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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


INSTITUTO DE QUÍMICA

MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS
QUI0607

Prof. Ótom Anselmo de Oliveira

UFRN - 2018.1
Luz. Fascinante fenômeno da natureza

Porque a luz do sol pode ser vista em cores diversas?


Efeitos das interações da luz solar com a atmosfera causam,
aos seres humanos, as percepções dessas diferentes cores.
Arco-íris fotografados nas cataratas do Iguaçu

Arco-íris produzidos por difração da luz visível por aerossóis de


água gerados nas quedas d’agua das cataratas do Iguaçu.
A luz solar produz visões fascinantes!

Foto do site fotus.com – Origem não mencionada


Outras fascinantes visões de cores de arco-íris

A fascinação despertada pela luz gerou reflexões fundamentais para a produção de


conhecimentos sobre a natureza da luz; para o desenvolvimento da espectroscopia; e para
muitas descobertas sobre os constituintes da matéria, aí incluindo-se os átomos, as
partículas constituintes dos átomos e os agrupamentos atômicos.
Os métodos espectroscópicos
Existem cerca de 20 métodos espectroscópicos de análise. Exemplos:
Ø Espectroscopia de ultravioleta e visível
Ø Espectroscopia de infravermelho
Ø Espectroscopia Raman
Ø Espectroscopia de ressonância de spin eletrônico
Ø Espectroscopia de ressonância magnética nuclear
Ø Espectroscopia de raios X
Ø Espectroscopia de microondas
Ø Espectroscopia de fluorescência
Ø Espectroscopia de plasma
Ø Espectroscopia fotoacústica
Ø Espectroscopia de absorção atômica
Ø Espectroscopia Mössbauer
Ø Espectroscopia de raios gama
Métodos que serão estudados nesta disciplina:

Neste curso serão estudados os seguintes:


1) Espectroscopia de ultravioleta e visível
2) Espectroscopia de infravermelho
3) Espectroscopia Raman
4) Espectroscopia de ressonância de spin eletrônico
5) Espectroscopia de ressonância magnética nuclear
6) Espectroscopia de raios X
MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS
Tópicos a serem estudados:
1) Espectroscopia
Ø Aspectos gerais
Ø O espectro eletromagnético.
Ø Caracterísitcas das radiações eletromagnéticas.
Ø Interação matéria energia radiante: mecanismos associados à emissão, absorção e
espalhamento das radiações eletromagnéticas.
2) Espectroscopia de ultravioleta e visível

Ø Aspectos gerais.
Ø Configurações eletrônicas.
Ø Momentos angulares orbitais e de spin eletrônico.
Ø Acoplamento de Russeal-Saunders (L + S = J) e acoplamentos jj (j + j = J).
Ø Termos atômicos e estados espectroscópicos em configurções pn e dn.
Ø Transições eletrônicas e as regras de seleção de Laporte e de spin.
Ø Construção dos diagramas de Orgel de configurações dn. Diagramas de Tanabe-Sugano.
Uso dos diagramas de Orgel e de Tanabe-Sugano na interpretação de alguns espectros.
MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS
Tópicos a serem estudados (continuação):

3) Espectroscopia de infravermelho e Raman

Ø Aspectos gerais. Fenômenos associados às emissões e absorções de radiações IV.


Ø Correlações entre as energias de transição eletrônica e as energias de vibração e de rotação
moleculares.
Ø Tipos de vibrações. Modelos teóricos dos parâmetros vibracionais. Número quântico
vibracional.
Ø Regras de seleção para vibrações ativas na espectroscopia de infravermelho e na
espectroscopia Raman.
Ø Importância da simetria molecular para a espectroscopia. Elementos de simetria, operações
de simetria e determinação dos grupos pontuais de moléculas e íons.
Ø Uso da simetria na identificação de estruturas por espectroscopia de IV e Raman.
MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS

Tópicos a serem estudados (continuação):

