partículas da saliva ou muco sejam lançados no ar. Isto pode infectar outros que respirem
o mesmo ar e que não estejam imunes contra a doença.

Período de incubação

Quando o corpo entra em contato com as bactérias da coqueluche, ele demora


cerca de 7 a 14 dias para o paciente apresentar os primeiros sintomas.

Os sintomas da Coqueluche

Os sintomas variam de paciente para paciente, sendo que nos adultos eles ocorrem
de forma mais leve (cerca de 1/3 é assintomático), enquanto que nas crianças com menos
de 6 anos de idade podem ser fatais.

A coqueluche se desenvolve em 3 fases sintomáticas sucessivas, são elas:

Fase catarral

Tem início com manifestações respiratórias e sintomas leves, os quais podem ser
confundidos com a gripe. O sintomas podem durar algumas semanas e deixam o paciente
extremamente cansado.Ele poderá sentir:

 Febre ligeira.
 Olhos lacrimejantes.
 Coriza.
 Rinorreia: nariz escorrendo muco.
 Mal-estar.
 Tosse seca e, em seguida, contínua, com duração de 2 a 4 semanas. A tossida
da criança com a Coqueluche leva de 20 a 30 segundos sem parar e, depois, há a
dificuldade para respirar.
 Lábios e unhas podem ficar azulados durante as crises de tosse, que geralmente
ocorrem mais à noite.

A multiplicação da bactéria causa a tosse convulsa, por conta da diminuição do


funcionamento da traqueia e brônquios. Assim, a tosse pode ser uma consequência ou um
sintoma do problema.

Fase aguda

 As crises de tosse cessam, devido à inspiração forçada e prolongada.


 Vômitos, fazendo com que o paciente tenha dificuldade de beber, comer e
respirar.

Fase grave ou convalescença

 As crises de tosse desaparecem, voltando à tosse comum.


 Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentarem formas
graves da doença, que podem causar:
 Desidratação.
 Pneumonia.
 Convulsões.
 Lesão cerebral.

Recém-nascidos podem apresentar apnéia e demais problemas respiratórios sem


tosse presente.

Qual profissional devo procurar? E qual o diagnóstico?

O clínico geral, o pneumatologista ou o pediatra, quando crianças. O barulho típico


de um “assobio” que a criança faz ao respirar fundo entre os acessos de tosse é
característico da Coqueluche. O diagnóstico poderá ser realizado por:

 Observação dos sinais clínicos: tosse durante vários dias e semanas, em


particular com acessos de tosse, etc.
 Diagnóstico de confirmação: feito por um teste de laboratório para identificar as
bactérias que causam a doença. Quando a coqueluche está em seu início, as chances
de identificá-la são de 80% a 90%.
 Espirometria: medição da capacidade inspiratória e expiratória do paciente.
 Exames de sorologia.
 Raio-x do tórax.

Ao examinar, o médico precisará diferenciar a Coqueluche de doenças como gripe


e tuberculose, pois possuem sintomas semelhantes.
Qual o tratamento para Coqueluche?

O principal tratamento é medicamentoso, por antibióticos, que são bastante eficazes


contra as infecções bacterianas. São escolhidos pelos médicos de acordo com as
necessidades de cada paciente, especialmente os macrolídeos, como a Azitromicina.

O objetivo de tomá-los é para reduzir o contágio da doença, ajudando a acelerar a


recuperação.

Atenção!
Os medicamentos (bem como xaropes) para tosse não são recomendados para tratar a
Coqueluche por terem pouco ou nenhum efeito.

Nas crianças pequenas e bebês, a coqueluche pode ser potencialmente muito


grave, por isso, o médico poderá recomendar o tratamento da doença em hospitais, para
monitorar melhor o estado do paciente. Ele também isolará o paciente, para evitar a
contaminação de outras pessoas.

Os pacientes também devem adotar os seguintes hábitos:

 Evitar agentes irritantes no ar, como fumaça de cigarro ou de lareiras.


 Evitar o contato com pessoas saudáveis, de modo a evitar infectá-las também.
 Manter o doente afastado de outras pessoas, para evitar possível contaminação
em pessoas não imunizadas, durante a fase de transmissão.
 Não acredite em receitas caseiras para curar a Coqueluche.
 Higienize bem as mãos ao entrar em contato com pacientes da doença.
 Fazer refeições pequenas, para evitar o vômito.
 Manter-se hidratado: seja com água, sucos naturais ou água de coco.
 Relaxar e manter-se em repouso.
 Se possível, usar umidificador de ar no quarto, para ajudar a diluir as secreções
pulmonares.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes


consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do
tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas
nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma,
substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer
tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem,
procure orientação médica ou farmacêutica.

A vacinação contra Coqueluche

Como tratamento preventivo há a vacinação quando criança. Recomenda-se a


vacinação contra a coqueluche a partir dos 2 meses de idade, são 3 injeções com 1 mês
de intervalo.
Em seu primeiro ano de vida a criança terá recebido 3 doses de vacina. 1 ano após
a última vacinação, a criança receberá um reforço (para cerca de 2 anos), e depois um
segundo reforço durante a adolescência, de 11 a 13 anos de idade. Os postos de saúde a
distribuem gratuitamente.

Recomenda-se também um reforço na idade adulta (entre 25 e 29 anos),


principalmente para as pessoas que têm contato com crianças pequenas, como equipe
médica, pais e professores. As mães devem ser vacinadas antes da gravidez ou logo após
e, especialmente, os bebês, como forma de prevenção em todos os casos a transmissão
da coqueluche.

Frequentemente, a vacina contra a coqueluche é associada à vacina contra outras


duas doenças infecciosas: a difteria e o tétano. Este tipo é conhecido como a vacina DTP
ou tríplice (que combate à difteria, tétano e coqueluche).

Grupos e fatores de risco

As crianças e os bebês são os mais acometidos pela coqueluche. Ainda estima-se


que os pais de crianças menores de 6 meses estão particularmente preocupados com
relatos de coqueluche grave, principalmente com as complicações, como pneumonia e
risco de vida (são casos raros, mas podem ocorrer).

Entre outros grupos e fatores de risco estão:

 Recém-nascidos com menos de 2 meses que não foram vacinados.


 Adultos que não foram vacinados quando crianças.

Complicações

As complicações da Coqueluche são raras, contudo, se houver elas poderão ser:

 Costelas machucadas ou rachadas.


 Convulsão.
 Desidratação.
 Hérnias abdominais e umbilical.
 Hemorragia ocular.
 Infecções de ouvido.
 Pneumonia.
 Parada respiratória.
 Pneumotórax.
 Prolapso retal.
 Lesão cerebral.
 Vasos sanguíneos da pele ou olhos estourados.

Entre as complicações mais comuns estão as do tipo respiratórias. Lactantes têm


um risco maior de lesão, por causa da falta de oxigênio depois dos períodos de apneia ou
dos episódio de tosse.

Se ocorrer complicações nas crianças, elas sempre terão maior gravidade do que
nos adultos, podendo a coqueluche levar à morte (casos raros) se não for tratada.

Como prevenir? É transmissível?

A forma mais eficaz de prevenção é ter tomado a vacina DTP com o mínimo de 3
doses, quem a tomou não corre o risco de ser infectado com a doença.

