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semiótica. Até então pensava que não passava de uma disciplina filosófica,
sem aplicação prática. A semiótica oferece ferramentas que podem ser muito
Livros indicados
Acho que agora vocês entendem porque venho falando desse assunto nos
todos os livros e artigos que leio sobre usabilidade e design de interface dão
A Semiótica (do grego semeiotiké ou "a arte dos sinais") é a ciência geral dos signos e da
semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto
é, sistemas de significação. Ocupa-se do estudo do processo de significação ou
representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da idéia. Mais abrangente que a
lingüística, a qual se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, do sistema
sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - Artes
visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc.
1 Origens
o 1.1 Charles Sanders Peirce
o 1.2 Ferdinand de Saussure
o 1.3 Louis Hjelmslev
o 1.4 Umberto Eco
o 1.5 Roman Jakobson
o 1.6 Morris e Greimas
2 Lingüística
3 Referências
4 Ver também
5 Ligações externas
[editar] Origens
É importante dizer que o saber é constituído por uma dupla face. A face semiológica ou
semiótica (relativa ao significante) e a epistemológica (referente ao significado das
palavras).
A semiótica tem, assim, a sua origem na mesma época que a filosofia e disciplinas
afectas. Da Grécia até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se continuamente. Porém,
posteriormente, há cerca de dois ou três séculos, é que se começaram a manifestar
aqueles que seriam apelidados pais da semiótica (ou semiologia).
Qualidade;
Relação;
Representação.
Algum tempo depois, o termo Relação foi substituído por Reação e o termo
Representação recebeu a denominação mais ampla de Mediação. Para fins científicos,
Pierce preferiu fixar-se na terminologia de Primeiridade, Segundidade e Terceiridade.
O símbolo, "é um signo que se refere ao objecto que denota em virtude de uma lei,
normalmente uma associação de ideias gerais que opera no sentido de fazer com que o
símbolo seja interpretado como se referindo aquele objecto". by Luis Caramelo Exemplo
disso é a aliança de casamento, que rapidamente associo ao que denota, a instituição
casamento.
Um outro autor, considerado pai da semiologia, por ser o primeiro autor a criar essa
designação e a designar o seu objeto de estudo, é Ferdinand de Saussure (1857-1913).
Segundo este, a existência de signos - «a singular entidade psíquica de duas faces que cria
uma relação entre um conceito (o significado) e uma imagem acústica (o significante) -
conduz à necessidade de conceber uma ciência que estude a vida dos sinais no seio da
vida social, envolvendo parte da psicologia social e, por conseguinte, da psicologia geral.
Chamar-lhe-emos semiologia. Estudaria aquilo em que consistem os signos, que leis os
regem.»
Umberto Eco (1932), além de ser um dos que tentaram resumir de forma mais coerente
todo o conhecimento anterior, procurando dissipar dúvidas e unir ideias semelhantes
expostas de formas diferentes, introduz novos conceitos relativamente aos tipos de signos
que considera existir. São os «diagramas», signos que representam relações abstractas,
tais como fórmulas lógicas, químicas e algébricas; os «emblemas», figuras a que
associamos conceitos (ex: cruz -> cristianismo); os «desenhos», correspondentes aos
ícones e às inferências naturais, os índices ou indícios de Peirce; as «equivalências
arbitrárias», símbolos em Pierce e, por fim, os «sinais», como por exemplo o código da
estrada, que sendo indícios, se baseiam num código ao qual estão associados um conjunto
de conceitos.
Morris e Algirdas Julius Greimas dizem-nos que tudo pode ser signo consoante a nossa
interpretação, deixando em estado mais abrangente o conceito de signo. Porém, Morris
diz-nos ainda que estes se dividem em
[editar] Lingüística
A semiótica é considerada por alguns um dos campos da lingüística, por outros o inverso.
Segundo alguns autores, a semiótica nunca foi considerada parte da lingüística. De fato,
ela se desenvolveu quase exclusivamente graças ao trabalho de não-lingüistas,
particularmente na França, onde é frequentemente considerada uma disciplina
importante. No mundo de língua inglesa, contudo, não desfruta de praticamente nenhum
reconhecimento institucional.
