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Contabilidade
Intermediária 2
Fernando Nascimento Zatta
Vitória
2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Impressão
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revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou
polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra), sendo toda
reprodução realizada com amparo legal do regime geral de direito de autor no Brasil.
sumário
1. Apresentação 7
2. Introdução e histórico 11
3. Objetivo das demonstrações contábeis 11
4. Usuários das demonstrações contábeis 12
5. Legislação societária 14
6. Princípios de contabilidade 19
7. Demonstrações contábeis 20
8. Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) 22
9. Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) 27
10. Inclusão da DLPA na DMPL 33
11. Demonstração dos fluxos de caixa (DFC) 36
12. Substituição da DOAR pela DFC 46
13. Demonstração de origens e aplicações de recursos (DOAR) 53
14. Demonstração do valor adicionado (DVA) 61
15. Notas explicativas 72
Notas Explicativas | Exemplos 82
16. Relatório da Administração 98
17. Demonstrações contábeis em moeda de capacidade
aquisitiva constante 103
7
mações as pessoas físicas, com conhecimentos básicos de Contabilidade,
para elaborar um controle e equilíbrio nos seus orçamentos domésticos,
estruturando um modelo de contabilidade pessoal. Vocês escolheram, na
visão deste conteudista, uma profissão de natureza contínua, de aplica-
ção ilimitada e de uso global.
Princípios de Contabilidade:
Em 28 de maio de 2010 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
por meio da RESOLUÇÃO CFC Nº 1282/10, atualizou e consolidou os
dispositivos da Resolução CFC nº. 750/93, que dispõe sobre os Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
Tal atualização e consolidação se deram por conta do processo de
convergência às normas internacionais de contabilidade, tendo em vista
que o Conselho Federal de Contabilidade emitiu a NBC T 1 – Estrutura
8
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contá-
beis, que discute a aplicabilidade dos Princípios Fundamentais de Conta-
bilidade contidos na Resolução CFC n.º 750/93.
Neste sentido, a Resolução CFC n.º 750/93 foi e continuará sendo re-
ferência para outros organismos normativos e reguladores brasileiros e, em
consideração à importância do conteúdo doutrinário apresentado nesta Re-
solução, continua sendo, nesse novo cenário convergido em alicerce para o
julgamento profissional na aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade.
Para assegurar a adequada aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade
à luz dos Princípios de Contabilidade, há a necessidade de harmonização dos
dois documentos vigentes (Resolução CFC n.º 750/93 e NBC T 1).
Por conta dessa harmonização, o CFC alterou a denominação de Prin-
cípios Fundamentais de Contabilidade para Princípios de Contabilidade
(PC), julgando ser suficiente para o perfeito entendimento dos usuários
das Demonstrações Contábeis e dos profissionais da Contabilidade.
A aplicação dos postulados, dos princípios e convenções, e alguns
exemplos práticos serão vistos dentro de cada tópico explicitado nas de-
monstrações elencadas na ementa.
9
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
Aspectos Introdutórios;
Conteúdos, forma de elaboração;
Forma de apresentação; origem das parcelas;
Substituição da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumula-
dos pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Notas Explicativas:
Aspectos introdutórios: as notas explicativas conforme a lei das socie-
dades por ações e normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
Comentários sobre as notas da Lei das Sociedades por Ações;
Outras notas explicativas;
Notas explicativas em demonstrações contábeis comparativas
de acordo com as normas brasileiras de contabilidade técnicas
(NBC T’s) emanadas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Metodologia de Avaliação
A metodologia de avaliação é constituída pelas diretrizes para o Ensino
Superior a Distância estabelecidas pela UFES.
10
2 Introdução e histórico
A Contabilidade tem como objetivo básico o controle do patrimônio das
entidades com ou sem finalidades de lucro, bem como o das pessoas naturais.
A principal finalidade da Contabilidade é fornecer informações para
serem usadas pelos usuários no processo decisório. Diante disso, a Con-
tabilidade identifica, mensura e demonstra os eventos econômicos de
uma entidade.
A Contabilidade possui diversos níveis de complexidade. O nível in-
termediário envolve temas que extrapolam conhecimentos básicos mais
aprofundados no pressuposto de formar um alicerce para os temas apli-
cados no nível avançado.
11
4 Usuários das demonstrações
contábeis
Os usuários das Demonstrações Contábeis podem ser classificados
em internos e externos.
12
Estes usuários possuem acesso mais limitado às informações, tendo
em vista a menor possibilidade de obter essas informações sobre a en-
tidade. Para esses usuários as fontes de informações importantes são as
Demonstrações Financeiras publicadas, apuradas em conformidade com
as normas e práticas contábeis vigentes.
13
se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respec-
tivos vencimentos. Os credores comerciais provavelmente estão
interessados em uma entidade por um período menor do que os
credores por empréstimos, a não ser que dependam da continui-
dade da entidade como um cliente importante.
Público (outros usuários): As entidades afetam o público de diversas
maneiras. Elas podem, por exemplo, fazer contribuição substancial
à economia local de vários modos, inclusive empregando pessoas e
utilizando fornecedores locais. As Demonstrações Contábeis podem
ajudar o público fornecendo informações sobre a evolução do de-
sempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes.
5 Legislação societária
No Brasil, a Contabilidade é regulada pela Lei das Sociedades Anô-
nimas, Lei nº 6.404/76 e suas alterações. Em 28 de dezembro de 2007,
foi sancionada a Lei nº 11.638/07, que introduziu modificações na Lei nº
6.404/76, em suas disposições de natureza contábil, sendo que alguns
ajustes são relativos à situação de natureza tributária. Essa lei entrou em
vigor em primeiro de janeiro de 2008.
As Demonstrações Contábeis de algumas sociedades, referentes ao exer-
cício findo em 31 de dezembro de 2008, foram preparadas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei
das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei nº 11.638/07 e pela
Medida Provisória no. 449/08 convertida na Lei nº 11.931/09, bem como nas
normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM)1, nos Pro-
nunciamentos, nas Orientações e nas Interpretações emitidas pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Outras sociedades, mesmo não havendo exigência, se antecederam e pu-
blicaram suas Demonstrações Contábeis referentes ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2007 de acordo com a nova lei, para o fim de possibilitar a com-
parabilidade com o exercício findo em 31 de dezembro de 2008 e seguintes.
14
5.1. Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida
Provisória no 449/08
15
5.3. Primazia da Essência sobre a Forma
Considerada uma das mudanças mais relevantes, para que a infor-
mação represente adequadamente as transações e outros eventos que
ela se propõe a representar. Este tópico leva em consideração a subs-
tância e a realidade econômica, e não meramente sua forma legal. A
essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente
com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente
produzida. Por exemplo, uma entidade pode vender um ativo a um ter-
ceiro de tal maneira que a documentação indique a transferência legal
da propriedade a esse terceiro. Entretanto, poderão existir acordos que
assegurem que a entidade continuará a usufruir os futuros benefícios
econômicos gerados pelo ativo e o recomprará depois de certo tempo
por um montante que se aproxima do valor original de venda acrescido
de juros de mercado durante esse período. Em tais circunstâncias, repor-
tar a venda não representaria adequadamente a transação formalizada.