A Coqueluche é transmissível de pessoa para pessoa. Esta transmissão ocorrerá


pelo contato direto do paciente com uma pessoa suscetível, ou seja, não vacinada, através
de:

 Gotículas de saliva expelidas por tosse;


 Espirro ou ao falar;
 Contato com objetos contaminados pelas secreções do doente.

A presença ou ausência de imunidade específica em uma pessoa é a única


característica individual conhecida que a ‘auxilia’ ser infectada. Os programas de
vacinação do país ajudaram a diminuir em grande número a ocorrência de casos de
coqueluche, a qual atingiu cerca de 36 mil casos notificados por ano, entre 1981 e 1991.
Após esses programas, a doença vem sendo reduzida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, a cada ano, 600 mil crianças
morrem de coqueluche e cerca de 60 milhões de crianças são atingidas por ela; 90% dos
pacientes afetados pela coqueluche são crianças. No Brasil, os casos de coqueluche já
chegaram à incidência de 30 casos a cada 100 mil habitantes, no início dos anos 80. O
que fez esses números diminuírem foram as campanhas de vacinação e prevenção da
doença, mantendo os casos de coqueluche inferiores a 0,05/1000 habitantes nos últimos
anos. 50% dos casos de coqueluche refere-se a grupo de menores de 1 ano de idade. A
letalidade da doença é também elevada em crianças pequenas, sendo que praticamente
todo os óbitos da doença se concentram em bebês ou crianças menores (Fonte: Ministério
da Saúde).

Agora que você já sabe os riscos da Coqueluche, compartilhe este artigo para que
mais pessoas também sejam informadas!
TÉTANO

O tétano é uma doença contagiosa que pode se tornar muito grave e levar a morte
se não for prevenida com vacinas ou tratada a tempo. Pode acometer indivíduos de
qualquer idade e não é transmissível de pessoa a pessoa. A doença ocorre mais
frequentemente em locais onde há pouca cobertura vacinal e também onde não há
atendimento médico adequado.

Agente etiológico
O agente causador do tétano é a bactéria anaeróbia gram-positiva Clostridium
tetani, que facilmente forma esporos, que são as formas de resistência. Os esporos
podem ficar viáveis por muito tempo em qualquer ambiente. São encontrados no solo, e
também nos intestinos e fezes de animais e humanos, onde instalam sem causar a
doença. Quando o indivíduo se fere (com objetos cortantes ou em uma queda em solo
contaminado, por exemplo), os esporos germinam e produzem uma neurotoxina muito
potente chamada tetanospasmina que se dissemina para o corpo através do sistema
circulatório.

Transmissão
A transmissão ocorre através de ferimentos (tétano acidental) ou através do cordão
umbilical no momento do parto (tétano neonatal).

Tétano acidental
A contaminação ocorre através de acidentes em superfícies (ferros enferrujados,
solos, poeira, esterco) contaminadas com os esporos da bactéria.

Tétano pode ser adquirido por meio de objetos enferrujados. Foto: Amateurs /
Shutterstock.com

Tétano neonatal
Também conhecido como tétano umbilical ou “mal dos sete dias”, ocorre em
recém-nascidos cujas mães não se vacinaram contra o tétano antes ou durante a
gravidez. A contaminação ocorre durante o corte do cordão com objetos não esterilizados
(ou esterilizados inadequadamente) e a utilização de substâncias contaminadas (pó de
café, fumo, esterco, etc) durante a limpeza do coto umbilical.

Sintomas
Tétano acidental: O período de incubação é de 10 dias podendo variar de 2 a 21
dias. Os principais sintomas do tétano são cefaleia, febre, dores musculares,
principalmente no pescoço. É muito comum também a ocorrência do trismo (trincar dos
dentes). Não sendo tratada, ocorre a paralisia total dos músculos respiratórios, levando a
morte por asfixia.
Tétano neonatal: o período de incubação é de 7 dias (variando entre 7 e 14 dias).
Os sintomas se caracterizam por: choro constante, irritabilidade, dificuldade para mamar e
abrir a boca, rigidez na nuca, tronco e abdome, mãos fechadas, flexão dos punhos (como
se fosse um boxeador), dificuldade respiratória, olhos fechados, contratura abdominal
(muito confundida com cólica intestinal). Pode ocorrer febre baixa. Com o agravamento do
quadro, o bebê para de chorar e há o aumento da apneia (ausência de respiração),
podendo levar ao óbito.

Diagnóstico
Não depende de exames laboratoriais. É um diagnóstico clínico-epidemiológico.

Tratamento
Em casos mais simples, o uso do soro antitetânico logo após o acidente já é
suficiente. Nos casos mais graves, o paciente deve ficar internado em hospital para que
seja administrado soro antitetânico combinado com antibióticos e seja feita a limpeza do
ferimento. A internação é longa (3 a 15 semanas) e cara.

Prevenção
A prevenção do tétano é simples. Basta seguir o esquema de vacinação proposto
pelo Ministério da Saúde: vacinação aos 2, 6, e 15 meses e depois aos 4 a 6 anos.
Depois disso, a vacina deve ser renovada de 10 em 10 anos, inclusive nos adultos.

LEPRA

Apesar de hoje em dia, ser normalmente chamada de hanseníase, a lepra já


chegou a ser conhecida como uma “praga bíblica” e na antiguidade, acredita-se que as
pessoas eram isoladas por possuírem a doença. No entanto, com o passar dos anos isso
foi se tornando apenas um mito.
Além disso, a falta de informação prejudica muito os indivíduos na hora que a
necessidade de realizar um tratamento ou visitar o médico para tirar possíveis dúvidas. O
Brasil é um país que ainda conta com muitos casos de Lepra, por isso e por diversos
outros fatores é importante se informar a respeito da doença.

A seguir, saiba mais a respeito da lepra, que é uma das doenças mais antigas da
humanidade.

1) O que é Lepra?
Como dito anteriormente, a lepra também é conhecida como hanseníase, na
verdade é o termo mais utilizado para a doença atualmente. Além disso, também são
usados outros dois nomes: mal de Hansen ou mal de Lázaro.

Trata-se de uma doença infecciosa, causada por uma bactéria que leva o nome de
Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, nome dado em homenagem a seu
descobridor.

2) Quais são as causas?


Trata-se de uma doença contagiosa por meio de um doente não tratado. Como dito
anteriormente, ela é causada por uma bactéria. Ainda não se sabe detalhadamente como
a transmissão da hanseníase ocorre.

Alguns estudos apontam o aparelho respiratório como um local por onde o bacilo é
eliminado e outra pessoa contagiada, por meio da fala, espirro, tosse ou até mesmo o
beijo.

Acredita-se que a contaminação possa ocorrer pelas gotículas de saliva e não pelo
contato com a pele, como muitos acreditam.

3) Quais são os sintomas da lepra?