[editar] Referências
HIPPÓLYTO, Fernando. Operações psicológicas: Abordagem semiótica da
comunicação na guerra moderna. Natal: UnP, 2007.
KLANOVICZ, Jó. Fontes abertas: Inteligência e o uso de imagens. In: Revista
brasileira de inteligência. Vol. 2, nº. 2. Brasília: Abin, 2006.
NÖTH, Winfried. A semiótica no século XX. Coleção E, volume 5. São Paulo:
Annablume, 1996.
SANTAELLA, Lucia. A teoria geral dos signos. 1 ed., São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2004.
SANTAELLA, Lucia. O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983. (Coleção
primeiros passos)
SANTAELLA, Lucia. Semiótica aplicada. 1 ed., São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2004.
SANTAELLA, Lucia & NÖTH, Winfried. Imagem - cognição, semiótica, mídia.
São Paulo: Iluminuras, 1997.
PEIRCE, Charles Sanders. Estudos coligidos. Tradução: A. M. D'Oliveira. São
Paulo: Abril Cultural, 1983.
PIGNATARI, Décio, FERRARA Lucrécia D'Alessio, FERLAUTO, Claudio,
ALONSO, Carlos E.; Semiótica - Manual de Leitura, Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo, USP.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Semi%C3%B3tica"
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Semiótica
Semiótica é o estudo dos signos, ou seja, as representações das coisas do mundo
que estão em nossa mente. A semiótica ajuda a entender como as pessoas
interpretam mensagens, interagem como objetos, pensam e se emocionam. Para
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para se fazer entender.
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Certa vez, navegando pelo Usina, me deparei com umas entrevistas em áudio que o
Rene de Paula fez com alguns profissionais destacados de usabilidade e arquitetura da
informação. Na hora me veio a idéia de dar o play enquanto continuo meu trabalho, é a
sanha por informação! Já já descobri que só consigo fazer certas coisas enquanto ouço com
atenção, como por exemplo: comer, programar, fazer trabalhos braçais como tratar fotos.
Ler, redigir, layoutar e outras tarefas criativas não dá certo, infelizmente...
Leia mais.
(17 comentários)
Acabei de ler esse artigo escrito pela portuguesa Ivone Ferreira que postula que as
imagens tem papel preponderante no estímulo de emoções. Apelando para a emoção,
conseguimos persuadir o consumidor a comprar uma idéia, um produto. Assim, ela conclui
que "a visão global da página irá afectar mais intensamente o sujeito do queum texto longo
que descreve as qualidades de algo."
Leia mais.
A Samsung lançou um novo celular turbinado, que ao invés de dobrar, ele desliza. O
hotsite está fantástico, pena que fique redimensionando a janela do browser. Notem como
Como já havia comentado num post antigo, o design de aparelhos de celular são muito
importantes porque eles servem como objetos de ostentação. Da mesma forma, na Web as
interfaces mais "transadas" tem mais chance de conquistar o gosto das massas. O hotsite
do novo celular consegue fazer isso com certeza, só não sei quanto ao aparelho em si.
Não sou designer de produto, mas tenho um pressentimento de que ainda vai demorar
muito até alguém conseguir fazer uma aparelho que converja celular, palm e câmera de
fotografar sem perder a usabilidade das interfaces dos aparelhos separados. Faz tudo, mas
faz mal feito. Pense na dificuldade do designer. Ele precisa fornecer isso tudo e mais:
← uma área sem botões para poder segurar com uma mão só sem fazer
cagada
← como se não bastasse, ele tem que ser fino e caber confortavelmente
num bolso
Fullscreen: amor e ódio
(16 comentários)
Hoje tive um insight muito legal ao escrever meu livro sobre design de interfaces
hipermídia. Cheguei a conclusão de que ele pode ser útil para atingir o lado emocional do
usuário! Após anos de ódio à prática, descobri que ela pode ser útil além de esconder os
controles do browser para prevenir erros. Acompanhe meu raciocíneo:
O computador é multi-tarefa, mas a mente do usuário não. Para gerenciar a atenção entre
diversas janelas abertas, há um grande esforço racional. Se queremos transmitir uma
mensagem sentimental, precisamos interromper isso. Daí o fullscreen.