16
5.5. Normas Orientadas em Princípios e Julgamentos
Esta é uma adoção da filosofia de que as normas contábeis devem ser
posicionadas nos princípios e nos objetivos do que se pretende obter com
a informação do que em observância a um enorme conjunto de regras.
Nesse caso o contador passa a ter um poder de responsabilidade
incrementado, bem como a entidade e a gestão, de igual modo, au-
menta-se a responsabilidade do auditor, que precisa ter conhecimento
da operação registrada e de sua essência econômica para fazer o exercí-
cio de julgamento ou opinião profissional.
17
Em 28 de março de 2008 o Conselho Federal de Contabilidade apro-
vou por meio da Resolução CFC nº. 1.121/08 a NBC T 1, a “Estrutura Con-
ceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”.
Essa estrutura conceitual havia sido adotada pelo IASB em abril de 2001.
Essa estrutura conceitual é considerada como mais abrangente do
que a Resolução CFC nº 750/93 que trata dos Princípios Fundamentais
de Contabilidade, e do que a Deliberação CVM nº 29/86, que trata dos
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos.
A expressão “princípios contábeis” foi originada pela Circular nº
179/72 do Banco Central e pela Resolução nº 321/72 do CFC.
O Pronunciamento Conceitual Básico tem como objetivo assegu-
rar que as Demonstrações Contábeis elaboradas forneçam informações
sobre a posição patrimonial e financeira da entidade, sobre seu desem-
penho e sobre as modificações na sua posição financeira. Esse pronun-
ciamento definiu que, para que as normas contábeis brasileiras sejam
convergentes com as normas contábeis internacionais, seria necessária a
aplicação dos seguintes pressupostos:
Pressupostos Básicos
Regime de Competência;
Continuidade.
18
Limitações na Relevância e na Confiabilidade da Informação
Contábil
Tempestividade;
Equilíbrio entre Custo e Benefício; e
Equilíbrio entre Características Qualitativas.
6 Princípios de contabilidade
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade aplicados no Brasil, Os Princípios
anteriormente conceituados como PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, desde Fundamentais de
Contabilidade e
28 de maio de 2010, por ato do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), os Princípios de
por meio da RESOLUÇÃO CFC Nº 1282/10, passaram a ser conceituados Contabilidade, de
acordo com as
como PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE. Resoluções CFC nº.
750/93 e 1282/10,
respectivamente,
estão disponíveis
na Plataforma
Moodle.
19
7 Demonstrações contábeis
7.1. Introdução
Recapitulando o que verificamos no item: Conteúdo Programático,
as Demonstrações Contábeis que integram a ementa são as seguintes:
20
7.4. Demonstrações Contábeis Instituídas pela Lei
nº 11.638/07
A Lei nº 11.638/07 introduziu novas disposições à Lei nº 6.404/76
acerca da escrituração e elaboração de Demonstrações Contábeis (obri-
gatoriamente auditadas para as companhias de grande porte), mesmo
que não sejam sociedades por ações.
21
8 Demonstrações das mutações
do patrimônio líquido (DMPL)
8.1. Introdução
Esta demonstração não é de divulgação obrigatória pela Lei nº
6.404/76 e nº 11.638/07. Porém a sua publicação é exigida pela CVM, de
acordo com a Instrução CVM nº 59, de 22/12/86, para as companhias de
capital aberto.
Na apresentação e divulgação da DMPL a Demonstração de Lucros
ou Prejuízos Acumulados passa a ser parte integrante desta demonstra-
ção, não necessitando, portanto, a divulgação das duas demonstrações.
Utilidade da DMPL
Fornece a movimentação ocorrida nas diversas contas que com-
põem o grupo de Patrimônio Líquido;
Indica o fluxo movimentado de uma conta para outra;
Indica a origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição no Pa-
trimônio Líquido;
Fornece informações complementares ao Balanço Patrimonial e à
Demonstração do Resultado do Exercício.
22
• Transferência da conta de Lucros Acumulados para a
conta Capital;
• Reversões de Reservas da conta de Lucros do período
para Lucros Acumulados.
23
Modelo detalhado
Possui a vantagem de ser mais completa e demonstra o movimento
em cada conta do patrimônio. Este modelo é demonstrado no Quadro 1.
(+ -) Ajustes
de Exercícios
Anteriores
Aumento
de Capital
Reversões de
Reservas
Lucro Líquido do
Exercício
Proposta da
Administração de
Destinação do lucro
Reserva Legal
Reserva estatutária
Reserva
orçamentária
Reserva de
Contingências
Reserva de Lucros a
Realizar
Dividendos
Saldos em
31-12-X8
Fonte: o autor
24
Modelo sumariado
Por esse modelo a técnica de preparação tem como objetivo uma
apresentação mais objetiva. Nesse modelo as reservas de capital e as re-
servas de lucros são apresentadas por seu total, e não por conta.
Quando adotado o modelo sumariado, as contas do Patrimônio Lí-
quido devem estar expostas individualmente no Balanço, de forma que
seus subtotais coincidam com os totais das colunas da Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido. Esta forma de apresentação pode
ser observada no Quadro 2.
1 - Saldos em 31-12-X7
4 - Reversões de reservas:
De Contingências
De Lucros a realizar
Reserva Legal
7 - Saldos em 31-12-X8
Fonte: o autor
25
De forma alternativa, a DMPL pode ser preparada e apresentada
como uma informação complementar em Nota Explicativa às Demons-
trações Contábeis. Neste caso, a empresa, se assim proceder, terá que
publicar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados formando
o conjunto das Demonstrações Contábeis.
26
9 Demonstrações de lucros ou
prejuízos acumulados (DLPA)
9.1. Introdução
Conforme explanado anteriormente, a Lei nº 6.404/76, alterada pela
nº Lei 11.638/07, prevê quais Demonstrações Contábeis devem ser elabo-
radas pelas companhias ao final de cada exercício social:
Importância da DLPA
Essa demonstração assume importância tendo em vista a distribui-
ção do dividendo obrigatório, bem como a possibilidade de segregar as
parcelas do lucro do exercício para formação da reserva legal, das reser-
vas de lucros a realizar e das reservas para contingências, reservas essas
que estarão sujeitas a dividendos obrigatórios, quando forem revertidas
para a conta de Lucros Acumulados.
