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IAHR AIIH

XXVII CONGRESO LATINOAMERICANO DE HIDRÁULICA


LIMA, PERÚ, 28 AL 30 DE SETIEMBRE DE 2016

DESGASTE DO ROTOR POR ABRASÃO: O EFEITO DO BOMBEAMENTO


DE ÁGUA BRUTA COM DIFERENTES CARGAS DE SEDIMENTO.

Rodrigo Otávio Peréa Serrano(1,4), Afonso Gabriel Ferreira Junior(1),


Ana Letícia Pilz de Castro(1), Pedro Alberto Brasil Vieira dos Santos(1), Marcos Veloso de
Menezes(1) e Carlos Barreira Martinez(1,2,3)
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da UFMG;(1) Programa de Pós-Graduação em Saneamento,
Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG (2); Departamento de Engenharia Hidráulica e de Recursos Hídricos,
Av. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha - Belo Horizonte - MG, Brasil; (4) Universidade Federal do Acre UFAC, BR 364,
Distrito Industrial – Rio Branco - MG; ropereas @gmail.com, analeticiapilz@gmail.com, afonsogj@yahoo.com.br,
marcos.veloso.cefet@gmail.com, martinez@cce.ufmg.br

RESUMO: A resistência ao desgaste por abrasão e erosão dos rotores, vai depender das
características dos materiais utilizados em sua fabricação, onde a dureza de sua superfície
determinará a resistência à penetração dos impactos recebido. Apesar dos cuidados especiais quanto
a escolha do material de fabricação das bombas, o desgaste por abrasão do rotor é praticamente
impossível de ser totalmente evitado. No estudo de caso em questão as amostras de sedimentos
coletadas do processo de bombeamento, apresentaram partículas com diferentes granulometrias em
virtude do efeito turbulento na entrada dos dutos, com grande concentração entre 50 a 100 micras.
A dinâmica do desgaste mostrou uma combinação de impactos diretos na ponta e na base das pás,
desgastando o leito por deslizamento, processos de choque direto e erosão por deslizamento em
torno da periferia. Tais desgastes podem interferir no perfil da bomba, reduzindo o rendimento. A
análise também demostrou que as formas semi-arredondadas dos sedimentos, provocam micro
aração e deformação dos rotores, bem como a erosão por escoamento da mistura. Também foi
possível observar a diferença da dureza e da capacidade de deformação das ligas metálicas
utilizadas em dois rotores, O rotor construído em aço inox, apresentou menor desgaste ocasionado
por erosão e maiores danos na zona de cisalhamento devido a menor capacidade de absorção de
impactos diretos, do que o ferro fundido.

ABSTRACT: The resistance to abrasion and erosion of the impeller will depend on the materials of
the features used in its manufacture, where the hardness of the surface will determine the
penetration resistance of the impacts received. Despite the special care in the choice of the
manufacture of pumps material, wear impeller abrasion is virtually impossible to avoid completely.
The sediment samples collected from the pumping process showed particles with different particle
sizes because of the turbulent effect on the entry of products with high concentrations between 50
and 100 microns. The dynamic wear showed a combination of direct impact on the tip and base of
the blades wearing the bed by slip, shock processes and direct erosion by sliding around the
periphery. Such wear can interfere with the profile of the pump, reducing the yield. The analysis
also showed that the semi-rounded form of sediment, micro plowing and cause deformation of the
alloy of the impellers as well as erosion by flow of the mixture. It was also possible to observe the
difference in hardness and deformability of the alloys used in the two impellers, where the first,
made of stainless steel, showed lower wear caused by erosion and further damage the shear zone
due to lower absorption capacity direct impacts, than cast iron.

PALAVRAS CHAVES: abrasão; erosão; rotores, sedimentos.


1. INTRODUÇÃO

A capacidade de suportar altas rotações e impactos de sólidos em suspenção são requisitos


essenciais para materiais usados na fabricação de rotores de bombas centrifugas, um exemplo
catastrófico dos efeitos de abrasão e erosão podem ser vistos na Figura 1.

Figura 1.- Rotor de uma bomba centrifuga com elevado desgastes por abrasão, erosão e corrosão
(Ref.: Própria).

