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Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 1

Carga de Resfriamento de Ar Condicionado

Introdução. Calores Externos. Forros Ensolarados. Paredes Externas. Janelas, Insolação e


Condução. Ar de Renovação. Superfícies Internas. Calores Internos, Pessoas, Lâmpadas e Equi-
pamentos. Moto-ventilador.

Neste capítulo pretende-se calcular a carga térmica de resfriamento de ar condicionado de um


ambiente, de forma a se obter o conhecimento do desempenho térmico da edificação e a potência
necessária do sistema de ar condicionado. Para tanto, observe-se o ambiente abaixo:

insolação

ar exterior calor interno

transmissão

Fig. 1 Fluxos de Calor em um Ambiente

Existem dois grandes grupos de fluxos de calor:

- Calores externos
- Calores internos

Os calores externos são aqueles que atravessam as fronteiras do ambiente, classificando-se


em:

- Superfícies opacas externas


- Superfícies translúcidas externas
- Ar de renovação
- Superfícies internas

Os calores internos são aqueles liberados dentro do ambiente, classificando-se como:

- Pessoas
- Lâmpadas e equipamentos

A carga térmica necessita pois calcular todos estes calores.

1 Calores Externos

Começando pelos calores externos, pode-se escolher as superfícies opacas.

1.1 Superfícies Opacas Externas- Começando pelos forros cobertos por telhas que recebem sol,
conforme figura acima, pode-se dizer que o calor originalmente é de radiação, mas ao aquecer a su-
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 2

perfície em que incide, aquece-a e o fluxo de calor ocorre por condução. A equação solução é pois
originariamente de condução, mas deve levar em conta os efeitos da insolação:

[
Q& = UA∆t = UA ( DTCR + LM ) K f + CTIE f ] (1)

onde Q é o fluxo de calor é em Watts, U o coeficiente global de transferência de calor em W/m2 oC,
A é a área do forro ensolarado em m2 e ∆t a diferença de calor entre os dois lados do forro, confor-
me fig. 2.

exterior, condições climáticas


telhas, cor
ventilação
forro,
constituição

rebaixamento
∆t
condições internas

Fig. 2 Diferencial de Temperatura para Forro

O diferencial ∆t é calculado pelo conhecimento dos fatores DTCR, que são as iniciais de Dife-
rencial de Temperatura da Carga de Resfriamento em oC, LM que representa uma correção para La-
titude e Mês de cálculo em oC, Kf um fator de correção que leva em conta a cor das telhas, CTIE
que significa Correção para Temperaturas Interna e Externa e f fator de correção para a ventilação
do forro. Este cálculo passará a ser detalhado.
A área do forro é um dado de projeto, devendo levar em conta todo e qualquer forro que rece-
ba sol diretamente. O coeficiente global de transferência de calor U pode ser calculado pela metodo-
logia vista no capítulo Transmissão de Calor, função dos materiais componentes do forro (isolantes,
por exemplo). Porém, como o fluxo de calor por um forro ensolarado é um processo transiente, uti-
liza-se aqui um pré-cálculo cujos resultados são tabelados, e por isto necessita-se retirar o valor de
U destas tabelas, no caso tabela 1. Em alguns cálculos pode-se não encontrar exatamente o forro re-
al, quando deve-se procurar na tabela o forro mais próximo.

Tab. 1 Tipos de Forros e Condutividade Térmica U, W/m2 oC

Descrição da Construção Sem rebaixamento Com rebaixamento


Forro No U, W/m2 oC Forro No U, W/m2 oC
Chapa aço + isolante 25 mm 1 1.209 19 0.761
Chapa aço + isolante 50 mm 2 0.704 20 0.522
Madeira 25 mm + isolante 25 mm 3 0.965 21 0.653
Concreto leve 100 mm 4 1.209 22 0.761
Concreto pesado 50 mm + isol. 25 mm 5 1.170 23 0.744
Concreto pesado 50 mm + isol. 50 mm 6 0.693 24 0.515
Madeira 25 mm + isol. 50 mm 7 0.619 25 0.471
Concreto leve 150 mm 8 0.897 26 0.619
Madeira 64 mm + isol. 25 mm 9 0.738 27 0.545
Concreto leve 200 mm 10 0.715 28 0.528
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 3

Concreto pesado 100 mm + isol. 25 mm 11 1.136 29 0.727


Concreto pesado 100 mm + isol. 50 mm 12 0.681 30 0.511
Madeira 64 mm + isol. 50 mm 13 0.528 31 0.409
Terraço 14 0.602 32 0.466
Concreto pesado 150 mm + isol. 25 mm 15 1.090 33 0.710
Concreto pesado 150 mm + isol. 50 mm 16 0.664 34 0.499
Madeira 100 mm + isol. 25 mm 17 0.602 35 0.465
Madeira 100 mm + isol. 50 mm 18 0.443 36 0.363

Rebaixamento é alguma superfície abaixo da laje, como forro de gesso, etc, como pode ser
visto na fig. 2.
O diferencial DTCR é o elemento básico para o cálculo de ∆t, sendo feito por metodologia
transiente (resolução do problema diferencial) e tabelado na Tab. 2.

