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Londrina
2010
III
UNIVERSIDADE ESTADUAL
ESTADUAL DE LONDRINA
___________________________________________________________________
Londrina
2010
RESUMO
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por meta servir de apoio ao ensino de graduação e pós-graduação,
como material didático, podendo também ser utilizado de uma forma muito útil em
equipamentos onde há a esta necessidade de tensão e corrente, como por exemplo, bancadas
para testes e equipamentos de uso específicos. Usando a energia elétrica disponível pelas
concessionárias locais, pode-se ligar um rádio amador, usar um equipamento elétrico para dar
manutenção a outros equipamentos ou então ligar um sistema de comando eletrotécnico; ou
seja, com o auxilio do conversor qualquer pessoa pode fazer uso de uma tensão de 24Vcc ou de
12Vcc com 10A em qualquer lugar, desde que tenha conexão com a rede elétrica. Para que isto
venha a ser possível, será implementado um projeto que faça a conversão da tensão de 127Vac
ou 220Vac para 24Vcc com a possibilidade de ±12Vcc, com potência de saída de 240W, fazendo
uso de um conversor que fará, respectivamente, a redução. Na conversão será usado o modelo
half-bridge (TREVISO, 2009) devido às necessidades de tensão e corrente do projeto, enquanto
que na retificação, será usado o modelo de ponte completa com dobrador de tensão (TREVISO,
2005; BARBI, 2007) para o controle do sinal de saída desejado, o CI SG3525 (TREVISO, 2009).
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 2.7: Topologia do Estágio de Entrada da Fonte Chaveada como Retificador de Onda
Completa................................................................................................................................ 31
Figura 2.8: Topologia do Estágio de Entrada da Fonte Chaveada como Dobrador de Tensão ..... 37
Figura 2.8: Espectro de Tensão do Circuito Dobrador de Tensão Operando em Vacmim .............. 42
Figura 2.9: Espectro de Tensão do Circuito Dobrador de Tensão Operando em Vacmáx .............. 43
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 15
6 Considerações finais................................................................................... 88
1 INTRODUÇÃO
Devido à alta tecnologia contida nos aparelhos eletroeletrônicos as suas fontes utilizadas
para a conversão AC/DC foram sendo cada vez mais solicitadas e de uma qualidade de fornecimento de
tensão e corrente cada vez mais estabilizada. Começaram assim a serem desenvolvidas as fontes chaveadas
que apresentam um alto rendimento e uma capacidade de compactação superior, substituindo assim as
fontes reguladoras convencionais, mais conhecidas como lineares com seus volumosos transformadores,
Alem disso, as fontes lineares são largamente empregadas como fonte de alimentação do
circuito de controle para as fontes chaveadas por necessitarem de um circuito independente para usa
operação.
espectrometria NIR, que contem componentes eletrônicos para seu funcionamento a projeto em questão
iniciou-se.
beneficiamento de grãos e em até escala industrial as possibilidades de tensões encontradas são inúmeras e o
As partes dimensionadas são apresentadas na Figura 1.2 e serão detalhadas nos próximos capítulos.
24Vdc ou
Tensão de saída ( VS )
±12Vdc
Tensão entre o coletor e o emissor dos transistores na saturação ( VCE (SAT ) ) 1,00V
2 CIRCUITO RETIFICADOR
2.1 INTRODUÇÃO
circuitos retificadores, possui duas situações básicas de conversão, conforme as Figuras 2.1 e 2.2.
A conversão da corrente alternada (AC) em corrente alternada (AC) é feita por meio de
transformadores. Essa conversão é útil quando se deseja aumentar ou reduzir a tensão da rede de
alimentação.
A conversão da corrente alternada (AC) em corrente contínua (DC) pode ser realizada por
compostos basicamente por diodos retificadores, que geralmente são alimentados por um transformador.
(CHOUERI,2008).
uma fonte de tensão alternada, onde a tensão média na entrada depende do tempo em que a saída
permanece ligada à entrada. Para efetivar tal retificação, são utilizados capacitores e diodos.
Entre os retificadores AC/DC, existem mais dois modelos fundamentais dos quais derivam
outros: o de onda completa, que produz uma tensão de saída menor ou igual ao valor de entrada ( VE ), o com
filtro capacitivo, que ajuda a filtrar o sinal e manter por um período de tempo em função do seu capacitor e
carga e o dobrador de tensão que fornece uma tensão de saída maior ou igual ao valor de tensão de entrada.
Entre todos os modelos de retificadores AC/DC o que mais se aplica ao uso neste projeto,
como foi dito anteriormente, é o dobrador aliado a topologia half-bridge que terá seu funcionamento
detalhado, apresentando suas principais formas de onda, além de todo o equacionamento envolvido com o
conversor e com seus principais componentes (filtro de saída e transformador) e finalizando o capítulo com os
completa com filtro capacitivo para o circuito de controle da fonte e a topologia de dobrador de tensão para
o conversor half-bridge. A entrada AC é mostrada na Figura 2.3 com as derivações de entrada para o
retificador de onda completa dobrador de tensão e o retificador de onda completa com filtro capacitivo.
F2–FUSEHOLDER faz a proteção do circuito do controle. As chaves SW5 e SW6 são responsáveis pela ligação e
desligamento de todo o sistema atuando de modo a interromper os dois condutores que levam tensão e
corrente para todo o sistema, na pratica devera ser uma chave de duplo contato fazendo essa comutação de
Considere o circuito retificador de onda completa com carga resistiva e capacitor de filtro
de CHOUERI,2008.
Corrente de saída ( I o ) 1A
Vrpp VL Vrpp 15
= ⇒ = ⇒ Vrpp = 3V
2 10 2 10
Devido a alta tensão de ripple, a inconstância da rede elétrica que alimenta o núcleo
7012.