Na Figura 1 é apresentado um esquema demonstrando a integração
da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados com o Balanco Pa-
trimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.
27
Figura 1 – Esquema gráfico – integração da DLPA com o BP e DRE
1
-
- 2 =
= -
=
28
Entendendo a integração entre a DPLA e o BP e DRE, demonstrada
na Figura 1:
29
Conteúdo e forma de elaboração
De acordo com o Art. 186 da Lei nº 6.404/76, a DLPA discriminará:
Retificações de erros
Reversão de reservas:
De contingências
De lucros a realizar
Saldo disponível
Reserva legal
Reservas estatuárias
Reserva orçamentária
Fonte: o autor
30
Origem das parcelas:
a) Ajuste de exercícios anteriores - serão registradas diretamente
na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, sem afetar as receitas ou
despesas do período
Como exemplos:
1. alteração do método de avaliação dos estoques (do custeio di-
reto para o custeio por absorção ou do FIFO (First In, first Out),
que em português significa primeiro a entrar, primeiro a sair, para
Custo Médio, entre outros);
2. passagem do regime de caixa para o de competência, na conta-
bilização do Imposto de Renda (e outros passivos);
3. mudança no método de avaliação dos investimentos (do mé-
todo do custo para o da equivalência patrimonial).
Como exemplos:
1. erros cometidos com contas patrimoniais, tais como inversão
de lançamento, contrapartida a débito em conta indevida ou con-
trapartida a crédito em conta indevida, não provocam influência
na determinação do lucro e, por inferência, no resultado tributá-
vel do exercício;
2. despesa lançada a menor do que a efetivamente paga ou incorrida;
3. receita lançada a maior ou manutenção na contabilidade de
valor de receita, cuja Nota Fiscal já foi objeto de cancelamento;
4. falta de registro referente a baixa de bens do ativo permanente.
Exemplos:
1. Reversão da Reserva de Expansão;
2. Transferência - Quando ocorre a transferência do saldo de uma
reserva para outra;
3. Transferência do saldo total ou parcial da conta de Reserva de
Capital para a conta de Reserva de Lucro.
31
d) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício - As participações nos
lucros já foram computadas nesse resultado.
32
10 Inclusão da DLPA na (DMPL)
De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76, adiante transcrito,
a companhia poderá, à sua opção, incluir a demonstração de lucros ou pre-
juízos acumulados nas demonstrações das mutações do patrimônio líquido.
33
Resolução:
Cia Teste
Situação em 31-12-2009
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
Lucro antes do IR 50.000,00
( - ) Provisão para IR 7.400,00
Cia Teste
Situação em 31-12-2009
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA
Saldo inicial 42.600,00
(+/-) Lucro Líquido do Exercício 42.600,00
34
Dividendos.
• O estatuto poderá estabelecer o dividendo com porcen-
tagem do lucro ou do capital social ou fixar outros critérios
para determiná-lo.
Se uma empresa apurar lucro em determinado exercício, poderá
destiná-lo da seguinte forma:
• Reserva Legal (5%);
• Reserva Estatutária;
• Reserva para Contingência;
• Reserva Orçamentária;
• Reserva de Lucros a Realizar;
• Dividendos.
35
11 Demonstração dos fluxos
de caixa (DFC)
11.1. Introdução
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) com a introdução da Lei
nº 11.638/07 passou a ser obrigatória no Brasil.
11.2. Finalidade
A finalidade da DFC é permitir aos usuários das Demonstrações
Contábeis informações, principalmente quando analisadas em conjunto
com as demais demonstrações quanto:
36
c) à liquidez (capacidade de pagamento em curto prazo), solvên-
cia (capacidade de pagamento em longo prazo) e flexibilidade fi-
nanceira da empresa;
d) à taxa de conversão, ou capacidade de transformar lucro em caixa;
e) ao desempenho operacional de diferentes empresas, por elimi-
nar os efeitos de distintos tratamentos contábeis para as mesmas
transações e eventos;
f) ao grau de precisão das estimativas passadas de fluxos de futu-
ros de caixa;
g) aos efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das transa-
ções de investimento e de financiamento, entre outros aspectos.
11.5. Regulamentação
Instituída pelos incisos IV, art. 176 da Lei nº 11.638, de 28.12.2007,
em substituição à DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações
de Recursos)
Regulamentada pelo Pronunciamento Técnico CPC 03, relacio-
nado à norma internacional IAS7.
37
11.6. Obrigatoriedade
Para as Empresas de Capital Aberto, sendo que sua aplicação se
tornou obrigatória a partir de 01/01/2008;
Também para as Empresas de Capital Fechado, a obrigatoriedade
foi a partir de 01/01/2008, para companhias cujo Patrimônio Lí-
quido seja igual ou superior a R$ 2.000.000,00, na data do Balanço.
38
11.9. Requisitos
Como requisito, a finalidade da DFC é cumprida por meio de mo-
delos adotados, que possam expressar essa finalidade, que deve atender
aos seguintes requisitos:
39
11.12. Atividades operacionais
Envolvem todas as atividades relacionadas com a produção e a
entrega de bens e serviços e com os eventos que não sejam defi-
nidos como atividades de investimento e financiamento.
Normalmente relacionam-se com as transações que aparecem na
Demonstração de Resultados.
Atividades Operacionais
Entradas Saídas
Pagamento a fornecedores,
Recebimento pela venda de produtos
pagamento do principal dos títulos
e serviços à vista, ou a prazo e
de curto ou longo prazo a que se
descontos de duplicatas.
refere a compra.
Fonte: o autor
40
11.13. Atividades de investimento
Relacionam-se normalmente com o aumento e a diminuição dos ati-
vos de longo prazo que a empresa utiliza para produzir bens e serviços.
Incluem a concessão e recebimento de empréstimos, a aquisição e
a venda de instrumentos financeiros e patrimoniais de outras en-
tidades e a aquisição e a alienação de imobilizado.
Atividades de Investimento
Entradas Saídas
Fonte: o autor
41
11.14. Atividades de financiamento
Relacionam-se com os empréstimos de credores e investidores à
entidade (obtenção de empréstimos junto a credores e a amorti-
zação ou liquidação destes).
Incluem a obtenção de recursos dos donos e o pagamento a estes
de retornos sobre seus investimentos, ou do próprio reembolso do
investimento.
Atividades de Financiamento
Entradas Saídas
Recebimento de contribuições, de
caráter permanente ou temporário,
que, por expressa determinação dos Pagamento do principal referente a
doadores, tem a finalidade estrita imobilizado adquirido a prazo.
de adquirir, construir ou expandir a
planta instalada.
Fonte: o autor
42
11.16. Transações que não afetam o caixa:
Depreciação, Amortização e Exaustão, contas redutoras do Ativo;
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) – estima-
tiva de prováveis perdas com clientes que não representam de-
sembolso para a empresa.