Leia mais.
( 1 c o m e n t á r i o s )
Sim, eu sei que essa prática abre mais espaço para mostrar conteúdo, torna o hotsite mais
impactante. Compare essas duas peças, ambas da Petrobrás: uma com popup e outra
sem. De qual você gostou mais?
A primeira tenta ser tão impactante que chega a doer o olho as cores super-saturadas
(fortes). No outro, ao contrário, os grafismos e animações não tentam se impor em cima do
conteúdo principal, o texto e as fotos.
incomodado
literalmente
nta a brisa.
← cognição
← design
← emoção
← entretenimento
← experiência
← filme
← hotsite
← interatividade
← interação
← interface
← narrativa
← perfil
← popup
← ritual
← semiótica
← significado
cê merece.
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ROTEIRO
1-Introdução.
2-Conceitos importantes.
2.1- Semiologia.
2.2- Lingüística.
2.3- Signo.
2.5- Significado.
2.6- Significante.
2.7- Estrutura.
2.9- Mensagem.
2.10- Sintomas.
2.11- Sinal.
2.12- Síndrome.
2.13 – Transtorno.
3-Origem da Semiótica.
5- Semiologia Psiquiátrica.
6- Ferdinand de Saussure.
7.2-Pragmatismo e Abdução.
7.3-Signos.
8-Bibliografia.
1- INTRODUÇÃO.
analista, uma visão mais abrangente da problemática que lhe é exposta pelo
e conseqüente sistematização.
autêntica "aldeia global", habitada por umas “tribos planetárias”, possibilitadas uma
Signos são tão importantes que se pode (e costuma) definir, de forma essencial, a
As idéias de Saussure foram difundidas por seus alunos Charles Bally, Albert
construído com base nas anotações de sete dos alunos do curso homônimo (três
1916a foi complementada pelo italiano Tullio de Mauro em 1972, originando uma
F. Saussure estabeleceu a distinção entre “língua” e “fala” para que o paciente possa
psíquicas (ou significantes) dos “sons” concretos e, por outro, nas representações
pela união dos “significantes” (ou imagem acústica dos sons) e dos “significados” (ou
sua vez, uma “estrutura” ou “código”. O estudo específico da relação lateral que se
Saussure de “valor”.
O usuário poderá estabelecer relações semiológicas corretas entre “sinais” e
Quando o usuário funciona como emissor e transmite uma mensagem por meio de
receptor, recebe um sinal e dele deduz uma mensagem, faz um “decoding”, uma
essas automensagens que o sujeito codifica por si mesmo e que depois não sabe
receptor que não pode decriptar essa cifra sob pena de experimentar desprazer.
Foi através dos trabalhos de Melanie Klein, Hanna Segal, Wilfred R. Bion e outros
autores da escola inglesa, bem como através dos de Jacques Lacan, André Green,
na prática psicanalíticas, a tal ponto que acabaram surgindo para nós como domínio
2- CONCEITOS IMPORTANTES.
2.1- SEMIOLOGIA.
É a ciência geral dos signos, que estuda todos os fenômenos de significação. Tem
por objeto os sistemas de signos das imagens, gestos, vestuários, ritos, etc.
2.2- LINGÜÍSTICA.
2.3- SIGNO.
Não é a palavra falada (ou seja, o som material) mas a impressão psíquica desse
som.
2.5- SIGNIFICADO.
Todo objeto, forma ou fenômeno que representa algo distinto de si mesmo: a cruz
de trânsito, etc.
2.6- SIGNIFICANTE.
2.7- ESTRUTURA.
c) Significante Û Significado.
d) Manifesto Û Latente.
substituições de fatos concretos iniciais por outros, por meio dos quais o ego
2.9- MENSAGEM.
2.10- SINTOMAS.
É uma sensação subjetiva, anormal sentida pelo paciente e não visualizada pelo
2.11- SINAL.
que pode ser notado pelo examinador através da inspeção, palpação ou ausculta.
2.12- SÍNDROME.
moléstia ou lesão.
2.13- TRANSTORNO.
