Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
RESUMO: A resistência ao desgaste por abrasão e erosão dos rotores, vai depender das
características dos materiais utilizados em sua fabricação, onde a dureza de sua superfície
determinará a resistência à penetração dos impactos recebido. Apesar dos cuidados especiais quanto
a escolha do material de fabricação das bombas, o desgaste por abrasão do rotor é praticamente
impossível de ser totalmente evitado. No estudo de caso em questão as amostras de sedimentos
coletadas do processo de bombeamento, apresentaram partículas com diferentes granulometrias em
virtude do efeito turbulento na entrada dos dutos, com grande concentração entre 50 a 100 micras.
A dinâmica do desgaste mostrou uma combinação de impactos diretos na ponta e na base das pás,
desgastando o leito por deslizamento, processos de choque direto e erosão por deslizamento em
torno da periferia. Tais desgastes podem interferir no perfil da bomba, reduzindo o rendimento. A
análise também demostrou que as formas semi-arredondadas dos sedimentos, provocam micro
aração e deformação dos rotores, bem como a erosão por escoamento da mistura. Também foi
possível observar a diferença da dureza e da capacidade de deformação das ligas metálicas
utilizadas em dois rotores, O rotor construído em aço inox, apresentou menor desgaste ocasionado
por erosão e maiores danos na zona de cisalhamento devido a menor capacidade de absorção de
impactos diretos, do que o ferro fundido.
ABSTRACT: The resistance to abrasion and erosion of the impeller will depend on the materials of
the features used in its manufacture, where the hardness of the surface will determine the
penetration resistance of the impacts received. Despite the special care in the choice of the
manufacture of pumps material, wear impeller abrasion is virtually impossible to avoid completely.
The sediment samples collected from the pumping process showed particles with different particle
sizes because of the turbulent effect on the entry of products with high concentrations between 50
and 100 microns. The dynamic wear showed a combination of direct impact on the tip and base of
the blades wearing the bed by slip, shock processes and direct erosion by sliding around the
periphery. Such wear can interfere with the profile of the pump, reducing the yield. The analysis
also showed that the semi-rounded form of sediment, micro plowing and cause deformation of the
alloy of the impellers as well as erosion by flow of the mixture. It was also possible to observe the
difference in hardness and deformability of the alloys used in the two impellers, where the first,
made of stainless steel, showed lower wear caused by erosion and further damage the shear zone
due to lower absorption capacity direct impacts, than cast iron.
Figura 1.- Rotor de uma bomba centrifuga com elevado desgastes por abrasão, erosão e corrosão
(Ref.: Própria).
Os rotores dos sistemas de bombeamento das Estações Elevatórias de Água Bruta (EEAB),
são os componentes mais vulneráveis ao desgaste decorrente da abrasão dos sedimentos presentes
na água bombeada. Pode-se assumir que o desgaste aumenta em proporções diretas em relação ao
diâmetro e distribuição granulométrica dos sedimentos. Tais sedimentos, são abundantes em rios de
águas brancas utilizados como fontes de abastecimento urbano de várias cidades da região
amazônica. Após o bombeamento, a água passa por processos físico-químico na Estação de
Tratamento de Água (ETA) para retirada dos sedimentos e potabilização, antes de serem
disponibilizadas para rede de distribuição.
Apesar dos cuidados especiais quanto a escolha do material de fabricação das bombas, o
desgaste por abrasão do rotor é praticamente impossível de ser totalmente evitado. Tal desgaste,
pode ocasionar um aumento da rugosidade interna e o consequente aumento da perda de carga com
reflexos no rendimento da bomba e aumento do consumo de energia elétrica demandada para
bombear a mesma quantidade de água. Como, os conjuntos moto-bomba são responsáveis pela
maior parte do consumo de energia no processo de abastecimento de água, os níveis de desgastes do
rotor merecem uma atenção especial, pois uma bomba com rotor desgastado e fora do ponto de
operação, apresenta perda de rendimentos significativos (Candurú e Pereira, 2010).
Conhecer as perdas de eficiência e o desgaste do rotor, ocasionado pelo bombeamento de
água bruta com diferentes concentrações de sedimentos, poderá nortear os protocolos de
manutenção e a utilização de materiais mais apropriados para fabricação dos rotores das bombas.
Além disso pode permitir a avaliação do momento de intervenção no sistema e até mesmo a
substituição dos rotores, em virtude da perda de eficiência por desgaste, antes de danos mais sérios,
ocasionados pela vibração do conjunto
Para isso, torna-se necessário identificar a dinâmica desse desgaste, bem como avaliar a
evolução da eficiência do conjunto. Dessa forma, o presente trabalho, pretende realizar uma revisão
dos elementos e estudos a respeito do desgaste do rotor, decorrente da abrasão e erosão por
sedimentos dentro da voluta e sua influência na eficiência da bomba, além de realizar uma análise
de 2 rotores utilizados em 2 instalação EEAB da Amazônia Legal Brasileira.
2. REVISÃO DA LITERATURA
Figura 2.- Três principais modos de desgaste (Adaptado ref.: Warman, 2009).
