Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Prova 11/10/2017
Professora: Dr.ª Juliana Justo
AULA 13
13.1 (quarta-feira)
PANORAMA GERAL:
1) Valorização dos precedentes dos Tribunais Superiores (não é
novidade)
1) Valorização da jurisprudência
1
A mudança de entendimento consolidada faz com que os advogados insistem
em recorribilidade.
IGUALDADE SEGURANÇA
PILARES DA
VALORIZAÇÃO
JURISPRUDENCIA
RESPEITABILIDADE ECONOMIA
Se as pessoas forem tratadas com isonomia, irá gerar uma segurança, pois
você sabe exatamente como esperar o tratamento do seu cliente, já partindo
do pressuposto de que o precedente será aplicado. Você tem igualdade e
segurança que gera a respeitabilidade pelo sistema, o que gera a economia
processual, que é freada a interposição de recursos por teses vencidas.
2
Art.926 CPC:
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la
estável, íntegra e coerente.
§ 1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento
interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua
jurisprudência dominante.
§ 2o Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às
circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.
Art.927 CPC
3
Qual a diferença entre a súmula do STF que não é vinculante e a súmula
vinculante?
Essa crítica do Nery não se aplica, porque não é legislação. O que se entendia
na época da emenda é que criar uma súmula vinculante interferiria na
separação de poderes. E para interferir na separação de poderes seria
necessário uma emenda constitucional.
(crítica que não aparenta ser procedente)
Juliana entende que a crítica não se aplica porque não é legislação. Para criar
uma súmula vinculante interferiria na separação de poderes estaria
equiparando judiciário ao legislativo. E para interferir nessa dinâmica de
poderes seria necessária uma emenda constitucional.
Esse pensamento está superado, pois não queremos criar leis. Estamos
falando de uniformização de interpretação jurisprudencial.
Ex: se você não recorreu porque você confiava num precedente e depois esse
precedente é modificado, você vai tirar a estabilidade do sistema. A ideia da
modulação temporal é a mesma coisa que você tem no controle de
constitucionalidade, ou seja, é preservar aquela situação que se consolidou a
luz do precedente antigo e se adaptar ao novo precedente.
Ex: a decisão foi publicada à luz do CPC/73, mas ele interpôs o agravo interno
e no curso do processo surgiu o NCPC.
Obs: está interpondo agravo interno para prequestionamento, aí não irá pagar
a multa caso seja julgado unanimamente improcedente.
4
Ampliar confiabilidade e respeitabilidade das decisões:
Ex: o juiz dá uma decisão monocrática. Antes você fazia um recurso de agravo
interno, o que era exatamente igual à apelação. O desembargador copiava a
decisão monocrática.
NCPC diz que no agravo interno você tem que impugnar especificamente os
pontos da decisão monocrática.
5
Então quando ele vai abrir contraditório para as partes?
6
Art. 930. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do
tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade.
Parágrafo único. O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento
o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo
ou em processo conexo.
O artigo diz que a primeira distribuição gera a prevenção, sendo que primeiro
gera a prevenção da Câmara e depois do desembargador. Então, se o
desembargador foi removido daquela Câmara, o processo fica na Câmara e é
distribuído para quem assumiu a vaga dele (regra antiga prevista no
Regimento Interno do TJ).
NCPC mudou essa ideia: para a prevenção do relator, será o primeiro recurso
protocolado no Tribunal.
7
CONHECIMENTO DO RECURSO INADMISSÍVEL E SEM IMPUGNAÇAO
ESPECIFICA – ART.932.
Ex: tenho dois pedidos formulados- minha fazenda foi invadida e eu quero a
reintegração de posse e, além disso, quero indenização pela lavoura que foi
queimada. Quando o réu contesta, ele não contesta a reintegração, não
contesta a posse. Ele apenas alegou que não foi o causador do prejuízo da
8
lavoura, portanto não deveria ser condenado. Quando ele faz essa contestação,
ele deixa a reintegração como sendo matéria incontroversa.
Isso tinha uma polêmica no CPC/73, pois eles chamavam de sentença parcial.
Para recorrer da sentença parcial tinha que usar apelação por instrumento.
Isso não passou no NCPC.
Essa sentença parcial é uma decisão interlocutória e para essa decisão não
cabe apelação, mas sim agravo de instrumento. Então se você tem 3 pedidos,
1 e incontroverso e 2 são controvertidos, quanto a esse primeiro julgado
antecipadamente, você fará agravo de instrumento quanto à ele, e quanto aos
demais apelação depois da instrução.
NCPC deveria ter tratado agravo igual tratava apelação. A decisão que for dada
agora ou que for dada depois tem a mesma natureza, ou seja, julga o mérito.
Se você tem uma apelação julgando a reintegração de posse, você pode fazer a
sustentação oral. Se você tem um agravo de instrumento julgando a
reintegração de posse, você não poderá ter a sustentação oral.
9
fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da
parte final do caput do art. 1.021:
I - no recurso de apelação;
II - no recurso ordinário;
III - no recurso especial;
IV - no recurso extraordinário;
V - nos embargos de divergência;
VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação;
VII - (VETADO);
VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões
interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da
evidência;
IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do
tribunal.
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja
previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III - à decisão prevista no art. 701.
O art.9 está sendo seguido no TJ/ES. Quando ele ia fazer sustentação oral e
suscitasse uma questão de ofício que não constava no recurso, o
desembargador via o voto e analisava que ele não tinha apreciado. Ninguém
está fazendo isso, pois se eles fizerem irá dar nulidade para o julgamento. Se o
advogado só alega questão de ofício na sustentação, isso não foi reduzido a
termo, não foi dado contraditório prévio do art.9 e art.10. Logo, ele não pode
julgar, ele irá para taquigrafia reduzir a termo ou ele vai pedir para o advogado
apresentar isso por escrito, abrir vista à parte contrária e depois colocar o
10
processo novamente em julgamento. Para julgar inadmissível não precisa levar
para o colegiado.
Ex: recorre de uma tutela de urgência e não percebe que falta uma condição
da ação na ação e não no recurso (afastar a internação no hospital que foi
concedida), depois percebe que está faltando uma condição da ação no 1º grau
de jurisdição. Poderá fazer uma petição simples apontando ao desembargador
(não ao juiz) e falar que falta uma condição da ação em 1º grau e pedir para
excluir a demanda no agravo de instrumento? O desembargador pode julgar
improcedente a demanda?
Quem admite a teoria da causa madura, diz que é possível isso no agravo de
instrumento, por conta do efeito translativo do recurso, ou seja, as decisões
cognoscíveis de ofício.. se o juiz conhece essa questão cognoscível de ofício em
grau recursal isso é plenamente admissível.
11
DE INSTRUMENTO EM ROL TAXATIVO DE HIPÓTESES (ART. 1.009, §1º
DO CPC).
As decisões não agraváveis tem preclusão elástica- não precluem até o prazo
da apelação e até o prazo das contrarrazões.
Ex: ganhou na sentença, mas no curso do processo sofreu uma astreints. Você
não tem interesse em apelar, pois foi vitorioso. A parte contrária vai apelar e
você vai contrarrazoar a apelação. Mas em preliminar de contrarrazões, você
vai impugnar a decisão interlocutória que te imputou uma multa por litigância
de má-fé.
12
SEJA A DECISÃO INTERLOCUTÓRIA IMPUGNADA APENAS EM
CONTRARRAZÕES, O APELANTE É INTIMADO PARA APRESENTAR A
INÉDITA CONTRARRAZÕES DAS CONTRARRAZÕES.
Se você vai agravar por instrumento, deverá ter certeza que o agravo está em
uma das hipóteses do art.1.015, pois, a preclusão irá ocorrer em 15 dias. Caso
isso não ocorra, irá precluir. Não poderá sustentar em preliminar de apelação
(que só valem para aquelas decisões excluídas do art.1.015 do CPC).
13
Os Tribunais não têm aceitado a fungibilidade entre agravo de instrumento e
apelação.
(arts. 1.015, II; 1.009, §§ 1º e 2º; 354, parágrafo único; 356, §5º ; 485;
487). Na hipótese de decisão parcial com fundamento no art. 485 ou no
art. 487, as questões exclusivamente a ela relacionadas e resolvidas
anteriormente, quando não recorríveis de imediato, devem ser
impugnadas em preliminar do agravo de instrumento ou nas
contrarrazões. (Grupo: Recursos (menos os repetitivos) e reclamação)
14
CABIMENTO
Ex. prova pericial foi indeferida, parte não pode agravar de imediato,
aguarda a sentença, apela e, na apelação, alega preliminarmente a
nulidade da sentença. Acolhida a alegação em Apelação, isso implicará a
anulação da sentença e prejuízo à economia processual.
15
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como
questão preliminar de contestação.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os
efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja
proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
No NCPC tudo pode ser confirmado, basta que o juiz competente ratifique os
atos do juiz incompetente.
16
ato impugnado for passível de recurso próprio, conforme dispõe o artigo
5º, II, da Lei 12.016/2009. Nos termos do v. acórdão recorrido, "[...] a
decisão interlocutória proferida pelo juízo de primeiro grau é passível de
impugnação em sede de apelação, ou seja, de recurso com efeito
suspensivo. Logo, a impetrante dispõe de caminhos processuais próprios
para combater a decisão, incumbindo-lhe, portanto, valer-se deles para
exercitar sua pretensão." (fl. 178, e-STJ).
17
EM RESUMO:
18
interpretar que o conteúdo oposto (concessão da gratuidade)
também seria recorrível, analogia com fundamento na isonomia.
TUTELA PROVISÓRIA
Ex: você pede e a liminar e o juiz diz que só vai conceder com manifestação da
parte contrária. Você recorre dessa decisão? (CPC antigo).
Agrava- pois se ele fala que não vai apreciar sua liminar naquele momento, ele
está indeferindo sua liminar naquele momento.
Mas o NCPC diz que só é recorrível decisões que versem sobre tutela
provisória.
19
inaugurado pelo novo CPC somente é cabível agravo de instrumento nas
hipóteses preconizadas no art. 1.015 deste Codex. Assim, tratando-se
de agravo de instrumento interposto em face de decisão que declinou da
competência, hipótese não prevista no art. 1.015, do novo CPC, impõe-se
o não conhecimento do recurso. Precedentes deste Eg. Tribunal Regional
Federal da 2ª Região. 2. Recurso não conhecido.(TRF2
2017.00.00.000962-6, Relator LUIZ ANTONIO SOARES, Data de
disponibilização14/07/2017).
Essa posição é adotada pela autora Ana Beatriz Presgrave, que propõe “a
utilização do poder geral de cautela para a antecipação da decisão do
Tribunal com relação aos temas que, não abarcados pelas exceções do art.
1015 e dos demais dispositivos do CPC, não são passíveis de recurso
imediato, mas que demandam uma solução imediata para assegurar a
regular tramitação processual. Com a utilização do pedido antecipatório
antecedente recursal, não se ofenderia o sistema de recorribilidades
estabelecido pelo CPC/15 (com a restrição do rol de decisões passíveis de
ser objeto de agravo de instrumento), tampouco se faria necessária a
utilização de um remédio constitucional”.
20
Em 94 surgiu a tutela antecipada. Antes tínhamos a cautelar inominada. A
Ana Beatriz diz que tenho o recurso de apelação que tem efeito suspensivo
para decisão não agravável.
Ana Beatriz pegou essa ideia e colocou no recurso. Tenho o recurso quando
tiver sentença. Eu preciso da tutela de urgência agora. Então, vou fazer um
pedido de tutela antecipada recursal antecedente para adiantar os efeitos
suspensivos da apelação que eu só vou interpor no futuro.
OU
PROTOCOLO
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento;
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;
V - outra forma prevista em lei.
VÍCIO PROCESSUAL, INCLUSIVE AUSÊNCIA DE CÓPIA
21
5 dias para sanar. Dentre os vícios, não se inclui, em regra, ausência de
impugnação especificada e intempestividade.
A) SE OS AUTOS FOREM ELETRÔNICOS, TRATA-SE DE MERA
FACULDADE DO AGRAVANTE REALIZAR A COMUNICAÇÃO, PARA
INSTAURAR EVENTUAL JUÍZO DE RETRATAÇÃO;
Quando o réu não tinha sido citado no primeiro grau de jurisdição e o autor
promovia AI, o desembargador julgava sem sequer citar o réu.
No NCPC, ainda que ele não tenha sido citado no primeiro grau de jurisdição,
ele tem direito de ser citado para apresentar contrarrazões em grau recursal.
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído
imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e
IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação
de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao
juiz sua decisão;
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso
de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário
da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu
advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe
juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso;
22
AGRAVO INTERNO
- prazo: 15 dias
- exigência de impugnação especificada da decisão agravada
- contrarrazões em 15 dias
- juízo de retratação após oportunizar o contraditório
- é vedado ao relator apenas reproduzir os fundamentos da decisão
agravada para desprover o recurso
- inclusão em pauta para julgar
- cabível de qualquer decisão monocrática
- em tese, sempre haverá multa se for inadmissível ou negado de forma
unânime.
Cabimento e processamento
23
NO RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. [...]1.
Ao dever de o relator não poder se limitar à reprodução dos
fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo
interno corresponde a obrigação de o recorrente impugnar
especificadamente os fundamentos da decisão agravada, motivo por que
não lhe é dado meramente reproduzir as razões deduzidas em seu
recurso anterior. Inteligência do art. 1.021, §§ 1.º e 3.º, do
CPC/2015.
2. Caracterizada essa hipótese, não se conhece do agravo interno.
3 (AgInt no REsp 1619973/PB, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/12/2016, DJe 19/12/2016)
O DEVER DO RELATOR DE NÃO APENAS REPRODUZIR OS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA ESTÁ VINCULADO AO DEVER
DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. [...]1. Ao dever de o relator
não poder se limitar à reprodução dos fundamentos da decisão agravada
para julgar improcedente o agravo interno corresponde a obrigação
de o recorrente impugnar especificadamente os fundamentos da
decisão agravada, motivo por que não lhe é dado meramente
reproduzir as razões deduzidas em seu recurso anterior. Inteligência
do art. 1.021, §§ 1.º e 3.º, do CPC/2015.
2. Caracterizada essa hipótese, não se conhece do agravo interno.
3 (AgInt no REsp 1619973/PB, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/12/2016, DJe 19/12/2016)
MULTA
(art. 1.021, § 4º) A aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, exige
manifesta inadmissibilidade ou manifesta improcedência. (Grupo:
Recursos)
(art. 1.021, § 4º) A aplicação da multa prevista no art. 1.021,§ 4º, exige
que a manifesta inadmissibilidade seja declarada por unanimidade.
(Grupo: Recursos)
24
03/08/2017
Correção Exercícios
Professor: Tiago Gonçalves
AULA 13
13.2 (quinta-feira)
Ex: tenho uma decisão interlocutória, contra essa decisão interlocutória não
cabe o agravo de instrumento.
Ex: o autor propõe uma demanda e o réu argui sua ilegitimidade. O juiz rejeita
aquilo. Cabe agravo de instrumento contra essa decisão de acordo com o
Art.1.015 do CPC? Não. TJ/SP e TJ/RS dizem que não. Não interpus agravo
de instrumento teria que interpor como preliminar de apelação ou de
contrarrazões. Agora tenho uma decisão de julgamento antecipado parcial
acolhendo o pedido do autor. Eu réu irei recorrer contra essa decisão através
do agravo de instrumento.
Revista dos Tribunais online- art.1015 (TJ/RS E TJ/SP) – a decisão que afasta
a alegação de ilegitimidade não é impugnável por agravo.
- 120 dias: Não posso argumentar depois acerca da preclusão dos 15 dias,
pois a matéria não era agravável.
26
Essa decisão é decisão de tutela provisória. O legislador quis, com inciso X,
reforçar que nos embargos, por estar diante de ação de conhecimento, caberia
agravo de instrumento. Então cabe agravo de instrumento.
Art.1015- a hipótese do art.X, está no inciso I do referido artigo.
27
Art.487- “decisão que analisa”..não diz se acolhe ou rejeita...
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou
prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na
reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a
decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes
oportunidade de manifestar-se.
Ex: réu alegou coisa julgada, o juiz deu uma decisão que rejeitou a coisa
julgada. Essa decisão não é de mérito, mas sim de conteúdo processual. O
ponto é: ela é impugnável por AI ou o AI somente é possível no art.485?
28
Fredie Didier- deve haver o protesto para afastar o art.278.
Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em
que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz
deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo
impedimento.
04/08/2017
Professor: Leonardo José Carneiro da Cunha
AULA 13
13.3 (sexta-feira)
29
09/08/2017
Professor: Samuel Meira Brasil
AULA 14
14.1 (quarta-feira)
O STJ voltou atrás e falou “nós não sabemos o que vai acontecer no futuro”
então independentemente da solidez econômica da empresa, tem que ser
garantido o capital .
No CPC/73 o julgamento monocrático podia ser feito pelo relator sem ser
levado para Câmara, na hipótese do precedente estar contrário ou adequado
ao precedente.
Pode julgar monocraticamente também quando for aplicar a lei? Não, neste
caso terá que ser julgado pelo Colegiado.
Consequências:
30
1) Existe uma responsabilidade enorme dos Tribunais para manter a
jurisprudência estável, íntegra e coerente. Coerente e estável.
Art.926 CPC
- Coerente:
Pode ser compreendida como consistência, o que queremos é evitar uma
contradição nos moldes da lógica jurídica e na teoria da argumentação.
Relator 1- conceder;
Desembargador 2- conceder;
Desembargador 3 - denegar;
Desembargador 4 – denegar; e
Desembargador 5 - conceder.
10ª da pauta:
1-C
2-C
3-D
4-D
5-C
11ª da pauta:
Relator é nº3
31
3- D
4-D
5-C
Art.926, §1º
§ 1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento
interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua
jurisprudência dominante.
§ 2o Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às
circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.
Quem pode editar súmula vinculante? Tribunais estaduais podem, STJ? STF?
