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Instituto Federal de Goiás

Goiânia, 21 de abril de 2018.


Cláudia de Sousa Guedes – Engenharia Ambiental e Sanitária
Projeto e Instalações Elétricas - João Dib Filho

Trabalho 1 – Potências Ativas, Reativas, Aparente e Fator de Potência.

Existem dois tipos de potência em um sistema elétrico: a potência ativa e


a potência reativa. As potências ativas e reativas possuem uma relação natural entre
elas. Na verdade, a potência reativa depende linearmente da potência ativa através do
fator de potência (cosseno do ângulo entre elas). A potência aparente é representada
pela soma vetorial dessas. O conjunto forma o que se denomina de Triângulo de
Potência.
A potência ativa (real) é a capacidade de um circuito produzir trabalho num
determinado período de tempo, sendo esta parcela transformada em potência mecânica
(motores), potência térmica (chuveiro, aquecedores de água) e potência luminosa
(lâmpadas), ou seja, trata-se de qualquer equipamento que transforme a energia elétrica
em outra forma de energia útil. Ela tem como unidade de medida o Watt (W).
A potência reativa é a parcela transformada em campo magnético para o
funcionamento de reatores de lâmpadas fluorescentes, motores e transformadores. A
unidade é volt-ampere reativo (VAR). Em outras palavras, os aparelhos elétricos
indutivos, tais como motores e transformadores, desenvolvem um campo magnético
interno necessário para o seu funcionamento. Este campo é formado pela passagem da
corrente nos enrolamentos. Quando os equipamentos são alimentados em corrente
alternada, a energia armazenada em forma de campo magnético tende a se opor à
variação da intensidade da corrente, causando um atraso da corrente em relação à
tensão. Como consequência uma parcela da corrente não realiza trabalho útil,
produzindo o que se chama de energia reativa.
Sendo assim, qualquer equipamento que possua enrolamentos (transformadores,
motores, reatores...) e, portanto, necessite de energia magnetizante como intermediária
na utilização de energia ativa, é um consumidor de energia reativa.

Considere o circuito da figura l em regime permanente. Neste caso:

vt   VM sen t it   I M sent   


Como sabemos a potência elétrica instantânea transmitida ao circuito é:
pt   vt   it   VM sen t  I M sent   
Usando trigonometria temos:
pt   M M cos   cos2t   
V I
(1)
2 2
Os termos VM 2 e I M 2 são reconhecidos como os valores eficazes (r.m.s.)
da tensão e corrente do circuito e serão tratados como V e I, respectivamente.

Figura 1 – Circuito Monofásico com excitação senoidal.

Arrumando a expressão (1) chegamos a:

pt   V  I cos   V  I cos2t   

pt   V  I cos  1  cos2t   V  I sen  sen2t  (2)

Definimos potência ativa e potência reativa por:

P  V  I cos  (potência ativa) Q  V  I sen  (potência reativa)


Chama-se cos  de fator de potência, portanto, o cosseno do ângulo fase 
(defasagem entre tensão a corrente).

A potência aparente representa tanto a parcela de potência utilizada quanto de


potência trocada. É a soma vetorial entre as potências ativa e reativa, dada pelas
relações:
S = Vrms × Irms

Sua unidade é volt-ampere (VA). A relação entre a potência ativa e a potência


aparente é denominada Fator de Potência. Segundo Creder (2016) o fator de potência,
também conhecido pela designação cos, é o número que expressa, a cada instante, o
cosseno do ângulo de defasagem entre a corrente e a tensão. Se o circuito for indutivo,
consumidor de energia reativa, o fator de potência é dito em atraso. Já se o circuito for
capacitivo, fornecedor de energia reativa, o fator de potência é dito em avanço.
A ocorrência de energia reativa em circuitos elétricos sobrecarrega as
instalações, ocupando uma capacidade de condução de corrente que poderia ser mais
bem aproveitada para realizar trabalho útil. Isto é válido tanto para a concessionária que
entrega energia elétrica ao consumidor como também para o próprio consumidor em
seus circuitos de distribuição.
Sendo assim, a concessionária protege-se contra a ocorrência de reativos
elevados em suas linhas impondo ao consumidor um fator de potência mínimo. Quando
o consumidor apresenta um fator de potência abaixo do mínimo é cobrado o excedente
de energia reativa, a título de ajuste. Assim sendo, a melhoria do fator de potência de
uma instalação representa não apenas uma melhor utilização dos circuitos de
distribuição de uma empresa, como também uma forma de reduzir as despesas com o
fornecimento de energia caso ele esteja abaixo do mínimo regulamentado.
Naturalmente, o circuito possui um triângulo de potência do tipo mostrado na
Figura 1, a qual mostra que, quando uma carga é ligada a uma fonte de tensão qualquer,
a carga absorve uma potência aparente (complexa) S. Sabe-se que a potência ativa
dissipada pela carga instalada no circuito é dada por:

Figura 1: Triângulo de Potências

De acordo com o triângulo da figura 1:

P=VIcosθ

Onde:
V = tensão (Volt);
I = corrente (Ampére)
P = potência ativa (Watt)
Q = potência reativa (Volt Ampére reativo)
S = potência aparente ou complexa (Volt Ampére)

Explicitando o fator cosθ na equação acima, obtém-se:


cosθ = P/VI
Como já dito, o valor cos θ na equação acima é definido como fator de potência
da carga, e é um fator muito importante nas cargas elétricas, bem como para os circuitos
elétricos.
Lembre-se que quando a carga for indutiva, o θ e o Q serão positivos e quando a
carga for capacitiva implica que o θ e o Q serão negativos. Pelo exposto, verifica-se que
não é possível especificar o fator de potência unicamente pelo cosseno do ângulo, isto
porque, da trigonometria tem-se: cos (θ) = cos (-θ).
Para contornar esta ambiguidade, adota-se dizer:
 Quando θ é positivo: fator de potência atrasado, lagging ou indutivo.
 Quando θ é negativo; fator de potência adiantado, leading ou capacitivo.

Há ainda a correção do fator de potência o qual tem por objetivo especificar a


potência reativa necessária para a elevação do fator de potência, de modo a: evitar a
ocorrência de cobrança pela concessionária dos valores referentes aos excedentes de
demanda reativa e de consumo reativo; obter os benefícios adicionais em termos de
redução de perdas e de melhoria do perfil de tensão da rede elétrica (CREDER, 2016).
Ou seja, se o fator de potência for baixo, o sistema possui quantidade elevada de
energia reativa. Como consequência, há aumento da corrente nos circuitos, ocasionando
perdas de energia por efeito Joule e quedas de tensão nas instalações da indústria e da
concessionária de energia. Este excesso de energia reativa exige condutores de maior
bitola e transformadores de maior capacidade, o que aumenta o preço da instalação.
Além disso, o baixo fator de potência sobrecarrega as subestações e as linhas de
transmissão e distribuição de forma desnecessária, pois pouca parte da energia
transportada está sendo utilizada na produção de trabalho útil (RÊGO e RODRIGUES,
2015).
O fator de potência pode ser corrigido de três formas: correção individual,
correção por grupos de cargas ou correção geral.
Referências

CREDER, H., Instalações elétricas. 16ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

RÊGO, A. K., RODRIGUES, C. L. C. Eletricidade em CA. Ouro Preto: Instituto


Federal de Minas Gerais – CEAD, 2015.

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