Em uma bomba centrifuga, a abrasão ocorre entre o rotor e o manto estacionário da carcaça
e entre o eixo e o invólucro estacionário. Outro fator responsável pelo desgaste do rotor é a erosão,
que envolve a perda de material da superfície do rotor e da carcaça pela ação das partículas
arrastadas pelo fluido. Nesse processo, a energia cinética é transferida para partícula, que por ter
formas irregulares apresenta alta tensão de contato especifico, conforme pode ser visualizado na
Figura 3 e 5.
Figura 3.- Três principais modos de desgaste erosivo (Adaptado ref.: Warman, 2009).
Figura 4.- Quatro principais mecanismos de desgaste (Adaptado ref.: DIN 50320, 1979).
3. RESULTADOS E DISCURSÃO
Figura 5.- Morfologia não classifica dos sedimentos erosivos presentes nas águas do Rio Acre, coletados
no tanque de desarenação (Ref.: Própria).
Segundo o fabricante, o rotor analizado foi fabricado segundo a norma A743 (Standard
Specification for Castings, Iron-Chromium-Nickel, Corrosion Resistant, for General Application),
com liga CF8M de aço inoxidável (KSB, 2008). Tais especificações, subtende uma alta resistência a
corrosão (C), elevada tenacidade, teores de Cr e Ni na ordem de 18% e 9% (F) respectivamente,
com no máximo 0,08% de C (8) e revelando o molibdênio em sua composição química (M).
Figura 6.- Desgaste por abrasão de sedimentos em um rotor fechado de bomba centrifuga (KSB): a) Vista
frontal do rotor; b) Saída do rotor; c) Zona de cisalhamento da pá (Ref.: Própria).
É um rotor de 7 pás, fechado de 400 mm, fluxo único, 2 estágios, podendo operar a 1180
rpm, com uma vazão de 300 l/s, de uma bomba KSB, modelo B22. Este rotor trabalhou por 3 anos
consecutivos na EEAB da ETA SOBRAL I, com paradas eventuais para manutenção no sistema
elétrico e mecânico. Segundo informações da equipe técnica, é a estação mais antiga, ainda em
funcionamento na região. Com a Inauguração da ETA Sobral II, passou um período desativada,
voltando a serviço devido a necessidade de aplicação da rede de distribuição. Os filtros da torre de
elevação estão desativados, o que permite entrada de material particulado de diferentes tamanhos.
Analisando o rotor, pode-se observar que a zona de cisalhamento recebe a maior parte dos
danos, apresentado maior perda de material estrutural do rotor, conforme mostrado nas figuras 6 (a
e c). Esta região é responsável pelo “corte” da água, recebendo impacto direto com as partículas em
suspenção, sofrendo pequenas tricas por fadiga de contato, deixando a região mais vulnerável a
erosão e corrosão. Já a variação da profundidade do desgaste pode ser explica pela variação da
distribuição dos compostos químicos do aço, durante o processo de fundição do rotor.
Também foi possível observar que a estrutura de aço inox desse rotor, proporciona uma boa
resistência a corrosão e erosão fora da zona de cisalhamento, mostrando boa resistente ao efeito
abrasivo dos sedimentos em suspenção da água.
4. CONCLUSÕES
O desgaste da bomba em função dos sólidos suspenções diluídas na água, pode interferir no
perfil da bomba, reduzindo o rendimento e provocando um aumento no consumo de energia na
estação de bombeamento e esse aumento pode ser contabilizado em função do desgaste. Sendo
importante o aprofundamento dos estudos em relação a influência do desgaste na eficiência da
bomba.
A análise realizada demostrou a vulnerabilidade dos rotores ao efeito abrasivo, que
consequentemente afetará o balanceamento do rotor, podendo causar maiores danos estruturais da
bomba.
As formas semi-arredondadas dos sedimentos produziram evidencias de micro aração e
deformação do material, bem como erosão ocasionada pelo escoamento da mistura água-
sedimentos.
As analises, também deixam claro a diferença da dureza e da capacidade de deformação das
ligas metálicas utilizadas nos dois rotores, onde a primeira, feita em aço inox, apresenta menor
desgastes ocasionados por erosão e maiores danos na zona de cisalhamento devido a menor
capacidade de absorção de impactos diretos, que do ferro fundido.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. AGRADECIMENTOS
7. REFERENCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (1995). NBR 6502 – Rochas e solos. Brasil,
30/10/1995, 18p. Acesso em 03/2016, disponível em: https://intranet.ifs.ifsuldeminas.edu.br.
ALLIANCE - Aliança para Conservação de Energia. (2002). Água e Energia: Aproveitando as
Oportunidades de Eficientização de Água e Energia não Exploradas nos Sistemas de Água Municipais. Em
Português. Washington, EUA. Acesso em 03/2016, disponível em:
http://www.lenhs.ct.ufpb.br/html/downloads/livros/agua_energia/aguaeenergia.pdf
Almeida, H. D. F.; Costa, M. L.; Rego, J. A. R.; Costa, A. M.; Martins, M. M. M.; Oliveira, M. S.