Art.926, §2º:
§ 2o Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às
circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.
Ex: Súmula do STF: competência para julgar determinada matéria que envolve
relação de trabalho é da justiça do trabalho e não da justiça estadual.
Precedente- o funcionário morava em uma casa que era da empresa pela qual
ele trabalhava. Depois que ele foi dispensado ele continuou morando nessa
casa. Quando ele foi dispensado, a medida cabível era imissão na posse ou
reintegração na posse?
Uma coisa não tem nada a ver com outra. Logo verifica que o STF editou uma
Súmula nesse sentido.
32
Art.927 do CPC:
CPC 2015 outorgou efeito vinculante a todo Tribunal que julgar incidente de
assunção de competência.
33
II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a
tramitar no território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do
art. 986.
§ 1o Não observada a tese adotada no incidente, caberá reclamação.
Cabe reclamação.
Ex: X entra com uma reclamação no TJ, pois os demais juízes não estão
aplicando o entendimento da súmula Y. O desembargador indefere, pois
entende que não cabe reclamação contra súmula que não tenha efeito
vinculante.
Art.985, §2º
Isso quer dizer que se um Tribunal qualquer julgar o IRDR que tem efeito
vinculante, ele vai comunicar aquela decisão ao órgão, ente ou agência
reguladora e administrativamente eles devem aplicar o entendimento do
Tribunal.
34
repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria
constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria
infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem
vinculados.
§ 1o Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, §
1o, quando decidirem com fundamento neste artigo.
§ 2o A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em
julgamento de casos repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e
da participação de pessoas, órgãos ou entidades que possam contribuir para
a rediscussão da tese.
§ 3o Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo
Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de
julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da
alteração no interesse social e no da segurança jurídica.
§ 4o A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou
de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade
de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da
segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
§ 5o Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por
questão jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede
mundial de computadores.
Lei 9868 já exigie o cumprimento tanto das ações declaratórias quanto das
ações diretas de constitucionalidade.
Obs: são súmulas ordinárias. Mas tribunais locais não têm efeito vinculante.
35
O que é efeito vinculante no controle concentrado? Vincula os demais órgãos
que não podem decidir contra o STF, mas também vincula a administração
pública.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de
se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício.
36
diz que o relator trouxe argumento que não se encontra nos autos, e ele está
surpresado com esse argumento. Requeiro a interrupção do julgamento e a
concessão em dias úteis para se manifestar A respeito do referido argumento.
ISSO TAMBÉM É PLENAMENTO POSSÍVEL.
Isso também pode acontecer no julgamento estendido- 2 votAM por uma tese,
outro discorda e ai o julgamento é estendido. O quê o tribunal faz? Para ou
marca uma nova sessão? O CPC diz que se possível deverá ser feito na mesma
sessão. Mas o CPC diz que na hipótese de julgamento estendido o advogado
tem o direito de fazer sustentação oral para os demais membros. Julgado por
maioria ele pode fazer sustentação oral e refutar os argumentos aduzidos ate
então para convencer os votantes ou os novos que ainda não votaram.
Isso e importante, pois podem ser aduzidos argumentos que não constavam
nos autos, e ele poderia fazer a sustentação e refutar aqueles argumentos.
37
O direito brasileiro predominantemente vem da Europa continental.
Art.489, v do CPC
O que vincula?
É o fundamento que vincula.
2) Obter dictum:
Ex: sujeito respondeu ação penal por crime de roubo em que um jovem de 28
anos, munido com uma faca, com lâmina de 30 cm ameaçou a vida da vítima
e roubou a bolsa e o relógio da vítima. Respondeu a ação penal, foi condenado,
e a decisão judicial confirmada pelos Tribunais virou precedente judicial. Um
caso que a Corte teve que decidir foi que a ameaça foi feita com uma faca, com
lâmina de 15 cm.
38
Ex: houve um terceiro caso, também com roubo de faca em que se ameaçava a
vítima. O criminoso era um morador de rua nos EUA, ele não conseguia se
alimentar direito, desnutrido, com 60 e poucos anos, ele desesperado puxou
uma faca e ameaça a vítima, exigindo dinheiro.
Ele deu azar de a vítima ser um brasileiro, que morava na Califórnia e era
professor de jiu jitsu.
Ex: RESP- a ratio decidendi do RESP é X. Mas ele não demonstrou que a ratio
decidendi se ajusta àquele caso. Então também não está fundamentada.
3) Distinção (distinguishing):
Ex: RESP- a ratio decidendi do RESP é X. Mas ele não demonstrou que a ratio
decidendi se ajusta aquele caso. Então também não está fundamentada.
Vou identificar as circunstâncias fáticas que tornam aquele caso diferente dos
demais, e caso forem distintas, eu não preciso aplicar o precedente judicial.
Mas o próprio STF numa decisão em RE, que não tem efeito vinculante do
efeito concentrado, decidiu que a proibição de concessão de liminar feita pela
ADC 4 não aplica, se se tratar de matéria previdenciário.
Isso quer dizer que o juiz de primeiro grau pode deixar de aplicar o precedente
vinculante do STF quando for demonstrada a distinção de caso, ou seja, for
construído o distinguishing.
39
Ex: SV 13- está proibido nomear parentes. Teve um juiz em primeiro grau que
dizia que era parente. Ocorre que quem acusar o impedimento, que era um
promotor de justiça, passou no concurso e foi nomeado 5 anos depois que o
parente dele exercia o cargo comissionado.
SV 13- neste caso o juiz de primeiro grau criou uma distinção de caso. Esse
distiguishing não esta abrangido pela súmula vinculante 13, que não foi
aplicado naquele caso.
V-
Fundamentos determinantes:
- ratio decidendi (holding)
- obter dictum
Matar com uma lâmina de 30 cm. Matar com uma lâmina de 15 cm, se mudar
o tamanho da lâmina não muda resultado, então é obter dictum.
10/08/17
Professora: Juliana
40
AULA 14
14.2 (quinta-feira)
ANÁLISE DO CASO:
É uma situação de apropriação indébita. Tem uma pessoa que não recebeu as
verbas trabalhistas, ela deteve o carro e não devolveu. O problema não é entre
ela e a empresa. Mas entre a empresa e a seguradora. Essa empresa fez um
contrato de seguro que entre os tipos penais previstos tinha a prisão de
rouboe furto e não de não tinha previsão de apropriação indébita.
E ele diz mais: tenho um precedente da 4ª Turma que foi julgado e estende a
indenização securitária mesmo sem previsão contratual expressa. Então havia
a previsão de roubo simples, mas não estava previsto furto qualificado. Ele
entende que o homem médio não saberia distinguir furto simples de furto
qualificado. Naquele caso a 4ª Turma deu a cobertura securitária, pois o
consumidor não estava totalmente esclarecido acerca da distinção.
Ele diz que o caso em que está julgando não é furto simples nem furto
qualificado, mas a mesma razão, mesmo princípio jurídico se aplica, pois no
caso dele também não ficou claro quais tipos penais a seguradora..
Desde então que, em razão dessa confusão ter acontecido, sinal que o
consumidor não sabe. Por isso ele deu provimento ao recurso para dar a
indenização securitária. Ficou claro que ele fez o distinguishing da 3ª Turma.
Quando ele faz a aplicação do precedente da 4ª Turma ele disse que como no
outro caso houve a mera remissão penal a furto simples e roubo qualificado e
neste caso há a mera remissão a apropriação indébita e furto, como os dois
casos são semelhantes, pois ambos apenas fazem remissão ao tipo penal, nos
dois casos dois casos houve uma confusão do consumidor.
41
MINISTRO ANTÔNIO CARLOS: chega ao raciocínio diferente do Ministro
Salomão. Segundo a professora ele deu uma vacilada. Isso, pois ele volta ao
precedente do Ministro Salomão e diz que, aquele precedente da 3ª Turma
tinha cláusula expressa afastando a apropriação indébita. Ele entende que
esse precedente se aplica, e tem que seguir então precedente da 3ª Turma,
pois ele entende que neste caso não havia confusão do consumidor: 1) havia
um risco expresso (roubo e furto); 2) se ele quisesse contratar apropriação
indébita, haveria cláusula própria. Ele entende que o consumidor não poderia
ser enganado, ainda que não tivesse sido destacado. Isso, pois, o consumidor
pediu a busca e a apreensão em razão da apropriação indébita, que é diferente
de furto (uma coisa é você entregar e a outra é você ser subtraído). Que é
diferente de furto e roubo. No final ele termina o voto mantendo o acórdão,
dizendo que neste caso não é cabível a interpretação extensiva do contrato,
pois os tipos penais são diferentes e não houve confusão por parte do
consumidor.
Problema do voto: ele aplica o precedente (3ª turma). Mas naquele caso
concreto havia previsão expressa da apropriação indébita, mas no caso que ele
estava julgando não havia, e ele faz toda fundamentação sem mencionar que
os casos concretos eram diferentes.
Ele tratou a cláusula expressa como se fosse mero opter dictum (irrelevante).
Só que ainda que não tivesse previsão expressa, fato que ele entendeu que não
houve confusão para o consumidor. Mas ele não deixou claro a razão pela qual
ele estava aplicando o precedente da 3ª Turma.
Ele mantem as razões, mas sem reiterar, acrescenta que se for admitir
interpretação extensiva, isso poderia dar azo para fraude trabalhista. Pois,
primeiro você dá o carro para o seu empregado e depois cobra da seguradora.
Volta a dizer que não há risco coberto para apropriação indébita. Ela diz que
apropriação indébita é bastante diferente de furto e roubo, pois o núcleo do
tipo penal é diferente. Na apropriação indébita você entrega o bem com
confiança, no furto e roubo há subtração, sendo uma com violência e a outra
sem violência ou grave ameaça. Mas essa comparação clara do tipo penal se
encontra no voto do Ministro Antônio Carlos? NÃO.
42
Tem um precedente da 4ª Turma que não está no caso e que diz que foi
contratado o roubo, mas não tinha sido contratado o furto. Os ministros da 4ª
Turma deram a cobertura securitária para risco não coberto e para furto. Isso,
pois roubo tinha sido previsto.
Ministro Salomão: disse que para ele a interpretação de furto e roubo não tem
diferença com a de apropriação indébita e furto.
Ministro Antônio Carlos que foi ao final o voto vencedor, ele nem se dá o
trabalho de diferenciar os dois e aplica o precedente da 3ª Turma.
Ministro Raul: concorda e diz que se permitir isso dará azo a fraude.
Ministra Isabel Galoti: concordo, mas no caso uma coisa é subtração e outra e
entregar o bem da vida. São coisas distintas.
Ministra Isabel: parece que começa a refutar o precedente que o Luiz havia
aplicado no voto vencido.
Uma coisa é subtrair, outra coisa diferente é o consumidor entregar. Ele não
pode pedir uma indenização securitária por um bem que foi entregue
voluntariamente. Ele deverá fazer uma busca e apreensão.
43
Isso é um precedente?
Se eu tiver uma próxima situação de furto e roubo e apropriação indébita, os
ministros da 4ª Turma vão tentar manter uma coerência e vão dizer que a
apropriação indébita não deverá ter a cobertura securitária.
No meu caso essa cláusula limitativa deveria estar claro no contrato, ou seja...
Esse caso não e furto simples nem qualificado, mas a mesma razão se aplica,
pois no meu caso também não ficou claro para o consumidor, quais tipos
penais se referia. Tanto há confusão, pois quando a empresa foi propor uma
ação para pedir busca e apreensão do veiculo, houve uma divergência no
Tribunal, pois se aquele tipo era apropriação indébita ou exercício arbitrário
das próprias razões.
Ministro Salomão conclui que em razão dessa confusão que já aconteceu, isso
mostra que o consumidor não sabe muito bem o que estava se contratando.
Logo deu provimento.
44
Quando ele faz a aplicação do precedente da 4ª turma ele diz que como no
outro caso houve a mera remissão ao tipo penal e nesse caso há mera
remissão de apropriação indébita e furto, pois ambos os contratos apenas
fazem menção ao tipo penal, ambos os casos tem que ter o mesmo raciocínio
jurídico.
Termina o voto mantendo o acórdão impugnado, dizendo que neste caso não
era cabível a ..os tipos penais eram diferentes e não houve confusão por parte
do consumidor.
Ministro Raul Araújo: mantém as razões, mas sem reiterar e acrescenta que se
for admitir interpretação extensiva, isso poderia dar azo à fraude trabalhista.
Essa razão que o ministro Araújo acrescenta não é relevante para a conclusão,
pois não houve. Esse acréscimo que ele faz é opter dictum.
Precedente é uma ratio decideni, ou seja, uma motivação jurídica que pode ser
universalizada. O importante é que você tenha um acordo sobre a razão. Cada
um tem uma razão diferente.
Os ministros não se preocupam em fazer uma ratio decidendi que possa ser
clara para ser reprisada no futuro em casos similares.
45
Duas técnicas:
O que acontece quando tenho duas razões e ambas são adequadas para o
resultado final?
Ex: tenho o contrato de roubo e furto prevendo o risco. Sofri uma apropriação
indébita e além disso esse carro foi entregue pelo meu empregado e há
elementos que foi feito de fraude trabalhista (argumento do Raul Araújo- opter
dictum).
Vamos imaginar que a fraude não seja mero exemplo, ou seja, efetivamente
esteja provada a má-fé da empresa. Tenho duas razões para não dar o seguro
para ela: ela não contratou o seguro para apropriação indébita.
Oyra situação: ainda que tivesse precisão para apropriação indébita, está
provada nos autos que a empresa está tentando tirar. Se eu tiro a fraude, a
fraude se torna irrelevante? Se eu tiro o contrato ele se torna irrelevante? Não,
pois as duas razões são igualmente suficientes para me dar aquele resultado.
Essa técnica não funciona quando você tem duas ratios igualmente
suficientes.
Aí foi criada a outra técnica. Não basta você inverter ou suprimir para saber o
que é relevante ou não, você também tem que comparar outros fatos
substanciais- aqueles que são suficientes para atrair a consequência jurídica.
2) Técnica de Goodhart:
Você tem que comprar os fatos substanciais, quais sejam, aqueles que são
suficientes para atrair a consequência jurídica.
46
Quais são os vinculantes?
- art.927 CPC
No art.927 Temos precedentes que são mais vinculantes que os outros: posso
ir direto reclamar- controle concentrado, súmula vinculante, IRDR e IAC. Se
você tem um repetitivo inobservado, tem que recorrer; repercussão geral que
não foi observada tem que recorrer e se tiver Súmula do STJ e STF primeiro
exaurir a instância.
47
mundo. Até mesmo em Recurso extraordinário (que é um precedente), esse
precedente tem que vincular a todos.
STF: você diz que uma coisa é vinculante, você tem que estar apo a lidar com
a Reclamação.
Quando o CPC pensou no art 927 ele diz que tudo vincula para gerar uma
cultura nos juízes para respeitarem a cultura dos precedentes.
48
49
Não fez bem, pois caracterizou como opter dictum e sequer disse o porquê
estava decidindo de forma distinta.
50
51
52
53
54
Entende-se que tem uma ratio decidendi distinguindo e foi julgado pelo
plenário, logo será vinculante. Se não conseguiu achar uma razão, não faz
diferença, será julgada pela 4ª Turma e pelo Pleno, pois para ser precedente
vinculante tem que ser precedente.
AULA 14
11.3 (sexta-feira)
Precedente Judicial
1) Origem: Países Commom Law: Inglaterra e EUA (diferenças
notáveis)
55
- Século XIX: força vinculante do precedente judicial foi reconhecida:
caso Beamisch v. Beamisch, a House of Lords: obrigação de acatar as suas
próprias decisões já tomadas em casos análogos.
56
6) Momento Criação Precedente: criação da tese/enunciado inovador
ou aplicação ao caso análogo posterior?
- José Rogério Cruz e Tucci: o precedente é criado quando a decisão
judicial inovadora é aplicada posteriormente a casos similares por um ou
mais julgadores;
- Luiz Guilherme Marinoni: “Ratio Decidendi” é criada pelo órgão que
elaborou o precedente judicial e ao julgador posterior compete somente a
oportunidade de interpretar e compreender o precedente. O qual já existe
desde o momento em que foi criado pelo órgão jurisdicional originário.
57
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade;
II - os enunciados de súmula vinculante;
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de
demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial
repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria
constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria
infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem
vinculados.
§ 1o Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, §
1o, quando decidirem com fundamento neste artigo.
§ 2o A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em
julgamento de casos repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e
da participação de pessoas, órgãos ou entidades que possam contribuir para
a rediscussão da tese.
§ 3o Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo
Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de
julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da
alteração no interesse social e no da segurança jurídica.
§ 4o A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou
de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade
de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da
segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
§ 5o Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por
questão jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede
mundial de computadores.
58
razão da coexistência de decisões conflitantes (risco à isonomia e
segurança jurídica – art.976, II).
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas
repetitivas quando houver, simultaneamente:
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma
questão unicamente de direito;
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
59
16/08/17
Professor: Rodrigo Klippel
AULA 15
15.1 (quarta-feira)
- O quê é IRDR?
Quando definimos o que é um IRDR, a primeira ideia que deve vir a nossa
mente é a de que se trata de um incidente processual. O incidente processual
é uma categoria interessante, pois o incidente significa que estou diante de um
procedimento iniciado por ato postulatório que não pôde ser enquadrado em
categoria mais específica, como ação, recurso. Surge no curso de um processo
já instaurado.
O IRDR não é uma ação, não é uma demanda, não é recurso, mas sim um
incidente processual, um procedimento que surge no curso de um processo já
instaurado.
O direito brasileiro é de matriz civil law- lei como principal das fontes do
direito. Mas o Brasil não poderia no estágio atual ser unicamente civil law.
Isso estava gerando problema seríssimo de decisões conflitantes sobre a
mesma questão.