Tab. 2 Diferença de Temperatura da Carga de Resfriamento (DTCR)


para cálculo do calor de Forros, oC

Fo Hora Solar
No 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
1 0 -1 -2 -2 -3 -2 3 11 19 27 34 40 43 44 43 39 33 25 17 10 7 5 3 1
2 0 -1 -2 -2 -3 -2 3 11 19 27 34 40 43 44 43 39 33 25 17 10 7 5 3 1
3 3 2 0 -1 -2 -2 -1 2 8 15 22 29 35 39 41 41 39 35 29 21 15 11 8 5
4 5 3 1 0 -1 -2 -2 1 5 11 18 25 31 36 39 40 40 37 32 25 19 14 10 7
5 7 5 3 2 0 -1 0 2 6 11 17 23 28 33 36 37 37 34 30 25 20 16 12 10
6 7 5 3 2 0 -1 0 2 6 11 17 23 28 33 36 37 37 34 30 25 20 16 12 10
7 2 0 -2 -3 -4 -4 -4 -2 3 9 15 22 27 32 35 36 35 32 27 20 14 10 6 3
8 12 10 7 5 3 2 1 0 2 4 8 13 18 24 29 33 35 36 35 32 28 24 19 16
9 16 13 11 9 7 6 4 3 4 5 8 11 15 19 23 27 29 31 31 30 27 25 22 19
10 20 17 14 12 10 8 6 5 4 4 5 7 11 14 18 22 25 28 30 30 29 27 25 22
11 14 12 10 8 7 5 4 4 6 8 11 15 18 22 25 28 29 30 29 27 24 21 19 16
12 14 12 10 8 7 5 4 4 6 8 11 15 18 22 25 28 29 30 29 27 24 21 19 16
13 18 15 13 11 9 8 6 5 5 5 7 10 13 17 21 24 27 28 29 29 27 25 23 20
14 19 17 15 14 12 11 9 8 7 8 8 10 12 15 18 20 22 24 25 26 25 24 22 21
15 18 16 14 12 11 10 9 8 8 9 10 12 15 17 20 22 24 25 25 25 24 22 20 19
16 18 16 14 12 11 10 9 8 8 9 10 12 15 17 20 22 24 25 25 25 24 22 20 19
17 21 20 18 17 15 14 13 11 10 9 9 9 10 12 14 16 18 20 22 23 24 24 23 22
18 21 20 18 17 15 14 13 11 10 9 9 9 10 12 14 16 18 20 22 23 24 24 23 22
19 1 0 -1 -2 -3 -3 0 5 13 20 28 35 40 43 43 41 37 31 23 15 10 7 5 3
20 1 0 -1 -2 -3 -3 0 5 13 20 28 35 40 43 43 41 37 31 23 15 10 7 5 3
21 11 8 6 5 3 2 1 2 4 7 12 17 22 27 31 33 35 34 32 28 24 20 17 14
22 10 8 6 4 2 1 0 0 2 6 10 16 21 27 31 34 36 36 34 30 26 21 17 13
23 16 14 13 11 10 8 7 7 8 9 11 14 17 19 22 24 25 26 26 25 23 21 20 18
24 16 14 13 11 10 8 7 7 8 9 11 14 17 19 22 24 25 26 26 25 23 21 20 18
25 14 11 9 7 5 4 3 3 4 6 10 14 18 23 27 30 31 32 31 29 26 26 19 16
26 18 15 13 11 9 7 6 4 4 4 6 9 12 16 20 24 27 29 30 30 28 26 23 20
27 19 18 16 14 13 12 10 9 8 8 9 10 12 14 17 19 21 23 24 25 24 23 22 21
28 22 20 18 16 15 13 11 10 9 8 8 8 9 11 14 16 19 21 23 25 25 25 24 23
29 17 16 15 14 13 13 12 11 11 11 12 13 15 16 18 19 20 21 21 21 21 20 19 18
30 17 16 15 14 13 13 12 11 11 11 12 13 15 16 18 19 20 21 21 21 21 20 19 18
31 19 18 17 16 14 13 12 11 10 10 10 11 12 14 16 18 19 21 22 23 23 22 22 21
32 17 16 16 15 15 14 13 13 13 12 12 13 13 14 15 16 16 17 18 18 19 18 18 18
33 16 16 15 15 14 13 13 12 12 12 12 13 14 15 16 17 18 18 19 19 19 18 18 18
34 16 16 15 15 14 13 13 12 12 12 12 13 14 15 16 17 18 18 19 19 19 18 18 18
35 20 19 19 18 17 16 15 14 14 13 12 12 12 12 13 14 15 16 18 19 20 20 20 20
36 20 19 19 18 17 16 15 14 14 13 12 12 12 12 13 14 15 16 18 19 20 20 20 20
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 4

Obs.: FoNo = Forro Número (ver tab. 1)

Na tabela, os números em negrito assinalam os valores máximos de diferencial para cada tipo
de forro. Observa-se que, apesar de os forros receberem a maior insolação ao meio-dia, a hora de
maior diferencial de temperatura ocorre após, entre 14 e 21 horas. Quanto mais pesado o forro, mais
tarde ocorre este máximo. Isto se deve à inércia térmica dos forros, chamado também de atraso ou
retardo térmico. A hora solar não necessariamente combina com a hora local.
O termo LM representa uma correção para a latitude e mês de cálculo, e pode ser visto na tab.
3.

Tab. 3 Correção do DTCR para Latitude e Mês, para Forros e Paredes, LM, ºC

Lat.,º Mês Forro Orientação da Parede


Sul Horiz. S ou Sombra SE ou SO E ou O NE ou NO N
0 MAR 0 -1.6 0.5 -0.5 -1.6 -4.4
FEV -1.1 2.7 1.6 -1.1 -3.3 -4.4
JAN -2.2 5.5 2.7 -1.6 -4.4 -4.4
DEZ -2.7 6.6 2.7 -1.6 -5.0 -4.4
8 MAR 0 -1.6 -0.5 -0.5 -1.1 -2.2
FEV -0.5 1.1 1.1 -0.5 -2.7 -3.8
JAN -1.1 3.8 2.2 -1.1 -3.8 -3.8
DEZ -4.4 5.0 2.2 -1.1 -4.4 -3.8
16 MAR -0.5 -1.6 -1.1 -0.5 0 0
FEV 0 -0.5 -0.5 -0.5 -1.6 -3.3
JAN 0 2.2 1.6 -0.5 -2.7 -3.8
DEZ 0 3.3 2.2 -0.5 -3.3 -3.8
24 MAR -1.6 -1.6 -1.6 -0.5 0.5 2.2
FEV 0 -1.1 0 -0.5 -0.5 -1.6
JAN 0.5 0.5 1.1 0 -1.6 -3.3
DEZ 0.5 1.6 1.6 0 -2.2 -3.3
32 MAR -2.7 -1.6 -2.2 -1.1 1.6 3.8
FEV -0.5 -1.1 -2.2 -1.1 1.6 3.8
JAN 0.5 0.5 0.5 0 0 0.5
DEZ 1.1 0.5 1.1 0 -1.1 -2.2