 Os sintomas podem envolver manchas na pele, algumas vezes visíveis,


outras mais esbranquiçadas ou de um leve marrom.
 Ocorre alteração no modo em como a pessoa sente a temperatura no local
afetado pelas manchas.
 Os nervos também são comprometidos, levando muitas vezes o
aparecimento de dormência. Além disso, podem aparecer caroços ou inchaços nas
orelhas, mãos ou cotovelos. Em alguns casos, os sintomas são piores e pode ocorrer
alguma deformidade nos membros.
4) Conheça os tipos de lepra

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A lepra, pode ser apresentada principalmente das seguintes formas:
1- Tuberculóide: Nesse caso, o paciente não é gravemente afetado. Ele possui
resposta imune parcial ao bacilo e os sintomas não são tão agressivos.
2- Indeterminada: Pouquíssimas lesões são apresentadas, ou até mesmo uma
única, raramente evolui para casos mais graves.
3- Lepromatosa: É mais grave que as anteriores, o paciente apresenta diversas
lesões na pele e é mais fácil de detectar a bactéria.
Não esqueça: Em todos os casos da Lepra/Hanseníase o tratamento deve ser
buscado. Qualquer alteração na saúde ou ao notar algo de estranho na pele, procure um
médico. A prevenção e os tratamentos logo no início são essenciais.
5) Existem tratamentos para a lepra?
Sim, essa doença tem cura! Depois de diagnosticada clinicamente e no laboratório
por meio de exames. Os tratamentos são feitos com medicamentos, normalmente com
antibióticos indicados pelos médicos.

O tratamento é eficaz quando seguido corretamente, por isso, é importante prestar


atenção em toda a orientação oferecida pelo profissional de saúde.

DOENÇA DE CHAGAS

A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo


protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda –
DCA) que pode ser sintomática ou não, podendo evoluir para as formas crônicas caso
não seja tratada precocemente com medicamento específico.
Superada a fase aguda, aproximadamente 60% dos infectados evoluirão para
uma forma indeterminada, sem nenhuma manifestação clínica da doença de Chagas e
com exames complementares sem alterações. Os demais, desenvolverão formas
clínicas crônicas, divididas em três tipos de acordo com as complicações apresentadas:
cardíaca, digestiva ou mista (com complicações cardíacas e digestivas).

Transmissão

Os vetores são triatomíneos (família Reduviidae), insetos hematófagos


popularmente conhecidos como barbeiros ou bicudos. Qualquer mamífero pode albergar
o parasito, enquanto aves e répteis são refratários à infecção. Os principais
reservatórios no ciclo silvestre são gambás, tatus, cães, gatos, ratos, etc.

Em função de ações de controle de vetores a partir da década de 1970, o Brasil


recebeu em 2006 a Certificação Internacional pela Interrupção da Transmissão de
doença de Chagas pelo Triatoma infestans, espécie exótica e responsável pela maior
parte da transmissão vetorial no passado. Porém, estima-se que existam
aproximadamente 12 milhões de portadores da doença crônica nas Américas, e que
haja no Brasil, atualmente, pelo menos um milhão de pessoas infectadas por T. cruzi.

Tratamento

O tratamento deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença. O


remédio, chamado benznidazol, é fornecido pelo Ministério da Saúde, gratuitamente,
mediante solicitação das Secretarias Estaduais de Saúde e deve ser utilizado em
pessoas que tenham a doença aguda assim que ela for identificada.

Para os portadores da doença crônica a indicação desse medicamento é para


aqueles pacientes que não apresentam sintomas e com exames sem alterações (forma
indeterminada) ou em formas clínicas iniciais, devendo ser avaliados caso a caso.

Em casos de intolerância ou que não respondam ao tratamento com benznidazol,


especialmente casos agudos e de reativação da doença de Chagas em
imunossuprimidos, o Ministério da Saúde disponibiliza o nifurtimox como alternativa de
tratamento.

Prevenção

A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada à forma de


transmissão.

Uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro
das residências, por meio da utilização de inseticidas por equipe técnica habilitada. Em
áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas,
podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas.

Recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de


mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou
pernoite) em áreas de mata.

Quando o morador encontrar triatomíneos no domicílio:


 Não esmagar, apertar, bater ou danificar o inseto;
 Proteger a mão com luva ou saco plástico;
 Os insetos deverão ser acondicionados em recipientes plásticos, com tampa
de rosca para evitar a fuga, preferencialmente vivos;
 Amostras coletadas em diferentes ambientes (quarto, sala, cozinha, anexo
ou silvestre) deverão ser acondicionadas, separadamente, em frascos rotulados, com
as seguintes informações: data e nome do responsável pela coleta, local de captura e
endereço.
Em relação à transmissão oral, as principais medidas de prevenção são:
 Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da
cadeia de produção de alimentos suscetíveis à contaminação, com especial atenção
ao local de manipulação de alimentos.
 Instalar a fonte de iluminação distante dos equipamentos de processamento
do alimento para evitar a contaminação acidental por vetores atraídos pela luz.
 Realizar ações de capacitação para manipuladores de alimentos e de
profissionais de informação, educação e comunicacão.
 Resfriamento ou congelamento de alimentos não previne a transmissão oral
por T. cruzi, mas sim a cocção acima de 45°C, a pasteurização e a liofilização.

LEISHMANIOSE

O que é a leishmaniose?

Leishmaniose é uma doença causada por um protozoário e é


uma antropozoonose. Isso quer dizer que esta doença é própria de animais, mas pode
ser transmitida de maneira acidental para seres humanos.

No caso da leishmaniose, o protozoário parasita é transmitido entre animais (cães,


roedores) através da picada de certos tipos de mosquito. Quando o mosquito infectado
pica um ser humano, a doença é transmitida para o homem.
A doença pode se manifestar de 3 maneiras diferentes e ser causada por até 30
tipos de protozoários do gênero leishmania.

Em ambientes urbanos o animal mais afetado pela doença é o cachorro, que


também serve de principal hospedeiro do parasita.

No Brasil a maior parte dos casos acontece no norte e nordeste, mas todo o país
corre risco. Em março de 2018, diversos casos foram noticiados no interior de São Paulo,
aos poucos surgindo mais próximos da capital.

A doença é considerada extremamente negligenciada. De acordo com


a DNDi (Drugs for neglected diseases) — ou Iniciativa Medicamentos para Doenças
Negligenciadas, em português — afirma que isso acontece pois a leishmaniose tem
prevalência em regiões pobres e não há interesse da indústria farmacêutica em investir em
novos medicamentos.

Tipos

Existem 3 tipos diferentes de leishmaniose. São eles:

Leishmaniose cutânea

Este tipo da doença afeta a pele. Ela forma feridas e úlceras na pele, e é a versão
mais comum da leishmaniose, sendo causada por quase 20 dos protozoários do gênero
leishmania. As feridas podem ser grandes e doloridas.

Leishmaniose mucocutânea

Parecida com a versão cutânea, a leishmaniose mucocutânea afeta com úlceras,


além da pele, as mucosas e cartilagem. A boca e o nariz são afetados e esse tipo da
doença pode causar sérias deformações faciais, podendo praticamente devorar os lábios,
orelhas ou nariz por inteiro.

Leishmaniose visceral

A versão visceral da leishmaniose também é conhecida como calazar. Está versão


é a mais rara, mas a mais perigosa das três. Ela causa úlceras nos órgãos internos do
paciente. O baço, o fígado e a medula óssea são afetados e, se não tratada, esta condição
leva a morte.