Então, tivemos que importar do modelo Anglo Saxão do commom law no que
tange a ideia de precedentes, de que decisões judicias possam vincular
julgador, a fim de diminuir a sensação de injustiça diante de mesma situação
da vida e evitar interpretações distintas.
Já no Brasil ele vai nascer vinculante por força de norma legislativa, ou seja,
já iremos dizer que os precedentes são vinculantes, mesmo que a qualidade
tenha sido horrível.
60
Já que a gente vai dar vinculatividade por lei, vamos pelo menos criar
procedimentos que tenham a finalidade exclusiva de criar o precedente
vinculante, para que o Judiciário trabalhe melhor.
Faz muito sentido que nós tenhamos criado no NCPC o que a gente chama de
microssistema de formação concentrada de precedentes vinculantes.
Ex: tem uma ação civil pública tramitando, a qual foi ajuizada em face do
Estado. Acontece que vem a sentença e julga improcedente aquela. Cabe
remessa necessária? Primeiro lugar a se procurar é na lei de ação civil pública
(não há uma linha sobre remessa necessária).
Isso significa que não cabe a remessa necessária? Aí que entra em destaque a
figura do microssistema. Antes de eu bater o martelo pela inexistência dessa
remessa, eu tenho que analisar as outras normas. Aí chego e leio a lei de ação
61
popular e lá tem uma regra que diz que se houver derrota do ente que defende
a coletividade em face do Estado, a remessa é diferente, cabendo remessa
necessária.
1) Cabimento:
Art.976 do CPC
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas
repetitivas quando houver, simultaneamente:
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma
questão unicamente de direito;
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
§ 1o A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito
do incidente.
§ 2o Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente
no incidente e deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou de
abandono.
§ 3o A inadmissão do incidente de resolução de demandas repetitivas por
ausência de qualquer de seus pressupostos de admissibilidade não impede
que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente novamente suscitado.
§ 4o É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um
dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver
afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou
processual repetitiva.
§ 5o Não serão exigidas custas processuais no incidente de resolução de
demandas repetitivas.
Para que caiba o IRDR eu preciso que exista efetiva repetição de processos.
Precisa expor que em certo contexto já há a demonstração de que se tem uma
tese que irá se multiplicar.
Você vai escolher certo campo territorial (argumentar), ou seja, uma comarca,
um Estado como um todo, e irá demonstrar que já existem X processos que
estão se espalhando. Você precisa de demonstrar ao Judiciário, após escolher
a base territorial, que uma tese já começa a irradiar em vários processos.
PAREI 38:52
62
Ex: ICMS na conta de energia. Uma demanda como essa não há qualquer
discussão sobre os fatos, os quais são incontroversos.
Ex: advogado do Banco- não quero o IRDR, por exemplo, em sentido favorável
ao contribuinte.
Ex: tenho 50 liminares que versam sobre matéria cível. Um desses processos
chega como agravo de instrumento no TJ/ES. O desembargador profere uma
decisão cassando a liminar. Passa a existir um risco de ofensa, pois vários vão
seguir o desembargador? É uma argumentação que se pode tentar.
Ex: vamos supor que chegue no TJ/ES uma apelação criminal. Ela ataca um
elemento em específico da sentença criminal, qual seja, a primeira fase da
dosimetria da pena. Quando você tem uma decisão que viola o dever de
fundamentação das decisões judiciais, ela é nula. O raciocínio normal seria
anular a sentença e pedir para ele fazer outra. Mas quando você faz isso, você
63
está ajudando o criminoso, permitindo que se demore mais e que gere, por
consequência, a prescrição.
Como vou usar o microssistema? Não é IRDR, pois não existe efetiva repetição
de processos. Isso é um incidente de assunção de competência.
Ex: tenho 200 processos que discutem a mesma questão de direito, mas
nenhum desses chegou ao Tribunal em agravo ou apelação. Alguns já têm
decisões conflitantes, mas não sentença, nem agravo ou apelação. O IRDR
pode ser suscitado nesse caso, ou é necessário que pelo menos algum desses
processos já tenham chegado ao Tribunal?
p.único do art.977:
Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de
tribunal:
[...]
Parágrafo único. O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de fixar
a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária ou o
processo de competência originária de onde se originou o incidente.
2) Se por algum acaso o processo que deu origem ao IRDR for recurso,
remessa necessário ou processo de competência do Tribunal, eu desloco a
competência do Pleno para julgá-lo, mas se for de origem do primeiro grau,
não.
TESE MAJORITÁRIA: O que provavelmente vai vingar? É que para que o IRDR
surja, é preciso que pelo menos um dos processos tenha chegado ao Tribunal
por recurso, remessa necessária ou processo de competência originária.
64
Ex: processos originários no Tribunal: mandado de segurança contra
governador, ação rescisória, HC (modelos de ação);
Processo no artigo significa só AÇÃO de competência originária no Tribunal?
É obvio que eu posso ter IRDR’s sobre questões processuais referentes aos ED.
A omissão que você alega em ED pode ser uma questão de ordem pública?
Sim.
Nesse caso cabe alguma tutela de urgência dentro do IRDR para suspender a
tramitação daquela causa, ou quando o IRDR foi suscitado, a causa deveria
ter sido?
Hoje existe um voto dizendo que esse IRDR é incabível, pois não conseguirá
ser julgado antes de acabar o julgamento da causa.
65
O IRDR foi pensando originariamente como sendo incidente de competência de
TJ’s e TRF’s. O IRDR poderia ser proposto no STJ?
O IRDR tem uma grande vantagem, pois é possível que ele seja suscitado pelas
próprias partes.
Por que seria incabível o IRDR, se antes dele ser iniciado já houvesse afetação
do especial? Falta de interesse na modalidade especial. Para que eu vou criar
um precedente no TJ/ES se o STJ já vai criar um?
Não há qualquer hipótese narrado no CPC sobre isso, mas se for pensar por
lógica acerca do motivo do não cabimento, teríamos que defender uma
hipótese de carência de interesse superveniente.
66
Para que terei IRDR se eu tenho precedente vinculante que nasceu da
assunção de competência?
A única diferença que existe entre forças vinculantes não é apenas quanto à
abrangência territorial.
O que é a reclamação?
Via de regra, chegamos ao STJ por meio de recurso especial, que é inadmitido
na origem.
2) Procedimento
Quando ele for julgado, não iremos julgar só a questão que será objeto do
precedente vinculante, quando julgarmos o IRDR, o CPC diz que o Pleno irá
julgar todo o processo. É possível que o processo envolva uma grande baixaria
de família.
Ex: Suponhamos que o IRDR tenha se dado no caso em que o ES seja uma
das partes numa demanda tributária. A União tentou acabar com a ação civil
pública por conta de questões tributárias. Hoje posso ter ACP por questões de
tutela homogênea tributária? NÃO.
67
Agora o IRDR poderá versar sobre questão tributária, o que fará as vezes, de
certa maneira, da ACP.
Ex: Tenho 500 ações tributárias correndo no ES com a mesma tese e tenho
60% dos juízes decidindo a tese de um jeito e os outros 40% de outro jeito.
Alguns desses processos já chegam ao TJ. Nesta hipótese será cabível IRDR.
Uma vez admitido, todos os processos são suspensos. Quando o IRDR julgar
aquela questão, teremos o precedente vinculante e o mesmo julgamento nos
500 processos. Caso não faça isso, caberá reclamação.
Quando a gente pensa nesse IRDR, seria possível que o Estado desistisse do
processo piloto? Sim.
Agora, se ele desistir o IRDR cai ou não? Não, ele continuará mantido.
Isso pode ser considerado, a depender do caso concreto, uma exceção àquela
ideia de que o IRDR nasce e tem que morrer um incidente.
Se o recurso que deu origem ao IRDR for um agravo de instrumento, não tem
um problema, pois ele continuará sendo um incidente, pois o processo no
primeiro grau continua correndo. Mas é possível desistir da apelação, coisa
julgada. Neste caso, eu posso considerar que por exceção expressa de lei,
mesmo que ele deixe de ser incidente ele será julgado, pois neste caso o
princípio que o legislador teve foi o de boa-fé.
Diante de uma inadmissão por desistência, o IRDR tem que ser julgado
mesmo assim.
68
Irregularidade formal é a inépcia que ataca pedido recursal, causa de pedir
recursal e também elementos relacionados à ausência de documentos que o
recurso tenha que trazer.
Findo o juízo de admissibilidade, o qual foi mal feito, quando chega no mérito,
o relator diz que tinha hipótese de inadmissão que ele não havia visto. Existe
preclusão para isso? Em todo sistema recursal não temos preclusão para
análise de admissibilidade.
Ex: tenho o processo X com recurso que bate na primeira câmara cível do TJ.
O relator olha para aquele recurso e num primeiro momento ele conclui que
existe uma questão que se repete em outros processos e está sendo julgado de
maneira distinta. Ele suscita o IRDR para a questão X e escolhe o relator no
Pleno. O relator vai ler o processo e quando está lendo percebe que além da
questão X tem uma outra muito mais interessante que é a questão Y.
É possível que o relator do IRDR de ofício alargue seu objeto e insira no objeto
de IRDR outra questão? O professor não vê qualquer impedimento, até mesmo
por uma questão de segurança jurídica.
Legitimidade
Quando ele falou pelo relator ele diz desembargador e quando falou juiz mirou
juízes de Primeiro Grau.
O precedente vinculante que foi criado em IRDR terá uma importância social
muito grande, impedindo decisões conflitantes e poderá acelerar a prestação
69
da tutela jurisdicional nos casos com improcedência liminar, vários motivos de
ordem pública farão esse interesse social.
Ex: tenho uma discussão entre mim e o Bradesco. Mesma discussão que eu
tenho outras 300 pessoas tem. É um direito nitidamente patrimonial
disponível. Muitos vão dizer que o MP não poderia ajuizar uma ACP. É papel
dele buscar que haja uma incidência igualitária, é um papel social.
- defensoria pública:
Ex: não conseguimos nos organizar para resolver problema ambiental que
arregaça nossa saúde.
17/08/17
Professor: Marcos
AULA 15
15.1 (quinta-feira)
70
1º equívoco: julgamento monocrático, pois ele tem que ser Colegiado.
Art.978, púnico.
71
O julgamento deve ser colegiado e não monocrático.
A discussão que temos é: para eu ter essa divergência eu preciso ter uma
repetição disseminada ou posso ter a potencialidade de decisões conflitantes?
Poderia ser fundamentado das duas formas.
IAC e o IRDR são institutos irmãos- IAC (atuar de forma preventiva) IRDR
(atua de forma repressiva).
Neste caso, a função preventiva antes de chegar ao Tribunal serve para o IAC e
não ao IRDR.
72
Art.976, §4º.
§ 4o É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um
dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver
afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou
processual repetitiva.
- Momento de admissão:
Art.982, I
Art. 982. Admitido o incidente, o relator:
I - suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam
no Estado ou na região, conforme o caso;
- Após o julgamento:
Art.985
Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:
I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica
questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo
tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados especiais do respectivo
Estado ou região;
73
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas
repetitivas quando houver, simultaneamente:
§ 1o A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito
do incidente.
§ 2o Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente
no incidente e deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou de
abandono.
- art.28 do CPP
- art.9º da LACP
- art.5º, §3º da LACP
Ada Pelegrini:
- CPP: enviar para o procurador geral para ver se ele oferece a denúncia. E aí
temos uma lacuna normativa.
-Art. 980:
Art. 980. O incidente será julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência
sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de
habeas corpus.
Parágrafo único. Superado o prazo previsto no caput, cessa a suspensão dos
processos prevista no art. 982, salvo decisão fundamentada do relator em
sentido contrário.
74
-art.982, I:
Art. 982. Admitido o incidente, o relator:
I - suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam
no Estado ou na região, conforme o caso;
Art.982, §3
Art. 982. Admitido o incidente, o relator:
[...]
§ 3o Visando à garantia da segurança jurídica, qualquer legitimado
mencionado no art. 977, incisos II e III, poderá requerer, ao tribunal
competente para conhecer do recurso extraordinário ou especial, a suspensão
de todos os processos individuais ou coletivos em curso no território nacional
que versem sobre a questão objeto do incidente já instaurado.
No tocante ao prazo máximo, é de um ano (na prática é sine die), salvo decisão
fundamentada do relator.
Essa decisão não terá repercussão nacional, pois foi decidida pelo Tribunal
Local.
Será que outros legitimados poderiam ter esse interesse? Defensoria Pública,
por exemplo.
75
- art.987, §2º
- art.138, §3º
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das
partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação
de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com
representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
[...]
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de
resolução de demandas repetitivas.
- superação
Art.489, §1º, VI
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
[...]
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
[...]
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento.
O juiz em primeira instância poderia julgar contrariamente ao precedente
firmado em IRDR? Poderá sim julgar de forma contrária ao IRDR. A chave para
matar a questão é que o IRDR é necessariamente um ônus argumentativo que
está sobre a responsabilidade do juiz, o qual terá que embasar pela ratio
decidendi do IRDR...
76
Art. 1037, §9º, 10º, 11º e 13º CPC (aplicação analógica)
Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior,
constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036, proferirá
decisão de afetação, na qual:
§ 9o Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e
aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte
poderá requerer o prosseguimento do seu processo.
§ 10. O requerimento a que se refere o § 9o será dirigido:
I - ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau;
II - ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem;
III - ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou
recurso extraordinário no tribunal de origem;
IV - ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso
extraordinário cujo processamento houver sido sobrestado.
§ 11. A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o
§ 9o, no prazo de 5 (cinco) dias.
Art.982, §3º
Art. 982. Admitido o incidente, o relator:
[...]
§ 3o Visando à garantia da segurança jurídica, qualquer legitimado
mencionado no art. 977, incisos II e III, poderá requerer, ao tribunal
competente para conhecer do recurso extraordinário ou especial, a suspensão
de todos os processos individuais ou coletivos em curso no território nacional
que versem sobre a questão objeto do incidente já instaurado.
77
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida
quando:
§ 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo,
contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em
julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de
distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe
deu fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256, de
2016) (Vigência)
18/08/17
Professor: Camilo
camilo@usp.br
AULA 15
15.3 (sexta-feira)
78
de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade
de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da
segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
§ 5o Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por
questão jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede
mundial de computadores.
Eu não revogo o processo coletivo, mas aposto muito mais no precedente vindo
de um IRDR do que de uma ação coletiva. Isso, pois temos uma regra que diz
que a admissão do IRDR suspende, inclusive, o processo coletivo.
Na verdade o que o IRDR faz é uma coisa que já existia no sistema do CPC
anterior (código reformado a partir do recurso especial repetitivo). A ideia era
que a partir do momento que tenho demandas repetitivas, e o STJ afeta um
recurso, todas as outras demandas que tenham uma correlação também serão
suspensas. Quando o STJ decide o recurso especial repetitivo, a decisão se
aplica a todos os outros casos. É o julgamento por amostragem. Quando o
tribunal decide, seja um recurso especial ou um IRDR, ele está partindo do
pressuposto de que aqueles casos são repetitivos, logo, há uma semelhança
entre eles. Então, é nessa medida que o IRDR não é absolutamente novo.
Por que eu preciso aguardar que a questão repetitiva chegue até o STJ para só
então suspender todos esses processos? Aí que surge o IRDR.
O tema precedente brasileiro não tem nada a ver com o norte americano, ele
se aplica com grande força para temas repetitivos, que está inserido o IRDR, e
dentro dessa inserção, não há novidade da técnica utilizada por ele, mas sim
uma necessidade de se admitir o incidente aqui considerado (antes era o
recurso no STJ), para suspender esses processos para que a gente busque a
mesma decisão.
79
Quando eu digo que o órgão competente para o julgamento do IRDR são os
tribunais locais (TJ, TRF, TRT), em tese eu posso ter 27 IRDR tratando do
mesmo assunto. Uma matéria como essa de violação a uma lei federal, que
gera uma repercussão dessa natureza, é claro que ela também será em algum
momento recorrida ao STJ.
Se partirmos dessa premissa que o IRDR surge na nossa realidade como uma
espécie de salvação da pátria no poder judiciário dos números que temos como
demandas repetitivas, o professor vê um risco desse instituto ser utilizado de
forma grosseira, simplesmente com a intenção de resolver em uma única
canetada, uma quantidade enorme de processos.
80
com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do
réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
O código diz quais os precedentes que o juiz utiliza para usar dessa maneira.
Umas dessas espécies é o IRDR.
Por que o réu nunca foi citado, não teve contraditório, por que isso não é
ilegal? Porque ele ganhou o processo.
Ex: entro com uma ação, digo ao juiz que tem o IRDR que trata do meu caso.
Existe o julgamento do IRDR e eu quero que julgue liminarmente meu pedido
sem citar. O juiz não pode fazer isso. Não existe procedência liminar do
pedido, mas sim uma tutela de evidência baseada no IRDR. Se eu tiver o IRDR
que diz que o autor tem direito, o juiz pode dar uma decisão favorável ao
autor, mas ela é provisória.
Ex: improcedência do pedido, pois o IRDR se aplica ao caso. Errado. A parte
ajuíza a ação, o juiz vê que tem um IRDR que se aplica ali, mas primeiro
manifesta-se o autor sobre a possível aplicação do IRDR tal.
Tem gente sustentando que se o autor disse que o IRDR diz isso mesmo, mas
que é um absurdo, o juiz que tem que mostrar no TJ isso. Tem gente que
sustenta litigância de má-fé por litigar contra texto expresso de lei. Com essa
ideia de IRDR geraria a litigância de má-fé litigar contra texto expresso de
precedente.
Ex: eu peço 10.000,00 nos danos morais porque fiquei sem água e digo que
não se aplica aquele precedente, pois os fatos são diferentes, ou no caso de
um tributo, demonstro que o fato gerador é diferente.
Às vezes parece que tem muito automatismo por trás do IRDR, mas se a gente
levar á sério os princípios constitucionais, isso não pode ser levado tão a serio
assim.