Vrpp Vrpp 3
VL = Vmáx − ⇒ Vmáx = VL + ⇒ Vmáx = 15 + ⇒ Vmáx = 16,5V
2 2 2
I Lmáx I 1
Vrpp = ⇒ C = Lmáx ⇒ C = ⇒ C = 2777 µ F
f ⋅C f ⋅Vrpp 120 ⋅ 3
A tensão de isolação do capacitor adotado deve ser maior do que 16,5V. Portanto foi
adotado um capacitor com valor nominal C=3300µF (valor comercial facilmente encontrado) com tensão de
isolação de, no mínimo, 25V. Adotando este valor de capacitor sensivelmente maior do que o calculado, o
Vmáx 16,5
Vs = ⇒ Vs = ⇒ Vs = 11, 66V
2 2
Para que o retificador de onda completa em ponte, a potência do transformador deve ser
1,23 vezes a potencia na carga devido o fator de transformação. O fator de transformação dos circuitos
retificadores é a relação entre a potência do transformador (Ptr) e a potência média na carga (Pdc). Esse fator
I Lmáx
I Fmáx > ⇒ I Fmáx > 500mA
2
VRmáx > Vmáx ⇒ VRmáx > 16,5V
Para calcular a corrente de surto máxima desse circuito ( I Smáx ), primeiramente deve-se
VFmáx − 0, 6 1,1 − 0, 6
rd = ⇒ rd = ⇒ rd = 0, 05Ω
I Fmáx 10
Vmáx 16,5
I Smáx = ⇒ I Smáx = ⇒ I Smáx = 41, 25 A
2 ⋅ rd + rtr 2 ⋅ 0, 05 + 0,3
Para que o circuito de controle funcione corretamente, é exigida uma tensão de alimentação
estável para o circuito de 12 Vdc; sem isso, o controle pode não operar de forma apropriada, o que pode
resultar em defeitos no conversor. Desta forma, foi usado o integrado SD 7812, que, a partir de uma tensão
aplicada em seu pino 3 (esta tensão deve ser maior que 15 Vdc), gera, de forma automática, uma tensão de
12 Vdc estável em seu pino 1, desde que seu pino 2 esteja aterrado (DATASHEET 7812, Motorola, 1996). Para
alimentar o pino 3 do 7812, o circuito retificador em ponte completa esta fornecendo a tensão necessária. O
esquema utilizado para fornecer uma tensão de alimentação estável é mostrado na figura 3.17:
Pelo circuito também se pode notar que, se a chave geral estiver desligada, a tensão
estabilizada não alcançará o controle e, portanto, o este permanecerá desligado (por conseguinte, o
conversor/inversor também estará desligado). O circuito somente passará a funcionar na situação em que a
Para a verificação visual da tensão no controle foi projetado um led que acenderá quando
Também foi colocado um resistor para a dissipação da corrente de pico quando ligado o
sistema.
A Figura 2.5 nos mostra os resultados obtidos para o retificador de onda completa com filtro
(menor ripple) e ao custo, pois o capacitor de filtro é de menos valor e o transformador é de menor potência,
sendo assim mais vantajoso. Para garantir que a tensão não sofra alterações com relação a entrada está
sendo utilizado um CI regulador de tensão 7812 e um led para indicar seu funcionamento.
A estrutura do estágio de entrada de uma fonte chaveada está apresentada na Figura 2.6.
entrada. Uma chave entre a ponte e os capacitores deve ser fechada pra que possa operar em 220Vac.
(BARBI,2007).
3 DIODE
DIODE DIODE C
SW4
D15
1 2
DIODE SW KEY-SPST
C12
C
rede possui baixo fator de potência, é muito empregado por ser de baixo custo. (BARBI,2007).
Nos primeiros instantes em que ponte retificadora é inserida na rede elétrica o capacitor é
visto pela fonte primária de entrada causando um curto-circuito aparecendo picos de correntes capazes de
provocar a destruição da ponte retificadora de entrada. Para eliminar o pico de corrente de partida (INRUSH).
Segundo TREVISO em 2009 existem 3 modos simples para a limitação do pico de corrente de
partida. Está sendo utilizado um resistor na entrada da ponte no valor de 10Ω, considerando a baixa potência
TREVISO,2009.
Tensão entre o coletor e o emissor dos transistores na saturação ( VCE ( SAT ) ) 1,00V
Como a especificação do projeto adota uma valor de ±10% para a tensão de entrada temos
os valores:
em 220Vac) na Figura 2.7 podemos ver sua topologia e em uma breve analise podemos observar que se trata
Figura 2.7: Topologia do Estágio de Entrada da Fonte Chaveada como Retificador de Onda Completa
Para esta situação consideraremos a tensão de entrada mínima sendo Vmin = 198Vac e a
tensão de pico, portanto será de V pk = 2 ⋅Vmin ⇒ V pk = 2 ⋅198 ⇒ V pk = 280, 01Vac porem consideraremos as
C1 ⋅ C 2
C=
C1 + C 2
= ⋅ C ⋅ (V pico 2 − Vmin 2 )
Win 1
2 5
Win
Onde: é a energia acumulada em C a cada meio período da rede.