4) Espectroscopias magnéticas
Ø Fundamentos das espectroscopias magnéticas. Spins eletrônicos e spins nucleares.
Ø Espectroscopia Zeeman e espectroscopia de ressonância de spin eletrônico.
Ø Acoplamentos hiperfinos e constantes de acoplamento.
Ø O spin nuclear e a composição dos prótons e dos neutrons.
Ø Espectroscopia de ressonância magnética nuclear.
Ø Estados de spin nuclear e as energias de ressonância.
Ø Cálculo de freqüência de ressonância de núcleos.
Ø Deslocamento químico e efeitos de blindagem.
Ø Deslocamentos químicos típicos dos grupos funcionais.
Ø Espectros de RMN de alta resolução. Aplicação da ressonância magnética nuclear.
MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS

Tópicos a serem estudados (continuação):


5) Espectroscopia de raio-X
Ø Aspectos gerais sobre os raios X.
Ø Transições eletrônicas associadas aos raios X.
Ø Espectroscopía de absorção de raios X.
Ø Espectroscopia de fluorescência de raios X.
Ø Espectroscopia de difração de raios X.
Ø Usos da espectroscopia de raios X em análises químicas e estruturais.
MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS
Metodologia:
Ø Leitura sobre os conteúdos a serem estudados.
Ø Questionamentos.
Ø Aulas expositivas.
Ø Aulas experimentais demonstrativas.
Ø Muitas exercícios para reflexão sobre conceitos e consolidação de conhecimentos.

Bibliografia:
Ø Química Inorgânica – Gary Miessler e Donald Tarr
Ø Inorganic Chemistry – James E. Huheey
Ø Química Inorgânica – Peter Atkins.
Ø Físico-Química Vol 2 – David W. Ball.
Ø Físico-Química – Peter Atkins.
Ø Química Inorgânica não tão concisa – J. D. Lee.
Ø Identificação espectrofotométrica de compostos orgânicos – R M Silverstein, G Bassler e T Morril.
Livros indicados:
MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS

Plantão de dúvidas:
Ø Sextas-feiras das 14:00 às 16:00 horas
Mas podem me procurar a qualquer hora

Avaliações:
Ø Primeira – 10/04/2018
Ø Segunda – 15/05/2018
Ø Terceira – 26/06/2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
INSTITUTO DE QUÍMICA

MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS
QUI0607

Prof. Ótom Anselmo de Oliveira

UFRN - 2018.1
Primórdios da espectroscopia

Observações de Newton sobre


decomposição e recomposição
da luz através de prismas.

v Desde tempos remotos se sabia que as cores do arco-íris são geradas pela decomposição da
luz solar. Porém, só no século XVII (1672), Isac Newton descreveu de forma apropriada,
tanto a decomposição quanto a recomposição da luz ao atravessar prismas.
v O conjunto das cores geradas pela interferência do prisma é conhecido como espectro da luz
incidente.
v Pelos seus trabalhos sobre ótica, Newton é considerado como o precursor da espectroscopia.
Luz. Fascinante fenômeno da natureza

Efeitos das interações da luz solar com a atmosfera causam,


aos seres humanos, as percepções dessas diferentes cores.
Mas porque os seres humanos têm essas percepções?
Alguns aspectos gerais
Ø A percepção de cores é um fenômeno próprio do organismo humano, viabilizado pela
rodopsina que é uma proteína existente na retina, sendo parte do sistema sensor de
cores pelo organismo humano.

Cis-retinal Trans-retinal

A rodopsina possui estruturas (duplas ligações conjugadas) que absorvem fótons das
diversas frequências do espectro visível, gerando sinais que são transmitidos ao
cérebro, dando as sensações de cores.
Alguns aspectos gerais
Ø A rodopsina é um dos constituintes dos cerca de 100 milhões de cones e bastonetes
constituintes da retina humana.

1THz = 1012 Hz

Ø Excitações causadas pela luz sobre a rodopsina geram impulsos elétricos que são transmitidos
ao cérebro causando as diferentes percepções de cores.

Observando um espectro luminoso não se vê separações bruscas de cores. As mudanças são


gradativas, passando pelas diversas tonalidades, como se vê na parte inferior da figura.
Arco-íris invertido

Quais as causas desses


fenômenos?

As formas dos arco-íris


dependem da posição do

Arco-íris duplo observador em relação ao


sol e à camada atmosférica
geradora do arco-íris.
Luz - As cores do arco-íris

ØO arco-íris é formado pela dispersão da luz do sol


causada pela refração por gotas de água.

ØA luz sofre refração na superfície da gota de água,


reflexão no interior da gota e sofre nova refração ao
sair da gota.