Os rotores dos sistemas de bombeamento das Estações Elevatórias de Água Bruta (EEAB),
são os componentes mais vulneráveis ao desgaste decorrente da abrasão dos sedimentos presentes
na água bombeada. Pode-se assumir que o desgaste aumenta em proporções diretas em relação ao
diâmetro e distribuição granulométrica dos sedimentos. Tais sedimentos, são abundantes em rios de
águas brancas utilizados como fontes de abastecimento urbano de várias cidades da região
amazônica. Após o bombeamento, a água passa por processos físico-químico na Estação de
Tratamento de Água (ETA) para retirada dos sedimentos e potabilização, antes de serem
disponibilizadas para rede de distribuição.
Apesar dos cuidados especiais quanto a escolha do material de fabricação das bombas, o
desgaste por abrasão do rotor é praticamente impossível de ser totalmente evitado. Tal desgaste,
pode ocasionar um aumento da rugosidade interna e o consequente aumento da perda de carga com
reflexos no rendimento da bomba e aumento do consumo de energia elétrica demandada para
bombear a mesma quantidade de água. Como, os conjuntos moto-bomba são responsáveis pela
maior parte do consumo de energia no processo de abastecimento de água, os níveis de desgastes do
rotor merecem uma atenção especial, pois uma bomba com rotor desgastado e fora do ponto de
operação, apresenta perda de rendimentos significativos (Candurú e Pereira, 2010).
Conhecer as perdas de eficiência e o desgaste do rotor, ocasionado pelo bombeamento de
água bruta com diferentes concentrações de sedimentos, poderá nortear os protocolos de
manutenção e a utilização de materiais mais apropriados para fabricação dos rotores das bombas.
Além disso pode permitir a avaliação do momento de intervenção no sistema e até mesmo a
substituição dos rotores, em virtude da perda de eficiência por desgaste, antes de danos mais sérios,
ocasionados pela vibração do conjunto
Para isso, torna-se necessário identificar a dinâmica desse desgaste, bem como avaliar a
evolução da eficiência do conjunto. Dessa forma, o presente trabalho, pretende realizar uma revisão
dos elementos e estudos a respeito do desgaste do rotor, decorrente da abrasão e erosão por
sedimentos dentro da voluta e sua influência na eficiência da bomba, além de realizar uma análise
de 2 rotores utilizados em 2 instalação EEAB da Amazônia Legal Brasileira.

2. REVISÃO DA LITERATURA

Da energia produzida no mundo, entre 2 a 3% são destinados ao bombeamento e outros


sistemas ligados ao abastecimento de água, dos quais é possível reduzir o consumo de energia em
até 25%, através do aumento de eficiência dos processos de bombeamento (ALLIANCE, 2002).
Segundo Vilanova e Balestieri (2014) a eficiência de uma ETA está relacionada com: i) a
quantidade de água tratada efetivamente recebida pelos consumidores; ii) a quantidade de água
bruta utilizada; iii) os custos operacionais do sistema e; iv) consumo de energia utilizada nesse
processo. Este último é, certamente, o que mais eleva os custos totais de operacionalização de uma
ETA, porém, é comum que a política de gestão do sistema reflita–se de forma a manter a
continuidade do abastecimento público em vez da economia de energia elétrica.
Esse consumo de energia elétrica, tem relação com a eficiência do bombeamento e com o
que está sendo bombeado, como mostrado por Bross and Addie (2002), a eficiência hidráulica da
bomba diminui em função do aumento do diâmetro das partículas em suspenção. Li et al. (2011)
também identificou a variação da velocidade do rotor em função do tamanho da partícula e as
características da abrasão na bomba, que pode aumentar o consumo de energia elétrica em função
da carga de sedimento, já em relação a abrasão, o autor também identificou que o ângulo de colisão
na parede helicoidal, aumenta proporcionalmente com o aumento do tamanho da partícula, podendo
ocasionar maior desgaste em função do tamanho da partícula.
Em relação a localização do desgaste, Dong et al. (2009), analisou os processos de desgaste
nas bombas, simulando os componentes baseados na teoria da geometria não linear dos materiais,
identificando: a existência de sulcos na superfície dos componentes decorrente do impacto de
partículas; o aumento da distorção dos sulcos em função do aumento do diâmetro da partícula;
velocidade de impacto; e ângulo de colisão.
No mesmo sentido, Pagalthivarthi e Visintainer (2009), através de um modelo de elemento
finitos, obtiveram analiticamente as taxas de desgaste através de coeficientes determinados
empiricamente, identificando a taxa de desgaste ao longo da superfície da carcaça e os locais de
maior velocidade de erosão. Nesse mesmo trabalho, os autores identificaram que o maior índice de
erosão ocorre na região de cisalhamento (região de corte da pá) de forma não uniforme, sendo mais
significativas nas extremidades das pás. Tian et al. (2005) identificou esses desgastes e propuseram
um modelo numérico, onde os desgastes foram determinados para diferentes proporções de mistura
e tamanho das partículas, chegando à conclusão que a forma das partículas e sua distribuição
promovem efeitos significativos sobre os valores do coeficiente de desgaste, apresentado forte
correlação com a dureza dos materiais empregados no teste.
Já Maio et al. (2012) baseou-se em informações do desgaste na presença de sólidos
suspensos e através de analises estatísticas, concluiu que o aumento da vibração, provocado pela
alteração do peso dos elementos estruturais da bomba, decorrente da erosão ocasionada pela abrasão
dos sedimentos, podem indicar a evolução do desgaste da bomba.
O desgaste por abrasão ocorre quando as partículas duras são forçadas contra e se movem
em relação a uma superfície sólida, onde as partículas maiores são cortadas na região de
cisalhamento, resultando em fragmentos posteriormente moídos no descolar da superfície solida
conforme apresentado na Figura 2 (Warman, 2009).