2
Sabe-se que:
Pin 300
Win = ⇒ Win = = 5J
f 60
O tempo de intervalo de condução dos diodos ou tempo de carga do capacitor pode ser
V
cos −1 min 260
V cos −1
tc = pk ⇒ tc = 276 ⇒ tc = 0,907 ms
2 ⋅π ⋅ f 2 ⋅ 3,1415 ⋅ 60
A carga que o capacitor absorve e cede a cada meio ciclo de funcionamento da rede é
∆Q = ichg ⋅ tc = C ⋅ ∆V
C ⋅ ∆V C ⋅ (V pk − Vmin )
ichg = =
tc tc
C ⋅ (V pk 2 − Vmin 2 ) =
Pin
f
Pin 300
C= ⇒C = ⇒ C = 583µ F
f ⋅ (V pk − Vmin )
2 2
60 ⋅ ( 2762 − 2602 )
Logo C1 = C 2 = 2C = 1166 µ F
Vamos considerar:
Então:
Mas:
2 ⋅ tc
IDC = ichg ⋅
T
2 ⋅ tc
IET = ichg ⋅
T
Portanto:
2 ⋅ tc 2 4 ⋅ tc
2
Ichg = ichg ⋅ 2
− ichg ⋅ 2
T T
Ichg = ichg ⋅ 2 ⋅ tc ⋅ f − ( 2 ⋅ tc ⋅ f )
2
resistência série equivalente (RSE), provocando aquecimento. Essas perdas devem ser calculadas.
A corrente que o capacitor fornece ao estágio seguinte possui uma componente alternada
Pin
i pk =
V ⋅D
300
i pk = ⇒ i pk = 2,56 A
260 ⋅ 0, 45
Se considerar que nesta situação o conversor irá operar na razão cíclica mínima terá:
300
i pk = ⇒ i pk = 3, 74 A
260 ⋅ 0,3078
Para o calculo de Icef AF iremos levar em consideração o pior caso da corrente de pico e a
Porem o valor aqui encontrado se comparado com o valor da razão cíclica máxima é menor
tc
IDef = ichg ⋅ ⇒ IDef = 10, 28 ⋅ 0,907 ⋅10−3 ⋅ 60 ⇒ IDef = 2,39 A
T
Pin 300
IDmed = ⇒ IDmed = ⇒ IDmed = 0,54 A
2 ⋅Vmin 2 ⋅ 276
A tensão de pico reversa em cada diodo e a tensão máxima é igual à V pkmáx , portanto será
Após a analise da posição da chave aberta, o estágio de entrada da fonte chaveada que
estava na se comportando como um circuito retificador de onda completa agora, com a chave fechada
podendo operar na posição 127Vac, se torna um dobrador de tensão conforme mostra a Figura 2.8.
Figura 2.8: Topologia do Estágio de Entrada da Fonte Chaveada como Dobrador de Tensão
Portanto a tensão de pico em cada capacitor para o pior caso considerando as quedas de
Com os valores das tensões de pico em cada capacitor encontramos a capacitância para o
Pin 300
C1 = C 2 = ⇒ C1 = C 2 = ⇒ C1 = C 2 = 487 µ F
f ⋅ (VC1pk − VC1min )
2 2
60 ⋅ (157, 642 − 120, 782 )
C = 243,5µ F
220Vac, portanto adotaremos os capacitores de entrada no valor comercial acima que vale C = 1000µ F .
VC1min 120, 78
cos −1 cos −1
VC1
tc = pk ⇒ tc = 157, 64 ⇒ tc = 1,85ms
2 ⋅π ⋅ f 2 ⋅ 3,1415 ⋅ 60
No capacitor circula apenas a componente alternada da corrente, que produz perdas em sua
resistência série equivalente (RSE), provocando aquecimento, por isso suas perdas devem ser calculadas. A
corrente eficaz da componente alternada ( Ichg ) de alta freqüência também deve ser calculada, pois provoca
Corrente de INRUSH
100 ⋅ 4, 7 µ F / 350V
7, 05
RSE = = 0, 0705Ω
100
311
INRUSH = = 4411,34 A
0, 0705
O diodo escolhido foi o diodo TO200AB, pois possui as características necessárias para
anotados os resultados.
Já na figura 2.8 mostra os espectros das tensões de entrada com o valor de 161,64Vac Eficaz
anotados os resultados.
A figura 2.10 mostra os espectros das tensões de entrada com o valor de 311Vac e saindo do
dobrador em 310Vac.
condizente com o desejado. Operando em uma situação onde a rede elétrica não sofra alterações em seu
proporção de 10% superior em 127Vac e 10% inferior em 220Vac mesmo com a chave seletora seccionada
para ambos os lados não deve ser repetida na pratica, pois ocasionará danos ao sistema ou até mesmo o mal
funcionamento do sistema.
3 CONVERSOR DC/DC
O conversor meia ponte ou half-bridge tem uma alteração no circuito que permite contornar
inconvenientes do conversor push-pull e leva ao conversor com topologia em meia ponte. Neste caso cria-se
um ponto médio na alimentação, por meio de um divisor capacitivo, o que faz com que os transistores
tenham que suportar 50% da tensão do caso anterior, embora a corrente seja o dobro.
transformador. Este capacitor deve ser escolhido de modo a evitar ressonância com o indutor de saída e,
ainda, para que sobre ele não recaia uma tensão maior que alguns por cento da tensão de alimentação
circuito push-pull. A tensão máxima dos transistores é o que permite a utilização de transistores com baixa
tensão. Quando um transistor satura, o outro estará cortado, nunca existindo condução simultânea dos dois
D16
L1
SAÍDA +12v
INDUCTOR
Q1
DIODE
C13
C C15
QbreakN D17 C
DIODE
T2
2 6
7
9 SAÍDA 0v
4 10
TRAN_ISDN_10
D18
Q2
DIODE
C14
C C16
QbreakN C
D19 L2
SAÍDA -12v
INDUCTOR
DIODE
O conversor half-bridge será o responsável pela elevação da tensão da rede elétrica (127Vac
ou 220Vac), que será a tensão de entrada do conversor, para no mínimo 260Vdc ou 380Vdc estabilizado, que
por sua vez é aplicado aos componentes de sua topologia convertendo assim para a saída 24Vdc ou ±12Vdc.