Uma ação fundamental do paciente, ou seja, qual a sua posição atuante manifesta
básica.
b) Sedutor Û Seduzido.
c) Desorganizador Û Desorganizado.
e) Enfurecedor Û Enfurecido.
f) Abandonar Û Abandonado.
g) Invejar Û Invejado.
h) Amar Û Amado.
i) Odiar Û Odiado.
j) Temer Û Temido.
recalcada, porque contém a projeção de seu ego sofredor que, no caso de ela se
inverter tais posições, é o que consideramos mais eficaz na prática, mas sua
3- ORIGEM DA SEMIÓTICA.
A Semiótica é uma ciência recente. Embora o projeto de construir uma "ciência dos
signos" existisse desde os princípios do século XX, em Saussure e Peirce, pode dizer-
se que o aparecimento efetivo dessa ciência se verifica apenas nos meados do século
Assim, Todorov, que considera Stº Agostinho o primeiro dos semióticos, situa as
consideração de Stº Agostinho como primeiro semiótico explica-se pelo fato de,
segundo Todorov, ter sido aquele Padre da Igreja o primeiro a satisfazer os dois
no contexto mais geral dos estudos científicos. Esta preocupação é visível quer em
Psicologia Social e esta, por sua vez, na Psicologia Geral, considerando, por outro
Semiótica, enquanto ciência dos signos, é uma ciência geral, uma espécie de
A moderna "ciência dos signos" tem origem em duas diferentes tradições, que
iniciada por Peirce). Tendo o mesmo o radical (semeion, que se pode traduzir por
pela primeira vez em 1915), da seguinte forma: "Pode, portanto conceber-se uma
ciência que estuda a vida dos signos no seio da vida social; ela constituiria uma
signos, que leis os regem. (...) A lingüística não é senão uma parte desta ciência
geral (...)”.
heterogêneos para que possam funcionar como tais. De acordo com esse princípio,
das angústias, que esse mesmo ego experimente como universo significado. O
biuniversal que ele mantém com o universo das angústias, e que isso ocorre devido
resultam. O “signo” formado por uma classe de relações objetais como significante e
por uma classe da angúsitas como significado coicide com o conceito de “misto de
representação e de afeto” de André Gree, que, por sua vez, se apóia em uma tese
mais geral segundo a qual “os afetos também têm, como objetos externos, sua
enquanto a finalidade específica não é atingida”. Uma vez que o ego-prazer formou
narcísicos.
signos, quando adota uma atitude semiótica, constitui uma das contribuições mais
notáveis com que a psicanálise pode, por sua vez, enriquecer a semiologia. O
Uma das noções teóricas fundamentais do edifício kleiniano, como a posição esquizo-
experimentados pelo ego que obriga este, como medida defensiva, a recortar de
simbolizado não é mais uniuniversal, como faz supor a idéia de que o símbolo é uma
relação objetal atual e o simbolizado uma relação objetal arcaica. Assim a concepção
pênis são símbolos (ou sinais), pois pertencem à mesma classe (significante) de
para o ego, porque para ele “simbolizam” (significam) o mesmo afeto (ou
mensagem).
trauma do nascimento.
a angústia que o ego não é capaz de suportar. Logo, o objetivo do ego seria de
5- SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA.
exame físico que dará um diagnóstico clínico através do CID-10, que é o Código
a)Eixo I- Transtornos Clínicos : outras condições que podem ser um foco de atenção
clínica.
exemplos:
100: Funcionamento superior. Problemas de vida jamais vistos fora de seu controle.
muito bem.
em lojas.
Histérico sente desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções; a
que a vantagem disso é que a idéia incompatível é recalcada para fora do ego
consciente.
sexo oposto. A identificação também pode ser com o progenitor do sexo oposto ou
com seu representante simbólico. Tal ocorre quando o paciente sente que tem pouca
6- FERDINAND DE SAUSSURE.
semiótico. Sua maior contribuição foi o projeto de uma teoria geral de sistema de
signos, a que ele denominou Semiologia, e seu elemento básico foi à definição do
Barthes.