Figura 2.- Três principais modos de desgaste (Adaptado ref.: Warman, 2009).
Em uma bomba centrifuga, a abrasão ocorre entre o rotor e o manto estacionário da carcaça
e entre o eixo e o invólucro estacionário. Outro fator responsável pelo desgaste do rotor é a erosão,
que envolve a perda de material da superfície do rotor e da carcaça pela ação das partículas
arrastadas pelo fluido. Nesse processo, a energia cinética é transferida para partícula, que por ter
formas irregulares apresenta alta tensão de contato especifico, conforme pode ser visualizado na
Figura 3 e 5.

Figura 3.- Três principais modos de desgaste erosivo (Adaptado ref.: Warman, 2009).

De modo geral, o desgaste, segundo a “American Society of Lubrication Engineers”


(ASLE), é definido como a “remoção de material pela ação mecânica”. E, segundo o Comitê
Científico da O.E.C.D. (Organization for Economic Cooperation and Development), é a “perda
progressiva de matéria da superfície de uma peça em consequência do movimento relativo de um
outro corpo sobre a mesma”.
Segundo a norma ASTM (G40) o desgaste é perda progressiva de matéria da superfície de
um corpo sólido devido ao contato e movimento relativo com um outro corpo sólido, líquido ou
gasoso. Já a norma DIN 50320 (1979), apresenta definição parecida e destaca quatro principais
tipos de mecanismos de desgaste, que são: desgaste adesivo, desgaste abrasivo, desgaste por fadiga
de superfície e desgaste por reação triboquímica (Figura 4).

Figura 4.- Quatro principais mecanismos de desgaste (Adaptado ref.: DIN 50320, 1979).

3. RESULTADOS E DISCURSÃO

3.1. Analise dos sedimentos erosivos.

As origens dos sedimentos em suspenção estão relacionadas com a dinâmica


geomorfológica dos rios, que transportam grande quantidade de material sólido, oriundos de
processos erosivos que são intensificados na estação chuvosa. Neste caso, os rotores analisados,
foram utilizados no bombeamento de água do rio Acre, que drenam as unidades geológica da
Formação Solimões, Terraços Aluviares Antigos e os sedimentos de seus afluentes (Almeida et al.,
2004).
Os sedimentos do Rio Acre, são classificados como arenosos finos, com fragmentos de
ossos fosseis, angulosos com pouca esfericidade, constituídos de quartzo, feldspatos, esmectita, ilita
e caulinita (Almeida et al., 2004).
Com base nos dados apresentados por Carvalho (2005), a concentração de sedimentos em
suspenção do Rio Acre variou de 208 mg/L a 840 mg/L no período chuvoso e no período seco
variaram de 38 mg/L a 124 mg/L, com médias 471 mg/L e 69 mg/L respectivamente. Esses dados
demostram que concentração de sedimentos no período chuvoso, podem ser 9 vezes maiores do que
em períodos sem chuva, variando fortemente em função da precipitação pluviométrica.
Segundo o mesmo autor, a granulometria dos materiais em suspenção está situada entre a
fração site a areia fina, com a maior concentração variado de 30 a 45 micras, que totalizam 30% do
sedimento analisado (Carvalho et al, 2008).
Já as partículas bombeadas pelos rotores estudados, podem apresentar diferenças de
granulometria e concentração em virtude do efeito de turbulência na entrada dos dutos de captação
das referidas estações elevatórias, por apresentar leve efeito de dragagem. No caso das amostras
coletadas no tanque de desarenação, logo após o bombeamento, apresentou alta concentração de
partículas entre 50 a 100 micras, com grânulos com mais de 100 micras, conforme mostrado na
Figura 5.