REQUISITOS IRDR
Nos processos civis sempre existe matéria de fato e de direito. A questão é que
a controvérsia recai sobre a questão de direito. Mas sempre terei a questão de
direito à luz de uma matéria fática.
E se o IRDR for julgado procedente? Por vezes podemos ter até mais demandas
que temos hoje.
Constitucionalidade dos precedentes: quem defende a constitucionalidade
questiona porque o IRDR é constitucional mesmo sem emenda? Pois a SV
vincula administração, o IRDR não vincula a administração pública, ele
orienta apenas.
81
Art.985 CPC
A súmula como nós temos hoje é uma tese. Na verdade, ela tem a mesma
caraterística de um artigo de lei.
Art.926,§2º:
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la
estável, íntegra e coerente.
[...]
§ 2o Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às
circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.
Art.976, §4
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas
repetitivas quando houver, simultaneamente:
[...]
§ 4o É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um
dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver
afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou
processual repetitiva.
Art.982:
Art. 982. Admitido o incidente, o relator:
I - suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam
no Estado ou na região, conforme o caso;
II - poderá requisitar informações a órgãos em cujo juízo tramita processo no
qual se discute o objeto do incidente, que as prestarão no prazo de 15 (quinze)
dias;
III - intimará o Ministério Público para, querendo, manifestar-se no prazo de
15 (quinze) dias.
[...]
§ 3o Visando à garantia da segurança jurídica, qualquer legitimado
82
mencionado no art. 977, incisos II e III, poderá requerer, ao tribunal
competente para conhecer do recurso extraordinário ou especial, a suspensão
de todos os processos individuais ou coletivos em curso no território nacional
que versem sobre a questão objeto do incidente já instaurado.
§ 4o Independentemente dos limites da competência territorial, a parte no
processo em curso no qual se discuta a mesma questão objeto do incidente é
legitimada para requerer a providência prevista no § 3o deste artigo.
Existe alguma outra figura dentro do código que serviria também para unificar
a jurisprudência dentro do Tribunal que não fosse o incidente? Existe o
chamado incidente de assunção de competência (cabe quando a matéria não
for repetitiva).
Portanto, se o IRDR funcionar como aposta o legislador, não irá sobrar espaço
para incidente de assunção de competência, pois as demandas serão
resolvidas de maneira uniforme pelo IRDR.
23/08/17
Professor: Thiago Ferreira Siqueira
e-mail: thiago_siqueira@hotmail.com
AULA 16
16.1 (quarta-feira)
1) Noções gerais
Para que o resultado do processo posa ser útil para as partes, é necessário que
vá além da simples prolação da decisão judicial e vá até o plano dos fatos.
83
Nos casos em que a execução se faz necessária a atividade executiva é parte
integrante da garantia do art.5º, XXXV da CR/88- inafastabilidade da
jurisdição.
Fundamenta na execução é satisfazer o interesse do credor.
Súmula 240 STJ- exige que para extinção do processo de conhecimento por
abandono de causa pelo autor, é necessário requisição do réu.
- art.797
Art. 797. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o
concurso universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que
adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados.
Parágrafo único. Recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, cada
exequente conservará o seu título de preferência.
- art.805, p.único:
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução,
o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais
gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob
pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
(STJ, Resp 1417531/ SP, Rel Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 10/06/2014, DJe: 18/06/2014)
- Art.835
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição
financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com
cotação em mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
84
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de
alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.
§ 1o É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais
hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias
do caso concreto.
§ 2o Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança
bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do
débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.
§ 3o Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa
dada em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também
será intimado da penhora.
CPC/73:
- Art.655, I
2) Meios executivos
CPC 73:
85
Art.461, §5º
Na execução para pagamento de quantia o juiz não podia adotar outros meios,
quiçá medidas coercitivas.
Na execução por quantia certa era diferente. A execução se dava por meios
típicos.
- Art.782, §3º
Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos
executivos, e o oficial de justiça os cumprirá.
[...]
§ 3o A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do
executado em cadastros de inadimplentes.
§ 4o A inscrição será cancelada imediatamente se for efetuado o pagamento,
se for garantida a execução ou se a execução for extinta por qualquer outro
motivo.
§ 5o O disposto nos §§ 3o e 4o aplica-se à execução definitiva de título judicial.
- Art.517:
Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a
protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento
voluntário previsto no art. 523.
- Art.528:
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de
prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a
requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para,
em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a
86
impossibilidade de efetuá-lo.
§ 1o Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento,
não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de
efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se,
no que couber, o disposto no art. 517.
3) Título executivo
Ex: tenho determinado crédito para receber. Se eu não tiver titulo executivo
irei ajuizar uma ação condenatória e ai sim proceder a execução. Caso
contrário, eu posso proceder diretamente a execução.
A existência de titulo executivo é uma autorização para que o credor possa ter
acesso aos meios executivos.
- art.783:
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título
de obrigação certa, líquida e exigível.
- art.798:
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
I - instruir a petição inicial com:
a) o título executivo extrajudicial;
- Art.803:
Art. 803. É nula a execução se:
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida
e exigível;
- Art.700:
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com
base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do
devedor capaz:
(STJ, REsp 1412997, Rel. ministro LUIZ FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 08/09/2015, DJe: 26/10/2015).
- art.515:
87
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de
acordo com os artigos previstos neste Título:
- art.784:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
Art.190
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é
lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento
para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Ex: contrato firmado entre particulares, CDA (pois o processo executivo fiscal
não é cercado das mesmas características um processo jurisdicional).
- art.508:
Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão
deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia
opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido.
- art.525, §1º
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento
voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado,
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação.
§ 1o Na impugnação, o executado poderá alegar:
[...]
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento,
novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à
sentença.
- Como executo um título judicial? Normalmente nos meus autos de onde foi
proferida aquela decisão que vou executar. Logo, se faz por cumprimento de
sentença.
88
As defesas são distintas: impugnação ao cumprimento de sentença: o rol que
eu posso arguir é restrito.
Não posso alegar nada daquilo que eu deveria ter alegado no processo de
conhecimento, pois eu já tive minha oportunidade. A cognição nela é restrita.
Essa questão nunca foi levada ao processo judicial. Diz a CR/88 no art.5º,
XXXV- se eu nunca discuti em juízo a dívida, a lei não pode excluir que eu leve
isso ao Poder Judiciário.
- art.784, X:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
[...]
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de
condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em
assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
- CPC/73:
Art.275, II
4) Defesa do executado
Impugnação (corpo de cumprimento de sentença) x embargos (ação de
conhecimento): natureza jurídica
- art.525:
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento
voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado,
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação.
- art.914, §1º
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução,
poderá se opor à execução por meio de embargos.
§ 1o Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados
em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que
poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua
responsabilidade pessoal.
- art.1.015, X, p.único:
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias
que versarem sobre:
[...]
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à
89
execução;
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de
cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de
inventário.
Ex: pedi juiz para deferir efeito suspensivo a minha impugnação. Cabe AI.
Ex: embargos de execução para deferir prova pericial para mostrar que os
cálculos do exequente estão equivocados. Juiz indeferiu minha pericia
contábil. Cabe AI?
Essa ideia vale para os embargos? NÃO. Embargos não é execução, mas sim
ação de conhecimento.
- art.523, §1º;
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em
liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento
definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o
executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias,
acrescido de custas, se houver.
§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será
acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de
dez por cento.
- art.525:
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento
voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado,
90
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação.
- art.829
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três)
dias, contado da citação.
§ 1o Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a
avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não
pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do
executado.
§ 2o A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se
outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante
demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e não
trará prejuízo ao exequente.
- art.915
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias,
contado, conforme o caso, na forma do art. 231.
- art.231 I a IV
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do
prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou
a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a
intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por
ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação
ou a intimação for por edital;
Garantia em juízo:
- art.525
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento
voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado,
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação.
- art.914
91
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução,
poderá se opor à execução por meio de embargos.
- art.917, VI
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de
conhecimento.
5) Responsabilidade patrimonial
Noções gerais:
- art.789
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros
para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em
lei.
- art.391
92
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando,
todavia, os litisconsortes.
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais
sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá
sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta
de bens.
- art.492
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida,
bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do
que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica
condicional.
Apenas o devedor responde com seus bens e não terceiros. E via de regra,
todos os bens estão sujeitos a responder por aquela dívida.
Exceções:
- art.789
- art.795, §4º
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da
sociedade, senão nos casos previstos em lei.
[...]
93
§ 4o Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a
observância do incidente previsto neste Código.
24/08/17
Professor: Marcos
AULA 16
16.2 (quinta-feira)
94
§ 3o Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido,
desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de
expropriação.
Se ele opta pela pena de multa, necessariamente ele vai abrir mão da prisão
(art.528, §8º).
95
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos
imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do
executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
Art.525.
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento
voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado,
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação.
96
c) Sim, em termos parciais. Quando houver o pagamento parcial os
honorários e multa a incidem sobre a parcela não paga no montante
total.
Art.523, §2º
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em
liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento
definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o
executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias,
acrescido de custas, se houver.
[...]
§ 2o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os
honorários previstos no § 1o incidirão sobre o restante.
Art.139, IV
O novo Código de Processo Civil, em seu artigo 139, dá ao juiz poder para
determinar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais e sub-rogatórias
necessárias ao cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que
tenham por objeto prestação pecuniária.
97
fossemos discutir a obrigação de alimentos e tinha a prisão como meio
coercitivo a compelir o devedor a pagar.
De outro lado vem o movimento contrário que diz que essa cobrança é
desproporcional em relação a obrigação. Tenho uma obrigação de pagar
quantia e do outro lado uma pena restritiva de direito. Isso fez com que alguns
advogados em SP impetrassem HC pleiteando a concessão da segurança para
cassar as decisões.
Assim sendo, se o executado não tem como solver a presente dívida, também
não tem recursos para viagens internacionais e ostentação de alto padrão de
vida. Se, porém, mantiver tais atividades, poderá quitar a dívida, razão pela
qual a medida coercitiva poderá se mostrar efetiva.
Noutro viés, embora o art. 139, IV, dá poderes aos juízes, de forma
abrangente, garantido o uso de medidas de cunho indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias, não significa, que esses poderes sejam
ilimitados, e violem Princípios Constitucionais e Normas Estruturantes do
Estado Democrático de Direito, vez que na aplicação do direito, é dever do Juiz
observar os valores e normas fundamentais da Constituição Federal, nos
termos do art. 1º do NCPC.
98
Deve-se ter em mente sempre, que ao lado da efetividade da execução, deve se
buscar a maneira menos onerosa para o devedor.
(QUESTÃO ABERTA)
A decisão dele não esta correta, pois de fato o juiz pode sim incluir o nome do
devedor executado no rol de algum cadastro de inadimplentes.
Sim, pois o protesto não se dá por ordem do juiz, mas por iniciativa do
exequente. A parte vai requerer no cartório a certidão e a partir desse
momento ela vai levar no cartório de protesto e protestará a dívida.
99
a) Art.833, §2º
O CPC/15 vem com alguns avanços. Para dívida de alimentos pouco importa
quanto ganha. O salário é penhorável para pagamento da verba alimentícia. A
ressalva é que poderá ser penhorado até o limite de 50%.
100
b) Eu posso sim penhorar o salário, desde que você ganhe 50 vezes mais
que o Salário Mínimo.
CPC/15 praticamente reproduz o texto do CPC/73 e veio com a parte final que
da margem para implementar essa regra.
Art.880, §4º:
Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a
alienação por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro
público credenciado perante o órgão judiciário.
[...]
§ 4o Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público
credenciado nos termos do § 3o, a indicação será de livre escolha do
exequente.
101
Art. 921. Suspende-se a execução:
[...]
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1
(um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.
[...]
§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação do exequente,
começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.
Art.924,V:
Art. 924. Extingue-se a execução quando:
V - ocorrer a prescrição intercorrente.
25/08/17
Professor: André Roque
e-mail: thiago_siqueira@hotmail.com
AULA 16
16.1 (sexta-feira)
Dentro os meios executivos irá optar por aquele menos oneroso, que causar
menos sacrifício ao executado.
Ex: tenho uma penhora online- o executado não pode alegar que a penhora
online tem uma maior onerosidade. Ele não pode dizer isso genericamente e o
art.850, p.único lhe atribui um ônus, qual seja, indicar qual a outra
alternativa que tem, tão efetiva quanto e menos gravosa ao executado.
102
Art. 836 (custos absorvem todo o produto)
Esse artigo mostra que a execução não pode ser utilizada como uma vingança
privada.
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o
produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo
pagamento das custas da execução.
§ 1o Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de
determinação judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os
bens que guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, quando
este for pessoa jurídica.
§ 2o Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal será nomeado
depositário provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz.
Ex: Professor entra com uma execução contra a Andréia, mas não acha nada e
aí acha uma Brasília de 1976 em péssimo estado de conservação. Foi avaliada
no valor de 200,00. Mas para eu levar essa Brasília para leilão eu vou deixar
500,00. Posso seguir com essa penhora? O art.836 diz que não “Art. 836. Não
se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da execução
dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas
da execução.”
Não tenho direito de tirar o bem do seu patrimônio se eu não vou ter nenhum
proveito com isso.
Ex: penhorei um bem do Henrique. Ele poderá pedir a substituição desse bem,
desde que ele tenha outro bem para oferecer e que não irá me trazer prejuízo
na sequencia. Eu peguei um bem em Vitória e Henrique quer que o bem recaia
sobre um bem no Acre.
Neste caso não poderá pedir a substituição dessa penhora. Mas se tem um
imóvel com liquidez, que seja suficiente para cobrir a execução, isso é possível.
É claro que o exequente será ouvido para saber se há ou não prejuízo.
103
assina o ato de adjudicação ou quando assina ato de arrematação. Antes que
isso aconteça o executado pode a qualquer tempo remir a execução.
Muito antes do CPC essa tipicidade não era absoluta, exatamente pela
obrigação de fazer, não fazer e dar coisa. A gente já tinha no CPC/73 o famoso
art.461 que dizia que o juiz poderia para efetivar o cumprimento de uma
obrigação de fazer ou não fazer, dentre outras medidas (rol exemplificativo),
multa diária, apreensão de coisas, etc...
O art.536, §1º
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de
obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento,
para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado
prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do
exequente.
§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras
medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e
coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva,
podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.
Poderia tanto ser um meio executivo sub rogatório que é aquele que não
depende da colaboração do executado: busca e apreensão do bem,
expropriação da quantia certa.
Então poderá utilizar os bens coercitivos que visam constranger o executado,
por livre e espontânea pressão: astreints, prisão civil (dívida alimentícia).
104
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou
sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial,
inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
Quais são os limites disso? Juiz mandando suspender CNH, passaporte, CPF,
cortar órgão que não dava posse a candidato aprovado, etc..
Ex: eu te executo, você não me paga, eu não acho bens. Será que o juiz
poderia determinar que o executado pagasse em 15 dias, sob pena de prisão
civil? Não, pois a própria CR/88 vai dizer que a prisão civil é voltada a dívida
alimentícia. Como a obrigação não tem esse caráter, não seria possível essa
divisão.
A polêmica que criou em torno disso é: será que seria razoável o juiz andar
suspendendo serviço de whatsapp no Brasil inteiro pelo descumprimento de
uma decisão judicial?
12. (arts. 139, IV, 523, 536 e 771) A aplicação das medidas atípicas sub-
rogatórias e coercitivas é cabível em qualquer obrigação no cumprimento de
sentença ou execução de título executivo extrajudicial. Essas medidas,
contudo, serão aplicadas de forma subsidiária às medidas tipificadas, com
observação do contraditório, ainda que diferido, e por meio de decisão à luz
do art. 489, § 1º, I e II. (Grupo: Execução)
105
Só vai se utilizar a tutela atípica na execução de pagar dinheiro em último
caso.
3) Proporcionalidade
Quando a gente fala em adequação, significa que esses métodos atípicos tem
que ser em tese pelo menos efetivo.
Os procedimentos atípicos não têm como ser aplicado a um devedor que não
tem aonde cair morto ou a um executado que não paga porque não tem
dinheiro mesmo.
O juiz ao lançar mão das medidas atípicas, ele não deve aplica-las todas as
mesmo tempo. Por outro lado, o juiz não pode, por exemplo, inviabilizar o
princípio da proteção ao executado.
Ex: o juiz pode suspender a CNH? Em tese sim. Mas a situações se torna
diferente quando, por exemplo, o executado é um motorista profissional o que
poderá tirar o sustento do executado.
Contraditório e fundamentação
Ex: uma vez o exequente estava com dificuldades ema char o patrimônio do
executado e ele soube que o executado guardava determinada quantidade de
dinheiro no cofre. Ele queria penhorar o dinheiro que estava no cofre. É claro
que o contraditório neste caso não deverá existir, pois o dinheiro irá sumir.
Princípio da realidade
106
perdas e danos, pensando numa obrigação de fazer/ não fazer, ela só vai
ocorrer na forma do art.499 em duas situações:
107
A execução se estrutura para um fim específico. Existe um encerramento
normal da execução que é a satisfação do crédito do exequente. É claro que
nem toda execução termina assim, por exemplo, não se localizaram bens
penhorados, prescrição, ou você executa o cheque e o executado demonstra
que a assinatura daquele cheque era falsa, etc...
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
- JUIZ
Competente (arts. 516 e 781)
108
de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução
poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do
exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será
proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato
ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais
resida o executado.
- PARTES
Capacidade de ser parte (= processo conhecimento)
Capacidade de estar em juízo (= processo conhecimento)
Capacidade postulatória (= processo de conhecimento)
- DEMANDA
Petição inicial (art. 319 + 798 a 800)
- fundada em titulo executivo extrajudicial
Essa PI tem que observar o art.798 a 800, mas o art.319 (processo de
conhecimento) também é aplicado subsidiariamente.