Acréscimos ou diminuição de itens de investimentos pelo método
de equivalência patrimonial.
Quanto aos Juros Pagos, o FASB exige o seu registro no grupo das
operações por ser um elemento que transita pela DRE. Porém os juros
pagos, assim como os dividendos pagos representam um custo para ob-
tenção de um financiamento.
Neste caso:
Duplicatas Descontadas
• FASB não faz referência;
• ASB classifica como Atividades Operacionais, quando
derivarem de outras transações que envolvam o negócio
principal da empresa.
43
11.18. Outras interpretações:
Fato Gerador se: vendas a prazo atividade operacional.
Ato desconto do título atividade de financiamento.
Método Direto;
Método Indireto.
Fonte: o autor
44
Quadro 8 - Estrutura do Modelo Direto e o Modelo Indireto da DFC
45
A Tabela 1 apresenta uma classificação de operações de origens e aplica-
ções de caixa.
Lucro Líquido x
Prejuízo do exercício x
Aumento em conta ativa x
Diminuição em conta ativa x
Aumento em conta passiva x
Diminuição em conta passiva x
Aumento de depreciação x
Diminuição de depreciação x
Fonte: o autor
46
Diante do exposto, apresentamos uma visão sobre a DOAR que tem o
objetivo de apresentar de forma ordenada e sumariada as informações re-
lativas às operações de financiamento e investimento da empresa durante
o exercício e evidenciar as alterações na posição financeira da empresa.
Vamos a um exemplo de elaboração da Demonstração dos Fluxos
de Caixa.
Dados:
a) Em 31/12/20x9: aumento capital social de R$ 1.000,00
b) Em 31/12/20x9: financiamento de R$ 1.500,00
c) Em 31/12/20x9: aquisição de ativo imobilizado R$ 2.600,00
1. Balanço Patrimonial:
47
Passivo + Patrimônio Líquido 20x8 20x9
48
Resolução pelo Método Direto:
Clientes
Vendas 26.810,00
CMV 13.405,00
49
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos
50
de vendas foram recebidos. Além disso, existem despesas que, embora in-
corridas, não geraram diminuição do Caixa (depreciação e amortização). O
exemplo informa, ainda, que nem todas as compras foram pagas.
Veja que, embora tenha havido, resultado econômico positivo de R$
4.830,62, o resultado financeiro da empresa foi de R$ 50.000,00, nega-
tivo. Este resultado financeiro é evidenciado na Demonstração dos Flu-
xos de Caixa; daí a grande importância dessa demonstração na análise
da situação financeira de uma empresa.
Quanto aos métodos de elaboração da DFC, existem dois métodos,
como foi dito acima:
1. Método Direto;
2. Método Indireto ou da Reconciliação.
Método Direto
No modelo direto, os fluxos operacionais são evidenciados pela aná-
lise direta das entradas e saídas de dinheiro em Caixa e Bancos. São eviden-
ciados, portanto, todos os pagamentos e recebimentos feitos no período.
Método Indireto
Na elaboração do fluxo de caixa indireto, deve ser ajustado o lucro
líquido do exercício à movimentação do disponível para destacar a in-
fluência do resultado nas atividades operacionais.
O critério é tratar das movimentações do Circulante da seguinte
maneira:
51
Tanto no método direto quanto no indireto, a DFC é elaborada a
partir da análise do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resul-
tado do Exercício.
52
13 Demonstração de orgigens
e aplicações de recursos (DOAR)
13.1. Introdução
A DOAR, como seu próprio nome indica, tem como objetivo apresen-
tar, de forma padronizada e sumariada, informações relativas às operações
de financiamento e investimento de uma entidade durante o exercício so-
cial, bem como evidenciar as alterações na posição financeira da mesma.
A DOAR não pode ser confundida com as demonstrações que vi-
sam a apresentar somente o fluxo de disponibilidades, como os Fluxos
de Caixa. Ela demonstra as mutações na posição financeira da empresa
em sua totalidade.
FINANCIAMENTOS INVESTIMENTOS
Fonte: o autor
13.2. Origens
Representam os aumentos no Capital Circulante Líquido (quando ao
Ativo Circulante for superior ao Passivo Circulante, ou seja, AC > PC =
CCL positivo), caso contrário (AC < PC = CCL negativo).
Descrição das origens:
53
13.3. Aplicações
As aplicações são representadas pelas diminuições do Capital Cir-
culante Líquido.
13.5. Importância
Pela natureza das informações a DOAR foi muito utilizada tendo em
vista as características que possui:
54
Outros aspectos importantes:
Conhecimento da política de inversões permanentes;
Recursos gerados pelas operações próprias;
Verificação da aplicação dos recursos com novos empréstimos;
Como a empresa está mantendo seu CCL; e
Compatibilidade entre Dividendos e posição financeira da empresa.
13.6. Obrigatoriedade
Com o advento da Lei nº 11.638/07 a elaboração da DOAR deixou
de ser obrigatória.
55
Variação nos Resultados de Exercícios Futuros, sendo que com ad-
vento da nova lei: O saldo existente no Resultado de Exercícios
Futuros em 31 de dezembro de 2008 teve por exigência, ser re-
classificado para o Passivo Não Circulante em conta representa-
tiva de receita diferida. (texto incluído pela Medida Provisória nº
449, de 2008). O registro desse saldo deve evidenciar a receita di-
ferida e o respectivo custo diferido.
56
Balanço Patrimonial em 31-12-x9
Ativo x8 x9
Passivo x8 x9
Receitas 30.200,00
57
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos
em 31-12-X9
1 – Origens
1.1 Das Operações
Lucro Líquido do Exercício (1) 8.330,00
8.030,00
400,00
1.3 De Terceiros
Empréstimos (4) 1.000,00
1.000,00
2 – Aplicações
Pagamento de Dividendos (5) 3.000,00
5.500,00
58
13.12. Entendendo a DOAR
• São feitos os ajustes com base nos eventos que alteram o CCL (Capi-
tal Circulante Líquido). Podemos observar a depreciação na DRE. Assim
como o efeito da venda de imobilizado no Balanço Patrimonial, que pas-
sou de R$ 9.300,00 para R$ 8.600,00 (R$ 300,00 referentes à deprecia-
ção e R$ 400 referentes à venda do imobilizado.
59
2. Sempre que houver uma operação envolvendo contas de Circu-
lante/Não Circulante haverá alteração no CCL, evidenciada na DOAR.
60
14 Demonstração do
valor adicionado (DVA)
14.1. Introdução
A Lei nº 11.638/07 introduziu para todas as companhias abertas,
a obrigação da elaboração e divulgação da Demonstração de Valor
Adicionado:
a) das operações;
b) dos financiamentos; e
c) dos investimentos.