Causas

Através da picada do mosquito-palha infectado, o parasita causador da


leishmaniose é transmitido para o ser humano ou animal e a doença se instala.
O parasita é do gênero leishmania e 30 tipos diferentes dele podem causar a
doença em humanos.

Como funciona

Os parasitas da leishmaniose podem sobreviver ao processo de fagocitose. É


através da fagocitose que as células fagocitárias do sistema imunológico destroem
agentes infecciosos. Estas células envolvem o agente da infecção e utilizam ácidos para
eliminá-lo.

A leishmania é capaz de sobreviver ao ácido. Suas principais vítimas são


os macrófagos, grandes células fagocitárias do sistema imunológico.

Ao sobreviver à fagocitose, o parasita contamina o macrófago e usa sua energia


para se reproduzir, finalmente matando a célula e liberando mais parasitas que irão
contaminar outras células.

Na maioria dos casos, o sistema imunológico é capaz de destruir os macrófagos


contaminados através de uma resposta imunológica citotóxica. Esta resposta é chamada
de Th1 e libera compostos capazes de matar células. Nesses casos, os sintomas são
apenas cutâneos.

Entretanto, em alguns casos, a resposta imunológica é a produção de anticorpos


(chamada Th2). Nestes casos, apesar de as leishmanias livres no sangue serem
eliminadas, a infecção prossegue já que os parasitas dentro dos macrófagos estão
protegidos.

Quando isso acontece, a leishmaniose evolui para o tipo mucocutâneo (na maioria
dos casos) ou para leishmaniose visceral (quando a contaminação é pelo L. donovani, L.
chagasi ou L. infantum).

Transmissão

O meio mais comum de transmissão da leishmaniose é a picada de


mosquitos flebótomos, notadamente o mosquito-palha. Estes mosquitos são pequenos,
capazes de passar pela malha de muitos mosquiteiros e telas. São encontrados em
lugares úmidos, escuros e com plantas próximas. Se um desses mosquitos pica um
mamífero contaminado e consome sangue com o parasita, a leishmania passa a se
reproduzir no intestino do inseto.
Depois de alguns dias, ele passa para a saliva do mosquito, por onde contamina
novos hospedeiros mamíferos, fechando o ciclo.

A doença afeta principalmente cachorros, mas pode afetar gatos, gado, roedores e
outros mamíferos. Recomenda-se acompanhar o estado de saúde de cães para evitar que
a doença se espalhe.

Grupos e fatores de risco

Alguns grupos são mais propensos a desenvolver versões sérias da doença. São
eles:

HIV Positivo

Devido aos problemas imunológicos causados pelo vírus HIV, o parasita consegue
infectar livremente as pessoas que sofrem de AIDS. O sistema imunológico incapaz de
lidar com a doença permite que sua evolução seja rápida e perigosa.

Desnutrição

A desnutrição enfraquece o sistema imunológico, que pode encontrar mais


dificuldades em eliminar os parasitas, tornando pessoas desnutridas um grupo que pode
facilmente desenvolver a doença.

Comprometimento do sistema imunológico

Qualquer doença que comprometa o sistema imunológico abre o caminho para que
uma leishmaniose cutânea evolua em mucocutânea ou calazar.

Regiões desmatadas

Pessoas que moram em regiões recentemente desmatadas sofrem risco de


contaminação, já que os mosquitos que viviam na área de floresta podem viver na região.

Florestas

Visitas a regiões de florestas tropicais, como a Amazônia, podem expor as pessoas


ao parasita leishmania, aumentando as chances de contração e evolução da doença.

Regiões pobres

Regiões mais pobres possuem maior número de casos de leishmaniose devido ao


menor controle da população de mosquitos e dificuldade do acesso ao tratamento da
infecção parasitária, o que facilita a continuação do ciclo do protozoário.
Sintomas

Os sintomas da leishmaniose variam de acordo com o tipo da doença.

Leishmaniose cutânea

A versão cutânea da doença apresenta apenas úlceras na pele. Se o sistema


imunológico consegue eliminar as células fagocitárias infectadas, estes sintomas podem
ser leves ou nem aparecer. Entretanto, caso não a doença consiga passar para a próxima
fase, as úlceras podem ficar grandes no processo.

Leishmaniose mucocutânea

Quando a leishmaniose torna-se mucocutânea, ela é capaz de afetar o nariz, a boca


e as demais mucosas. Os sintomas da versão cutânea tornam-se muito mais graves.

Deformação facial
O rosto pode ficar deformado devido a destruição de tecido cartilaginoso. O nariz
inteiro pode ser consumido por úlceras, assim como lábios, orelhas e pedaços do rosto.

Leishmaniose visceral

Nesta versão da doença, os órgãos internos são afetados. Ela é transmitida apenas
pela Leishmania donovani, a Leishmania infantum e a Leishmania chagasi, três versões do
parasita a causar leishmaniose.

A versão da doença também é chamada de calazar e diversos sintomas podem


surgir. Estes sintomas costumam se manifestar em torno de 4 a 8 meses depois da
infecção, mas podem levar até 2 anos para sua aparição. Nos casos em que o paciente é
imunocomprometido, alguns dias podem bastar.

Os sintomas são:

Descamação de pele
A doença se manifesta, inicialmente, através de descamação da pele,
especialmente no nariz, queixo, boca, orelhas e couro cabeludo. É frequente que haja
confusão com caspa neste último caso.

Calombos no couro cabeludo


Os calombos causados pela leishmaniose costumam surgir no couro cabeludo.
Devido a coceira do paciente, podem se tornar feridas, mas nem sempre acontece.

Febre
A infecção pelo parasita pode causar febre. Ela é intermitente (pode ir e voltar em
intervalos indefinidos) e pode durar semanas.

Esplenomegalia (Aumento do baço)


Os órgãos que apresentam grande quantidade de macrófagos são especialmente
afetados. Isso se aplica ao baço, que é um órgão especialmente importante para o sistema
imunológico. O aumento do baço pode ser resultado de uma leishmaniose.

Hepatomegalia (Aumento do fígado)


Assim como o baço, o fígado também é um órgão cheio de macrófagos e de
extrema importância no sistema imunológico. Quando está infectado pela leishmaniose,
ele pode inchar e ocupar mais espaço dentro do corpo.

Redução da imunidade
Devido a ação do parasita nas células do sistema imunológico e nos órgãos que
trabalham com ele, a imunidade do paciente fica reduzida. Infecções se tornam mais
perigosas e mais fáceis de se contrair, especialmente nos casos de tuberculose e malária.

Fraqueza
Em fases mais avançadas da doença, a infecção pode causar fraqueza no corpo do
paciente.

Diarreia
Devido ao efeito que a doença tem nos órgãos internos, a diarreiapode surgir no
paciente de calazar.

Sangramento na boca e intestinos


Sangramentos podem ocorrer na boca e nos intestinos. O sangramento na boca é
fácil de identificar, mas o intestinal fica perceptível quando existe a presença de sangue
nas fezes.

Caquexia
A caquexia é uma condição em que o corpo enfrenta fraqueza e perda de peso
extremas. É uma das principais causas de morte de pacientes de câncer, além de afetar
pessoas desnutridas.

Leishmaniose visceral avançada pode causar caquexia.