O signo, numa definição mais básica, é qualquer coisa que substitua outra. Deste
animal é o signo que representa o conteúdo que o homem primitivo quis expressar.
Este homem, para representar o animal, uniu um conceito a uma imagem, ou seja,
som. Passando para outros moldes além do verbal, o significante seria uma imagem
a) O Signo é arbitrário: Isso quer dizer que não há um laço natural entre o
símbolo teria uma relação com o objeto representado. Como exemplo, pode-se dizer
que a cruz evoca muita coisa para um cristão, enquanto a suástica a um nazista ou a
um judeu. O símbolo da justiça, a balança, não poderia ser substituído por um objeto
cultura.
Estes se aliam um após o outro na cadeia da fala, e tais combinações podem ser
grupos dentro dos quais imperam relações muito diversas. Por exemplo, a palavra
Inicialmente, a semiologia seria o projeto de uma ciência geral dos sistemas sígnicos.
Saussure assim o definiu: Pode-se, então, conceber uma ciência que estude a vida
dos signos no seio da vida social; ela constituiria uma parte da Psicologia social e,
smeion, signo). Ela nos ensinará em que consistem os signos, que leis os regem.
Como tal ciência não existe ainda, não se pode dizer o que ela será; ela tem direito,
senão uma parte dessa ciência geral; as leis que a Semiologia descobrir serão
Como o estudioso suíço desconhecia a tradição dos estudos sígnicos desde Platão a
Peirce, para ele a semiologia ainda não existia e necessitava, antes de tudo, ser
emprestariam suporte para a elaboração da teoria geral dos signos. Assim, via ele
semiologia cujas regras seriam aplicáveis inclusive aos estudos lingüísticos. Este
caminho foi seguido na França e na Itália, na semiótica estruturalista dos anos 60.
às mesmas variações que qualquer outra série de símbolos, bem como as palavras
da língua.
mais ressaltou este enquadramento foi a menção feita por Saussure à aplicação da
Ainda que o próprio Saussure tivesse a lingüística como parte da semiótica, estudos
posteriores conseguiram provocar sérios equívocos que se tornaram polêmicas até
hoje não sanadas no que tange à posição dessas duas ciências: a semiótica contém a
signos.
Signo = significante
significado
mentais. Daí a exclusão da referência, pois, além de ser seu modelo diádico, rejeita
o pesquisador a união entre uma coisa e uma palavra, portanto, repele o objeto de
aquele seria uma massa amorfa e indistinta. Assim, cria Saussure as bases para a
teoria das formas, não das substâncias, a partir do que, mais tarde vem a
A partir de suas noção de forma, emergiram as idéias das redes de relações sígnicas
que se sustentam em dois eixos fundamentais: as correlações e as oposições.
verdadeiramente determinado pelo concurso do que existe fora dela. Fazendo parte
valor.
moderna ciência semiótica) foi Charles Sanders Peirce (1830-1914). Considerado por
alguns como sendo, porventura, o maior filósofo norte-americano, Peirce teve uma
Lógica, foram pouco conhecidas, até pouco tempo. À medida que essas teorias forma
por Peirce, foi Photometric Researches, de 1879, resultado do seu trabalho nos
Grand Logic, e publicou vários artigos, sobretudo nas revistas Popular Science
Monthly (1877-1878) e The Monist (1891-1893). No entanto, a maior parte dos seus
trabalhos inéditos, reunidos nos Collected Papers (em 9 volumes), só foi publicada
alguma semelhança também com Hegel, Peirce estipulou três categorias universais,
"As definições de 'signo' que circulam nos manuais de semiótica corrente são
diversas mas não contraditórias e são muitas vezes complementares. Para Peirce, o
signo era "algo que está para alguém por algo sob algum aspecto ou capacidade".
buscar suas bases na Filosofia e na Lógica. Por isso, com a mesma força que o suíço
terceiro elemento já previsto na teoria formulada por Platão (nome = nomos /noção
Para Peirce, o universo é semiótico, e o homem interage com os sinais, lendo os que
emergentes.
cognições, das idéias e até do homem como entidades semióticas; e, como tal, um
passado.