tabela 5:
260Vdc
Tensão mínima de entrada ( V E ( MIN ) )
24Vdc ou
Tensão de saída ( VS )
±12Vdc
1,0V
Tensão sobre os diodos ( V DIODO )
1,0V
Tensão entre o coletor e o emissor dos transistores na saturação ( VCE ( SAT ) )
100 kHz
Freqüência de operação ( fS )
240W
Potência de saída ( PS )
0,45
Razão cíclica máxima ( D )
MÁX
0,25T
Densidade de campo magnético máxima ( B )
MÁX
Vi
entrada, conforme a Figura 3.2, de 10% da tensão e levando-se em consideração a largura de pulso
2
Q4
C27
C
QbreakN
V1
Vdc
Q5
C28
C
QbreakN
∆Vc
Ip = C ⋅
∆t
Io
Ip =
N
Sendo:
1
∆t =
2. fs
Vi Vi
∆Vc = 10% de =
2 20
C
Supondo que C 2 = C 3 = , têm-se:
2
Ip ⋅ ∆t 20 ⋅ Io 10 ⋅ Io
C= ⇒C = ⇒ C1 = C 2 =
∆V N ⋅Vi ⋅ f N ⋅ Vi ⋅ f
10 ⋅10
∴ C1 = C 2 =
N ⋅ 260 ⋅100 ⋅103
O valor do capacitor C equivalente não deve ser tal que o circuito LC do filtro de saída ressoe
na freqüência de chaveamento.
Io ⋅ 2 ⋅ Dmáx
IcapRMS =
N
A tensão de saída pode ser calculada pelo valor médio da tensão de entrada que é dada por:
Vi
2 ⋅ Dmáx ⋅ min − 2 ⋅Vcesat
Vo = 2 − VD ⋅ 2 ⋅ D
máx
N
260
2 ⋅ 0, 45 ⋅ − 2 ⋅1
12 = 2 − 1⋅ 2 ⋅ 0, 45 ⇒ N = 8,93
N
Ip ⋅ ∆t 20 ⋅ Io 10 ⋅ Io
C= ⇒C = ⇒ C1 = C 2 =
∆V N ⋅Vi ⋅ f N ⋅ Vi ⋅ f
10 ⋅10 10 ⋅10
C1 = C 2 = ⇒ C1 = C 2 =
N ⋅ 260 ⋅100 ⋅10 3
8,93 ⋅ 260 ⋅100 ⋅103
∴ C1 = C 2 = 4,3µ F
Devido seus efeitos e valores comerciais de capacitores, adotaremos o valor para cada
capacitor de 2,2µF/250V.
A tensão nos capacitores de entrada é a metade da tensão de entrada, pois o valor médio da
Vi
tensão gerada pelos transistores nos capacitores (através do primário do transformador) será , se o
2
Pelos capacitores de entrada passará a corrente do primário e, por isso, a escolha do tipo de
capacitor, capaz de suportar essa corrente, será necessária usar capacitores em paralelo. O valor do capacitor
deve ser igual tal que, não ocasione perda de tensão devido a descarga do capacitor pela corrente máxima no
N1
N=
N2
Is Io 10
Ip = = ⇒ Ip = = 1,11A
N N 8,93
Vi 260
∆Vc = ⇒ ∆Vc = ⇒ ∆Vc = ±13, 0V
20 20
2, 2 µ F / 250V
RSE = 0,18Ω
Ip 1,11
∆VcRSE = ⋅ RSE ⇒ ∆VcRSE = ⋅ 0,18 ⇒ 0, 022V
N 8,93
Io ⋅ 2 ⋅ Dmáx 10 ⋅ 2 ⋅ 0, 45
IcapRMS = ⇒ IcapRMS = ⇒ IcapRMS = 1, 06 A
N 8, 93
3.2.1 Transformador
a outra chave conduz, uma corrente de desmagnetização flui por ela até que se torne nula, para que, em
seguida, o núcleo seja magnetizado. Entretanto, deve-se atentar para o fato de que a corrente de
magnetização do núcleo depende da largura de pulso dos transistores, ou seja, do seu TON (TREVISO, 2005).
Se um transistor possuir um TON maior do que o outro, sua corrente de magnetização também será maior do
que do outro, podendo provocar uma saturação no núcleo devido à falta de simetria existente na excursão do
campo magnético no mesmo. Para contornar esta dificuldade, o circuito de controle deve ser usado no modo
de corrente (TREVISO, 2005) para que a corrente de coletor das chaves seja amostrada para comparação com
Para a escolha no núcleo do transformador, deve-se observar que, pela excursão do campo
magnético na curva B-H (figura 3.3), há melhora no aproveitamento do volume efetivo do núcleo.
Pode ser mostrado, que o produto das áreas pode ser dado aproximadamente por:
z
2, 22 ⋅ Ps ⋅104
Ap =
Kj ⋅ B ⋅ fs
Sendo:
Ps – Potência de saída;
fs – Freqüência de chaveamento;
A partir de Ap fica fácil escolher o núcleo e a escolha dos fios deve levar em conta a corrente
Io ⋅ 2 ⋅ Dmáx 10 ⋅ 2 ⋅ 0, 45
IcapRMS = IpRMS = ⇒ IpRMS = ⇒ IpRMS = 2, 03 A
N 4, 6626
Vimin ⋅ Dmáx
Np ≥
2 ⋅ Ae ⋅ ∆B ⋅ fs
K 4
KP 2
0,4
KU
1
KS
transformador:
Pin Io ⋅Vo 10 ⋅ 24
Pout = ⇒ Pout = ⇒ Pout = ⇒ Pout = 300 w
η η 0,8
Desta forma, o núcleo pode ser escolhido a partir do valor de AP , entretanto, antes se deve
Vimin 260
B= ⋅ Bmáx ⇒ B = ⋅ 0,3 ⇒ B = 0, 2052
Vimáx 380
Voltando para a formula do produto das áreas encontraremos o valor de Ap para a escolha
do núcleo.