Palidez
Se não tratada, a doença pode chegar ao estado de causar palidez na pele e
mucosas como nariz e boca.
Leishmaniose em animais

A leishmaniose é uma doença mais frequente em animais do que em humanos. Nas


cidades, é especialmente comum em cães, enquanto em áreas silvestres, a doença afeta
principalmente raposas e marsupiais.

Cães

Apesar de a doença poder ser curada em humanos, infelizmente não existe


cura garantida da leishmaniose para cães. O tratamento mais frequente da doença faz
com que ela fique dormente, mas nem sempre curada, e o cão segue como reservatório
para o parasita.

É frequente que seja realizada a eutanásia em cães infectados, já que eles se


tornam hospedeiros da doença e ajudam a espalhar o parasita. Entretanto, não se deve
esquecer que eles são as vítimas aqui, já que o vetor da leishmaniose é o mosquito.

No ano de 2016 foi liberado no Brasil um medicamento que demonstra resultados


satisfatórios em cães. O medicamento, chamado Milteforan, consegue curar o animal por
completo, mas durante toda a vida o cão deve acompanhar seu estado para saber se não
houve um retorno da infecção ou se ele não foi infectado novamente.

O medicamento deve ser usado durante 28 dias, sem interrupção.

Como é feito o diagnóstico?

A suspeita da leishmaniose costuma surgir devido a descamação e úlceras na pele.


A doença, especialmente na versão visceral, pode passar despercebida por meses, e é
comum que seus sintomas sejam confundidos com outras doenças como a malária, a
febre tifóide e a doença de chagas.

Para diagnóstico preciso é necessário realizar alguns testes.

Leishmanioses cutâneas

As leishmanioses cutâneas são mais fáceis de serem diagnosticadas. As úlceras


são bem visíveis e é possível coletar o material diretamente delas, através de uma
raspagem, que então pode ser analisado no microscópio para a identificação do parasita.
Leishmaniose visceral

Quando se lida com o calazar, o diagnóstico pode ser mais difícil. Muitos de seus
sintomas são parecidos com outras doenças, portanto a suspeita pode demorar a surgir.

Para estes exames podem ser usados materiais extraídos da medula óssea, do
baço ou o soro sanguíneo, dependendo do exame.

O soro sanguíneo é extraído do sangue por centrifugação. Ele é a parte do sangue


sem os glóbulos vermelhos. É nele que encontramos os anticorpos criados pelo sistema
imunológico.

Reação de imunofluorescência indireta


Este teste usa o soro sanguíneo do paciente e busca encontrar antígenos
específicos. Antígenos são substâncias que, quando introduzidas no corpo, fazem com
que sejam produzidos anticorpos contra elas. Os protozoários do gênero leishmania são
antígenos.

Para realização do exame, é feita, em laboratório, a cultura do antígeno que se


busca. Em seguida, o soro sanguíneo do paciente é adicionado ao antígeno. Caso haja
anticorpos para aquele antígeno específico no soro do paciente, eles irão se ligar. A
mistura é lavada para que anticorpos que não se ligaram a nenhum antígeno sejam
retirados.

Em seguida, são adicionados anticorpos marcados com fluorocromo, uma


substância fluorescente. Estes anticorpos marcados são chamados de conjugados. Os
conjugados procuram se ligar com os anticorpos que estão ligados ao antígeno. A mistura
então é lavada novamente para a remoção de anticorpos que não se ligaram a nada.

Por fim, observa-se a amostra em um microscópio de fluorescência, que possui


filtros que permitem que a fluorescência do fluorocromo seja vista.

Caso haja fluorescência na imagem do microscópio, quer dizer que o soro do


paciente possui anticorpos para aquele antígeno estudado, no caso, a leishmania, portanto
pode-se assumir que o protozoário está presente no corpo do paciente, já que o corpo só
produz anticorpos quando há infecção do antígeno.

Ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA)


O teste ELISA (do inglês Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay) é um
teste imunoenzimático. Isso quer dizer que ele detecta reações entre antígeno e
anticorpo através de enzimas.

Existem vários jeitos de realizar este exame, mas o mais comum funciona assim:

Em uma placa de poliestireno, o antígeno puro (no caso a leishmania) é depositado.


Sobre a placa, é colocado o soro do paciente. Da mesma forma que no a
imunofluorescência, caso o paciente esteja infectado, o soro sanguíneo irá ter anticorpos
específicos para a leishmania e eles se ligam.

São adicionados os conjugados, anticorpos que reagem a imunoglobulinas e que


são ligados a um catalisador. Catalisadores são substâncias que aceleram reações
químicas. Os anticorpos inicialmente adicionados ao teste são imunoglobulinas e se ligam
ao conjugado quando fizeram conexão com o antígeno.

Depois, é adicionada uma substância química que dá coloração junto de uma que
reage com o catalisador. Se houver anticorpos para aquele antígeno no soro do paciente,
a reação acontece e a cor pode ser vista no microscópio.

Hemograma
O hemograma não é usado para o diagnóstico direto da doença, mas para descobrir
sua gravidade através da contagem de glóbulos brancos e plaquetas.

Reação de Montenegro
A reação de Montenegro é um teste imunológico que busca identificar alguns tipos
de infecções, entre elas a leishmaniose. Ele serve inclusive para identificar se o paciente já
foi infectado pela leishmania no passado.

Para o teste, através de uma injeção debaixo da pele, são inseridos antígenos (o
protozoário) inativos ou pedaços deles misturados em uma solução salina. Caso o
paciente já tenha tido aquela infecção antes, o corpo terá anticorpos preparados e a
reação será violenta. No local da aplicação, haverá inchaço e endurecimento da pele.
Podem aparecer pequenas ulcerações.

Quando o paciente nunca teve a infecção, a reação é pequena e fraca. Os


antígenos inativos não fazem mal e não criam uma infecção.

O teste não é definitivo. Se a reação surge forte, é um sinal de que o protozoário já


infectou o paciente, mas não necessariamente significa que a infecção está em curso. Isso
acontece pois, depois de uma infecção ser vencida, o corpo mantém alguns anticorpos
que podem combater aquele antígeno, estando preparado para a possibilidade de uma
nova infecção.

Também é possível que não haja reação forte mesmo que a infecção esteja em
curso, já que, se ela estiver no começo ou o paciente for imunodeprimido, a reação será
fraca.

Leishmaniose tem cura?

Na maioria dos casos, a leishmaniose humana tem cura. Nem sempre, entretanto, é
possível se livrar completamente da doença e ela pode apenas ficar inativa.
Com os animais o oposto acontece: em alguns tipos de tratamento a cura é
possível, mas ela é bastante difícil.

Nos casos em que o sistema imunológico do paciente reage da maneira correta ao


parasita, eliminando as células fagocitárias, a pessoa torna-se imune a leishmaniose.

Qual o tratamento?

O tratamento, tanto em humanos quanto em animais, é feito através de medicação


antimonial pentavalente.

Esse tratamento é agressivo e pode causar diversos efeitos colaterais, como dores
de cabeça, alterações hepáticas e edemas faciais, entre outros, mas quando o paciente se
cura, o que leva em torno de 30 dias de injeções diárias do medicamento, costuma ficar
imune.