Se você tem um executado de que não acha de forma nenhuma, que foge do
oficial de justiça, a citação postal tem um problema, ou seja, a depender da
situação do caso.
Ex: sentença arbitral- foi formada fora do poder judiciário e eu começo uma PI
pois não tinha processo no judiciário (teremos cumprimento de sentença, pois
não é um título judicial).
Ex: sentença estrangeira tem que passar por homologação no STJ e depois
começará cumprimento de sentença na justiça federal de 1ª grau.
109
Art.515, §1º
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de
acordo com os artigos previstos neste Título:
[...]
§ 1o Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado (PROCESSO NOVO)
no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo
de 15 (quinze) dias.
CONDIÇÕES DA AÇÃO
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a
obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar
o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.
Art. 514. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo,
o cumprimento da sentença dependerá de demonstração de que se realizou a
condição ou de que ocorreu o termo.
110
deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for
transferido por ato entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
§ 2o A sucessão prevista no § 1o independe de consentimento do executado.
Ex: ação civil ex delito- ação civil que decorre da prática de um crime. Ocorreu
um ilícito, esse ilícito foi punido na esfera criminal e a pessoa quer executar
essa sentença penal condenatória. Quem é o legitimado? Art.63 CPP (vítima
/sucessores ou ofendido).
Ministério Público
Em que situações o MP pode promover a execução?
- ações coletivas:
ex: a sentença na ação civil pública pediu para o réu fazer recomposição do
meio ambiente. O MP pode promover a execução dessas sentenças.
Ex: art.68 do CPP- ação civil ex delito que diz que a legitimidade era da vítima
e de seus sucessores. Mas o art.68 vai dizer que quando a vítima for pobre o
MP poderá promover a execução dessa sentença.
Não deveria ser a Defensoria Pública para fazer isso? O CPP é muito antigo e
não existia ainda a defensoria.
Será que esse art.68 ainda se mantém na CR/88 ou ele foi revogado?
111
Quem se afirma sucessor inter vivos
Aqui temos 2 institutos:
- cessão de crédito: o cessionário adquire o crédito e ele terá legitimidade no
lugar do cedente.
- endosso: relativo à transmissão de títulos de crédito, onde o endossatário
(quem recebe o titulo anterior) terá legitimidade para executar o título no lugar
do endossante. Tem que ter cuidado, pois existe o endosso mandato, ou seja,
você só transfere as cobranças para um terceiro (mandatário). O endossante
permanece sendo titular do crédito. Nesta situação de endosso-mandato a
legitimidade continua sendo do endossante...
Sub-rogado
Sub-rogação:
- chamamento ao processo: você tem uma dívida solidária e o credor ingressa
contra o devedor, esse devedor chama ao processo os outros devedores
solidários. Você terá uma sentença que irá condenar todos eles. Aquele
devedor que pagar a dívida por completo, irá se sub-rogar em relação aos
direitos do credor para cobrar dos demais a quota-parte dele.
Ex: executa o fiador que paga a dívida do devedor principal, também irá se
sub-rogar, ele vai poder inclusive executar o afiançado nos autos próprio
processo.
Art.794, §2º
Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro
sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e
desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.
[...]
§ 2o O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do
mesmo processo.
O parágrafo §2º fala da sucessão por ato inter vivos no curso da execução.
Esse parágrafo estipula uma regra diferente do processo de conhecimento.
Essa regra não vale para a execução por causa do art.778, §2º. Se há uma
cessão de crédito no início da execução, o cessionário poderá ingressar na
execução no lugar do exequente originário.
112
- II- o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
Sucessão causa mortis do devedor.
Os herdeiros so respondem até a força da herança (art.796 CPC)
Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha,
cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção
da parte que lhe coube.
A gente pensa logo em contrato de locação. O fiador de título judicial não pode
ser executado? O inciso menciona “título extrajudicial”.
Ex: tenho uma ação de cobrança contra o devedor principal e o fiador. Ambos
são condenados. Neste caso, ele é devedor do título executivo judicial. (fiador
incluído desde o início do processo).
Ex: ingressei com um ação contra Tatiana e depois que transitou em julgado
verifiquei que ela não te patrimônio, mas a Raquel assinou o contrato como
fiadora e eu quero condenar ambas. A sentença só condenou Tatiana e Raquel
é fiadora da Tatiana. Eu posso executar as duas?
No CPC/73 tinha a Sumula 268 STJ que dizia que o fiador que não integrou a
relação consensual na relação de despejo não responde pela execução do
julgado.
No CPC não pode, pois o título executivo judicial não pode ser utilizado contra
terceiro.
O NCPC no art.513 amplia ainda mais a Súmula 268 STJ. O art.513 diz que:
Ou o fiador tem que fazer parte desde o início do processo ou não podemos
executá-lo depois.
113
Vamos supor que ingressei com uma execução contra X. Bárbara deu imóvel
dela em hipoteca para garantir o pagamento da dívida de X. o meu garantidor
é a Barbra, ela não é devedora. Ela tem que ser incluída na execução? Sim,
pois eu vou em cima de um bem dela.
Bárbara só vai sofrer constrição daquele bem que ela deu em hipoteca.
Ex: a empresa fecha as portas por uma situação irregular. Admite-se com base
no art.135 o redirecionamento aos administradores e vão fazer parte desse
polo passivo da execução fiscal.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
- Conceito: que bens responderão pela execução?
- Responsabilidade primária (“schuld” e “haftung”)
114
se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem
como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao
sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e
os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do
executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem
penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação
compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40
(quarenta) salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político,
nos termos da lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime
de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.
§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao
próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.
§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de
penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua
origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-
mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8o,
e no art. 529, § 3o.
§ 3o Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os
equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a
pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais
bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a
negócio jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar,
trabalhista ou previdenciária.
CASOS ESPECIAIS
- Sucessor a título singular
Direito real/obrigação reipersecutória
- Sócio
Não se refere à desconsideração
Determinados tipos societários
Sociedade comum (art. 990, CC)/ Simples, se o contrato social prevê (art.
1023, CC)/ Comandita simples (art. 1045, CC)/ De advogados,
relativamente a danos causados aos clientes (art. 17, Estatuto OAB)
115
somente pelo valor de sua quota.
Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os
comanditários.
- Cônjuge ou companheiro
Observar o regime de bens
Arts. 1643 e 1644, CC: aquisição de bens para a “economia doméstica”
116
Benefício de ordem (art. 795)?
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da
sociedade, senão nos casos previstos em lei.
§ 1o O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade,
tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
§ 2o Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1o nomear quantos bens da
sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para
pagar o débito.
§ 3o O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do
mesmo processo.
§ 4o Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a
observância do incidente previsto neste Código.
- Fiador
- Espólio e herdeiros (art. 796)
Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha,
cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção
da parte que lhe coube.
Fraude contra credores – anulabilidade? (art. 790, VI, CPC e 165, CC)
Ineficácia? (REsp 971.884)
117
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
[...]
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão
do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
118
§ 4o Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro
adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15
(quinze) dias.
TÍTULO EXECUTIVO
- Pressuposto processual (“nulla executio sine titulo”)
- Teorias
Liebman: sanção estatal
Carnellutti: prova legal de uma obrigação
- Conceito moderno
Documento
Atribui dever de prestação (obrigação)
Efeito legal de autorizar a atividade executiva
- Princípio da taxatividade
Pode criar título por NJ processual?
Sim: Fredie
Não: Gajardoni e outros
- Princípio da tipicidade
Tipos fechados (títulos de crédito em geral)
Tipos abertos (instrumento particular)
AULA 17
30/08/17
Professora: Juliana
AULA 17
17.1 (quarta-feira)
119
Ao mesmo tempo em que temos uma valorização, temos um autoritarismo das
entidades privadas e do Poder Público se não permitir que o processo coletivo
avance.
Existem medidas provisórias e o lobe empresarial que impeça que o processo
coletivo vá adiante.
Para o empresariado e para a fazenda pública a ação coletiva não é positiva.
Ex: compra de medicamentos- você propõe uma demanda e o Estado tem que
fornecer para todo mundo.
120
(ii) A QUEM PERTENCEM ESSES INTERESSES PARA FINS DE
TUTELA?
(iii) QUEM SERÁ ATINGIDO POR ESSA DECISÃO?
(iv) SE TODOS PUDEREM TUTELAR, HAVERÁ COISA JULGADA COM
CONTRATAÇÃO PRÁTICA?
121
Ação coletiva nos EUA: nos EUA o cliente não paga para ajuizar a demanda, o
advogado tira do bolso dele. Ou ele ganha muito dinheiro ou ele vai falir- vai
apostar tudo em uma demanda milionária. Quem paga honorários para a
parte contrária é o advogado.
Modelos dos EUA é um modelo perigoso. Ele uma o individualismo em seu
favor- a demanda de massa em um bom negócio para o advogado.
Eles que procuram o cliente. O modelo da class action você confia no indivíduo
para propor a demanda. O advogado vai escolher o melhor cliente dele e ele
será o representante da class, atrás dele teremos vários outros clientes. Ele irá
propor essa demanda. Se o cliente dele ganhar, ganha ele e os demais
membros da coletividade. Se o cliente perder, perde o cliente e todos os
membros da coletividade.
A coisa julgada nos EUA afeta o indivíduo que está ausente da demanda
coletiva. Ele pode sair? Pode, mas só em uma ação coletiva que o cliente pode
fazer o opt out- é quando tem indenização pecuniária (pegar a indenização
sozinha com outro advogado). A legitimidade é individual, o indivíduo não
participou da demanda, apenas fica vinculado e o juiz poderá selecionar quem
irá representar essa classe coletiva dentro do Poder judiciário. A representação
tem que ser adequada, pois a partir do momento que você não está dando
contraditório aos membros ausentes da classe, você tem que garantir que o
indivíduo que está presente na classe passe um bom contraditório e ampla
defesa.
O outro modelo é o ítalo-francês-alemã – você escolhe um ente representativo,
MP, autarquia, defensoria, fazenda pública e esses são os únicos legitimados a
defender os interesses de direitos coletivos. Se ganhar, ótimo, você indivíduo
irá na ação coletiva e irá executar e liquidar.
E se o MP perder? A tutela coletiva nesse modelo não prejudica o indivíduo,
ela será sempre um “plus” – se o coletivo ganhar eu irei ganhar, se perder, eu
posso ir lá e propor minha ação individual, tendo chance de ganhar pela
segunda vez.
MICROSSISTEMAS COLETIVOS
- Estatuto do Portador de Necessidades Especiais
- Estatuto do Idoso
- ECRIAD
- CDC
- Lei de Improbidade
- LACP- Lei de Ação civil Pública
- LAP- Lei de Ação Popular
- MS COLETIVO
Competência: CDC
(PAREI 32:38)!!!!
Lei 9.494:
- inclui art.16 na LACP
- Coisa julgada nos limites da competência territorial do órgão prolator
MP 2180-35 de 2001:
- vedado discutir questões de tributos, previdência, FGTS, outros fundos
institucionais;
- constitucionalidade
122
Se eles fizerem o 5º acento e ele estiver proibido, está apenas adstrito ao
âmbito de SP.
- INCONSTTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL
- INVIABILIDADE DA RESTRIÇÃO PARA DIREITOS DIFUSOS E
COLETIVOS STRICTO SENSU
- ATECNIA E CONFUSÃO ENTRE COMPETÊNCIA E COISA JULGADA
(AgInt no REsp 1628619/PR, Rel Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
TERCEIRA TURMA, julgado em 20/06/2017, DJe 26/06/2017)
123
1) North Country;
2) A Civil Action;
3) Goodwife
ASPECTOS PROCEDIMENTAIS
- Representatividade adequada (cena de goodwife) – boa-fé, interesse
jurídico, competência técnica, capacidade financeira, ausência de
conflitos internos), notificações e OPT OUT nas ações de danos;
- FAIR REPRESENTATION, COISA JULGADA E COLLATERAÇ ATACK
(CASO DOS TAXISTAS DO TEXAS), um membro ausente por questionar
sua representação;
Caso Gonzales X Cassidy
PROBLEMAS NO MODELO
- DE FACTIO CLASS ACTION (NÃO SE BUSCA A CERTIFICAÇÃO DA
CLASSE- NÃO HÁ OBRIGATORIEDADE) (EX: cada indivíduo busca tutela
inibitória em razão do assédio moral no trabalho, o assédio decorre de
uma política discriminatória da empresa? O efeito será unitário, mas a
ação não será necessariamente coletiva).
- SITUAÇÕES PARTICULARIZADAS QUE ALCANCEM BEM COMUM OU
GRUPO COMUM (a exclusão pode ser admitida para afastar um
antagonismo grave oposto por um indivíduo. Como a divergência é
relativa à apenas um indivíduo e não há numerosidade para formar uma
subclasse na ação coletiva, é possível admitir a sua exclusão, afastando
esse antagonismo prejudicial ao desenvolvimento da ação de classe.
Ex: direito de vizinhança, alergia a medicamento- artrite reumatoide.
IRDR tem eficácia gravitacional? Você pensa se irá aplica-lo ou não? Como
julgo o caso?
No IRDR você já tem milhares de demandas repetitivas. Você faz um
precedente cujo único propósito é aplicar aquelas demandas individuais.
Raciocínio analógico anterior.
QUAL O DIREITO
- propaganda de batom: direito difuso
Você quer defender a classe sifudamente de toads as crianças – público é
indeterminado, e elas são ligadas por relações fáticas e não jurídicas.
- baía de Guanabara: direito
Querem despouluir o rio, então querem defender uma classe determinada,
mas o objeto é indivisível e tem uma associação jurídica por tras (com
interesse coletivo).
- propaganda do Mac Donald’s (brinquedo do mac lanche feliz)
Propaganda enganosa- o fato de você comprar o brinquedo porque ele
quer comprar o brinquedo e não o lanche.
Se há uma ação do procon proibindo essa venda casada, que tipo de
direito é esse? Difudo (proibidr para todo mundo sme relação fática).
Se quero recber de volta o valro que gastei com a venda casada( direito
indivudla0< com o rigem comum – direito individual homogêo.
Nós partimos de uma classificação quem tem por parâmetro o próprio
direito material: divisível, com relação divisível que liga, ou se e um
direito com origem comum.
[PEGAR COM LARA]
REALIDADE QUE ESCAPA
DEMANDAS PSEUDOINDIVIDUAIS – mencionada por Kazuo Wantanabe,
um interesse ou direito individual pode ser individual na sua titularidade,
mas o conteúdo objetivo da relação de direito substancial deduzida em
124
juízo e o bem controvertido são de amplitude coletiva (CASO DOS
DELEGADOS)
DEMANDAS PSEUDOCLETIVAS – mencionada por Luiz Paulo da Silva
Araújo, nada mais é do que a mera soma de demandas individuais. As
particularidades são tantas que a ação coletiva dispersa-se em liquidações
individuais idênticas a uma demanda cognitiva (CASO DO TABACO).
- tipo de direito material? (Meio ambiente, consumidor? Brasil)
Fechar a Vale do Rio Doce, pois a poluição gera um dano a minha saúde
(estou tutelando minha própria saúde - direito individual.
Não é o direito que define, mas a forma como você expõe.
125
- Posição doutrinária para extensão da coisa julgada secundum
probationem aos direitos individuais homogêneos (GIDI, DIDIER)
- AÇÕES INDIVIDUAIS CONCOMITANTES – SUSPENSÃO CATULTATIVA, A
PARTIR DA CIÊNCIA DA AÇÃO COLETIVA (LITERALIDADE DO ART.104
CDC)
- STJ, TODAVIA DETERMINA A SUSPENSÃO OBRIGATÓRIA E DE OFÍCIO
AO SE TRATAR DE LITÍGIO MULTITUDINÁRIO (RESP..1110.549-RS,
julgado sob a sistemática dos recursos repetitivos.
AULA 17
31/08/17
Professora: Juliana Provedel.
AULA 17
17.2 (quinta-feira)
QUESTÃO 1
CPC/15 trouxe o art.1º que diz que a interpretação deste código se dará de
acordo com os valores da Constituição. Esse artigo faz toda a homogeneização
do ordenamento.
1965- Lei da Ação popular. Em 1985 tivemos a Lei da Ação Civil Pública,
depois a ADCT, depois CDC e nesse meio termo o Código de Processo Civil de
1973.
Art.139, X NCPC:
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar
o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros
legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985,
e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso,
promover a propositura da ação coletiva respectiva.
QUESTÃO 2
Processo hoje não é mais um fim em si mesmo. Ele visa tutelar direitos, dando
a satisfação ao direito (procedência x improcedência). Então a primazia do
julgamento de mérito vem nesse sentido.
126
O legitimado no processo coletivo, em regra, é o instituto processual.
QUESTÃO 3
Pode, pois se a parte quiser aproveitar o julgamento da ação civil coletiva, ele
poderá, devendo pedir a suspensão da ação, pois a ação individual não tem
litispendência com a ação civil coletiva.
AULA 17
01/09/17
Professora: Susana Henriques da Costa
AULA 17
17.3 (sexta-feira)
127
Acontece que, não é porque tem direito que as pessoas cumprem. E aí tenho
conflitos derivados de relações de massa, e terei direitos respeitados por
indivíduos com o maior poder de barganha.
Caso o direito não seja respeitado, irei buscar a saída jurídica (tutela) ou a
autotutela).
Esses conflitos de massa, quando entram no judiciário, a depender da
característica deles, possuem a nota da indivisibilidade.
A solução dada ao caso tem que ser invariavelmente a mesma para todas as
pessoas.
Ex: poluição do meio ambiente (água). Eu moro lá e quero propor ação voltada
para despoluir a minha água. Eu posso entrar com uma ação para despoluir a
minha água? Não. É um bem jurídico indivisível, terá que despoluir o rio
inteiro.
X foi lesada pela poluição do rio, e quer ajuizar a demanda para condenar a
empresa em uma obrigação de fazer consistente em despoluir o rio. Posso
ajuizar essa demanda? Não.
Por que o CPC me impede?