Suas idéias projetam uma dimensão muito mais ampla. O homem denota qualquer
objeto de sua atenção num momento dado. Conota o que conhece ou sente sobre o
pessoa à qual se dirige, ou uma frase que escreve, ou um filho que tem.
Peirce retomou a teoria estóica do significado, em termos que lhe deram direito de
como acredito ter mostrado, apenas um outro nome para semiótica, a quase-
partindo dos signos particulares do que os signos "são", para as afirmações gerais o
a) Gramática Pura - a sua tarefa é determinar o que deve ser verdadeiro quanto ao
aplicar-se a qualquer objeto, isto é, a fim de que possam ser verdadeiros. Ciência
Esta tripartição da Semiótica viria a ser retomada por Charles Morris em 1938 que
substitui as designações de Peirce pelas de Sintaxe (que trata da relação formal dos
signos uns com os outros), Semântica (que trata da relação entre os signos e os
objetos a que se aplicam) e Pragmática (que trata da relação entre os signos e os
Peirce distingue, ainda, entre Semiótica geral e "ciências psíquicas" a que, mais
relação sensível, sem relação com outros fenômenos do mundo, onde se vê aquilo tal
categoria da comparação, por exemplo, uma Flor é o nome genérico para rosas,
margaridas, etc.
interpretamos o mundo. Não é um caráter passivo, primeiro, mas a união deste com
sígnica. Toda relação sígnica envolve o signo propriamente dito, o objeto e seu
através da relação que o signo mantém com o objeto. A partir dessa relação,
Dessa forma, o significado de um signo é sempre outro signo, e assim por diante.
classificações sempre triádicas dos tipos possíveis de signo, tomando como base às
relações que se apresenta o signo. A relação mais elementar entre essas tríades se
objeto. 2º Ícone, Índice, Símbolo. O Signo 3º com seu interpretante (Rema, Dicente,
Argumento).
concreto, pois "indica". Um exemplo disso seria o ponteiro da gasolina no carro, que
mesmo, um caráter de lei. Nesse aspecto podem ser encontrados os códigos (não
especialmente um código genético, por exemplo, mas explicitamente a linguagem
como código criado na esfera humana). Na forma expressa acima, percebe-se que o
terceiro sempre precisa do primeiro e do segundo para sua existência, pois se assim
não fosse, não teria seu caráter designativo ou qualitativo numa lei, ou num
Peirce, com suas tríades criou miríades de associações, sendo esta, um dos pontos
fundamentais de sua teoria. Assim, a base geral do signo é a relação entre estes três
coisa é capaz de ser um substituto para qualquer coisa com a qual se assemelhe e a
mudo, assim como decifra em graus o diálogo entre o homem e os fenômenos que o
experiência humana.
Além disso, ressaltou o caráter dinâmico das linguagens, apontando para a teoria da
semiose ilimitada que veio a subsidiar explicações mais consistentes para a produção
artísticas a partir do confronto entre objeto artístico e objeto seriado. Para Peirce, as
no mundo real, por isso, a existência material de sinais não aprisiona a produção
cognitiva.
literária, inclusive. Quanto ao legado de Peirce, pode-se dizer que tenha aberto os
uma outra modalidade de estudo que seria mais bem denominada como semiologia
lingüístico, portanto, seria uma ciência continente para os estudos do signo verbal. A
7.2-PRAGMATISMO E ABDUÇÃO.
Charles Sanders Peirce consta, nas Histórias da Filosofia, como um dos fundadores
uma experiência passada, mas em relação com o seu possível uso futuro. A previsão
desse possível uso futuro dos limites, condições e efeitos é o significado dessa
ação, uma norma para a conduta futura, entendendo-se por "ação" e por "conduta
futura" toda a espécie ou forma de atividade, quer seja cognoscitiva quer seja
emotiva.
A crítica central de Peirce ao método cartesiano reside na tese de que não é possível
distinguir entre uma idéia que apenas parece clara e distinta e outra que o é
observação. Como podemos, então, estar seguros da clareza de uma idéia? Para
sensações e orientada para uma certa função. Essa função é a produção de uma
crença.