Medicamentos para leishmaniose

Os medicamentos comumente usados para a cura da leishmaniose em humanos,


também disponíveis pelo SUS, são:

 Antimônio (Glucantime);
 Anfotericina B (Ambisome);
 Pentamidina;
 Marbofloxacino;
 Miltefosina.

Estes medicamentos são usados em conjunto dependendo de qual versão da


doença está presente.

Em animais a cura é mais complicada. Frequentemente, quando o diagnóstico é


feito em cães, a eutanásia é recomendada. Isso acontece porque os tratamentos podem
não fazer efeito e o cão, além de sofrer com a doença quando ela se manifesta, se torna
um hospedeiro permanente da doença devido a dificuldade de cura.

No ano de 2016, foi liberado no Brasil o medicamento Milteforanpara cães. Apesar


de caro, ele demonstrou resultados com curas completas dos animais.

Vacina

Existe uma vacina para leishmaniose sendo desenvolvida no Brasil pelo


departamento de parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela já
pode ser comercializada no Brasil e visa impedir que o cachorro seja um transmissor da
doença, mesmo estando doente.
Na Europa, outra vacina, produzida pela Virbac, é utilizada desde 2011. Ela deve
ser administrada anualmente e não protege o cão em 100%, mas ajuda a reduzir as
chances de infecção.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes


consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do
tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas
neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma,
substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer
tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem,
procure orientação médica ou farmacêutica.

Prognóstico

Os casos mais graves da doença podem levar a morte, mas com tratamento
adequado, nos humanos, as chances de cura são elevadas.

Nos casos de calazar existe a chance de a doença evoluir para a leishmaniose


dérmica pós-calazar. Essa condição pode aparecer até vinte anos depois da infecção e,
apesar de nenhum organismo causador de calazar levar à doença, ela é frequentemente
ligada a L. donovani. É comum em países como o Sudão e a Índia e aparece como
eritema facial, nódulos ou pápulas.

Complicações

Algumas complicações podem surgir em decorrência da doença, tanto em humanos


quanto em animais.

Infecções

Devido a ação do parasita nos macrófagos, o sistema imunológico do paciente fica


comprometido, o que pode deixá-lo mais suscetível a infecções como a malária, a
tuberculose, entre outras.

Transmissão

Qualquer pessoa ou animal contaminado por qualquer versão da leishmaniose se


torna um vetor da doença. Isso quer dizer que se um mosquito que não está infectado
picar esse paciente, o parasita irá se espalhar para aquele mosquito, que poderá então
infectar mais pessoas ou animais com essa condição séria.

Leishmaniose mucocutânea

A deformação facial é a principal preocupação nestes casos. A leishmaniose


mucocutânea afeta e destrói a pele e a cartilagem, podendo causar severas deformações,
eliminando partes inteiras do rosto do paciente. Isso deixa aberturas que facilitam
infecções que podem levar à morte.

Leishmaniose visceral

A calazar, se não for tratada, evolui e pode causar dores fortes, hemorragias
internas, emagrecimento severo e morte. Tratar a leishmaniose é de suma importância.

Como prevenir

A prevenção da leishmaniose é feita através de alguns meios para evitar a


contaminação. São eles:

Coleiras repelentes

Coleiras que liberam repelentes no animal podem afastar os mosquitos. Elas podem
ser compradas em pet shops e clínicas veterinárias e, apesar de não serem especialmente
baratas, deixam seu animal e os humanos a sua volta protegidos da doença.

Uso de inseticidas

Matar o inseto que transmite a doença impede que o ciclo do parasita continue.

Redes para mosquitos

Bloquear as janelas com redes para mosquitos impede que eles entrem nas casas
onde as pessoas moram, dificultando que a doença se espalhe. As redes podem conter
inseticidas para eliminar o inseto.

Tratamento de infectados

Tratar os infectados — tanto humanos quanto animais — reduz a disseminação da


doença através dos insetos que a transmitem.

A leishmaniose é uma doença grave, que mata até 90% dos pacientes que não a
tratam caso os sintomas se manifestem. Porém, a cura é possível. Cães, principais vítimas
da doença, possuem uma chance menor de cura e precisam ser protegidos das picadas
dos insetos.
TOXOPLASMOSE

A toxoplasmose é uma infecção provocada pelo protozoário Toxoplasma gondii.


Não é transmissível de pessoa para pessoa. Diversos animais podem transmitir a doença
para os seres humanos: gatos, suínos, caprinos, bovinos, aves e animais silvestres, mas
aparentemente não ficam doentes. Os gatos e outros felinos são
os hospedeiros definitivos da doença, pois neles ocorre a reprodução sexuada do
parasito. Cabe ressaltar que gatos que nasceram e vivem em ambiente doméstico sem
acesso à rua e alimentados exclusivamente com ração possuem chances reduzidas de se
contaminar com o protozoário. Em pacientes imunodeprimidos (que possuem
câncer, AIDS ou doenças crônicas), a doença pode ser fatal. Existe a forma congênita
onde a mãe grávida portadora da doença ou que já a tenha tido, transmite a doença
através da barreira placentária, ocasionando severas consequências para o feto.

Transmissão
Os gatos adquirem o protozoário ao comerem carne crua contaminada como carne
de ratos e aves. A transmissão ao homem ocorre pela ingestão de carnes mal cozidas
(boi e porco) ou contato com fezes de animais contaminados. Há uma possibilidade
remota de se contrair a doença mais diretamente pelo contato com fezes de gato. Pode
ocorrer transmissão também pela transfusão de sangue e transplante de órgãos de
pacientes contaminados. Durante a gestação a mulher deve realizar exames para
detectar a doença, e se for o caso, tratá-la.

Sintomas
Os principais sintomas são: febre, gânglios aumentados, hepatoesplenomegalia
(aumento do fígado e baço), podendo evoluir para pneumonia e encefalite. A
toxoplasmose congênita pode ocasionar no feto alterações
oculares, hidrocefalia, microcefalia, retardo mental, convulsões, anemia, problemas no
fígado e mais raramente podem ocorrer o aborto e natimorto.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito através da pesquisa das Imunoglobulinas IgM e IgG que vão
demonstrar a presença de anticorpos específicos para a doença. As mulheres grávidas
devem realizar o exame no pré-natal e se for detectada a doença, pode ser feita uma
análise do líquido amniótico (amniocentese), para detecção da doença no feto. Quando
há suspeita de toxoplasmose cerebral, um simples exame de imagem é suficiente para
confirmar o diagnóstico.

Tratamento
Em pacientes imunocompetentes, a doença regride espontaneamente. Em
pacientes imunodeprimidos, o tratamento é feito com antibióticos ao longo de 6 semanas.
Mulheres grávidas são tratadas com espiramicina até o final da gravidez.