61
14.2. Informações relevantes
O Prof. Eliseu Martins, em artigo publicado no jornal Gazeta Mer-
cantil, de 18/09/97, explicita que esta demonstração representa:
62
Quadro 9 – Modelo de DVA de acordo com NBC T 3.7
Demonstração de valores adicionados dos exercícios findos em 31 de dezembro, em milhares de reais
1 – RECEITAS
as receitas;
os insumos adquiridos de terceiros;
os valores retidos pela entidade;
os valores adicionados recebidos em transferência de outras entidades;
valor total adicionado a distribuir; e
distribuição do valor adicionado.
64
14.7. Componentes da DVA II
O item 6 da deliberação CVM nº 557/08 estabelece que a distribuição
da riqueza, deve ser detalhada, no mínimo, contendo os seguintes itens:
pessoal e encargos;
impostos, taxas e contribuições;
juros e aluguéis;
juros sobre o capital próprio e dividendos;
lucros retidos/prejuízos do exercício.
Grupo de receitas
No grupo de receitas devem ser apresentados, de acordo com o
item 14 da Deliberação CVM nº 557/08, os seguintes itens de formação
de receita:
65
Depreciação, amortização e exaustão
Nesse grupo, deve ser apresentada a despesa com depreciação,
amortização e exaustão. Nele são incluídas a depreciação, amortização
e exaustão relativa aos bens utilizados no processo produtivo industrial,
comercial ou serviços.
66
Benefícios - representados pelos valores relativos à assistência
médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc.
FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) – representado
pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados.
67
Outras - incluem outras remunerações que configurem transfe-
rência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas em capital
intelectual, tais como royalties, franquia, direitos autorais etc.
68
beis que vinham sendo utilizados pela empresa, devem ser adaptados na
DVA relativa ao período mais antigo apresentado para fins de compara-
ção, bem como os demais valores comparativos apresentados, como se a
nova prática contábil estivesse sempre em uso ou o erro fosse corrigido
na data da sua ocorrência.
69
Balanço social
Demonstração do valor adicionado – DVA 2009/2008
Em milhares de reais
DESCRIÇÃO
2009 2008
70
14.16. Resumo do capítulo:
1. O item 3.7.3.1 da NBC T 2.7 cita que, além das informações con-
tidas nos itens 3.7.2.4 a 3.7.2.9, a entidade deve acrescentar ou detalhar
outras linhas na Demonstração de Valor Adicionado quando o montante
e a natureza de um item ou o somatório de itens similares forem de tal
magnitude que a apresentação em separado ajude na apresentação mais
adequada da Demonstração de Valor Adicionado.
71
15 Notas explicativas
15.1. Introdução
As Notas Explicativas são informações complementares às Demons-
trações Contábeis, representando parte integrante destas.
A publicação de Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis é
considerada um dos grandes desafios da Contabilidade. É um assunto
ligado ao aspecto de evidenciação e tem sido o dimensionamento da
qualidade e da quantidade de informações que atendam às necessidades
dos usuários das Demonstrações Contábeis em determinado momento.
As Notas Explicativas podem ser expressas tanto na forma descritiva
como na forma de quadros analíticos, ou mesmo englobar outras De-
monstrações Contábeis complementares e necessárias ao melhor e mais
completo entendimento e esclarecimento dos resultados e da situação
financeira e patrimonial da empresa.
As Notas podem ser utilizadas para explicações adicionais pelas em-
presas, para determinadas contas ou operações específicas e ainda para
composição e de detalhamento de certas contas.
O uso de Notas para demonstrar composição de contas auxilia tam-
bém à estética das Demonstrações Contábeis, uma vez que pode fazer
constar determinada conta por seu total, com os detalhes necessários
para aprofundar o entendimento das informações dadas.
Deve-se considerar outro aspecto que é a menção de erro contábil
em nota explicativa, pois a sua menção deve servir para esclarecimento
do usuário da demonstração contábil, porém o erro persiste, apesar de
mencionado. Como exemplo, efetuar-se o diferimento de uma despesa
que deveria estar considerada como requerida no resultado é um erro;
e esse erro não é sanado simplesmente com uma nota explicativa que
evidencie o fato. Nesse caso, a nota é obrigatória, mas as demonstrações
continuam erradas e não se deve considerar essa evidenciação como
atenuante, pois o erro deve ser acertado por meio de ajustes pertinentes.
72
das por Notas Explicativas e outros quadros analíticos ou Demonstrações
Contábeis, necessários para esclarecimento da situação patrimonial e
dos resultados do exercício. A publicação das Notas Explicativas está
prevista no artigo 176, §4, da Lei nº 6.404/76, e visa a fornecer informa-
ções complementares às Demonstrações Contábeis. Podem ser expressas
de forma descritiva ou em forma de quadros analíticos, ou ainda sob ou-
tras Demonstrações Contábeis. As Notas Explicativas são uma exigência
da Lei das S.A, de acordo com Artigo 176, § 4º, da Lei nº 6.404/76:
Nota Explicativa nº 01
“Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, es-
pecialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaus-
tão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes
para atender a perdas prováveis na realização dos elementos do ativo.”
Principais critérios de avaliação:
Nota Explicativa nº 2
“Os investimentos em outras sociedades, quando relevantes
(artigo 247, § único).”
73
Nota Explicativa nº 03
“O aumento de valor dos elementos do ativo por novas avaliações
(artigo 182, § 3).”
Nota Explicativa nº 04
“Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias pres-
tadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes.”
Nota Explicativa nº 05
“A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obriga-
ções a longo prazo.”
Empréstimos e Financiamentos:
Nota Explicativa nº 06
“O número, espécie e classes das ações do capital social.”
Capital Social:
Nota Explicativa nº 07
“A opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício.”
74
Nota Explicativa nº 08
“Os ajustes de exercícios anteriores (artigo 186, § 1º).”
Nota Explicativa nº 09
“Os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira
e os resultados futuros da companhia.”
Esta Nota serve para explicar os eventos que afetarão o Patrimônio
após o Levantamento do Balanço e antes de sua Publicação. Podem ser:
75
divulgação de diversos assuntos relevantes para efeito de melhor entendi-
mento das Demonstrações Contábeis. Os itens, que de acordo com as suges-
tões da CVM devem constar das Notas Explicativas, são os seguintes:
76
Lucro por ação e dividendo por ação
Há obrigatoriedade de menção do valor do lucro por ação e do dividendo
por ação. Tais informações devem ser expressas na DRE, DMPL ou DLPA.
Seguros
As NE devem trazer os ativos, responsabilidades ou interesses cobertos
por seguros (montantes e modalidades).
Leasing
Deve apresentar: a natureza dos bens arrendados, tipo de operação,
prazos, valor do contrato.
Amortização do ágio/deságio
Deve apresentar: os fundamentos econômicos que deram origem ao
ágio e/ou ao deságio.