Nesta tabela estão as latitudes necessárias para o Brasil, podendo-se interpolar valores para la-
titudes intermediárias, e os meses componentes do verão, lembrando que o verão vai de 21/22 de
dezembro (solstício, o sol passa sobre o trópico, próximo à São Paulo) à 21/22 de março (equinócio,
o sol passa sobre o equador, próximo à Belém). Na tabela estão em negrito os máximos por latitude
e orientação.
O próximo elemento da equação 1 é Kf, que representa um fator devido à cor das telhas, tendo
em vista que cores claras refletem mais radiação e portanto esquentam menos o forro e representam
menores cargas térmicas para o ambiente. Ao contrário, cores escuras das telhas trazem grande ab-
sorção da radiação solar, representando maiores cargas térmicas para o ambiente. Em muitas aplica-
ções, o forro representa a maior carga do ambiente, salientando a importância da cor das telhas. Os
valores de Kf são:
• cor permanentemente clara: 0,5
• cor média: 0,75
• cor escura ou área industrial: 1,0
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 5

Observe que para utilizar o valor 0,5 é necessário certeza de que a cor será mantida clara, ten-
do em vista que com o passar do tempo as telhas tendem a escurecer, por diversas razões.
O fator CTIE da equação 1 representa uma correção para as temperaturas interna e externa. Is-
to porque os valores previamente calculados e tabelados precisam considerar condições definidas
nos cálculos. A condição interna considerada foi de 25,5 oC e a externa média foi de 29,5 oC. Qual-
quer cálculo que tenha temperaturas diferentes destas deverá ser corrigido pelo CTIE, através da se-
guinte equação:

CTIE = ( 25 ,5 − tbsi ) + ( t e − 29 ,5 ) (2)

onde tbsi é a condição que se quer manter no ambiente condicionado. Se for uma instalação para
conforto, a condição interna pode ser retirada da fig. 3 e tab. 4. Se for uma instalação especial, pode-
rá se ter uma temperatura específica que não seja a de conforto.

Figura 3 Temperatura Efetiva TE e Zonas de Conforto para Ambientes Climatizados

Tabela 4 Condições de Projeto para Ambientes Climatizados

Estação Temperatura bulbo seco Umidade relativa Fator umidade


Verão 24,5 oC 45 % 8,6 gVA/kgAS
Inverno 22 oC 50 % 8,2 gVA/kgAS

A temperatura t e é a temperatura externa média, calculada ao longo de um dia. A temperatura


externa tem uma variação padronizada conforme fig. 4.
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 6

100
Variação Diária, %
75
50
25
0

0 5 10 Hora 15 20 25

Fig. 4 Evolução Típica da Temperatura Externa

A temperatura tem um mínimo às 5 h e um máximo às 15 h, com valores médios em torno das


10 e 20 h. O valor máximo das 15 h é a temperatura de projeto relacionada no capítulo de condições
externas de projeto. A amplitude da onda é a variação diária da temperatura externa, também relaci-
onada no capítulo referido. Conhecendo-se estes valores pode-se calcular a temperatura externa mé-
dia por:

VD
t e = tbsmá x − ( ) (3)
2

onde tbsmáx é a temperatura de projeto para verão e VD é a variação diária da temperatura para a ci-
dade em cálculo, conforme valores tabelados.

Tab. 5a – Condições Externas de Projeto para Verão

Estação WMO# Latitude Longitude Elevação Pressão Data Vento


m Atm. Velocidade Direção
kPa m/s Grau
Belém 821930 1,38 S 48,48 W 16 101,13 8293 2,9 90
Brasília 833780 15,87 S 47,93 W 1061 89,21 8293 3,2 90
Campinas 837210 23,00 S 47,13 W 661 93,63 8293 3,3 330
Campo Grande 836120 20,47 S 54,67 W 556 94,82 8293 4,8 360
Curitiba 838400 25,52 S 49,17 W 908 90,88 8293 3,8 300
Fern. Noronha 824000 3,85 S 32,42 W 56 100,65 8293 4,6 150
Fortaleza 823980 3,78 S 38,53 W 25 101,03 8293 6,0 120
Goiânia 834240 16,63 S 49,22 W 747 92,67 8293 1,8 360
Maceió 829930 9,52 S 35,78 W 115 99,95 8293 4,5 100
Manaus 923320 3,15 S 59,98 W 84 100,32 8293 4,3 90
Natal 825990 5,92 S 35,25 W 52 100,70 8293 5,1 100
Porto Alegre 839710 30,00 S 51,18 W 3 101,29 8293 3,0 290
Recife 828990 8,07 S 34,85 W 19 101,10 8293 5,2 120
Rio de Janeiro 837460 22,82 S 43,25 W 6 101,25 8293 3,1 50
Salvador 832480 12,90 S 38,33 W 6 101,25 8293 5,5 90
Santarém 822440 2,43 S 54,72 W 72 100,46 8293 5,4 90
São Paulo 837800 23,62 S 46,65 W 803 92,04 8293 2,6 330
Vitoria 836490 20,27 S 40,28 W 4 101,28 8293 5,1 30
Obs.: WMO# = Número da Organização Meteorológica Mundial
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 7

Tab. 5b – Condições Externas de Projeto para Verão (cont.)