A crença tem três propriedades, segundo Peirce: é algo de que nos damos conta;
na nossa natureza, de uma regra de ação ou hábito. Por hábito deve entender-se,
aqui, o conjunto de ações, tanto reais como possíveis, que se baseiam numa crença.
No entanto, a ação com base numa determinada crença produz uma nova dúvida, e
este novo pensamento; assim, a crença, sendo lugar de paragem, é também lugar
um garfo, então servir-me-ei dele para levar à boca alimentos sólidos; mas, se for
chinês, por exemplo, e acreditar que se trata de um ancinho, utilizá-lo-ei para tratar
das flores.
resulta das idéias inatas, mas da aplicação de uma máxima pragmatista, que Peirce
considera quais os efeitos, que podem ter certos aspectos práticos, que concebemos
que o objeto da nossa concepção tem. A nossa concepção dos seus efeitos constitui
objeto é a idéia dos efeitos sensíveis que concebemos que esse objeto tem.
James, procuram dar uma resposta lógica e não psicológica, ao problema da máxima
problema leva Peirce a afirmar que a questão do pragmatismo não é mais que a
a) "Nada está no intelecto que primeiro não tenha estado nos sentidos": este
princípio aristotélico significa, para Peirce, que nenhuma idéia, seja de que tipo for,
se encontra na mente sem ter passado primeiro por um juízo perceptivo, ou seja, o
deles para os conceitos e juízos universais? Este problema leva Peirce à segunda
proposição cotária.
faz a introdução da generalidade nos juízos perceptivos? Pelo tipo de raciocínio a que
a dedução (prova que algo deve ser, é uma inferência necessária que extrai uma
e a indução (prova que algo realmente é, é uma inferência experimental que não
consiste em descobrir, mas em confirmar uma teoria através da experimentação - e
que, portanto, não cria algo de novo). A criação quer das premissas (fundamentoras
aos dois tipos tradicionais de raciocínio, e reside na abdução. A abdução, que prova
que algo pode ser, é uma inferência hipotética, é o verdadeiro método para a criação
Mas como entra, através da abdução, a generalidade nos juízos perceptivos? Esta
c) A inferência abdutiva transforma-se no juízo perceptivo sem que haja uma linha
juízo perceptivo, feito num lindo dia de sol: "Está a cair água do telhado". A partir
deste juízo perceptivo, várias inferências abdutivas são possíveis, por exemplo:
"Alguém está a deitar água no telhado" ou "A neve acumulada no telhado está a
negada (para afirmarmos uma outra), no caso dos juízos perceptivos não nos é
esta pergunta reside na máxima pragmatista - é ela que nos fornece o critério de
das quais podemos conceber determinados efeitos práticos sensíveis, que vão guiar
7.3-SIGNOS.
A Semiótica é a doutrina ou ciência dos signos, logo a noção central desta disciplina
(semeia), referidos na Retórica, são uma das fontes dos entimemas ( a outra são os
no sentido de "prova", que poderíamos traduzir por "signo necessário" ou "forte" ("se
tem febre, então está doente"), governado pela relação de implicação e indo do
universal para o particular; e o "signo fraco" ("se tem a respiração alterada, então
tem febre"), a que Aristóteles não dá um nome particular, governado pela relação de
Os Estóicos, apesar da articulação da sua semiótica, ainda não vão unificar, de forma
No entanto, será só com Stº Agostinho que, segundo Eco, se fará à união definitiva
como uma espécie ( entre outras espécies, como as dos letreiros, dos gestos, dos
sinais ostensivos) do gênero signo. Quanto à noção de signo, Stº Agostinho dá duas
definições que contemplam quer a sua dimensão semântico-representativa quer a
aos Estóicos): "Um signo é o que se mostra a si mesmo ao sentido, e que, para além
de si, mostra ainda alguma coisa ao espírito" e "A palavra é o signo de uma coisa
que pode ser compreendida pelo auditor quando é proferida pelo locutor". Em vez
dos três elementos referidos pelos Estóicos, Stº Agostinho indica quatro elementos
(ditio) e a coisa (res), ainda que verbum e ditio pareçam poder ser tomados como
semântico-referencial do signo.