Pelo anexo B, escolhe-se o núcleo mais apropriado para o caso: 30/15/14, onde suas
Com a ajuda da tabela 6 e das equações, pode-se definir o número de espiras tanto para o
Portanto, o valor escolhido para o primário é de seis espiras. Este valor, ao ser aplicado à
Np 16, 25
Ns ≥ ⇒ Ns ≥ ⇒ Ns ≥ 1,819
N 8, 93
Mestrando: José Augusto Coeve Florino – augusto.florino@hotmail.com 56
Centro de Tecnologia e Urbanismo
Departamento de Engenharia Elétrica
Programa de Mestrado em Engenharia Elétrica
IsRMS 9, 48
Acusec = ⇒ Acusec = ⇒ Acusec = 2, 489 ⋅10−2 cm 2
J 380,84
Para saber quantos fios em paralelos são necessários para preencher esta área:
necessitando da corrente RMS do primário (que nada mais é do que a corrente RMS do secundário
IsRMS 9, 48
IpRMS = ⇒ IpRMS = ⇒ IpRMS = 0,53 A
2⋅ N 2 ⋅ 8,93
IsRMS 0,53
Acu pri = ⇒ Acu pri = ⇒ Acu pri = 1,39 ⋅10−3 cm 2
J 380,94
Para saber quantos fios em paralelos são necessários para preencher esta área:
Para o fio do primário, pelo anexo B escolhe-se o fio # 26 AWG ou fita de cobre com área
equivalente.
I mg = I dmg
equação:
Dmáx 0, 45
I dmg RMS = I dmg ⋅ ⇒ I dmg RMS = 19, 20 ⋅ ⇒ 7, 43 A
3 3
calculadas.
I sec RMS 6, 7
IpriRMS = ⇒ IpriRMS = ⇒ IpriRMS = 0,7502 A
N 8,93
I sec média 4,5
Iprimédia = ⇒ Iprimédia = ⇒ Iprimédia = 0,503 A
N 8,93
enrolamento primário, para que a indutância de dispersão entre esses enrolamentos não cause transitórios
de tensão no transistor.
conversor half-bridge:
Ps 240
Io = ⇒ Io = ⇒ Io = 10 A
Vo 24
e, como já foi esclarecido, a corrente mínima de saída é considerada como a décima parte da corrente
máxima:
Io 10
Iomin = ⇒ Iomin = ⇒ Iomin = 1A
10 10
Com o valor da razão cíclica máxima definida em 0,45 para evitar que as chaves, por algum
transiente ou ruído conduzam juntas, podemos definir a razão cíclica mínima pela equação:
3.2.4 Indutor
E escolha do núcleo deve ser feita, levando-se em conta a energia máxima que esse deve
1 1
E= ⋅ L1. ( Io + Iomin ) ⇒ E = ⋅11,33.10−6 ⋅ (10 + 1) ⇒ E = 685, 4µ J
2 2
2 2
Para poder especificar o menor núcleo de ferrite que pode ser utilizado neste indutor, deve-
z 1,136
2 ⋅ E ⋅104 2 ⋅ 685, 4 ⋅10−6 ⋅104
Ap = ⇒ Ap =
Ku ⋅ Kj ⋅ Bmáx 0, 4 ⋅ 397,5503 ⋅ 0,3
Ap = 0, 2425cm4
Pelo anexo B nota-se que o núcleo mais apropriado para o caso é o 20/10/5, cujas principais
Com o auxilio da tabela 8 e das equações pode-se definir o número de espiras do indutor:
L 11,33 ⋅10−6
N= ⇒N= ⇒ N = 51,93
Al 4, 20 ⋅10−9
Finalmente, a área do cobre e o fio a ser utilizado no indutor podem ser definidos através
das equações:
Densidade de corrente:
Área do cobre:
I RMS ( Io 2
+ Iomin 2 )
Acu = ⇒ Acu =
J J
(10 2
+ 12 )
Acu = ⇒ Acu = 0, 02314cm 2
434,15
Para saber quantos fios em paralelos são necessários para preencher esta área:
E, portanto o fio do indutor, pelo anexo B escolhe-se o fio # 13 AWG ou fita de cobre com
área equivalente.
Para o caso deste projeto, é permissível uma variação de tensão na saída de, no máximo,
0,12Vdc ou 0,24Vdc. Para isso, deve ser utilizado um capacitor que, tanto para a corrente máxima quanto
para a corrente mínima de saída, mantenha a variação de tensão dentro deste limite. O valor desta
capacitância na condição de corrente máxima é fornecido pela equação, repetida para a condição de menor
corrente:
∆Vo =
(1 − Dmáx ) ⋅ L ⋅ ∆Io 2
Dmáx ⋅ C ⋅ Vo
Como o valor a ser escolhido deve ser o maior. Contudo, devemos considerar o efeito da
resistência série-equivalente do capacitor, e, para isso, deve escolher um valor bem acima daquele que foi
calculado. Um valor comercial que satisfaça estes requisitos é o capacitor de 1000 µ F / 35V . Para garantir que
este capacitor manterá a variação de tensão na saída dentro do especificado, calcula-se ∆VS a partir do valor
do capacitor, nas equações. Para a situação de corrente máxima de saída, a variação de tensão será de:
∆Vo =
(1 − Dmáx ) ⋅ L ⋅ ∆Io 2
Dmáx ⋅ C ⋅Vo
∆Vo =
(1 − 0, 45) ⋅11,33 ⋅10−6 ⋅102 ⇒ ∆Vo = 0,115Vdc
0, 45 ⋅1000 ⋅10−6 ⋅12
L ⋅ ∆Io 2
∆Vs =
C ⋅Vo
11,33 ⋅10−6 ⋅102
∆Vso = ⇒ ∆Vo = 0, 094Vdc
1000 ⋅10−6 ⋅12
Garantindo, assim, que a variação de tensão permaneça menor do que a variação estipulado
pelo projeto.