Figura 5.- Morfologia não classifica dos sedimentos erosivos presentes nas águas do Rio Acre, coletados
no tanque de desarenação (Ref.: Própria).

Os sedimentos em suspenção na água bombeada apresentam classificação granulométrica de


areia muito fina a fina, conforme tabela de escala de tamanho apresentado por Wentworth (1922),
ou simplesmente areia ABNT-NBR 6502 (1995).

3.2. Analise dos rotores

A resistência ao desgaste por abrasão e erosão, vai depender da característica do material


utilizado para fabricação do rotor, onde a dureza de sua superfície determinará a resistência à
penetração dos impactos recebido. Os rotores das bombas centrífugas, são submetidas a uma
combinação de impacto direto na ponta e na base das pás, desgastando o leito por deslizamento e
impactos angulares de baixa intensidade ao longo das pás. As pás são submetidas a um processo de
choque direto e de erosão por deslizamento em torno da periferia, com efeitos mostrados nas
Figuras 6 (a e c) e 7 (b e d). Já as carcaças das bombas, também são sujeitas ao desgaste por
deslizamento e impactos angulares de baixa intensidade, conforme descrito na Figura 3.
Neste estudo, foram analisados dois rotores de duas EEAB da Cidade de Rio Branco-AC, o
primeiro em aço inox e o segundo em ferro fundido, detalhados a seguir:

a) Rotor em aço inox

Segundo o fabricante, o rotor analizado foi fabricado segundo a norma A743 (Standard
Specification for Castings, Iron-Chromium-Nickel, Corrosion Resistant, for General Application),
com liga CF8M de aço inoxidável (KSB, 2008). Tais especificações, subtende uma alta resistência a
corrosão (C), elevada tenacidade, teores de Cr e Ni na ordem de 18% e 9% (F) respectivamente,
com no máximo 0,08% de C (8) e revelando o molibdênio em sua composição química (M).

Figura 6.- Desgaste por abrasão de sedimentos em um rotor fechado de bomba centrifuga (KSB): a) Vista
frontal do rotor; b) Saída do rotor; c) Zona de cisalhamento da pá (Ref.: Própria).

É um rotor de 7 pás, fechado de 400 mm, fluxo único, 2 estágios, podendo operar a 1180
rpm, com uma vazão de 300 l/s, de uma bomba KSB, modelo B22. Este rotor trabalhou por 3 anos
consecutivos na EEAB da ETA SOBRAL I, com paradas eventuais para manutenção no sistema
elétrico e mecânico. Segundo informações da equipe técnica, é a estação mais antiga, ainda em
funcionamento na região. Com a Inauguração da ETA Sobral II, passou um período desativada,
voltando a serviço devido a necessidade de aplicação da rede de distribuição. Os filtros da torre de
elevação estão desativados, o que permite entrada de material particulado de diferentes tamanhos.
Analisando o rotor, pode-se observar que a zona de cisalhamento recebe a maior parte dos
danos, apresentado maior perda de material estrutural do rotor, conforme mostrado nas figuras 6 (a
e c). Esta região é responsável pelo “corte” da água, recebendo impacto direto com as partículas em
suspenção, sofrendo pequenas tricas por fadiga de contato, deixando a região mais vulnerável a
erosão e corrosão. Já a variação da profundidade do desgaste pode ser explica pela variação da
distribuição dos compostos químicos do aço, durante o processo de fundição do rotor.
Também foi possível observar que a estrutura de aço inox desse rotor, proporciona uma boa
resistência a corrosão e erosão fora da zona de cisalhamento, mostrando boa resistente ao efeito
abrasivo dos sedimentos em suspenção da água.