vai opor-se claramente Saussure (e a tradição que dele emana). Saussure define o
signo (lingüístico) da seguinte forma: "O signo lingüístico une não uma coisa e um
nome, mas um conceito e uma imagem acústica. Esta última não é o som material,
coisa puramente física, mas a marca psíquica desse som, a representação que dela
do mesmo.
representa algo para alguém. Dirige-se a alguém, isto é, cria na mente dessa pessoa
objeto. Representa esse objeto não em todos os seus aspectos, mas com referência
a um tipo de idéia que eu, por vezes, chamei fundamento do representamen. "Idéia"
b) Um Signo é tudo aquilo que está relacionado com uma Segunda coisa, seu Objeto,
com respeito a uma Qualidade, de modo tal a trazer uma Terceira coisa, seu
Interpretante, para uma relação com o mesmo Objeto, e de modo tal a trazer uma
Quarta para uma relação com aquele Objeto na mesma forma, ad infinitum. Se a
perfeito.
genuína tal com um Segundo, denominado seu Objeto, que é capaz de determinar
com seu Objeto na qual ele próprio está em relação com o mesmo Objeto.
d) Signo é qualquer coisa que conduz alguma outra coisa (seu interpretante) a
referir-se a um objeto ao qual ela mesma se refere (seu objeto) de modo idêntico,
A classificação dos signos é um dos problemas que a Semiótica ainda não conseguiu
classificações, mais ou menos inspiradas em Peirce, tentadas por Eco. Segundo este
autor, o único pensador que, até hoje, tentou uma classificação global dos signos foi
Peirce, tendo, no entanto a sua classificação ficada incompleta. Apesar disso, muitas
das distinções feitas por Peirce ganharam direitos de cidadania na Semiótica e, por
Os signos podem ser classificados a partir de três pontos de vista: Signo em si,
relação do Signo com o Objeto e relação do Signo com o Interpretante. Obtêm-se,
analisar aqui. Classes que, no entanto, nem sempre é fácil saber como aplicar. Como
Peirce define, num texto de 1903, cada uma das nove categorias anteriores indica-
- Qualisigno (Tone): é uma qualidade que é um Signo. Por exemplo, tom de voz,
vestuário, etc.
- Legisigno (Type ou tipo): é uma lei que é um Signo. Traduz-se nos sinsignos, que
são as suas "ocorrências"; exemplo: o artigo definido "o", que se traduz nos /o/
- Ícone: é um signo que se refere ao Objeto que denota apenas em virtude dos seus
caracteres próprios, caracteres que ele igualmente possui quer um tal Objeto
individual ou uma lei, é Ícone de qualquer coisa, na medida em que for semelhante a
essa coisa e utilizado como um seu signo (inclui, como subcategorias, as imagens, os
realmente afetado por esse Objeto. Funda-se não na semelhança, como o Ícone,
mas na conexão física com o Objeto; exemplos: dedo apontado para um objeto,
- Símbolo: é um signo que se refere ao Objeto que denota em virtude de uma lei,
normalmente uma associação de idéias gerais que opera no sentido de fazer com
Para percebermos melhor o funcionamento daquela que Peirce considera ser "a mais
Exemplo 1. Um homem, que caminha com uma criança, levanta o braço para o ar e
aponta, dizendo: "Lá está um balão". A criança pergunta: "O que é um balão?".
Neste exemplo verifica-se que: o braço apontado para o ar funciona como um Índice
Exemplo 2. Se eu digo "Todo o homem ama uma mulher", isto equivale a dizer
como Símbolos.
Sobre a relação entre Índices, Ícones e Símbolos, Peirce diz ainda que ela está
mais simples que seja, que não faça apelo a pelo menos dois destes tipos de signos.
única maneira de comunicar diretamente uma idéia, levando a que todo o método de
comunicação indireta de uma idéia deve passar pelo uso de um Ícone. Assim, toda a
funciona como um Índice, um Ícone ou um Símbolo. Por exemplo: o fumo tanto pode
sinais de fumo.
Com a sua teoria da abdução, Peirce vai romper com os paradigmas referencialista e
algo mais.
8-BIBLIOGRAFIA.
1976.
INTERNET - http://www.geocities.com/bernardorieux/
às Se