Debêntures
É uma fonte de financiamento da empresa que deve ser divulgada em
NE, (séries, quantidades emitidas, direitos, valor, datas de vencimento, re-
muneração, registro no CVM etc.).
77
Subsídios governamentais
Deve ser apresentado em NE:
Disponibilidades:
A Lei Societária e a CVM não fazem menção sobre disponibilidades,
restou ao IBRACON pronunciamento: são valores em caixa e depósitos em
banco (AC) com destinação específica. O IBRACON recomenda que sejam
mencionadas em NE.
Ações em tesouraria:
As ações em tesouraria de acordo com a Lei das S/As devem ser eviden-
ciadas no Balanço Patrimonial como dedução do PL.
De acordo com a CVM deverão ser mencionadas em NE:
78
b) As Quantidades e classes de ações adquiridas ou alienadas no curso
do exercício;
c) Os custos de aquisições e os resultados líquidos de alienações;
d) O valor de mercado das espécies e classes de ações em tesouraria.
Capacidade ociosa
De acordo com a CVM, deve constar em NE, para dar ciência do fato
aos interessados (avaliação de produção e resultados).
Programa de desestatização
Empresas Públicas e de Economia mista sob o controle Municipal, Esta-
dual ou Federal incluídas no processo de privatização deve segundo a CVM,
mencionar em NE:
79
Vendas ou serviços a realizar
Quando a Companhia tiver garantias formais, do recebimento no
futuro de serviços ou vendas a realizar, e estas forem relevantes, essa in-
formação deverá constar de NE, com o demonstrativo de seu montante
(PARECER 21/90).
80
Destinação do lucro
Caso não haja distribuição de lucros a acionistas, deve-se justificar em
NE a razão da retenção. Informações do ano anterior que sofrem alterações,
como exemplo, causas judiciais, tributárias e trabalhistas, quando relevan-
tes são dignas de repetição.
81
Notas Explicativas | Exemplos
82
Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro (em reais)
2007 2006
Passivo e Patrimônio Líquido Circulante
Fornecedores 906.720 384.056
Salários e contribuições previdenciárias 793.743 723.615
Obrigações tributárias 118.840 268.024
Parcelamento REFIS 243.343 200.000
Provisão para contingências 654.373 1.500.000
Acordos trabalhistas 947.700 -
Outras obrigações a curto prazo 48.988 50.567
3.713.707 3.126.262
Passivo Não Circulante
Exigível a longo prazo
83
Demonstrações de Resultados
Exercícios Findos em 31 de Dezembro (em reais)
2007 2006
Receita Operacional Bruta
Venda de Mercadorias e Serviços 12.805.793 11.770.623
Impostos e Outras Deduções da Receita
COFINS Não Cumulativa (973.240) (893.599)
PIS Não Cumulativo (211.296) (193.870)
ISSQN (387.775) (354.627)
ICMS (2.311) (107.210)
Créditos PIS/COFINS não cumulativos 413.509 396.454
Receita Operacional líquida 11.644.680 10.617.771
Custos dos produtos vendidos e dos
(8.857.104) (8.788.882)
serviços prestados
Lucro Bruto 2.787.576 1.828.889
Receitas (Despesas) Operacionais
Despesas gerais e administrativas (4.497.760) (3.788.082)
Reversão de provisões constituídas 702 6.341
Outras receitas operacionais líquidas 1.116.509 1.976.880
Receitas (despesas) financeiras líquidas 33.200 (42.974)
84
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
Exercícios Findos em 31 de Dezembro (em reais)
85
Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos
Exercícios Findos em 31 de Dezembro
2007 2006
Aplicações de Recursos
86
Notas explicativas da administração às
demonstrações contábeis em 31 de dezembro de
2007 e em 31 de dezembro de 2006 (em reais)
1. Contexto operacional
A Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (CA-
SEMG) é uma sociedade por ações, constituída através da Lei n° 1643
de 06 de setembro de 1957. Tem como principal objetivo armazenar e
ensilar produtos do agronegócio, bem como exercer o comércio de pro-
dutos similares aos recebidos em depósitos, na forma do Decreto nº 3855
de 03 de julho de 2001, executando os serviços conexos e praticando os
atos pertinentes a essas finalidades, e operando como Armazéns Gerais
em 20 Unidades de Armazenagem e Negócios no Estado de Minas Gerais.
Em 26 de maio de 2000, mediante contrato de compra e venda,
realizou-se a transição acionária do Governo do Estado de Minas Gerais
para a União, não havendo qualquer modificação das atividades opera-
cionais. Encontra-se a empresa incluída no PND - Programa Nacional de
Desestatização.
87
Como decorrência dessa lei, as principais alterações que terão efeito
imediato sobre as Demonstrações Financeiras da Companhia, a partir do
exercício a findar-se em 31 de dezembro de 2008 são as seguintes:
88
b) Disponibilidades e aplicações financeiras
Estão avaliadas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidos até a
data do balanço. As aplicações financeiras estão demonstradas pelos valo-
res aplicados, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço.
c) Contas a receber
São apresentadas pelos respectivos valores de realização, líquidos
da provisão para devedores duvidosos, constituída com base na avalia-
ção da situação de cada cliente, considerados tais valores de realização
suficientes pela Administração para fazer face às eventuais perdas no
recebimento dos créditos.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída sobre
os créditos que envolvem riscos e em montante suficiente para a cober-
tura de possíveis perdas.
d) Estoques
Os estoques estão representados por materiais de manutenção e
consumo nos Armazéns Gerais. O estoque de mercadorias de clientes é
registrado no livro de Inventário, não sendo registrado em balancete.
e) Imobilizado
Registrado ao custo de aquisição ou de construção, corrigido mone-
tariamente até 1995. A depreciação é calculada pelo método linear, con-
siderando as estimativas de vida útil-econômica dos bens (Nota no. 9).
89
nômico seja requerido para saldar a obrigação. As provisões devem ser re-
conhecidas considerando as melhores estimativas da Administração.
j) Apuração do resultado
O resultado das operações é reconhecido por regime contábil de
competência.
l) Estimativas contábeis
De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a elabora-
ção das Demonstrações Contábeis requer o uso de julgamento na deter-
minação e reconhecimento de estimativas contábeis. As estimativas da
Administração envolvem a análise de ativos e passivos, mediante pre-
missas que incluem a provisão para devedores duvidosos, valor residual
do imobilizado, e provisão para contingências. Os resultados efetivos
podem se apresentar diferentes dessas estimativas e julgamentos feitos
pela Administração. A Administração da Companhia revisa as estimati-
vas e premissas anualmente.