Temp.Bulbo Temp.Bulbo Relação de


Seco Úmido Umidade
Estação Tbs TbuC Tbu TbsC RU TbsC VD
o o o o
C C C C g/kg da
1% 1% 1% Tbs
Belém 32,5 25 26,5 30,5 21,5 29 8
Brasília 31 18 21,5 26 17 22,5 13
Campinas 32 22 24 29 19 25,5 10
Campo Grande 34 22 24,5 30 19 26,5 10
Curitiba 29,5 20 22 26,5 17,5 23,5 9,5
Fern. Noronha 30 25 26 29,5 20,5 28,5 4,5
Fortaleza 32 25 26,5 30,5 21,5 27,5 6
Goiânia 33 20 23 29 18 25 13
Maceió 32 24 25,5 29 19,5 26,5 8
Manaus 34 25,5 27,5 32 22,5 29,5 8
Natal 32 25 26 30 20,5 27,5 7
Porto Alegre 33,5 24 25 39 19 27,5 9,5
Recife 33 25,5 26,5 31 20,5 28,5 6
Rio de Janeiro 37 25 27 34 20,5 29 10,5
Salvador 31 25,5 26,5 30 20,5 29 6
Santarém 33 25 26,5 31,5 20,5 28 8
São Paulo 31 20 22,5 27 17,5 24 8
Vitoria 33 25 26 30,5 20 27 8
Obs.: Tbs = Temperatura externa de bulbo seco TbsC = Temp. bulbo seco coincidente
Tbu = Temperatura externa de bulbo úmido TbuC = Temp. bulbo úmido coincidente
RU = Relação de umidade externa 1% = Percentual das horas de verão com valor superior
VD = Variação diária da tbs

Na tabela acima, os valores são tomados no limite de 1% das horas de verão, no caso 22 ho-
ras. Significa que os parâmetros constantes passam dos valores tabelados na média de 22 horas por
verão.
A fig. 4 prescreve os valores horários da temperatura externa, baseada na tab. 6. Estão em ne-
grito os valores máximo, mínimo e médios.

Tab. 6 Percentagem da Variação Diária da Temperatura Externa (PVD)

Hora % Hora % Hora % Hora %


1 87 7 93 13 11 19 34
2 92 8 84 14 3 20 47
3 96 9 71 15 0 21 58
4 99 10 56 16 3 22 68
5 100 11 39 17 10 23 76
6 98 12 23 18 21 24 82

Conhecendo-se estes valores pode-se calcular a temperatura externa em qualquer hora pela
equação:

t eh = tbsmá x − ( PVD × VD) (4)

Devido ao sinal negativo da equação há uma inversão entre os valores da tabela e da figura.
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 8

O fator f da equação representa o efeito da ventilação do forro, se houver. O aquecimento do


forro depende de ser a camada de ar móvel ou não, dependendo pois da existência de aberturas para
ventilação, conforme desenho. O fator f pode ter os seguintes valores:
• f = 1 - forro não ventilado
• f = 0,75 - forro ventilado

Uma evolução semelhante tem as paredes, representadas na fig. 5:

insolação, cor convecção


+ radiação

parede
material, espessura

Fig. 5 Ganho Térmico de uma Parede

A equação é semelhante à de forro:

[
Q& = UA ( DTCR + LM ) K p + CTIE ]
(5)

onde Q é o fluxo de calor transiente em Watts, dependente de um pré-cálculo tabelado. Portanto, é


necessário, assim como no forro, enquadrar a parede em cálculo em algum caso pré-calculado, cujas
paredes aparecem relacionadas na tab. 6.

Tab. 7 Tipos de Paredes e seus Respectivos Valores de U e Grupo Térmico

N. Descrição da Construção U Grupo


W/m2oC Térmico
1 200 mm tijolo de face c/ espaço de ar 2.033 C
2 200 mm tijolo comum 2.356 D
3 200 mm tijolo comum c/ 25 mm isol. 0.987 C
4 200 mm tijolo comum c/ espaço de ar 1.709 C
5 300 mm tijolo comum 1.714 B
6 300 mm tijolo comum c/ 25 mm isol. 0.874 A
7 300 mm tijolo comum c/ espaço de ar 1.379 A
8 100 mm tijolo face, espaço de ar e 50 mm concreto 1.987 C
9 100 mm tijolo face, espaço de ar e 200 mm concreto 0.636 A
10 100 mm tijolo face, 25 mm isol. e 200 mm concreto 0.625 A
11 100 mm tijolo face e 100 mm tijolo cimento 1.811 E
12 100 mm tijolo face, espaço de ar e 100 mm tijolo cimento 1.397 D
13 100 mm tijolo face, 25 mm isol. e 100 mm tijolo cimento 0.868 D
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 9

14 100 mm tijolo face e 200 mm tijolo cimento 1.555 D


15 100 mm tijolo face, espaço de ar e 200 mm tijolo cimento 1.561 C
16 100 mm tijolo face, 25 mm isol. e 200 mm tijolo cimento 1.255 C
17 100 mm tijolo face e 100 mm tijolo furado 2.163 D
18 100 mm tijolo face, espaço de ar e 100 mm tijolo furado 1.595 D
19 100 mm tijolo face, 25 mm isol. e 100 mm tijolo furado 0.959 C
20 100 mm tijolo face e 200 mm tijolo furado 1.561 C
21 100 mm tijolo face, espaço de ar e 200 mm tijolo furado 1.255 B
22 100 mm tijolo face, 25 mm isol. e 200 mm tijolo furado 0.806 B
23 100 mm concreto 3.321 E
24 200 mm concreto 2.782 C
25 300 mm concreto 2.390 B
26 200 mm tijolo cimento 1.976 E
27 100 mm tijolo furado 2.379 F
28 200 mm tijolo furado 1.681 D
29 Chapa metalica + 50 mm isol. + chapa metalica 0.911 G
30 Chapa cimento-amianto + 50 mm isol. + chapa cimento-amianto 0.735 G
31 Chapa metalica + 25 mm isol. + chapa metalica 1.306 G
32 Chapa cimento-amianto + 25 mm isol. + chapa cimento-amianto 1.010 G

