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Pessoa ortónimo é um sujeito poético marcado pela angústia existencial e pelo inconformismo que ditam o desejo de
despersonalização. Em todos os heterónimos Pessoa procurou dissipar-se e encontrar uma resposta para a sua
constante inquietação, o seu permanente desassossego.
Deste modo, será possível reconhecer a existência de alguns motivos temáticos transversais aos quatro sujeitos
poéticos que, embora distintos, sofrem a mesma angústia, o mesmo desassossego, o de existir, e anseiam o mesmo
objectivo, o de viver plenamente.
Contudo, essa procura, essa busca revelaram-se infrutíferas, porque nenhum dos heterónimos por ele criados
constituiu uma solução pacífica para o seu problema de existir. Como ele próprio afirma “há barcos para muitos portos,
mas nenhum para a vida não doer, nem há desembarque onde não se esqueça”.