90
4. Contas a receber de clientes
O saldo de R$ 986.377 em 31 de dezembro de 2007 (R$ 1.085.767
em 31 de dezembro de 2006) refere-se a valores a receber de clientes, de-
correntes da prestação de serviços de armazenagem (serviços prestados
e não recebidos até 31 de dezembro) conforme demonstrado a seguir:
Alfenas 0 20.000
Araguari 26.827 48.074
Bonfinópolis 10.725 0
Buritis 1.186 6.686
Capinópolis 68.829 118.187
Centralina 5.700 5.548
Conceição das Alagoas 0 0
Frutal 20.813 9.554
Ipiaçu 137 212
Ituiutaba 124.204 54.704
Monte Carmelo 47.805 97.626
Paracatu 50.287 68.627
Passos 17.879 118.983
Patos de Minas 86.624 78.179
Patrocínio 77.599 169.769
Sacramento 19.884 28.076
Santa Vitória 17.978 5.935
Tupaciguara 10.247 3.792
Uberaba 30.446 52.611
Uberlândia 269.561 163.926
Unaí 99.645 35.278
Total 986.377 1.085.767
Fonte: Demonstrações Contábeis publicadas (CASEMG, 2007)
91
5. Outros créditos e valores
Referem-se basicamente à concessão de direito real de uso de imó-
veis, no valor de R$ 122.278, à venda de imóveis nas cidades de São
Francisco, em 2006 pelo valor de R$163.302, para pagamento em 30
meses, com saldo remanescente em 2007 de 14 parcelas; Distrato de Es-
critura Pública Declaratória de Distrato de Doação com o município de
Contagem, em 2007, pelo valor de R$ 1.190.000 para pagamento em 10
parcelas mensais. Em 31 de dezembro de 2007 restam a ser recebidos R$
942.927, da seguinte forma:
2007 2006
Prefeitura Municipal de Gov.Valadares 683.489 683.489
Prefeitura Municipal de Ipanema 459.957 459.957
Prefeitura Municipal de Muriaé 1.235.681 1.235.681
Prefeitura Municipal de Centralina 9.401 9.401
2.388.528 2.388.528
(-) Provisão para perdas (254.730) (254.730)
2.133.798 2.133.798
Fonte: Demonstrações Contábeis publicadas (CASEMG, 2007)
92
7. Cobranças judiciais
O saldo desta conta em 31 de dezembro de 2007, de R$ 1.823.898,
decorre de valores a receber relativos a concessões de direito real de uso
e duplicatas a receber em cobrança judicial.
2007 2006
Prefeitura Municipal de Frutal 888.174 888.174
Prefeitura Municipal de Felixlândia 192.828 192.828
Prefeitura Municipal de Gurinhatã 132.580 132.580
Prefeitura Municipal de São Francisco 18.178 18.178
Prefeitura Municipal de Espinosa 99.585 99.585
Usapanos Panos Limpeza 209.230 209.230
Iconomil 135.421 135.421
Líria de Cássia Salomão 34.802 34.802
Oliveiros Fernando Nogueira Lima 22.403 22.402
Valdir José Faria 1.287 1.287
Cezar Dalbert Bizinoto – 2.646
Outros Valores em cobrança judicial 89.410 18.532
1.823.898 1.755.666
(-) Provisão para perdas (431.744) (385.485)
1.392.154 1.370.181
93
de descumprimento de contratos, constituindo-se matéria exclusiva-
mente de Direito, há plena possibilidade de êxito quanto ao reconhe-
cimento dos créditos da Companhia.
8. Depósitos Judiciais
O saldo de R$ 318.023 decorre de valores depositados judicialmente
para fazer face a depósitos recursais relativos a ações trabalhistas. A com-
panhia constituiu provisão no passivo para suportar eventuais perdas.
9. Imobilizado
Taxa anual de
2007 2006
depreciação
Terrenos – 592.214 620.156
Edificações 4% 8.707.011 8.708.704
Máquinas e Equipamentos 10% 47.931.841 47.775.844
94
10. Parcelamentos REFIS
Está composto por débitos de INSS, COFINS, PIS e FUNDAF, de exercí-
cios anteriores a 2000. Em 31 de dezembro de 2007 e 2006, como segue:
2007 2006
Débito total 10.849.942 10.849.942
Compensação de Prejuízos Fiscais (5.310.145) (5.310.145)
Dívida Consolidada 5.539.797 5.539.797
Acréscimo (decréscimo) da dívida 428.397 315.541
Pagamento de parcelas no exercício (206.657) (174.324)
Atualização TJLP no exercício 225.378 287.180
Saldo devedor REFIS 5.986.915 5.968.194
Dividido em:
Passivo Circulante 243.343 200.000
Exigível a Longo Prazo 5.743.572 5.768.194
Fonte: Demonstrações Contábeis publicadas (CASEMG, 2007)
95
12. Provisão para tributos a recolher
O ISS e o IPTU a recolher, no valor de R$ 721.640, referem-se a débi-
tos mantidos junto à Prefeitura de Frutal desde 1991, os quais estão sendo
discutidos judicialmente.
2007 2006
Despesas Financeiras (344.753) (477.289)
- Juros e VM, pagos ou incorridos 428.397 7.148
- Multas dedutíveis e indedutíveis (206.657) 91.022
TJLP sobre REFIS 225.378 287.180
Comissões, despesas bancárias e outras 243.343 91.939
Receitas Financeiras 377.954 434.315
Taxa de Permanência 133.110 91.399
Apropriação de juros e multas 218.534 148.188
Renda de aplicação financeira 26.310 194.728
Total 33.201 (42.974)
Fonte: Demonstrações Contábeis publicadas (CASEMG, 2007)
96
16. Cobertura de seguros
Em 31 de dezembro de 2007 a Companhia possuía cobertura de se-
guros contra incêndio e intempéries em valores considerados suficientes
para cobrir eventuais sinistros com as mercadorias de terceiros, deposita-
das em seus armazéns.
97
16 Relatório da Administração
16.1. Introdução
Para melhor compreensão do conjunto de informações que abrange
as Demonstrações Contábeis, faremos uma apresentação do Relatório da
Administração.
O Relatório da Administração (RA) faz parte de um conjunto de in-
formações que deve ser divulgado por uma sociedade. O RA representa
uma “prestação de contas” da Companhia e abrange:
Relatório da Administração;
Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas que a elas são integradas;
Parecer de Auditores Independentes.
Documentos da Administração
Art. 133. Os administradores devem comunicar, até 1 (um) mês
antes da data marcada para a realização da assembléia-geral ordiná-
ria, por anúncios publicados na forma prevista no artigo 124, que se
acham à disposição dos acionistas:
98
I - o relatório da administração sobre os negócios sociais e os
principais fatos administrativos do exercício findo;
II - a cópia das Demonstrações Financeiras;
III - o parecer dos auditores independentes, se houver.