ØA reflexão é tanto maior quanto menor for o


comprimento de onda (l) da radiação.

ØNo 1º arco-íris, as radiações de menor λ (azuis)


aparecem mais baixas e as de maior λ (vermelhas)
aparecem acima no horizonte. No 2º arco-íris ocorre
o inverso. Essa diferença se deve às posições da
fonte de luz e da camada atmosférica geradora do
arco iris em relação ao observador.
O Sol, nossa principal fonte da energia radiante

Foto do Sol mostrando manchas solares Espectro visível da luz solar

Ø O espectro solar é constituído por radiações com as mais diversas energias, a grande
maioria não visível pela espécie humana.
Ø Há muito tempo o homem aprendeu a produzir luz visível (fogo e lâmpadas elétricas).
Já o conhecimento e a produção intencional de radiações não visíveis é fato recente.
Para conhecimento: manchas solares.

O Sol é formado por plasma e, como tal, não é um corpo rígido. Isso faz sua rotação ser
diferenciada em função da latitude. Na região equatorial, cada rotação se faz em cerca de 26
dias, enquanto nos pólos pode chegar aos 30 dias.
Provavelmente esta é a principal causa das manchas. A cada rotação as linhas do campo
magnético do Sol aproximam-se mais uma das outras, arrastando consigo o plasma, chegando a
um ponto em que as linhas se conectam, liberando enorme quantidade de energia, com expulsão
de matéria da fotosfera (a camada visível do Sol) na direção das linhas de campo magnético.
As regiões em que os laços magnéticos saem e retornam à fotosfera possuem polaridades
magnéticas opostas e nelas surgem as manchas solares, com temperatura média de 4.300 K
(contra os usuais 6.000 K nas regiões ausentes de manchas).
As manchas negras, na verdade, possuem coloração avermelhada, parecendo escuras pelo
contraste com as regiões vizinhas, podendo surgir isoladas ou em grupos, quando então o campo
magnético associado é bem mais intenso.
Os grupos de manchas surgem em intervalos de cerca de 11 anos, período conhecido como ciclo
solar, e apresentam tamanhos que variam bastante, sendo geralmente maiores do que a terra.
Uma mancha é considerada grande quando mede entre 300 e 500 milionésimos do disco solar. A
maior já registrada ocorreu em 1947, com 6.132 milionésimos do disco solar, medindo
18.396.000.000 Km2 (2.160 vezes a área do Brasil) correspondendo a quase 1/7 do disco solar
visível.
Natureza da luz (ou das radiações eletromagnéticas)
Ø Há muito tempo se especula sobre a natureza da luz
v Defensores do atomismo (antiguidade) - corpuscular

v Isaac Newton (1642 -1727) – partículas (1672).

v Christian Huygens (1629 -1695) – ondulatória (1678).

Ø Newton acreditava que a luz era composta por partículas. Huygens não concordava, e
propôs que a luz seria de natureza ondulatória. De certo modo, os dois acertaram,
pois, pela teoria quântica, a luz é, ao mesmo tempo, onda e partícula.
A luz é constituída por partículas ou por ondas?

Luz branca

Luz branca

Prisma Prisma

Ø Newton (1672), interpretando experimentos sobre decomposição e recomposição da


luz passando através de prismas, concluiu que a luz era de natureza corpuscular.
A luz é constituída por partículas ou por ondas?

Huygens (1678), fundamentado no fenômeno da difração, discordava de Newton e


considerava que a luz seria de natureza ondulatória.
Observação: O fenômeno da difração foi descrito pelo padre Francisco Maria
Grimaldi. Seus trabalhos sobre difração foram publicado postumamente em 1665.
Natureza da luz
O que é energia radiante?
• É uma das formas de transferência de energia entre sistemas diferentes, sendo
constituída pela combinação de um campo elétrico e de um campo magnético que
se propagam simultaneamente no espaço, um perpendicular ao outro.

x
z

Direção de
propagação

Essas ondas combinadas são conhecidas como ondas eletromagnéticas.


• Quando provocam o efeito fotoelétrico se comportam como partículas (fótons).
• Quando se difratam se comportam como ondas.
Movimentos dos campos elétrico e magnético de uma radiação
Marcos da composição do espectro eletromagnético

Descobertas:

1) Radiações do visível – sempre percebida pela espécie humana.