(2004) Mineralogia e Composição Química dos Sedimentos Praianos dos Rios que Drenam o Estado do
Acre: Implicações Sobre o Intemperismo nas Áreas Importância para Agricultura e o Ambiente. Anais XLII
Congresso Brasileiro de Geologia, SBG, Araxá, Minas Gerais, 2004.
ASTM (2015). ASTM G40-15. Standard Terminology Relating to Wear and Erosion. ASTM International,
United States 9 p. Acesso em 03/2016, disponível em: http://compass.astm.org/download/G40.22077.pdf.
Bross, S. and Addie, G. (2002). “Prediction of Impeller Nose Wear Behavior in Centrifugal Slurry Pumps”.
Experimental Thermal and Fluid Science, v. 26, p. 841–849. Acesso em 03/2016, disponível em:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0894177702001747.
Carvalho, A. T. (2005). Os Sedimentos em Suspenção dos Rios Purus e Juruá no Estado do Acre. Relatório
das atividades desenvolvidas no período de agosto de 2004 – julho 2005, Belém – PA, 39 p. acesso em
03/2016, disponível em: http://www.ufpa.br/rcientifica/melhores_trabs_05/ed_06_atc.pdf.
Carvalho, A. T. Costa, M. L. Almeida, H. D. F. (2008). Os Sedimentos em Suspenção dos Rios Purus e
Juruá no Estado do Acre, Revista Cientifica da UUFPA, Belém – PA, 8 p. acesso em 03/2016, disponível
em: http://www.cultura.ufpa.br/rcientifica/cabecalho.php?conteudo=5.1
Condurú, M.T. e Pereira, J. A. R. (2010). “Informação Estratégica Para a Gestão Hidroenergética de
Sistemas de Abastecimento de Água”. Sistemas de Saneamento - Eficiência Energética. GOMES, H. P.
(Organizador). Editora Universitária – UFPB. João Pessoa, V.1, p. 111-122. Acesso em 03/2016, disponível
em: http://www.lenhs.ct.ufpb.br/wp-content/uploads/arquivos/Livro_Eficiencia_Energetica.pdf
DIN (1979). DIN 50320. Wear; Terms, Systematic Analysis of Wear Processes, Classification of Wear
Phenomena. English, International Classification for Standards, Alemannia, 8 p.
Dong, X.; Zhang, H.; Wang X. (2009). “Finite Element Analysis of Wear for Centrifugal Slurry Pump”.
Proceedings of the International Conference on Mining Science and Technology, ICMST 2009, Procedia
Earth and Planetary Science, v. 1(1): p. 532–1 538. Acesso em 03/2016, disponível em:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1878522009002379
KSB Bombas Hidráulicas SA (2008). Manual Técnico e Curvas Características – Nº A1150.0P/3: Bombas
Centrifugas de Uso Geral. Várzea Paulista – SP, 83p. Acesso em 03/2016, disponível em www.ksb.com.br.
Li, Y.; Zhu Z.; He Z.; and He W., (2011). “Abrasion Characteristic Analyses of Solid-liquid Two-phase
Centrifugal Pump”. Journal of Thermal Science, v. 20(3): p. 283–287. Acesso em 03/2016, disponível em:
http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs11630-011-0471-8
Maio, F. di; Hu, J.; Tse, P.; Pecht, M.; Tsui, K.; and Zio, E. (2012). “Ensemble-approaches for Clustering
Health Status of Oil Sand Pumps”. Expert Systems With Applications, Elsevier, v. 39, n. 5, p. 4847-4859.
Acesso em 03/2016, disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S095741741101493X.
Paglthivarthi, K. V. and Visintainer, R. J. (2009) “Solid-liquid Flow-induced Erosion Prediction in Three-
dimensional Pump Casing”. International Symposium on Liquid-Solid Flows, ASME 2009 Fluids
Engineering Division Summer Meeting (FEDSM2009), Colorado, USA, V1: p. 611–617. Acesso em
03/2016, disponível em:
http://proceedings.asmedigitalcollection.asme.org/proceeding.aspx?articleid=1636726.
Tian, H. H.; Addie, G. R.; and Pagalthivarthi, K. V. (2005). “Determination of Wear Coefficients for
Erosive Wear Prediction Through Coriolis Wear Testing”. Wear, Elsevier, v. 259, n. 1-6, p.160-170. Acesso
em 03/2016, disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0043164805002012.
Vilanova, M. R. N. and Balestieri, J. A. P. (2014). “Energy and Hydraulic Efficiency in
Conventional Water Supply Systems”. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 30, p.701–714.
Acesso em 03/2016, disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1364032113007739.
Warman. (2009). Slurry Pump Handbook. Weir SLurry Group, Inc., Fifth Edition Electronic Version.
Acesso em 03/2016, disponível em:
http://www.weirminerals.com/pdf/Slurry%20Pumping%20Handbook%20-%202009.pdf.
Wentworth, C. K. (1922). “A Scale of Grade and Class Terms for Clastic Sediments”. Journal of
Geology, v. 30: p. 377–392. Acesso em 03/2016, disponível em:
http://www.science.earthjay.com/instruction/HSU/2015_fall/GEOL_332/labs/lab_07/Wentworth_1922_Clast
ic_sediments.pdf.