b) Rotor de ferro fundido

Segundo o manual da bomba, o rotor é fabricado em ferro Fundido, sobre um anel de


desgastem em aço inox, montado firmemente na parte inferior da bomba Flygt, modelo M 3300 e
apresenta uma estrutura para evitar entupimento.
É um rotor semiaberto, com diâmetro de 395 mm, que trabalha em uma rotação de 1185
rpm, com capacidade de bombear 333 l/s, tem três pás curva para trás, com design destinados ao
não-entupimento e autolimpeza. Este rotor trabalhou apenas 18 meses consecutivos, até o
travamento da bomba, quando trabalhava na EEAB da ETA Sobral II, inaugurada em 2006.
Segundo informações da equipe técnica, o tempo medido de vida útil dos rotores de ferro fundidos
nesta estação, são de aproximadamente dois anos de funcionamento continuo, com pequenas
paradas para manutenção.
A zona de cisalhamento apresentou uma deformação mais uniforme, possivelmente, devido
a capacidade de absorção de impacto do ferro fundido (Figura 7b). Ou seja, a região apresenta-se
deformada em função do impacto, porém sem perda de material decorrente de fraturas, como o
ocorrido com o rotor em aço inox.
Figura 7.- Desgaste por abrasão de sedimentos em um rotor aberto de bomba centrifuga (FLYGT): a)
Vista frontal da parte posterior do rotor; b) Zona de cisalhamento da pá; c) Desgaste da zona de saída; d)
Sulcos de erosão na extremidade de saída do rotor (Ref.: Própria).

Os detalhes apresentados na Figura 7d, mostram diferentes profundidades dos sulcos de


erosão, provavelmente, decorrente da variação química durante o processo de fundição. Fora da
zona de cisalhamento, as partículas erosivas seguem um padrão de fluxo mais linear ao longo das
pás, apresentando um aprofundamento gradual das erosões em virtude do aumento da força
centrifuga.

4. CONCLUSÕES

O desgaste da bomba em função dos sólidos suspenções diluídas na água, pode interferir no
perfil da bomba, reduzindo o rendimento e provocando um aumento no consumo de energia na
estação de bombeamento e esse aumento pode ser contabilizado em função do desgaste. Sendo
importante o aprofundamento dos estudos em relação a influência do desgaste na eficiência da
bomba.
A análise realizada demostrou a vulnerabilidade dos rotores ao efeito abrasivo, que
consequentemente afetará o balanceamento do rotor, podendo causar maiores danos estruturais da
bomba.
As formas semi-arredondadas dos sedimentos produziram evidencias de micro aração e
deformação do material, bem como erosão ocasionada pelo escoamento da mistura água-
sedimentos.
As analises, também deixam claro a diferença da dureza e da capacidade de deformação das
ligas metálicas utilizadas nos dois rotores, onde a primeira, feita em aço inox, apresenta menor
desgastes ocasionados por erosão e maiores danos na zona de cisalhamento devido a menor
capacidade de absorção de impactos diretos, que do ferro fundido.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tamanho e a proporção dos sólidos suspensos influenciam na eficiência da bomba e que ao


longo do uso, essas características influenciam o desgaste do rotor, aumentado o coeficiente de
desgaste à medida que as partículas aumentam. Como as águas brancas dos rios amazônicos
apresentam variação na carga de sedimento ao longo do ano, podemos supor, que o coeficiente de
desgaste na época da cheia é diferente do coeficiente de desgaste na época de estiagem.
Por fim, é importante salientar que a carga de sedimento, tamanho das partículas e o
desgaste do rotor ocasionado pela abrasão desses sedimentos, irá influenciar no consumo de energia
do sistema de bombeamento, ou pelo aumento do peso especifico da mistura bombeada, ou pela
alteração do perfil das pás do rotor, ou em função das duas. Salientando ainda, que o desgaste
irregular irá proporcionar maior vibração do rotor, ocasionado maior desgaste dos componentes do
conjunto motobomba, aumentando os custos de manutenção, sendo necessário um estudo mais
detalhado desses custos.

6. AGRADECIMENTOS

Os autores manifestam seus agradecimentos à UFAC, UFMG, CAPES, CNPq, CEMIG,


ELETROBRAS-FURNAS, a FAPEMIG, pelo suporte financeiro para a realização desse trabalho.

7. REFERENCIAS

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