Nessa condição, o capacitor deverá suprir toda a corrente inicialmente, portanto a queda
3.2.6 Chaves
Com o circuito half-bridge conseguimos obter tensão máxima nos transistores equivalentes
a tensão de entrada. No entanto a corrente sobre cada chave é o dobro da corrente total circulante, contudo
a tensão sobre cada uma delas é a metade da tensão máxima de entrada no primário (conseqüência dos
capacitores em série com o primário do transformador). O conversor ponte completa permite obter tanto
baixa tensão no transistor (como no circuito meia ponte), quanto baixa corrente do coletor (como no push-
pull).
Com relação à corrente que flui em cada chave, seu valor eficaz é fornecido pela equação:
Io + Iomin ⋅ I mg
ITpico =
N
Io ⋅ Dmáx 10 ⋅ 0, 45
ITmed = ⇒ ITmed = ⇒ ITmed = 0,5089 A
N 8,93
A escolha dos MOSFET’s para funcionarem como chave no conversor deve considerar a
corrente e a tensão sobre a mesma; assim, foram escolhidos os MOSFET’s 2SK3757, cujo datasheet encontra-
se presente nas referências bibliográficas deste trabalho, pois são capazes de suportar tanto o valor de
3.2.7 Diodos
Para a escolha do diodo mais apropriado para o conversor, deve-se levar em consideração as
correntes e a tensão sobre os diodos. As correntes de pico, média e eficaz sobre os diodos podem ser calculadas,
Para encontrar o melhor diodo a ser utilizado no projeto, também devemos saber qual a tensão
Vimáx 380
VDmáx = − VD ⇒ − 1, 0 ⇒ VDmáx = 21, 27V
2⋅ N 2 ⋅ 8,93
Está e a topologia na qual foi submetida à simulação com o auxílio do software PSIM e os
conversor half-bridge, é possível implementar, na prática, um conversor DC/DC de 240W com entrada de
circuito simulado em questão estar em malha aberta, ou seja, sem o circuito de controle. Na pratica com o
Um conversor como este pode ser usado em várias aplicações industriais, nas quais há uma
fonte constante; as aplicações típicas incluem controle de motores DC para a tração elétrica, chaveamento de
4 BUCK EQUIVALENTE
4.1 Introdução
então de Buck Equivalente. Este modelo serve para a analise de estabilidade da fonte por realimentação por
Toda fonte que funcione sobre o princípio de controle de malha fechada deve possuir um
circuito de controle, seja ele de forma analógica ou digital, e conseqüentemente o Buck Equivalente.
Vimax − 2⋅ Vcesat
VimaxBuck:= − VD "Tensão Máxima de Entrada do Buck"
Nrel
Vimin − 2⋅ Vcesat
ViminBuck := − VD "Tensão Mínima de Entrada do Buck"
Nrel
Np 16, 23
N= ⇒N= ⇒ N = 8,93
Ns 1,819
Vimáx 380
VimáxBUCK = ⇒ VimáxBUCK = ⇒ VimáxBUCK = 42,55Vdc
N 8,93
Vimin 260
Vimin BUCK = ⇒ Vimin BUCK = ⇒ Vimin BUCK = 29,11Vdc
N 8, 93
Vo
Ro := "Resistência da Carga"
Io max
(
Rx := 50⋅ 10
−3 ) + RCBuck + RLBuck + L1
"Valor de Rx"
CT⋅ Ro
1
WR :=
L1⋅ CT
CT⋅ Rx⋅ WR
ξ := "Fator de Amortecimento, < 0,5 ainda não
2 causa variação abrupta de fase"
fs
fc := "Frequência de Corte"
2⋅ π⋅ DmaxBuck
fc40% := fc ⋅ 0.6
5 6
α := Kc := 1 Vcm := 2.5 R3 := ( 1⋅ 10) R6 := 1000
Vo
α ⋅ Kc ⋅ VimaxBuck
C2R2 :=
2⋅ π⋅ Vcm⋅ fc40%
C2R3 := L1⋅ CT
C2R3
C2 :=
6
1⋅ 10
C1R1
R2 :=
C2
C2R3 − C1R1
C1 :=
3
330⋅ 10
C1R1
R1 :=
C1
R1⋅ R2
R4A :=
R1 + R2
R4A⋅ R3
R4 :=
R4A + R3
R6 − α
R5 :=
α
seus parâmetros. Esta habilidade de transformar um sinal DC em outro DC abre um leque enorme de
possibilidades de uso, que variam de no-breaks até fontes de alimentação para aeronaves (AHMED, 2000),
passando por motores, televisores e computadores, entre outros, além de possuir um controle de fácil
5.1 Introdução
Até este momento foi visto a importância dos conversores DC/DC e AC/DC e suas formas de
operação. Contudo, sem um controle apropriado o conversor ele não possuirá utilidade alguma. É deste
controle que virá a geração dos sinais de comando das chaves do conversor a partir das amostras de corrente
proteções do sistema.