Nesta tabela deve ser procurada a parede mais próxima da parede em cálculo. Pode ser visto
também na tabela o coeficiente U e o grupo térmico à que pertence a parede, pois as mesmas são
reunidas em grupos térmicos de A até G. O grupo A são paredes mais pesadas e o G paredes mais
leves. A equação 5 deve ser aplicada a cada tipo de parede e a cada orientação solar existente entre a
4 principais (N, S, E e O) e quatro colaterais (NE, SE, NO e SO).
O diferencial de temperatura da carga de resfriamento (DTCR) pode ser encontrado sabendo-
se o grupo térmico da parede e sua orientação na tabela 7.

Tab. 8 Diferença de Temperatura da Carga de Resfriamento (DTCR) para


Cálculo do Calor de Paredes Externas, oC

Grupo A
Or. Hora Solar
Sol1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
S 8 8 8 7 7 7 7 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 8 8
SE 11 11 10 10 10 9 9 9 8 8 8 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 11 11 11
E 14 13 13 13 12 12 11 11 10 10 10 11 11 12 12 13 13 13 14 14 14 14 14 14
NE 13 13 13 12 12 11 11 10 10 10 10 10 10 11 11 12 12 13 13 13 13 13 13 13
N 11 11 11 11 10 10 9 9 9 8 8 8 8 8 8 8 9 9 10 10 11 11 11 11
NO 14 14 14 14 13 13 12 12 11 11 10 10 10 9 9 10 10 10 11 12 13 13 14 14
O 15 15 15 14 14 14 13 13 12 12 11 11 10 10 10 10 10 11 11 12 13 14 14 15
SO 12 12 11 11 11 11 10 10 10 9 9 8 8 8 8 8 8 8 9 9 10 11 11 11

Grupo B
Or. Hora Solar
Sol 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
S 8 8 8 7 7 6 6 6 5 5 5 5 5 5 5 6 6 7 7 8 8 8 8 8
SE 11 10 10 9 9 8 7 7 7 7 8 8 9 9 10 10 11 11 11 12 12 12 11 11
E 13 13 12 11 10 10 9 8 8 9 9 10 12 13 13 14 14 15 15 15 15 15 14 14
NE 13 12 12 11 10 10 9 8 8 8 8 9 10 11 12 13 14 14 14 14 14 14 14 14
N 12 11 11 10 9 9 8 7 7 6 6 6 6 7 8 9 10 11 11 12 12 12 12 12
NO 15 15 14 13 13 12 11 10 9 9 8 8 7 7 8 9 10 11 13 14 15 15 16 16
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 10

O 16 16 15 14 14 13 12 11 10 9 9 8 8 8 8 8 9 11 12 14 15 16 16 17
SO 13 12 12 11 11 10 9 9 8 7 7 7 6 6 7 7 8 8 9 11 12 13 13 13

Grupo C
Or Hora Solar
Sol 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
S 9 8 7 7 6 5 5 4 4 4 4 4 5 5 6 6 7 8 9 9 9 10 9 9
SE 10 10 9 8 7 6 6 6 6 7 8 10 10 11 12 12 12 13 13 13 13 12 12 11
E 13 12 11 10 9 8 7 7 8 9 11 13 14 15 16 16 17 17 16 16 16 15 14 13
NE 13 12 11 10 9 8 7 6 7 7 9 10 12 14 15 16 16 16 16 16 16 15 14 13
N 12 11 10 9 8 7 6 6 5 5 5 5 6 8 9 11 12 13 14 14 14 14 13 12
NO 16 15 14 12 11 10 9 8 7 7 6 6 6 7 8 10 12 14 16 18 18 18 18 17
O 17 16 15 14 12 11 10 9 8 7 7 7 7 7 8 9 11 13 16 18 19 20 19 18
SO 14 13 12 11 10 9 8 7 6 6 5 5 6 6 6 7 9 10 12 14 15 15 15 15

Grupo D
Or Hora Solar
Sol 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
S 8 7 7 6 5 4 3 3 3 3 4 4 5 6 6 7 8 9 10 11 11 10 10 9
SE 9 8 7 6 5 5 4 4 6 8 10 11 12 13 13 13 14 14 14 13 13 12 11 10
E 11 10 8 7 6 5 5 5 7 10 13 15 17 18 18 18 18 18 17 17 16 15 13 12
NE 11 10 9 7 6 5 5 5 5 7 10 12 14 16 17 18 18 18 17 17 16 15 14 12
N 11 10 8 7 6 5 4 4 3 3 4 5 7 9 11 13 15 16 16 16 15 14 13 12
NO 15 14 12 10 9 8 6 5 5 4 4 5 5 7 9 12 15 18 20 21 21 20 19 17
O 17 15 13 12 10 9 7 6 5 5 5 5 6 6 8 10 13 17 20 22 23 22 21 19
SO 14 12 11 9 8 7 6 5 4 4 4 4 5 6 7 8 10 12 15 17 18 17 16 15