Como o CPC lida com os direitos indivisíveis? Se eu ganhar todo mundo
ganha, se eu perder todo mundo perde.
CPC- se a relação é indivisível tem que estar todo mundo no polo da demanda
(litisconsórcio unitário).
Por que o CPC faz isso? Pois existe uma questão de legitimidade política, que
se eu sofrer os efeitos de uma decisão judicial, eu tenho que ter o direito de
participar da relação.
Tenho de um lado que a constatação do legitimado X equacionamento de
valores que se eu abrir a porta para qualquer um falar e trazer esse interesse
para o Judiciário eu posso violar o sistema, criando um sistema
inconstitucional.
Grande dilema do final da década de 70.
As sociedades ocidentais organizavam conflitos em massas.
Ação popular desde a dec.70. Ninguém utilizava, pois estava na ditadura
militar.
O grande marco é nossa ação civil pública editada em 1985. Um projeto de lei
do MP/SP que atropelou o projeto da Ada Pelegrini, o qual foi buscar solução
do ordenamento jurídico no direito americano (class action), mas que adaptou
sobremaneira as soluções do commom law ao do civil law. O modelo brasileiro
é exportado para o mundo inteiro (Portugal, Japão).
Tem ume série de leis que tem algum capítulo voltado ao processo coletivo.
Legislação:
- Lei da Ação Popular (Lei n.417/65)
- Lei de Ação Civil Pública (Lei n.7347/85)
- Constituição Federal de1988
- lei nº 7.913/89, que trata da responsabilidade por danos causados a
investidores no mercado imobiliário
- estatuto da criança e do adolescente (lei nº8069/90)
- Código de Defesa do Consumidor (Lei n.8078/90)
- Lei de Improbidade Administrativa (lei nº 8.429/92)
- Lei nº 8884/94, que busca a prevenção e a repressão às infrações contra
a ordem econômica.
- estatuto do idoso
Temos no processo coletivo duas ou três normas que são a coluna dorsal.
Terei regras específicas que vão orbitar ao toro da coluna dorsal e você
procura em cada uma dessas normas.
128
(Coluna dorsal)
CR/880
LACP
CDC
ECA
EI- Estatuto Idoso
LIA
FC
(NORMAS ESPECIFICAS)
Obs: Normas específicas derrogam normal geral
Interdependência entre a LACP e o CDC
- Art.21, LACP:
- Art.90 CDC:
129
O legitimado é o fato de eu respirar o ar poluído de Vitória. É impossível
determinar exatamente quem são os prejudicados, pois como é fato, muda o
tempo inteiro.
Se eu for ajuizar uma ação voltada para despoluir o ar de Vitória, estou
tutelando o interesse difuso.
Coletivo: interesse essencialmente coletivos (ele não consegue entrar no
Judiciário, pois está fechado pela regra do litisconsórcio). Pois não dá
para dividir de um jeito para um e de um jeito para outro.
Coletivo de pessoas indivisíveis. A diferença é que os membros dos direitos
coletivos são mais próximos. O que une os membros dessa coletividade entre
si não é o mero fato, mas a existência de uma relação jurídica prévia. São
interesses corporativos.
Grupo, categoria ou classe- coletivo de pessoas que compõe algo mais coeso.
Essa coletividade é mais fechada.
Eu tenho um dissídio coletivo de determinado Sindicato, eu estarei
trabalhando com coletivo strictu senso, que irá beneficiar os sindicalizados ou
não.
Ex: o Darwin irá reajustar sua mensalidade e lá atrás existia um índice
inflacionário e a grande discussão jurídica era se esse índice era ou não
vinculante. O MP ajuizou uma demanda a condenar essa escola para observar
o índice anual do conselho de educação.
Eu não estou buscando uma vinculação agora. Irei beneficiar os alunos atuais
e futuros. Essas demandas são voltadas para o futuro.
Uma coletividade indeterminável, mas determinável com o decorrer do tempo.
O que faz com que una essa coletividade? Relação contratual- ela é mais
identificável do que a relação anterior.
Uma relação jurídica prévia- o contrato existia antes.
130
- ligados por circunstâncias de fato, (subjetivo)
aleatórias e mutáveis (objetivo) - unidos entre si ou com a parte
contrária por uma relação jurídica
objetiva
INTERESSES DIVISÍVEIS
Interesses individuais homogêneos
- titulares determinados
- origem comum: do qual derive o traço da homogeneidade;
AULA 18
13/09/17
Professor: Diego Pimenta Moraes
AULA 18
18.1 (quarta-feira)
131
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.
CONCEITOS:
Dano ao Erário, violação ao princípio do soldado de reserva e recentemente
concessão ou aplicação indevida de recurso financeiro...
5 aspectos:
- elementos que formam a improbidade
- sujeitos: passivo do ato de improbidade e do sujeito ativo
- tipos de improbidade
- sanções cominadas na legislação
- prescrição?
Ilegalidade qualificada ..e que ..atinge alguns dos tipos da LIA (bens
jurídicos protegidos)
- enriquecimento ilícito
- dano ao erário
- concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou
tributário
- violação aos princípios
132
Má-fé é você agir em determinada seara não se preocupando com o que
deveria fazer. É a má gestão causada pela desonestidade.
Ex: determinado prefeito adotou um comportamento amparado num parecer
aparentemente mal feito. Ainda que o parecer tivesse sido mal feito, você não
tem como sustentar que ele se descuidou e agiu com má-fé.
Não posso afirmar que toda ilegalidade é uma conduta improba.
FUNDAMENTOS
1. Bem jurídico tutelado – administração pública proba e eficiente
2. Direito fundamental à boa administração pública: direito difuso,
indeterminável.
3. Probidade como direito difuso (caráter metaindividual)
133
A improbidade se insere dentro desse modelo de intervenção. É uma figura
híbrida entre o direito administrativo e civil. Hssemer é um penalista e diz que
os direitos difusos (financeiros, consumidor) são resistentes a esfera penal.
Então temos que criar uma esfera híbrida dessas contaminações como
inversão do ônus da prova.
134
- FUNDAMENTO:
1. Art. 13 da Lei 9.807/98 e arts 4ª a 7ª da lei 12.850/2013 (analogia)
2. forma de estímulo à confissão extraprocessual
3. falta de justa causa/ interesse
37 min. Dica de mono
4. ACPRPS DE LENIÊNCIA – INTERAÇÃOCOM A LEI ANTICORRUPÇÃO
(ART.16 DA EI 12.846/2013)
5.
NOTAS FINAIS SOBRE O IC
1. VALOR PROBATÓRIO DO IC X PROVAS PRODUZIDAS NA INSTRUÇÃO
(PRECEDENTES DO STJ – V, RE 476660/MG)
- ATENÇÃO:
A) PROVAS REPITÍVEIS
PROVAS IRREPETÍVEIS
EX: (ESTUDOS TÉCNICOS ART.472 CPC) prazo para conclusão LAC C
SOLUÇÕES DO MP (PAUSA: DEMORA RAZOÁVEL)
3. TRANCAMENTO DO IC?
Sim, se a investigação é teratológica. Eu vou utilizar o MS para
trancar esse Inquérito civil.
PROVIDÊNCIAS DO MP DIANTE DO IC
2. ARQUIVAMENTO (ART.9, LACP)
PAUSA: não trivialiação da LIA
MOTIVOS DE ARQUIVAMENTO
- PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA?
- A PROBLEMÁTICA DO ELEMENTO SUBJETIVO (ESTRATÉGIAS
UTILIZADAS PELO MP PARA CARCATERIZAÇÃO DO DOLO)
PAUSA: ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (ART.9º, VII, DA LIA X CF)
- PRESCRIÇÃO (ART.23 DA LIA)
AULA 18
14/09/17
Professor: Gustavo Senna
AULA 18
18.2 (quinta-feira)
Copiar slides
135
2. PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE DA TUTELA REPRESSIVA DA
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Insiro a improbidade dentro da tutela difusa, então trabalhamos a ideia da
máxima efetividade das ações de improbidade administrativa, razão pela qual
não se admite retrocesso social no campo das ações de improbidade.
CONSEQUÊNCIAS
1. Ilegitimidade dos ataques legislativos, jurisprudenciais, doutrinários
2. Microssistema repressivo da tutela de probidade adm
FUNDAMENTOS
1. Bem jurídico tutelado – administração pública proba e eficiente
2. Direito fundamental à boa administração pública
3. Probidade como direito difuso (caráter metaindividual) – posições.
PAUSA:
DO CARÁTER SANCIONADOR DA LIA E SUAS CONSEQUENCIAS (MODELO
DE DIREITO DE INTERVENÇÃO – HASSEMER)
136
INCIDÊNCIA DOS PRINCÍPIOS TÍPICOS DO DIREITO E DO PROCESSO
PENAL?
- Legalidade (Ex: art. 12 da lei 12813) – técnica da tipificação)
- Proporcionalidade
- Culpabilidade
- Non bis in idem (?)
- Devido processo legal
- Presunção de inocência (Ex: art. 20 da LIA x HC 126.292 Pleno STF)
- Contraditório e ampla defesa
- Correlação entre acusação e sentença (congruência)
QUESTÕES IMPORTANTES - 1
1. INQUÉRITO CIVIL E LEGITIMIDADE DO MP (CF, ART. 129, III; LACP,
ART. 8º)
2. REGULAMENTAÇÃO: RESOLUÇÃO N. 23/2007 DO CNMP E
RESOLUÇÃO 006/2014 DO CSMPES
3. INSTAURAÇÃO – OBJETO DEFINIDO
4. NATUREZA E FINALIDADES
5. PROCEDIMENTO DO IC
CONTRADITÓRIO - assegurado
OITIVA DO INVESTIGADO – OBRIGATORIEDADE ? Obrigação de notificar
investigado
SIGILO (SÚMULA VINCULANTE 14 DO STF?)
QUESTÕES IMPORTANTES – 2
1. INTERCEPTAÇÃO TELEFONICA E AMBIENTAL
2. DA PROVA EMPRESTADA
3. QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO (LC 105/2000)
4. LAVAGEM DE CAPITAIS (LEI 9613/98) – COOPERAÇÃO JURÍDICA
INTERNACIONAL?
5. COLABORAÇÃO PREMIADA?
137
3. TRANCAMENTO DO IC?
PROVIDÊNCIAS DO MP DIANTE DO IC
2. ARQUIVAMENTO (ART. 9 LACP)
PAUSA: NÃO TRIVIALIZAÇÃO DA LIA
- MOTIVOS DE ARQUIVAMENTO
- PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA?
- A PROBLEMÁTICA DO ELEMENTO SUBJETIVO (ESTRATÉGIAS UTILIZADAS
PELO MP PARA CARACTERIZAÇÃO DO DOLO)
PAUSA: ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (ART. 9º, VII, DA LIA X CF)
- PRESCRIÇÃO
PEGAR SLIDES
DA AÇÃO DE IMPROBIDADE
- TERMINOLOGIA – ACP? – POSIÇÕES
- LEGITIMADOS (ART. 17 DA LIA)
1. MP (V. §4º) – LITISCONSÓRCIO ENTRE MP
2. PESSOA JURÍDICA INTERESSADA
OBS1: NÃO SENDO AUTORA (V. §3º) – FORMA DE ATUAÇÃO:
“INTERVENÇÃO MÓVEL” (MOMENTO PARA TOMAR POSIÇÃO? RETRATAÇÃO
DA OPÇÃO ELEITA: PRECLUSÃO LÓGICA?)
OBS2: PERTINÊNCIA TEMÁTICA
ASSOCIAÇÕES E CIDADÃO COMUM?
LITISPENDÊNCIA (EX: AP COM PEDIDO DE APLICAÇÃO DAS SANÇÕES DA
LIA – DIMINUIÇÃO SUBJETIVA DA DEMANDA)
DEF. PÚBLICA?
DA COMPETÊNCIA – 1
1. FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO?
TENDÊNCIAS:
- LEI 10628/02 – ADIN 2797 (JUG. STF 15/09/05) – CONFERIR
INFORMATIVOS 401 E 572 STF
- EC ESTADUAL 85, DE 09/07/2012
- PDC 385/05 (ART. 2º) – ART. 97-A CF
- STF: QO NA PET 3221-0, DJ 27/06/2008 (V. TAMBÉM STJ: RCL 2790/SC,
CORTE ESPECIAL, DJ 4-3-2010)
- CRÍTICAS AO FORO PRIVILEGIADO
15/09/17
138
Professor: Marcelo Zenkner
AULA 18
18.3 (sexta-feira)
CORREÇÃO EXERCÍCIO
139
CONTEXTUALIZAÇÃO:
Juízo de prelibação:
Ex: é muito comum diante de uma PI por ato de improbidade pública ao invés
de apresentarem uma notificação para defesa preliminar, fazem a citação, vem
o advogado apresenta contestação, vem o promotor e apresenta réplica (volta
par ao juiz), que faz saneamento...Em determinado momento verificam que
não teve o juízo de prelibação, o que acarreta nulidade absoluta, por violação
de ampla defesa.
140
No início o STJ anulava o processo inteiro para que fosse feito o juízo de
prelibação. Se não houver demonstração que houve prejuízo, não haverá
nulidade (encontraram uma saída política absurda para isso).
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo
Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias
da efetivação da medida cautelar.
Ela é uma ação coletiva especial, pois é de cunho sancionatório, que tem por
objetivo a tutela do direito difuso (agentes púbicos probos). O direito indivisível
é de titularidade indeterminada, por isso é reconhecidamente uma ação
coletiva e segue as regras do processo coletivo. Salvo um ponto: regime da
coisa julgada.
Essa ação não é uma ação civil pública, pois ação civil pública é espécie do
gênero ação civil coletiva (procedimento, regime da coisa julgada e legitimação
são distintos).
2013- Entrou em vigor a Lei 12.843/13- veio na verdade suprir uma lacuna
que existia em relação a tutela da probidade administrativa. A lei 8.429/1942
ela foi construída pensando sempre nas pessoas físicas, a saber: agentes
públicos e sócios de pessoas jurídicas, ou representantes de pessoas jurídicas.
Lei da ação de improbidade art 12, III:- Uma sanção específica e destinada ao
particular:
A sanção que faz menção especifica ao sócio, pois se você aplica essa sanção a
pessoa jurídica, o que o sócio faz? Fecha a empresa e abre outra. Por isso que
essa sanção incide na pessoa física.
141
- Pessoa física envolvida no ilícito: regime da lei de improbidade
administrativa. - Pessoa jurídica envolvida no ilícito: regime da lei de
corrupção empresarial
Professor: depois que ajuizar essas duas ações, teremos conexão, já que os
fatos são os mesmos? SIM. A consequência da conexão é que os processos
serão reunidos e teremos unificação do procedimento, ou seja, o que vai gerar
maior amplitude de defesa.
Para que isso não ocorra, a fim de ajuizar apenas uma ação, basta
fundamentar nas leis corretas. As vezes tinha prova da PJ mas não tinha da
PF e o STJ tem jurisprudência torrencial que você só pode condenar OJ ou
particular se você condenar o agente público. Pois não existe ato de
improbidade se você não tiver ao mesmo tempo o envolvimento do agente
público.
142
em curso por atos ilícitos praticados antes da entrada em vigor da lei de
combate a corrupção empresarial.
Ex: tem uma ação de improbidade em 2011. A empresa chega para o promotor
e propõe o acordo de leniência, afirmando que tem provas e quer confessar. O
promotor nega e diz que só se aplica depois de 2014 (isso não faz o maior
sentido). Segundo o professor, tem que retroagir.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo
Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias
da efetivação da medida cautelar.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o
caput.
SUJEITOS DA IMPROBIDADE
Sujeito ativo – agente público, seja ele servidor ou não
A lei e bastante clara nesse sentido.
143
indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente
das atribuições do agente público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a
aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de
serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de
mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a
alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço
por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à
disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem
como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados
por essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou
indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio,
de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade
ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou
indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras
públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida,
qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja
desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou
assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível
de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições
do agente público, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou
aplicação de verba pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou
indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que
esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta
lei.
144
utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado,
ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores
do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei,
sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à
espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem
integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta
lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de
mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou
serviço por preço superior ao de mercado;
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo
indevidamente
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo
para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-
los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de
2014) (Vigência)
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei
ou regulamento;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como
no que diz respeito à conservação do patrimônio público;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça
ilicitamente;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos,
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade
ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei,
bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a
prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as
formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e
prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na
lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao
patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou
valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de
2014) (Vigência)
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize
bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração
pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
145
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das
prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com
entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação
dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou
influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei
nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou
influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei
nº 13.019, de 2014) (Vigência)
146
Tipificação aberta significa que trazem uma conduta genérica no caput e
meros exemplos nos incisos, o que significa que se você não enquadrar nos
incisos enquadra no caput.
- Rol exemplificativo
- Exigência de vínculo subjetivo
- ARTIGO 9
Ato comissivo e doloso
- ARTIGO 10
Atos comissivos ou omissivos, dolosos ou culposos
- ARTIGO 11
Atos comissivos ou omissivos e dolosos
- Territorialidade e extraterritorialidade
Ato praticado no Brasil ou no exterior.
RESPOSTA EXERCÍCIO
147
A lei de improbidade incide sobre as PJ? Sim. Até 29/01/2014 Sim. Depois
dessa data não.
Se não fosse aquele secretário e sim outro, que foi nomeado em dezembro,
qual seria a atitude a ser tomada pelo novo secretário de justiça? Contratar
emergencialmente. O vício foi antes, apesar de ele ter “fabricado a situação”.
Não houve dano ao erário. Posso enquadrar essa criatura no art.10 da Lei de
Improbidade sem prova de dano ao erário? Isso tem que fazer parte da
investigação do promotor no inquérito civil. É a primeira coisa que ele vai
verificar.
E qual o preço então? Ah, não sei, mas teve dano ao erário...