Prevenção
Várias medidas simples podem ser tomadas para a prevenção da toxoplasmose
dentre elas:

 consumir apenas carne bem cozida;


 lavar bem frutas e legumes;
 Congelar a carne por 3 dias a 15ºC negativos;
 lavar as mãos regularmente, sobretudo após a manipulação de alimentos e
antes das refeições;
 evitar contato com areia de gatos e lavar bem as mãos após este procedimento.
Gestantes não devem ter contato com areia de gatos;
 manter o gato bem alimentado e sem acesso à rua para ele não caçar e se
contaminar.
 evite acariciar cães que andem soltos;
 controle ratos e insetos como moscas, baratas e formigas, descartando
corretamente o lixo doméstico e os dejetos das criações de animais;
 lave bem as mãos e as unhas após trabalhar na terra (horta ou jardim);

FUNGOS

ONICOMICOSE

A onicomicose é uma infecção que acomete a lâmina ungueal (unha), que


apresenta como agente etiológico os fungos. O comprometimento pode ocorrer em
apenas uma unha, ou em várias. Em pacientes com AIDS, por exemplo, é comum o
acometimento de múltiplas unhas.

Esta afecção afeta aproximadamente 20% da população mundial adulta entre 40 a


60 anos de idade. É mais frequente em mulheres, devido ao hábito de frequentar
manicures e pedicures. Raramente afeta crianças, talvez pelo rápido crescimento da
unha, complicando o desenvolvimento do microrganismo.
Existem diferentes fontes de infecção, como o solo, animais, pessoas, alicates,
tesouras, entre outros instrumentos utilizados na manicure e pedicure. As unhas mais
comumente afetadas são as dos pés, em consequência do uso de sapatos fechados, o
que propicia um ambiente ideal (umidade, temperatura e ausência de luz) para o
desenvolvimento do agente.

Inicialmente, o acometimento pode ser subungueal (sob a unha), distal (nas


extremidades) e/ou lateral e superficial. Todas essas formas podem vir a comprometer a
unha por completo. Mais comumente, inicia-se na borda distal, levando a unha à
opacidade, apresentando detritos córneos abaixo da placa ungueal.

Existem diversas formas de manifestação clínica desta afecção, dentre elas estão:

 Deslocamento da borda livre: esta é a forma mais freqüente. A unha se


desprende do seu leito, normalmente começando pelo canto, ficando ôca. Pode
ocorrer aglomeração de material sob a unha.
 Espessamento: as unhas ficam mais espessas, endurecidas e grossas. Pode
estar associada à dor e apresentar aspecto de “unha em telha” ou “unha de
gavião”.
 Leuconíquia: são manchas brancas na superfície da lâmina ungueal.
 Destruição e deformidades: a unha torna-se frágil, quebradiça, rompendo-se na
parte anterior, ficando deformada.
 Paroníquia (unheiro): o contorno da unha inflama, ficando dolorida, inchada e
avermelhada. O resultado disso é uma unha ondulada, que apresenta alterações
em sua superfície.

O diagnóstico é feito por meio da identificação do fungo, que pode ser através de
um exame direto, sem que seja necessário cultivo. As culturas são difíceis de serem
obtidas e é empregada na elucidação da espécie. Não é recomendado realizar o
tratamento sistêmico sem antes ter um exame micológico positivo. O diagnóstico
diferencial importante deve ser feito com a psoríase.

O tratamento pode ser local (cremes, soluções ou esmaltes), sistêmico ou


combinado. A escolha da terapêutica irá depender do quadro clínico apresentado pelo
paciente. A melhora demora ser observada, devido ao lento crescimento das unhas; as
unhas dos pés demoram até 12 meses para se renovar por completo, sendo que o
tratamento deve ser mantido por todo esse período.

A prevenção é feito por meio de adoção de determinados hábitos higiênicos, como


por exemplo, evitar a umidade nos pés por muito tempo. O uso de sapatos fechados que
atrapalham a ventilação e o contato dos pés com chão de locais públicos, como
banheiros, piscinas e saunas, também são fatores de risco.

Aconselha-se o uso de meias de algodão, pois estas absorvem melhor a umidade


dos pés quando comparada com as meias de nylon, bem como a exposição dos calçados
ao sol, pois os raios ultravioletas dificultam o desenvolvimento de fungos.
CANDIDÍASE

O que é essa doença, provocada pelo fungo Candida albicans, e o que fazer para
controlá-la - de remédios a cremes.

A candidíase afeta principalmente a área genital das mulheres

O que é: a candidíase é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, que
se aloja comumente na área genital, provocando coceira, secreção e inflamação na
região. O micro-organismo vive normalmente no organismo sem causar danos, mas, em
situações de desequilíbrio, aumenta a população e passa a ser danoso para o corpo. Isso
acontece especialmente entre as mulheres, já que o fungo habita a flora vaginal.
Em períodos de baixa imunidade, o ambiente quente e úmido da região genital
propicia a proliferação descontrolada, que muitas vezes exige tratamento. Pessoas com o
sistema imune debilitado ainda podem sofrer com a candidíase na boca (é o sapinho), na
garganta, na pele e nas unhas, entre outros locais.

Sinais e sintomas

– Ardor, coceira e inchaço na região genital


– Fissuras na mucosa genital que lembram assadura
– Corrimento esbranquiçado
– No homem, aparece vermelhidão e uma espécie de nata na ponta do pênis
– Aftas
– Dor ao engolir alimentos

Fatores de risco

– Relação sexual sem preservativo


– Roupa íntima apertada e de material sintético
– Ficar muito tempo com maiô e biquíni molhado
– Diabetes
– Obesidade
– Gravidez
– Deficiência imunológica causada por doenças como aids e câncer
– Tratamento corrente com antibióticos

A prevenção

Para afastar a ameaça da candidíase vaginal, a higiene da região deve ser feita
com sabonete de pH neutro. Dar preferência, é melhor optar pela calcinha de algodão,
não usar absorvente íntimo todo os dias e evitar roupas muito justas ou molhadas por
tempo prolongado.
Não abrir mão da camisinha nas relações sexuais previne o contágio entre os
parceiros.

Pessoas com a imunidade comprometida, como portadores de HIV ou em


tratamento contra o câncer, precisam de cuidados extras para prevenir a infecção pelo
fungo. Lembre-se: a candidíase é uma doença oportunista.

O diagnóstico

Na consulta, o médico analisa a mucosa da vagina ou do pênis. Se necessário,


uma raspagem da área afetada fornece uma amostra a ser analisada em laboratório para
identificar o tipo de fungo causador do problema.

O tratamento

Na maioria dos casos, o profissional prescreve cremes de uso no local, em geral


duas vezes ao dia. Também existe a opção de antifúngicos em comprimido. Quando a
irritação é muito acentuada, o especialista pode associar o tratamento contra a Candida
albicans a um medicamento via oral à base de corticoide.
FRIEIRA

A frieira também chamada de pé-de-atleta (frieira no pé) ou Dermatofitose é


causada infecção causada pelo fungo Tricophyton. As frieiras mais comuns encontram-se
nas seguintes partes do corpo:
– frieira nos pés
– frieiras nas mãos
– frieira na virilha
– frieira nas unhas.
As frieiras são curáveis e possuem tratamento simples podendo permanecer por
algumas semanas.
A frieira pode ser transmitida através do contato com objetos contaminados, terra
molhada com resíduos infecionáveis, piscinas, ou vestuários de academias entre outras.
Um tratamento imediato é essencial para as frieiras, pois podem expandir se para varias
partes do corpo como por exemplo, pés, mãos, e unhas.80% das pessoas pelo menos
uma vez ja tiveram frieira nos pés ou nas unhas.
Sintomas de freira
Se você tem frieiras encontrará os seguintes sintomas:

 pele avermelhada
 coçeira
 frieira: Lesão na pele com coçeira frequente, mais comum entre os dedos de pés
e mãos.
 Impigem: micose de pele, representada por bordas avermelhadas e coçeira
constante. permitindo que as áreas afetadas da pele descamem.
 Sensação de queimadura na pele.

