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Políticas de Acolhimento de Refugiados

1)Definição

Refugiado: Pessoa que está fora do seu país natal devido ao medo de
perseguições (relacionada a questões raciais, religiosas, políticas,
étnicas ou sociais), conflitos armados, violência generalizada, violações
massivas dos direitos humanos, ou quaisquer outras circunstâncias que
tenham perturbado seriamente a ordem pública e, como consequência,
não pode ou não quer voltar para casa, requerendo proteção
internacional.

Migrante: Embora não haja uma definição formal, é considerado


migrante aquele que muda seu país de residência independente de
motivo ou situação legal. Geralmente, há uma distinção feita entre
migração temporária, referindo-se a períodos de 3 a 12 meses no
exterior, e migração permanente, quando a saída do país de origem
excede mais de um ano. Diferente dos refugiados, os migrantes
continuam sujeitos à proteção e legislação próprias da sua nação.

2)Evolução no Direito Internacional

Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados – 28 de


julho de 1951, entrando em vigor em 22 de abril de 1954.

Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas - 28 de Setembro de 1954,


entrando em vigor em 6 de Junho de 1960.

Protocolo Relativo ao Estatuto dos Refugiados – 31 de janeiro de 1967.

Convenção da Organização de Unidade Africana – 20 de junho de 1974.

Declaração de Cartagena sobre os Refugiados – 22 de novembro de


1984.

Declaração de São José sobre Refugiados e Pessoas Deslocadas – 7 de


dezembro de 1994.

Declaração e Plano de Ação do México – 16 de novembro de 2004.

3)Proteção de Refugiados no Brasil

Primeiro país do Cone Sul a ratificar a Convenção de 1951 - 28 de


janeiro de 1961
Promulgação interna do Protocolo Adicional de 1967 - 07 de agosto de
1972.

Golpe de Estado de 1964 – Brasileiros em busca de refúgio no exterior.

Década de 70 - Auxílio da Igreja Católica e do ACNUR a sul-americanos.

1982 – A presença do ACNUR foi oficialmente aceita, iniciando diálogos


com o governo brasileiro. A partir daí, mais refugiados passaram a ser
acolhidos no país.

Lei Nº 9.474 e criação do CONARE – 22 de julho de 1997.

4)Procedimento de Refúgio – Do Pedido ao


Reconhecimento

O Brasil é considerado um país que segue as determinações dos Direitos


Humanos Internacionais em relação aos refugiados. Exemplifica-se que o
pedido de refúgio, no Brasil, é totalmente gratuito e tratado com caráter
de urgência; o solicitante não pode ser deportado para o seu país até
que haja uma decisão final sobre sua situação. A Lei 9474/97 é a lei
brasileira que define o conceito de pessoa refugiada e as políticas de
proteção e acolhimento aos solicitantes. Sendo assim, as políticas de
acolhimento do Brasil são elogiadas pela Anistia Internacional e pela
Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

I) Pedido de refúgio: o estrangeiro procura a Polícia Federal ou a


autoridade migratória na fronteira; ele preenche um formulário, no qual
informa meios de contato, local de hospedagem, motivos pelos quais
deixou seu país de origem e a existência de cônjuge e descendentes. A
partir de uma entrevista posterior com um representante do CONARE
(Comitê Nacional para os Refugiados), um grupo de funcionários do
mencionado Comitê, da ACNUR e da sociedade civil elabora um parecer
recomendando ou não a aceitação da solicitação.O ingresso irregular no
país não impede o estrangeiro de efetuar esse pedido.Durante o
processo de análise, o imigrante encaminha um protocolo provisório, o
qual comprova sua situação regular no país e o garante de não ser
repatriado. Com esse protocolo, ele garante o direito à carteira de
trabalho, ao CPF e ao acesso aos serviços públicos.

II) Procedimento decisório: todas as solicitações de refúgio são


analisadas e decididas pelo CONARE, levando em consideração os
dados já coletados do estrangeiro, bem como sua entrevista. Em decisão
positiva, cabe ao CONARE notificar a Polícia Federal e o solicitante.
Realizadas as notificações, o refugiado passa a usufruir da proteção do
governo brasileiro; após assinar um termo de responsabilidade, deve
solicitar a cédula de identidade pertinente, o Registro Nacional do
Estrangeiro (RNE).Em decisão negativa, a Lei prevê a possibilidade de
recurso. Se a primeira decisão for mantida, o indivíduo passa a estar sob
a legislação de estrangeiros, a regular. Estando, dessa forma, sujeito à
deportação.
Após o reconhecimento como refugiado, são oferecidos assistência e
acompanhamento por meios das Nações Unidas, efetuados pela
ACNUR. Também por ONGs, destacando-se a Cáritas Brasileira.

5)Refugiados no Brasil – Dados de Abril/2016

8.863 refugiados reconhecidos, de 79 nacionalidades distintas. Os


principais grupos são compostos por nacionais da Síria (2.298), Angola
(1.420), Colômbia (1.100), República Democrática do Congo (968) e
Palestina (376).
A região Sul é o local onde encontram-se 35% dos refugiados – a maior
porcentagem de todas as regiões brasileiras. Dentre os estados mais
requisitados para refúgio, o Rio Grande do Sul é o terceiro, perdendo
apenas para São Paulo e Acre.

Devido à crise humanitária da última década no cenário internacional, os


pedidos de refúgio no Brasil cresceram 2.868% entre 2010 e 2015. Entre
os solicitantes, a maioria vem da Síria. Em setembro de 2013, por meio
da Resolução nº17, o CONARE autorizou a emissão de vistos especiais
para pessoas afetadas pela guerra no país. Além disso, estavam em
andamento negociações com a ONU para acolher cerca de 100 mil
pessoas que fugiram do conflito. Todavia, essas negociações foram
suspensas pelo governo interino de Temer.

6)Acolhimento no Brasil

Além de uma legislação abrangente e generosa, o Brasil conta ainda


com projetos independentes significativos para a política de acolhimento.
O Instituto de Reintegração do Refugiado (ADUS) e a I Know My Rights
(IKMR) são duas ONGs fundamentais para o compromisso com o bem
estar do refugiado no solo brasileiro. No Rio Grande do Sul, destaca-se o
Centro Ítalo Brasileiro de Assistência e Instrução às Migrações (CIBAI),
uma instituição que oferece assistência tanto jurídica quanto psicológica
não só para refugiados, mas também para solicitantes e imigrantes. Na
UFRGS existe um projeto de extensão universitária de assistência
jurídica para refugiados e solicitantes de refúgio, fundado pela Faculdade
de Direito.

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