Para que o controle de um conversor seja implementado, muitos fatores devem ser
considerados, tais como: limites de corrente e temperatura que o conversor poderá suportar, qual o valor da
tensão de entrada para que o conversor possa funcionar sem danificar-se, entre outros.
O controle deve captar estes fatores e, através do gerador de PWM, modificar o sinal que
entra nas chaves do half-bridge para que a situação-limite se altere e retorne à normalidade, ou, se for o caso,
travar o pulso de PWM em uma determinada largura de pulso ou até desativá-lo. Para uma melhor
compreensão do controle empregado no conversor, ele será representado por um diagrama de blocos, sendo
que cada bloco será analisado separadamente. Este diagrama, de uma forma simplificada, é apresentado a
seguir:
Como pode ser observado no diagrama acima, o bloco do conversor DC/DC é a origem de
todos os sinais que servirão de referência para o controle (tensão e corrente na saída e temperatura), que
possibilitarão ao controle tomar decisões com relação ao funcionamento do próprio conversor; o bloco A é
responsável pela geração dos pulsos PWM, os blocos B e C têm o papel de limitar os pulsos PWM em
situações-limite enquanto que o bloco D altera a largura do pulso PWM para manter a tensão de saída
Para que a implementação dos pulsos de PWM pudesse ser realizada, foi empregado o
integrado SG 3525, como pode ser visto no circuito que representa o bloco A:
É este bloco que vai centralizar as funções de controle, ou seja, os outros blocos do controle
têm por função alterar (ou até mesmo cancelar) a geração dos pulsos PWM a partir dos sinais do conversor.
Os pulsos PWM nada mais são do que uma largura de pulso TON variável em relação a um
período T fixo; é justamente este PWM que definirá a quantidade de energia que será fornecida à carga.
Assim sendo, nota-se a extrema importância do componente SG 3525 (DATASHEET SG3525, Motorola, 1996)
no controle do conversor, já que todos os outros blocos do circuito de controle comunicam-se com o bloco A
através de conexões com o SG 3525. A figura 3.3 revela o esquema elétrico interno ao CI em questão:
Com uma freqüência ajustável entre 100 Hz e 400 kHz, dependendo dos valores de
resistência e de capacitância nos pinos 5 e 6, respectivamente. Este CI possui duas saídas iguais, entretanto,
o
defasados em 180 (pinos 11 e 14), o que se encaixa perfeitamente as necessidades do conversor half-bridge,
onde, como já mencionado, as suas chaves não podem conduzir ao mesmo tempo.
Mestrando: José Augusto Coeve Florino – augusto.florino@hotmail.com 79
Centro de Tecnologia e Urbanismo
Departamento de Engenharia Elétrica
Programa de Mestrado em Engenharia Elétrica
O pino 7 do CI, como visto em seu esquema elétrico, é o responsável pela descarga do
ao pino 8 do CI é conectado um capacitor ligado ao terra; depois de carregado, torna-se um circuito aberto.
A interação existente entre o bloco de geração da PWM com os demais blocos de controle
dá-se através dos pinos 1, 2 e 9, que possuem a função de controlar ou modificar a largura do pulso de saída
negativa e positiva de um amplificador operacional que, através da diferença entre suas entradas, irá gerar
uma tensão de erro, ou seja, a diferença de tensão exercida pelo bloco de controle de tensão (bloco D) irá
O sinal no pino 9 possui a função de comandar a razão cíclica das chaves (através do bloco
A). Contudo, é essencial para uma atuação instantânea na limitação do sinal de PWM, através da ação do
bloco C (comparador de corrente), conectado ao pino 9, sendo possível a ação do limitador de corrente trave
o PWM, impedindo, assim, alterações provocadas pelos pinos 1 e 2 (amplificador de erro). Desta forma, ao
agir o limitador, este irá sobrepor-se ao bloco limitador de tensão, que não exercerá influência no controle e
geração dos pulsos de PWM. No diagrama de blocos do controle este fato é representado por um diodo entre
A proteção do sistema contará com um botão que será conectado ao bloco A (PWM) através
do pino 10 do CI 3525 (shutdown), diante de um nível lógico alto, seta o latch do PWM interno ao
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componente e desliga as saídas do CI, interrompendo o funcionamento do conversor. Desta forma, caso a
proteção acione o shutdown, o conversor é desligado; no caso de ser a proteção de sub-tensão que venha a
acionar o shutdown, então o conversor somente poderá retornar ao funcionamento se a chave geral for
desligada e religada, como será visto com mais detalhes na descrição da configuração de controle empregada
no projeto.
Por fim, no pino de terra existe um diodo para evitar retorno de corrente, enquanto que o
pino 16 do SG 3525 fornece a tensão de referência para os blocos de limitação de corrente (B e C) e de tensão
(D), de forma que estes valores de tensão sejam estáveis, cooperando para um funcionamento efetivo do
controle.
Este bloco possui o papel fundamental de coletar a tensão sobre a liga de constantan, um
material com resistência muito baixa, onde esta tensão (também de valor muito baixo) é proporcional à
corrente que passa pela liga; desta forma, é possível amostrar a corrente de saída do conversor. Isso é muito
importante, para o controle da corrente de saída (bloco D). Por exemplo, se a carga, por algum problema,
aproximar-se de um curto-circuito, a corrente exigida na saída tenderá ao infinito e para evitar esta situação,
o bloco C, formado por um operacional que realizará a subtração do valor proveniente do bloco B com um
valor de referência para a corrente, irá limitar o PWM de forma instantânea, através do pino 9 do 3525 no
comparação, o que resulta na existência deste bloco de amplificação de corrente, que, através de um
suficientemente o sinal amostrado (cem vezes) para servir de comparação. Este sinal que sai do amplificador
operacional, por sua vez, aumenta se a tensão sobre a liga diminui e diminui se a tensão sobre a liga aumenta.