As frieiras resultam da inflamação dolorosa de pequenos vasos sanguíneos, da


pele que ocorre em resposta ao arrefecimento súbito, e repetido das extremidades.
As frieiras duram, habitualmente, uma a três semanas e melhoram espontaneamente logo
que a temperatura ambiente aqueça e podem recorrer durante anos.
Podem causar comichão, manchas vermelhas, inchaço e formação de bolhas nas
extremidades dos pés, dedos das mãos,ou virilha. O acometimento interdigital é a forma
mais comum de frieira. Os sintomas são de coçeira entre os dedos dos pés, geralmente
entre os 3º, 4º e 5º dedos, com vermelhidão, descamação e rachaduras na pele. As
lesões podem se expandir e acometer também a sola do pé. A micose da unha
(onicomicose) freqüentemente está presente junto com a frieira. Outro sintoma possível
da frieira é o mau cheiro dos pés.
A variedade de micoses provoca secura crônica e escamação na sola
estendendo-se até os lados dos pés, ou área afetada.

Fator de risco
Você está em maior risco de frieira, se você:
– calçar com frequência meias úmidas ou calçados apertados
– Compartilhar esteiras, tapetes, roupas de cama, roupas ou sapatos com alguém
que tem uma infecção fúngica
– Andar descalço em áreas públicas onde a infecção pode se espalhar, como
vestiários, saunas, piscinas, banheiras e chuveiros comuns. Ter um sistema imunológico
enfraquecido.
Os fatores que podem aumentar o risco de frieiras incluem:
– Exposição ao frio por isso, as frieiras são mais comuns em épocas e regiões mais
frias
– Má circulação: as pessoas com má circulação tendem a ser mais sensíveis às
mudanças de temperatura, tornando-as mais suscetíveis de ter frieiras
– Sexo feminino: as mulheres são mais suscetíveis de ter frieiras por motivos não
conhecidos
– Baixo peso: pessoas que pesam 20 por cento menos do que adequado para a
sua altura têm um risco aumentado de frieiras
Tratamento

Conforme for o tratamento pode durar até duas ou três semanas. Fungos estão em
toda parte, principalmente em locais úmidos, e fechados. Assim pessoas que costumam
andar descalças, tendem mais chances de serem atacadas por fungos. o
compartilhamento de objetos pessoais, ou piscina, são fatores no quais as pessoas
acabam adquirindo fungos. O tratamento da frieira pode ser feito com pomadas
antifúngicas, muitas delas vendidas sem necessidade de receita médica.

Tratamento de frieiras naturais caseiro


Recomenda-se aquecer coentro na água quente e a seguir posicionar em cima da
área afetada. Lembrando que quanto mais morna estiver a água, melhor será o resultado.
Colocar os pés dentro de um recipiente contendo água morna e sumo de limão.
Recomenda-se 3 limões grandes para cada 2 litros de água. Deixar agir
aproximadamente 15 minutos, ou até que pare de coçar. você não precisa de nenhuma
preparação especial para uma nomeação para diagnosticar as frieiras.

Pomada para frieira


Normalmente na maioria dos casos, as pessoas fazem uso de pomadas que sejam
anti-micotica, como por exemplo, clotrimazol
Complicações

Infecção da frieira pode se espalhar para outras partes do seu corpo, incluindo: Sua
mão. Pessoas que arranhar ou pegar nas partes infectadas dos seus pés, podem
desenvolver uma infecção semelhante em uma de suas mãos. Suas unhas. Os fungos
associados com o pé de atleta, por conseguinte, pode infectar as unhas do pé, um local
onde Tende a ser mais resistente ao tratamento.

Sua virilha. a coçeira é a micose causada pelo mesmo fungo. É comum para a
disseminação da infecção desde os pés até a virilha.

PANO BRANCO

O pano branco, também conhecido como micose de praia ou pitiríase versicolor, é


uma doença de pele causada pelo fungo Malassezia furfur, que produz uma
substância chamada ácido azeláico, que impede a pele de produzir melanina quando
exposta ao sol.
Assim, nos locais onde o fungo está, a pele não fica bronzeada como o resto do
corpo, ficando com um aspecto mais branco, levando ao surgimento de pequenas
manchas brancas.
Este tipo de infecção por fungo é mais comum em climas quentes e úmidos, sendo,
por isso, muito frequentem em vários locais do Brasil.

Principais sintomas
Os sintomas mais frequentes de pano branco na pele são:
 Manchas circulares amareladas ou esbranquiçadas;
 Descamação da pele;
 Manchas brancas que aumentam lentamente de tamanho;
 Manchas que desaparecem após o verão.
Estas alterações da pele podem aparecer mais frequentemente no peito, pescoço,
couro cabeludo e braços e, em muitos casos, as manchas podem ser muito leves.
Além disso, também existem casos em que as manchas podem causar alguma
coceira, especialmente durante o verão.

Como confirmar o diagnóstico


O dermatologista é capaz de identificar o pano branco somente ao observar a pele
e o couro cabeludo, no entanto, se existirem dúvidas, é possível confirmar o diagnóstico
através da lâmpada de Wood. Este exame usa uma luz escura sobre a pele que faz com
que os locais afetados pelo fungo brilhem, confirmando o diagnóstico.

Como é feito o tratamento


O tratamento para o pano branco é feito com o uso de pomadas antifúngicas,
como:
 Econazol;
 Cetoconazol
 Terbinafina.
Geralmente, estas pomadas devem ser aplicadas entre 3 e 21 dias, antes de
dormir, de acordo com as indicações do dermatologista. Confira uma lista mais completa
dos remédios usados para tratar o pano branco.
Nos casos mais persistentes, em que as manchas não melhoram apenas com o
use das pomadas, o médico pode receitar o uso de antifúngicos em comprimidos, como o
Itraconazol ou o Fluconazol, por exemplo, que ajudam a eliminar os fungos em todo o
organismo, tendo um efeito mais forte que as pomadas.
Em pessoas muito bronzeadas, a cura pode ser alcançada, mas as manchas
continuarem presentes. Isso acontece porque o fungo já não está na pele, mas a pele não
foi devidamente bronzeada nas áreas afetadas. Nestes casos, a única forma de
comprovar a cura é fazendo um exame, como a lâmpada de Wood.

Possíveis causas do pano branco


O pano branco é causado pelo desenvolvimento do fungo Malassezia furfur na pele
e, por isso, pode surgir em qualquer pessoa. No entanto, esse fungo é mais frequente em
casos de:
 Calor em excesso;
 Oleosidade da pele;
 Excesso de suor na pele;
 Pré-disposição genética.
Além disso, pessoas com o sistema imune enfraquecido, como crianças, idosos ou
com doenças autoimunes, como HIV, lúpus ou artrite reumatoide, também têm maiores
chances de ter esta infecção da pele.

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