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Aula 06/04/2018
É o direito das crianças e não o direito dos menores. A criança é todo o ser
humano que tenha menos de 18 anos. Existem várias perspetivas, desde logo,
a civil, a penal, a segurança social, etc.
O cristianismo passou a ensinar que todos os homens são iguais. Deu uma
nova dignidade ao conceito “Humanitas”. Isto levou a que as crianças fizessem
parte do centro da família. Centralizou o papel das crianças na família.
A Idade Média é considerada como uma noite escura de 1000 anos. Afastou
tudo de bom do império romano, como por exemplo, a cultura. Marcou a queda
do Imperio Romano.
Em Roma, existiam vários povos e como não existia um líder, passou a existir
os nacionalismos e as lutas territoriais.
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Isto era considerado um imperativo moral, não existindo qualquer lei a regular.
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A Sociedade das Nações falha, pois embora tenha tido muitos países aderentes,
não teve eficácia por falta de um órgão executivo, e temos a 2º GM.
O sistema universal dos Direitos Humanos está sediado na ONU, mas existem
sistemas regionais, como o Conselho da Europa e a União Europeia.
Aula 6/04/2018
Direito das Crianças são seres humanos e, por isso, têm todos os direitos
fundamentais gerais. Mas pelo seu estatuto têm mais alguns.
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A criança era entendida como incapaz de agir como um adulto. Não tinham
opinião e eram meros recetáculos da atividade dos adultos que, eram vistos
como meros conformadores ou padronizadores. Eram disciplinadores.
Até ao séc. XX, a legislação que incidisse com este tema visava,
essencialmente, aquelas crianças que estavam sozinhas, sem adultos que as
guiassem e tinha um carater higienista. Esta legislação via as crianças como
coisas. Não protegia as crianças, protegia a sociedade das crianças órfãs. Fazia
com que as crianças saíssem da vista da sociedade.
Este entendimento muda, mais ou menos ao mesmo tempo, tanto dos EUA
como na Europa.
Nos EUA, existem leis higienistas, mas com vista à educação e proteção contra
os maus tratos dos próprios pais. O Caso Mary Hellen foi o ponto de viragem.
Existe uma consciencialização mundial das sociedades protegerem as crianças.
Mais ou menos ao mesmo tempo, existe um caso na europa, mais
concretamente, na Polonia. Janusz Korczak (Henryk Goldszimit) formou-se em
medicina e dedicou a sua vida à atividade clínica, essencialmente, com
crianças, formando uma casa para elas. Dentro desta casa existia uma espécie
de democracia, dando-lhe direitos e deveres. Formou a ideia de que a criança
não é um adulto em miniatura. Tem os mesmos direitos que um adulto, mas
necessitam de alguma proteção.
As suas ideias foram vertidas na Convenção das Nações Unidas dos Direitos das
Crianças.
Nesta declaração, surge a ideia de que a criança não deve ser retirada à mãe;
aparece o Interesse Superior da Criança que, deve ser o princípio diretivo e que
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não pode ser desconsiderado. Também o Princípio da Primazia dos Pais surge
nesta declaração. A criança passa a ser sujeito de Direito Internacional, logo
com capacidade de exercício e de gozo de liberdades. Reconhece-se o afeto e o
direito a brincar. O Interesse superior da criança passa a estar subordinado à
atividade legislativa e é o princípio orientador à sua educação e criação (art. 8º
CRP).
Isto surge porque se compreende que o julgador não tem capacidade para
aferir, sozinho, este conceito.
Deve criar condições para o julgador ter um guia, mas não se deve fixar o
conceito. Apenas apresentar linhas orientadoras.
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Aula 13/04/2018
Quanto à proteção da criança no direito interno, começa pela CRP que possui
algumas características reativas/para salvaguardar a instauração de um novo
regime ditatorial. Alterou o CC (1967) em 1977, na parte relativa à família.
Nº 7 – Adoção.
Art. 69º CRP – as crianças têm direito a uma proteção especial do Estado.
Esta proteção é feita em todas as formas (nº 1). Protege as crianças órfãs ou
privadas de um ambiente familiar normal (nº 2). Consagra o trabalho de
menores (nº 3).
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Art. 69º-C do CPenal R = Art. 164º a 176º-A do CPenal quando a vítima seja
menor existe a proibição de confiança de menor (tutela, adoção, etc.). inibição
do exercício das Responsabilidades Parentais.
Onde está poder parental deve ser trocado por responsabilidades parentais.
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Pelo art. 1887º do CC, a criança não pode ter a iniciativa de sair de casa; a
criança vive onde os pais viverem.
Para Santos Justo, são direitos subjetivos. Tem a sua justificação legal no art.
1878º/1888º e 1897º do CC. Justificação no plano dos interesses. O filho deve
estar entregue aos pais. As responsabilidades também devem estar entregues
aos pais. Esta justificação vale para os progenitores mas não se consegue
encaixar no caso do tutor.
Existe o dever de os pais zelarem pelos filhos, no que diz respeito à segurança
e à saúde – vacinas, tratamentos hospitalares e restrições alimentares.
Aula 20/04/2018
No caso de um filho ser mais beneficiados em relação a outro, pelo art. 2110º
do CC, estas despesas são chamadas à colação.
A representação dos filhos - art. 1881º do CC: pelo nº 1, alínea b) não têm
a administração. De acordo com o art. 1897º do CC, a administração dos bens
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dos filhos é feita de forma igual à dos pais. Esta administração cessa com a
maioridade – art. 1900º do CC. Existem certos atos cuja validade depende da
autorização do tribunal – art. 1889º do CC.
O ideal para a criança era ter ambos os progenitores juntos. Art. 1901º do CC.
Art. 1911º do CC.
O art. 1918º do CC deve ser lido pelos Princípios da Lei de Proteção Tutelar da
Criança sendo que, um desses princípios é o da Intervenção Mínima.
A inibição pode ser total ou parcial e pode ser aplicada a ambos os progenitores
ou só a um, sobre todos os filhos ou apenas a alguns. No entanto, quando um
progenitor é inibido sobre todos os filhos atuais, também é inibido perante os
filhos futuros. Mesmo inibido, continua a dever prestação de alimentos à
criança.
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Idade da Criança
Aula 20/04/2018
Castigos Corporais
No código de Seabra, no art. 133º era permitido que os filhos fossem presos e
o tutor podia bater no tutelado. Existe a interpretação de José Dias Ferreira
quanto aos castigos moderados.
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Art. 1887º-A do CC – direito de visita dos avós. Quem tem este direito é a
própria criança. Só se aplica a irmãos que não vivem juntos. Não é visita, mas
sim um direito ao convívio. Direito de visita é para os progenitores que não
vivem juntos.
Os avós têm direito o direito, a nível processual, de impulsionar uma ação. Têm
legitimidade para assegurar o direito da criança.
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