Grupo E
Or Hora Solar
Sol 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
S 7 6 5 4 3 2 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 10 11 12 12 11 10 9 8
SE 7 6 5 4 3 2 3 5 8 11 13 14 14 14 14 14 15 14 14 13 12 11 9 8
E 8 7 6 5 4 3 3 6 10 15 18 20 21 21 20 19 18 18 17 15 14 12 11 9
NE 8 7 6 5 4 3 3 4 7 10 14 17 19 20 20 20 19 18 17 16 14 13 11 10
N 8 7 6 5 4 3 2 2 2 3 5 7 10 14 16 18 19 18 17 16 14 13 11 10
NO 12 10 8 7 6 4 4 3 3 3 4 5 7 10 14 18 21 24 25 24 22 19 17 14
O 14 12 10 8 6 5 4 3 3 4 4 5 6 8 11 15 20 24 27 27 25 22 19 16
SO 11 9 8 6 5 4 3 3 3 3 4 5 6 7 9 11 14 18 21 21 20 18 15 13

Grupo F
Or Hora Solar
So 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
l
S 5 4 3 2 1 1 1 2 3 4 5 6 8 9 11 12 12 13 13 13 11 9 7 6
SE 5 4 3 2 1 1 3 8 13 16 17 16 16 15 15 15 15 14 13 12 10 9 7 6
E 5 4 3 2 2 1 4 9 16 21 24 25 24 22 20 19 18 17 15 13 11 10 8 7
NE 5 4 3 2 2 1 2 6 10 15 20 23 24 23 22 20 19 17 16 14 12 10 8 7
N 5 4 3 2 2 1 1 1 2 4 7 11 15 19 21 22 21 19 17 15 12 10 8 7
NO 8 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 6 10 14 20 24 28 30 29 25 20 16 13 10
O 9 7 5 4 3 2 2 2 2 3 4 6 8 11 16 22 27 32 33 30 24 19 15 12
SO 8 6 4 3 2 2 1 1 2 3 4 6 7 9 12 15 19 24 26 24 20 16 12 10

Grupo G
Or Hora Solar
So 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
l
S 2 1 0 0 0 1 4 5 5 7 8 10 12 13 13 14 14 15 12 8 6 5 4 3
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 11

SE 2 1 1 0 0 5 15 20 22 20 16 15 15 15 15 15 14 12 10 8 6 5 4 3
E 2 1 1 0 0 6 17 26 30 31 28 22 19 17 17 16 15 13 11 8 7 5 4 3
NE 2 1 1 0 0 6 17 26 30 31 28 22 19 17 17 16 15 13 11 8 7 5 4 3
N 2 1 1 0 0 0 1 3 7 12 17 22 25 26 24 21 17 14 11 8 7 5 4 3
NO 3 2 2 1 0 0 1 3 4 6 9 14 21 28 33 35 34 29 20 13 10 7 6 4
O 4 3 2 1 1 1 1 3 5 6 8 10 15 23 31 37 40 37 27 16 11 8 6 5
SO 3 2 1 1 0 0 1 3 4 6 8 10 12 15 20 26 31 31 23 14 10 7 5 4

A correção LM para latitude e mês pode ser retirada da tab.3. Observa-se a simetria em rela-
ção ao eixo norte - sul. A correção para a cor externa das paredes Kp tem os seguintes valores:
• Kp = 1,0 para paredes escuras
• Kp = 0,83 para paredes cor média
• Kp = 0,65 para paredes cor clara permanente
Observa-se que são valores com menor variação que para forro, por ser a cor das paredes me-
nos influente na carga térmica que a cor do forro. O fator CTIE tem os mesmos valores que o forro,
por ser o mesmo projeto.

1.2 Superfícies Translúcidas Externas- O fluxo de calor por janelas se divide em duas parcelas:
uma por condução e outra por radiação, conforme figura 6.

sol

vidro
proteção solar

tE tI condução
de calor

radiação
solar

convecção

Fig. 6 Ganhos de Calor por uma Janela

A parcela por condução deve-se ao fato da temperatura externa ser maior que a interna. A par-
cela de radiação deve-se à entrada de energia solar no ambiente.
A parcela de condução é calculada por:

Q& VC = UA( t EH − t I ) (6)

onde A é a área da janela em m2, independente da orientação, U é o coeficiente global de transferên-


cia de calor, W/m2 oC, calculado no capítulo Transferência de Calor, tEH a temperatura externa horá-
ria, função da hora do dia e da cidade onde se localiza o ambiente em cálculo, calculada pela equa-
ção 4 e tI a temperatura interna do ambiente em cálculo.
O fluxo de calor por radiação é calculado por
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 12

QVI = FGCS * A* CS * FCR (7)

onde FGCS é o Fator de Ganho de Calor Solar, que representa a quantidade de energia solar que in-
cide em um metro quadrado de área vertical externa com a mesma orientação da janela, em W/m2.
Este termo está na tab. 9.

Tab. 9a - Fator de Ganho de Calor Solar para Janelas Ensolarados, W/m2

Orientação da Abertura
Mês S SE ou SO E ou O NE ou NO N Horiz
Latitude 0 graus
DEZ 407 650 603 208 117 805
JAN 363 634 615 243 120 820
FEV 237 590 669 353 120 871
MAR 126 514 729 514 126 924
Latitude 8 graus
DEZ 284 631 631 259 123 849
JAN 243 615 644 294 123 858
FEV 148 565 681 404 129 890
MAR 120 470 726 555 177 915
Latitude 16 graus
DEZ 208 612 653 312 129 874
JAN 174 590 663 350 133 874
FEV 129 530 691 451 145 890
MAR 114 423 716 603 293 890
Latitude 24 graus
DEZ 174 581 669 369 136 880
JAN 142 555 672 407 145 877
FEV 120 492 694 511 227 874
MAR 110 375 700 650 423 839
Latitude 32 graus
DEZ 139 555 675 439 189 871
JAN 126 527 678 473 227 861
FEV 117 445 691 571 350 836
MAR 104 325 678 688 540 770