IV - o parecer do conselho fiscal, inclusive votos dissidentes, se
houver; e (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
V - demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na or-
dem do dia. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º Os anúncios indicarão o local ou locais onde os acionistas
poderão obter cópias desses documentos.
§ 2º A companhia remeterá cópia desses documentos aos acio-
nistas que o pedirem por escrito, nas condições previstas no § 3º do
artigo 124.
§ 3o Os documentos referidos neste artigo, à exceção dos cons-
tantes dos incisos IV e V, serão publicados até 5 (cinco) dias, pelo
menos, antes da data marcada para a realização da assembléia-geral.
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 4º A assembléia-geral que reunir a totalidade dos acionistas
poderá considerar sanada a falta de publicação dos anúncios ou a
inobservância dos prazos referidos neste artigo; mas é obrigatória a
publicação dos documentos antes da realização da assembléia.
§ 5º A publicação dos anúncios é dispensada quando os docu-
mentos a que se refere este artigo são publicados até 1 (um) mês an-
tes da data marcada para a realização da assembléia-geral ordinária.
99
16.3. Conteúdo básico (ONU)
A forma de apresentação do Relatório da Administração deve in-
cluir uma discussão e análise pelos Administradores, contemplando:
100
os resultados operacionais;
situação de liquidez e fontes de capital;
avaliação dos ativos e o impacto inflacionário;
efeitos da variação na taxa de câmbio e os aspectos de análise.
101
16.8. Resumo do capítulo
1. Vimos no presente capítulo que o objetivo do Relatório da
Administração é dar informação sobre os negócios sociais e sobre os
principais fatos administrativos da empresa, devendo ser publicado jun-
tamente com as Demonstrações Contábeis do encerramento do exercí-
cio social anual.
Exemplos práticos
de Relatório da 5. Não são válidas simples apresentação de percentuais que podem
Administração ser obtidos por qualquer leitor das Demonstrações Contábeis, visto que a
publicados serão
disponibilizados informação relevante diz respeito ao comentário ou apreciação dos fa-
na Plataforma tores endógenos e exógenos que influenciaram as variações ocorridas.
Moodle.
102
17 Demonstrações contábeis
em moeda de capacidade
aquisitiva constante
17.1. Introdução
Também denominada Correção Monetária Integral das Demons-
trações Contábeis (CMI), é uma demonstração que apresenta os refle-
xos das defasagens de índices e do não reconhecimento da inflação
externa nos balanços das empresas. Muitas empresas que hoje não
divulgam essa informação já o fizeram no passado e outras nunca se
preocuparam em fazê-lo.
As Demonstrações Contábeis possuem uma série de utilidades,
como servir de base para a análise econômico-financeira da empresa.
Quando da época da correção monetária, esse tipo de análise era feita
considerando os números corrigidos com um índice que demonstrasse a
perda de poder aquisitivo da moeda.
A partir de 1996, com a extinção da metodologia de reconheci-
mento da inflação nas Demonstrações Contábeis, os índices passaram a
ser calculados a partir dos balanços apurados de acordo com a legisla-
ção societária. Em princípio, se o nível de inflação tivesse sido reduzido
a zero, esse procedimento não causaria problemas comparativos em re-
lação aos anos anteriores.
103
apresentar distorções muito significativas dos componentes da de-
monstração do Resultado.
Diante do exposto, foi necessária a adoção de um sistema mais
completo de reconhecimento dos efeitos nas Demonstrações Contábeis,
conhecido como Correção Monetária Integral (CMI), cujo objetivo era for-
necer informação completar às informações da Legislação Societária (LS).
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da Instrução
CVM nº 64/87, passou a exigir das companhias abertas Demonstrações
Contábeis complementares elaboradas em moeda de poder aquisitivo
constante, ou seja, com correção integral.
Em seguida, a Instrução CVM nº 191/92 substituiu a Instrução CVM
nº 64/87 e instituiu a Unidade Monetária Contábil (UMC) como unidade
de referência a ser usada pelas companhias abertas para elaboração de
Demonstrações Contábeis em moeda de capacidade aquisitiva constante.
A UMC veio substituir a Unidade Fiscal de Referência (UFIR), e a
idéia básica era ter sempre um índice que representasse de forma ade-
quada as variações de preços da economia brasileira. A CVM em 29 de
março de 1996 emitiu a Instrução CVM nº 248, a qual, além de exigir a
apresentação das informações trimestrais (ITR) e Demonstrações Contá-
beis em consonância com a Lei nº 9.249/95, tornou facultativa a elabo-
ração e divulgação em moeda de capacidade aquisitiva constante.
Por fim, através do Parecer de Orientação CVM nº 29, de 11 de abril
de 1996, foram estabelecidos os requisitos e conteúdos mínimos a serem
seguidos pelas empresas que optassem por divulgar voluntariamente in-
formações complementares.
No mesmo sentido, a Lei nº 9.249/95 introduziu a figura dos Ju-
ros Sobre o Capital Próprio com opção de uso da Taxa de Juros a Longo
Prazo (TJLP), taxa essa que representa parcialmente a correção monetá-
ria do capital próprio.
104
nada “correção monetária do balanço”. Se o ativo permanente fosse
maior do que o patrimônio líquido, o resultado seria uma receita. Caso
contrário, uma despesa. Este método era obrigatório para todas as
empresas, por exigência fiscal e societária.
A Lei nº 6404 de 15 de dezembro de 1976, em seu art.185, esta-
belece que nas Demonstrações Financeiras deveriam ser considerados
os efeitos da modificação do poder de compra sobre os elementos do
patrimônio e do resultado do exercício. Consistia em atualizar o valor,
com base em índices de desvalorização da moeda nacional dos custos
de aquisição dos elementos do Ativo Permanente e os saldos das con-
tas do Patrimônio Líquido.
Por terem seus valores aumentados, as contas do Ativo são de-
bitadas pelo valor equivalente a esta e a contrapartida creditada na
conta Resultado da Correção Monetária por corresponder a uma re-
ceita. As contas de patrimônio Líquido tinham seu valor aumentado
com a correção e, portanto, eram creditadas. A contrapartida era de-
bitada na conta Resultado da Correção Monetária.
105
17.5. Vantagens da aplicação da correção
monetária integral
106
Balanço Patrimonial
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Fernando Nascimento Zatta
Doutorando em Engenharia de
Produção (PPGEP) em Gestão e
Estratégia pela UNIMEP/SP. Mestre
em Contabilidade e em Finanças pela
FUCAPE/ES. Docente da Universidade
Federal do Espírito Santo – UFES.
Pós-graduado em Contabilidade
pela EPGE/ FGV, em Engenharia de
Produção pela UFES. Graduado em
Ciências Contábeis UVV e Pós MBA
em Inteligência Empresarial pela FGV.
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www.neaad.ufes.br
(27) 4009 2208
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