Como a tensão é diretamente proporcional a corrente, se a corrente de saída aumenta, o sinal que sai do
bloco B para subtração no bloco C diminui, devido à própria implementação do amplificador de corrente visto
no esquema elétrico do bloco B. No próximo bloco ficará evidente a necessidade desta lógica de controle.
amplificada, com uma corrente de referência, de forma a manter o circuito protegido contra elevações de
proporcional à corrente de saída amplificada com o sinal de tensão proporcional à corrente de referência,
entrada negativa do operacional. Esta lógica, somada à lógica implementada no bloco B, são necessárias
devido ao fato de que o pino 9 do SG 3525 no bloco A limita o PWM quando recebe nível lógico baixo. Desta
forma, se a corrente de saída aumenta, o sinal que sai do bloco B diminui; se diminuir a um valor abaixo do
valor de referência, o operacional do bloco C irá saturar-se negativamente enviando um nível baixo ao pino 9
É este bloco que irá vigiar o valor de tensão que sai do conversor e que trabalha para mantê-
conversor, que possui por função ajustar o valor de tensão de saída do conversor no valor de 180VDC. Esta
tensão é subtraída, através de um amplificador operacional, com uma tensão de referência de +5V, que vem
do pino 16 do SG 3525 (bloco A). Caso a tensão FB diminua a ponto de ser menor que a tensão de referência,
o operacional sinalizará com um nível lógico baixo (pois FB está conectado à entrada negativa do
operacional), via pino 2 do SG 3525, ao amplificador de erro interno ao CI, que, ao identificar que houve uma
queda no valor de tensão (comparando com um valor de tensão referente ao bloco B, que, por sua vez, está
conectado à entrada positiva do amplificador de erro) imediatamente aumentará a razão cíclica dos pulsos
que governam o conversor, forçando um aumento de corrente na saída do mesmo, o que implica em um
aumento de tensão, que resulta, também, em um aumento no valor de FB . Assim, a razão cíclica aumenta
até o ponto em que FB volta a possuir um valor maior que a tensão de referência, que faz com que a razão
cíclica diminua e se normalize. A desvantagem encontrada neste método é o fato de que, se a carga diminuir,
ou até mesmo tornar-se um curto, a corrente que a razão cíclica irá impor poderá, dependendo do caso,
tender a infinito. Para contornar este problema, os blocos B e C, já discutidos, limitam a corrente de saída do
conversor.
valor de FB .
O controle tem suma importância para qualquer projeto na área de eletrônica de potência.
Sem ele, nenhum modelo de conversor ou de inversor pode funcionar; a dependência destes circuitos com o
controle é total, tanto na geração dos sinais que controlam o funcionamento das chaves, quanto na
manutenção do valor de tensão de saída, considerando também outros fatores, como limitadores de corrente
e de temperatura. Em vista desta importância, em qualquer projeto deve-se atentar cuidadosamente para o
controle, no sentido em que este cubra todos os fatores envolvidos no conversor e/ou no inversor projetado.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em testes com carga resistiva, o conversor obteve valores de tensão e corrente coerentes
com o projeto do mesmo; sua tensão foi calibrada em 24Vdc, e sua freqüência ajustada através do
potenciômetro o mais próximo possível de 60Hz, como pode ser observado na tabela 4 do capitulo 3.
Com relação ao controle do conversor DC/DC, tanto o sensor de tensão quanto o limitador
de corrente funcionaram com eximia precisão, realizando as funções para as quais foram projetados. Para a
proteção implementada o resultado também esteve dentro do esperado: Nas condições de limite, tanto de
elevada temperatura quanto de sub-tensão, a proteção cancelou de forma imediata a geração dos pulsos de
PWM.
discretos; contudo, poder-se-ia implementar um controle para o conversor que seja microcontrolado em
malha fechada, melhorando, desta forma, a questão do espaço ocupado pelo conversor e tornando
desnecessário qualquer ajuste de freqüência e de razão cíclica, como os que foram requisitados neste projeto.
Referências bibliográficas
AHMED, A., Eletrônica de Potência; tradução Bazán Tecnologia e Lingüística; revisão técnica João Antonio
Martino. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
BARBI, I., Projetos de Fontes Chaveadas: 2ª ed. Florianópolis: Edição do Autor, 2007.
CHOUERI Jr, S., CRUZ, E.C.A., Eletrônica Aplicada: 2ª ed. São Paulo: Érica, 2008.
SEDRA, A., S., SMITH, K.C., Microeletrônica. 4 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000
2 2
AWG Diâmetro Área (cm ) AWG Diâmetro Área (cm )
(cm) (cm)
1 0,735 0,423 16 0,129 0,130000
2 0,654 0,336000 17 0,115 0,010400
3 0,583 0,266000 18 0,102 0,008180
4 0,519 0,212000 19 0,091 0,006500
5 0,462 0,168000 20 0,081 0,005176
6 0,411 0,133000 21 0,072 0,004105
7 0,366 0,105000 22 0,064 0,003255
8 0,326 0,083500 23 0,057 0,002582
9 0,290 0,066500 24 0,051 0,002047
10 0,259 0,052700 25 0,045 0,001624
11 0,230 0,041500 26 0,040 0,001287
12 0,205 0,033000 27 0,036 0,001021
13 0,183 0,026300 28 0,032 0,000810
14 0,162 0,020900 29 0,029 0,000642
15 0,145 0,016500 30 0,025 0,000509
ANEXO D – VALORES DE KJ E X PARA ALGUNS TIPOS DE
NÚCLEO
NÚCLEO KJ X
Temperatura entre 20 e 60oC
POTE 74,78 . ∆T0,54 +0,17