Caracterizada a partir do século XVII, com os trabalhos de Newton e Huygens.

2) Velocidade da luz – calculada por James Bradley em 1728, com valor muito
próximo do real. Em 1928, Albert Michelson determinou o valor real.

3) Microondas – descobertas em 1864 por James Clerk Maxuel.

4) Radiações do infravermelho – descobertas em 1800 por William Herschel.

5) Radiações do ultravioleta – descobertas em 1801 por Johann Wilhelm Ritter.

6) Raios X – descobertos em 1895 por Wilhelm Conrad Röentgen.

7) Raios gama – descobertos em 1900 por Paul Ulrich Villard.


Espectroscopia
O que é espectroscopia?
Ø Espectroscopia é a denominação genérica do conjunto de técnicas
fundamentadas na interação entre matéria e energia radiante usadas em estudos
ou análises de propriedades físicas e químicas de amostras de qualquer natureza.

Que tipos de interações ocorrem entre matéria e energia radiante?

Ø As interações entre matéria e energia radiante ocorrem nas formas de absorção,


emissão, espalhamento, reflexão e refração.

Observação: O termo espectroscopia também é usado na espectroscopia de massa,


que é uma técnica em que íons são defletidos pela aplicação de campos elétricos e
magnéticos. Nesta técnica o que se detecta são grupamentos atômicos no estado
iônico, gerados a partir de amostras com carga elétrica neutra.
Fenômenos determinantes das absorções ou
emissões de radiações
1) Transições eletrônicas em átomos.

Vapor de Na Filamento de W
Ø Transições eletrônicas, absorvendo ou liberando radiações eletromagnéticas,
podem ocorrer tanto entre orbitais atômicos quanto entre orbitais
moleculares.

KMNO4: Cor púrpura


l3 l2 l1

Orbitais atômicos
do Mn7+
Orbitais do O2-

Orbitais moleculares do MnO4¯.

l3 l2 l1

Cor púrpura – combinação do vermelho com o violeta.


Fenômenos determinantes das absorções ou
emissões de radiações
1) Transições eletrônicas. Ö

2) Vibrações moleculares.
Ø Estiramentos de ligações e deformações angulares.
Fenômenos determinantes das absorções ou
emissões de radiações
1) Transições eletrônicas. Ö
2) Vibrações moleculares.
Ø Estiramentos de ligações e deformações angulares. Ö

3) Rotações moleculares.
Ø Devido a forças de atração intermoleculares, as rotações ocorrem com
absorções ou liberações de energia.

Absorção de um fóton
produz rotação da
molécula, aumentando
sua energia. Fóton de mesma energia é
liberado se a molécula excitada
ou sua vizinha gira, retornando
a um estado de mesma energia.
Fenômenos determinantes das absorções ou
emissões de radiações
1) Transições eletrônicas. Ö
2) Vibrações moleculares. Ö
3) Rotações moleculares. Ö
4) Transições de estados de spins eletrônicos (um elétron no nível 2).

ml =1, px

ml =0 py
n=2el=1
2p
ml =-1, pz

n=2el=0
2s
Sem campo Efeito Zeeman Efeito Zeeman anômalo
magnético
Com aplicação de campo magnético
Fenômenos determinantes das absorções ou
emissões de radiações
1) Transições eletrônicas. Ö
2) Vibrações moleculares. Ö
3) Rotações moleculares. Ö
4) Transições entre estados de spins eletrônicos. Ö
5) Transições entre estados de spins nucleares. Ö

nTMS = 200.000.000 Hz

n nTMS nCHCl3
Hz

nCHCl3 = 200.001.460 Hz

B = 4,7 T
Fenômenos determinantes das absorções ou
1) emissões
Transições eletrônicas. Ö de radiações
2) Vibrações moleculares. Ö
3) Rotações moleculares. Ö
4) Transições entre estados de spins eletrônicos. Ö
5) Transições entre estados de spins nucleares. Ö

6) Fissões nucleares

7) Fusões nucleares
Resumindo:

Os fenômenos ou tipos de transições associados aos processos de


emissão ou absorção de radiações eletromagnéticas são:

1) Transições eletrônicas. Ö
2) Vibrações moleculares. Ö
3) Rotações moleculares. Ö
4) Transições entre estados de spins eletrônicos. Ö
5) Transições entre estados de spins nucleares. Ö
6) Fissões nucleares. Ö
7) Fusões nucleares. Ö

Ø As radiações associadas a esses processos constituem o espectro eletromagnético


Fenômenos associados às interações entre a matéria e energia radiante
O espectro eletromagnético
ØA energia das radiações dependem do comprimento de onda (l) ou da frequência (u).

l 1, u 1, ‫ ס‬1 l 2, u 2, ‫ ס‬2 l 3, u 3, ‫ ס‬3 l 4 , u 4 , ‫ ס‬4 l5 , u 5 , ‫ ס‬5 l 6 , u 6 , ‫ ס‬6 l 7 , u 7 , ‫ ס‬7


700 600 500 400 nm

Dimensões dos vários tipos de radiações eletromagnéticos


DEnergia molecular DEnergia eletrônica DEnergia nuclear
PARÂMETROS DAS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS

1) Comprimento de onda - l (m, cm, nm, Å)


2) Frequência - u (s-1, Hz)
3) Número de onda - ῡ (m-1 e cm-1)
4) Amplitude - A
5) Velocidade – c (3.108 ms-1)
PARÂMETROS DAS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS
PARÂMETROS DAS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS

4) Os parâmetros característicos de uma dada radiação podem variar?

Amplitude

Distância em nm ®
Índice de refração (n) e velocidade da luz (c ou v) em diferntes meios

Material n = c/v Velocidade da luz


Vácuo 1 299.792.458
Ar seco (0°C, 1atm) ≈ 1 (1,000292) 299.704.944
Gás carbônico (0°C, 1atm) ≈ 1 (1,00045) 299.657.612
Gelo (-8°C) 1,31 228.849.205
Água (20°C) 1,333 224.900.569
Etanol (20°C) 1,362 220.111.937
214.137.470
Vidros de 1,4 a 1,7
176.348.505
Diamante 2,417 124.034.943
PARÂMETROS DAS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS

4) Os parâmetros característicos de uma dada radiação podem variar?


Ø Podem, quando esta atravessa diferentes meios.

v Ao atravessar um meio material, a velocidade e o comprimento de onda de uma


radiação diminuem, mas a frequência permanece constante.
v Após atravessar um meio material, a velocidade e o comprimento de onda de
uma radiação voltam a ser os que a caracterizam no vácuo.
Métodos Espectroscópicos

Uma breve abordagem sobre energia dos


elétrons e configurações eletrônicas
Fatores determinantes das energias dos elétrons nos átomos
Os números quânticos L, S e J.

e2 S = s1 + s2
S=½+½=1
Em UV-Vis, os 3 últimos termos
(2S +1)L
j
são os mais importantes.
Energias dos elétrons nos orbitais em átomos multieletrônicos
Configurações eletrônicas
As configurações eletrônicas são feitas seguindo-se o princípio de aufbau.

Através do princípio de aufbau é estabelecido que a construção da


configuração eletrônica de um átomo é feita pela adição progressiva de
elétrons, na ordem crescente de suas energias.

O princípio de aufbau também é conhecido como regra de Bohr ou regra


de Madelung, pelo fato deste haver construído um diagrama
posteriormente popularizado por Pauling.

Hoje, este diagrama é mais conhecido como diagrama de Pauling.


CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS

Com esse diagrama você pode escrever


de forma correta as configurações
eletrônicas de cerca de 80 % dos
elementos químicos. Mas,

Diagrama de Pauling Cuidado com os cerca


de 20 % restantes.
Configurações eletrônicas

Apesar do n ser maior no 4s, a Energias dos elétrons nos orbitais


Inclui fatores além da soma n + l
energia dos orbitais 4s < 3d

3 4s
Probabilidade

Distância do elétron ao núcleo


CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS

Exercícios
Definir as configurações das espécies:
K-
V-
Cr -
Fe2+ -
Ni2+ -

Diagrama de Pauling
Configurações eletrônicas

Fundamentação: interações eletrostáticas entre


cada elétron e o núcleo.
Configurações eletrônicas
Diagramas de Rich/Suter – Os diagramas são diferentes para grupos de
subníveis. Exemplo: 4s e 3d.
Ø O subnível 3d, sendo mais interno, é afetado pela carga nuclear efetiva de forma
mais intensa do que o 4s. Assim, a taxa de diminuição de energia do 3d é maior do
que a de 4s, acarretando cruzamento de suas curvas de energias em algum ponto.