Tab 9B - Fator de Ganho de Calor Solar para Janelas na Sombra, W/m2

Orientação da Abertura
Mês S SE ou SO E ou O NE ou NO N Horiz
DEZ 142 148 145 129 126 98
JAN 142 145 148 133 129 98
FEV 133 136 145 136 133 88
MAR 117 120 129 133 129 73

O termo A representa a área da janela, em m2, por orientação solar. O termo CS representa a
proteção solar existente na janela, adimensional, conforme pode ser visto na tab. 10.
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 13

Tab. 10a - Coeficiente de Sombra (CS) para Janelas sem Proteção Interna
Tipo de Vidro Espessura, mm CS
Claro (Simples) 3 1,00
6 0,95
Termo-absorvente (Fumê) 3 0,85
6 0,73
Refletivo (Espelhado) 3 0,75
6 0,65
Duplo 3 0,88
6 0,82

Tab. 10b - Coeficiente de Sombra (CS) para Janelas com Proteção Interna

Tipo de Vidro Tipo de Proteção


Persiana Cortina
Opaca Translúcida
Cor média Cor clara Escura Clara Clara
Claro (simples) 0,64 0,55 0,59 0,25 0,39
Termo-absorvente 0,57 0,53 0,45 0,30 0,36
Refletivo 0,50 0,44 0,40 0,20 0,30
Duplo 0,57 0,51 0,60 0,25 0,37

A radiação solar não esquenta o ar ambiente, mas sim as superfícies na qual incidir, e posteri-
ormente por convecção irá aquecer o ambiente, num processo de inércia térmica, representado pelo
FCR - Fator da Carga de Resfriamento, na tabela 11.

Tab. 11a - Fator da Carga de Resfriamento para Janelas com Proteção Interna

HORA SOLAR
Or. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
SS .08 .07 .06 .06 .07 .73 .66 .65 .73 .80 .86 .89 .89 .86 .82 .75 .78 .91 .24 .18 .15 .13 .11 .10
SE .03 .02 .02 .02 .02 .56 .76 .74 .58 .37 .29 .27 .26 .24 .22 .20 .16 .12 .06 .05 .04 .04 .03 .03
E .03 .02 .02 .02 .02 .47 .72 .80 .76 .62 .41 .27 .24 .22 .20 .17 .14 .11 .06 .05 .05 .04 .03 .03
NE .03 .03 .02 .02 .02 .30 .57 .74 .81 .79 .68 .49 .33 .28 .25 .22 .18 .13 .08 .07 .06 .05 .04 .04
N .04 .04 .03 .03 .03 .09 .16 .23 .38 .58 .75 .83 .80 .68 .50 .35 .27 .19 .11 .09 .08 .07 .06 .05
NO .05 .05 .04 .04 .03 .07 .11 .14 .16 .19 .22 .38 .59 .75 .83 .81 .69 .45 .16 .12 .10 .09 .07 .06
O .05 .05 .04 .04 .03 .06 .09 .11 .13 .15 .16 .17 .31 .53 .72 .82 .81 .61 .16 .12 .10 .08 .07 .06
SO .05 .04 .04 .03 .03 .07 .11 .14 .17 .19 .20 .21 .22 .30 .52 .73 .82 .69 .16 .12 .10 .08 .07 .06
H .06 .05 .04 .04 .03 .12 .27 .44 .59 .72 .81 .85 .85 .81 .71 .58 .42 .25 .14 .12 .10 .08 .07 .06
Obs.: Or=Orientação solar, SS=Sul ou Sombra, H=Horizontal

Tab. 11b - Fator da Carga de Resfriamento para Janelas sem Proteção Interna

HORA SOLAR
Or 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
SS .23 .20 .18 .16 .14 .34 .41 .46 .53 .59 .65 .70 .73 .75 .76 .74 .75 .79 .61 .50 .42 .36 .31 .27
SE .07 .06 .06 .05 .04 .21 .36 .44 .45 .40 .36 .33 .31 .30 .28 .26 .23 .21 .17 .15 .13 .11 .09 .08
E .07 .06 .06 .05 .05 .18 .33 .44 .50 .51 .46 .39 .35 .31 .29 .26 .23 .21 .17 .15 .13 .11 .10 .08
NE .09 .08 .07 .06 .05 .14 .26 .38 .48 .54 .56 .51 .45 .40 .36 .33 .29 .25 .21 .18 .16 .14 .12 .10
N .12 .11 .09 .08 .07 .08 .11 .14 .21 .31 .42 .52 .57 .58 .53 .47 .41 .36 .29 .25 .21 .18 .16 .14
NO .15 .14 .12 .10 .09 .09 .10 .12 .13 .15 .17 .23 .33 .44 .53 .58 .59 .53 .41 .33 .28 .24 .21 .18
O .15 .13 .11 .10 .09 .09 .09 .10 .11 .12 .13 .14 .19 .29 .40 .50 .56 .55 .41 .33 .27 .23 .20 .17
SO .14 .12 .11 .09 .08 .09 .10 .11 .13 .14 .16 .17 .18 .21 .30 .42 .51 .54 .39 .32 .26 .22 .19 .16
H .16 .14 .12 .11 .09 .11 .16 .24 .33 .43 .52 .59 .64 .67 .66 .62 .56 .47 .38 .32 .28 .24 .21 .18
Obs.: Or=Orientação solar, SS=Sul ou Sombra, H=Horizontal
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 14

1.3 Ar de Renovação - Conforme visto na capítulo de Ventilação, o ar necessário para renovar o


ambiente representa calor sensível e calor latente para o ambiente, por entrar no mesmo mais quente
e mais úmido. O sistema de ar condicionado deve então resfriar e desumidificar o ar. Esta desumidi-
ficação é uma das causas dos condicionadores de ar pingarem água durante seu funcionamento. O
calor sensível pode ser calculado em W por