Não podemos trabalhar com isso em abstrato. O Promotor tem que colocar
qual o valor do dano ao erário na Petição inicial.
148
Se o juiz enquadrar a conduta em um artigo e o MP quer que seja enquadrado
em outro? O juiz pode enquadrar no art.11 se o promotor pediu no art10? Vai
configurar julgamento extra petita?
Se o promotor enquadrar no art.9 e o juiz acha que é mais grave ele poderá
também ir do mais grave para o menos grave e vice-versa.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que,
mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato
de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Ainda que por intermédio da pessoa jurídica pela qual seja sócio minoritário, a
redação é clara de que essa sanção é direcionada a pessoa física.
Isso acontece para atos ilícitos ocorridos até 29/01/2014 (lei de anticorrupção
empresarial). Aí você pode aplicar promiscuamente a lei de improbidade das
PJ’s. se o ato tiver sendo praticado a partir de 29/01/2014.
Artigo 5º lei 12846, inciso IV, alínea “d” – fraudar licitação pública ou contrato
dela decorrente.
Art. 5o Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou
estrangeira, para os fins desta Lei, todos aqueles praticados pelas pessoas
jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1o, que atentem contra o
patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da
administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos
pelo Brasil, assim definidos:
[...]
IV - no tocante a licitações e contratos:
149
[...]
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
CORREÇÃO
20/09/17
Professor: Rodrigo Klipel
AULA 19
19.1 (quarta-feira)
A Lei é de 91. Já que não cabe mais falar de férias forenses, essa regra poderia
ser aplicada por analogia ao recesso?
150
A questão do despejo traz uma urgência em si: ou precisa daquele lugar para
residir ou precisa de fazer dinheiro com aquilo.
Via de regra, poderia aplicar essa regra de continuidade dos prazos ao fim de
ano? Sim.
Você só manteve a contagem dos prazos para poder residir, fazer dinheiro....o
despejo quando é acumulado com valores anteriores ele não perde nada
dessas características.
José é titular do imóvel (locador). Ele loca para Luiz Inácio o imóvel (prédio).
Luiz enquanto reside no prédio gera diversos danos. Qual o fato gerador do
dano? Conduta do Luiz Inácio.
STJ: a legitimidade é tanto de Luiz Inácio quanto de José. Quais foram os dois
fundamentos pelas quais José (proprietário do imóvel) é sim legítimo para ser
réu nessa demanda?
Qual direito que esse negócio jurídico faz nascer? Posse direta. A posse
indireta é mantida para o locador.
151
Primeiro fundamento: se o locador tem posse indireta, ele mantem os deveres
inerentes a posse (resguardar o patrimônio, responsabilizar-se pelos danos).
Nesses casos podemos sim ter como legitimado passivo tanto o locador quanto
o locatário.
Chega um dia que alguém te ameaça e subtrai algo- complexo de fatos da vida
que extraímos do art.157.
152
Quando a gente olha um conjunto de fatos da vida e a gente tenta ligá-lo a
uma norma, será que todos os elementos de fato da vida são essenciais para
caracterizá-los como jurídicos ou só apenas um desses?
Quando a gente observa o conjunto de fatos da vida que se liga a norma, esse
conjunto de fatos é chamado de suporte fático.
Acontece que esse conjunto de fatos é formado por vários elementos. Via de
regra, quando isso acontece, eu consigo pegar aqueles fatos obtidos e chamar
alguns deles de nucleares.
Qual desses fatos são essenciais para eu dizer que o fato jurídico nasceu? Os
elementos nucleares formam o primeiro plano do fato jurídico, chamado plano
da resistência. Se todos aqueles fatos nucleares existiram, posso dizer que
existe juridicamente fato jurídico.
Ex: abro os autos do processo e está escrito lá “sentença”. Observo que ela tem
um dispositivo que mandou João pagar R$ 1.000,00 a Maria, mas não tem
fundamentação nenhuma. O que seria o mínimo de elementos fáticos?
Além dos elementos nucleares temos outra ordem de elementos, que são os
elementos completantes.
153
Quais são os elementos completantes do suporte fático?
a) Relacionados a você verificar se a vontade que você já sabe que existiu;-
Se eu tenho vontade livre e consciente
b) Objeto: lícito
c) Forma prescrita ou não defesa em lei.
Depois que a gente passa do plano da validade (fatos jurídicos em que a
vontade é relevante- negócios jurídicos e ato jurídico strictu senso).
Vontade livre e consciente: coação, erro, dolo (vontade não livre); incapacidade
(situação de inconsciência).
Quem assinou o contrato- assinou dizendo que abre mão a todo direito de
indenização e retenção.
Ex: tenho um processo perfeito, mas quando chego na sentença ela não tem
dispositivo.
Ex: vamos imaginar que esse processo tenha iniciado de ofício. Qual o
primeiro ato da cadeia procedimental? Petição inicial. Quando eu falo em uma
cadeia, só posso iniciá-la quando ela tiver o primeiro ato. Processo iniciado de
ofício sem autorização legal (falta o primeiro ato da cadeia e ela se desdobra
através dele, posso dizer inexistência do processo como um todo).
154
Ex: sentença- pelo exposto, confiro à pessoa X os pontos da questão Y. Depois
de ter escrito isso, o juiz escreveu que está dispensada a remessa necessária,
com base nos §2º e §3º do art.275- um dos parágrafos dizia que você
dispensava remessa necessária se tivesse uma demanda cujo valor fosse
inferior a 60 SM.
Uma demanda como essa você tem como estipular o valor da causa?
O juiz disse que não cabia remessa necessária numa hipótese que não cabia.
Não sei o que aconteceu, mas sei que essa decisão fez coisa julgada em tese
porque o derrotado não recorreu.
Quando a gente tem a execução de um título judicial qual ato jurídico que
queremos os efeitos realizados? Título jurídico (ato jurídico). Todo ato jurídico
dele nasce uma relação jurídica.
155
tinha um imóvel parado, alguém locou dele por um valor barato, locou por um
preço bom e o dono ficou com olho gordo.
Ex: a citação era de Luiz Inácio em face de Vinicius pleiteando 2 SM por mês
de pensão, 2) indenização por danos morais de 300.000,00, pois matou Luiz
Inácio. O Carro de Vinicius foi responsável pelo acidente que vitimou Luiz
Inácio.
Por que temos tanta dúvida diante do caso concreto? Tanto quando analisa
condição da ação quanto no mérito, você tem em ambas as hipóteses a análise
da relação de direito material.Quando a análise da relação de direito material é
feita nos dois casos é a mesma qualidade de análise? Não pode ser.
Teoria da asserção: critério adotado com muita frequência pelo STJ. Quando
você analisa as condições da ação, você verifica a relação de direito material
com base exclusivamente nas relações do autor.
Vinícius contesta e mostra que aquele carro não era dele há 3 anos.
Essas informações foram juntadas aos autos depois da PI.
156
A informação só surgiu depois e não é a alegação. Se você só consegue
demonstrar que não existe pertinência subjetiva por conta de informação que
veio depois na contestação, você vai resolver isso no mérito.
Teoria da asserção significa teoria da afirmação.
Alternativa à teoria da asserção- uma hipótese como essa só pode ser carência
ou só pode ser improcedência.
Condição da ação é requisito de viabilidade da demanda. Quando eu analiso
se uma demanda e viável ou não, eu não posso fazer uma análise se o direito
exige ou não.
Análise de condição da ação não pode te levar à conclusão de que X não tinha
direito (análise de mérito).
Considerar que falta condição da ação significa considerar com base em uma
análise em abstrato de um direito material que o requisito não está
preenchido.
Vou analisar simplesmente em abstrato a relação de direito material.
Ex: vamos supor que eu sou um velho de 72 anos. Não tenho problema de
doença, mas fico inventando doença para conseguir remédio do Estado e
vender no mercado negro.
157
Toda análise de carência da ação o juiz não conhece a relação de direito
material. Ele usa como se fosse uma hipótese lançada. Problema é que ele está
verificando uma característica dela.
O juiz chegou, olhou a prova, e concluiu que não tem 3 anos de atividade –
isso é mérito que você já analisou ali na inicial.
Se ele não tem direito vou julgar improcedente. Aqui eu estaria dizendo que se
o direito existe ou não é direito processual.
21/09/17
Professor: Marcelo Rosado
AULA 19
19.1 (quinta-feira)
QUESTÃO 1
a) Pode ser alegado- direito de retenção em contestação e reconvenção, sob
pena de preclusão. (art.538, § 2º CPC).
Art.538, §2º:
Art. 538. Não cumprida a obrigação de entregar coisa no prazo
estabelecido na sentença, será expedido mandado de busca e apreensão ou de
imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou
imóvel.
§ 2o O direito de retenção por benfeitorias deve ser exercido na
contestação, na fase de conhecimento.
Tem que alegar na contestação sob pena de preclusão.
O art.35 da Lei do Inquilinato: se você não exercer o direito de retenção, esse é
o único direito que você perde.
Nas ações gerais do CPC de execução de titulo judicial para entrega de coisa,
você tem o título executivo extrajudicial e não tem contestação. Neste caso que
158
não tem a ação de conhecimento de alegar o direito de retenção, aí você
entrará com embargos à execução (art.917, IV).
(PEGAR COM NÁDIA)
QUESTÃO 2
É possível com base no art.190 CPC, que é o art. que prevê a possibilidade de
negócio jurídico processual.
No CPC 73 já havia negócio jurídico processual que era a cláusula de eleição
de foro.
A novidade no CPC são os negócios jurídicos atípicos.
P.único art190
Não precisaria do juiz, ele só atua pra controlar validade.
b) Art.200 CPC.
QUESTÃO 3
Seja qual for o fundamento o locador tem que mover ação de despejo. Se a
causa de pedir tem relação com o vinculo contratual que foi extinto, tem que
seguir a lei de locação.
Há dois caminhos: 1) juízo de identificação e deixar de lado o nome iuris.
Ex: a parte entra com apelação contra uma sentença pedindo que o juiz se
manifeste sobre o ponto que foi omitido. O juiz irá rejeitar porque o recurso foi
indevido? O ideal e o juiz receber como ED.
2) Se a peça está toda fundamentada na possessória, o juiz não irá
extinguir e sim intimar a parte, indicar qual o vício, e emendar a inicial.
Art.317 CPC
QUESTÃO 4
a) Não é necessário no caso de pagamento que a pessoa se sub-roga, essa
subrogação e automática. Não precisa de ação de conhecimento para
isso.
a)
Lembrando que A impugnação não forma nova relação jurídica (resistência
dentro da mesma ação.
A impugnação é o caso para os cumprimentos de sentença. Para esses casos a
peça adequada é a impugnação. Mas, para os casos Com titulo extrajudicial,
entra com Embargos.
No caso a resposta são os embargos a execução.
Os embargos independem de caução (art.914).
b) O fiador pode executar nos mesmos autos;
c) Prazo prescricional de 3 anos STJ contado a partir de 2008.
d) Via processual adequada: embargos à execução
- impugnação: cumprimento de sentença
- embargos à execução: execução por título executivo extrajudicial
e) necessidade de prévia garantia de juízo: não- art.916.
159
A questão da fungibilidade: a impugnação n]ao precisa vir instruída, mas os
embargos à execução precisam de instruir. Ou o juiz manda desentranhar a
impugnação ou ele manda o exequente (impugnante) fazer isso.
QUESTÃO 5
a) Não precisaria de notificar. Descumpriu já está em mora.
b) Art.267 e art.275
Não tem problema com a sentença por não ter sido integrado a lide o outro
irmão. Ele poderia impugnar? Ele não teria interesse.
c) Não, isso se dá por conta do art.73, §1º - litisconsórcio necessário.
Ainda que não fosse imagine dois locatários. Seria possível você
rescindir apenas em relação a um e ao outro não? Até pela questão de
direito material, os dois deveriam ser alinhados no polo passivo.
O art.115 do CPC prevê isso como hipótese de nulidade.
O juiz de ofício deveria mandar o locador emendar a inicial (art.115, púnico).
Ordem de despejo o que a esposa poderá fazer? Querela nulitatis. Embargos
de terceiro.
d) E quanto ao Joaquim que é o fiador? Único efeito processual é que a
sentença é ineficaz em relação a ele. Sumula 268 STJ.
e)
QUESTÃO 6
Art.784. VIII
Não teria interesse de agir, pois já teria o título executivo.
Art.785 CPC-
Pode ação monitória.
QUESTÃO 7
Não tem mais interesse no contrato de aluguel
Denuncia vazia: não esta motivando / denúncia cheia: motivada para aquelas
hipóteses previstas em lei.
STJ- essa regra limita o direito do locador- apenas os imóveis em que são
prestados os serviços da atividade fim.
Então neste caso e possível sim fazer a denuncia e depois a ação de despejo.
Art.1º da lei.
QUESTÃO 8
a) Ex: CAIXA. O entendimento é que se aplica a lei de locação.
b) O entendimento é de que o que determina o tipo de locação é a
destinação.
c) A lei não se aplica nos casos de garagem. Mas nesse caso se aplica
normalmente a lei de locações.
QUESTÃO 9
As ações locatícias tramitam normalmente no recesso.
E numa situação em que você cumula uma ação locatícia com outra não
locatícia? A regra é suspender no recesso. Então nesse caso de cumulação
você suspende todos os prazos e atinge também a demanda em que há a ação
locatícia.
QUESTÃO 10
160
Natureza constitutiva- (pode ser executada).
QUESTÃO 11
Art.67, III.
Apenas até a sentença, pois tem efeito liberatório. A jurisprudência tem dado
uma leitura mais maleável- pode até o transito em julgado.
Se depois do transito em julgado ele continuar recebendo terá que entrar com
nova ação.
QUESTÃO 12
a) Não.
b) Ação renovatória é aquela em que serve para imóvel não comercial para
renovar o aluguel. Ideia de você proteger fundo de comércio criado pela
pessoa jurídica. O objeto principal pode repercutir no valor. O locador
pode pedir que seja estipulado novo valor de aluguel. A pessoa física
que alugou, mas a PJ que se instalou no imóvel (art.52, §2º lei do
inquilinato).
c) STJ- neste caso ele pode, pois é um novo aluguel. Se o contrato fosse
extinto elas se incorporam ao imóvel. Passa a ser propriedade do
locador, do proprietário. Como o contrato foi extinto, irá considerar toda
propriedade. Fará em pedido contraposto.
22/09/17
Professor: Rogério Licastro Torres de Melo
AULA 19
19.3 (sexta-feira)
AÇÕES LOCATÍCIAS
Nós temos 3 ações locatícias puras:
1) Despejo: por falta de
pagamento;
2) Ação renovatória;
3) Ação revisional;
A ação consignatória-
Art.58 lei 8245/1991
- disposições processuais específicas aplicáveis às ações locatícias
- ações locatícias: despejo, consignatória, renovatória, revisional de
aluguel.
A lei de locações tem suas apelações guiadas apenas pelo efeito devolutivo.
O efeito suspensivo automático da apelação é o convite para apelar.
O art.58 da Lei contém as regras específicas processuais da lei de locações.
Quando estivermos diante de ações locatícias, temos que ter em mente que há
uma escala de aplicação. As ações se guiam primeiramente pelas disposições
especiais constantes do art.58 e o que não houver conflito, buscamos o CPC.
I- Os processos
tramitam durante as férias forenses e não se suspendem pela
superveniência delas;
Temos férias forenses?
161
02-31 de janeiro e 02-31 de julho (antes era assim).
As ações locatícias escapavam das férias forenses. Acontece que em 2004
tivemos a emenda constitucional 45/2004 que estabeleceu a reforma do
judiciário. Ela criou o princípio da ininterruptibilidade da jurisdição.
As férias forenses foram extintas em 2004.
Recesso forense, seja o recesso decorrente do provimento dos Tribunais, seja o
recesso do código de processo são figuras comparadas a férias forenses? Não.
Quando falamos em férias forenses é interrupção da atividade jurisdicional.
Após a emenda de 45 há recesso forense (haverá atividade jurisdicional), o que
não há são publicações de atos processuais que envolvam as partes.
Não pode fechar o Fórum, pois seria violador da Emenda 45.
- os acessos determinados pelo Poder Judiciário não se confundem com
férias forenses;
- recesso: interrupção
- 20/12 a 20/01 (NCPC) ; art.230 NCPC
- de conformidade com o conteúdo de predito provimento, os prazos
processuais que estavam em fluência quando do advento do período de
recesso ficam suspensos e voltam a fluir, no que sobejou, no dia seguinte
ao encerramento de recesso em referência.
II- É competente para
conhecer e julgar tais ações o foro do lugar da situação do imóvel, salvo
se outro houver sido eleito no contrato.
Qual a regra de competência territorial nas ações locatícias?
O foro de eleição é o prioritário.
Só será competente o foro de local de locação do imóvel, caso não exista foro
de eleição.
Se as partes convencionaram o foro, o interesse da parte tem que preponderar
sobre o foro da situação do imóvel.
Ex: locatário e locador não habitam a comarca em que o imóvel se situa.
É muito comum que na locação por temporada não seja do imóvel locado ou
de locação comercial.
A competência definida prioritariamente conforme oro de eleição. O
art.58, inc.II da Lei de Locações é claro ao atribuir primazia ao foro de
eleição, ficando em segundo plano a competência terrotiral definida em
razão do local da situação da coisa.
- subsiriariamente, não existindo foro de eleição no contrato vigora a
regra do foro da situação da coisa.
- a regra do foro da situação do bem locado não se aplica a hipóteses de
execução ou cobrança de alugueis.
III-
As ações locatícias tem o valor da causa própria.
- observe-se que o aluguel a ser tomado como base para o cÔmputo do
valor da causa é aquelevigente à data da propositura da ação, ou seja,
acrescido de correções contratuais, caso existam.
- em hipóteses de pedidos cumulados (verbi gratia, ações de despejo
cumulado com cobrança de alugueis e encargos da locação), tem-se
entendido pela manutenção da regra dos doze alugueis como parâmetro
para fixação do valor da causa, especialmente porque a lei especial
prevalece sobre a legislação geral.