Devido às forças de repulsão


eletrostáticas, cada subnível tem
uma curva de energia para seus
orbitais com somente um elétron e
outra curva quando esses orbitais
recebem um segundo elétron.
Energias nos subníveis de valência
Ø O subnível 3d, sendo mais interno, é afetado pela carga nuclear efetiva de forma
mais intensa do que o 4s. Assim, a taxa de diminuição de energia do 3d é maior do
que a de 4s, acarretando cruzamento de suas curvas de energias em algum ponto.
Ø Devido às forças de repulsão eletrostáticas, cada subnível tem uma curva de
energia para seus orbitais quando estão semipreenchidos e outra curva quando
recebem um segundo elétron.
Ø Com esses argumentos, Ronald L.
Rich e Robert W. Suter (1965)
encontraram uma forma para se
justificar porque as configurações
5
eletrônicas nem sempre se fazem 1
na forma prevista nas regras de
Bohr/Bury/Madelung/Hund.
Configurações eletrônicas de íons
Ø Nos cátions, as cargas nucleares efetivas sobre os elétrons são maiores do que
nos respectivos átomos, aumentando as diferenças de efeitos sobre cada
subnível. Com isso, as energias de elétrons do subnível 3d semipreenchido
torna-se menor do que os do 4s já no início do primeiro período de transeição.

Diagrama de Rich/Suter para íons M2+


do primeiro período de transição
Comparando diagramas de átomos com
diagramas de seus cátions

Diagrama de Rich/Suter para átoms e cátions M2+ do primeiro período de transição


Configurações eletrônicas nos subníveis 3d e 4s

21 Escândio [Ar] 4s2 3d1

22 Titânio [Ar] 4s2 3d2


Diagrama de Rich/Sulter
23 Vanádio [Ar] 4s2 3d3
24 Crômio [Ar] 4s1 3d5
2 5
25 Manganês [Ar] 4s 3d
26 Ferro [Ar] 4s2 3d6

27 Cobalto [Ar] 4s2 3d7 5


1
28 Níquel [Ar] 4s2 3d8

29 Cobre [Ar] 4s1 3d10

30 Zinco [Ar] 4s2 3d10

Ø O diagrama de Pauling não pode ser usado para definir as configurações do Cr


e do Cu. Com o diagrama de Rich/Suter é possível se definir as configurações
desses elementos de forma correta.
Configurações eletrônicas nos subníveis 4d e 5s

Nb 4d ↑ ↑ ↑ ↑↓

Nb 4d ↑ ↑ ↑ ↑ ↑

Por Rich:
39 Ítrio [Kr] 5s2 4d1

40 Zircônio [Kr] 5s2 4d2

41 Nióbio [Kr] 5s1 4d4


1 5
42 Molibidênio [Kr] 5s 4d
43 Tecnécio [Kr] 5s24d5

44 Rutênio [Kr] 5s14d7

45 Ródio [Kr] 5s14d8

46 Paládio [Kr] 4d10

47 Prata [Kr] 5s14d10

48 Cádmio [Kr] 5s24d10


Configurações eletrônicas nos subníveis 5d e 6s

70 Itérbio [Xe] 6s2 4f14

71 Lutécio [Xe] 6s2 4f14 5d1

72 Háfnio [Xe] 6s2 4f14 5d2

73 Tântalo [Xe] 6s2 4f14 5d3

74 Tungstênio [Xe] 6s2 4f14 5d4

75 Rênio [Xe] 6s2 4f14 5d5

76 Ósmio [Xe] 6s2 4f14 5d6

77 Irídio [Xe] 6s2 4f14 5d7

78 Platina [Xe] 6s1 4f14 5d9

79 Ouro [Xe] 6s1 4f14 5d10

80 Mercúrio [Xe] 6s2 4f14 5d10


Você usa princípios da espectroscopia
com muita frequência?
Não?
Será que não?

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