Q& ES = 1,2V& ( t EH − t I ) (8)

onde V& é a vazão de ar exterior em L/s, calculada ou com a taxa de 7,5 L/s/pessoa (27 m3/h/pessoa)
ou pela Taxa Mínima de Suprimento (TMS), visto em Ventilação. A temperatura externa horária tEH
é calculada pela equação 4, e a temperatura tI é a temperatura interna de projeto.
O calor latente, necessário para desumidificar o ar pode ser calculado em W por

Q& EL = 3 ,0V& ( FE − FI ) (9)

onde FE é o fator de umidade externo (umidade absoluta) em grVA/kgAS (gramas de vapor d'água
por quilograma de ar seco), e FI o fator de umidade interno. O fator FE pode ser encontrado na tabe-
la das condições externas de projeto, função da cidade em cálculo, e o fator de umidade interno é
função da condição interna de projeto, normalmente a condição central da zona de conforto.
Este ar de renovação pode entrar diretamente no ambiente ou diretamente na sala de máquinas
ou ambos os casos. A parcela que entrar no ambiente constitui carga térmica ambiente, e a que en-
trar na sala de máquinas carga térmica de ar exterior. Ambas influem na potência de refrigeração,
mas só a ambiente influencia na vazão de insuflamento, conforme pode ser calculado por Psicrome-
tria.

1.4 Superfícies Internas - Neste item são calculados os fluxos de calor através de superfícies que
separam o ambiente condicionado de outro ambiente interno não condicionado. Neste caso temos as
superfícies:
• Paredes internas
• Janelas internas
• Pisos internos
• Forros internos
Como casos especiais que também são calculados neste item tem-se:
• Pisos externos
• Pisos diretamente sobre a terra.
A equação para cálculo destes fluxos é

Q& SI = UA( t AÑC − t I ) (10)

onde U é o coeficiente global de transferência de calor, W/m2 oC, calculado pelo inverso das resis-
tências térmicas calculadas no capítulo de Transferência de Calor, A é a área em m2 da superfície em
cálculo, tAÑc a temperatura do ambiente não condicionado e tI a temperatura interna do ambiente
condicionado.
A temperatura dos ambientes não condicionados pode ser calculada de duas formas: uma esta-
cionária e outra transiente prescrita. Na estacionária (ambientes com grandes cargas de calor) a tem-
peratura do ambiente não condicionado pode ser tomada com a temperatura externa de projeto me-
nos 3 oC. Na transiente prescrita a temperatura de ambientes não condicionados pode ser tomada
como:
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 15

t AÑC = ( tbs E − 3 ) − [ PVD( VD − 6 )] (11)

onde tbsE é a temperatura externa de projeto e VD a variação diária deste temperatura conforme a
cidade, e PVD o percentual de variação horária da temperatura externa.
Se for piso externo toma-se tAÑC igual à temperatura externa máxima, e se for piso sobre a ter-
ra desconsidera-se o fluxo de calor.

2 Calores Internos

Calores internos são aqueles liberados internamente no ambiente, destacando-se pessoas, lâm-
padas, equipamento e moto-ventilador.

2.1 Pessoas - Neste item são calculados os calores liberados pelas pessoas, nas formas sensível e
latente. As pessoas liberam calor na proporção de sua geração interna, que é proporcional ao nível
de atividade das pessoas, como pode ser visto na capítulo Conforto Térmico. Estes valores podem
ser vistos na tabela abaixo.

Tab. 12 - Ganhos de Calor dos Ocupantes em Espaço Condicionado

Atividade Exemplo Calor, W


Total Sensível Latente
Sentado, repouso Auditório 100 65 35
Sentado, trabalho leve Escritório 115 70 45
Trabalho escritório Escritório 130 75 55
Trabalho leve Loja 130 75 55
Caminhando Banco 145 75 70
Trabalho sedentário Diversos 160 80 80
Trabalho leve em bancada Indústria 220 80 140
Trabalho máquina leve Indústria 295 110 185
Trabalho pesado Indústria 425 170 255
Trabalho máquina pesada Indústria 470 185 285
Atividade atlética Ginásio 525 210 315

O calor devido aos ocupantes pode ser calculado por

Q& PS = N P G S
(12)
Q& PL = N P G L

onde Q& PS é o ganho de calor sensível devido às pessoas, Q& PL o ganho de calor latente, NP o número
de pessoas no ambiente, GS o ganho sensível de calor conforme tabela acima e GL o ganho latente.
O calor latente é juntamente com o calor latente do ar exterior a causa dos condicionadores de ar ti-
rarem água do ar. O número de pessoas deve ser investigado apropriadamente.

2.2 Lâmpadas - Neste item são calculados os calores dissipados pelo sistema de iluminação do
ambiente, pela equação

Q& LM = PL (13)
Carga de Resfriamento de Ar Condicionado 16

onde PL é a potência das luminárias, W. A potência das luminárias deve ser obtida por levantamen-
to no local ou em plantas elétricas. Na falta destes dados pode ser estimada com a taxa de 20 W/m2
de piso.

2.3 Equipamentos - Neste item é calculado o calor dissipado por equipamentos presentes no am-
biente, podendo ser calor sensível ou latente. A equação para cálculo é semelhante à de iluminação

Q& EQ = Pot (14)

onde Pot é a potência dos equipamentos em W.

2.4 Moto-ventilador - Neste item é calculado o calor dissipado pelo conjunto moto-ventilador do
condicionador de ar. Considerando 183 L/s/TR, pressão de 200 Pa e eficiência de 50 %, tem-se a
seguinte equação

Q&
Q& MV = ST (15)
47

onde Q& ST é o calor sub-total, somatório de todos os calores calculados até o item anterior à este.

3 Total

A carga térmica total é a soma de todos os calores calculados. Deve-se instalar um condicio-
nador capaz de atender esta carga. A vazão de ar total do condicionador pode ser calculada com a
taxa 183 L/s/TR.

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