Se a locação for vinculada ao contrato de trabalho, a ação locatícia decorrente
dessa relação terá o valor de 12 salários do locatário (duvida??)
Segundo o professor esse inciso é um absurdo.
Ex: ação de despejo por dois alugueis atrasados- terá que atribuir 12 salários?
Tamanha incongruência.
162
A Lei do Inquilinato contem uma inconsistência, pois mais fácil seria atribuir o
valor da causa a expressão econômica da causa.
E se houver cumulação de pedidos (despejo + cobrança de aluguel?)? uso CPC
ou prepondera a lei de locações?
A jurisprudência entende que prepondera a lei de locações.
Isso por conta da hermenêutica (CPC é regra geral).
IV-
A lei de locação: à época de sua entrada e vigor introduziu alterações
legislativas bastante progressivas e prenunciadoras das doversas reformas
pelas quais viria a passar o direito processual ciil a partir do início dos
anos 1990.
- com efeito, ainda não vigora no regime geral do CPC, o regramento da
citação postal, o que somente veio a ocorrer em 1993, quando se viu
alterado o conteúdo do art.222 do CPC/73.
- hoje, por ser regra geral no CPC, é desnecessária a permissão contratual
para tanto.
Sedo pessoa física tem que exarar o AR de próprio punho.
Ainda que a citação postal não tenha sido recebida de próprio punho pela
parte, cabe a esta provar, pois nunca recebe.
“desde que prevista em contrato”: caiu por terra- em 94 tornou regra geral.
V- os recursos interpostos contra as sentenças terão efeito somente
devolutivo
- há, entretanto, uma importante observação a ser registrada: a apelação será
recebida somente no efeito devolutivo relativamente às sentenças que tenham
apreciado pedidos de natureza puramente locatícia, vale dizer, de pretensões
previstas na Lei 8.245/91 (despejo, renovação de aluguel, revisional de aluguel
e consignação de alugueres).
- na hipótese de a ação contar pedidos cumulados (um dos pedidos derivando
da Lei 8.245/91, o outro não), os efeitos da apelação da sentença que julgá-los
variarão conforme a parte da sentença que for recorrida.
Na medida em que temos o efeito suspensivo automático de uma apelação,
permitimos que todo um trabalho de partes, advogados e juízes, durante uma
tramitação de primeiro grau, seja jogado a trevas. Atribui-se a apelação um
poder de parar tudo e jogar no limbo a parte e seu direito por meia década.
O agravo tem efeito devolutivo e também tem efeito suspensivo especial.
Na apelação há o efeito suspensivo ope legis (automático), pois joga no lixo a
atividade de cognição.
Isso é um estímulo à recorribilidade.
A lei do Inquilinato é o reduto de evolução. Não conta com efeito suspensivo.
Lei do inquilinato- O efeito é ope judice (inserido na apelação por ato do juízo
se ele quiser- valaiando risco de dano, inviabilidade da apelação).
CPC- efeito suspensivo ope legis
Lei do Inquilinato: ope judice
Qualquer apelação locatícia terá só efeito devolutivo: a sentena comorta
cumprimento provisório desde já.
Como se atribui efeito suspensivo à apelação locatícia? Espécie de tutela de
urgência em grau recursal, seja cautelar seja antecipatória.
Requer-se por petição em separado demonstrando o periculum in mora e a
fumaça do bom direito.
A apelação nas ações locatícias tem só efeito devolutivo, mas se nós
tivéssemos despejo (pedido locatício) + cobrança (pedido comum) e a sentença
for de despejo e condenatória de cobrança> só terá efeito devolutivo em relação
ao pedido locatício. Mas terá duplo efeito em relação ao pedido não locatício.
163
AÇÕES DE DESPEJO
Esse conjunto é composto por duas espécies:
1) Ações de despejo de
rito comum; (antigo ordinário)
2) Ações de despejo de
rito especial; (falta de pagamento)
O que é despejar? Liberar de pessoas e coisas
O imóvel é despojado
Esvaziamento do imóvel porque essa posse se tornou indevida.
O despejo é uma consequência da ação:
Quando nós falamos em ação de despejo, apesar de ser um nome técnico da
ação, na essência é uma ação de rescisão do contrato.
Por que se rescinde um contrato? Pois houve lesão ao contrato.
Qualquer outra infração contratual que não o pagamento tem o despejo de rito
comum.
A ação não é de rito comum. a ação de rito especial é a locatícia – despejo por
falta de pagamento.
As ações de despejo: considerações preliminares
O caminho processual adequado à retomada da posse do imóvel locado é
o da ação de despejo qualquer...
Art.59-
EM 1991 NÃO HAVIA LIMINAR: existia apenas em MS, cautelar e embargos de
terceiro.
Rito ordinário na época tinha que esperar sentença. A Lei do Inquilinato
também já previa lá atrás uma tendência (liminares de despejo). Na ação de
despejo é possível a concessão de liminares. Qual a grande marca? Elas não
são liminares que exigem periculum in mora.
Liminar de despejo não tem urgência. O legislador criou um mecanismo para
que o locador retomar o imóvel sem periculum in mora e sem oitiva da parte
contrária.
O objetivo é punir o mal locatário, o mal inquilino.
Essa liminar tem como caução de três aluguéis e a caracterização de algumas
hipóteses do p.único do art.1009.
I- Ação de despejo
fundada no descumprimento de mútuo acordo>
Locatário e locador celebram por escrito um acordo de desocupação e é
assinado por duas testemunhas, sendo prevista a desocupação em 6 meses.
Passam os 6 meses e o inquilino não sai. Antes dessa lei do inquilinato tinha
que propor ação de despejo, mas não tinha liminar.
O legislador cria uma punição para o locatário- não tem que provar a
emergência, ela tem apenas caráter punitivo.
II- Locação vinculada a
contrato de trabalho:
A locação só fazia sentido pois estava conectada a um contrato de trabalho.
III- O termino do prazo
da locação para temporada, tendo sido proposta a ação de despejo em até
trinta dias após o vencimento do contrato;
A única condição que o legislador estabelece é que proponha a ação em até 30
dias do vencimento do contrato.
Se você faz o pedido numa ação de despejo de tutela provisória com base no
CPC. Você traz para si uma incumbência a mais: viabilidade do direito e
periculum in mora.
A liminar exige basicamente o fato (temporário, acordo descumprido).
O juiz quando pede uma liminar de despejo ele não tem discricionariedade.
164
IV- Morte do locatário
sem deixar sucessor legítimo
Antes de 1991 para que você desocupasse o imóvel não cabia liminar. Era só
após a sentença. Atento a essa hipótese o legislador cria o INCISO iv- O
despejo é liminar. pois não há vinculo jurídico entre quem esta morando e
quem sucedeu.
A jurisprudência entende que sucessor legítimo pode ser o herdeiro, o cônjuge,
o companheiro (inclusive em união homoafetiva) ou pode ser uma pessoa que
não tenha vinculo e comprovadamente era uma pessoa dependente do
falecido.
V- A permanência do
sublocatário no imóvel, extinta a locação, celebrada com o locatario
Extinguindo-se a locação principal exintgue-se a sublocação.
VI-
Poder publico intimou o proprietário, pois esta desabando.
Essa reparação urgente por despejo tem que ser determinada pelo Poder
Público.
Qual o drama das locações? Expiração da garantia.
Inquilino não tem fiador o que você faz?
Seguro-fiança: ela é cara e também por ano. Na prática expira o primeiro ano,
expira a garantia. Você pena como proprietária para garantir.
Antes, se você não tivesse a renovação da garantia deveria propor a ação de
despejo pelo rito comum sem liminar. E quando terminava ela estava
desprovida de garantia.
Atento a essa realidade, o legislador criou uma nova possibilidade- liminar de
despejo.
VII-
Venceu a garantia e não renovou, caberá despejo com liminar.
VIII-
Expirado o prazo do contrato – retomada do imóvel (deverá entregar
liminarmente).
Ex: locação de 30 meses. Deu 29º mês você recebe notificação de expiração-
não tem direito de renovatória, pois não preenche os requisitos. Ele fica
forçando o aumento do aluguel.
Esse inciso cria um desequilíbrio entre locador e locatário.
Na prática tem sido utilizado para aumentar valor de aluguel de uma hora
para outra.
IX-
Cabe liminar de despejo quando não houver pagamento de aluguel de
acessórios e a locação não for garantida.
O inciso IX cria uma figura interessante- retoma rápido o imóvel e facilita a
locação, pois não exige garantia.
165
Antigamente o prazo para purgar a mora era no prazo de defesa. Em 2009 foi
modificada a lei de locações- o inquilino pode purgar a mora em 15 dias da
citação.
Em 2009 os 15 dias para purgar a mora são 15 dias da citação. Citado por
despejo 15 dias da citação para purgar a mora.
Os honorários advocatícios são pré-fixados em 10%.
Posso purgar a mora várias vezes? Não.
EFETIVAÇÃO DO DESPEJO
Art.53, §1º ,a,b:
Não tem cumprimento de sentença em ação de despejo. A sentença de despejo
por falta de pagamento é executiva lato senso. A decisão judicial é a um só
tempo condenatória e auto executável.
Proferida a sentença de despejo, o juiz determina a expedição do mandado de
despejo.
Qual o prazo para desocupar o imóvel? Regra de 30 dias.
CAUÇÃO: a apelação da sentença do despejo não tem efeito suspensivo em
regra, toda sentença locatícia é passível de execução provisória.
Tem que dar os 6-12 aluguéis? Você pode dar em garantia o próprio crédito de
aluguéis.
CAUÇÃO PARA EXECUÇÃO PROVISÓRIA DO DESPEJO
Art.63
Art.64
FINALIDADE
- Revisão do aluguel, de modo a adaptá-lo ao mercado
- razão de ser:
Recompor aluguel
defasado em termos de mercado
Reduzir aluguel
excessivo
Evitar
enriquecimento sem causa de lado a lado
Quem é legitimado ativo para ação de locação? Tanto o locador quanto o
locatário.
A cláusula de pedir é evitar o enriquecimento sem causa do locador e do
locatário.
PETIÇÃO INICIAL
- requisitos gerais de toda e qualquer petição inicial (art.319 NCPC)
- expressa indicação do valor do aluguel pretendido a título de revisão
- Tem que conter sua proposta de aluguel
Art.68- Na ação revisional de aluguel, que terá o rito sumário:
I
OBS: rito sumário foi extinto pelo NCPC.
II-
Como se processa o rito comum?
É uma audiência de conciliação diferente
Na audiência de conciliação o juiz fixará o aluguel provisório com base nos
elementos que a parte produziu. Esse aluguel provisório é balizado.
Qual o grande perigo?
Ainda não teve contestação- irá apresentar a contestação na audiência de
conciliação. O juiz irá ter olhos apenas para a INICIAL, caso você não protocole
antes.
166
ALUGUEL PROVISÓRIO- PEDIDO DE REVISÃO
Art.68
Essa decisão de aluguel provisório não é de urgência. Há quem diga que a
decisão é recorrível, não está no rol do art.1015.
V- a ei de locação diz que cabe o recurso, além de ser norma específica, a
decisão que fixa aluguel provisório é recorrível pois a lei de locações diz.
O problema é que o inciso V do art.68.
AÇÃO RENOVATÓRIA
Pacta sunt servanda é relativizado. O pacto é regido pela autonomia das
vontades.
O Poder Judiciário passando por cima da vontade do locador.
Essa ação renovatória tem por finalidade renovar a ação locatícia contra
vontade do locador.
Só cabe renovatória em ações não residenciais, pois tem como estímulo
atividade empresarial.
Contestação
167
AULA 20
27/09/17
Professor: Thiago Ferreira Siqueira
Thiago_siqueira@hotmail.com
AULA 20
20.1 (quarta-feira)
Art.5º, LXIX
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX, a, b
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados;
É uma ação com procedimento diferenciado, que tem como característica forte
a celeridade.
É uma ação que não admite dilação probatória. Julga-se com base em
documentos.
168
(parei 8:55)
Tanto o art.5º LXIX quanto o art.1º da lei, preveem que o MS tem cabimento
residual. Ele será utilizado contra atos abusivos, desde que não tenha uma
ação constitucional específica para aquela situação.
Se eu não consigo provar o que eu quero e o juiz rejeita, sujeita à coisa julgada
material.
Essa decisão está me dizendo que como você não tem prova pré-constituída, a
via do MS é inadequada para a via da tutela desse direito- art.485, VI:
Na medida em que eu impetro o MS, mas não tenho prova pré constituída, a
via que me utilizei é inadequada, então falta interesse processual na
adequação para interpor MS.
169
Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem
decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os
seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais.
Tanto a CR/88 quanto o art.1º da Lei 12.016 – é uma ação usada pelo
particular contra o ato do Estado. Ato praticado por autoridade pública.
Ex: sujeito não preenche requisito do edital e para não ser eliminado ele
impetra MS.
Isso decorre do art.5, XXV- quando eu tiver justo receio de sofrer uma
violação:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, se houver dano;
170
Entendimento do STJ- está consagrado na sumula 266 do STF- não cabe MS
contra lei em tese.
Ex: sou uma empresa sujeita a ICMS. Governo do estado promulga novo
regulamento de ICMS, aumentando uma alíquota que a atividade daquela
empresa estará sujeita. Esse regulamento irá incidir sobre a minha empresa.
Essa sumula do STF quer vedar que eu empresa vise atacar o regulamento.
Por outro lado, se a fazenda publicar esse regulamento e disser que ele entrará
em vigor em 01/01/2018, eu não preciso esperar ser autuado pelo fisco,
poderei entrar com MS preventivo e direi que a empresa se enquadra no
regulamento e busco evitar que me cause um dano. Eu provo o justo receio,
pois a minha situação se enquadra naquele caso concreto.
O Governo do Estado do Espírito santo aprovou uma lei dizendo que todos os
hospitais filantrópicos (Santa Casa) seriam obrigados a disponibilizar para
recém-nascidos pulseirinhas de identificação eletrônica, para evitar que o
recém-nascido seja tirado da maternidade. A dificuldade era diferenciar o que
era MS contra lei em tese ou não.
A princípio não parecia ser contra lei em tese, mas ao determinar que o Estado
se abstivesse de aplicar essas penalidades, a lei perderia o sentido. É como se
eu usasse o MS coletivo no lugar de ADIN.
Ex: sou servidor público e entendo que tenho direito a receber adicional de
insalubridade que não está sendo pago. Entro com MS e alego que a
ausência..então tenho direito a passar a receber isso.
Ex: concurso público- fui aprovado dentro dos números de vagas e encerrou-
se o prazo de validade (omissão do Poder Público em me nomear).
171
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independentemente de caução;
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;
III - de decisão judicial transitada em julgado.
Parágrafo único. (VETADO)
MS contra ato judicial- cabe MS contra decisão do juiz? Juiz é agente público,
o ato (decisão judicial) é de poder.
Ex: juiz deferiu liminar contra meu cliente em juizado especial cível. Caberia
MS, pois não cabe recurso imediatamente.
Ex: uma parte tinha uma audiência marcada numa data e a parte pediu
adiamento da audiência, pois tinha compromisso. O juiz indeferiu. Cabe AI?
Não.
Neste caso não faz sentido eu analisar o pedido em apelação, pois a audiência
já terá ocorrido. As interlocutórias não são agraváveis, mas são recorríveis.
Segundo o professor caberia MS (ato ilegal, de autoridade, para o qual o código
não me dá recurso imediato).
172
Ex: decisão que declina de competência não cabe agravo.
Ex: decisão judicial que deveria estar tramitando em segredo de justiça. Peço o
segredo de justiça se o juiz não decreta. Neste caso cabe MS. É uma questão
que tem que ser argumentada na inicial para demonstrar meu interesse, já
que que tenho uma apelação no futuro.
Tem alguns julgados do STJ que dizem que o prazo de MS contra ato judicial é
de 5 dias.
Quando a lei 12.016 fala que não cabe MS contra decisão transitada em
julgado queria dizer que MS não é sucedâneo de rescisória- não cabe sobre a
qual tenha recaído coisa julgada material.
Não posso utilizar o MS como uma ação de cobrança- algo como o Estado me
deve, quero que ele me pague, não posso.
173
Primeiro posso tentar administrativamente a receber, e se ele não pagar,
ingresso com uma ação ordinária e vou utilizar como questão prejudicial já
decidida a sentença... vou obter isso por meio da ação ordinária. Agora, esses
valores anteriores, via de regra, não consigo obter pelo MS.
Ele consegue uma liminar para que os cortes parem de ocorrer. Quanto aos
cortes anteriores ele não consegue receber.
Ex: X teve direito a férias, não gozou, pediu a conversão em pecúnia, foi
negada a conversão e ele impetrou MS para anular o ato. Anulado o ato, se a
consequência da anulação do ato for... (perdi).
5) Prazo decadencial
6) legitimidade ativa
Ex: mesa diretora da Câmara dos deputados contra ato que esteja violando
prerrogativa da Câmara dos Deputados.
174
28/09/17
Professor: ?
AULA 20
20.1 (quinta-feira)
175
Art. 14, §1º da Lei 12.016/2009 (? Dúvida)
Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação.
§ 1o Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao
duplo grau de jurisdição.
Art. 102, II CF
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
[...]
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de
injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se
denegatória a decisão;
b) o crime político;
Art. 105, II CF
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
176
Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando denegatória a decisão;
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo
internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País;
177
natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica;
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os
decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da
totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.
178
Art. 22 – ou categoria de substituídos pelo impetrante
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada
limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo
impetrante.
Duas correntes:
– 1ª C: omissão legislativa e coisa julgada só para beneficiar.
- 2ª C: art. 22 e não houve omissão, podendo fazer coisa julgada ainda que a
denegação da segurança gere prejuízo ao substituído.
06/10/17
Professor: Alexandre Câmara
AULA 20
20.3 (sexta-feira)
FALTEI!
179